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Relatório de pesquisa: A dor e o câncer
Sumário
1. Caracterização da Pesquisa
1.1 Sobre a pesquisa
1.2 Objetivos da pesquisa
1.3 Desenho da pesquisa
2. Perfil dos Respondentes
3. Principais Achados
3.1. A dor no tratamento do câncer
3.2. A relação com o médico e com a equipe de saúde
3.3. O uso de medicação para controle da dor e os opióides
3.4. Satisfação com o tratamento para dor
3.5. As perdas relacionadas à dor
4. Destaques da Pesquisa
4.1. A voz dos pacientes
5. Sugestões de Próximos Passos
1. Caracterização da Pesquisa
1.1 Sobre a pesquisa
Esta pesquisa foi desenvolvida pelo Instituto Oncoguia a partir do
entendimento da importância do controle adequado da dor na vida dos
pacientes que enfrentam o câncer.
A pesquisa faz parte do projeto "Mais qualidade de Vida para o paciente
com câncer" que conta com o patrocínio das seguintes empresas:
Mundipharma e Grunental
1.2 Objetivos da pesquisa
Objetivo geral:
Identificar e descrever os impactos da dor na vida do paciente com câncer a partir de
seus itinerários terapêuticos
Objetivos específicos:
a) Identificar a presença ou não de dor proveniente do tratamento do câncer na vida do paciente;
b) Identificar a graduação e tempo de duração da dor;
c) Identificar o grau de conhecimento dos pacientes sobre as possibilidades de manejo da dor;
d) Identificar aspectos da relação com a equipe de saúde que acompanha o paciente sobre o manejo da
dor;
e) Identificar impactos objetivos (trabalho, vida pessoal) e subjetivos (saúde mental e emocional) da dor;
Metodologia:
● Pesquisa quantitativa realizada por meio de questionário online (Plataforma Survey Monkey)
● Canais de Divulgação com Link para a Pesquisa:
○ Portal Oncoguia
○ Redes sociais do Instituto Oncoguia
○ Grupos Facebook
○ Email para a nossa base
● Período de coleta de dados: 25/04 a 18/07/2020
● Sujeitos de pesquisa: pacientes com câncer
○ Participação condicionada ao aceite do Termo de Compromisso (TCLE)
● Análise estatística descritiva dos dados
1.3 Desenho da pesquisa
2. O Perfil dos Respondentes
Dentre os respondentes, 148 informaram dados sócio demográficos e sobre seu câncer:
Sexo:
83% (123 de 148) feminino
17% (25 de 148) masculino
Faixa etária:
66 (98 de 148) de 40-59 anos
18% ( 27 de 148) de 30-39 anos
9% (13 de 148) acima de 60 anos
7% (10 de 148) de 20-29 anos
Estado civil:
53% (78 de 148) casado(a)
28% (41 de 148) solteiro(a)
16% (24 de 148) separado(a) ou
divorciado(a)
4% (5 de 148) viúvo(a)
Estado de residência:
47% (69 de 148) São Paulo
Tipo de câncer:
50% (74 de 148) têm câncer de mama
45% (66 de 148) de todos os tipos de câncer
tinha metástase
Tempo de diagnóstico:
37% (55 de 148) de 1 a 3 anos
32% (48 de 148) mais de 3 anos
30% (45 de 148) menos de 1 ano
Tratamento no Sistema de Saúde:
46% (68 de 148) plano de saúde
30% (45 de 148) SUS
24% (35 de 148) Outros:
14% (20 de 148) Plano+ Particular
5% (7 de 148)
4% (6 de 148) SUS+Particular
1% (2 de 148) Particular
3. Principais Achados
3.1 A dor no tratamento do câncer
Dos 543 respondentes desta pesquisa, 386
(71%) afirmaram sentir dor no tratamento
do câncer.
○ Dentre eles, 185 respondentes
detalharam sua experiência relativa à
dor.
★ Os slides a seguir apresentam
dados sobre os participantes
que responderam as questões
relacionadas à sua experiência
com a dor no tratamento do
câncer.
71,1%
Se você é um paciente enfrentando um
câncer, você sente dor?
(n= 386 respondentes)
Dentre os respondentes:
● 45% (82 de 184) sentiam dor há mais de
um ano
● 21% (39 de 184) sentiam dor por 6
meses a 1 ano
● 18% (34 de 184) sentiam dor por 3 a 6
meses
● 15% (29 de 184) sentiam dor há menos
de 3 meses
Há quanto tempo você se recorda de sentir dor?
(n= 184 respondentes)
44,6%
15,8%
18,5%
21,2%
Os respondentes atribuíram à dor
intensidade moderada - graduação 6
- e os seguintes sentimentos à dor:
● Angústia: 41%(76 de 185)
● Desânimo: 36% (66 de 185)
● Desespero: 18% (33 de 185)
● Solidão: 5% (10 de 185)
Qual é a melhor palavra para
descrever a sua dor?
