SlideShare a Scribd company logo
1 of 60
O Helenismo:
O reino da Macedônia:
O Reino da Macedônia:

• A Macedônia localizava-se na península dos
  Bálcãs, também chamada de península
  Balcânica, a nordeste da Grécia. A maioria da
  população era formada por camponeses
  livres, cujas principais ocupações eram o
  cultivo de terras e a criação de gado. A língua
  falada na Macedônia era parecida com a
  falada na Grécia, mas não era exatamente a
  mesma.
• Apesar das semelhanças culturais, os antigos
  gregos viam com desprezo o povo da Macedônia.
  Na visão preconceituosa dos antigos gregos, os
  macedônios não passavam de montanheses
  ignorantes que pouco diferiam dos povos
  chamados de "bárbaros". Em 359 a.C., aos 23
  anos de idade, Filipe tornou-se rei da Macedônia,
  com o nome de Filipe II.
Alexandre, o Grande:
• Antes disso, ele havia passado três anos como
  refém em Tebas, uma cidade grega, onde
  aprendeu as mais avançadas táticas militares
  da época e testemunhou as violentas batalhas
  entre as cidades gregas. Filipe II aplicou tudo o
  que aprendeu em Tebas para organizar um
  exército poderoso e bem treinado.
O exército de Filipe da Macedônia:

• A cavalaria do exército de Filipe II era toda
  formada por membros da nobreza (o grupo
  privilegiado) enquanto que a infantaria (o grupo
  de soldados que lutam a pé, sem montaria) era
  formada por homens livres pobres. Ao
  transformar a Macedônia numa potência militar,
  Filipe II deu início à conquista da Grécia, que já se
  encontrava enfraquecida em decorrência da
  Guerra do Peloponeso.
• O ateniense Demóstenes liderou uma união
  das cidades gregas contra a invasão
  macedônia. No entanto, essa união não foi
  suficiente para vencer o exército macedônio,
  que era muito mais bem treinado, e os gregos
  acabaram sendo derrotados definitivamente
  em 338 a.C. na batalha de Queronéia, nome
  de outra cidade grega.
Guerra contra a Pérsia:

• Após ter conquistado a Grécia, Filipe II
  começou a planejar uma guerra contra a
  Pérsia. Os persas eram donos de um grande
  império e vários povos estavam sob o seu
  domínio. Os tesouros dos reis persas e as
  terras férteis desse império atraíram o
  interesse do rei macedônio.
• No entanto, Filipe II foi assassinado durante a
  festa de casamento de sua filha, quando já
  havia iniciado os preparativos para a guerra
  contra os persas. O assassino era
  supostamente um ex-amante rancoroso
  (tanto na Grécia quanto na Macedônia, era
  socialmente aceito que um homem tivesse
  amantes de ambos os sexos).
• Segundo o historiador grego Plutarco, o
  assassinato foi tramado pelo recém coroado
  rei da Pérsia, Dario III.
Alexandre:
Alexandre sobe ao trono:
• Com a morte do pai, Alexandre, que tinha então
  20 anos, se tornou o novo rei da Macedônia.
  Antes de se tornar rei, o jovem Alexandre já tinha
  experiência política e militar. Aos 16 anos,
  quando o pai liderou um ataque contra a cidade
  de Bizâncio (atual Istambul, na Turquia), em 340
  a.C., Alexandre assumiu temporariamente o
  reino da Macedônia. Alexandre também auxiliou
  o pai na batalha de Queronéia, liderando a
  cavalaria.
• Apesar de violento, Alexandre também era
  culto e sofisticado. Ele adquiriu uma sólida
  formação cultural graças às aulas que recebeu
  de Aristóteles, um dos maiores filósofos da
  Antiguidade. Aristóteles estudou na Academia
  de Platão, importante filósofo grego. Foi Filipe
  II quem confiou a educação de Alexandre aos
  cuidados de Aristóteles.
A conquista do Egito:

