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FundamentosdeAnatomia
paraoEstudante
deOdontologia
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CESAR COSTA
Professor Responsável pela Disciplina de Anatomia Humana
no Curso de Odontologia da Universidade Gama Filho — UGF-RJ.
Professor Adjunto IV (Aposentado) na Disciplina de Anatomia Humana
da Universidade Federal Fluminense — UFF-RJ.
Livre-docente em Odontologia (Cirurgia Oral) pela Universidade Gama Filho — UGF-RJ.
Especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial
pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro — UERJ-RJ.
Especialista em Radiologia pela Associação Brasileira de Odontologia.
São Paulo • Rio de Janeiro • Belo Horizonte
Fundamentos de Anatomia
para o Estudante
de Odontologia
ALEXANDRE CESAR BOMFIM COSTA
Professor Auxiliar da Disciplina de Anatomia Humana da Universidade
Gama Filho — UGF-RJ.
Professor-assistente de Fundamentos Biomédicos da Universidade
Católica de Petrópolis — UCP-RJ.
Mestre em Psicologia Social da Universidade Gama Filho — UGF-RJ.
Especialista em Docência Universitária pela Universidade Gama Filho — UGF-RJ.
CLAUDIA MARIA SOARES SAVEDRA
Professora Auxiliar da Disciplina de Anatomia Humana
da Universidade Gama Filho — UGF-RJ.
Professora Auxiliar da Disciplina de Bases Morfológicas do IBMR.
Professora da Disciplina de Anatomia (Domínio Conexo) dos Cursos de Pós-Graduação
em Odontologia da Universidade Gama Filho — UGF-RJ
Ex-Residente do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial
do Hospital Pedro Ernesto — UERJ-RJ.
Mestranda em Morfologia (Instituto de Biologia) da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro — UERJ-RJ.
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EDITORA ATHENEU São Paulo — Rua Jesuíno Pascoal, 30
Tels.: (11) 220-9186 • 222-4199
Fax: (11) 223-5513
E-mail: atheneu@atheneu.com.br
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Belo Horizonte — Rua Domingos Vieira, 319 — Conj. 1.104
PLANEJAMENTO GRÁFICO/CAPA: Equipe Atheneu
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Índice para catálogo sistemático
1. Anatomia humana para odontologia 611.00246176
COSTA, C.; COSTA, A.C.B.; SAVEDRA, C.M.S.
Fundamentos de Anatomia para o Estudante de Odontologia
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Costa, Cesar
Fundamentos de anatomia para o estudante de odontologia/
Cesar Costa, Alexandre Cesar. Bomfim Costa, Claudia Maria
Soares Savedra. -- São Paulo: Editora Atheneu, 2000.
Bibliografia
1. Anatomia humana 2. Odontologia I. Costa, Alexandre Cesar
Bomfim. II. Savedra, Claudia Maria Soares. III. Título.
CDD-611.00246176
00-3262 NLM-OS 18
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Prefácio
A minha convivência com o Professor Cesar Costa data-se desde o começo de
suas atividades acadêmicas na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal
Fluminense.
Daí então, acompanhei de perto, até a presente data, a sua trajetória brilhante
tanto como Professor de Anatomia Humana, quanto no exercício da sua especialidade
de Cirurgião Bucomaxilofacial.
Porquanto, sinto-me honrado em poder prefaciar esse trabalho que promete ser
básico para o estudo, a atualização e aplicação da Anatomia Humana.
O Professor Cesar Costa, reúne neste seu trabalho as suas qualidades como
Professor e Cirurgião, expondo de forma concisa e atualizada todos os pontos da
Anatomia Humana de interesse imediato, para os alunos e profissionais da área
Odontológica.
A dinâmica do texto, com ilustrações a bico de pena, do próprio autor, auxilia em
muito a compreensão das descrições das estruturas anatômicas.
A finalidade do trabalho é transmitir os principios básicos e fundamentais de
Anatomia Humana aplicados ao aprendizado e a prática odontológica, reunidos em
um só volume, fato este que facilita de forma significativa o estudo do aluno.
Torna-se necessário enfatizar que, neste ensaio do Professor Cesar Costa, algumas
imperfeições serão encontradas, fato este que é humanamente compreensível, porém
com o auxilio precioso dos leitores, através de suas críticas contrutivas, procurar-se-
á aperfeiçoar o texto e as ilustrações nas edições futuras.
A longa convivência com o Professor Cesar Costa, me permitiu conhecê-lo sob
todos os aspectos, e, não é excesso de otimismo mas, sim profissão de fé, que esse
trabalho é o germe sadio de um tratado de Anatomia Humana, no sentido exato da
palavra e, que num futuro não muito distante, estará a disposição do alunado e dos
profissionais da área de Odontologia.
Não poderia deixar de destacar aqui, a eficiente colaboração dos professores
Alexandre Cesar Bomfim Costa e Claudia Maria Soares Savedra.
Rio de Janeiro, primavera de 2000
Professor Benedito Aparecido de Toledo
Professor Titular de Anatomia Humana da Universidade Gama Filho
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Sumário
1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA, 1
Conceito, 1
Nomenclatura, 1
Posição anatômica, 2
Planos de delimitação e de secção do corpo humano, 3
2 SISTEMA ESQUELÉTICO, 7
Conceito, 7
Funções, 7
Divisão, 7
Número de ossos, 8
Classificação dos ossos, 9
Substância óssea compacta e esponjosa, 12
Elementos descritivos, 13
Periósteo, 13
Cartilagem, 13
Osso do crânio, da face e do pescoço, 14
Vista superior do crânio, 15
Vista posterior do crânio, 16
Vista anterior do crânio, 17
Vista lateral do crânio, 19
Vista inferior do crânio, 21
Osso frontal, 21
Osso parietal, 24
Osso occipital, 26
Osso esfenóide, 31
Osso etmóide, 35
Osso temporal, 38
Maxila, 42
Osso zigomático, 47
Osso nasal, 48
Osso lacrimal, 49
Concha nasal inferior, 51
Osso palatino, 52
Osso vômer, 55
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Mandíbula, 56
Osso hióide, 61
Cavidades do crânio e da face, 62
Cefalometria e craniometria, 72
Análise funcional do crânio e da face, 75
3 ARTICULAÇÕES, 79
Conceito, 79
Classificação, 79
Articulação temporomandibular (ATM), 82
4 SISTEMA MUSCULAR, 87
Conceito, 87
Divisão, 87
Componentes anatômicos dos músculos estriados esqueléticos, 88
Origem muscular, 88
Inserção muscular, 88
Classificação, 89
Músculos da mímica, 91
Músculos da língua, 97
Músculos do palato mole ou véu palatino, 100
Músculos da faringe, 102
Músculos do olho, 103
Músculos do pescoço, 105
Músculos da mastigação, 108
Movimentos mandibulares, 111
5 SISTEMA CIRCULATÓRIO, 115
Conceito, 115
Divisão, 115
Coração, 116
Tipos de circulação, 121
Tipos de vasos sangüíneos, 121
Sistema linfático, 123
Artérias, 124
Veias, 139
Linfáticos, 146
6 SISTEMA DIGESTÓRIO, 151
Conceito, 151
Divisão, 151
Boca, 151
Faringe, 157
Esôfago, 157
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Estômago, 157
Intestino, 158
Anexos do canal alimentar, 159
7 SISTEMA RESPIRATÓRIO, 163
Conceito, 163
Divisão, 163
Cavidade nasal, 163
Faringe, 164
Laringe, 165
Traquéia e brônquios, 165
Pleura e pulmão, 165
8 SISTEMA NERVOSO, 167
Conceito, 167
Divisão, 167
Origem embriólogica do sistema nervoso central (SNC), 168
Sistema nervoso periférico (SNP), 173
Sistema nervoso visceral, 177
Anatomia do SNC, 182
Nervos cranianos relacionados à odontologia, 187
Nervo trigêmeo — V par craniano, 187
Nervo facial — VII par craniano, 195
Nervo glossofaríngeo — IX par craniano, 200
Nervo hipoglosso — XII para craniano, 204
9 ANATOMIA DENTAL, 207
Conceito, 207
Dentes, 207
Incisivos, 212
Caninos, 226
Pré-molares, 232
Molares, 250
Dentes temporários, 271
Evolução e involução da dentição humana, 290
Relações interdentárias, 291
10 FUNDAMENTOS ANATÔMICOS PARA RADIOGRAFIA DENTAL, 295
Tomada radiográfica no nível de incisivos superiores, 295
Tomada radiográfica no nível de canino superior, 296
Tomada radiográfica no nível de pré-molares superiores, 296
Tomada radiográfica no nível de molares superiores, 296
Tomada radiográfica no nível de incisivos inferiores, 297
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Tomada radiográfica no nível de canino inferior, 297
Tomada radiográfica no nível de pré-molares inferiores, 297
Tomada radiográfica no nível de molares inferiores, 297
11 ANATOMIA REGIONAL, 299
Região nasal, 299
Região labial, 301
Região mental, 302
Região parotídea, 303
Região massetérica, 304
Região geniana, 305
Região infratemporal, 307
Região pterigopalatina, 307
Região palatina, 308
Região gengivodental, 309
Região lingual, 311
Região sublingual, 311
Região supra-hióidea, 311
12 FUNDAMENTOS ANATÔMICOS PARA ANESTESIA LOCAL, 315
Anestesia de ramos do nervo maxilar, 315
Anestesia extrabucal do nervo maxilar, 317
Anestesia de ramos do nervo mandibular, 317
Anestesia extrabucal do nervo mandibular, 318
13 RELAÇÃO DOS DENTES COM ESTRUTURAS VIZINHAS, 319
Processo alveolar da maxila, 319
Processo alveolar da mandíbula, 324
14 PROPAGAÇÃO DAS INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS, 329
Propagação das infecções através das veias, 329
Propagação das infecções através do tecido conjuntivo frouxo, 330
15 ANATOMIA APLICADA ÀS LIGADURAS ARTERIAIS, 335
Artéria palatina maior, 335
Artéria lingual, 336
Artéria facial, 336
Artéria temporal superficial, 336
Artéria carótida externa, 337
16 ANATOMIA APLICADA À TRAQUEOTOMIA E LARINGOTOMIA, 339
Traqueotomia, 339
Laringotomia, 340
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17 ANATOMIA APLICADA AO EXAME FÍSICO DO ESQUELETO FACIAL, 343
18 FUNDAMENTOS ANATÔMICOS PARA RADIOGRAFIA CRANIOFACIAL, 345
Tomada radiográfica de perfil, 345
Tomada radiográfica póstero-anterior, frontonasofilme, 346
Tomada radiográfica ântero-posterior, occipitofilme, 346
Tomada radiográfica póstero-anterior mentonasofilme, 347
Tomada radiográfica lateral desdobrada de mandíbula, 348
Tomada radiográfica lateral da ATM, 348
Tomada radiográfica de perfil pouco penetrado, 348
Tomada radiográfica submentovertex pouco penetrada, 348
Tomada radiográfica panorâmica, 348
19 ANATOMIA APLICADA À CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL, 351
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, 355
CAPÍTULO 1 1
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CAPÍTULO
1
Introdução ao Estudo da
Anatomia Humana
CONCEITO
Anatomia é a ciência que estuda a estrutura do corpo. Mas estrutura e função
devem sempre ser consideradas simultaneamente. Além disso, por meio da ana-
tomia de superfície e radiológica deve-se dar ênfase à anatomia do vivente.