(n= 185 respondentes)
17,8%
41,1%
5,4%
35,7%
Sobre os aspectos que mais
importavam no tratamento do
câncer, os respondentes
identificaram como principais:
● Acesso ao tratamento: 46%
(86 de 185)
● Combate e tratamento da
dor: 29% (54 de 185)
Prioridades do tratamento oncológico, por ordem de
importância (sendo 1 o mais importante e 5 o menos)
Cerca de 33% (61 de 185) dos
respondentes tiveram vontade ou
pensaram em abandonar o
tratamento do câncer por causa
da dor pouca ou muitas vezes.
20,5%
Você já teve vontade ou pensou em abandonar o
tratamento do câncer por causa da dor?
(n= 185 respondentes)
12,4%
67,0%
3.2. A relação com o médico e com a
equipe de saúde
A grande maioria dos
respondentes, 92% (170 de
185), conversavam sobre a
dor com médico
oncologista.
92%
8%
Você relata e/ou conversa sobre sua dor com o seu
médico oncologista?
(n= 185 respondentes)
Estigma da dor no
tratamento o câncer: 47%
(7 de 15) não conversavam
com o médico sobre dor
por acreditar que "a dor faz
parte do tratamento".
Se não conversa, qual é o principal motivo?
(n= 15 respondentes)
Dentre os respondentes:
● 70% (127 de 181) tratava dor com seu
oncologista
○ 57% (72 de 127) estava com a dor
controlada
○ 43% (55 de 127) não estava com a
dor controlada
● 30% (54 de 181) não tratava a dor
com o oncologista
○ 28% (15 de 54) tratavam a dor
com outro médico
○ 22% (12 de 54) haviam sido
encaminhados para o médico
da dor
70%
Sim
30%
Não
O oncologista trata sua dor?
(n= 181 respondentes)
28,2%
72%
● Cerca de 72% (130 de 181) dos
respondentes relatavam e
conversavam sobre a dor com
outros profissionais da equipe
de saúde:
○ 22% (39 de 181)
enfermagem
○ 16% (29 de 181) psicologia
○ 2% (3 de 181) assistente
social
● Dentre os que relatavam, a
maioria (78%; 100 de 128) foram
informados de que a dor fazia
parte do tratamento.
Você relata e conversa sobre sua dor para outros
profissionais de saúde? (n= 181 respondentes)
16,0%
22,6%
1,7%
32,1%
Se relata, qual é a
postura/conduta desse
profissional?
55,31%
45%
55%
Sobre o conhecimento da
especialidade médica
relacionada ao combate da dor:
● 55% (99 de 179) não
conheciam essa
especialidade
● 45% (80 de 179) conheciam
essa especialidade
Você sabia que existe um médico especialista em
tratar a dor?
(n= 179 respondentes)
Sobre a indicação do respondente
para o médico especialista em dor:
● 78% (139 de 179) responderam
que não havia sido indicado
● 22% (40 de 179) responderam
que sim, havia sido indicado
22%
78%
Você já foi indicado para algum especialista de
dor? (n= 179 respondentes)
● Uma parcela de 68% (121 de 179) dos
respondentes faziam uso de medicação
para controle da dor*.
● Quanto ao período de tratamento para a
dor:
○ 1 mês: 10% (11 de 112)
○ 1 a 3 meses: 17% (19 de 112)
○ 3 a 6 meses: 20% (22 de 112)
○ 6 a 12 meses: 15% (17 de 112)
○ Mais de 12 meses: 25% (28 de 112)
Se está tomando medicamentos para dor, há
quanto tempo está fazendo este
tratamento? (n= 112 respondentes)
9,8%
17,0%
19,6%
15,2%
25,0%
13,4%
3.3. O uso de medicação para controle
da dor e os opióides
*gráfico não incluído
A maioria dos respondentes (73%;
82 de 112) tomava 1 ou 2 tipos de
medicamentos para dor.
73,2%
14,3%
5,4%
7,1%
Quantos medicamentos para tratar a dor
você utiliza?
(n= 112 respondentes)
36,6%
36,6%
Os medicamentos mais
utilizados pelos respondentes
eram:
● 66% (74 de 112) Analgésicos
● 38% (43 de 112) Tramadol e
Codeína
● 26% (29 de 112) Adjuvantes
Qual medicamento você utiliza para tratar sua dor?*
(n= 112 respondentes)
*múltipla escolha: os percentuais não totalizam em 100%
Sobre os medicamentos opióides:
● 50% (56 de 112) sabiam o que era um
medicamento opióide
● 46%( 52 de 112) não sabiam o que era
um medicamento opióide
● 4% (4 de 112) sabiam o que era e não
iam tomar
50,0%
46,4%
Você sabe o que é um medicamento opióide?
