2. HISTÓRIA
Em 1963 ASHBAUGH, identificou 272
pacientes que foram mecanicamente
ventilados e evoluíram com dispneia
grave, taquipnéia, cianose, baixa
complacência pulmonar e infiltrados
difusos no exame radiológico de
pulmão.
3. DEFINIÇÃO
Em 1994 a Conferência de Consenso
Americano-europeu definiu as
características da SDRA.
4. CARACTERÍSTICAS
Infiltrado pulmonar bilateral;
Hipoxemia grave, menor ou igual a
200;
Pressão de oclusão da artéria
pulmonar menor ou igual a 18mmHg;
Ausência de hipertensão arterial à
esquerda.
11. FISIOPATOLOGIA
OBS: A reparação do processo inflamatório,
inicia o quadro de fibrose.
Inflamação da
membrana
alvéolo-capilar
Redução e
alteração dos
surfactantes
Atelectasias
13. ASSISTENCIA VENTILATÓRIA
NA SDRA
• A ventilação mecânica é o principal
suporte à SDRA, sendo indicada na
maioria dos casos.
• Ventilação Mecânica Não Invasiva
(VNI) na SDRA.
• Ventilação Mecânica Invasiva (VMI)
na SDRA
14. ASSISTENCIA VENTILATÓRIA
NA SDRA
O objetivo da VM é promover adequada
troca gasosa, ao mesmo tempo em que
se evitam a lesão pulmonar associada
à ventilação mecânica e o
comprometimento hemodinâmico
decorrente do aumento das pressões
intratorácicas.
15. ASSISTENCIA VENTILATÓRIA
NA SDRA
De Acordo com a Diretriz Brasileira de
Ventilação Mecânica (2013) são
recomendados modos Controlados,
seja, VCV ou PCV, nas primeiras 48 -
72h do ajuste da VM.
16. VOLUME CORRENTE
(ventilação protetora)
SDRA Leve
Pode-se ventilar até 6ml/kg
SDRA Moderada ou Grave
Volume ajustado de 3 a 6 ml/kg de peso predito.
Homens : 50 + 0,91 x (altura em cm – 152,4)
Mulheres: 45,5 + 0,91 x (altura em cm - 152,4).
17. PRESSÃO DE PLATÔ
Manter até 30cm H2O;
Pressão de distensão ou “driving-
pressure” (P.Platô- PEEP) deve ser
menor ou igual a 15cm H2O;
.
18. FREQUENCIA RESPIRATÓRIA
Inicia-se com 20 irpm;
Em casos de hipercapnia permissiva,
pode chegar até 45 irpm, desde que
não ocasione auto-PEEP.
19. FiO2 e PEEP
Sempre que possível, manter a FiO2
até 60% ou o suficiente para manter a
SpO2 >90%.
20. MANOBRA DE
RECRUTAMENTO ALVEOLAR
Modo PCV;
Driving Pressure de 15cm H2O;
Iniciar com a PEEP em 10cm H2O;
Aumentar 5cm H2O a cada 2 minutos
até atingir 25cm H2O;
Aumentar 10cm H2O até chegar em
no máximo 45cm H2O;
Baixar a PEEP para 25cm H2O e
instituir a PEEP decremental.
21. PEEP DECREMENTAL
• Após a MRM mede-se a complacência
estática em valores decrementais de
PEEP, a partir de valores de 23-26
cmH2O, até valores mínimos ao redor
de 8-12 cmH2O;
• Os passos decrementais de PEEP são
tipicamente de 2 ou 3 cmH2O a cada 4
minutos;
• Aumentar de 2 a 3 cm H2O da PEEP
que produziu melhor complacência.
22. HIPERCAPNIA PERMISSIVA
Permitir PaCo2 em valores acima dos
parâmetros convencionais para
minimizar a pressão de platô e Vt.
CUIDADO: A hipercapnia permissiva é
contraindicada em pacientes com
hipertensão intracraniana, insuficiência
coronariana e arritmias agudas.
23. VENTILAÇÃO DE ALTA
FREQUENCIA
Apesar de apresentar uma melhora
inicial na oxigenação, seu efeito não se
mantém, por isso deve ser evitada em
casos de SDRA.
24. SURFACTANTE
O surfactante é produzido pelos
pneumócitos tipo II e que diminui a
tensão superficial dos alvéolos e,
assim, aumenta a complacência
pulmonar.
Porém, a utilização do surfactante em
pacientes adultos com LPA/SDRA, não
evidenciou diferença na mortalidade.
25. POSIÇÃO PRONA
A posição prona deve ser considerada
em pacientes necessitando de
elevados valores de PEEP e FIO2
para manter uma adequada SaO2
28. Fases da Evolução SDRA
Fase Exudativa: 1 a 3 dias
Fase Proliferativa: 3 a 7 dias
Fase Fibrótica: após uma semana
29. Prognóstico Funcional da SDRA
Os pacientes perderam em média
18% do peso corporal basal levando a
um enfraquecimento, fadiga muscular
e limitação física.
Após 12 meses da alta hospitalar 57%
não tinham voltado para suas
atividades normais e apresentam
déficit funcional.
30. BIBLIOGRAFIA
Barbas, C. V., A. M. Isola, and A. M. Farias.
"Diretrizes brasileiras de ventilação
mecânica. 2013." Associação de Medicina
Intensiva Brasileira e Sociedade Brasileira de
Pneumologia e Tisiologia (2013): 1-140.
Amato, Marcelo BP, et al. "Ventilação
mecânica na lesão pulmonar aguda
(LPA)/Síndrome do desconforto respiratório
agudo (SDRA)." Jornal Brasileiro de
Pneumologia 33 (2007): 119-127.