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PESQUISA ETNOGRÁFICA
Mestrandas: Graciane Torres Azevedo
Raquel Pinheiro Matiola
Prof.ª Dra. Chris Rover Schardosim
Prof.ª Dra. Sônia Regina de Souza Fernandes
Prof.ª Dra. Idorlene da Silva Hoepers
Prof.º Dr. Alexandre Vanzuita
Principais Características
 Primordialmente de caráter qualitativa (SOUZA e BARROSO, 2008, p. 151).
 .Preocupa-se com uma análise holística. (MATTOS, 2011).
 A utilização de técnicas e procedimentos não segue padrões rígidos ou pré-determinados. (MATTOS, 2011).
* Em André (1995):
 Desenvolvida por Antropólogos e Sociólogos → estudo da cultura e da sociedade.
 Caracteriza-se fundamentalmente por um contato direto do pesquisador com a situação pesquisada.
 Consiste em um estudo profundo e exaustivo sobre o contexto e o comportamento das pessoas.
 Envolve um trabalho de campo. O pesquisador aproxima-se de pessoas, situações, locais, eventos, mantendo com
eles um contato direto e prolongado. Observação-participante (observação direta e por um determinado tempo).
 O pesquisador é o instrumento principal na coleta e análise de dados. Deve tentar apreender e retratar essa visão
pessoal dos participantes.
 Visa a descoberta de novos conceitos, novas relações, novas formas de entendimento da realidade.
 Educação (início da década de 70) →foco nos processos educativos (ensino e aprendizagem).
 “Para ser caracterizado como um tipo etnográfico em educação, é preciso fazer uso das técnicas associadas à
etnografia: observação participante; entrevista intensiva e análise de documentos”.
 Ênfase no processo e não no resultado final.
Pressupostos filosóficos e epistemológicos
Em Sousa e Barroso (2008, p. 151): Fenomenologia, Interacionismo simbólico e Sociologia.
 Fenomenologia (Husserl): “O mundo do sujeito, as suas experiências cotidianas e os significados
atribuídos às mesmas são, portanto, os núcleos de atenção na fenomenologia” (ANDRÉ, 1995).
 Interacionismo simbólico (mais se destaca): George Mead é um dos precursores dessa linha de
pensamento. “O self é a visão de si mesma que cada pessoa vai criando a partir da interação com os
outros. É, nesse sentido, uma construção social, pois o conceito que cada um vai criando sobre si
mesmo depende de como ele interpreta as ações e os gestos que lhe são dirigidos pelos outros”
(ANDRÉ, 1995). No Brasil temos Goulart e Bregunci 1990; Haguette 1987.
 Sociologia: Etnometodologia dentro da corrente da sociologia (seu principal representante Arold
Garfinkel). “É o estudo de como os indivíduos compreendem e estruturam o seu dia a dia, isto é,
procura descobrir “os métodos” que as pessoas usam no seu dia a dia para entender e construir a
realidade que as cerca” (ANDRÉ, 1995).
 Hermenêutica - Gadamer: Interpretação do outro, compreender o outro pelo ponto de vista dele.
Dilthey - a interpretação dos significados num contexto real. (ANDRÉ, 1995).
Tipos de problema
- Relacionados principalmente aos problemas e questões sociais.
- “O problema é redescoberto no campo e, assim, o etnógrafo deve evitar
definições rígidas, atitudes inflexíveis e apriorística de hipótese, pois, ao
mergulhar na situação, o problema inicial da pesquisa deverá ser revisto e
aprimorado”. (LIMA et. al., 1996, p.25)
Fonte da imagem: https://cute766.info/investigacion-etnografica/
Tipos de questões a responder
 A pergunta deve ser socialmente relevante.
 As perguntas que geralmente são feitas nesse tipo de pesquisa são as seguintes:
 O que caracteriza esse fenômeno?
 O que está acontecendo nesse momento?
 Como tem evoluído?
(ANDRÉ, 1995)
Fonte: https://www.brasilcultura.com.br/menu-de-
navegacao/antropologia/antropologia-e-seus-significados/
Considerações sobre os
fundamentos teóricos
 De acordo com Lüdke e André (2020, apud WILSON, 1977), “a pesquisa etnográfica fundamenta-
se em dois conjuntos de hipóteses sobre o comportamento humano:
 a hipótese naturalista-ecológica, que afirma ser o comportamento humano significativamente
influenciado pelo contexto em que se situa, daí a necessidade de estudar o indivíduo em seu
ambiente natural;
 a hipótese qualitativo-fenomenológica, que determina ser quase impossível entender o
comportamento humano sem tentar entender o quadro referencial dentro do qual os
indivíduos interpretam seus pensamentos, sentimentos e ações. Desta forma, o pesquisador
deve exercer o papel subjetivo de participante e o papel objetivo de observador, a fim de
compreender e explicar o comportamento humano.