• Em 334 a.C., Alexandre liderou um exército de
  milhares de homens e atravessou a Ásia Menor.
  Esse exército era formado por macedônios e
  gregos. Além dos soldados, Alexandre também
  levou sábios da época para estudar a fauna e
  flora local e cartografar o terreno.O interesse de
  Alexandre pela ciência foi estimulado pelas aulas
  que teve com seu mestre.
• Durante a campanha, o jovem rei conquistou o
  litoral da Ásia Menor, marchou contra a Síria e
  derrotou o exército persa na batalha de Isso.
  Também dominou Tiro, cidade portuária que era
  considerada inconquistável. Após a conquista
  dessa cidade, milhares de pessoas foram mortas
  e um e outras milhares foram escravizadas, pois
  Alexandre punia com a morte ou com a
  escravidão a população das cidades que
  ousassem resistir.
• Depois disso, o exército de Alexandre avançou
  rumo ao Egito, onde não encontrou resistência.
  Para os egípcios, Alexandre foi considerado um
  libertador, porque os livrou do domínio persa.
  Por isso, os sacerdotes egípcios manifestaram
  sua gratidão fazendo de Alexandre um novo
  faraó. Vale lembrar que, no Egito, os faraós eram
  considerados deuses, o que dá uma idéia de
  como Alexandre era visto em sua época.
• Alexandre aproveitou a ocasião e fundou uma
  nova cidade no Egito, Alexandria, que veio a
  se tornar local de uma das maiores bibliotecas
  da Antiguidade e um importante centro
  cultural nos séculos seguintes.
A queda do Império Persa:

• Do Egito, Alexandre marchou com seus
  soldados em direção à Mesopotâmia. O
  exército persa era mais numeroso que o de
  Alexandre e contava com cavalaria, elefantes
  (que eram usados nos campos de batalha mais
  ou menos como os atuais tanques de guerra)
  e carruagens com rodas cujos eixos tinham
  lâminas pontiagudas.
• Quando essas carruagens corriam nos campos
  de batalha, essas lâminas giravam junto com
  as rodas e cortavam os soldados inimigos que
  estivessem no caminho. Apesar disso tudo, o
  exército persa acabou derrotado. Uma das
  razões para a derrota foi o fato de que os
  persas lutavam desmotivados: o rei Dario III
  havia obrigado os homens a se alistarem para
  a guerra.
• O rei persa fugiu. Depois disso, o exército de
  Alexandre passou pelas cidades da Babilônia e
  de Persépolis. Essa última foi incendiada por
  ordem de Alexandre para vingar a destruição
  de Atenas pelos persas mais de 150 anos
  antes. Quando Alexandre finalmente alcançou
  Dario, este acabou morto por membros da sua
  própria corte.
Ambição sem limites de Alexandre:

• A ambição de Alexandre não conhecia limites.
  Não bastassem as conquistas já realizadas, ele
  decidiu invadir a Ásia Central, atravessando o
  que hoje é o Afeganistão em direção ao norte
  da Índia. A resistência da população local foi
  muito forte. Somente após três anos de luta e
  massacres o exército de Alexandre conseguiu
  conquistar uma pequena parte da região.
• Alexandre pretendia penetrar ainda mais no
  território da Índia, mas os seus soldados,
  tanto gregos quanto macedônios, estavam
  cansados de guerras intermináveis e difíceis e
  se recusaram a prosseguir. A contragosto, em
  325 a.C, Alexandre se viu obrigado a
  abandonar seus planos de novas conquistas.
• Como resultado de todas essas campanhas,
  Alexandre criou um império que se estendia
  da Grécia ao rio Indo. Ele não voltou para a
  Macedônia, permanecendo na Babilônia.
  Imitando os antigos reis persas, ele cercou-se
  de luxo e até ordenou que seus nobres se
  ajoelhassem diante dele e beijassem sua mão.
• Em 323 a.C, aos 33 anos incompletos,
  Alexandre morreu, vitimado por uma febre.
  Seus generais começaram a disputar o poder
  entre si. O vasto império acabou se dividindo
  em reinos menores, dos quais os mais
  importantes eram os da Macedônia, da Síria e
  do Egito. Os generais de Alexandre se
  tornaram os governantes desses reinos.
O legado de Alexandre, o Grande:

• Alexandre contribuiu para a difusão da cultura
  grega no Oriente. Suas conquistas aproximaram
  Ocidente e Oriente, dando origem a uma nova
  cultura, a helenística, resultado da mistura das
  culturas ocidental e oriental. Em grande parte,
  essa mistura foi estimulada pelo próprio
  Alexandre, que além de ser tolerante em relação
  à religião e cultura dos povos conquistados,
  incentivava que os homens do exército se
  casassem com mulheres orientais.
Roxane da Pérsia:
• Ele próprio deu o exemplo, casando-se com
  três princesas persas. Ele teve dois filhos: um
  com uma de suas esposas e o outro com uma
  de suas concubinas.
  Por fim, a figura de Alexandre acabou
  servindo de inspiração para outro líder militar
  que viveu depois dele: Júlio César, o general
  romano que fundamentou as bases do que
  veio a se tornar o Império Romano.
• Um dos aspectos que mais atrai a curiosidade
  do público atual a respeito de Alexandre é o
  fato de que, segundo várias fontes, Alexandre
  não escondia o fato de que mantinha relações
  sexuais com homens e mulheres; apesar de
  seus casamentos e filhos, Alexandre preferia a
  companhia de um dos seus amantes.
O Helenismo:
• Helenismo é um termo que designa
  tradicionalmente o período histórico e cultural
  durante o qual a civilização grega se difundiu
  no mundo mediterrânico, euro-asiático e no
  Oriente, fundindo-se com a cultura local.
• Da união da cultura grega com as culturas da
  Ásia Menor, Eurásia, Ásia central, Síria, África
  do Norte, Fenícia, Mesopotâmia, Índia e Irã,
  nasceu a civilização helenística, que obteve
  grande destaque em nível artístico, filosófico,
  religioso, econômico e científico. O helenismo
  se difundiu do Atlântico até o rio Indo.
• Do ponto de vista cronológico, o helenismo se
  desenvolveu da morte de Alexandre, o
  Grande, da Macedônia (323 a.C) até 147 a.C
  (anexação da península grega e ilhas por
  Roma). O helenismo refere-se ao
  conhecimento filosófico produzido entre a
  morte do Alexandre e o início da filosofia
  medieval.
O helenismo
O helenismo
O helenismo
O helenismo
O helenismo
O helenismo
O helenismo

More Related Content

What's hot

Grécia antiga
Grécia antigaGrécia antiga
Grécia antiga
cattonia
 

What's hot (20)

Descobrimento da América 1492
Descobrimento da América 1492  Descobrimento da América 1492
Descobrimento da América 1492
 
Grécia antiga período clássico
Grécia antiga   período clássicoGrécia antiga   período clássico
Grécia antiga período clássico
 
Do bandeirantismo à exploração aurífera.
Do bandeirantismo à exploração aurífera.Do bandeirantismo à exploração aurífera.
Do bandeirantismo à exploração aurífera.
 
O império macedônico e alexandre iii o
O império macedônico e alexandre iii   oO império macedônico e alexandre iii   o
O império macedônico e alexandre iii o
 
Absolutismo e Mercantilismo - 7º Ano (2016)
Absolutismo e Mercantilismo - 7º Ano (2016)Absolutismo e Mercantilismo - 7º Ano (2016)
Absolutismo e Mercantilismo - 7º Ano (2016)
 
Resumo grécia antiga
Resumo  grécia antigaResumo  grécia antiga
Resumo grécia antiga
 
