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Escritório-Modelo de Projetos
do Curso de Design / UFES
Projeto de Apoio ao Artesão
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 2 / 61
SOBRE O PROJETO
Projeto de extensão que envolve
alunos de Design na busca de
soluções para problemas reais fora
dos muros da Universidade.
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 3 / 61
ANTECEDENTES
Projeto TERDesign (2011)
Alunos e artesãos juntos em
oficinas para melhorar produtos
artesanais na Casa Brasil.
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 7 / 61
ANTECEDENTES
Imersão na Agroindústria (2014)
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agroindústria de BSF.
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 12 / 61
NOVA FASE
Apoio ao Artesão (2015)
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artesãos de BSF para fortalecer e
inovar no artesanato regional.
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 15 / 61
APOIO AO ARTESÃO
Desafios
•• O que é inovação?
•• Como ser inovador?
•• É possível inovar no artesanato?
Nº 192, quarta-feira, 6 de outubro de 2010100 ISSN 1677-7042 1
SECRETARIA DE COMÉRCIO E SERVIÇOS
PORTARIA No- 29, DE 5 DE OUTUBRO DE 2010
O SECRETÁRIO DE COMÉRCIO E SERVIÇOS do MI-
NISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉR-
CIO EXTERIOR, no uso da atribuição que lhes foram conferidas no
art. 23 do Anexo I do Decreto nº 7.096, de 4 de fevereiro de 2010, e
tendo em vista o disposto no Decreto nº 1.508, de 31 de maio de
1995, resolve:
Art. 1º Tornar pública a base conceitual do artesanato bra-
sileiro, na forma do Anexo, para padronizar e estabelecer os pa-
râmetros de atuação do Programa do Artesanato Brasileiro - PAB em
todo o território nacional.
Parágrafo único. A base conceitual de que trata o caput tem
por finalidade subsidiar o Sistema de Informações Cadastrais do Ar-
tesanato Brasileiro - SICAB, desenvolvido pelo Programa do Ar-
tesanato Brasileiro, deste Ministério, em parceria com as Coorde-
nações Estaduais de Artesanato.
Art. 2º A base conceitual, bem como as informações geradas
pelo SICAB, contribuirão para a definição de políticas públicas e o
planejamento de ações de fomento para o setor artesanal.
Art. 3º. Esta portaria entra em vigor na data da sua pu-
blicação.
EDSON LUPATINI JUNIOR
ANEXO
BASE CONCEITUAL DO ARTESANATO BRASILEIRO
CAPÍTULO I
DA FINALIDADE
Art. 1° A conceituação constante neste documento foi for-
mulada para subsidiar o Sistema de Informações Cadastrais do Ar-
tesanato Brasileiro - SICAB, desenvolvido pelo Programa do Ar-
tesanato Brasileiro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior - PAB/MDIC com o objetivo de coletar infor-
mações sobre o setor artesanal, e viabilizar o cadastro nacional in-
tegrado dos artesãos.
§ 1° Os conceitos, bem como as informações geradas pelo
SICAB, contribuirão para definição de políticas públicas e o pla-
nejamento de ações de fomento para o setor.
§ 2° Este é um trabalho realizado pelo MDIC em parceria
com as Coordenações Estaduais do Artesanato, iniciado em 2006, no
intuito de definir uma base conceitual que padroniza e estabelece
parâmetros de atuação do Programa do Artesanato Brasileiro em todo
o território nacional. Além das formulações elaboradas nas reuniões
com os coordenadores estaduais, a equipe da Coordenação-Geral do
Programa do Artesanato Brasileiro compilou as contribuições en-
caminhadas pelos Estados, com vistas à complementação dos con-
ceitos utilizados no Sistema.
§ 3° Novos termos estão sendo identificados nos processos
de coleta de dados dos artesãos para cadastramento no SICAB, sendo
formulados os conceitos para inclusão neste glossário.