(n= 112 respondentes)
3,6%
● Uma parcela de 62% (69 de 112) não
haviam recebido explicações do
médico sobre o tratamento analgésico
com opióides*.
● Quanto às explicações do médico
sobre os possíveis efeitos colaterais da
medicação opióide, 47% (53 de 112) não
haviam recebido explicação médico
sobre efeitos colaterais dos opióides.
28%
47%
25%
*gráfico não incluído
O seu médico explicou sobre possíveis efeitos
colaterais da medicação opióide?
(n= 112 respondentes)
● Uma parcela de 65% (73 de 112)
precisou mudar ou ajustar a dose dos
medicamentos opióides*.
● Quanto à mudança/ajuste da dose:
○ 61% (23 de 38) tiveram a dose
alterada no retorno a consulta
○ 32% (12 de 38) tiveram a dose
ajustada em contato semanal com o
médico
○ 8% (3 de 38) fizeram o ajuste de
outra forma
*gráfico não incluído
60,6%
31,6%
Se já precisou ajustar ou mudar a dose, como
foi esse ajuste?
(n= 38 respondentes)
7,9%
● Cerca de 40% (44 de 111) dos respondentes
relataram dificuldades no uso dos
medicamentos opióides:
○ 57% (25 de 44) tiveram efeitos
colaterais
○ 25% (11 de 44) continuavam com dor
durante o dia
○ 11% (5 de 44) tinham dificuldade de
adesão por conta das múltiplas
doses diárias
○ 7% (3 de 44) continuavam com dor
durante a noite
Você tem/teve alguma dificuldade para tomar
esses medicamentos do tipo opióide ?
(n= 111 respondentes)
Um pouco mais da metade dos
respondentes (56%, 93 de 165)
disseram estar satisfeitos com a
conduta médica no tratamento
de dor.
56%
44%
3.4. Satisfação com o tratamento para
dor
Você acha que a sua dor está sendo tratada de
forma adequada pelo seu médico?
(n= 165 respondentes)
A proporção entre respondentes
satisfeitos e insatisfeitos com o
tratamento da dor foi bastante
semelhante:
● 36% (59 de 165) estavam
satisfeitos ou altamente
satisfeitos com o tratamento
● 31% (51 de 165) estavam
insatisfeito ou altamente
insatisfeitos.
Cerca de 33% (55 de 165) não faziam
tratamento específico para a dor.
36%
31%
33,3%
Você está satisfeito com o seu tratamento da
dor?
(n= 165 respondentes)
4,9%
31,0%
26,1%
4,9%
Os principais motivos de
insatisfação com o tratamento
foram:
● Ineficácia do tratamento: 88%
(44 de 50)
● Efeitos colaterais: 34% (17 de 50)
Por que está insatisfeito ou altamente insatisfeito
com o tratamento da dor?
(n= 50 respondentes)
3.5. As perdas relacionadas à dor
Dimensão trabalho:
● Mais da metade dos
respondentes (67%; 99 de 149)
indicaram impacto no seu
desempenho profissional por
causa da dor
○ Desses, 25% (25 de 99)
perderam o emprego por
faltar ao trabalho ou
deixar de realizar tarefas
importantes com muita
frequência.
Você faltou ou deixou de realizar alguma tarefa
importante no trabalho por causa da dor, afetando
seu desempenho profissional?
(n= 149 respondentes)
18,1%
31,6%
16,8%
33,6%
66,5%
Dentre as repercussões das faltas ao
trabalho, os respondentes citaram
principalmente :
● Compreensão: 36% (53 de 149)
● Tristeza: 16%
● Estremecimento da relação: 9% (14
de 149)
Como essa falta no trabalho repercutiu em sua vida e
suas relações?
(n= 149 respondentes)
Dimensão relacionamento
amoroso:
● 40% (59 de 149) dos
respondentes indicaram
impacto negativo no
relacionamento amoroso
atribuído à dor:
○ 61% (36 de 59) citaram
brigas e
desentendimento
■ Para 39% (14 de 36),
as brigas
culminaram em
separação
A dor atrapalhou seu relacionamento amoroso,
gerando brigas e desentendimento?
(n= 149 respondentes)
Dimensão lazer:
● 86% (128 de 149) dos respondentes
indicaram que a dor afetou sua
disposição, fazendo com que
passassem mais tempo em casa*.
● Ao explicar de que maneira a dor
havia afetado sua disposição:
○ 38% (57 de 149) deixaram de
praticar atividade física
○ 23% (35 de 149) passaram a
recusar convites de amigos
○ 7% (10 de 149) deixaram de ir
a festas e bares
○ 4% (21 de 149) deixaram de
viajar por medo de sentir dor
De que formas a dor afetou a sua disposição para o
lazer?