Grécia antiga
Grécia antigaGrécia antiga
Grécia antiga
 
Império bizantino
Império bizantinoImpério bizantino
Império bizantino
 
Antiga Grecia
Antiga GreciaAntiga Grecia
Antiga Grecia
 
Resumo alta idade média
Resumo   alta idade médiaResumo   alta idade média
Resumo alta idade média
 
Grécia Antiga
Grécia AntigaGrécia Antiga
Grécia Antiga
 
Cruzadas
CruzadasCruzadas
Cruzadas
 
Astecas maias e incas
Astecas maias e incasAstecas maias e incas
Astecas maias e incas
 
Colonização da américa espanhola
Colonização da américa espanholaColonização da américa espanhola
Colonização da américa espanhola
 
Brasil Colônia
Brasil ColôniaBrasil Colônia
Brasil Colônia
 
Grécia antiga
Grécia antigaGrécia antiga
Grécia antiga
 
Brasil expansão territorial
Brasil expansão territorialBrasil expansão territorial
Brasil expansão territorial
 
As Grandes Navegações
As Grandes NavegaçõesAs Grandes Navegações
As Grandes Navegações
 
Grecia Antiga: Atenas e Esparta
Grecia Antiga: Atenas e EspartaGrecia Antiga: Atenas e Esparta
Grecia Antiga: Atenas e Esparta
 
O egito antigo
O egito antigoO egito antigo
O egito antigo
 

Viewers also liked (7)

Helenismo
HelenismoHelenismo
Helenismo
 
helenismo
helenismohelenismo
helenismo
 
Período helenístico
Período helenísticoPeríodo helenístico
Período helenístico
 
2 helenismo
2   helenismo2   helenismo
2 helenismo
 
Período helenístico
Período helenísticoPeríodo helenístico
Período helenístico
 
Helenismo
HelenismoHelenismo
Helenismo
 
Cap 4 - Filosofia Helenística
Cap 4 - Filosofia HelenísticaCap 4 - Filosofia Helenística
Cap 4 - Filosofia Helenística
 

Similar to O helenismo

Hist 0004 história antiga grécia
Hist 0004 história antiga gréciaHist 0004 história antiga grécia
Hist 0004 história antiga grécia
Lilian Larroca
 
Aula de história – 1º ano – técnico o império persa
Aula de história – 1º ano – técnico   o império persaAula de história – 1º ano – técnico   o império persa
Aula de história – 1º ano – técnico o império persa
stelawstel
 
História - Fenícios
História - FeníciosHistória - Fenícios
História - Fenícios
Carson Souza
 
03 a época histórica de daniel
03 a época histórica de daniel03 a época histórica de daniel
03 a época histórica de daniel
Diego Fortunatto
 
História 2º bimestre 1º ano
História 2º bimestre   1º anoHistória 2º bimestre   1º ano
História 2º bimestre 1º ano
dinicmax
 

Similar to O helenismo (20)

Domínio das nações sobre israel
Domínio das nações sobre israelDomínio das nações sobre israel
Domínio das nações sobre israel
 
Período Interbíblico aula 3 Período Grego
Período Interbíblico aula 3   Período GregoPeríodo Interbíblico aula 3   Período Grego
Período Interbíblico aula 3 Período Grego
 
Alexandre magno e a cultura helenística
Alexandre magno e a cultura helenísticaAlexandre magno e a cultura helenística
Alexandre magno e a cultura helenística
 
Sit 4 vol 2 o império de alexandre e a fusão cultural
Sit 4 vol 2 o império de alexandre e  a fusão culturalSit 4 vol 2 o império de alexandre e  a fusão cultural
Sit 4 vol 2 o império de alexandre e a fusão cultural
 
Os persas
Os persasOs persas
Os persas
 
Os persas
Os persasOs persas
Os persas
 
002 Helenismo 2.pptx
002 Helenismo 2.pptx002 Helenismo 2.pptx
002 Helenismo 2.pptx
 
Os persas
Os persasOs persas
Os persas
 
Hist 0004 história antiga grécia
Hist 0004 história antiga gréciaHist 0004 história antiga grécia
Hist 0004 história antiga grécia
 
