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A experiência e a atitude
estética
O que define a experiência estética? O que faz da
experiência estética uma experiência
diferente?

A resposta sobre a qual todos os filósofos estão
de acordo é a seguinte:

A EXPERIÊNCIA ESTÉTICA É UMA
EXPERIÊNCIA DESINTERESSADA

Isto é, não temos qualquer interesse prático,
ela não é um meio para satisfazer uma
necessidade mas vale por si.
Ver um desafio de futebol também é
uma experiência desinteressada e
não é uma experiência estética:










A experiência estética produz-se com objectos
estéticos.
São os objectos encarados na sua forma, harmonia,cor
que afectam a nossa sensibilidade estética
Exemplo: Um concerto, Uma dança, uma peça, um
filme, um pôr do sol.
Objectos sobre os quais podemos emitir juízos
estéticos como:
“É Belo!”, “Emocionou-me!”, “ A 9ª sinfonia é
uma obra-prima!”
A experiência estética pode decorrer da
contemplação
ou da produção/criação de um objecto.







1. O artista cria a obra e transfigura a realidade, tem
portanto a experiência dessa transfiguração.
2. O receptor, aquele que é surpreendido no seu
quotidiano pela forma de determinado objecto que lhe
provoca admiração e emoção.
3. O crítico de arte que vai ao encontro do objecto
artístico para o avaliar, segundo o seu gosto mas
também segundo determinado conhecimento.
Moral Utilitarista VersãO Final
Duas teorias sobre o juìzo estético:
1. O objectivismo estético
2. O subjectivismo estético







Estas teorias pretendem responder à questão:
Quando emitimos um juízo estético “É Belo” falamos
de uma qualidade que está no objecto? Falamos de
uma emoção ou sentimento que surge em nós pela
presença do objecto?
O Objectivismo atribui ao objecto uma determinada
qualidade estética
O Subjectivismo atribui ao sujeito a capacidade de
avaliar, de acordo com o seu gosto, o objecto.
A teoria objectivista na estética:










TESE: Um objecto é belo em virtude das suas qualidades e não em virtude
do que sentimos quando o observamos.
Argumento: As propriedades da beleza existem mesmo no objecto e são
independentes dos sujeitos que os observam. Quer o sujeito veja a beleza
do objecto ou não esta não depende do seu juízo, existe por si no objecto.
A beleza está nas coisas e não nos olhos de quem vê.
Se nem todos gostam do “David” de Miguel Ângelo, não é por não ser belo
mas porque não conseguem descobrir na sua forma a beleza. O problema
está então no sujeito e não no relativismo do juízo de gosto.
Se há desacordo estético, isso não quer dizer que o gosto estético seja
subjectivo mas apenas que os diferentes sujeitos não se apercebem, por
dificuldades culturais, intelectuais ou de sensibilidade das qualidades reais
do objecto e por isso ajuízam erradamente.
O juízo estético será semelhante a um juízo científico. Há juízos
verdadeiros e falsos. Caso descrevam ou não as qualidades intrínsecas do
objecto.
Para um objectivista:










O Belo distingue-se por uma série de qualidades
estéticas tais como:
A proporção das partes que compõem o todo
O Equilíbrio da forma
A unidade do todo e das partes
A Harmonia da figura
Perfeição
Diversidade (Exotismo?)
Há características específicas (dependendo das
formas de arte) e características gerais: Unidade
Complexidade e Intensidade
Intuicionista: (outra forma de
objectivismo)






As propriedades do Belo não são empíricas
por isso não podem ser apercebidas pelos
sentidos (Platão)
O Belo é não se pode definir, tão pouco se
pode descrever.
Sabemos que é Belo por uma intuição.Um
dom natural para ter a percepção do Belo, só
alguns a têm. Teoria das almas.
Subjectivismo estético:








Tese: Dizemos que um objecto é belo em virtude do que
sentimos quando o observamos.
A beleza não existe, é o nome que se dá às coisas que nos
produzem agrado.
Assim, o belo depende do nosso gosto, depende do modo
como a nossa sensibilidade se deixa afectar pelos objectos.
Assim o mesmo objecto afecta duas pessoas de diferentes
modos porque elas têm diferentes sensibilidades.
É Belo, porque gosto, porque me causa prazer ouvir ou
contemplar um determinado objecto, daí que esse objecto,
porque me agrada, seja considerado um objecto estético.