§ 4° A presente conceituação está organizada em unidades,
em conformidade com as tabelas de apoio do SICAB.
CAPÍTULO II
IV - Habilidades aprendidas através de revistas, livros, pro-
gramas de TV, dentre outros, sem identidade cultural.
§ 2º No Artesanato, mesmo que as obras sejam criadas com
instrumentos e máquinas, a destreza manual do homem é que dará ao
objeto uma característica própria e criativa, refletindo a personalidade
do artesão e a relação deste, com o contexto sociocultural do qual
emerge.
Art. 5º ARTE POPULAR - Conjunto de atividades poéticas,
musicais, plásticas, dentre outras expressivas que configuram o modo
de ser e de viver do povo de um lugar. A arte popular diferencia-se
do artesanato a partir do propósito de ambas as atividades. Enquanto
o artista popular tem profundo compromisso com a originalidade,
para o artesão essa é uma situação meramente eventual. O artista
necessita dominar a matéria-prima como o faz o artesão, mas está
livre da ação repetitiva frente a um modelo ou protótipo escolhido,
partindo sempre para fazer algo que seja de sua própria criação. Já o
artesão quando encontra e elege um modelo que o satisfaz quanto à
solução e forma, inicia um processo de reprodução a partir da matriz
original, obedecendo a um padrão de trabalho que é a afirmação de
sua capacidade de expressão. A obra de arte é peça única que pode,
em algumas situações, ser tomada como referência e ser reproduzida
como artesanato.
§ 1º Características do Artista e da Arte Popular:
I - Pertence ao povo;
II - Revela a identidade cultural regional;
III - Personifica a peça;
IV - Produz obras assinadas;
V - Busca a realidade;
VI - Traduz o belo;
VII - Sozinho realiza a peça;
VIII - Apresenta elementos estéticos;
IX - Possui maior valor econômico que as peças artesa-
nais;
X - Expressa emoção do momento da criação;
XI - Revela expansão cultural de um povo;
XII - Possui um espaço determinado nas galerias, exposições
e eventos;
XIII - É auxiliada pelo folclore e pela globalização;
XVI - É feita por qualquer pessoa, independente do seu nível
econômico ou social; e
XV - Requer um olhar diferente para ser entendida.
Art. 6º TRABALHOS MANUAIS - Apesar de exigir des-
treza e habilidade, a matéria-prima não passa por transformação. Em
geral são utilizados moldes pré-definidos e materiais industrializados.
As técnicas são aprendidas em cursos rápidos oferecidos por en-
tidades assistenciais ou fabricantes de linhas, tintas e insumos.
§ 1º Normalmente é uma ocupação secundária, realizada no
intervalo das tarefas domésticas ou como passatempo. Em alguns
casos, configura-se como produção terceirizada de grandes comer-
ciantes de peças acabadas que utilizam aplicações de rendas e bor-
dados como elemento de diferenciação comercial. São produtos sem
identidade cultural e de baixo valor agregado.
§ 2º Características dos Trabalhos Manuais:
I - Segue moldes e padrões pré-definidos difundidos por
matrizes comercializadas e publicações dedicadas exclusivamente a
trabalhos manuais;
II - Apresenta uma produção assistemática e não prescinde
de um processo criativo e efetivo;
III - Utiliza matérias e técnicas de domínio público;
IV - Produtos baseados em cópias, sem valor cultural que
identifique sua região de origem ou o artesão que o produziu;
V - Normalmente utiliza matéria-prima industrializada ou
semi-industrializada; e
Art. 9º Associação - instituição de direito privado, sem fins
lucrativos, constituída com o objetivo de defender e zelar pelos in-
teresses de seus associados. Regida por estatuto social, com uma
diretoria eleita em assembléia para períodos regulares. A quantidade
de sócios é ilimitada.
