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PERIODONTIA I
Fac.Odontologia
     UFJF
            Professores:

  Evandro de Toledo Lourenço Júnior

 Aneliese Holetz de Toledo Lourenço
PERIODONTIA
   Disciplina que estuda os tecidos de
    revestimento e suporte dos dentes
    (gengiva, osso alveolar, ligamento
    periodontal e cemento) , sua fisiologia,
    suas alterações patológicas e as
    diferentes formas de tratamento.
ANATOMIA E
HISTOFISIOLOGIA DO
   PERIODONTO
COMPONENTES DO
          PERIODONTO
                         Periodonto de sustentação
                         .. Osso alveolar
                         .. Ligamento periodontal
Periodonto de proteção
                         .. Cemento
.. Mucosa ceratinizada
.. Sulco gengival
.. Epitélio juncional
.. Inserção conjuntiva
Ponto de contato



                            Papila

Periodonto de proteção      Área de col
                            Margem gengival Espaço
                            Margem óssea     biológico
                            Mucosa ceratinizada
                            Junção mucogengival
Periodonto de sustentação   Mucosa alveolar
Sulco gengival

        0,69 mm


    Epitélio juncional

       0,97 mm
                                  Distância biológica

Inserção conjuntiva                   2,04 mm

      1,07 mm




  Total de espaço biológico 2,73 mm = 3,0 mm
                                 Referência clínica
MUCOSA CERATINIZADA
              (GENGIVA)
   Altura varia de 1 a 9 mm
   Gengiva livre ou marginal / faixa de gengiva inserida
   Junção mucogengival
   Epitélio mucoso estratificado paraceratinizado (pele:
    ortoceratinizada - completa)
                          Região do “col”: não ceratinizada
                          Mucosa alveolar: não ceratinizada
   Importância clínica da mucosa ceratinizada: -
    imobilização da margem gengival e vedamento entre
    meio interno e meio externo
Solução de Schiller
       100 ml Ag. Destilada
     4 g de iodeto de potássio
      2 g de iodo metalóide

Nesta sequência: dissolução do iodo
  na solução de iodeto de potássio
Abrasão provocada por escovação traumática
Recessões periodontais causadas após movimentação
        ortodôntica: gengiva e osso delgados
Áreas de menor quantidade:
                              •Pré-molares inferiores
                             •Pré-molares superiores
                                            •Caninos

                     Ideal segundo STRAHAN: 3 mm




Ausência de mucosa
   ceratinizada
Várias abrasões e exposição total da
raiz distovestibular do elemento 16
COL         (COHEN, 1959)




•Quanto mais posterior no arco, maior é a distância
            •Tecido não ceratinizado (tecido duro)
                  Pôntico e PT (perda da ceratina)
SULCO GENGIVAL
 Profundidade - 0,5 a 1,0 mm
 Amplitude – 0,15 a 0,25 mm RATEISCHTAK
 Condições clínicas:
DOENÇA: presença de sangramento à sondagem
SAÚDE: ausência de sangramento à sondagem

Gengivite experimental de LÖE: 48 a 72 horas
Cristas epiteliais e papilas conjuntivas




                Epitélio e colágeno íntegros,
                ausência de infiltrado inflamatório
0.15 a 0.25mm




                           0,5 a 1mm




Presença de infiltrado inflamatório
Perda da integridade epitelial,
destruição de colágeno e
infiltrado inflamatório tardio
EPITÉLIO JUNCIONAL
   Extensão : 0,9 a 1,3 mm
   União firme ao dente
   União intercelular lábil (clivagem)
   Descamação celular (apical para coronal:
    defesa)
   Sem ceratinização (tecido duro - MIDZA)
   Todas as células se dividem (mais rapidez de
    renovação), nos demais epitélios: somente as
    basais
   Presença de células de defesa
   Forma piramidal invertida
   Permite a penetração da sonda até o início da
    inserção conjuntiva
INSERÇÃO CONJUNTIVA
 Extensão – 1,0 a 1,5 mm
 Presença de fibras gengivais
 Pontilhado gengival – fibras inseridas no
  cemento supra-alveolar e no osso
 Integridade – saúde periodontal
Fibras gengivais
 1 - Dentogengivais
 2 - Crestogengivais
 5 - Semicirculares
 6 - Dentoperiostais
 8 - Periosteogengivais
11 - Fibras
do ligamento
3 – fibras semi-circulares da gengiva (não há circulares)
7 – fibras transseptais da gengiva ( ou do ligamento )
OSSO ALVEOLAR