Apesar de diferentes gostos é possível haver um
padrão de gosto, esses padrões resumem-se a certos
valores culturais assumidos por todos.
Isso permite ultrapassar o cepticismo de que gostos
não se discutem.
O gosto também pode ser treinado e educado, pela
experiência e pela discussão.Comparar e conhecer
várias obras diferentes permite educar a sensibilidade.
Preconceitos e modas também influenciam os juízos
de gosto.
Podemos justificar racionalmente os nossos juízos
estéticos.
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  • 1. A experiência e a atitude estética O que define a experiência estética? O que faz da experiência estética uma experiência diferente?  A resposta sobre a qual todos os filósofos estão de acordo é a seguinte:  A EXPERIÊNCIA ESTÉTICA É UMA EXPERIÊNCIA DESINTERESSADA  Isto é, não temos qualquer interesse prático, ela não é um meio para satisfazer uma necessidade mas vale por si.
  • 2. Ver um desafio de futebol também é uma experiência desinteressada e não é uma experiência estética:      A experiência estética produz-se com objectos estéticos. São os objectos encarados na sua forma, harmonia,cor que afectam a nossa sensibilidade estética Exemplo: Um concerto, Uma dança, uma peça, um filme, um pôr do sol. Objectos sobre os quais podemos emitir juízos estéticos como: “É Belo!”, “Emocionou-me!”, “ A 9ª sinfonia é uma obra-prima!”
  • 3. A experiência estética pode decorrer da contemplação ou da produção/criação de um objecto.    1. O artista cria a obra e transfigura a realidade, tem portanto a experiência dessa transfiguração. 2. O receptor, aquele que é surpreendido no seu quotidiano pela forma de determinado objecto que lhe provoca admiração e emoção. 3. O crítico de arte que vai ao encontro do objecto artístico para o avaliar, segundo o seu gosto mas também segundo determinado conhecimento.
  • 5. Duas teorias sobre o juìzo estético: 1. O objectivismo estético 2. O subjectivismo estético     Estas teorias pretendem responder à questão: Quando emitimos um juízo estético “É Belo” falamos de uma qualidade que está no objecto? Falamos de uma emoção ou sentimento que surge em nós pela presença do objecto? O Objectivismo atribui ao objecto uma determinada qualidade estética O Subjectivismo atribui ao sujeito a capacidade de avaliar, de acordo com o seu gosto, o objecto.
  • 6. A teoria objectivista na estética:      TESE: Um objecto é belo em virtude das suas qualidades e não em virtude do que sentimos quando o observamos. Argumento: As propriedades da beleza existem mesmo no objecto e são independentes dos sujeitos que os observam. Quer o sujeito veja a beleza do objecto ou não esta não depende do seu juízo, existe por si no objecto. A beleza está nas coisas e não nos olhos de quem vê. Se nem todos gostam do “David” de Miguel Ângelo, não é por não ser belo mas porque não conseguem descobrir na sua forma a beleza. O problema está então no sujeito e não no relativismo do juízo de gosto. Se há desacordo estético, isso não quer dizer que o gosto estético seja subjectivo mas apenas que os diferentes sujeitos não se apercebem, por dificuldades culturais, intelectuais ou de sensibilidade das qualidades reais do objecto e por isso ajuízam erradamente. O juízo estético será semelhante a um juízo científico. Há juízos verdadeiros e falsos. Caso descrevam ou não as qualidades intrínsecas do objecto.
  • 7. Para um objectivista:         O Belo distingue-se por uma série de qualidades estéticas tais como: A proporção das partes que compõem o todo O Equilíbrio da forma A unidade do todo e das partes A Harmonia da figura Perfeição Diversidade (Exotismo?) Há características específicas (dependendo das formas de arte) e características gerais: Unidade Complexidade e Intensidade
  • 8. Intuicionista: (outra forma de objectivismo)    As propriedades do Belo não são empíricas por isso não podem ser apercebidas pelos sentidos (Platão) O Belo é não se pode definir, tão pouco se pode descrever. Sabemos que é Belo por uma intuição.Um dom natural para ter a percepção do Belo, só alguns a têm. Teoria das almas.
  • 9. Subjectivismo estético:     Tese: Dizemos que um objecto é belo em virtude do que sentimos quando o observamos. A beleza não existe, é o nome que se dá às coisas que nos produzem agrado. Assim, o belo depende do nosso gosto, depende do modo como a nossa sensibilidade se deixa afectar pelos objectos. Assim o mesmo objecto afecta duas pessoas de diferentes modos porque elas têm diferentes sensibilidades. É Belo, porque gosto, porque me causa prazer ouvir ou contemplar um determinado objecto, daí que esse objecto, porque me agrada, seja considerado um objecto estético.
  • 10.      Apesar de diferentes gostos é possível haver um padrão de gosto, esses padrões resumem-se a certos valores culturais assumidos por todos. Isso permite ultrapassar o cepticismo de que gostos não se discutem. O gosto também pode ser treinado e educado, pela experiência e pela discussão.Comparar e conhecer várias obras diferentes permite educar a sensibilidade. Preconceitos e modas também influenciam os juízos de gosto. Podemos justificar racionalmente os nossos juízos estéticos.