Art. 10 Cooperativa - entidade e/ou instituição autônoma de
pessoas que se unem, voluntariamente, com número variável de pes-
soas, não inferior a 20 participantes, para satisfazer aspirações e
necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de
uma empresa de propriedade coletiva e democraticamente gerida
(CLT). O objetivo essencial de uma cooperativa na área do artesanato
é a busca de uma maior eficiência na produção com ganho de qua-
lidade e de competitividade em virtude do ganho de escala, pela
otimização e redução de custos na aquisição de matéria-prima, no
beneficiamento, no transporte, na distribuição e venda dos produtos.
Art. 11 Sindicatos - pessoas jurídicas de direito privado que
têm base territorial de atuação e são reconhecidas por lei como
representantes de categorias de trabalhadores ou econômicas (em-
pregadores). A representação sindical constitui um direito fundamen-
tal dos trabalhadores e empregadores nos termos do artigo 8º da
Constituição Federal de 1988.
Art. 12 Federação - organização que congrega outras as-
sociações representativas de atividades idênticas, similares ou co-
nexas, podendo ter base regional ou estadual.
Art. 13 Confederação - coligação de federações para um fim
comum.
CAPÍTULO IV
DAS TIPOLOGIAS DO ARTESANATO
Art. 14 Denominação dada ao segmento da produção ar-
tesanal, que determina a classificação por gênero, utilizando como
referência a matéria-prima predominante, bem como sua funciona-
lidade.
Art. 15 Os materiais recicláveis não constituirão uma ti-
pologia específica, dada a sua diversidade e possibilidade de en-
quadramento em outras tipologias.
§ 1º MATÉRIA-PRIMA NATURAL DE ORIGEM ANI-
MAL, VEGETAL E MINERAL
I - AREIA COLORIDA - Técnica de composição de ima-
gens com areia colorida em recipientes transparentes. Em geral são
usados sedimentos com pigmento natural ou artificial.
II - BORRACHA - Esta tipologia abrange a produção ar-
tesanal que utiliza as borrachas naturais, que é o produto sólido
obtido pela coagulação de látices de determinados vegetais, sendo o
principal a Hevea Brasiliensis. A borracha é um produto natural
procedente do látex, de acidez neutra, com grande elasticidade, ino-
doro e sem resíduo. Ela sofre uma série de preparos para adquirir os
requisitos da elasticidade, dureza, resistência etc., o que fazem dela
um dos produtos de consumo mais necessários no mundo moderno.
No artesanato são considerados os objetos confeccionados a partir da
utilização da borracha processada naturalmente.
III - CERAS, MASSAS, GESSO E PARAFINA - Nesta
tipologia enquadram-se a confecção de objetos a partir de técnicas de
modelagem de ceras, massas, gesso e parafina.
a. As ceras são matérias-primas maleáveis produzidas tanto
por animais, como extraídas de vegetais. Como por exemplo, a cera
de abelha, muito utilizada na modelagem de miniaturas de figuras
humanas, animais e réplicas de casas.
b. A parafina é derivada do petróleo, matéria-prima essencial
na fabricação de velas, por sua propriedade combustível. Outras apli-
cações comuns à parafina incluem: cosméticos, giz de cera, tintas,
pinturas, entre outros.
c. O gesso é uma substância produzida a partir do mineral
gipsita, composto basicamente de sulfato de cálcio hidratado. Nor-
Ministério do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior
.
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 21 / 61
DEFINIÇÕES
Bases conceituais do Programa
do Artesanato Brasileiro
O que é Artesanato?
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 22 / 61
Artesanato compreende toda a
produção resultante da transformação
de matérias-primas, com predominância
manual, por indivíduo que detenha
o domínio integral de uma ou mais
técnicas...
DEFINIÇÕES
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 23 / 61
...aliando criatividade, habilidade e
valor cultural (possui valor simbólico
e identidade cultural), podendo no
processo de sua atividade ocorrer
o auxílio limitado de máquinas,
ferramentas, artefatos e utensílios.