(n= 149 respondentes)
Perfil dos respondentes:
Ao todo, 386 respondentes afirmaram estarem em tratamento de câncer e sentirem dor. Quase metade
desses respondentes detalharam sua experiência em relação à dor no tratamento do câncer (185
respondentes). Essa adesão à pesquisa revela a importância da temática da dor no contexto dos itinerários
terapêuticos dos pacientes oncológicos.
● A pesquisa teve abrangência nacional, com maior participação de pacientes da região sudeste, do sexo
feminino, faixa etária entre 40-59 anos, e casados
● Sobre tipo de câncer, metade dos pacientes tinha câncer de mama sendo e alguma tipo de metástase
(incluindo os outros cânceres também). Sobre o tempo de diagnóstico, a maior parte dos pacientes
estava nas faixas até 3 anos
● Da utilização do sistema de saúde a maior parte dos pacientes plano de saúde e ⅓ usava o SUS
4. Destaques da Pesquisa
A dor no tratamento do câncer:
● O acesso ao tratamento e controle da dor foram indicados como as duas prioridades do
tratamento, nessa ordem
● Foi atribuída à experiência de dor intensidade moderada por todos os pacientes e para
quase a metade deles a dor tinha duração superior há 1 ano
● A dor foi relacionada aos sentimentos de angústia e desânimo por grande parte dos
pacientes
● Quanto à relação entre a presença da dor e a aderência ao tratamento, mais de ⅓ dos
pacientes relataram que já tiveram vontade de abandonar o tratamento por causa da
dor
4.1. A voz dos pacientes
A dor na relação médico-paciente e com a equipe de saúde
● A grande maioria dos respondentes conversavam com o médico oncologista sobre a dor
● Para aqueles que não conversavam com o oncologista sobre sua dor, muitos deles não o faziam
pela crença de que a dor fazia parte do tratamento do câncer
● Metade dos respondentes que estavam tratando sua dor com o oncologista disseram que sua
dor não está controlada
● Apenas 1 em cada 5 pacientes dos que não tratavam a dor com o oncologista disseram que
haviam sido encaminhados para o médico da dor
● Mais da metade dos respondentes desconhecia a especialidade médica relacionada ao
combate da dor e a maior parte não havia sido encaminhado para o especialista em dor
● Na opinião de quase a metade dos respondentes o tratamento médico da dor era inadequado
A dor e o tratamento
● Quase 70% dos pacientes faziam uso de medicação para o controle da dor, e ¼ deles o fazia a mais
de 12 meses
● Mais de 25% dos pacientes faziam uso de mais de 2 medicamentos para tratar a dor
● As classes de medicamentos mais utilizadas pelos pacientes era a dos análgésicos (Dipirona e
Paracetamol) por uma parcela de 66% dos respondentes. Em seguida, em menor percentual de uso
estão o 38% Tramadol e Codeína (38%) e os Adjuvantes (26%) como pregabalina, duloxetina,
amitriptilia
● Um pouco mais da metade dos pacientes afirmou considerar seu tratamento para a dor adequado
● No entanto, mais de ⅓ dos respondentes estavam insatisfeitos com o tratamento para a dor, citando
como principais motivos a continuidade da sensação dolorosa e efeitos colaterais do tratamento
A dor e os opióides
● Opióides receberam um destaque nesta pesquisa, com um bloco de perguntas específico sobre o
tema
● Quase metade dos pacientes desconheciam os opióides como opção de tratamento para dor e
apenas 4% afirmou saber o que eram e não terem a intenção de tomar
● Mais 60% dos pacientes não recebeu explicação prévia do médico sobre o tratamento com esse
medicamento e quase metade não recebeu informação sobre possíveis efeitos colaterais deste tipo
de medicação
● Sobre a experiência dos pacientes com o uso dos opióides, mais de ⅓ precisou de ajuste de dose
durante o tratamento e isso foi feito na maior parte dos casos na consulta de retorno com o médico
● A maior dificuldade descrita por eles em relação à utilização desse tipo de medicamento foram os
efeitos colaterais e a dor que não cessava
A dor e o impacto na qualidade de vida
● O impacto da dor na qualidade de vida dos pacientes foi analisado em três dimensões: trabalho,
relacionamento amoroso e lazer
● Na dimensão do trabalho, mais da metade dos respondentes indicaram que a dor afetou seu
desempenho profissional, sendo que para ¼ deles isso resultou em perda do emprego
● Na dimensão do relacionamento amoroso, quase a metade dos respondentes indicaram
impacto negativo da dor no relacionamento, pelas brigas e desentendimento, sendo que para
quase 10% isso culminou na separação
● Na dimensão do lazer, a grande maioria dos pacientes indicou que a dor afetou sua disposição
para o lazer, com abandono da prática de atividades físicas e maior isolamento social
Dor e câncer: impactos relatados por pacientes em pesquisa

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Dor e câncer: impactos relatados por pacientes em pesquisa

  • 1.