Em relação ao tamanho das partes estudadas, a anatomia é habitualmente
dividida em anatomia macroscópica e anatomia microscópica ou histologia. Os
aspectos macro e microscópico devem ser estudados em íntima conexão.
O corpo humano deve ser considerado não somente na sua forma definitiva
mas, também, no seu desenvolvimento. Embriologia é o estudo do embrião e do
feto, isto é, o estudo do desenvolvimento pré-natal. Anatomia pediátrica é o estu-
do da estrutura da criança. Teratologia é o estudo das más-formações congênitas.
Em geral, as obras que tratam de anatomia humana são dispostas sistematica-
mente, baseadas nos vários sistemas do corpo (esquelético, muscular, digestório
etc.) ou regionalmente, de acordo com as subdivisões principais naturais do cor-
po (cabeça e pescoço, membros superiores, tórax etc.), que é também, chamada
anatomia topográfica.
NOMENCLATURA
Foi estimado que, no final do século XIX, existiam aproximadamente 20.000
nomes anatômicos para 5.000 formações do corpo humano. Em 1895, uma lista
2 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA
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de cerca de 4.500 termos foi preparada e aceita em Basiléia. É conhecida pelo
nome latino Basle Nomina Anatomica (BNA). Foram empreendidas revisões prin-
cipalmente na Inglaterra (Birmingham Revision ou BR 1933) e na Alemanha
(Jena Nomina Anatomica ou INA, 1935). Em Paris, em 1955, um acordo interna-
cional foi alcançado para um sistema latino de nomenclatura baseado ampla-
mente na BNA. Foi chamado de Paris Nomina Anatomica (PNA). Entre os princí-
pios adotados no preparo da nova nomenclatura, os seguintes são dignos de nota:
1 — que, com um limitado número de exceções, cada estrutura seja designada
por um único termo; 2 — que os termos na lista oficial sejam escritos em latim,
mas cada país tem liberdade de traduzir os termos latinos oficiais para o próprio
vernáculo para fins de ensino; 3 — que os termos sejam, em primeiro lugar,
fáceis de memorizar, mas de preferência que tenham algum valor informativo ou
descritivo; 4 — que os epônimos não sejam empregados.
Revisões subseqüentes foram feitas, visto que a nomenclatura anatômica tem
caráter dinâmico, podendo ser modificado, desde que haja razões e que sejam
comprovadas em congressos internacionais de anatomia.
POSIÇÃO ANATÔMICA
Toda descrição anatômica é expressa em relação à posição anatômica, uma
convenção pela qual descreve-se o corpo humano da seguinte maneira:
Fig. 1.1 — Posição anatômica.
CAPÍTULO 1 3
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Posição anatômica
Corpo humano ereto, com os pés juntos, com os olhos e os dedos dos pés
dirigidos para a frente, com os membros superiores pendentes aos lados do cor-
po, com as palmas das mãos voltadas para a frente (Fig. 1.1).
PLANOS DE DELIMITAÇÃO E SECÇÃO DO CORPO HUMANO
Na posição anatômica, o corpo humano pode ser delimitado por planos tan-
gentes à sua superfície, delimitando a formação de um paralelepípedo (Fig. 1.2).
PLANOS DE DELIMITAÇÃO
Dois planos verticais, um tangente ao ventre, plano ventral ou anterior; e
outro tangente ao dorso, plano dorsal ou posterior (Fig. 1.2).
Dois planos verticais tangentes aos lados do corpo, planos laterais direito
e esquerdo (Fig. 1.2).
Fig. 1.2 — A — plano anterior; P — plano posterior; LD — plano lateral direito; LE — plano lateral esquerdo;
S — plano superior; I — plano inferior.
4 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA
© Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA.
Dois planos horizontais, um tangente à cabeça, plano cranial, cefálico ou
superior; e outro, tangente à planta dos pés, plano podálico ou inferior (Fig. 1.2).
No tronco isolado, o plano horizontal que tangencia o vértice do cóccix, é
denominado caudal.
PLANOS DE SECÇÃO
Plano sagital mediano
Plano vertical de secção que passa longitudinalmente através do corpo e o
divide em metades direita e esquerda. O plano sagital mediano intercepta a
superfície ventral e dorsal do corpo, nas linhas medianas anterior e posterior
(Fig. 1.3).
Fig.1.3 — A — plano sagital mediano; B — plano frontal; C — plano horizontal.
CAPÍTULO 1 5
© Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA.
Todo plano vertical do corpo, paralelo ao plano sagital mediano, é chamado
plano sagital. Os planos sagitais são assim chamados devido à sutura sagital do
crânio à qual são paralelos.
Plano frontal
Plano que intercepta o plano sagital mediano em ângulo reto e divide o corpo
em metades anterior e posterior (Fig. 1.3).
Plano horizontal
Plano perpendicular a ambos os planos sagital mediano e frontal; ele divide
o corpo em partes superior e inferior (Fig. 1.3).
O termo medial significa mais próximo do plano mediano e lateral mais afas-
tado dele. Assim, na posição anatômica, o polegar é lateral ao dedo mínimo,
enquanto o hálux é medial ao mínimo. Intermédio significa situação entre duas
formações das quais uma é lateral e outra medial (Fig.1.4).
Anterior ou ventral
Significa mais próximo do ventre.
Posterior ou dorsal
Significa mais próximo do dorso.
Fig.1.4 — A — anterior; P — posterior; M — medial; L — lateral; I — intermédio; M1 — médio; M2 — mediana.
6 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA
© Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA.
Superior
Significa mais próximo do ápice ou extremidade superior do corpo.
Inferior
O mais próximo da extremidade inferior. No tronco, cranial ou cefálico, é, às
vezes, usado em lugar de superior e caudal para inferior; rostral significa mais
próximo da extremidade da frente. Nos membros, proximal e distal são usados
para indicar mais próximo e mais afastado da raiz ou extremidade de conexão do
membro, respectivamente (Fig. 1.5).
Interno e externo
Significam respectivamente mais próximo ou mais afastado do centro de um
órgão ou de uma cavidade. Superficial e profundo indicam mais próximo ou
mais afastado da superfície do corpo, respectivamente.
O termo médio é usado para uma formação situada entre duas outras que são
anterior e posterior, ou superior e inferior ou externa e interna (Fig. 1.4).
Além dos termos técnicos de posição e direção, certas expressões comuns
são, também, usadas em descrições anatômicas: frente, dorso, na frente de, atrás,
para frente, para trás, superior, inferior, acima, abaixo, para cima, para baixo,
ascendente, descendente etc.
Fig. 1.5 — S — superior; I — inferior; M — médio; P — proximal; D — distal.
CAPÍTULO 2 7
© Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA.
CAPÍTULO
2
Sistema Esquelético
CONCEITO
É o conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço
do corpo.
FUNÇÕES
Proteção (para órgãos como o coração, pulmões e sistema nervoso central);
sustentação e conformação do corpo; local de armazenamento de íons de cálcio e
fósforo; sistema de alavancas que movimentadas pelos músculos permitem os
deslocamentos do corpo, no todo ou em parte, e, finalmente, local para produção
de certas células do sangue.
DIVISÃO
Podemos dividi-lo em duas grandes porções: uma mediana, formando o eixo
do corpo, e composta pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco (tórax e abdome), é
o esqueleto axial; outra, apensa a esta, forma os membros e constitui o esqueleto
apendicular. A união dessas duas partes se faz por meio de cinturas: escapular
(ou torácica, constituída pela escápula e clavícula) e pélvica, constituída pelos
ossos do quadril.
8 Sistema Esquelético
© Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA.
NÚMERO DE OSSOS
No indivíduo adulto, é de aproximadamente 206.
OSSOS DO CRÂNIO
Frontal, occipital, esfenóide e etmóide (ímpares); parietais e temporais
(pares). Total: oito ossos. Pode-se considerar os ossículos do ouvido médio,
estribos, bigornas e martelos que são pares, neste caso, considera-se mais seis
ossos no crânio.
OSSOS DA FACE
Vômer e mandíbula (ímpares); nasais, maxilas, lacrimais, zigomáticos, con-
chas nasais inferiores e palatinos (pares). Total: 14 ossos.
OSSOS DO PESCOÇO
Hióide e sete vértebras cervicais. Total: oito ossos.
OSSOS DO TÓRAX
Esterno, 12 vértebras, 12 costelas de cada lado. Total: 37 ossos.
OSSOS DA COLUNA LOMBAR, SACRAL E COCCÍGEA
Cinco vértebras lombares, cinco sacrais (sacro) e quatro coccígeas (cóccix).
Total: 14 ossos.
OSSOS DA CINTURA ESCAPULAR E MEMBRO SUPERIOR
Escápula, clavícula, úmero, rádio, ulna, hamato, capitato, escafóide,
semilunar, piramidal, pisciforme, trapezóide, trapézio, cinco metacárpios, duas
falanges no polegar e três falanges no indicador, no médio, no anular e no míni-
mo. Total: 32 ossos em cada membro.
OSSOS DA CINTURA PÉLVICA E MEMBRO INFERIOR
Ossso do quadril, fêmur, tíbia, fíbula, patela, tálus, calcâneo, navicular,
cubóide e três cuneiformes (medial, intermédio e lateral), cinco metatárcicos,
duas falanges no hálux e três falanges nos II, III, IV e V dedos. Total: 31 ossos em
cada membro.
CAPÍTULO 2 9
© Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA.
CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS
A mais difundida é aquela que leva em consideração as suas dimensões.