CA10 (PO4) OH2
HIDROXIAPATITA
presente em todos os tecidos mineralizados
Composição em volume
           Matriz      Matriz     Água
          orgânica   inorgânica
Esmalte     02          86         12

Dentina     18          70         12

Cemento     23          65         12

 Osso       25          60         15
Osso alveolar

 ÚNICO OSSO DE ORIGEM
  ECTOMESENQUIMAL
                     (os demais são mesenquimais)
 Osteoblastos secretam a matriz que é
  fosforilada (fosfatase alcalina do osteoblasto) e
  mineralizada
 O osso cresce por sobrecamadas (osteócito
  enclausurado com prolongamentos, mantendo
  a matriz, osteon: vaso e osteócitos
  dependentes)
OSSO ALVEOLAR

 Absorção e neoformação constantes
 O osteócito reabsorve o componente
  inorgânico, o osteoclasto reabsorve o
  componente inorgânico e também a parte
  orgânica (não havendo nova deposição mineral
  e nova formação óssea)
 O paratohormônio estimula atividade
  osteoclástica, a calcitonina inibe
                Troca do esqueleto: adultos 1 x ao ano, crianças 2 x
1 – Cortical interna
                   LÂMINA CRIBIFORME:
                     equilíbrio hidrodinâmico
2 – Espaços medulares
3 – Cortical externa
LÂMINA CRIBIFORME
Arco côncavo
                     do tec. ósseo


Espaço biológico:
Sulcogeng,ep.junc
e inserção conjunt
Seio maxilar
Emergência da artéria intra-septal
OSTEOFITOS
FENESTRAÇÃO
DEISCÊNCIA
Região do espaço biológico
Perda do osso alveolar, restando osso basal
Continuidade da lâmina dura no Rx: saúde
Interrupção ou ausência (vasos e desmineralização):doença
LIGAMENTO PERIODONTAL
   Tecido conjuntivo denso modelado
   Articulação do tipo sindesmose: 2 TECIDOS DUROS
    ENTREMEADOS POR FIBRAS (estiramento e
    contração)
   Espessura média - 0,2 mm(0,1 a 0,4 mm)
   União entre osso e cemento
   Funções:
    . amortecimento de forças (fibras oblíq.+fluido tissular)
                               . remodelamento - osso e raiz
                                 . sensorial - proprioceptores
                                         . nutritiva - irrigação
CÉLULAS DO LIGAMENTO
            PERIODONTAL
       Fibroblastos (colágeno e colagenase), neutrófilos
        (fagocita bactérias), mastócitos (histamina),
        macrófagos (originado do monócito que sai do
        vaso, fagocita fungos, vírus e substâncias),
        eosinófilos (fagocita complexo Ag/Ac), cels.
        ectomesenquimais indiferenciadas (dão origem às
        progenitoras), cementoblastos, cementoclastos,
        osteoblastos, osteoclastos, restos epiteliais de
        Malassez (restos da bainha de Hertwig: não
        degeneram, tendem a encistar, 85% apicais),
        elementos vasculares e neurais.
A colagenase bacteriana é 5 x mais potente que a do fibroblasto
A cada 7 dias o colágeno do ligamento se renova,
no grupo da crista, apical e interradicular, a cada 70 horas
Fibras de Sharpey: final das fibras inserídas no osso e no cemento
Há em todas as sindesmoses, no periósteo alveolar também
FIBRAS PERIODONTAIS
 Fibras da crista alveolar
 Fibras horizontais
 Fibras oblíquas em maior proporção
 Fibras periapicais
 Fibras interradiculares (furcais)
12 – HORIZONTAIS
13 – OBLÍQUAS
14 - INTERRADICULARES
15 - PERIAPICAIS
Corte histológico da região do ligamento periodontal
CEMENTO
Cemento acelular: (sem cementócitos)
 terço cervical e terço médio da raiz
 associado a formação da raiz e erupção
Cemento celular: (com cementócitos)
 terço apical
 associado ao contato oclusal e a demandas
  funcionais (0,4 mm a cada 40 anos – depende
  da demanda)
      AMBOS POSSUEM CEMENTOBLASTOS
O cemento é avascular, mantendo-se através do periodonto
Toda degeneração do periodonto degenera cemento
CEMENTO
CARACTERÍSTICAS
 Sofre contínua aposição durante a vida (não
  existe remodelamento)
 Absorve mais lentamente que o osso
 Difícil renovação (8 X menos fosfatase-alcalina
  que o osso)
 Degenera-se em contato com o meio bucal
 Anomalias: projeções e pérolas de esmalte
IRRIGAÇÃO DO
             PERIODONTO
 Vasos supraperiosteais
 Vasos intraósseos
 Vasos intraligamentares   (80 % DOS VASOS SÃO
    PARALELOS – ALMOFADA HEMODINÂMICA PELA
    TURGESCÊNCIA DOS VASOS)
VASOS
1- Intraligamentares
2 – Intraósseos
3 - Supraperiostais
Inervação
    do
periodonto
Nervos Maxilar e
Mandibular
Ramos do
NervoTrigêmio
SONDAGEM CLÍNICA