Império Macedônico
Império MacedônicoImpério Macedônico
Império Macedônico
 
Aula de história – 1º ano – técnico o império persa
Aula de história – 1º ano – técnico   o império persaAula de história – 1º ano – técnico   o império persa
Aula de história – 1º ano – técnico o império persa
 
A grécia antiga
A grécia antigaA grécia antiga
A grécia antiga
 
AULA OS PERSAS.2012
AULA OS PERSAS.2012AULA OS PERSAS.2012
AULA OS PERSAS.2012
 
Os persas.2012
Os persas.2012Os persas.2012
Os persas.2012
 
História - Fenícios
História - FeníciosHistória - Fenícios
História - Fenícios
 
003 Alexandre, o Grande - Vida e Conquistas 2.pptx
003 Alexandre, o Grande - Vida e Conquistas 2.pptx003 Alexandre, o Grande - Vida e Conquistas 2.pptx
003 Alexandre, o Grande - Vida e Conquistas 2.pptx
 
03 a época histórica de daniel
03 a época histórica de daniel03 a época histórica de daniel
03 a época histórica de daniel
 
Continuação do Período Clássico
Continuação do Período Clássico Continuação do Período Clássico
Continuação do Período Clássico
 
Alexandre, o grande
Alexandre, o grandeAlexandre, o grande
Alexandre, o grande
 
História 2º bimestre 1º ano
História 2º bimestre   1º anoHistória 2º bimestre   1º ano
História 2º bimestre 1º ano
 

More from historiando

Os negros no brasil colônia
Os negros no brasil colôniaOs negros no brasil colônia
Os negros no brasil colônia
historiando
 
O pri meiro reinado
O pri meiro reinadoO pri meiro reinado
O pri meiro reinado
historiando
 
O império bizantino
O império bizantinoO império bizantino
O império bizantino
historiando
 
A guerra fria final
A guerra fria   finalA guerra fria   final
A guerra fria final
historiando
 
Os francos, imp. carolingio
Os francos, imp. carolingioOs francos, imp. carolingio
Os francos, imp. carolingio
historiando
 
A revolução cubana
A revolução cubanaA revolução cubana
A revolução cubana
historiando
 
A independência do brasil
A independência do brasilA independência do brasil
A independência do brasil
historiando
 
A vinda da família real ao brasil
A vinda da família real ao brasilA vinda da família real ao brasil
A vinda da família real ao brasil
historiando
 
Roma antiga da república ao império
Roma antiga   da república ao impérioRoma antiga   da república ao império
Roma antiga da república ao império
historiando
 
A república romana
A república romanaA república romana
A república romana
historiando
 
Reinos africanos
Reinos africanosReinos africanos
Reinos africanos
historiando
 
História da áfrica
História da áfricaHistória da áfrica
História da áfrica
historiando
 
A guerra do vietnã
A guerra do vietnãA guerra do vietnã
A guerra do vietnã
historiando
 
A guerra fria 1945 a 1989
A guerra fria   1945 a 1989A guerra fria   1945 a 1989
A guerra fria 1945 a 1989
historiando
 
A 2ª guerra mundial do dia d ao fim da g na europa - 2013
A 2ª guerra mundial  do dia d ao fim da g na europa - 2013A 2ª guerra mundial  do dia d ao fim da g na europa - 2013
A 2ª guerra mundial do dia d ao fim da g na europa - 2013
historiando
 
O holocausto e as bombas atômica
O holocausto e as bombas atômicaO holocausto e as bombas atômica
O holocausto e as bombas atômica
historiando
 

More from historiando (20)

Os negros no brasil colônia
Os negros no brasil colôniaOs negros no brasil colônia
Os negros no brasil colônia
 