  • 2. Relatório de pesquisa: A dor e o câncer
  • 3. Sumário 1. Caracterização da Pesquisa 1.1 Sobre a pesquisa 1.2 Objetivos da pesquisa 1.3 Desenho da pesquisa 2. Perfil dos Respondentes 3. Principais Achados 3.1. A dor no tratamento do câncer 3.2. A relação com o médico e com a equipe de saúde 3.3. O uso de medicação para controle da dor e os opióides 3.4. Satisfação com o tratamento para dor 3.5. As perdas relacionadas à dor 4. Destaques da Pesquisa 4.1. A voz dos pacientes 5. Sugestões de Próximos Passos
  • 5. 1.1 Sobre a pesquisa Esta pesquisa foi desenvolvida pelo Instituto Oncoguia a partir do entendimento da importância do controle adequado da dor na vida dos pacientes que enfrentam o câncer. A pesquisa faz parte do projeto "Mais qualidade de Vida para o paciente com câncer" que conta com o patrocínio das seguintes empresas: Mundipharma e Grunental
  • 6. 1.2 Objetivos da pesquisa Objetivo geral: Identificar e descrever os impactos da dor na vida do paciente com câncer a partir de seus itinerários terapêuticos Objetivos específicos: a) Identificar a presença ou não de dor proveniente do tratamento do câncer na vida do paciente; b) Identificar a graduação e tempo de duração da dor; c) Identificar o grau de conhecimento dos pacientes sobre as possibilidades de manejo da dor; d) Identificar aspectos da relação com a equipe de saúde que acompanha o paciente sobre o manejo da dor; e) Identificar impactos objetivos (trabalho, vida pessoal) e subjetivos (saúde mental e emocional) da dor;
  • 7. Metodologia: ● Pesquisa quantitativa realizada por meio de questionário online (Plataforma Survey Monkey) ● Canais de Divulgação com Link para a Pesquisa: ○ Portal Oncoguia ○ Redes sociais do Instituto Oncoguia ○ Grupos Facebook ○ Email para a nossa base ● Período de coleta de dados: 25/04 a 18/07/2020 ● Sujeitos de pesquisa: pacientes com câncer ○ Participação condicionada ao aceite do Termo de Compromisso (TCLE) ● Análise estatística descritiva dos dados 1.3 Desenho da pesquisa
  • 8. 2. O Perfil dos Respondentes
  • 9. Dentre os respondentes, 148 informaram dados sócio demográficos e sobre seu câncer: Sexo: 83% (123 de 148) feminino 17% (25 de 148) masculino Faixa etária: 66 (98 de 148) de 40-59 anos 18% ( 27 de 148) de 30-39 anos 9% (13 de 148) acima de 60 anos 7% (10 de 148) de 20-29 anos Estado civil: 53% (78 de 148) casado(a) 28% (41 de 148) solteiro(a) 16% (24 de 148) separado(a) ou divorciado(a) 4% (5 de 148) viúvo(a) Estado de residência: 47% (69 de 148) São Paulo Tipo de câncer: 50% (74 de 148) têm câncer de mama 45% (66 de 148) de todos os tipos de câncer tinha metástase Tempo de diagnóstico: 37% (55 de 148) de 1 a 3 anos 32% (48 de 148) mais de 3 anos 30% (45 de 148) menos de 1 ano Tratamento no Sistema de Saúde: 46% (68 de 148) plano de saúde 30% (45 de 148) SUS 24% (35 de 148) Outros: 14% (20 de 148) Plano+ Particular 5% (7 de 148) 4% (6 de 148) SUS+Particular 1% (2 de 148) Particular
  • 11. 3.1 A dor no tratamento do câncer Dos 543 respondentes desta pesquisa, 386 (71%) afirmaram sentir dor no tratamento do câncer. ○ Dentre eles, 185 respondentes detalharam sua experiência relativa à dor. ★ Os slides a seguir apresentam dados sobre os participantes que responderam as questões relacionadas à sua experiência com a dor no tratamento do câncer. 71,1% Se você é um paciente enfrentando um câncer, você sente dor? (n= 386 respondentes)
  • 12. Dentre os respondentes: ● 45% (82 de 184) sentiam dor há mais de um ano ● 21% (39 de 184) sentiam dor por 6 meses a 1 ano ● 18% (34 de 184) sentiam dor por 3 a 6 meses ● 15% (29 de 184) sentiam dor há menos de 3 meses Há quanto tempo você se recorda de sentir dor? (n= 184 respondentes) 44,6% 15,8% 18,5% 21,2%
  • 13. Os respondentes atribuíram à dor intensidade moderada - graduação 6 - e os seguintes sentimentos à dor: ● Angústia: 41%(76 de 185) ● Desânimo: 36% (66 de 185) ● Desespero: 18% (33 de 185) ● Solidão: 5% (10 de 185) Qual é a melhor palavra para descrever a sua dor? (n= 185 respondentes) 17,8% 41,1% 5,4% 35,7%