   Saúde: 1 a 3 mm
   sulco, epitélio juncional
Doença periodontal
Renovação x Cicatrização
                      valores aproximados


 Epitélio oral: 15 dias
 Epitélio juncional: 03 dias
 Tecido conjuntivo: 30 dias
 Ligamento periodontal: 30 dias
 Tecido ósseo: 3 meses
Bibliografia recomendada:
 LINDHE, J. Tratado de Periodontia clínica e
  Implantologia oral. 5.ed. Rio de Janeiro:
  Guanabara Koogan, 2010. (ISBN:
  9788527716222)
 NEWMAN, M.G.; TAKEI, H; CARRANZA, F.A.
  Periodontia clínica. 10.ed. Rio de Janeiro:
  Elsevier, 2007. (ISBN: 978853222487)
 DUARTE, C.A. Cirurgia Periodontal: pré-
  protética, estética e peri-implantar. 3.ed. São
  Paulo: Editora Santos, 2009. (ISBN:
  9788572887748)

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Perio I - Anatomia e Fisiologia

  • 1. PERIODONTIA I Fac.Odontologia UFJF Professores: Evandro de Toledo Lourenço Júnior Aneliese Holetz de Toledo Lourenço
  • 2. PERIODONTIA  Disciplina que estuda os tecidos de revestimento e suporte dos dentes (gengiva, osso alveolar, ligamento periodontal e cemento) , sua fisiologia, suas alterações patológicas e as diferentes formas de tratamento.
  • 4. COMPONENTES DO PERIODONTO Periodonto de sustentação .. Osso alveolar .. Ligamento periodontal Periodonto de proteção .. Cemento .. Mucosa ceratinizada .. Sulco gengival .. Epitélio juncional .. Inserção conjuntiva
  • 5. Ponto de contato Papila Periodonto de proteção Área de col Margem gengival Espaço Margem óssea biológico Mucosa ceratinizada Junção mucogengival Periodonto de sustentação Mucosa alveolar
  • 6. Sulco gengival 0,69 mm Epitélio juncional 0,97 mm Distância biológica Inserção conjuntiva 2,04 mm 1,07 mm Total de espaço biológico 2,73 mm = 3,0 mm Referência clínica
  • 7. MUCOSA CERATINIZADA (GENGIVA)  Altura varia de 1 a 9 mm  Gengiva livre ou marginal / faixa de gengiva inserida  Junção mucogengival  Epitélio mucoso estratificado paraceratinizado (pele: ortoceratinizada - completa) Região do “col”: não ceratinizada Mucosa alveolar: não ceratinizada  Importância clínica da mucosa ceratinizada: - imobilização da margem gengival e vedamento entre meio interno e meio externo
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13. Solução de Schiller 100 ml Ag. Destilada 4 g de iodeto de potássio 2 g de iodo metalóide Nesta sequência: dissolução do iodo na solução de iodeto de potássio
  • 14. Abrasão provocada por escovação traumática
  • 15. Recessões periodontais causadas após movimentação ortodôntica: gengiva e osso delgados
  • 16. Áreas de menor quantidade: •Pré-molares inferiores •Pré-molares superiores •Caninos Ideal segundo STRAHAN: 3 mm Ausência de mucosa ceratinizada
  • 17. Várias abrasões e exposição total da raiz distovestibular do elemento 16
  • 18. COL (COHEN, 1959) •Quanto mais posterior no arco, maior é a distância •Tecido não ceratinizado (tecido duro) Pôntico e PT (perda da ceratina)