Os iorubás
Os iorubásOs iorubás
Os iorubás
 
O pri meiro reinado
O pri meiro reinadoO pri meiro reinado
O pri meiro reinado
 
Os árabes
Os árabesOs árabes
Os árabes
 
O império bizantino
O império bizantinoO império bizantino
O império bizantino
 
A guerra fria final
A guerra fria   finalA guerra fria   final
A guerra fria final
 
Os francos, imp. carolingio
Os francos, imp. carolingioOs francos, imp. carolingio
Os francos, imp. carolingio
 
A revolução cubana
A revolução cubanaA revolução cubana
A revolução cubana
 
O reino de kush
O reino de kushO reino de kush
O reino de kush
 
A independência do brasil
A independência do brasilA independência do brasil
A independência do brasil
 
A vinda da família real ao brasil
A vinda da família real ao brasilA vinda da família real ao brasil
A vinda da família real ao brasil
 
Roma antiga da república ao império
Roma antiga   da república ao impérioRoma antiga   da república ao império
Roma antiga da república ao império
 
A república romana
A república romanaA república romana
A república romana
 
Roma antiga
Roma antigaRoma antiga
Roma antiga
 
Reinos africanos
Reinos africanosReinos africanos
Reinos africanos
 
História da áfrica
História da áfricaHistória da áfrica
História da áfrica
 
A guerra do vietnã
A guerra do vietnãA guerra do vietnã
A guerra do vietnã
 
A guerra fria 1945 a 1989
A guerra fria   1945 a 1989A guerra fria   1945 a 1989
A guerra fria 1945 a 1989
 
A 2ª guerra mundial do dia d ao fim da g na europa - 2013
A 2ª guerra mundial  do dia d ao fim da g na europa - 2013A 2ª guerra mundial  do dia d ao fim da g na europa - 2013
A 2ª guerra mundial do dia d ao fim da g na europa - 2013
 
O holocausto e as bombas atômica
O holocausto e as bombas atômicaO holocausto e as bombas atômica
O holocausto e as bombas atômica
 