OSSO LONGO
É aquele cujo comprimento é maior que a largura e a espessura. Exem-
plos: úmero, rádio, ulna, falanges, clavícula, fêmur, tíbia e fíbula. O osso lon-
go apresenta um corpo, a diáfise, em cujo interior existe uma cavidade, o
canal medular, que aloja a medula óssea (Figs. 2.1, 2.6, e 2.7). Duas extremi-
dades, as epífises e as porções mais alargadas do corpo, próximas das epífises,
são as metáfises (Fig. 2.1). Nos ossos longos em que a ossificação ainda não se
completou, é possível visualizar entre a epífise e a diáfise um disco de carti-
lagem hialina (disco epifisial) relacionado com o crescimento do osso em com-
primento (Figs. 2.1 e 2.6).
OSSO PLANO OU LAMINAR
É aquele cuja espessura é menor que a largura e o comprimento. Exemplos: o
frontal, os parietais, o occipital e as escápulas (Fig. 2.2).
Fig. 2.1 — Osso longo: D — diáfise; E, E1 — epífises; M, M1 — metáfises; D1, D2 — cartilagens epifisárias.
10 Sistema Esquelético
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OSSO CURTO
É aquele em que as três dimensões se eqüivalem. Exemplos: ossos do carpo e
do tarso (Fig. 2.3).
Fig. 2.2 — Osso laminar: SC — substância compacta; SE — substância esponjosa.
Fig. 2.3 — Osso curto esquemático.
OSSO IRREGULAR
É aquele que não pode ser enquadrado nas definições anteriores. Apresenta
morfologia complexa. Exemplos: as vértebras e os temporais. Dentro desta cate-
goria, encontram-se ossos que apresentam uma ou mais cavidades (seio e célu-
las, respectivamente). Estes ossos são chamados de pneumáticos. Exemplos:
maxilas, esfenóide e etmóide. Existem ossos que são classificados em mais de um
grupo, como por exemplo o frontal, que é um osso laminar mas também pneumá-
tico; a maxila é um osso irregular e pneumático (Figs. 2.4 e 2.5).
CAPÍTULO 2 11
© Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA.
OSSOS SESAMÓIDES
Desenvolvem-se na substância de certos tendões ou da cápsula fibrosa que
envolve certas articulações. Os primeiros são intratendíneos e os segundos peri-
articulares. A patela é um exemplo típico de osso sesamóide.
Fig. 2.4 — Osso irregular.
Fig. 2.5 — Osso irregular pneumático: SM — seio maxilar.
SM
12 Sistema Esquelético
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SUBSTÂNCIA ÓSSEA COMPACTA E ESPONJOSA
Na substância óssea compacta, as lamínulas ósseas encontram-se fortemente
unidas umas às outras pelas suas faces, sem que haja espaço livre interposto. Por
esta razão este tipo é mais denso e rígido. Na substância óssea esponjosa as
lamínulas ósseas se arranjam de forma a deixar entre si espaços ou lacunas que
se comunicam umas com as outras (Figs. 2.2, 2.6 e 2.7).
Fig. 2.6 — Corte frontal de um osso longo: SC — substância compacta; SE — substância esponjosa; DE — disco de
cartilagem epifisária; CM — canal medular.
Fig. 2.7 — Corte horizontal na diáfise de um osso longo: SC — substância compacta; SE — substância esponjosa;
CM — canal medular.
CAPÍTULO 2 13
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ELEMENTOS DESCRITIVOS
Os ossos apresentam na sua superfície depressões, saliências e aberturas
que constituem elementos descritivos para seu estudo. Entre as saliências en-
contramos: cabeça, côndilos, cristas, eminências, tubérculos, tuberosidades,
processos, linhas, espinhas, trócleas etc. As depressões são: fossas, fossetas,
impressões, sulcos, recessos etc. As aberturas são: forames, canais, meatos,
óstios, poros etc.
PERIÓSTEO
É uma membrana conjuntiva que reveste a superfície dos ossos com exceção
das superfícies articulares. Apresenta dois folhetos: um superficial e um profun-
do. A camada profunda é chamada de osteogênica pelo fato de suas células se
transformarem em células ósseas, que são incorporadas à superfície do osso.
CARTILAGEM
É um tecido conectivo resistente e elástico, que se compõe de células e fibras
implantadas numa matriz intercelular firme e gelatinóide. As células da cartila-
gem, os condrócitos, estão situados em lacunas, algumas vezes isoladamente,
porém, amiúde, em grupos. Na cartilagem adulta não há nervos, e usualmente
faltam também vasos sangüíneos. As substâncias nutritivas devem, portanto, di-
fundir-se pela matriz para alcançar as células. As fibras encontradas na matriz
são colágenas ou elásticas. A natureza e disposição destas fibras são, parcialmen-
te, a base da classificação da cartilagem em três tipos: hialina, fibrosa e elástica.
A cartilagem acha-se rodeada por uma membrana de tecido conectivo, o
pericôndrio, cuja estrutura é similar à do periósteo. A cartilagem cresce por
aposição, isto é, por deposição de cartilagem nova sobre a superfície da cartila-
gem velha. A nova cartilagem é formada por condroblastos derivados das células
mais profundas do pericôndrio. A cartilagem também cresce intersticialmente,
ou seja, por aumento no tamanho e número das células existentes e por aumento
na quantidade de matriz intercelular.
CARTILAGEM HIALINA
Possui aparência cristalina, translúcida, devido ao caráter de sua matriz. A
matriz e as fibras colágenas têm aproximadamente o mesmo índice de refração.
As fibras não são visíveis em preparações microscópicas comuns. Os discos
epifisiais e a maioria das cartilagens articulares são formados de cartilagem hialina.
A cartilagem hialina tem tendência para calcificar e ser substituída por osso.
Fibrocartilagem
Feixes de fibras colágenas, são os constituintes principais da fibrocartilagem.
Os feixes são visíveis em preparações microscópicas comuns, ao contrário do
14 Sistema Esquelético
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que ocorre na cartilagem hialina. A quantidade de matriz é menor do que na
cartilagem hialina, e os condrócitos se acham dispersos. A fibrocartilagem está
presente em certas junturas cartilagíneas e forma cartilagem articular em uma
juntura sinovial de grande interesse odontológico, que é a articulação temporo-
mandibular cujas superfícies articulares são forradas de fibrocartilagem com
ilhotas de cartilagem hialina.
CARTILAGEM ELÁSTICA
É parecida com a cartilagem hialina exceto pelo fato de que suas fibras são
elásticas. Raramente se calcifica com o avançar da idade. A cartilagem elástica
está presente na orelha externa e na tuba auditiva e forma algumas das cartila-
gens da laringe.
OSSOS DO CRÂNIO, DA FACE E DO PESCOÇO
A cabeça óssea forma uma caixa para o encéfalo, cavidades para os órgãos da
sensibilidade específica, visão, audição, equilíbrio, olfação e gustação; aberturas
para passagem do ar e do alimento; dentes, maxilas e mandíbula para mastigação.
A cabeça óssea é constituída por uma série de ossos que, na maior parte,
estão unidos por articulações. Um dos ossos, a mandíbula, é muito móvel, estan-
do em conexão com o crânio por uma articulação sinovial, articulação
temporomandibular (ATM). Alguns ossos da calvária são constituídos por lâmi-
nas externa e interna, de substância compacta, e por uma camada média espon-
josa chamada díploe. A lâmina interna é mais fina e mais frágil do que a externa.
O crânio é revestido por periósteo, sendo a camada externa denominada pericrânio
e a camada interna endocrânio. A palavra calvária refere-se, usualmente, à parte
superior do crânio.
Os ossos do crânio delimitam a cavidade craniana, na qual estão situados
o encéfalo e as membranas que o cobrem (as meninges). Estes ossos são o frontal, o
etmóide, o esfenóide, o occipital, os temporais e os parietais.
O esqueleto da face é composto de vários ossos pares (nasais, lacrimais,
zigomáticos, maxilas, conchas nasais inferiores e palatinos) e dois ossos ímpares
(mandíbula e vômer).
As articulações imóveis entre a maioria dos ossos do crânio são chamadas
suturas. Estas têm aspecto de linhas irregulares nos crânios de jovens adultos.
Com a idade, muitas suturas são obliteradas pela fusão óssea (sinostose).
Para facilitar a descrição, o crânio é orientado de tal maneira que as margens
inferiores das órbitas e as margens superiores dos meatos acústicos externos es-
tejam no mesmo plano horizontal, denominado plano orbitomeático.
O plano horizontal (orbitomeático) foi aceito como padrão num congresso de
antropologia em Frankfurt, em 1884. Ele passa, precisamente, pelas margens su-
periores dos meatos acústicos externos e pela margem inferior da órbita esquer-
da. O plano orbitomeático corresponde muito bem ao plano horizontal natural
CAPÍTULO 2 15
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do crânio, isto é, com o indivíduo na posição anatômica, com o olhar dirigido
para um espelho vertical, no qual ele fixa suas pupilas (Fig. 2.11).
Fig. 2.8 — Vista superior do crânio: A — ossos nasais; B — osso frontal; C — sutura coronal; D — ponto bregma;
E — osso parietal; F — sutura sagital; G — forame parietal; H — ponto lambda; I — osso occipital.
VISTA SUPERIOR DO CRÂNIO
O crânio é, geralmente, ovóide, quando visto de cima, sendo mais largo atrás
do que na frente. Podem ser identificados quatro ossos: o frontal na frente, o
occipital atrás e os parietais lateralmente. A sutura entre os dois parietais é cha-
mada de interparietal ou sagital. Entre os parietais e o frontal é frontoparietal ou
coronal. Entre os parietais e o occipital é occipitoparietal ou lambdóide. A inter-
seção das suturas coronal e sagital; e sagital e lambdóide são chamadas respecti-
vamente de bregma e lambda. Estes dois pontos no feto, nos primeiros meses de
vida, são membranáceos, sendo chamados de fontículos bregmático e lambdóide,
respectivamente. A eminência parietal é a porção mais convexa de cada osso
parietal. Poucos centímetros à frente do lambda pode ser encontrado, às vezes,
16 Sistema Esquelético
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um pequeno orifício vascular, o forame parietal, de um ou ambos os lados da
sutura sagital. Ele dá passagem a uma veia emissária que une as veias
extracranianas ao seio sagital superior (Fig. 2.8).
Fig. 2.9 — Vista posterior do crânio: A — sutura sagital; B — ponto lambda; C — sutura lambdóide; D — protuberância
occipital externa; E — processo mastóideo; F — processo estilóide; G — osso parietal; H — osso occipital.