Aspectos metodológicos relativos à coleta de
dados
 “Por meio da observação participante que se busca entender a realidade local, utilizar-se-á uma
metodologia que envolve registro de campo (diário de campo), as histórias de vida, entrevistas,
análises de documentos, fotografias, gravações”. (ANDRÉ, 1995)
 “Permite que se modifique as técnicas de coleta, se necessário, revendo as questões que orientam
a pesquisa, localizando novos sujeitos, revendo toda a metodologia ainda durante o desenrolar do
trabalho”.
 Lüdke e André (2020, apud WILSON, 1977) afirmam que os tipos de dados relevantes são: forma
e conteúdo da interação verbal dos participantes; forma e conteúdo da interação verbal com o
pesquisador; comportamento não verbal; padrões de ação e não-ação; traços, registros de arquivos
e documentos. (ANDRÉ, 1995)
Aspectos metodológicos relativos à análise de
dados
 Os dados são mediados pelo instrumento humano, o pesquisador.
 Análises indutivas; microanálise etnográfica; análise de contexto; análise de discurso; análise
sociolinguística; análise documental; análise histórica; análise representacional; análise cultural;
análise hermenêutica e análise crítica. (MATTOS, 2011, p. 31)
 “As decisões sobre como analisar e apresentar os dados também não podem ser predeterminadas,
a não ser em linhas bem gerais. É com base na forma como a pesquisa vai se desenvolvendo e em
decorrência dela que essas decisões vão ficando mais claras”. (ANDRÉ, 1995)
 “Os dados são considerados sempre inacabados. O observador não pretende comprovar teorias
nem fazer “grandes” generalizações. O que busca, sim, é descrever a situação, compreendê-la,
revelar os seus múltiplos significados, deixando que o leitor decida se as interpretações podem ou
não ser generalizáveis, com base em sua sustentação teórica e sua plausibilidade”. (ANDRÉ,
1995)
Aspectos metodológicos relativos à redação do
relatório
 Descrição densa e minuciosa dos dados coletados.
 “O relatório etnográfico apresenta uma grande quantidade de dados primários, que permitem,
além de descrições precisas da situação estudada, ilustrar a perspectiva dos participantes, isto é, a
sua maneira de ver o mundo e as suas próprias ações”. (LIMA et. al., 1996, p.25)
 Para Sousa e Barroso (2008, p. 152);
 Criteriosamente planejado;
 Os textos não podem ser tão rústicos;
 Não podem ser superficiais e nem muito
formais;
Fonte: https://www.timetoast.com/timelines/linea-de-tiempo-evolucion-de-la-etnografia
Referências:
ANDRÉ, Marli Eliza D. A. Etnografia da Prática Escolar. Prática Pedagógica. Ed. Papirus, 1995.
LIMA, C. M. G. de; DUPAS, G.; OLIVEIRA, I. de; KAKEHASHI, S. Pesquisa etnográfica: iniciando sua compreensão.
Rev. latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 4, n. 1, p. 21-30, jan. 1996.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. 2. Ed. Rio de Janeiro: EPU, 2020.
MATTOS, Carmem Lúcia Guimarães de. A abordagem etnográfica na investigação científica. In: MATTOS, CLG., and
CASTRO, PA. (orgs.) Etnografia e educação: conceitos e usos. Campina Grande: EDUEPB, 2011. pp. 49-83.
SOUSA, Leilane Barbosa de; BARROSO, Maria Grasiela Teixeira. Pesquisa Etnográfica: Evolução e contribuição para a
enfermagem. Esc. Anna Nery Revista Enfermagem, p. 150 - 155, 2008.
Referência complementar:
MATTOS, Carmem Lúcia Guimarães de; CASTRO, Paula Almeida de (orgs). Etnografia e Educação: conceitos e usos.
Campina Grande: EDUEPB, 2011.
