SlideShare a Scribd company logo
1 of 11
Os Primeiros Povos
A Península Ibérica é habitada há muitos milhares de anos.
Os Povos que habitavam a Península Ibéria eram Nómadas, viviam da caça, da
pesca e dos frutos silvestres. Com a descoberta da agricultura, estes povos vão- se
fixando junto dos rios e das terras mais férteis e constróem povoados.
Iniciam-se as primeiras invasões.
 Os Iberos foram o primeiro povo a habitar a Península Ibérica. Vieram do
centro da Europa.
 Mais tarde, surgiu um povo guerreiro e agricultor – os Celtas.
 Os Iberos e os Celtas acabaram por se unir, dando origem aos Celtiberos,
aos Lusitanos e a outros povos.
Os Lusitanos ocuparam uma grande parte do território. Um dos grandes chefes
lusitanos foi Viriato, célebre pela forma como combateu os exércitos romanos, que
entretanto também invadiram a Península Ibérica.
 Vindos do Mar Mediterrâneo, surgiram outros povos mais evoluídos, os
Fenícios, os Gregos e os Cartagineses.
Os Romanos
Os Romanos foram um povo proveniente de Roma.
Os Romanos trouxeram alguns dos seus costumes para a
Península Ibérica.
 Desenvolveram as culturas do trigo, da vinha e da
oliveira.
 Criaram indústrias de tecelagem, as minas as
pedreiras e as olarias.
 Criaram locais de comércio e usavam a
moeda.
 Construíram estradas e pontes.
 Trouxeram o latim e a religião cristã.
Os Visigodos
1
Os Visigodos invadiram a Península Ibérica e o Império Romano. Como eram menos
evoluídos que os Romanos adoptaram a cultura romana e converteram-se à religião cristã.
Os Muçulmanos ou Mouros
No ano de 711, a Península Ibérica foi invadida pelos Muçulmanos. Estes falavam a
língua árabe e tinham uma cultura avançada.
Desenvolveram-se em muitas áreas:
 Agricultura: - introduziram a nora e várias culturas (amendoeira e
laranjeira).
 Matemática: - introduziram a numeração árabe.
 Ciência: - Deixaram invenções como a bússola
Este povo conquistou quase toda a Península, com excepção de uma pequena região
a norte que continuou cristã.
2
A Formação de Portugal
1. O Reinado De D. Afonso Henriques.
Na Península Ibérica havia populações cristãs que se opunham à presença dos
Muçulmanos.
O rei de Leão e Castela, D. Afonso VI, auxiliado por cavaleiros cristãos vindos de
outros reinos, como a França, lutou contra os Muçulmanos para lhes conquistar as terras.
Após a primeira vitória sobre os Muçulmanos formaram-se os reinos de Leão,
Castela, Navarra e Aragão.
Fig. 1- Península Ibérica
Fig. 2 - D. Afonso VI
Entre os cavaleiros que lutaram ao lado de D. Afonso VI, houve um que se
destacou nas batalhas, D. Henrique de Borgonha. Para o compensar pela ajuda prestada o
rei deu- lhe a sua filha D. Teresa em casamento. Casaram e foram viver para o Castelo
de Guimarães. Tiveram um filho a que chamaram Afonso Henriques.
Fig. 3- Castelo de Guimarães
3
D. Henrique sonhava tornar o Condado Portucalense independente, mas morreu
sem o conseguir.
Ocupou o lugar do pai, D, Afonso Henriques, só que como este tinha apenas 3 anos
de idade, a sua mãe D. Teresa passou a governar o Reino.
D. Afonso Henriques ao completar dezasseis anos de idade, e com o sonho de
tornar o Condado Portucalense independente, tentou tomar pela força o governo do
Condado. Lutou contra a sua própria mãe, D. Teresa e derrotou-a na Batalha de S.
Mamede, em 1128, perto de Guimarães.
Fig 4- D. Afonso Henriques
Em 1143, D. Afonso VI assina um tratado de Paz (Tratado de Zamora), com D.
Afonso Henriques.
Fig. 5- Tratado de Zamora
Nesse tratado o rei D, Afonso VI aceita a Independência de Portugal. O Condado
Portucalense passou a chamar-se Reino de Portugal e D. Afonso Henriques passou a ser o
1º REI DE PORTUGAL.
D. Afonso Henriques prosseguiu a sua reconquista. Com o objectivo de lutar contra
os mouros conquistou as cidades de Santarém, Lisboa, Alcácer do Sal e Beja.
D. Afonso Henriques morre em 6 de Dezembro 1185, aos 74 anos de idade., na
cidade de Coimbra.
4
2. O reinado de D. Sancho I
Após a morte de D. Afonso Henriques sucedeu-lhe o
seu filho D. Sancho I, 2º rei de Portugal.
D. Sancho I, foi um grande administrador, tendo
acumulado no seu reinado, um verdadeiro tesouro. Uma das
suas maiores preocupações foi o povoamento das terras, nas
quais criou concelhos e indústrias. Durante o seu reinado
conquistou a cidade de Silves.
Passou a intitular-se rei de Portugal a dos Algarves. Numa das muitas lutas
perdeu-se novamente Silves e os mouros reconquistaram novamente Alcácer, Palmela e
Almada, ficando apenas Évora na mão dos portugueses.
Durante o seu reinado, D. Sancho I teve sempre um grande conflito com o clero,
com o qual se reconciliou por altura da sua morte.
No campo da cultura, o próprio rei foi poeta a enviou muitos bolseiros portugueses a
universidades estrangeiras.
3.O reinado de D. Afonso II
D. Afonso II foi o terceiro rei de Portugal.
Ocupou o trono em 1211. Não seguiu a orientação dos seus
antepassados quanto ao alargamento do Reino, voltando-se somente para a
organização da administração deste a para a consolidação do poder real..
Não teve quaisquer preocupações militares. Por iniciativa particular
foram, neste reinado, conquistadas aos Mouros: Alcácer do Sal, Vieiros,
Monforte, Borba, Vila Viçosa e, possivelmente Moura.
5
4. O reinado de D. Sancho II
D. Sancho II foi o quarto rei de Portugal.
A partir de 1226 iniciou a campanha do Alentejo, conquistando Elvas,
Jerumenha, Serpa, Aljustrel, Mértola, Aiamonte a provalvelmente Cacela
a Tavira. Como guerreiro foi digno continuador de D. Afonso Henriques,
mas foi mau administrador.
5. O reinado de D. Afonso III
D. Afonso III foi o quinto rei de Portugal.
Realiza-se no seu reinado a conquista definitiva do Algarve.
D. Afonso III foi notável administrador, fundou povoações, restaurou,