O helenismo

  • 2. O reino da Macedônia:
  • 3. O Reino da Macedônia: • A Macedônia localizava-se na península dos Bálcãs, também chamada de península Balcânica, a nordeste da Grécia. A maioria da população era formada por camponeses livres, cujas principais ocupações eram o cultivo de terras e a criação de gado. A língua falada na Macedônia era parecida com a falada na Grécia, mas não era exatamente a mesma.
  • 4. • Apesar das semelhanças culturais, os antigos gregos viam com desprezo o povo da Macedônia. Na visão preconceituosa dos antigos gregos, os macedônios não passavam de montanheses ignorantes que pouco diferiam dos povos chamados de "bárbaros". Em 359 a.C., aos 23 anos de idade, Filipe tornou-se rei da Macedônia, com o nome de Filipe II.
  • 6. • Antes disso, ele havia passado três anos como refém em Tebas, uma cidade grega, onde aprendeu as mais avançadas táticas militares da época e testemunhou as violentas batalhas entre as cidades gregas. Filipe II aplicou tudo o que aprendeu em Tebas para organizar um exército poderoso e bem treinado.
  • 7. O exército de Filipe da Macedônia: • A cavalaria do exército de Filipe II era toda formada por membros da nobreza (o grupo privilegiado) enquanto que a infantaria (o grupo de soldados que lutam a pé, sem montaria) era formada por homens livres pobres. Ao transformar a Macedônia numa potência militar, Filipe II deu início à conquista da Grécia, que já se encontrava enfraquecida em decorrência da Guerra do Peloponeso.
  • 8. • O ateniense Demóstenes liderou uma união das cidades gregas contra a invasão macedônia. No entanto, essa união não foi suficiente para vencer o exército macedônio, que era muito mais bem treinado, e os gregos acabaram sendo derrotados definitivamente em 338 a.C. na batalha de Queronéia, nome de outra cidade grega.
  • 9.
  • 10. Guerra contra a Pérsia: • Após ter conquistado a Grécia, Filipe II começou a planejar uma guerra contra a Pérsia. Os persas eram donos de um grande império e vários povos estavam sob o seu domínio. Os tesouros dos reis persas e as terras férteis desse império atraíram o interesse do rei macedônio.
  • 11. • No entanto, Filipe II foi assassinado durante a festa de casamento de sua filha, quando já havia iniciado os preparativos para a guerra contra os persas. O assassino era supostamente um ex-amante rancoroso (tanto na Grécia quanto na Macedônia, era socialmente aceito que um homem tivesse amantes de ambos os sexos).
  • 12. • Segundo o historiador grego Plutarco, o assassinato foi tramado pelo recém coroado rei da Pérsia, Dario III.
  • 14.
  • 15. Alexandre sobe ao trono: • Com a morte do pai, Alexandre, que tinha então 20 anos, se tornou o novo rei da Macedônia. Antes de se tornar rei, o jovem Alexandre já tinha experiência política e militar. Aos 16 anos, quando o pai liderou um ataque contra a cidade de Bizâncio (atual Istambul, na Turquia), em 340 a.C., Alexandre assumiu temporariamente o reino da Macedônia. Alexandre também auxiliou o pai na batalha de Queronéia, liderando a cavalaria.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19. • Apesar de violento, Alexandre também era culto e sofisticado. Ele adquiriu uma sólida formação cultural graças às aulas que recebeu de Aristóteles, um dos maiores filósofos da Antiguidade. Aristóteles estudou na Academia de Platão, importante filósofo grego. Foi Filipe II quem confiou a educação de Alexandre aos cuidados de Aristóteles.
  • 20.
  • 21.
  • 22. A conquista do Egito: • Em 334 a.C., Alexandre liderou um exército de milhares de homens e atravessou a Ásia Menor. Esse exército era formado por macedônios e gregos. Além dos soldados, Alexandre também levou sábios da época para estudar a fauna e flora local e cartografar o terreno.O interesse de Alexandre pela ciência foi estimulado pelas aulas que teve com seu mestre.
  • 23. • Durante a campanha, o jovem rei conquistou o litoral da Ásia Menor, marchou contra a Síria e derrotou o exército persa na batalha de Isso. Também dominou Tiro, cidade portuária que era considerada inconquistável. Após a conquista dessa cidade, milhares de pessoas foram mortas e um e outras milhares foram escravizadas, pois Alexandre punia com a morte ou com a escravidão a população das cidades que ousassem resistir.
  • 24. • Depois disso, o exército de Alexandre avançou rumo ao Egito, onde não encontrou resistência. Para os egípcios, Alexandre foi considerado um libertador, porque os livrou do domínio persa. Por isso, os sacerdotes egípcios manifestaram sua gratidão fazendo de Alexandre um novo faraó. Vale lembrar que, no Egito, os faraós eram considerados deuses, o que dá uma idéia de como Alexandre era visto em sua época.