VISTA POSTERIOR DO CRÂNIO
A parte posterior do crânio é composta de porções dos ossos parietais, do
osso occipital e as partes mastóideas dos ossos temporais. As suturas sagital e
lambdóide encontram-se no lambda, que pode, às vezes, no vivente, ser sentido
como uma depressão. As extremidades inferiores da sutura lambdóide encon-
tram-se com as suturas parietomastóidea e occipitomastóidea, de cada lado, num
ponto conhecido como astério. Uma abertura vascular, o forame mastóideo, é
freqüentemente encontrado na mastóide, próximo à sutura occipitomastóidea, e
dá passagem a uma veia emissária do seio sigmóide.
A protuberância occipital externa é uma projeção mediana mais ou menos
entre o lambda e o forame occipital. É palpável no vivente e está, geralmente,
localizada um pouco abaixo da parte mais proeminente da região posterior da
cabeça; por isso, ela não pode ser observada quando o crânio é visto de cima. Seu
CAPÍTULO 2 17
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centro é chamado ínio. Em cada lado da protuberância arqueia-se lateralmente
uma crista curva, a linha nucal superior. Ela marca o limite superior do pescoço.
As linhas supremas da nuca, quando presentes, estão situadas um centímetro
acima das linhas nucais superiores e são mais arqueadas (Figs. 2.9 e 2.17).
Fig. 2.10 — Vista anterior do crânio: A — ponto glabela; B — margem supra-orbital; C — ponto frontotemporal;
D — fissura orbital superior; E — fissura orbital inferior; F — forame infra-orbital; G — pilar zigomático; H — pilar
canino; I — ponto gônio; J — forame mental; K — ponto gnátio; L — ponto zígio; M — incisura supra-orbital.
VISTA ANTERIOR DO CRÂNIO
A vista anterior do crânio apresenta a fronte, as órbitas, as proeminências da
face, o nariz ósseo externo, as maxilas e a mandíbula.
FRONTE
O osso frontal forma o esqueleto da fronte. Embaixo, de cada lado do plano
mediano, ele se articula com os ossos nasais. A interseção do osso frontal com os
ossos nasais é chamada násio. A região acima do násio, entre os arcos supra-
orbitais é chamada glabela. O arco supra-orbital é uma elevação que se estende
lateralmente de cada lado da glabela. As duas metades do osso são separadas até
os seis anos de idade, aproximadamente, pela sutura frontal. Em alguns casos, a
linha de separação persiste no adulto e é conhecida como sutura metópica.
18 Sistema Esquelético
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ÓRBITAS
São duas cavidades ósseas nas quais estão situados os olhos e seus anexos.
Cada órbita apresenta margens superior, inferior, medial e lateral. A margem
superior ou supra-orbital é constituída pelo osso frontal. Sua porção intermédia
é caracterizada pela incisura ou forame supra-orbital, por onde passam vasos
e nervo supra-orbitais. Medialmente à incisura, a margem é cruzada pelos vasos e
nervo supratrocleares. Lateralmente, a margem supra-orbital termina no proces-
so zigomático do frontal que pode ser, facilmente, palpado no vivente.
Observa-se que, em cada margem supra-orbital, o osso frontal dirige-se em
ângulo agudo para trás, dando origem à parte orbital que forma a maior parte do
teto da órbita correspondente.
A margem lateral é constituída pelos ossos zigomático e frontal. A margem
inferior é constituída pela maxila e pelo zigomático. A margem medial, que não
é tão nítida como as outras, é constituída pela maxila, lacrimal e frontal.
Abaixo da margem inferior da órbita, a maxila apresenta uma abertura, o
forame infra-orbital, que dá passagem ao nervo e vasos infra-orbitais.
PROEMINÊNCIAS DA FACE
São formadas pelos ossos zigomáticos. O osso zigomático está situado na
parte inferior e lateral da órbita.
NARIZ ÓSSEO EXTERNO
É formado pelos ossos nasais e pelas maxilas e termina na frente, como aber-
tura piriforme ou abertura anterior do nariz. Através da abertura, a cavidade
nasal pode ser vista, dividida pelo septo nasal em porções direita e esquerda,
cada uma delas é denominada, freqüentemente, cavidade nasal. No plano medi-
ano, a margem inferior da abertura piriforme apresenta a espinha nasal anterior,
um esporão ósseo aguçado formado pela junção das maxilas.
MAXILAS E MANDÍBULA
O crescimento das maxilas e da mandíbula é responsável pelo alongamento
vertical da face entre os seis e doze anos de idade.
Maxila — Consiste de corpo, que contém o seio maxilar, processo zigomático,
processo frontal, processo palatino, que se estende horizontalmente para encon-
trar seu homônimo do lado oposto, formando a maior parte do esqueleto do pala-
to duro e o processo alveolar, que contém os dentes superiores.
O corpo da maxila é piramidal e apresenta uma face nasal ou base, que con-
tribui para a demarcação da parede lateral da cavidade nasal; uma face orbital,
que forma a maior parte do soalho da órbita; uma face infratemporal ou posterior,
uma face anterior, que é coberta pelos músculos faciais e uma extremidade late-
ral ou ápice da pirâmide, que se articula com o osso zigomático.
CAPÍTULO 2 19
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Os dentes superiores estão situados nos processos alveolares das maxilas.
Cristas verticais, correspondentes às raízes dos dentes podem ser vistas,
freqüentemente, na parte anterior do osso. As duas maxilas acham-se unidas no
plano mediano pela sutura intermaxilar.
Mandíbula — Os dentes inferiores estão situados na parte alveolar da mandíbu-
la. Aproximadamente abaixo do segundo pré-molar acha-se o forame mental, que
dá passagem ao nervo e vasos mentais (Fig. 2.10).
Fig. 2.11 — Vista lateral do crânio: A — ponto bregma; B — linha curva temporal superior; C — linha curva
temporal inferior; D — ponto ptério; E — ponto frontotemporal; F — ponto glabela; G — ponto násio; H — plano
orbitomeático (horizontal de Frankfurt); I — ponto orbital; J — pilar canino; K — ponto nasoespinhal; L — ponto
interdental superior; M — ponto interdental inferior; N — ponto gnátio; O — forame mental; P — ponto gônio;
Q — ponto zigomaxilar; R — pilar zigomático; S — pilar pterigóideo; T — ponto condílio lateral; U — ponto ínio;
V — ponto pório; W — ponto astério; X — ponto lambda.
VISTA LATERAL DO CRÂNIO
A face lateral do crânio apresenta certas porções do osso temporal e as fossas
temporal e infratemporal.
FOSSA TEMPORAL
A linha curva temporal superior, na qual se insere a fáscia temporal, inicia-
se no processo zigomático do frontal. Ela se arqueia para trás através dos ossos
frontal e parietal, a uma distância variável da sutura sagital. A parte posterior da
linha temporal superior, que é indistinta, une-se a uma crista do osso temporal
20 Sistema Esquelético
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denominada crista supramastóidea. A porção média da linha temporal é usual-
mente dupla, sendo que a linha inferior indica o limite do músculo temporal. A
fossa temporal, na qual está localizado o músculo temporal, é delimitada pela
linha temporal superior, em cima, e pelo arco zigomático embaixo. Sua parede
medial, que dá origem ao músculo temporal, é constituída de porções do parietal,
do frontal, da asa maior do esfenóide e da parte escamosa do osso temporal. A
área em que estes quatro ossos se aproximam é conhecida como ptério.
FOSSA INFRATEMPORAL
É um espaço de configuração irregular, situado atrás da maxila. Medialmente
à sua comunicação com a fossa temporal, o teto da fossa infratemporal é consti-
tuído pela superfície infratemporal da grande asa do esfenóide e uma pequena
parte do temporal. Medialmente, a fossa infratemporal é delimitada pela lâmina
lateral do processo pterigóide do esfenóide; lateralmente pelo ramo da mandíbu-
la e face medial do arco zigomático e anteriormente pela tuberosidade maxilar.
A fossa infratemporal comunica-se com a fossa pterigopalatina medialmente
por meio da fissura pterigopalatina, que dá passagem à artéria maxilar.
FOSSA PTERIGOPALATINA
É assim denominada porque está situada entre as lâminas do processo
pterigóide do esfenóide e o osso palatino. Ela está localizada sob o ápice da órbi-
ta. Abaixo da fissura pterigopalatina, a lâmina lateral do processo pterigóide pa-
rece encontrar-se com a tuberosidade maxilar, mas na realidade está separada
pelo processo piramidal do palatino (Fig. 2.11).
Fig. 2.12 — Vista inferior do crânio: A — ponto bucal; B — forame incisivo; C — sutura intermaxilar; D — ponto
zigomaxilar; E — forame palatino maior; F — ponto zígio; G — ponto estafílio; H — ponto básio; I — côndilo
occipital; J — ponto opístio; K — ponto ínio.
CAPÍTULO 2 21
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VISTA INFERIOR DO CRÂNIO
A face inferior do crânio apresenta certas porções do osso occipital, esfenóide,
temporais, zigomáticos, palatinos e maxilas (Fig. 2.12).
OSSO FRONTAL (ÍMPAR)
Posição — Escama para cima, com a face convexa para a frente e a porção aplana-
da que possui uma grande incisura para baixo e para trás.
Situação — Está situado na porção anterior do crânio, em cima do maciço facial.
Distinguimos neste osso duas porções, uma superior e outra inferior. A porção
superior, vertical, forma parte da calvária; a outra inferior, horizontal, forma um
ângulo agudo com a margem inferior da porção vertical e se dirige para trás.
O osso frontal apresenta três faces: uma externa ou anterior, uma interna,
cerebral ou posterior e uma face orbital ou inferior e três margens: uma supra-
orbital, uma parietal e uma esfenoidal.
Fig. 2.13 — Osso frontal (face externa): A — margem coronal; B — túber frontal; C — face temporal; D — processo
zigomático; E — incisura supra-orbital; F — espinha nasal; G — forame supra-orbital; H — crista lateral do frontal.
Face externa ou anterior
É convexa, com exceção de uma pequena porção lateral que entra na formação
da fossa temporal. Esta face apresenta no plano mediano, logo acima da incisura
nasal, os vestígios da sutura metópica; nesta mesma porção encontramos uma emi-
nência chamada glabela; uma elevação romba, o arco supra-orbital, que prolonga
para fora e um pouco para cima a extremidade lateral correspondente da glabela;
em cima do arco supra-orbital, uma eminência redonda e lisa, o túber frontal;
22 Sistema Esquelético
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freqüentemente um sulco vascular produzido por um ramo da artéria supra-orbital
corre na vertente inferior e lateral do túber frontal; uma crista curva de concavidade
posterior chamada crista lateral do frontal, que continua para cima e para trás o
processo zigomático do frontal, formando a porção anterior da linha temporal su-
perior; uma pequena face atrás da crista lateral pertencente à fossa temporal, na
qual se originam os feixes anteriores do músculo temporal (Fig. 2.13).