repovoou e cultivou terras arruinados devido ás grandes batalhas que
tinham acontecido até esta data.
:
6. O reinado de D. Dinis
D. Dinis foi o sexto rei de Portugal.
Quando subiu ao trono, estava a coroa em litígio com a Santa Sé
motivado por abusos do clero em relação à propriedade real.
D.Dinis salvou a Ordem dos Templários em Portugal, passando a
chamar-lhes Ordem de Cristo.
Durante o seu reinado foram :
 Desenvolvidas as feiras
 Protegidas as exportações de produtos agrícolas
 Desenvolvida a agricultura
6
 Fundadas aldeias
Deve-se ainda a D. Dinis um grande impulso na cultura nacional. Entre várias
medidas tomadas, deve citar-se a Magna Charta Priveligiorum, primeiro estatuto da
Universidade, a tradução de muitas obras, etc.
A sua corte foi um dos centros literários mais notáveis da Península.
A História da rainha Santa Isabel
O rei D. Dinis era casado com a rainha Isabel.
A rainha Isabel tinha por hábito dar alimento aos pobres, facto que escondia do
marido, o rei D. Dinis.
Um dia, tendo sido interceptada por Dinis numa das suas acções de caridade,
Isabel escondeu o pão no regaço. “Que tendes aí escondido, real senhora?”, terá
perguntado o rei. “São rosas, senhor!”, respondeu a rainha, esperando que o marido a
deixasse passar. Mas ele insistiu em ver as flores e, quando ela exibiu o pão que tinha
ocultado, caiu do seu colo uma enorme quantidade de rosas. Não se sabe bem porque é
que o rei não gostava da acção social da esposa.
O certo é que o “Milagre das Rosas” contribuiu para que esta rainha fosse
canonizada santa, em 1625, e todas as pessoas lhe passaram a chamar Rainha Santa
Isabel.
7. O reinado de D. Afonso IV
D. Afonso VI foi o sétimo rei de Portugal.
Afonso IV impulsionou a marinha datando possivelmente do seu
reinado as primeiras viagens às Canárias .
No final do reinado deu-se o assassinato de Inês de Castro (1355)
e a subsequente rebelião de D. Pedro.
7
História de amor de D. Pedro e D. Inês
No século XIV, D. Afonso IV, rei de Portugal, combinou o casamento de seu
filho Pedro, herdeiro do trono de Portugal, com D. Constança, nobre senhora de
Castela.
A entrada de D. Constança em Portugal fez-se no meio de grande comitiva
de gente ilustre. Houve música, danças e poesia de trovadores. Na companhia da
jovem princesa viera de Castela uma linda moça, dama de honor de linhagem
fidalga, que se chamava Inês. Inês de Castro vivia na corte com D. Constança e D.
Pedro, desfrutando os lazeres do dia a dia, a leitura, a música e as danças, a poesia
trovadoresca. A sua elegância e beleza encantadora fizeram com que o príncipe D.
Pedro reparasse nela e, em breve, se apaixona-se. Os encontros deles tornavam-se
cada vez mais frequentes.
D. Constança vivia cada dia mais angustiada e triste e acabou por falecer de
parto. D. Pedro ficou livre para cair nos braços de Inês.
A força do amor era tão intensa que D. Pedro mandou vir Inês de Castro para
Coimbra. D. Pedro e D. Inês passaram a habitar nos paços de Santa Clara, na
margem esquerda do rio Mondego. Aqui nasceram e brincaram felizes os seus
filhos, por entre a ternura dos pais, o verde das flores e o azul do céu.
Entretanto, em Lisboa, D. Fernando, filho de D. Pedro e D. Constança, ia sendo
educado para um dia ser rei. O que aconteceria se D. Inês, fidalga castelhana,
viesse a ser rainha? Era bem possível que um dos seus filhos viesse a ser rei de
Portugal, ainda que fosse necessário matar o legítimo herdeiro do reino... Seria
então fácil a nobreza castelhana tomar o poder e Portugal perder a independência.
No início de 1355, o príncipe D. Pedro não podia imaginar o que estava a ser
tramado contra a sua bela Inês. Por isso, partiu para mais uma caçada por montes e
florestas, com os seus amigos. No dia 7 de Janeiro, ao cair da noite, Inês de Castro
foi surpreendida pela chegada do Rei e conselheiros. Rodeada dos seus 3 filhos,
Inês implorou ao Rei que lhe poupasse a vida em consideração pelos seus netos.
Apesar dos apelos lancinantes, quando o luar chegou, Inês estava morta.
Ao saber da notícia, D. Pedro enraivecido desafiou o rei. A rainha promoveu a
paz. Mas, ao chegar ao trono, D. Pedro não esqueceu o ódio contra os assassinos
que friamente mataram a sua Inês. Mandou procurá-los e, cruelmente, foram
mortos: a um foi tirado o coração pelo peito, a outro pelas costas enquanto D. Pedro
se banqueteava lautamente. No final, ainda D. Pedro teve coragem para trincar os
dois corações.
Mandou construir no Mosteiro de Alcobaça 2 túmulos sumptuosos - um para
ele e outro para Inês que, entretanto, mandara trasladar de Coimbra para Alcobaça
num cortejo fúnebre seguido por uma multidão de populares, que choravam a
8
desgraça de Inês, e por nobres e clérigos que foram obrigados a comparecer. Diz a
lenda que D. Pedro fez coroar Inês de Castro rainha e obrigou a nobreza a beijar-lhe
a mão, depois de morta.
8. Reinado de D. Pedro I
9. Reinado de D. Fernando I
9
D. Pedro I foi o oitavo rei de Portugal.
O seu reinado durou 10 anos de 1357 a 1367.
Foi apelidado pelo povo como o “Justiceiro”.
Nono rei de Portugal e último da primeira dinastia.
Era filho de D. Pedro I e da rainha D. Constança. Subiu
ao trono com 22 anos.
Casou com D. Leonor Telles e foi apelidado de
“Formoso”.
Governou o reino de 1367 a 1383.
Cronologia dos Reis de Portugal
Primeira Dinastia - Afonsina
1143 - 1185
D. Afonso Henriques "O Conquistador
1185 - 1211
D. Sancho I "O Povoador
1211 - 1223
D. Afonso II "O Gordo"
1223 - 1248
D. Sancho II "O Capelo"
1248 - 1279
D. Afonso III "O Bolonhês
1279 - 1325
D. Dinis I "O Lavrador"
1325 - 1357
D. Afonso IV "O Bravo"
1357 - 1367
D. Pedro I "O Justiceiro"
1367 - 1383
D. Fernando I "O Formoso"
10
11

