1) Azazel era o nome dado ao bode que era enviado ao deserto no Dia da Expiação, carregando os pecados do povo. 2) Muitos acreditam que Azazel simbolizava Satanás, que receberia de volta os pecados que causou. 3) O bode Azazel não representava Cristo, pois seu sangue não era derramado para a expiação dos pecados.
3. OBSERVAÇÕES
* A)- Azazel é o nome do lugar no deserto que o bode era enviado. (parte do
judaísmo crê nisto). (Lv 16:22).
* B)- Azazel é a combinação de 2 palavras (AZ – bode) e (AZAL – ir embora, partir)
= (emissário ou enviado).
Obs: Somente a massorética trás a palavra Azazel e os outros trazem-a como
bode emissário.
* C)- A posição mais viável é que azazel é um símbolo para satanás, antagônico
para Deus e usam os seguintes argumentos:
4. 1º Há um contraste entre azazel e Javé. A equivalência requer que azazel seja um ser
pessoal, ou seja, uma sorte é para o Senhor e o outro é para azazel. (Isto sugere
antagonismo)
2º Na literatura pré-cristã ele é identificado como um poder demoníaco.
3º Em Levítico 17:7 a palavra para demônio vem da palavra hebraica que significa bodes e
cabras.
4º Na epigrafia hebraica o Lâmide pré-posicional indica propriedade (para). Ex: “é para”. Isto
pode indicar que um bode era “para o Senhor” e o outro “para azazel”, indicação de posse.
Ex: Este lápis é para o João e este é para o Marcos. O Lâmide que antecede a palavra azazel
no hebraico indica claramente que apenas um era para o Senhor e outro para algo ou
alguém diferente do Senhor.
5º No dia da expiação nós tínhamos 2 coisas, 1º PERDÃO, 2º JULGAMENTO
5. Se os dois bodes deveriam representar Jesus como afirmam alguns evangélicos,
então, porque lançar sorte sobre os 2 animais que eram idênticos? O Ato de lançar
sorte mostra claramente um antagonismo entre os dois. Não seria necessário
lançar sorte se os dois representasse a mesma pessoa.
O lançar sorte indicava um claro antagonismo entre os dois animais, por isto que,
um era, à exemplo de Cristo, para derramar sangue, e o outro, à exemplo de
Satanás no milênio, morrer as minguas pela desolação e infortúnios do juízo.
O bode que representava Cristo, era exatamente o único a ter o sangue
derramado. Paulo reforça este pensamento ao declarar que: “sem derramamento
de sangue não há remissão.” (Hb 9:22). Se o bode para azazel não tinha o sangue
derramado, esta é outra clara evidência que ele não possuía representação
redentora.
6. O bode azazel ficava no deserto escaldante sem alimento, sem água e morria pelas
consequências dos pecados expiados do Santuário terrestre, prefigurando a
Satanás recebendo de volta o produto de sua desobediência, “o pecado” (Lv 16:10)
Quem então pagará definitivamente o salário do pecado que é a morte? É óbvio
que a justiça divina se cumprirá cabalmente, portanto temos a promessa que Deus
irá por fim no pecado, no autor do pecado, nos seus anjos seguidores e também
nos homens pecadores não penitentes e por fim até mesmo na morte (1º Co
15:26), mas alguém tem que arcar com estas consequências finais, por isso entra
em sena o bode azazel na história da purificação do Santuário, não que Satanás
será usado para participar da purificação do Santuário no sentido do bem e sim é
que ele é o único que merece receber de volta as imundícies dos pecados que
causaram tanta dor no coração de Deus e na vida de Jesus e seus filhos.