Fontes das imagens:
https://profes.com.br/anabella.gallardo.berg/blog/el-metodo-etnografico-segun-malinowski
https://www.brasilcultura.com.br/menu-de-navegacao/antropologia/antropologia-e-seus-significados/
https://cute766.info/investigacion-etnografica/
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Pesquisa Etnográfica

  • 1. PESQUISA ETNOGRÁFICA Mestrandas: Graciane Torres Azevedo Raquel Pinheiro Matiola Prof.ª Dra. Chris Rover Schardosim Prof.ª Dra. Sônia Regina de Souza Fernandes Prof.ª Dra. Idorlene da Silva Hoepers Prof.º Dr. Alexandre Vanzuita
  • 2. Principais Características  Primordialmente de caráter qualitativa (SOUZA e BARROSO, 2008, p. 151).  .Preocupa-se com uma análise holística. (MATTOS, 2011).  A utilização de técnicas e procedimentos não segue padrões rígidos ou pré-determinados. (MATTOS, 2011). * Em André (1995):  Desenvolvida por Antropólogos e Sociólogos → estudo da cultura e da sociedade.  Caracteriza-se fundamentalmente por um contato direto do pesquisador com a situação pesquisada.  Consiste em um estudo profundo e exaustivo sobre o contexto e o comportamento das pessoas.  Envolve um trabalho de campo. O pesquisador aproxima-se de pessoas, situações, locais, eventos, mantendo com eles um contato direto e prolongado. Observação-participante (observação direta e por um determinado tempo).  O pesquisador é o instrumento principal na coleta e análise de dados. Deve tentar apreender e retratar essa visão pessoal dos participantes.  Visa a descoberta de novos conceitos, novas relações, novas formas de entendimento da realidade.  Educação (início da década de 70) →foco nos processos educativos (ensino e aprendizagem).  “Para ser caracterizado como um tipo etnográfico em educação, é preciso fazer uso das técnicas associadas à etnografia: observação participante; entrevista intensiva e análise de documentos”.  Ênfase no processo e não no resultado final.
  • 3. Pressupostos filosóficos e epistemológicos Em Sousa e Barroso (2008, p. 151): Fenomenologia, Interacionismo simbólico e Sociologia.  Fenomenologia (Husserl): “O mundo do sujeito, as suas experiências cotidianas e os significados atribuídos às mesmas são, portanto, os núcleos de atenção na fenomenologia” (ANDRÉ, 1995).  Interacionismo simbólico (mais se destaca): George Mead é um dos precursores dessa linha de pensamento. “O self é a visão de si mesma que cada pessoa vai criando a partir da interação com os outros. É, nesse sentido, uma construção social, pois o conceito que cada um vai criando sobre si mesmo depende de como ele interpreta as ações e os gestos que lhe são dirigidos pelos outros” (ANDRÉ, 1995). No Brasil temos Goulart e Bregunci 1990; Haguette 1987.  Sociologia: Etnometodologia dentro da corrente da sociologia (seu principal representante Arold Garfinkel). “É o estudo de como os indivíduos compreendem e estruturam o seu dia a dia, isto é, procura descobrir “os métodos” que as pessoas usam no seu dia a dia para entender e construir a realidade que as cerca” (ANDRÉ, 1995).  Hermenêutica - Gadamer: Interpretação do outro, compreender o outro pelo ponto de vista dele. Dilthey - a interpretação dos significados num contexto real. (ANDRÉ, 1995).
  • 4. Tipos de problema - Relacionados principalmente aos problemas e questões sociais. - “O problema é redescoberto no campo e, assim, o etnógrafo deve evitar definições rígidas, atitudes inflexíveis e apriorística de hipótese, pois, ao mergulhar na situação, o problema inicial da pesquisa deverá ser revisto e aprimorado”. (LIMA et. al., 1996, p.25) Fonte da imagem: https://cute766.info/investigacion-etnografica/
  • 5. Tipos de questões a responder  A pergunta deve ser socialmente relevante.  As perguntas que geralmente são feitas nesse tipo de pesquisa são as seguintes:  O que caracteriza esse fenômeno?  O que está acontecendo nesse momento?  Como tem evoluído? (ANDRÉ, 1995) Fonte: https://www.brasilcultura.com.br/menu-de- navegacao/antropologia/antropologia-e-seus-significados/
  • 6. Considerações sobre os fundamentos teóricos  De acordo com Lüdke e André (2020, apud WILSON, 1977), “a pesquisa etnográfica fundamenta- se em dois conjuntos de hipóteses sobre o comportamento humano:  a hipótese naturalista-ecológica, que afirma ser o comportamento humano significativamente influenciado pelo contexto em que se situa, daí a necessidade de estudar o indivíduo em seu ambiente natural;  a hipótese qualitativo-fenomenológica, que determina ser quase impossível entender o comportamento humano sem tentar entender o quadro referencial dentro do qual os indivíduos interpretam seus pensamentos, sentimentos e ações. Desta forma, o pesquisador deve exercer o papel subjetivo de participante e o papel objetivo de observador, a fim de compreender e explicar o comportamento humano.