More Related Content

What's hot

Atividades económicas nos séculos XIII e XIV
Atividades económicas nos séculos XIII e XIVAtividades económicas nos séculos XIII e XIV
Atividades económicas nos séculos XIII e XIVCátia Botelho
 
Crise de 1383 85
Crise de 1383 85Crise de 1383 85
Crise de 1383 85Maria Gomes
 
Crise dinastica
Crise dinasticaCrise dinastica
Crise dinasticacattonia
 
A herança muçulmana em portugal
A herança muçulmana em portugalA herança muçulmana em portugal
A herança muçulmana em portugalLuisa Jesus
 
As comunidades agropastoris- 5ºano- Prof .Alice
As comunidades agropastoris- 5ºano- Prof .AliceAs comunidades agropastoris- 5ºano- Prof .Alice
As comunidades agropastoris- 5ºano- Prof .Alicealicebernardo
 
Reis de portugal 2ª Dinastia
Reis de portugal 2ª DinastiaReis de portugal 2ª Dinastia
Reis de portugal 2ª Dinastiakhistoria
 
Ficha de avaliação - HGP - 6ºAno - O Império Português no Século XVIII/ D. Jo...
Ficha de avaliação - HGP - 6ºAno - O Império Português no Século XVIII/ D. Jo...Ficha de avaliação - HGP - 6ºAno - O Império Português no Século XVIII/ D. Jo...
Ficha de avaliação - HGP - 6ºAno - O Império Português no Século XVIII/ D. Jo...maria.antonia
 
História de portugal
História de portugalHistória de portugal
História de portugalana2643232
 
Formacao de portugal
Formacao de portugalFormacao de portugal
Formacao de portugalcattonia
 
Reconquista Cristã (Resumo)
Reconquista Cristã (Resumo)Reconquista Cristã (Resumo)
Reconquista Cristã (Resumo)mari_punk
 
C3 cristãos e muçulmanos na península
C3 cristãos e muçulmanos na penínsulaC3 cristãos e muçulmanos na península
C3 cristãos e muçulmanos na penínsulaVítor Santos
 
Os descobrimentos portugueses 1ªparte
Os descobrimentos portugueses 1ªparteOs descobrimentos portugueses 1ªparte
Os descobrimentos portugueses 1ªparteAnabela Sobral
 
Os motivos que levaram à expansão portuguesa
Os motivos que levaram à expansão portuguesaOs motivos que levaram à expansão portuguesa
Os motivos que levaram à expansão portuguesaMaria Gomes
 
Condado portucalense
Condado portucalenseCondado portucalense
Condado portucalenseLuisa Jesus
 