DEFINIÇÕES
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 25 / 61
Artesanato não é...
•• Trabalho realizado a partir de simples
montagem, com peças industrializadas e/ou
produzidas por terceiros;
•• Lapidação de pedras preciosas;
DEFINIÇÕES
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 26 / 61
Artesanato não é...
•• Fabricação de sabonetes, perfumarias
e sais de banho, com exceção daqueles
produzidos com essências extraídas de
folhas, flores, raízes, frutos e flora nacional;
DEFINIÇÕES
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 27 / 61
Artesanato não é...
•• Habilidades aprendidas através de revistas,
livros, programas de TV, dentre outros,
sem identidade cultural.
DEFINIÇÕES
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 29 / 61
DEFINIÇÕES
Bases conceituais do Programa
do Artesanato Brasileiro
Quem é o artesão?
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 30 / 61
Artesão é o trabalhador que de forma
individual exerce um ofício manual,
transformando a matéria-prima bruta ou
manufaturada em produto acabado...
DEFINIÇÕES
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 31 / 61
Tem o domínio técnico sobre materiais,
ferramentas e processos de produção
artesanal na sua especialidade, criando
ou produzindo trabalhos que tenham
dimensão cultural...
DEFINIÇÕES
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 32 / 61
...utilizando técnica predominantemente
manual, podendo contar com o auxílio
de equipamentos, desde que não sejam
automáticos ou duplicadores de peças.
DEFINIÇÕES
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 33 / 61
Artesão não é aquele que...
I – Trabalha de forma industrial, com o
predomínio da máquina e da divisão do
trabalho, do trabalho assalariado e da
produção em série industrial;
DEFINIÇÕES
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 34 / 61
Artesão não é aquele que...
II – Somente realiza um trabalho
manual, sem transformação da matéria-
prima e fundamentalmente sem
desenho próprio, sem qualidade na
produção e no acabamento;
DEFINIÇÕES
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 35 / 61
Artesão não é aquele que...
III – Realiza somente uma parte do
processo da produção, desconhecendo
o restante.
DEFINIÇÕES
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 36 / 61
DEFINIÇÕES
Bases conceituais do Programa
do Artesanato Brasileiro
O que é o produto artesanal?
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 37 / 61
Produto artesanal é o objeto
resultante da atividade artesanal ou
de trabalhos manuais, respeitando
o conceito de artesanato.
DEFINIÇÕES
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 38 / 61
DEFINIÇÕES
Tipologias do Artesanato
•• Natural – de origem animal, vegetal e
mineral;
•• De origem processada – artesanal
industrial e com processos mistos.
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 40 / 61
Categorias do Artesanato
•• Indígena – produzido por etnias e
comunidades;
•• Reciclagem – reaproveitamento de
materiais e conscientização ambiental;
DEFINIÇÕES
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 41 / 61
Categorias do Artesanato
•• Tradicional – expressão de tradições e
costumes regionais;
•• Referência cultural – resgates e releituras;
DEFINIÇÕES
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 42 / 61
Categorias do Artesanato
•• Contemporâneo-conceitual – alinhados
aos diferentes estilos de vida.
DEFINIÇÕES
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 48 / 61
Funcionalidades do Artesanato
Adornos, acessórios, decorativo,
educativo, lúdico, religioso, místico,
utilitário, profano, lembranças,
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DEFINIÇÕES
PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 49 / 61
Inovação no Artesanato
Pesquisa de possibilidades das
tipologias para gerar novas
funcionalidades em uma categoria.
DEFINIÇÕES
APOIO AO ARTESÃO
Próximos passos
•• Oficinas de capacitação e qualificação
•• Design do(s) Modelo(s) de Negócio
•• Design dos novos produtos artesanais
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Escritório-Modelo de Projetos
do Curso de Design / UFES
hugo.santanna@ufes.br

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Projeto de Apoio ao Artesão - Loop / UFES / Escritório-Modelo de Projetos

  • 1. Escritório-Modelo de Projetos do Curso de Design / UFES Projeto de Apoio ao Artesão
  • 2. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 2 / 61 SOBRE O PROJETO Projeto de extensão que envolve alunos de Design na busca de soluções para problemas reais fora dos muros da Universidade.