  • 14. Sobre os aspectos que mais importavam no tratamento do câncer, os respondentes identificaram como principais: ● Acesso ao tratamento: 46% (86 de 185) ● Combate e tratamento da dor: 29% (54 de 185) Prioridades do tratamento oncológico, por ordem de importância (sendo 1 o mais importante e 5 o menos)
  • 15. Cerca de 33% (61 de 185) dos respondentes tiveram vontade ou pensaram em abandonar o tratamento do câncer por causa da dor pouca ou muitas vezes. 20,5% Você já teve vontade ou pensou em abandonar o tratamento do câncer por causa da dor? (n= 185 respondentes) 12,4% 67,0%
  • 16. 3.2. A relação com o médico e com a equipe de saúde A grande maioria dos respondentes, 92% (170 de 185), conversavam sobre a dor com médico oncologista. 92% 8% Você relata e/ou conversa sobre sua dor com o seu médico oncologista? (n= 185 respondentes)
  • 17. Estigma da dor no tratamento o câncer: 47% (7 de 15) não conversavam com o médico sobre dor por acreditar que "a dor faz parte do tratamento". Se não conversa, qual é o principal motivo? (n= 15 respondentes)
  • 18. Dentre os respondentes: ● 70% (127 de 181) tratava dor com seu oncologista ○ 57% (72 de 127) estava com a dor controlada ○ 43% (55 de 127) não estava com a dor controlada ● 30% (54 de 181) não tratava a dor com o oncologista ○ 28% (15 de 54) tratavam a dor com outro médico ○ 22% (12 de 54) haviam sido encaminhados para o médico da dor 70% Sim 30% Não O oncologista trata sua dor? (n= 181 respondentes)
  • 19. 28,2% 72% ● Cerca de 72% (130 de 181) dos respondentes relatavam e conversavam sobre a dor com outros profissionais da equipe de saúde: ○ 22% (39 de 181) enfermagem ○ 16% (29 de 181) psicologia ○ 2% (3 de 181) assistente social ● Dentre os que relatavam, a maioria (78%; 100 de 128) foram informados de que a dor fazia parte do tratamento. Você relata e conversa sobre sua dor para outros profissionais de saúde? (n= 181 respondentes) 16,0% 22,6% 1,7% 32,1% Se relata, qual é a postura/conduta desse profissional?
  • 20. 55,31% 45% 55% Sobre o conhecimento da especialidade médica relacionada ao combate da dor: ● 55% (99 de 179) não conheciam essa especialidade ● 45% (80 de 179) conheciam essa especialidade Você sabia que existe um médico especialista em tratar a dor? (n= 179 respondentes)
  • 21. Sobre a indicação do respondente para o médico especialista em dor: ● 78% (139 de 179) responderam que não havia sido indicado ● 22% (40 de 179) responderam que sim, havia sido indicado 22% 78% Você já foi indicado para algum especialista de dor? (n= 179 respondentes)
  • 22. ● Uma parcela de 68% (121 de 179) dos respondentes faziam uso de medicação para controle da dor*. ● Quanto ao período de tratamento para a dor: ○ 1 mês: 10% (11 de 112) ○ 1 a 3 meses: 17% (19 de 112) ○ 3 a 6 meses: 20% (22 de 112) ○ 6 a 12 meses: 15% (17 de 112) ○ Mais de 12 meses: 25% (28 de 112) Se está tomando medicamentos para dor, há quanto tempo está fazendo este tratamento? (n= 112 respondentes) 9,8% 17,0% 19,6% 15,2% 25,0% 13,4% 3.3. O uso de medicação para controle da dor e os opióides *gráfico não incluído
  • 23. A maioria dos respondentes (73%; 82 de 112) tomava 1 ou 2 tipos de medicamentos para dor. 73,2% 14,3% 5,4% 7,1% Quantos medicamentos para tratar a dor você utiliza? (n= 112 respondentes) 36,6% 36,6%
  • 24. Os medicamentos mais utilizados pelos respondentes eram: ● 66% (74 de 112) Analgésicos ● 38% (43 de 112) Tramadol e Codeína ● 26% (29 de 112) Adjuvantes Qual medicamento você utiliza para tratar sua dor?* (n= 112 respondentes) *múltipla escolha: os percentuais não totalizam em 100%
  • 25. Sobre os medicamentos opióides: ● 50% (56 de 112) sabiam o que era um medicamento opióide ● 46%( 52 de 112) não sabiam o que era um medicamento opióide ● 4% (4 de 112) sabiam o que era e não iam tomar 50,0% 46,4% Você sabe o que é um medicamento opióide? (n= 112 respondentes) 3,6%
  • 26. ● Uma parcela de 62% (69 de 112) não haviam recebido explicações do médico sobre o tratamento analgésico com opióides*. ● Quanto às explicações do médico sobre os possíveis efeitos colaterais da medicação opióide, 47% (53 de 112) não haviam recebido explicação médico sobre efeitos colaterais dos opióides. 28% 47% 25% *gráfico não incluído O seu médico explicou sobre possíveis efeitos colaterais da medicação opióide? (n= 112 respondentes)