Fig. 2.14 — Osso frontal (face interna): A — margem coronal; B — fossa frontal; C — processo zigomático; D —
espinha nasal; E — forame cego; F — crista frontal; G — sulco seio sagital superior.
Face interna, cerebral ou posterior
Esta face é côncava. No plano mediano se observa imediatamente por cima
da incisura etmoidal o forame cego que conduz a um canal fechado em fundo de
saco. Em cima do forame cego se vê uma aresta aguda chamada crista frontal. A
crista frontal, mais acima, se bifurca e limita então o sulco do seio sagital superior.
A cada lado deste sulco se vê freqüentemente umas depressões de forma e di-
mensões variáveis chamadas fovéolos granulares para as granulações aracnóides.
Aos lados da incisura etmoidal se vêem duas superfícies convexas, são os túberes
orbitais. O túber orbital está coberto de depressões irregulares, as impressões dos
giros cerebrais, e de elevações alongadas que as separam, chamadas relevo das
incisuras cerebrais. Em cima dos túberes orbitais se encontram as fossas frontais,
que estão em relação com os lobos frontais do cérebro e correspondem aos túberes
frontais da face externa (Fig. 2.14).
Face orbital
Esta face apresenta no plano mediano a incisura etmoidal, ampla, retangular
e circunscrita por uma superfície em forma de ferradura, a superfície etmoidal.
CAPÍTULO 2 23
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Da parte média desta superfície se desprende imediatamente por trás
da incisura nasal um processo longo, a espinha nasal do frontal. Tem a forma de
uma pirâmide triangular de base superior e vértice inferior. Das três faces
da espinha, a anterior rugosa se articula com a face posterior dos ossos nasais. As
duas póstero-laterais são lisas, côncavas e contribuem para a formação da parede
superior das fossas nasais; estão separadas uma da outra por uma aresta média
posterior que se articula com a lâmina vertical do etmóide.
A incisura etmoidal está limitada lateralmente por duas superfícies alongadas
de diante para trás, cheias de cavidades separadas por delgadas lamínulas ósse-
as. Estas cavidades são semicélulas frontais que completam com as semicélulas
etmoidais, as células frontoetmoidais.
Observa-se também nestas superfícies dois sulcos ligeiramente oblíquos para
dentro e para a frente, que se transformam em canais chamados canais etmoidais
(anterior e posterior), pelos sulcos correspondentes que apresenta a face superior
do labirinto etmoidal (Fig. 2.10).
Aos lados da zona etmoidal encontram-se duas superfícies côncavas, lisas,
triangulares, chamadas fossas orbitais. A concavidade destas fossas não é regu-
lar. Está mais acentuada: 1 — lateralmente, onde se observa uma depressão cha-
mada fossa lacrimal, onde se aloja a glândula lacrimal; 2 — medialmente, onde
existe uma pequena escavação, a fóvea troclear, na qual se insere a polia de refle-
xão do músculo oblíquo superior. Existe às vezes na fóvea, uma espinha chama-
da espinha troclear.
Margem parietal
É um segmento semicircular, é denteada e se articula com os ossos parietais
(Fig. 2.8).
Margem esfenoidal
Lateralmente está cortada em bisel pela tábua externa e se articula com a asa
maior do esfenóide e inferiormente a com a asa menor do esfenóide (Fig. 2.11).
Margem supra-orbital
Distingue-se no plano mediano uma incisura denteada que se articula
com os ossos nasais medialmente e com os processos frontais das maxilas
lateralmente.
Lateralmente à incisura nasal encontram-se os arcos supra-orbitais, que for-
mam a cada lado a margem superior da órbita. Os arcos supra-orbitais apresen-
tam na sua porção intermédia uma incisura ou um forame chamado supra-orbital
por onde passam nervo e vasos supra-orbitais. O arco supra-orbital termina por
fora em uma eminência prismática triangular, o processo zigomático do frontal
que se articula com o processo frontal do zigomático (Fig. 2.10).
24 Sistema Esquelético
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Conexões
Posteriores — Parietais e esfenóide (Figs. 2.8 e 2.42).
Inferiores — Nasais, maxilas, lacrimais, etmóide e zigomáticos (Figs. 2.10 e 2.46).
Origens musculares
Orbiculares dos olhos, corrugadores dos supercílios, elevadores do lábio
superior e das asas do nariz, oblíquos superiores (origens funcionais) e tempo-
rais (Figs. 4.2, 4.9 e 4.13).
OSSO PARIETAL (PAR)
Posição — A face côncava para o plano mediano e o ângulo mais agudo do qual
irradiam sulcos vasculares, para baixo e para adiante.
Situação — Situado aos lados do plano mediano, na parte súpero-lateral do crâ-
nio, atrás do frontal, à frente do occipital e acima do temporal.
Tem duas faces, uma externa ou lateral, e outra interna, medial ou cerebral,
quatro margens e quatro ângulos.
Fig. 2.15 — Osso parietal esquerdo (face externa): A — margem sagital; B — ângulo occipital; C — margem occipital;
D — ângulo mastóideo; E — margem temporal; F — ângulo esfenoidal; G — margem frontal; H — ângulo frontal.
Face externa
É convexa e inferiormente apresenta duas linhas curvas concêntricas, as li-
nhas temporais superior e inferior. A primeira dá origem à fáscia temporal; a
CAPÍTULO 2 25
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segunda ao músculo temporal. Por cima da linha curva temporal superior a su-
perfície do parietal é lisa, convexa, e sua parte média, mais saliente, chama-se
túber parietal. Próximo à margem sagital do parietal, um pouco à frente de sua
margem occipital, se vê o forame parietal, que se abre na cavidade craniana e dá
passagem à veia emissária parietal (Figs. 2.8 e 2.15).
Fig. 2.16 — Osso parietal esquerdo (face interna): A — margem sagital; B — ângulo occipital; C — margem
occipital; D — ângulo mastóideo; E — margem temporal; F — ângulo esfenoidal; G — margem frontal; H — ângulo
frontal; I — sulco da artéria meníngea média.
Face interna
Esta face é côncava, apresenta sulcos vasculares ramificados, dirigidos do
ângulo ântero-inferior para a margem sagital. Por estes sulcos seguem os ramos
da artéria meníngea média. A face cerebral está deprimida na porção média, esta
depressão chama-se fossa parietal e está em relação com o lobo parietal do cére-
bro. Ao longo da margem superior se encontra um semi-sulco que se une ao
parietal oposto, formando assim o sulco do seio sagital superior. Aos lados deste
sulco, o parietal apresenta pequenas depressões, que são os fovéolos granulares
para as granulações aracnóides (Fig. 2.16).
Margem sagital
É denteada e se articula com a margem correspondente do parietal oposto,
formando a sutura sagital (Fig. 2.8).
Margem temporal
É côncava, cortada em bisel por sua tábua externa e se articula com a escama
do temporal (Fig. 2.11).
26 Sistema Esquelético
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Margem frontal
Articula-se com o frontal, formando a sutura coronal (Fig. 2.8).
Margem occipital
Articula-se com a escama do occipital, formando a sutura lambdóide (Fig. 2.9).
Ângulo frontal
Corresponde à união das suturas coronal e sagital. Este ponto de união cha-
ma-se bregma (Fig. 2.8).
Ângulo occipital
Está na união das suturas sagital e lambdóide. Este ponto chama-se lambda
(Fig. 2.9).
Ângulo esfenoidal
Está na união frontal, parietal, asa maior do esfenóide e temporal. Este ponto
chama-se ptério (Fig. 2.11).
Ângulo mastóideo
Está na união das porções escamosa e mastóidea do temporal, parietal e
occipital. Este ponto chama-se astério (Fig. 2.11).
Conexões
Anterior — Frontal (Fig. 2.8).
Posterior — Occipital (Fig. 2.9).
Inferiores — Temporal e esfenóide (Fig. 2.11).
Súpero-medial — Parietal oposto (Fig. 2.8)
Origem muscular — Músculo temporal (Fig. 4.14).
OSSO OCCIPITAL (ÍMPAR)
Posição — Para a frente a face côncava da escama e para baixo o forame magno
ou occipital, colocando-se quase horizontalmente.
Situação — Está situado na parte média, posterior e inferior do crânio. Tem a
forma de um segmento de esfera. O occipital está atravessado na sua parte inferior
por um orifício ovalado chamado forame magno ou occipital. Este forame põe em
CAPÍTULO 2 27
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comunicação a cavidade craniana com o canal raquídeo e dá passagem ao bulbo,
artérias vertebrais e aos nervos acessórios.
No occipital encontramos quatro porções: 1 — uma anterior e inferior cha-
mada parte basilar; 2 — duas laterais que são as partes laterais, limitam lateral-
mente o forame magno; 3 — por fim, uma porção posterior e superior à escama
do occipital.
Parte basilar
A parte basilar é quadrilátera e apresenta duas faces e quatro margens.
Face inferior ou exocraniana
Apresenta, no plano mediano, na união do terço posterior com os dois ter-
ços anteriores, o tubérculo faríngeo, no qual se insere a aponeurose faríngea. A
cada lado do plano mediano existem duas cristas curvas de concavidade ante-
rior, uma posterior e outra anterior. A crista posterior ou muscular parte do
tubérculo faríngeo e dá origem ao músculo reto anterior menor. A anterior in-
constante chama-se crista sinostósica e está situada um pouco à frente da crista
posterior. Diante da crista sinostósica encontra-se uma depressão para origem
do músculo reto anterior maior (Fig. 2.17).
Face superior ou endocraniana
Está inclinada para baixo e para trás e apresenta um longo sulco chamado
clivus ou canal basilar. Corresponde ao bulbo e à ponte (Figs. 2.18 e 2.42).
Margens laterais
Estão unidas ao rochedo do temporal por fibrocartilagem. Do seu lábio supe-
rior corre um sulco em relação com o seio petroso inferior (Fig. 2.42).
Margem anterior
Está soldada ao corpo do esfenóide, no adulto (Fig. 2.42).
Margem posterior
Forma o limite anterior do forame magno (Fig. 2.42).