  • 3. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 3 / 61 ANTECEDENTES Projeto TERDesign (2011) Alunos e artesãos juntos em oficinas para melhorar produtos artesanais na Casa Brasil.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 7 / 61 ANTECEDENTES Imersão na Agroindústria (2014) Alunos, agricultores familiares, Ifes, PMBSF e Sindimicro atuando na agroindústria de BSF.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 12 / 61 NOVA FASE Apoio ao Artesão (2015) Capacitação e qualificação dos artesãos de BSF para fortalecer e inovar no artesanato regional.
  • 13.
  • 14.
  • 15. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 15 / 61 APOIO AO ARTESÃO Desafios •• O que é inovação? •• Como ser inovador? •• É possível inovar no artesanato?
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  • 18.
  • 19.
  • 20. Nº 192, quarta-feira, 6 de outubro de 2010100 ISSN 1677-7042 1 SECRETARIA DE COMÉRCIO E SERVIÇOS PORTARIA No- 29, DE 5 DE OUTUBRO DE 2010 O SECRETÁRIO DE COMÉRCIO E SERVIÇOS do MI- NISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉR- CIO EXTERIOR, no uso da atribuição que lhes foram conferidas no art. 23 do Anexo I do Decreto nº 7.096, de 4 de fevereiro de 2010, e tendo em vista o disposto no Decreto nº 1.508, de 31 de maio de 1995, resolve: Art. 1º Tornar pública a base conceitual do artesanato bra- sileiro, na forma do Anexo, para padronizar e estabelecer os pa- râmetros de atuação do Programa do Artesanato Brasileiro - PAB em todo o território nacional. Parágrafo único. A base conceitual de que trata o caput tem por finalidade subsidiar o Sistema de Informações Cadastrais do Ar- tesanato Brasileiro - SICAB, desenvolvido pelo Programa do Ar- tesanato Brasileiro, deste Ministério, em parceria com as Coorde- nações Estaduais de Artesanato. Art. 2º A base conceitual, bem como as informações geradas pelo SICAB, contribuirão para a definição de políticas públicas e o planejamento de ações de fomento para o setor artesanal. Art. 3º. Esta portaria entra em vigor na data da sua pu- blicação. EDSON LUPATINI JUNIOR ANEXO BASE CONCEITUAL DO ARTESANATO BRASILEIRO CAPÍTULO I DA FINALIDADE Art. 1° A conceituação constante neste documento foi for- mulada para subsidiar o Sistema de Informações Cadastrais do Ar- tesanato Brasileiro - SICAB, desenvolvido pelo Programa do Ar- tesanato Brasileiro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - PAB/MDIC com o objetivo de coletar infor- mações sobre o setor artesanal, e viabilizar o cadastro nacional in- tegrado dos artesãos. § 1° Os conceitos, bem como as informações geradas pelo SICAB, contribuirão para definição de políticas públicas e o pla- nejamento de ações de fomento para o setor. § 2° Este é um trabalho realizado pelo MDIC em parceria com as Coordenações Estaduais do Artesanato, iniciado em 2006, no intuito de definir uma base conceitual que padroniza e estabelece parâmetros de atuação do Programa do Artesanato Brasileiro em todo o território nacional. Além das formulações elaboradas nas reuniões com os coordenadores estaduais, a equipe da Coordenação-Geral do Programa do Artesanato Brasileiro compilou as contribuições en- caminhadas pelos Estados, com vistas à complementação dos con- ceitos utilizados no Sistema. § 3° Novos termos estão sendo identificados nos processos de coleta de dados dos artesãos para cadastramento no SICAB, sendo formulados os conceitos para inclusão neste glossário. § 4° A presente conceituação está organizada em unidades, em conformidade com as tabelas de apoio do SICAB. CAPÍTULO II IV - Habilidades aprendidas através de revistas, livros, pro- gramas de TV, dentre outros, sem identidade cultural. § 2º No