7. Desta forma o bode azazel representa unicamente à Satanás recebendo sobre sua
cabeça a sentença de morte dita por Deus à serpente no início do pecado no jardim
do Eden, cumprindo a promessa de Gênesis 3:15 que diz: “*...+ esta (Igreja, Cristo)
te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar” ; por isso os pecados despejados na
cabeça do bode azazel (Lv 16:21,22) simbolizam os pecados devolvidos a Satanás
no início do milênio onde Cristo já terá removido da vida de seus filhos todos os
pecados pelos quais Ele morreu na cruz como expiação pelos remidos para serem
extintos por toda a eternidade dos autos Divinos no Santuário Celeste, e, Deus não
deixará “*...+ nem raiz e nem ramos”, raiz (Satanás), e ramos (seus seguidores) que
como o bode azazel morria aos poucos naquele deserto abrasador (Ml 4:1) mas no
final do Milênio, assim como no deserto escaldante, Satanás será consumido aos
poucos no lago de fogo consumidor que sairá das mãos de Deus (Ap 20:10 / Mt
25:41), por ter sido o originador dos pecados.
8. DIFERENTES ETAPAS DESTE CERIMONIAL:
1. O sumo sacerdote sorteava dois bodes: um para o Senhor Jeovah, e outro para azazel. (Festa
do Yom Kipur- Dia da expiação)
2. 2. No bode separado por sorte ao Senhor, o sumo sacerdote colocava as mãos sobre sua
cabeça e confessava todos os pecados do povo, era degolado, e o sangue derramando em
favor dos pecados do povo e da purificação do santuário.
3. 3. O sumo sacerdote tomava do sangue deste bode e entrava no segundo compartimento
(chamado de lugar santíssimo) uma vez/ano, e aspergia 7 vezes sobre o propiciatório.
4. 4. Em seguida, o sumo sacerdote saia do santuário e tomava agora o segundo bode, vivo,
reservado para azazel. Colocava ambas as mãos sobre sua cabeça e confessava todos os
pecados, transgressões e iniquidade do povo de Israel, “armazenados” durante todo o ano
no santuário e já simbolicamente confessados. Este bode não é sacrificado, pois, somente o
para o Senhor podia ser sacrificado. Neste caso, este bode leva os pecados para ser julgado
por aquilo que ele mesmo causou. Os pecados originados por satanás volta pra ele mesmo
como juízo de condenação e execução por ser ele o originador.
9. DIFERENTES ETAPAS DESTE CERIMONIAL:
1. 5. O bode para azazel era então levado por uma pessoa designada para um lugar solitário e
deserto e ali deixado para morrer de fome e de sede.
2. 6. Devemos lembrar o que Deus disse à Moisés: “É o sangue que fará expiação pela alma (vida)” Lv
17:11. Paulo reforçou este mandamento e disse: “sem derramamento de sangue não há
remissão.” (Hb 9:22). Azazel não pode representar Cristo, pois, seu sangue não é derramado como
o bode para o Senhor o é.
3. 7. O bode emissário só entra em cena depois de consumada a expiação do 1º bode separado para
o Senhor e destinado a limpar os pecados do povo e do santuário. É infantilidade então dizer que
azazel entra de forma efetiva no perdão dos pecados do povo e é co participante na expiação.
Lembramos mais uma vez que o bode para azazel não toma parte na expiação dos pecados do
povo. Tão somente ganha de “presente” todos os pecados que sobre ele focam quando o sumo
sacerdote confessa estes pecados, e que sobre ele são transferidos simbolicamente até o dia do
juízo quando será julgado, exterminado e queimado com os ímpios. Os pecados do povo e do
santuário foram apagados com o sacrifício do bode dedicado ao Senhor. Azazel não teve qualquer
participação no cerimonial para o perdão destes pecados. Jesus fez uma redenção completa, total,
eficaz e retroativa até Adão com seu sangue derramado na cruz em favor do pecador arrependido.
(Mat. 26:28). Satanás entra em sena por ser o originador do caos do pecado e é condenado por
isto.