Ficha de Avaliação - 6º Ano - As Invasões Francesas/ A revolução Liberal de 1822
Ficha de Avaliação - 6º Ano - As Invasões Francesas/ A revolução Liberal de 1822Ficha de Avaliação - 6º Ano - As Invasões Francesas/ A revolução Liberal de 1822
Ficha de Avaliação - 6º Ano - As Invasões Francesas/ A revolução Liberal de 1822maria.antonia
 
Teste Final- 6º ano - Matemática
Teste Final- 6º ano - MatemáticaTeste Final- 6º ano - Matemática
Teste Final- 6º ano - Matemáticadmj11122009
 

What's hot (20)

Atividades económicas nos séculos XIII e XIV
Atividades económicas nos séculos XIII e XIVAtividades económicas nos séculos XIII e XIV
Atividades económicas nos séculos XIII e XIV
 
Crise de 1383 85
Crise de 1383 85Crise de 1383 85
Crise de 1383 85
 
Crise dinastica
Crise dinasticaCrise dinastica
Crise dinastica
 
A história de Portugal
A história de PortugalA história de Portugal
A história de Portugal
 
A herança muçulmana em portugal
A herança muçulmana em portugalA herança muçulmana em portugal
A herança muçulmana em portugal
 
As comunidades agropastoris- 5ºano- Prof .Alice
As comunidades agropastoris- 5ºano- Prof .AliceAs comunidades agropastoris- 5ºano- Prof .Alice
As comunidades agropastoris- 5ºano- Prof .Alice
 
1.ª Dinastia
1.ª Dinastia1.ª Dinastia
1.ª Dinastia
 
Reis de portugal 2ª Dinastia
Reis de portugal 2ª DinastiaReis de portugal 2ª Dinastia
Reis de portugal 2ª Dinastia
 
Testes 6º ano etapas
Testes 6º ano etapasTestes 6º ano etapas
Testes 6º ano etapas
 
Ficha de avaliação - HGP - 6ºAno - O Império Português no Século XVIII/ D. Jo...
Ficha de avaliação - HGP - 6ºAno - O Império Português no Século XVIII/ D. Jo...Ficha de avaliação - HGP - 6ºAno - O Império Português no Século XVIII/ D. Jo...
Ficha de avaliação - HGP - 6ºAno - O Império Português no Século XVIII/ D. Jo...
 
História de portugal
História de portugalHistória de portugal
História de portugal
 
Formacao de portugal
Formacao de portugalFormacao de portugal
Formacao de portugal
 
Reconquista Cristã (Resumo)
Reconquista Cristã (Resumo)Reconquista Cristã (Resumo)
Reconquista Cristã (Resumo)
 
C3 cristãos e muçulmanos na península
C3 cristãos e muçulmanos na penínsulaC3 cristãos e muçulmanos na península
C3 cristãos e muçulmanos na península
 
Os descobrimentos portugueses 1ªparte
Os descobrimentos portugueses 1ªparteOs descobrimentos portugueses 1ªparte
Os descobrimentos portugueses 1ªparte
 
Os motivos que levaram à expansão portuguesa
Os motivos que levaram à expansão portuguesaOs motivos que levaram à expansão portuguesa
Os motivos que levaram à expansão portuguesa
 
Condado portucalense
Condado portucalenseCondado portucalense
Condado portucalense
 
Ficha de Avaliação - 6º Ano - As Invasões Francesas/ A revolução Liberal de 1822
Ficha de Avaliação - 6º Ano - As Invasões Francesas/ A revolução Liberal de 1822Ficha de Avaliação - 6º Ano - As Invasões Francesas/ A revolução Liberal de 1822
Ficha de Avaliação - 6º Ano - As Invasões Francesas/ A revolução Liberal de 1822
 
Ficha diagnóstica de matemática - 6º ano
Ficha diagnóstica de matemática - 6º anoFicha diagnóstica de matemática - 6º ano
Ficha diagnóstica de matemática - 6º ano
 
Teste Final- 6º ano - Matemática
Teste Final- 6º ano - MatemáticaTeste Final- 6º ano - Matemática
Teste Final- 6º ano - Matemática
 

Similar to Os Primeiros Povos da Península Ibérica

Power P. Hist.Portugal até descobrim..ppt
Power P. Hist.Portugal até descobrim..pptPower P. Hist.Portugal até descobrim..ppt
Power P. Hist.Portugal até descobrim..pptPaulaAlexandraAlves1
 
A+história+de+portugal
A+história+de+portugalA+história+de+portugal
A+história+de+portugalbelinhas
 
História de portugal
História de portugalHistória de portugal
História de portugaldavidetavares
 
História de Portugal
História de PortugalHistória de Portugal
História de PortugalVitor Matias
 
Histria de-portugal-1222350041054449-9
Histria de-portugal-1222350041054449-9Histria de-portugal-1222350041054449-9
Histria de-portugal-1222350041054449-9Sandra Madeira
 
Histria de-portugal-1222350041054449-9
Histria de-portugal-1222350041054449-9Histria de-portugal-1222350041054449-9
Histria de-portugal-1222350041054449-9Annarrocha
 
Historia de Portugal
Historia de PortugalHistoria de Portugal
Historia de Portugalprofigor
 
Ate a segunda dinastia
Ate a segunda dinastiaAte a segunda dinastia
Ate a segunda dinastiaFroncky
 
Até a segunda dinastia
Até a segunda dinastiaAté a segunda dinastia
Até a segunda dinastiaFroncky
 