Artesanato, mesmo que as obras sejam criadas com instrumentos e máquinas, a destreza manual do homem é que dará ao objeto uma característica própria e criativa, refletindo a personalidade do artesão e a relação deste, com o contexto sociocultural do qual emerge. Art. 5º ARTE POPULAR - Conjunto de atividades poéticas, musicais, plásticas, dentre outras expressivas que configuram o modo de ser e de viver do povo de um lugar. A arte popular diferencia-se do artesanato a partir do propósito de ambas as atividades. Enquanto o artista popular tem profundo compromisso com a originalidade, para o artesão essa é uma situação meramente eventual. O artista necessita dominar a matéria-prima como o faz o artesão, mas está livre da ação repetitiva frente a um modelo ou protótipo escolhido, partindo sempre para fazer algo que seja de sua própria criação. Já o artesão quando encontra e elege um modelo que o satisfaz quanto à solução e forma, inicia um processo de reprodução a partir da matriz original, obedecendo a um padrão de trabalho que é a afirmação de sua capacidade de expressão. A obra de arte é peça única que pode, em algumas situações, ser tomada como referência e ser reproduzida como artesanato. § 1º Características do Artista e da Arte Popular: I - Pertence ao povo; II - Revela a identidade cultural regional; III - Personifica a peça; IV - Produz obras assinadas; V - Busca a realidade; VI - Traduz o belo; VII - Sozinho realiza a peça; VIII - Apresenta elementos estéticos; IX - Possui maior valor econômico que as peças artesa- nais; X - Expressa emoção do momento da criação; XI - Revela expansão cultural de um povo; XII - Possui um espaço determinado nas galerias, exposições e eventos; XIII - É auxiliada pelo folclore e pela globalização; XVI - É feita por qualquer pessoa, independente do seu nível econômico ou social; e XV - Requer um olhar diferente para ser entendida. Art. 6º TRABALHOS MANUAIS - Apesar de exigir des- treza e habilidade, a matéria-prima não passa por transformação. Em geral são utilizados moldes pré-definidos e materiais industrializados. As técnicas são aprendidas em cursos rápidos oferecidos por en- tidades assistenciais ou fabricantes de linhas, tintas e insumos. § 1º Normalmente é uma ocupação secundária, realizada no intervalo das tarefas domésticas ou como passatempo. Em alguns casos, configura-se como produção terceirizada de grandes comer- ciantes de peças acabadas que utilizam aplicações de rendas e bor- dados como elemento de diferenciação comercial. São produtos sem identidade cultural e de baixo valor agregado. § 2º Características dos Trabalhos Manuais: I - Segue moldes e padrões pré-definidos difundidos por matrizes comercializadas e publicações dedicadas exclusivamente a trabalhos manuais; II - Apresenta uma produção assistemática e não prescinde de um processo criativo e efetivo; III - Utiliza matérias e técnicas de domínio público; IV - Produtos baseados em cópias, sem valor cultural que identifique sua região de origem ou o artesão que o produziu; V - Normalmente utiliza matéria-prima industrializada ou semi-industrializada; e Art. 9º Associação - instituição de direito privado, sem fins lucrativos, constituída com o objetivo de defender e zelar pelos in- teresses de seus associados. Regida por estatuto social, com uma diretoria eleita em assembléia para períodos regulares. A quantidade de sócios é ilimitada. Art. 10 Cooperativa - entidade e/ou instituição autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, com número variável de pes- soas, não inferior a 20 participantes, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e democraticamente gerida (CLT). O objetivo essencial