  • 19. SULCO GENGIVAL  Profundidade - 0,5 a 1,0 mm  Amplitude – 0,15 a 0,25 mm RATEISCHTAK  Condições clínicas: DOENÇA: presença de sangramento à sondagem SAÚDE: ausência de sangramento à sondagem Gengivite experimental de LÖE: 48 a 72 horas
  • 20. Cristas epiteliais e papilas conjuntivas Epitélio e colágeno íntegros, ausência de infiltrado inflamatório
  • 21. 0.15 a 0.25mm 0,5 a 1mm Presença de infiltrado inflamatório
  • 22. Perda da integridade epitelial, destruição de colágeno e infiltrado inflamatório tardio
  • 23. EPITÉLIO JUNCIONAL  Extensão : 0,9 a 1,3 mm  União firme ao dente  União intercelular lábil (clivagem)  Descamação celular (apical para coronal: defesa)  Sem ceratinização (tecido duro - MIDZA)  Todas as células se dividem (mais rapidez de renovação), nos demais epitélios: somente as basais  Presença de células de defesa  Forma piramidal invertida  Permite a penetração da sonda até o início da inserção conjuntiva
  • 24.
  • 25. INSERÇÃO CONJUNTIVA  Extensão – 1,0 a 1,5 mm  Presença de fibras gengivais  Pontilhado gengival – fibras inseridas no cemento supra-alveolar e no osso  Integridade – saúde periodontal
  • 26. Fibras gengivais 1 - Dentogengivais 2 - Crestogengivais 5 - Semicirculares 6 - Dentoperiostais 8 - Periosteogengivais 11 - Fibras do ligamento
  • 27. 3 – fibras semi-circulares da gengiva (não há circulares) 7 – fibras transseptais da gengiva ( ou do ligamento )
  • 28. OSSO ALVEOLAR CA10 (PO4) OH2 HIDROXIAPATITA presente em todos os tecidos mineralizados
  • 29. Composição em volume Matriz Matriz Água orgânica inorgânica Esmalte 02 86 12 Dentina 18 70 12 Cemento 23 65 12 Osso 25 60 15
  • 30. Osso alveolar  ÚNICO OSSO DE ORIGEM ECTOMESENQUIMAL (os demais são mesenquimais)  Osteoblastos secretam a matriz que é fosforilada (fosfatase alcalina do osteoblasto) e mineralizada  O osso cresce por sobrecamadas (osteócito enclausurado com prolongamentos, mantendo a matriz, osteon: vaso e osteócitos dependentes)
  • 31. OSSO ALVEOLAR  Absorção e neoformação constantes  O osteócito reabsorve o componente inorgânico, o osteoclasto reabsorve o componente inorgânico e também a parte orgânica (não havendo nova deposição mineral e nova formação óssea)  O paratohormônio estimula atividade osteoclástica, a calcitonina inibe Troca do esqueleto: adultos 1 x ao ano, crianças 2 x
  • 32. 1 – Cortical interna LÂMINA CRIBIFORME: equilíbrio hidrodinâmico 2 – Espaços medulares 3 – Cortical externa
  • 34. Arco côncavo do tec. ósseo Espaço biológico: Sulcogeng,ep.junc e inserção conjunt
  • 36.
  • 37. Emergência da artéria intra-septal
  • 40. Região do espaço biológico
  • 41.
  • 42.
  • 43. Perda do osso alveolar, restando osso basal
  • 44. Continuidade da lâmina dura no Rx: saúde Interrupção ou ausência (vasos e desmineralização):doença
  • 45. LIGAMENTO PERIODONTAL  Tecido conjuntivo denso modelado  Articulação do tipo sindesmose: 2 TECIDOS DUROS ENTREMEADOS POR FIBRAS (estiramento e contração)  Espessura média - 0,2 mm(0,1 a 0,4 mm)  União entre osso e cemento  Funções: . amortecimento de forças (fibras oblíq.+fluido tissular) . remodelamento - osso e raiz . sensorial - proprioceptores . nutritiva - irrigação