Ahistriadeportugal 111228172656-phpapp01
Ahistriadeportugal 111228172656-phpapp01Ahistriadeportugal 111228172656-phpapp01
Ahistriadeportugal 111228172656-phpapp01lmmj
 
Dinastia afonsina
Dinastia afonsinaDinastia afonsina
Dinastia afonsinaCarmo Silva
 
Saraus no séc. XVIII
Saraus no séc. XVIIISaraus no séc. XVIII
Saraus no séc. XVIIIandreaires
 

Similar to Os Primeiros Povos da Península Ibérica (20)

História de portugal1
História de portugal1História de portugal1
História de portugal1
 
Power P. Hist.Portugal até descobrim..ppt
Power P. Hist.Portugal até descobrim..pptPower P. Hist.Portugal até descobrim..ppt
Power P. Hist.Portugal até descobrim..ppt
 
A+história+de+portugal
A+história+de+portugalA+história+de+portugal
A+história+de+portugal
 
História de portugal
História de portugalHistória de portugal
História de portugal
 
História de Portugal
História de PortugalHistória de Portugal
História de Portugal
 
Um Pouco de História de Portugal
Um Pouco de História de PortugalUm Pouco de História de Portugal
Um Pouco de História de Portugal
 
Histria de-portugal-1222350041054449-9
Histria de-portugal-1222350041054449-9Histria de-portugal-1222350041054449-9
Histria de-portugal-1222350041054449-9
 
Histria de-portugal-1222350041054449-9
Histria de-portugal-1222350041054449-9Histria de-portugal-1222350041054449-9
Histria de-portugal-1222350041054449-9
 
Medieval
MedievalMedieval
Medieval
 
Ahistriadeportugal
Ahistriadeportugal Ahistriadeportugal
Ahistriadeportugal
 
Historia de Portugal
Historia de PortugalHistoria de Portugal
Historia de Portugal
 
Ate a segunda dinastia
Ate a segunda dinastiaAte a segunda dinastia
Ate a segunda dinastia
 
Até a segunda dinastia
Até a segunda dinastiaAté a segunda dinastia
Até a segunda dinastia
 
HistóRia De Portugal
HistóRia De PortugalHistóRia De Portugal
HistóRia De Portugal
 
História de portugal2
História de portugal2História de portugal2
História de portugal2
 
Historia de portugal
Historia de portugalHistoria de portugal
Historia de portugal
 
Ahistriadeportugal 111228172656-phpapp01
Ahistriadeportugal 111228172656-phpapp01Ahistriadeportugal 111228172656-phpapp01
Ahistriadeportugal 111228172656-phpapp01
 
Dinastia afonsina
Dinastia afonsinaDinastia afonsina
Dinastia afonsina
 
Rei d sancho
Rei d sanchoRei d sancho
Rei d sancho
 
Saraus no séc. XVIII
Saraus no séc. XVIIISaraus no séc. XVIII
Saraus no séc. XVIII
 

More from Hugo Ferreira

sílabas e acentuação
sílabas e acentuaçãosílabas e acentuação
sílabas e acentuaçãoHugo Ferreira
 
Estrutura do trabalho de investigação
Estrutura do trabalho de investigaçãoEstrutura do trabalho de investigação
Estrutura do trabalho de investigaçãoHugo Ferreira
 
Folheto Poupar Água
Folheto Poupar ÁguaFolheto Poupar Água
Folheto Poupar ÁguaHugo Ferreira
 
Novo documento do microsoft word 2
Novo documento do microsoft word 2Novo documento do microsoft word 2
Novo documento do microsoft word 2Hugo Ferreira
 
420891 634126758976420430
420891 634126758976420430420891 634126758976420430
420891 634126758976420430Hugo Ferreira
 
Ficha de trabalho animais
Ficha de trabalho animaisFicha de trabalho animais
Ficha de trabalho animaisHugo Ferreira
 
Novo documento do microsoft word
Novo documento do microsoft wordNovo documento do microsoft word
Novo documento do microsoft wordHugo Ferreira
 
Reconto escrito da obra joão e o pé de feijão
Reconto escrito da obra    joão e o pé de feijãoReconto escrito da obra    joão e o pé de feijão
Reconto escrito da obra joão e o pé de feijãoHugo Ferreira
 
=Iso 8859-1 bqx-byzxnlbnrh5+nvltitskdtybfie8gumkgreugrkvjssnplnbwda===
=Iso 8859-1 bqx-byzxnlbnrh5+nvltitskdtybfie8gumkgreugrkvjssnplnbwda====Iso 8859-1 bqx-byzxnlbnrh5+nvltitskdtybfie8gumkgreugrkvjssnplnbwda===
=Iso 8859-1 bqx-byzxnlbnrh5+nvltitskdtybfie8gumkgreugrkvjssnplnbwda===Hugo Ferreira
 
A dieta do Pai Natal
A dieta do Pai NatalA dieta do Pai Natal
A dieta do Pai NatalHugo Ferreira
 
"Dia Cool" - 4º ano 2010/2011
"Dia Cool" - 4º ano 2010/2011"Dia Cool" - 4º ano 2010/2011
"Dia Cool" - 4º ano 2010/2011Hugo Ferreira
 
Saúde e higiéne oral
Saúde e higiéne oralSaúde e higiéne oral
Saúde e higiéne oralHugo Ferreira
 