  • 27. ● Uma parcela de 65% (73 de 112) precisou mudar ou ajustar a dose dos medicamentos opióides*. ● Quanto à mudança/ajuste da dose: ○ 61% (23 de 38) tiveram a dose alterada no retorno a consulta ○ 32% (12 de 38) tiveram a dose ajustada em contato semanal com o médico ○ 8% (3 de 38) fizeram o ajuste de outra forma *gráfico não incluído 60,6% 31,6% Se já precisou ajustar ou mudar a dose, como foi esse ajuste? (n= 38 respondentes) 7,9%
  • 28. ● Cerca de 40% (44 de 111) dos respondentes relataram dificuldades no uso dos medicamentos opióides: ○ 57% (25 de 44) tiveram efeitos colaterais ○ 25% (11 de 44) continuavam com dor durante o dia ○ 11% (5 de 44) tinham dificuldade de adesão por conta das múltiplas doses diárias ○ 7% (3 de 44) continuavam com dor durante a noite Você tem/teve alguma dificuldade para tomar esses medicamentos do tipo opióide ? (n= 111 respondentes)
  • 29. Um pouco mais da metade dos respondentes (56%, 93 de 165) disseram estar satisfeitos com a conduta médica no tratamento de dor. 56% 44% 3.4. Satisfação com o tratamento para dor Você acha que a sua dor está sendo tratada de forma adequada pelo seu médico? (n= 165 respondentes)
  • 30. A proporção entre respondentes satisfeitos e insatisfeitos com o tratamento da dor foi bastante semelhante: ● 36% (59 de 165) estavam satisfeitos ou altamente satisfeitos com o tratamento ● 31% (51 de 165) estavam insatisfeito ou altamente insatisfeitos. Cerca de 33% (55 de 165) não faziam tratamento específico para a dor. 36% 31% 33,3% Você está satisfeito com o seu tratamento da dor? (n= 165 respondentes) 4,9% 31,0% 26,1% 4,9%
  • 31. Os principais motivos de insatisfação com o tratamento foram: ● Ineficácia do tratamento: 88% (44 de 50) ● Efeitos colaterais: 34% (17 de 50) Por que está insatisfeito ou altamente insatisfeito com o tratamento da dor? (n= 50 respondentes)
  • 32. 3.5. As perdas relacionadas à dor Dimensão trabalho: ● Mais da metade dos respondentes (67%; 99 de 149) indicaram impacto no seu desempenho profissional por causa da dor ○ Desses, 25% (25 de 99) perderam o emprego por faltar ao trabalho ou deixar de realizar tarefas importantes com muita frequência. Você faltou ou deixou de realizar alguma tarefa importante no trabalho por causa da dor, afetando seu desempenho profissional? (n= 149 respondentes) 18,1% 31,6% 16,8% 33,6% 66,5%
  • 33. Dentre as repercussões das faltas ao trabalho, os respondentes citaram principalmente : ● Compreensão: 36% (53 de 149) ● Tristeza: 16% ● Estremecimento da relação: 9% (14 de 149) Como essa falta no trabalho repercutiu em sua vida e suas relações? (n= 149 respondentes)
  • 34. Dimensão relacionamento amoroso: ● 40% (59 de 149) dos respondentes indicaram impacto negativo no relacionamento amoroso atribuído à dor: ○ 61% (36 de 59) citaram brigas e desentendimento ■ Para 39% (14 de 36), as brigas culminaram em separação A dor atrapalhou seu relacionamento amoroso, gerando brigas e desentendimento? (n= 149 respondentes)
  • 35. Dimensão lazer: ● 86% (128 de 149) dos respondentes indicaram que a dor afetou sua disposição, fazendo com que passassem mais tempo em casa*. ● Ao explicar de que maneira a dor havia afetado sua disposição: ○ 38% (57 de 149) deixaram de praticar atividade física ○ 23% (35 de 149) passaram a recusar convites de amigos ○ 7% (10 de 149) deixaram de ir a festas e bares ○ 4% (21 de 149) deixaram de viajar por medo de sentir dor De que formas a dor afetou a sua disposição para o lazer? (n= 149 respondentes)
  • 36. Perfil dos respondentes: Ao todo, 386 respondentes afirmaram estarem em tratamento de câncer e sentirem dor. Quase metade desses respondentes detalharam sua experiência em relação à dor no tratamento do câncer (185 respondentes). Essa adesão à pesquisa revela a importância da temática da dor no contexto dos itinerários terapêuticos dos pacientes oncológicos. ● A pesquisa teve abrangência nacional, com maior participação de pacientes da região sudeste, do sexo feminino, faixa etária entre 40-59 anos, e casados ● Sobre tipo de câncer, metade dos pacientes tinha câncer de mama sendo e alguma tipo de metástase (incluindo os outros cânceres também). Sobre o tempo de diagnóstico, a maior parte dos pacientes estava nas faixas até 3 anos ● Da utilização do sistema de saúde a maior parte dos pacientes plano de saúde e ⅓ usava o SUS 4. Destaques da Pesquisa