PARTES LATERAIS
Estão situadas aos lados do forame occipital. Cada uma delas apresenta duas
faces, duas margens e duas extremidades.
28 Sistema Esquelético
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Face externa
Encontra-se uma eminência articular convexa elíptica, que é o côndilo
occipital, que se articula com o atlas (primeira vértebra cervical). À frente e por
fora do côndilo se vê a fossa condilar anterior, no fundo da qual se abre o canal
do hipoglosso, por onde passa o nervo hipoglosso (XII par craniano). Atrás do
côndilo se vê a fossa condilar posterior, onde nasce o canal condilar (inconstan-
te) para uma veia emissária. Enfim, por fora do côndilo se estende uma superfície
rugosa para origem do músculo reto lateral (Fig. 2.17).
Face interna
Nesta face encontram-se: 1 — à frente uma eminência, o tubérculo occipital,
escavado por um sulco que seguem os nervos glossofaríngeo, vago e acessório
para se dirigir ao forame jugular; 2 — atrás e abaixo, o forame interno do canal do
hipoglosso, que dá passagem ao nervo hipoglosso; 3 — por trás e por fora do
tubérculo, junto ao processo jugular do occipital, a curta porção terminal do
sulco do seio sigmóide (Fig. 2.42).
Margem medial
Limita lateralmente o forame occipital (Fig. 2.42).
Margem lateral
Está dividida em duas partes pelo processo jugular; este se articula com a
superfície jugular do temporal. Atrás dele, a margem é rugosa e se une à porção
mastóidea do temporal. Diante dele, a margem lateral forma o limite medial do
forame jugular (Fig. 2.18).
Este forame, compreendido entre o rochedo do temporal e o occipital, está
subdividido em duas partes, uma anterior e outra posterior, por duas elevações
agudas, as espinhas jugulares. Estas espinhas nascem uma do rochedo e outra do
occipital e estão unidas por um feixe fibroso. A parte posterior do forame jugular
corresponde à origem da veia jugular interna. A porção anterior está subdividida
por um tabique fibroso em dois segmentos, um posterior, por onde passam os
nervos vago e acessório; outro anterior, atravessado pelo nervo glossofaríngeo, e,
diante deste nervo, pelo seio petroso inferior. Ainda passam por este forame: a
artéria meníngea posterior, ramo da faríngea ascendente, e um ramo meníngeo
da artéria occipital.
PARTE ESCAMOSA
Possui duas faces e duas margens.
CAPÍTULO 2 29
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Face externa
Na parte média desta face nota-se uma eminência rugosa, a protuberância
occipital externa. Da protuberância parte a crista occipital externa, que se
estende de cima para baixo até a margem posterior do forame occipital. Da
protuberância occipital externa e da parte média da crista occipital se des-
prendem a cada lado duas cristas transversais rugosas côncavas, para a fren-
te, as linhas superior e inferior da nuca (Fig. 2.17).
Face interna
No plano mediano há uma elevação, a protuberância occipital interna, situa-
da no mesmo nível da protuberância occipital externa.
Da protuberância occipital interna partem: 1 — dois sulcos horizontais, um de
cada lado, que são os sulcos dos seios transversos; 2 — um sulco vertical e ascenden-
te para o seio sagital superior; 3 — uma crista vertical, descendente à crista occipital
interna, que se bifurca na proximidade do forame magno, cujos dois ramos se per-
dem nas margens deste forame, limitando uma depressão chamada fóvea vermiana.
Os sulcos dos seios e a crista occipital interna dividem a face interna da
escama em quatro fossas occipitais: duas superiores ou cerebrais em contato com
os lobos occipitais do cérebro e duas inferiores ou cerebelares em contato com o
cerebelo (Fig. 2.18).
Fig. 2.17 — Osso occipital (face externa): A — linha nucal suprema; B — linha nucal superior; C — linha nucal inferior;
D — forame magno; E — côndilo occipital; F — parte basilar; G — crista occipital externa; H — protuberância occipital
externa.
30 Sistema Esquelético
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Margem lambdóidea
Articula-se com os parietais (Fig. 2.9).
Margem mastóidea
Articula-se com as mastóides dos temporais (Fig. 2.9).
Conexões
Anterior — Esfenóide (Fig. 2.12).
Ântero-superiores — Parietais (Fig. 2.9).
Anterolaterais — Temporais (Fig. 2.42).
Inferior — Atlas (primeira vértebra cervical ) (Fig. 2.12).
Origens musculares
Na escama: esternocleidomastóideo, occipital, trapézio, esplênio da cabeça,
complexo maior, reto posterior menor, reto posterior maior, oblíquo superior ou
Fig. 2.18 — Osso occipital (face interna): A — margem lambdóide; B — sulco do seio sagital superior; C — fossa
cerebral; D — sulco do seio transverso; E — crista occipital interna; F — processo jugular; G — parte basilar; H —
fossa cerebelar; I — protuberância occipital interna.
CAPÍTULO 2 31
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menor; no processo jugular: reto lateral; na parte basilar: reto anterior menor,
reto anterior maior e constritor superior da faringe.
OSSO ESFENÓIDE (ÍMPAR)
Posição — Para cima, horizontalmente, a parte lisa das asas menores, e para a
frente sua margem cortante e denteada.
Situação — Está situado na parte média da base do crânio, entre o etmóide e o
frontal, que estão diante dele e o occipital e os temporais que estão por trás.
Observa-se no esfenóide: o corpo, de onde partem a cada lado três processos.
Destes três processos, os dois laterais são as asas menores e as asas maiores. Os
terceiros, verticalmente descendentes, chamam-se processos pterigóides.
Fig. 2.19 — Osso esfenóide (vista posterior): A — sulco pré-quiasmático; B — processo clinóide posterior; C — asa
menor; D — asa maior; E — forame redondo; F — espinha do esfenóide; G — lâmina lateral do processo pterigóide;
H — hâmulo pterigóideo; I — lâmina medial do processo pterigóide; J — lâmina quadrilátera; K — forame oval; L —
fissura orbital superior; M — processo clinóide anterior; N — canal óptico.
Corpo do esfenóide
É irregularmente cúbico e apresenta seis faces.
Face superior
Observa-se na sua porção mais anterior uma superfície lisa chamada emi-
nência esfenoidal. A eminência esfenoidal está ligeiramente deprimida aos lados
do plano mediano em forma de sulco que se continua com o sulco olfatório do
etmóide. O prolongamento anterior da eminência esfenoidal articula-se com o etmóide
e se chama processo etmoidal do esfenóide. Na porção mais posterior da eminên-
cia esfenoidal se encontra um sulco transversal chamado sulco pré-quiasmático,
32 Sistema Esquelético
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que se continua lateralmente com o canal óptico, escavado na base das asas me-
nores. O sulco pré-quiasmático está limitado por trás por uma crista transversal,
o tubérculo da sela. Este tubérculo limita pela frente a fossa hipofisária, chamada
também sela turca. Ela contém a glândula hipófise ou pituitária. A vertente pos-
terior está formada pela lâmina quadrilátera. A face posterior desta lâmina é
rugosa, plana, inclinada para baixo e para trás em continuidade com o clivus do
occipital. A sua margem superior se prolonga para os lados por duas elevações
chamadas processos clinóides posteriores (Fig. 2.19).
Fig. 2.20 — Osso esfenóide (vista anterior): A — crista esfenoidal anterior; B — face temporal; C — forame redondo;
D — lâmina lateral do processo pterigóide; E — hâmulo pterigóideo; F — lâmina medial do processo pterigóide;
G — crista esfenoidal inferior; H — canal pterigóideo; I — forame espinhoso; J — crista zigomática; K — fissura
orbital superior; L — seio esfenoidal.
Face anterior
Apresenta: 1 — uma crista vertical, a crista esfenoidal anterior ou crista etmoidal
do esfenóide, que se une à margem posterior da lâmina perpendicular do etmóide;
2 — a cada lado da crista, o forame de entrada do seio esfenoidal; 3 — uma superfície
lateral com semicélulas esfenoidais que se articulam com a face posterior do labirin-
to etmoidal e com a superfície esfenoidal do processo orbital do palatino (Fig. 2.20).
Face inferior
Constitui a porção mais posterior do teto das fossas nasais. Apresenta no
plano mediano a crista esfenoidal inferior; sua extremidade anterior, muito sali-
ente, chama-se rostro esfenoidal e se encontra com a crista esfenoidal anterior. A
crista esfenoidal inferior corresponde ao sulco compreendido entre as asas do
vômer. Porém, a adaptação não é perfeita e os ossos deixam entre si o canal esfeno-
vomeriano.
CAPÍTULO 2 33
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Face posterior
É uma superfície quadrilátera desigual, pela qual o esfenóide se une ao
occipital. Estes ossos se soldam muito cedo (entre 16 e 18 anos) e no adulto,
geralmente, desaparece o vestígio da soldadura (Fig. 2.19).
Faces laterais
Das faces laterais do corpo do esfenóide nascem: acima e à frente as asas
menores; abaixo e atrás as asas maiores. O espaço compreendido entre a raiz
inferior da asa menor e a raiz superior da asa maior corresponde à extremidade
medial da fissura orbital superior. Pela frente da fissura, a face lateral é lisa e
constitui a parte mais posterior da parede medial da órbita. Por cima e por trás da
raiz da asa maior se observa um sulco contornado em S, é o sulco do seio caver-
noso ou sulco carótico (Fig. 2.19).
ASAS MENORES
São duas lâminas horizontais, triangulares, de vértice lateral, situadas aos
lados da parte anterior e superior do corpo do esfenóide (Fig. 2.19).
Face superior
Plana e lisa, continua-se pela frente com a face superior das lâminas orbitais
do frontal (Fig. 2.42).
Face inferior
Forma a parte mais profunda do teto da órbita e limita por cima a fissura
orbital superior. A margem anterior, cortada em bisel por sua porção inferior,
articula-se com as lâminas orbitais do frontal. A margem posterior é livre e se
prolonga medialmente em uma eminência chamada processo clinóide anterior
(Fig. 2.19).
ASAS MAIORES
Têm origem na porção póstero-inferior das faces laterais do corpo.
Face cerebral
Esta face é côncava e apresenta na porção mais próxima do corpo três forames
que são: o mais anterior forame redondo, por onde passa o nervo maxilar; o mé-
dio forame oval, por onde passam o nervo mandibular e a artéria meníngea me-
nor; o mais posterior é o forame espinhoso situado na espinha do esfenóide, que
dá passagem à artéria meníngea média e um ramo meníngeo do nervo mandibu-
34 Sistema Esquelético
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lar. No resto de sua extensão, a face cerebral está coberta pelas impressões dos
giros e relevos das incisuras cerebrais (Fig. 2.19).