Novo acordo ortográfico
Novo acordo ortográficoNovo acordo ortográfico
Novo acordo ortográficoHugo Ferreira
 

More from Hugo Ferreira (20)

sílabas e acentuação
sílabas e acentuaçãosílabas e acentuação
sílabas e acentuação
 
Voleibol
VoleibolVoleibol
Voleibol
 
Basquetebol
BasquetebolBasquetebol
Basquetebol
 
Estrutura do trabalho de investigação
Estrutura do trabalho de investigaçãoEstrutura do trabalho de investigação
Estrutura do trabalho de investigação
 
Folheto Poupar Água
Folheto Poupar ÁguaFolheto Poupar Água
Folheto Poupar Água
 
Como poupar água
Como poupar águaComo poupar água
Como poupar água
 
Meios comuni
Meios comuniMeios comuni
Meios comuni
 
Meios+de+transporte
Meios+de+transporteMeios+de+transporte
Meios+de+transporte
 
Novo documento do microsoft word 2
Novo documento do microsoft word 2Novo documento do microsoft word 2
Novo documento do microsoft word 2
 
420891 634126758976420430
420891 634126758976420430420891 634126758976420430
420891 634126758976420430
 
Ficha de trabalho animais
Ficha de trabalho animaisFicha de trabalho animais
Ficha de trabalho animais
 
Novo documento do microsoft word
Novo documento do microsoft wordNovo documento do microsoft word
Novo documento do microsoft word
 
A árvore-generosa
A árvore-generosaA árvore-generosa
A árvore-generosa
 
Reconto escrito da obra joão e o pé de feijão
Reconto escrito da obra    joão e o pé de feijãoReconto escrito da obra    joão e o pé de feijão
Reconto escrito da obra joão e o pé de feijão
 
=Iso 8859-1 bqx-byzxnlbnrh5+nvltitskdtybfie8gumkgreugrkvjssnplnbwda===
=Iso 8859-1 bqx-byzxnlbnrh5+nvltitskdtybfie8gumkgreugrkvjssnplnbwda====Iso 8859-1 bqx-byzxnlbnrh5+nvltitskdtybfie8gumkgreugrkvjssnplnbwda===
=Iso 8859-1 bqx-byzxnlbnrh5+nvltitskdtybfie8gumkgreugrkvjssnplnbwda===
 
A dieta do Pai Natal
A dieta do Pai NatalA dieta do Pai Natal
A dieta do Pai Natal
 
Grecia de joana
Grecia de joanaGrecia de joana
Grecia de joana
 
"Dia Cool" - 4º ano 2010/2011
"Dia Cool" - 4º ano 2010/2011"Dia Cool" - 4º ano 2010/2011
"Dia Cool" - 4º ano 2010/2011
 
Saúde e higiéne oral
Saúde e higiéne oralSaúde e higiéne oral
Saúde e higiéne oral
 
Novo acordo ortográfico
Novo acordo ortográficoNovo acordo ortográfico
Novo acordo ortográfico
 