  • 37. A dor no tratamento do câncer: ● O acesso ao tratamento e controle da dor foram indicados como as duas prioridades do tratamento, nessa ordem ● Foi atribuída à experiência de dor intensidade moderada por todos os pacientes e para quase a metade deles a dor tinha duração superior há 1 ano ● A dor foi relacionada aos sentimentos de angústia e desânimo por grande parte dos pacientes ● Quanto à relação entre a presença da dor e a aderência ao tratamento, mais de ⅓ dos pacientes relataram que já tiveram vontade de abandonar o tratamento por causa da dor 4.1. A voz dos pacientes
  • 38. A dor na relação médico-paciente e com a equipe de saúde ● A grande maioria dos respondentes conversavam com o médico oncologista sobre a dor ● Para aqueles que não conversavam com o oncologista sobre sua dor, muitos deles não o faziam pela crença de que a dor fazia parte do tratamento do câncer ● Metade dos respondentes que estavam tratando sua dor com o oncologista disseram que sua dor não está controlada ● Apenas 1 em cada 5 pacientes dos que não tratavam a dor com o oncologista disseram que haviam sido encaminhados para o médico da dor ● Mais da metade dos respondentes desconhecia a especialidade médica relacionada ao combate da dor e a maior parte não havia sido encaminhado para o especialista em dor ● Na opinião de quase a metade dos respondentes o tratamento médico da dor era inadequado
  • 39. A dor e o tratamento ● Quase 70% dos pacientes faziam uso de medicação para o controle da dor, e ¼ deles o fazia a mais de 12 meses ● Mais de 25% dos pacientes faziam uso de mais de 2 medicamentos para tratar a dor ● As classes de medicamentos mais utilizadas pelos pacientes era a dos análgésicos (Dipirona e Paracetamol) por uma parcela de 66% dos respondentes. Em seguida, em menor percentual de uso estão o 38% Tramadol e Codeína (38%) e os Adjuvantes (26%) como pregabalina, duloxetina, amitriptilia ● Um pouco mais da metade dos pacientes afirmou considerar seu tratamento para a dor adequado ● No entanto, mais de ⅓ dos respondentes estavam insatisfeitos com o tratamento para a dor, citando como principais motivos a continuidade da sensação dolorosa e efeitos colaterais do tratamento
  • 40. A dor e os opióides ● Opióides receberam um destaque nesta pesquisa, com um bloco de perguntas específico sobre o tema ● Quase metade dos pacientes desconheciam os opióides como opção de tratamento para dor e apenas 4% afirmou saber o que eram e não terem a intenção de tomar ● Mais 60% dos pacientes não recebeu explicação prévia do médico sobre o tratamento com esse medicamento e quase metade não recebeu informação sobre possíveis efeitos colaterais deste tipo de medicação ● Sobre a experiência dos pacientes com o uso dos opióides, mais de ⅓ precisou de ajuste de dose durante o tratamento e isso foi feito na maior parte dos casos na consulta de retorno com o médico ● A maior dificuldade descrita por eles em relação à utilização desse tipo de medicamento foram os efeitos colaterais e a dor que não cessava
  • 41. A dor e o impacto na qualidade de vida ● O impacto da dor na qualidade de vida dos pacientes foi analisado em três dimensões: trabalho, relacionamento amoroso e lazer ● Na dimensão do trabalho, mais da metade dos respondentes indicaram que a dor afetou seu desempenho profissional, sendo que para ¼ deles isso resultou em perda do emprego ● Na dimensão do relacionamento amoroso, quase a metade dos respondentes indicaram impacto negativo da dor no relacionamento, pelas brigas e desentendimento, sendo que para quase 10% isso culminou na separação ● Na dimensão do lazer, a grande maioria dos pacientes indicou que a dor afetou sua disposição para o lazer, com abandono da prática de atividades físicas e maior isolamento social