Face externa
Esta face está dividida pela crista zigomática em duas porções: orbital e tem-
poral. A crista zigomática, vertical, articula-se com a margem póstero-medial do
processo esfenoidal ou orbital do osso zigomático e, inferiormente, ainda apre-
senta a face infratemporal (Fig. 2.20).
Face orbital
Está voltada para a frente e medialmente e toma parte na constituição da
parede lateral da órbita. É plana e triangular (Fig. 2.20).
Face temporal
Forma parte da fossa temporal e dá origem ao músculo temporal (Fig. 2.20).
Face infratemporal
Constitui a parede superior da fossa infratemporal e dá origem à cabeça su-
perior do músculo pterigóideo lateral (Fig. 2.12).
Margem frontal
Articula-se com o frontal (Fig. 2.11).
Margens parietais
Articulam-se com os parietais (Fig. 2.11).
Margens temporais
Articulam-se com os temporais (Fig. 2.11).
Margens zigomáticas
Articulam-se com os zigomáticos (Fig. 2.10).
Processos pterigóides
Os processos pterigóides implantam-se na face inferior do esfenóide por duas
lâminas a cada lado, uma medial e outra lateral. A lâmina medial nasce da face
CAPÍTULO 2 35
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inferior do corpo do esfenóide. A lâmina lateral, mais volumosa, se desprende da
asa maior (Figs. 2.19 e 2.20).
As duas lâminas, separadas primeiro uma da outra, se reúnem um pouco
mais abaixo de sua origem e circunscrevem um canal anteroposterior, o canal
pterigóideo.
Por baixo do canal pterigóideo cada raiz se continua para baixo como uma
lâmina óssea. As duas lâminas se unem por suas margens anteriores na metade
superior de sua altura e formam um ângulo diedro aberto para trás que contribui
para formar a fossa pterigóidea, onde se origina o músculo pterigóideo medial
(Figs. 2.19 e 4.15).
Na metade inferior, as duas lâminas se separam uma da outra, ao mesmo
tempo que se estreitam gradualmente para baixo. Limitam assim uma incisura
triangular, a incisura pterigóidea, ocupada pelo processo piramidal do osso
palatino.
A face anterior do processo pterigóide forma a parede posterior da fossa
pterigopalatina. Em sua extremidade superior vê-se o forame anterior do canal
pterigóideo.
A face posterior constitui a fossa pterigóidea. Na parte súpero-medial da fos-
sa pterigóidea se observa uma pequena depressão, a fossa escafóide, na qual se
origina o músculo tensor do véu palatino.
Conexões
Anteriores — Etmóide, frontal e palatinos (Figs. 2.42 e 2.44).
Posterior — Occipital (Figs. 2.12 e 2.42).
Superiores — Parietais (Fig. 2.11).
Ântero-inferior — Vômer (Fig. 2.43).
Anterolaterais — Zigomáticos (Fig. 2.10).
Póstero-laterais — Temporais (Fig. 2.11).
Origens musculares
Nas asas maiores, os músculos temporais e pterigóideos laterais. Nas asas
menores, os músculos elevadores das pálpebras superiores, oblíquos superiores,
retos superiores, retos inferiores, retos laterais e retos mediais. E, nos processos
pterigóides, os músculos pterigóideos mediais, pterigóideos laterais, constritor
superior da faringe e tensores do véu palatino.
OSSO ETMÓIDE (ÍMPAR) (FIG. 2.21)
Posição — A face crivada de pequenos forames, para cima horizontalmente, e a
eminência triangular desta face (crista galli) para frente e para cima.
36 Sistema Esquelético
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Situação — Está situado debaixo da porção horizontal do frontal, na parte ante-
rior e média da base do crânio. Ocupa a incisura etmoidal do frontal.
O etmóide está constituído por quatro porções: 1 — uma lâmina óssea verti-
cal, anteroposterior; 2 — uma lâmina horizontal que corta a vertical próximo à
sua extremidade superior; 3 — dois labirintos ou massas laterais colocados nas
extremidades laterais da lâmina horizontal.
Fig. 2.21 — Osso etmóide (corte frontal esquemático): A — lâmina crivosa; B — crista galli; C — concha nasal
suprema; D — concha nasal superior; E — células etmoidais; F — concha nasal média: G — lâmina perpendicular.
LÂMINA VERTICAL OU PERPENDICULAR
Está dividida pela lâmina horizontal em duas porções: uma superior, crista
galli, que sobressai na cavidade craniana; a outra inferior é a lâmina vertical
propriamente dita, que forma parte do septo nasal. É delgada e freqüentemente
desviada para um dos lados; é pentagonal. Suas faces estão escavadas por sulcos
vasculonervosos numerosos, principalmente próximo à sua margem superior. A
margem anterior se articula por cima com a aresta posterior da espinha nasal do
frontal e por baixo, com os ossos nasais. A margem ântero-inferior se une à carti-
lagem do septo nasal. A margem posterior se articula com a crista esfenoidal
anterior ou etmoidal do esfenóide. A margem póstero-inferior se une à margem
ântero-superior do vômer. A margem superior se confunde com a lâmina hori-
zontal do etmóide (Fig. 2.43).
Crista galli
É um processo triangular, suas faces laterais são convexas. A base se une à
lâmina horizontal. A margem posterior termina no limite posterior do etmóide,
atenuando-se progressivamente. A margem anterior possui duas cristas laterais
CAPÍTULO 2 37
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chamadas processos alares, que se articulam com o frontal. Estes processos limi-
tam o forame cego. O vértice da crista galli dá inserção à foice do cérebro (forma-
ção dural que separa os hemisférios cerebrais) (Figs. 2.42 e 2.43).
LÂMINA CRIVOSA
É quadrilátera e se estende de uma margem à outra da incisura etmoidal do
frontal. Sua face superior, endocranial, está dividida pela crista galli em duas
porções laterais sulcadas de diante para trás, são os sulcos olfatórios. Na parte
anterior destes sulcos há uma depressão em relação com o bulbo olfatório. Cada
um destes sulcos está crivado de pequenos orifícios que dão passagem aos filetes
do nervo olfatório (Fig. 2.42).
Ao lado da crista galli existe uma fenda etmoidal que dá passagem a um
prolongamento da dura-máter. Por fora desta fenda, encontra-se o forame
etmoidal anterior, que dá passagem ao nervo etmoidal anterior e à artéria etmoi-
dal anterior.
A face inferior da lâmina crivosa forma parte do teto das fossas nasais.
Labirintos etmoidais ou massas laterais
Estão pendentes das margens laterais da lâmina crivosa. Cada labirinto pode
ser comparado a um cubo irregular, logo pode-se considerar nele seis faces.
FACE SUPERIOR
Prolonga lateralmente a face superior da lâmina crivosa e se articula com a
superfície etmoidal do frontal. Está ocupada por semicélulas etmoidais que,
completadas pelas semicélulas frontais, formam as células frontoetmoidais.
Apresenta dois sulcos, um anterior e outro posterior; estes sulcos formam os
canais etmoidais anterior e posterior, unindo-se aos sulcos correspondentes do
frontal. Os canais etmoidais se abrem lateralmente, na cavidade orbital, no
nível da sutura que une o etmóide ao frontal; pelo canal etmoidal anterior pas-
sam os vasos e o nervo etmoidais anteriores; pelo posterior passam os vasos e o
nervo etmoidais posteriores.
FACE ANTERIOR
Articula-se com a parte superior da face medial do osso lacrimal e também
por sua parte superior, com a face medial do processo frontal da maxila.
FACE INFERIOR
Articula-se com a parte mais superior da face medial da maxila e com a face
etmoidal do processo orbital do palatino.
38 Sistema Esquelético
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FACE POSTERIOR
Articula-se com a face anterior do corpo do esfenóide.
FACE LATERAL
É quadrilátera, lisa e quase vertical, apresenta uma lâmina plana, muito del-
gada, chamada lâmina orbital, porque forma parte da parede medial da órbita
(Fig. 2.46).
FACE MEDIAL
É muito irregular e dá origem a umas lâminas ósseas encurvadas chamadas
conchas nasais média, superior e suprema (inconstante). As conchas limitam
com a porção correspondente da face medial do labirinto, uns espaços chamados
meatos (Fig. 2.21).
Da extremidade anterior do meato médio se desprende uma lâmina óssea
delgada, o processo uncinado, que lembra o aspecto de uma adaga. Por trás do
processo uncinado, a parede externa do meato médio está elevada por uma célu-
la etmoidal, formando uma eminência chamada bulha ou bolha etmoidal.
Conexões
Superior — Frontal (Fig. 2.46).
Inferiores — Palatinos, conchas nasais inferiores e vômer (Figs. 2.43 e 2.44).
Anteriores — Frontal e nasais (Figs. 2.42 e 2.43).
Posterior — Esfenóide (Figs. 2.42 e 2.43).
Laterais — Maxilas e lacrimais (Fig. 2.46).
OSSO TEMPORAL (PAR)
Posição — Para cima a parte do osso em forma de escama, com a face convexa
para fora, na qual se destaca um processo encurvado; e para a frente a extremida-
de livre deste processo.
Situação — Localiza-se na parte inferior e lateral do crânio, atrás do esfenóide,
diante e por fora do occipital e abaixo do parietal.
O temporal compreende as seguintes partes: escamosa, timpânica, estilóide,
mastóidea e petrosa.
Parte escamosa
É uma delgada lâmina óssea situada vertical e lateralmente no crânio.
Ela apresenta uma superfície cerebral medial e, lateralmente, uma superfí-
cie temporal.
CAPÍTULO 2 39
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O processo zigomático estende-se para a frente da parte escamosa a fim de se
articular com o processo temporal do osso zigomático e, assim, contribuir para
formar o arco zigomático. O arco, acompanhado para trás, mostra ser dividido
em duas raízes. A anterior continua-se com a eminência articular, uma elevação
lisa situada na frente de uma profunda concavidade conhecida como fossa man-
dibular. Tanto a fossa quanto a eminência são amplas porções da parte escamosa
do temporal. Suas margens dão inserção à cápsula da articulação temporo-
mandibular (ATM). O côndilo da mandíbula ocupa a fossa mandibular quando a
boca está fechada e descansa sob a eminência articular quando está aberta. A raiz
posterior do arco zigomático continua-se com a crista supramastóidea. A porção
da raiz posterior, situada imediatamente adiante do meato acústico externo, é
denominada eminência retroarticular (Fig. 2.22).