Os Primeiros Povos da Península Ibérica

  • 1. Os Primeiros Povos A Península Ibérica é habitada há muitos milhares de anos. Os Povos que habitavam a Península Ibéria eram Nómadas, viviam da caça, da pesca e dos frutos silvestres. Com a descoberta da agricultura, estes povos vão- se fixando junto dos rios e das terras mais férteis e constróem povoados. Iniciam-se as primeiras invasões.  Os Iberos foram o primeiro povo a habitar a Península Ibérica. Vieram do centro da Europa.  Mais tarde, surgiu um povo guerreiro e agricultor – os Celtas.  Os Iberos e os Celtas acabaram por se unir, dando origem aos Celtiberos, aos Lusitanos e a outros povos. Os Lusitanos ocuparam uma grande parte do território. Um dos grandes chefes lusitanos foi Viriato, célebre pela forma como combateu os exércitos romanos, que entretanto também invadiram a Península Ibérica.  Vindos do Mar Mediterrâneo, surgiram outros povos mais evoluídos, os Fenícios, os Gregos e os Cartagineses. Os Romanos Os Romanos foram um povo proveniente de Roma. Os Romanos trouxeram alguns dos seus costumes para a Península Ibérica.  Desenvolveram as culturas do trigo, da vinha e da oliveira.  Criaram indústrias de tecelagem, as minas as pedreiras e as olarias.  Criaram locais de comércio e usavam a moeda.  Construíram estradas e pontes.  Trouxeram o latim e a religião cristã. Os Visigodos 1
  • 2. Os Visigodos invadiram a Península Ibérica e o Império Romano. Como eram menos evoluídos que os Romanos adoptaram a cultura romana e converteram-se à religião cristã. Os Muçulmanos ou Mouros No ano de 711, a Península Ibérica foi invadida pelos Muçulmanos. Estes falavam a língua árabe e tinham uma cultura avançada. Desenvolveram-se em muitas áreas:  Agricultura: - introduziram a nora e várias culturas (amendoeira e laranjeira).  Matemática: - introduziram a numeração árabe.  Ciência: - Deixaram invenções como a bússola Este povo conquistou quase toda a Península, com excepção de uma pequena região a norte que continuou cristã. 2
  • 3. A Formação de Portugal 1. O Reinado De D. Afonso Henriques. Na Península Ibérica havia populações cristãs que se opunham à presença dos Muçulmanos. O rei de Leão e Castela, D. Afonso VI, auxiliado por cavaleiros cristãos vindos de outros reinos, como a França, lutou contra os Muçulmanos para lhes conquistar as terras. Após a primeira vitória sobre os Muçulmanos formaram-se os reinos de Leão, Castela, Navarra e Aragão. Fig. 1- Península Ibérica Fig. 2 - D. Afonso VI Entre os cavaleiros que lutaram ao lado de D. Afonso VI, houve um que se destacou nas batalhas, D. Henrique de Borgonha. Para o compensar pela ajuda prestada o rei deu- lhe a sua filha D. Teresa em casamento. Casaram e foram viver para o Castelo de Guimarães. Tiveram um filho a que chamaram Afonso Henriques. Fig. 3- Castelo de Guimarães 3
  • 4. D. Henrique sonhava tornar o Condado Portucalense independente, mas morreu sem o conseguir. Ocupou o lugar do pai, D, Afonso Henriques, só que como este tinha apenas 3 anos de idade, a sua mãe D. Teresa passou a governar o Reino. D. Afonso Henriques ao completar dezasseis anos de idade, e com o sonho de tornar o Condado Portucalense independente, tentou tomar pela força o governo do Condado. Lutou contra a sua própria mãe, D. Teresa e derrotou-a na Batalha de S. Mamede, em 1128, perto de Guimarães. Fig 4- D. Afonso Henriques Em 1143, D. Afonso VI assina um tratado de Paz (Tratado de Zamora), com D. Afonso Henriques. Fig. 5- Tratado de Zamora Nesse tratado o rei D, Afonso VI aceita a Independência de Portugal. O Condado Portucalense passou a chamar-se Reino de Portugal e D. Afonso Henriques passou a ser o 1º REI DE PORTUGAL. D. Afonso Henriques prosseguiu a sua reconquista. Com o objectivo de lutar contra os mouros conquistou as cidades de Santarém, Lisboa, Alcácer do Sal e Beja. D. Afonso Henriques morre em 6 de Dezembro 1185, aos 74 anos de idade., na cidade de Coimbra. 4
  • 5. 2. O reinado de D. Sancho I Após a morte de D. Afonso Henriques sucedeu-lhe o seu filho D. Sancho I, 2º rei de Portugal. D. Sancho I, foi um grande administrador, tendo acumulado no seu reinado, um verdadeiro tesouro. Uma das suas maiores preocupações foi o povoamento das terras, nas quais criou concelhos e indústrias. Durante o seu reinado conquistou a cidade de Silves. Passou a intitular-se rei de Portugal a dos Algarves. Numa das muitas lutas perdeu-se novamente Silves e os mouros reconquistaram novamente Alcácer, Palmela e Almada, ficando apenas Évora na mão dos portugueses. Durante o seu reinado, D. Sancho I teve sempre um grande conflito com o clero, com o qual se reconciliou por altura da sua morte. No campo da cultura, o próprio rei foi poeta a enviou muitos bolseiros portugueses a universidades estrangeiras. 3.O reinado de D. Afonso II D. Afonso II foi o terceiro rei de Portugal. Ocupou o trono em 1211. Não seguiu a orientação dos seus antepassados quanto ao alargamento do Reino, voltando-se somente para a organização da administração deste a para a consolidação do poder real.. Não teve quaisquer preocupações militares. Por iniciativa particular foram, neste reinado, conquistadas aos Mouros: Alcácer do Sal, Vieiros, Monforte, Borba, Vila Viçosa e, possivelmente Moura. 5