  • 7. Aspectos metodológicos relativos à coleta de dados  “Por meio da observação participante que se busca entender a realidade local, utilizar-se-á uma metodologia que envolve registro de campo (diário de campo), as histórias de vida, entrevistas, análises de documentos, fotografias, gravações”. (ANDRÉ, 1995)  “Permite que se modifique as técnicas de coleta, se necessário, revendo as questões que orientam a pesquisa, localizando novos sujeitos, revendo toda a metodologia ainda durante o desenrolar do trabalho”.  Lüdke e André (2020, apud WILSON, 1977) afirmam que os tipos de dados relevantes são: forma e conteúdo da interação verbal dos participantes; forma e conteúdo da interação verbal com o pesquisador; comportamento não verbal; padrões de ação e não-ação; traços, registros de arquivos e documentos. (ANDRÉ, 1995)
  • 8. Aspectos metodológicos relativos à análise de dados  Os dados são mediados pelo instrumento humano, o pesquisador.  Análises indutivas; microanálise etnográfica; análise de contexto; análise de discurso; análise sociolinguística; análise documental; análise histórica; análise representacional; análise cultural; análise hermenêutica e análise crítica. (MATTOS, 2011, p. 31)  “As decisões sobre como analisar e apresentar os dados também não podem ser predeterminadas, a não ser em linhas bem gerais. É com base na forma como a pesquisa vai se desenvolvendo e em decorrência dela que essas decisões vão ficando mais claras”. (ANDRÉ, 1995)  “Os dados são considerados sempre inacabados. O observador não pretende comprovar teorias nem fazer “grandes” generalizações. O que busca, sim, é descrever a situação, compreendê-la, revelar os seus múltiplos significados, deixando que o leitor decida se as interpretações podem ou não ser generalizáveis, com base em sua sustentação teórica e sua plausibilidade”. (ANDRÉ, 1995)
  • 9. Aspectos metodológicos relativos à redação do relatório  Descrição densa e minuciosa dos dados coletados.  “O relatório etnográfico apresenta uma grande quantidade de dados primários, que permitem, além de descrições precisas da situação estudada, ilustrar a perspectiva dos participantes, isto é, a sua maneira de ver o mundo e as suas próprias ações”. (LIMA et. al., 1996, p.25)  Para Sousa e Barroso (2008, p. 152);  Criteriosamente planejado;  Os textos não podem ser tão rústicos;  Não podem ser superficiais e nem muito formais; Fonte: https://www.timetoast.com/timelines/linea-de-tiempo-evolucion-de-la-etnografia
  • 10. Referências: ANDRÉ, Marli Eliza D. A. Etnografia da Prática Escolar. Prática Pedagógica. Ed. Papirus, 1995. LIMA, C. M. G. de; DUPAS, G.; OLIVEIRA, I. de; KAKEHASHI, S. Pesquisa etnográfica: iniciando sua compreensão. Rev. latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 4, n. 1, p. 21-30, jan. 1996. LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. 2. Ed. Rio de Janeiro: EPU, 2020. MATTOS, Carmem Lúcia Guimarães de. A abordagem etnográfica na investigação científica. In: MATTOS, CLG., and CASTRO, PA. (orgs.) Etnografia e educação: conceitos e usos. Campina Grande: EDUEPB, 2011. pp. 49-83. SOUSA, Leilane Barbosa de; BARROSO, Maria Grasiela Teixeira. Pesquisa Etnográfica: Evolução e contribuição para a enfermagem. Esc. Anna Nery Revista Enfermagem, p. 150 - 155, 2008. Referência complementar: MATTOS, Carmem Lúcia Guimarães de; CASTRO, Paula Almeida de (orgs). Etnografia e Educação: conceitos e usos. Campina Grande: EDUEPB, 2011. Fontes das imagens: https://profes.com.br/anabella.gallardo.berg/blog/el-metodo-etnografico-segun-malinowski https://www.brasilcultura.com.br/menu-de-navegacao/antropologia/antropologia-e-seus-significados/ https://cute766.info/investigacion-etnografica/ https://www.timetoast.com/timelines/linea-de-tiempo-evolucion-de-la-etnografia