  • 46. CÉLULAS DO LIGAMENTO PERIODONTAL  Fibroblastos (colágeno e colagenase), neutrófilos (fagocita bactérias), mastócitos (histamina), macrófagos (originado do monócito que sai do vaso, fagocita fungos, vírus e substâncias), eosinófilos (fagocita complexo Ag/Ac), cels. ectomesenquimais indiferenciadas (dão origem às progenitoras), cementoblastos, cementoclastos, osteoblastos, osteoclastos, restos epiteliais de Malassez (restos da bainha de Hertwig: não degeneram, tendem a encistar, 85% apicais), elementos vasculares e neurais. A colagenase bacteriana é 5 x mais potente que a do fibroblasto A cada 7 dias o colágeno do ligamento se renova, no grupo da crista, apical e interradicular, a cada 70 horas
  • 47. Fibras de Sharpey: final das fibras inserídas no osso e no cemento Há em todas as sindesmoses, no periósteo alveolar também
  • 48. FIBRAS PERIODONTAIS  Fibras da crista alveolar  Fibras horizontais  Fibras oblíquas em maior proporção  Fibras periapicais  Fibras interradiculares (furcais)
  • 49. 12 – HORIZONTAIS 13 – OBLÍQUAS 14 - INTERRADICULARES 15 - PERIAPICAIS
  • 50. Corte histológico da região do ligamento periodontal
  • 51. CEMENTO Cemento acelular: (sem cementócitos)  terço cervical e terço médio da raiz  associado a formação da raiz e erupção Cemento celular: (com cementócitos)  terço apical  associado ao contato oclusal e a demandas funcionais (0,4 mm a cada 40 anos – depende da demanda) AMBOS POSSUEM CEMENTOBLASTOS
  • 52. O cemento é avascular, mantendo-se através do periodonto Toda degeneração do periodonto degenera cemento
  • 53. CEMENTO CARACTERÍSTICAS  Sofre contínua aposição durante a vida (não existe remodelamento)  Absorve mais lentamente que o osso  Difícil renovação (8 X menos fosfatase-alcalina que o osso)  Degenera-se em contato com o meio bucal  Anomalias: projeções e pérolas de esmalte
  • 54. IRRIGAÇÃO DO PERIODONTO  Vasos supraperiosteais  Vasos intraósseos  Vasos intraligamentares (80 % DOS VASOS SÃO PARALELOS – ALMOFADA HEMODINÂMICA PELA TURGESCÊNCIA DOS VASOS)
  • 55. VASOS 1- Intraligamentares 2 – Intraósseos 3 - Supraperiostais
  • 56. Inervação do periodonto
  • 58. SONDAGEM CLÍNICA Saúde: 1 a 3 mm sulco, epitélio juncional
  • 60. Renovação x Cicatrização valores aproximados  Epitélio oral: 15 dias  Epitélio juncional: 03 dias  Tecido conjuntivo: 30 dias  Ligamento periodontal: 30 dias  Tecido ósseo: 3 meses
  • 61. Bibliografia recomendada:  LINDHE, J. Tratado de Periodontia clínica e Implantologia oral. 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. (ISBN: 9788527716222)  NEWMAN, M.G.; TAKEI, H; CARRANZA, F.A. Periodontia clínica. 10.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. (ISBN: 978853222487)  DUARTE, C.A. Cirurgia Periodontal: pré- protética, estética e peri-implantar. 3.ed. São Paulo: Editora Santos, 2009. (ISBN: 9788572887748)