de uma cooperativa na área do artesanato é a busca de uma maior eficiência na produção com ganho de qua- lidade e de competitividade em virtude do ganho de escala, pela otimização e redução de custos na aquisição de matéria-prima, no beneficiamento, no transporte, na distribuição e venda dos produtos. Art. 11 Sindicatos - pessoas jurídicas de direito privado que têm base territorial de atuação e são reconhecidas por lei como representantes de categorias de trabalhadores ou econômicas (em- pregadores). A representação sindical constitui um direito fundamen- tal dos trabalhadores e empregadores nos termos do artigo 8º da Constituição Federal de 1988. Art. 12 Federação - organização que congrega outras as- sociações representativas de atividades idênticas, similares ou co- nexas, podendo ter base regional ou estadual. Art. 13 Confederação - coligação de federações para um fim comum. CAPÍTULO IV DAS TIPOLOGIAS DO ARTESANATO Art. 14 Denominação dada ao segmento da produção ar- tesanal, que determina a classificação por gênero, utilizando como referência a matéria-prima predominante, bem como sua funciona- lidade. Art. 15 Os materiais recicláveis não constituirão uma ti- pologia específica, dada a sua diversidade e possibilidade de en- quadramento em outras tipologias. § 1º MATÉRIA-PRIMA NATURAL DE ORIGEM ANI- MAL, VEGETAL E MINERAL I - AREIA COLORIDA - Técnica de composição de ima- gens com areia colorida em recipientes transparentes. Em geral são usados sedimentos com pigmento natural ou artificial. II - BORRACHA - Esta tipologia abrange a produção ar- tesanal que utiliza as borrachas naturais, que é o produto sólido obtido pela coagulação de látices de determinados vegetais, sendo o principal a Hevea Brasiliensis. A borracha é um produto natural procedente do látex, de acidez neutra, com grande elasticidade, ino- doro e sem resíduo. Ela sofre uma série de preparos para adquirir os requisitos da elasticidade, dureza, resistência etc., o que fazem dela um dos produtos de consumo mais necessários no mundo moderno. No artesanato são considerados os objetos confeccionados a partir da utilização da borracha processada naturalmente. III - CERAS, MASSAS, GESSO E PARAFINA - Nesta tipologia enquadram-se a confecção de objetos a partir de técnicas de modelagem de ceras, massas, gesso e parafina. a. As ceras são matérias-primas maleáveis produzidas tanto por animais, como extraídas de vegetais. Como por exemplo, a cera de abelha, muito utilizada na modelagem de miniaturas de figuras humanas, animais e réplicas de casas. b. A parafina é derivada do petróleo, matéria-prima essencial na fabricação de velas, por sua propriedade combustível. Outras apli- cações comuns à parafina incluem: cosméticos, giz de cera, tintas, pinturas, entre outros. c. O gesso é uma substância produzida a partir do mineral gipsita, composto basicamente de sulfato de cálcio hidratado. Nor- Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior .
  • 21. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 21 / 61 DEFINIÇÕES Bases conceituais do Programa do Artesanato Brasileiro O que é Artesanato?
  • 22. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 22 / 61 Artesanato compreende toda a produção resultante da transformação de matérias-primas, com predominância manual, por indivíduo que detenha o domínio integral de uma ou mais técnicas... DEFINIÇÕES
  • 23. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 23 / 61 ...aliando criatividade, habilidade e valor cultural (possui valor simbólico e identidade cultural), podendo no processo de sua atividade ocorrer o auxílio limitado de máquinas, ferramentas, artefatos e utensílios. DEFINIÇÕES
  • 24.