  • 6. 4. O reinado de D. Sancho II D. Sancho II foi o quarto rei de Portugal. A partir de 1226 iniciou a campanha do Alentejo, conquistando Elvas, Jerumenha, Serpa, Aljustrel, Mértola, Aiamonte a provalvelmente Cacela a Tavira. Como guerreiro foi digno continuador de D. Afonso Henriques, mas foi mau administrador. 5. O reinado de D. Afonso III D. Afonso III foi o quinto rei de Portugal. Realiza-se no seu reinado a conquista definitiva do Algarve. D. Afonso III foi notável administrador, fundou povoações, restaurou, repovoou e cultivou terras arruinados devido ás grandes batalhas que tinham acontecido até esta data. : 6. O reinado de D. Dinis D. Dinis foi o sexto rei de Portugal. Quando subiu ao trono, estava a coroa em litígio com a Santa Sé motivado por abusos do clero em relação à propriedade real. D.Dinis salvou a Ordem dos Templários em Portugal, passando a chamar-lhes Ordem de Cristo. Durante o seu reinado foram :  Desenvolvidas as feiras  Protegidas as exportações de produtos agrícolas  Desenvolvida a agricultura 6
  • 7.  Fundadas aldeias Deve-se ainda a D. Dinis um grande impulso na cultura nacional. Entre várias medidas tomadas, deve citar-se a Magna Charta Priveligiorum, primeiro estatuto da Universidade, a tradução de muitas obras, etc. A sua corte foi um dos centros literários mais notáveis da Península. A História da rainha Santa Isabel O rei D. Dinis era casado com a rainha Isabel. A rainha Isabel tinha por hábito dar alimento aos pobres, facto que escondia do marido, o rei D. Dinis. Um dia, tendo sido interceptada por Dinis numa das suas acções de caridade, Isabel escondeu o pão no regaço. “Que tendes aí escondido, real senhora?”, terá perguntado o rei. “São rosas, senhor!”, respondeu a rainha, esperando que o marido a deixasse passar. Mas ele insistiu em ver as flores e, quando ela exibiu o pão que tinha ocultado, caiu do seu colo uma enorme quantidade de rosas. Não se sabe bem porque é que o rei não gostava da acção social da esposa. O certo é que o “Milagre das Rosas” contribuiu para que esta rainha fosse canonizada santa, em 1625, e todas as pessoas lhe passaram a chamar Rainha Santa Isabel. 7. O reinado de D. Afonso IV D. Afonso VI foi o sétimo rei de Portugal. Afonso IV impulsionou a marinha datando possivelmente do seu reinado as primeiras viagens às Canárias . No final do reinado deu-se o assassinato de Inês de Castro (1355) e a subsequente rebelião de D. Pedro. 7
  • 8. História de amor de D. Pedro e D. Inês No século XIV, D. Afonso IV, rei de Portugal, combinou o casamento de seu filho Pedro, herdeiro do trono de Portugal, com D. Constança, nobre senhora de Castela. A entrada de D. Constança em Portugal fez-se no meio de grande comitiva de gente ilustre. Houve música, danças e poesia de trovadores. Na companhia da jovem princesa viera de Castela uma linda moça, dama de honor de linhagem fidalga, que se chamava Inês. Inês de Castro vivia na corte com D. Constança e D. Pedro, desfrutando os lazeres do dia a dia, a leitura, a música e as danças, a poesia trovadoresca. A sua elegância e beleza encantadora fizeram com que o príncipe D. Pedro reparasse nela e, em breve, se apaixona-se. Os encontros deles tornavam-se cada vez mais frequentes. D. Constança vivia cada dia mais angustiada e triste e acabou por falecer de parto. D. Pedro ficou livre para cair nos braços de Inês. A força do amor era tão intensa que D. Pedro mandou vir Inês de Castro para Coimbra. D. Pedro e D. Inês passaram a habitar nos paços de Santa Clara, na margem esquerda do rio Mondego. Aqui nasceram e brincaram felizes os seus filhos, por entre a ternura dos pais, o verde das flores e o azul do céu. Entretanto, em Lisboa, D. Fernando, filho de D. Pedro e D. Constança, ia sendo educado para um dia ser rei. O que aconteceria se D. Inês, fidalga castelhana, viesse a ser rainha? Era bem possível que um dos seus filhos viesse a ser rei de Portugal, ainda que fosse necessário matar o legítimo herdeiro do reino... Seria então fácil a nobreza castelhana tomar o poder e Portugal perder a independência. No início de 1355, o príncipe D. Pedro não podia imaginar o que estava a ser tramado contra a sua bela Inês. Por isso, partiu para mais uma caçada por montes e florestas, com os seus amigos. No dia 7 de Janeiro, ao cair da noite, Inês de Castro foi surpreendida pela chegada do Rei e conselheiros. Rodeada dos seus 3 filhos, Inês implorou ao Rei que lhe poupasse a vida em consideração pelos seus netos. Apesar dos apelos lancinantes, quando o luar chegou, Inês estava morta. Ao saber da notícia, D. Pedro enraivecido desafiou o rei. A rainha promoveu a paz. Mas, ao chegar ao trono, D. Pedro não esqueceu o ódio contra os assassinos que friamente mataram a sua Inês. Mandou procurá-los e, cruelmente, foram mortos: a um foi tirado o coração pelo peito, a outro pelas costas enquanto D. Pedro se banqueteava lautamente. No final, ainda D. Pedro teve coragem para trincar os dois corações. Mandou construir no Mosteiro de Alcobaça 2 túmulos sumptuosos - um para ele e outro para Inês que, entretanto, mandara trasladar de Coimbra para Alcobaça num cortejo fúnebre seguido por uma multidão de populares, que choravam a 8
  • 9. desgraça de Inês, e por nobres e clérigos que foram obrigados a comparecer. Diz a lenda que D. Pedro fez coroar Inês de Castro rainha e obrigou a nobreza a beijar-lhe a mão, depois de morta. 8. Reinado de D. Pedro I 9. Reinado de D. Fernando I 9 D. Pedro I foi o oitavo rei de Portugal. O seu reinado durou 10 anos de 1357 a 1367. Foi apelidado pelo povo como o “Justiceiro”. Nono rei de Portugal e último da primeira dinastia. Era filho de D. Pedro I e da rainha D. Constança. Subiu ao trono com 22 anos. Casou com D. Leonor Telles e foi apelidado de “Formoso”. Governou o reino de 1367 a 1383.
  • 10. Cronologia dos Reis de Portugal Primeira Dinastia - Afonsina 1143 - 1185 D. Afonso Henriques "O Conquistador 1185 - 1211 D. Sancho I "O Povoador 1211 - 1223 D. Afonso II "O Gordo" 1223 - 1248 D. Sancho II "O Capelo" 1248 - 1279 D. Afonso III "O Bolonhês 1279 - 1325 D. Dinis I "O Lavrador" 1325 - 1357 D. Afonso IV "O Bravo" 1357 - 1367 D. Pedro I "O Justiceiro" 1367 - 1383 D. Fernando I "O Formoso" 10
  • 11. 11