  • 25. • Alexandre aproveitou a ocasião e fundou uma nova cidade no Egito, Alexandria, que veio a se tornar local de uma das maiores bibliotecas da Antiguidade e um importante centro cultural nos séculos seguintes.
  • 26.
  • 27.
  • 28.
  • 29. A queda do Império Persa: • Do Egito, Alexandre marchou com seus soldados em direção à Mesopotâmia. O exército persa era mais numeroso que o de Alexandre e contava com cavalaria, elefantes (que eram usados nos campos de batalha mais ou menos como os atuais tanques de guerra) e carruagens com rodas cujos eixos tinham lâminas pontiagudas.
  • 30. • Quando essas carruagens corriam nos campos de batalha, essas lâminas giravam junto com as rodas e cortavam os soldados inimigos que estivessem no caminho. Apesar disso tudo, o exército persa acabou derrotado. Uma das razões para a derrota foi o fato de que os persas lutavam desmotivados: o rei Dario III havia obrigado os homens a se alistarem para a guerra.
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34. • O rei persa fugiu. Depois disso, o exército de Alexandre passou pelas cidades da Babilônia e de Persépolis. Essa última foi incendiada por ordem de Alexandre para vingar a destruição de Atenas pelos persas mais de 150 anos antes. Quando Alexandre finalmente alcançou Dario, este acabou morto por membros da sua própria corte.
  • 35. Ambição sem limites de Alexandre: • A ambição de Alexandre não conhecia limites. Não bastassem as conquistas já realizadas, ele decidiu invadir a Ásia Central, atravessando o que hoje é o Afeganistão em direção ao norte da Índia. A resistência da população local foi muito forte. Somente após três anos de luta e massacres o exército de Alexandre conseguiu conquistar uma pequena parte da região.
  • 36. • Alexandre pretendia penetrar ainda mais no território da Índia, mas os seus soldados, tanto gregos quanto macedônios, estavam cansados de guerras intermináveis e difíceis e se recusaram a prosseguir. A contragosto, em 325 a.C, Alexandre se viu obrigado a abandonar seus planos de novas conquistas.
  • 37.
  • 38.
  • 39.
  • 40. • Como resultado de todas essas campanhas, Alexandre criou um império que se estendia da Grécia ao rio Indo. Ele não voltou para a Macedônia, permanecendo na Babilônia. Imitando os antigos reis persas, ele cercou-se de luxo e até ordenou que seus nobres se ajoelhassem diante dele e beijassem sua mão.
  • 41.
  • 42. • Em 323 a.C, aos 33 anos incompletos, Alexandre morreu, vitimado por uma febre. Seus generais começaram a disputar o poder entre si. O vasto império acabou se dividindo em reinos menores, dos quais os mais importantes eram os da Macedônia, da Síria e do Egito. Os generais de Alexandre se tornaram os governantes desses reinos.
  • 43. O legado de Alexandre, o Grande: • Alexandre contribuiu para a difusão da cultura grega no Oriente. Suas conquistas aproximaram Ocidente e Oriente, dando origem a uma nova cultura, a helenística, resultado da mistura das culturas ocidental e oriental. Em grande parte, essa mistura foi estimulada pelo próprio Alexandre, que além de ser tolerante em relação à religião e cultura dos povos conquistados, incentivava que os homens do exército se casassem com mulheres orientais.
  • 44.
  • 45.
  • 47. • Ele próprio deu o exemplo, casando-se com três princesas persas. Ele teve dois filhos: um com uma de suas esposas e o outro com uma de suas concubinas. Por fim, a figura de Alexandre acabou servindo de inspiração para outro líder militar que viveu depois dele: Júlio César, o general romano que fundamentou as bases do que veio a se tornar o Império Romano.
  • 48. • Um dos aspectos que mais atrai a curiosidade do público atual a respeito de Alexandre é o fato de que, segundo várias fontes, Alexandre não escondia o fato de que mantinha relações sexuais com homens e mulheres; apesar de seus casamentos e filhos, Alexandre preferia a companhia de um dos seus amantes.
  • 49.
  • 50. O Helenismo: • Helenismo é um termo que designa tradicionalmente o período histórico e cultural durante o qual a civilização grega se difundiu no mundo mediterrânico, euro-asiático e no Oriente, fundindo-se com a cultura local.
  • 51. • Da união da cultura grega com as culturas da Ásia Menor, Eurásia, Ásia central, Síria, África do Norte, Fenícia, Mesopotâmia, Índia e Irã, nasceu a civilização helenística, que obteve grande destaque em nível artístico, filosófico, religioso, econômico e científico. O helenismo se difundiu do Atlântico até o rio Indo.
  • 52.
  • 53. • Do ponto de vista cronológico, o helenismo se desenvolveu da morte de Alexandre, o Grande, da Macedônia (323 a.C) até 147 a.C (anexação da península grega e ilhas por Roma). O helenismo refere-se ao conhecimento filosófico produzido entre a morte do Alexandre e o início da filosofia medieval.