  • 25. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 25 / 61 Artesanato não é... •• Trabalho realizado a partir de simples montagem, com peças industrializadas e/ou produzidas por terceiros; •• Lapidação de pedras preciosas; DEFINIÇÕES
  • 26. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 26 / 61 Artesanato não é... •• Fabricação de sabonetes, perfumarias e sais de banho, com exceção daqueles produzidos com essências extraídas de folhas, flores, raízes, frutos e flora nacional; DEFINIÇÕES
  • 27. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 27 / 61 Artesanato não é... •• Habilidades aprendidas através de revistas, livros, programas de TV, dentre outros, sem identidade cultural. DEFINIÇÕES
  • 28.
  • 29. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 29 / 61 DEFINIÇÕES Bases conceituais do Programa do Artesanato Brasileiro Quem é o artesão?
  • 30. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 30 / 61 Artesão é o trabalhador que de forma individual exerce um ofício manual, transformando a matéria-prima bruta ou manufaturada em produto acabado... DEFINIÇÕES
  • 31. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 31 / 61 Tem o domínio técnico sobre materiais, ferramentas e processos de produção artesanal na sua especialidade, criando ou produzindo trabalhos que tenham dimensão cultural... DEFINIÇÕES
  • 32. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 32 / 61 ...utilizando técnica predominantemente manual, podendo contar com o auxílio de equipamentos, desde que não sejam automáticos ou duplicadores de peças. DEFINIÇÕES
  • 33. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 33 / 61 Artesão não é aquele que... I – Trabalha de forma industrial, com o predomínio da máquina e da divisão do trabalho, do trabalho assalariado e da produção em série industrial; DEFINIÇÕES
  • 34. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 34 / 61 Artesão não é aquele que... II – Somente realiza um trabalho manual, sem transformação da matéria- prima e fundamentalmente sem desenho próprio, sem qualidade na produção e no acabamento; DEFINIÇÕES
  • 35. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 35 / 61 Artesão não é aquele que... III – Realiza somente uma parte do processo da produção, desconhecendo o restante. DEFINIÇÕES
  • 36. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 36 / 61 DEFINIÇÕES Bases conceituais do Programa do Artesanato Brasileiro O que é o produto artesanal?
  • 37. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 37 / 61 Produto artesanal é o objeto resultante da atividade artesanal ou de trabalhos manuais, respeitando o conceito de artesanato. DEFINIÇÕES
  • 38. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 38 / 61 DEFINIÇÕES Tipologias do Artesanato •• Natural – de origem animal, vegetal e mineral; •• De origem processada – artesanal industrial e com processos mistos.
  • 39.
  • 40. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 40 / 61 Categorias do Artesanato •• Indígena – produzido por etnias e comunidades; •• Reciclagem – reaproveitamento de materiais e conscientização ambiental; DEFINIÇÕES
  • 41. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 41 / 61 Categorias do Artesanato •• Tradicional – expressão de tradições e costumes regionais; •• Referência cultural – resgates e releituras; DEFINIÇÕES
  • 42. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 42 / 61 Categorias do Artesanato •• Contemporâneo-conceitual – alinhados aos diferentes estilos de vida. DEFINIÇÕES
  • 43.
  • 44.
  • 45.
  • 46.
  • 47.
  • 48. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 48 / 61 Funcionalidades do Artesanato Adornos, acessórios, decorativo, educativo, lúdico, religioso, místico, utilitário, profano, lembranças, souvenires... DEFINIÇÕES
  • 49. PROJETO DE APOIO AO ARTESÃO 49 / 61 Inovação no Artesanato Pesquisa de possibilidades das tipologias para gerar novas funcionalidades em uma categoria. DEFINIÇÕES
  • 50.
  • 51.
  • 52.
  • 53.
  • 54.
  • 55.
  • 56. APOIO AO ARTESÃO Próximos passos •• Oficinas de capacitação e qualificação •• Design do(s) Modelo(s) de Negócio •• Design dos novos produtos artesanais •• Organização do Circuito do Artesanato
  • 57.
  • 58.
  • 59.
  • 60.
  • 61. Escritório-Modelo de Projetos do Curso de Design / UFES hugo.santanna@ufes.br