10. DIFERENTES ETAPAS DESTE CERIMONIAL:
1. 8. Satanás o originador dos pecados do povo de Deus durante os séculos, estará prisioneiro
pelas circunstâncias durante mil anos nesta terra desolada e sem moradores (assim como o
bode para azazel ficava no deserto), até chegar a hora do ajustes de contas com Deus no dia
do juízo. Ele terá de pagar e sofrer por toda rebelião, miséria e morte como principal
responsável pelos pecados do homem. Todo o cerimonial que se desenrolava no dia da
expiação (Yom Kipur) no tabernáculo ou no templo, fora expressamente dita à Moisés por
Deus. Devia ser seguido a risca e obedecido rigorosamente em cada detalhe. Nenhum
ajuste, adaptação ou modificação poderia ser feita sob pena de afrontar o nome de Deus e
prejudicar o cerimonial no seu conjunto e sua eficácia. Cada detalhe tinha um profundo
significado e devia ser obedecido e seguido mesmo não conhecendo ou sabendo o homem
toda sua amplitude, profundidade e significado. Deus assim o ordenara na sua soberana
vontade. Não cabia ao homem perguntar o por que. Todo este cerimonial fora seguido e
obedecido enquanto o templo funcionou. Dele podemos aprender importantes lições que
Deus desejou ensinar ao homem e às congregações religiosas durante os séculos, e
aperfeiçoadas no ministério do Messias Jesus. (Hb 9:11,12)
11. DIFERENTES ETAPAS DESTE CERIMONIAL:
Concluindo nossas considerações, afirmamos baseados nas meridianas verdades e clareza das
Sagradas Escrituras a Bíblia:
1. Aqueles que ensinam a imortalidade inerente da alma do
homem (imortalidade da alma – palavras jamais encontradas
na Bíblia) após a morte, pregam uma doutrina de raízes pagãs
ao afirmar que o crente fiel ao morrer vai direto para o céu
sem ser julgado isto é, antes do julgamento final porque sua
alma é imortal.
12. DIFERENTES ETAPAS DESTE CERIMONIAL:
2. Os que creem e ensinam que Satanás não será aniquilado
ou totalmente destruído com seus anjos maus e com os
ímpios não arrependidos, porém ficarão no tormento e
castigo eternos, pregam mentiras.
13. DIFERENTES ETAPAS DESTE CERIMONIAL:
3. Neste caso estão afirmando que o PECADO FICARÁ
ETERNIZADO, verdadeira aberração totalmente fora da Bíblia.
14. DIFERENTES ETAPAS DESTE CERIMONIAL:
4. Esta doutrina contradiz a Bíblia que afirma que Deus
restaurará todas as coisas e criará novo céu e nova terra. (Ap
21; Is 65:17; 66:22)
15. DIFERENTES ETAPAS DESTE CERIMONIAL:
5. Contradiz também ao profeta Naum quando diz: Naum 1:9;
“Não se levantará por duas vezes a angustia (Aflição,
opressão).” (Lo takum paamaim tzará - do hebraico.)
16. DIFERENTES ETAPAS DESTE CERIMONIAL:
6. Castigo e juízo de Deus sobre Satanás e ímpios é diferente
de expiação vicaria. A doutrina da imortalidade da alma não é
biblica (primeira mentira de Satanás no Éden ao enganar Eva
ao proferir “certamenta NÃO morrerás” (Gn 3:4). O pecado
jamais poderia ficar eternizado com a eternidade do
sofrimento de Satanás, seus anjos e ímpios que rejeitaram a
misericórdia de Jesus com sua morte vicária nas cruz.
17. REFERÊNCIAS:
Comentario biblico Adventista do Sétimo Dia: Gênesis a Deuteronômio. Revisão de Luciana
Gruber. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2011.
Tratado de teologia Adventista do Setimo Dia. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2011.
ASSOCIACAO MINISTERIAL DA ASSOCIACAO GERAL DOS ADVENTISTAS DO SETIMO DIA. Nisto
cremos: as 28 crenças fundamentais da Igreja Adventista do Setimo Dia. Tradução de Hélio L.
Grellmann. 8 ed. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2008.
Yom Kipur – Dia da Expiação e o bode Azazel – (Apostila Anônima) – Esclarecimento sobre o
dia da expiação e o bode Azazel – Material disponível no acervo da Biblioteca pessoal de
Gilberto G. Theiss.