Parte timpânica
Está constituída por uma lâmina timpânica curva que está fundida posterior-
mente, com as partes mastóidea e petrosa, e constitui uma bainha para o proces-
so estilóide. Sua parte superior forma o soalho e a parte anterior do meato acús-
tico externo. Na fossa mandibular, a lâmina timpânica está separada da escama
pela fissura timpanoescamosa. A parte medial desta fissura é, em geral, ocupada
por uma porção do tegmen tympani (uma porção do temporal petroso), que cons-
titui a parede anterolateral da parte óssea da tuba auditiva. A fissura é, assim,
dividida em uma fissura petroescamosa, anteriormente, e uma fissura petro-
Fig. 2.22 — Osso temporal (vista lateral): A — face lateral da escama; B — processo zigomático; C — tubérculo
articular; D — fossa mandibular; E — fissura petroescamosa; F — fissura petrotimpânica; G — processo estilóide;
H — incisura mastóidea; I — forame mastóideo; J — meato acústico externo; K — sulco da artéria temporal
profunda posterior.
40 Sistema Esquelético
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timpânica, posteriormente. Esta última permite a saída do nervo corda do tímpa-
no (Fig. 2.22).
Parte estilóide
É constituída pelo processo estilóide, que é uma fina projeção de compri-
mento variável em forma de estilete. Estende-se para baixo e para a frente, inici-
ando-se sob a placa timpânica. Dá origem a três músculos (estiloglosso,
estilofaríngeo e estilo-hióideo) e nele se prendem dois ligamentos (estilomandi-
bular e estilo-hióideo) (Fig. 2.22).
Parte mastóidea
A porção posterior do osso temporal é chamada de mastóide; geralmente,
contém certo número de espaços aéreos, as células mastóideas, que se comuni-
cam com a orelha média por meio do antro mastóideo. A parte mastóidea é carac-
terizada pelo processo mastóideo que se projeta para baixo, facilmente palpável
no vivente. Medialmente a este processo encontramos a incisura mastóidea ou
digástrica, na qual se origina o ventre posterior do músculo digástrico. A incisura
mastóidea leva, anteriormente, ao forame estilomastóideo, pelo qual emerge do
crânio o nervo facial. Medialmente à incisura existe, em geral, um sulco para a
artéria occipital (Fig. 2.22).
Fig. 2.23 — Osso temporal (vista medial): A — face medial da escama; B — eminência arqueada; C — margem
superior do rochedo; D — forame mastóideo; E — incisura jugular; F — canal carótico; G — meato acústico interno;
H — impressão trigeminal; I — sulco da artéria meníngea média.
CAPÍTULO 2 41
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Parte petrosa ou rochedo
Tem a configuração de uma pirâmide triangular. Ela contém a orelha interna
e contribui para delimitar a orelha média. Sua base, dirigida lateralmente, fun-
de-se com as outras partes do osso temporal. Seu ápice está orientado medial e
anteriormente, entre o esfenóide lateralmente, e o occipital medialmente. As três
superfícies são: ântero-superior, póstero-superior, ambas dirigidas para a cavida-
de craniana, e a inferior, que é voltada para fora da cavidade craniana.
Face ântero-superior
Apresenta: 1 — na união dos dois terços anteriores com o terço posterior,
uma eminência chamada arqueada; 2 — na frente dela, o forame do canal facial,
que se continua com um sulco para adiante, por onde passa o nervo petroso
superficial maior, lateralmente a este, um forame menor que se continua com um
sulco também para adiante por onde passa o nervo petroso superficial menor;
3 — na frente destes forames, uma depressão chamada impressão trigeminal,
porque aloja o gânglio trigeminal ou semilunar do nervo trigêmeo; 4 — tegmen
tympani situado na frente e por fora da eminência arqueada, formando a parede
superior da cavidade timpânica (Fig. 2.18).
Face póstero-superior
Apresenta: 1 — na união do terço anterior com o terço médio, o meato acús-
tico interno que se continua com o conduto auditivo interno por onde passam os
nervos intermediofacial e vestibulococlear; 2 — um pouco atrás do meato acústi-
co interno encontramos uma depressão chamada fóvea ungueal, na qual se abre
o forame posterior do aqueduto do vestíbulo (Fig. 2.23).
Face inferior
Apresenta: 1 — a fossa jugular, uma depressão situada medialmente ao pro-
cesso estilóide, constitui um dos limites do forame jugular. Uma pequena abertu-
ra, o canalículo mastóideo, está localizado na parede lateral da fossa jugular e dá
passagem ao ramo auricular do nervo vago; 2 — o canal carótico é um túnel
temporal petroso e dá passagem à artéria carótida interna em sua entrada para a
cavidade craniana. A parte inferior do canal encontra-se imediatamente à frente
da fossa jugular e, assim, a artéria carótida interna penetra na base do crânio,
anteriormente à saída da veia jugular interna que nasce no forame jugular; 3 —
no limite entre a fossa jugular e o canal carótico, encontramos uma pequena
depressão, a fóssula petrosa no fundo da qual encontra-se a abertura do canalículo
timpânico, que dá passagem ao nervo timpânico, ramo do nervo glossofaríngeo;
4 — a área quadrada do temporal petroso, situa-se entre o canal carótico e o
forame lácero. Nela se origina o músculo levantador do véu palatino. O forame
lácero é uma abertura denteada, situada entre o temporal petroso, o corpo e a asa
maior do esfenóide, e a parte basilar do occipital. Ele está fechado por cartilagem
no vivo e se relaciona, inferiormente, com a parte cartilagínea da tuba auditiva;
42 Sistema Esquelético
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5 — o sulco existente entre a área quadrada, medialmente, e a asa maior do
esfenóide, lateralmente, é ocupado no vivo, pela parte cartilagínea da tuba audi-
tiva. A extremidade póstero-lateral do sulco continua-se com dois canais para
dentro do osso temporal. Eles terminam na orelha média (cavidade timpânica). O
inferior é a parte óssea da tuba auditiva e o superior e menor é ocupado pelo
músculo tensor do tímpano.
Conexões
Súpero-medial — Parietal (Fig. 2.11).
Inferior — Mandíbula (Fig. 2.11).
Póstero-medial — Occipital (Fig. 2.11).
Anteriores — Esfenóide e zigomático (Fig. 2.11).
Origens musculares
Escama — Músculo temporal (Fig. 4.14).
Mastóide — Músculos occipital, auricular posterior, esplênio da cabeça, com-
plexo menor, digástrico e esternocleidomastóideo.
Processo Zigomático — Músculos masseter e auricular anterior (Fig. 4.14).
Processo Estilóide — Músculos estiloglosso, estilo-hióideo e estilofaríngeo (Fig. 4.6).
Porção Petrosa ou Rochedo — Músculo levantador do véu palatino (Fig. 4.7).
MAXILA (PAR)
Posição — Para baixo, o processo alveolar; para o plano mediano, a parte cônca-
va deste processo e, para trás, sua extremidade mais grossa.
Situação — Está situado em cima da cavidade bucal, embaixo da cavidade orbital
e por fora das fossas nasais. Toma parte na formação das paredes destas três
cavidades. É um osso volumoso; entretanto, é leve, devido à existência de uma
cavidade, o seio maxilar. O corpo da maxila tem a forma de uma pirâmide trian-
gular cuja base está voltada para medial e o ápice para lateral apresenta três
faces, anterior, superior e posterior. Do corpo partem os processos frontal, para
adiante e para cima; zigomático, para fora; alveolar, para baixo; e palatino para o
plano mediano.
Face anterior
Está em relação com as partes moles da bochecha. Apresenta o forame infra-
orbital, logo abaixo da margem inferior da órbita numa vertical baixada do forame
supra-orbital, uma eminência alveolar mais destacada, deixada pela raiz do cani-
no superior (eminência canina), abaixo do forame infra-orbital, apresenta uma
depressão chamada fossa canina (Fig. 2.24).
CAPÍTULO 2 43
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Face orbital ou superior
É triangular, lisa e constitui a maior parte do soalho da órbita. Da parte
média da margem posterior desta face parte um sulco chamado sulco infra-
orbital, que se dirige para a frente e se continua com o canal infra-orbital.
Este canal dá passagem ao nervo e vasos infra-orbitais. Antes de atingir o
forame infra-orbital, o canal dá um divertículo para baixo, chamado canal
alveolar ântero-superior para o nervo e vasos alveolares ântero-superiores
(Figs. 2.24 e 2.45).
Face infratemporal ou posterior
Forma a parede anterior da fossa infratemporal. É convexa e se chama túber
ou tuberosidade maxilar. Em sua parte média observam-se os forames dos canais
alveolares póstero-superiores, por onde passam os nervos e vasos alveolares
póstero-superiores (Fig. 2.24).
Base da pirâmide, face nasal ou medial
Encontramos uma ampla abertura que dá acesso ao seio maxilar; é o hiato do
seio.
Fig. 2.24 — Maxila (vista lateral): A — processo frontal; B — forame infra-orbital; C — espinha nasal anterior;
D — eminência canina; E — curva zigomático-alveolar; F — tuberosidade da maxila; G — processo zigomático;
H — canal infra-orbital; I — face orbital.
44 Sistema Esquelético
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Em cima do hiato do seio, esta face está escavada por uma ou duas semicélulas
que completam as do etmóide, formando as células maxilo-etmoidais. Na frente
do hiato do seio desce o sulco lacrimal. Da extremidade inferior do lábio anterior
deste sulco, parte uma crista oblíqua para adiante e para baixo, a crista da con-
cha que se articula com a concha nasal inferior. O lábio posterior do sulco lacri-
mal está constituído pela parte mais elevada da margem anterior do hiato do seio
maxilar. Neste nível, a margem anterior do seio se encurva para dentro e para
frente em uma lâmina óssea delgada chamada crista lacrimal, que forma a ver-
tente posterior do sulco lacrimal.
Os dois lábios do sulco lacrimal se articulam com as margens de outro sulco
escavado na face lateral do osso lacrimal, formando o canal lacrimonasal.
Atrás do hiato do seio encontramos um sulco oblíquo para baixo e para a
frente. O osso palatino, articulando-se aí, forma um canal chamado palatino maior,
que interliga a cavidade bucal inferiormente, e com a fossa pterigopalatina, su-
periormente. Este canal dá passagem ao nervo e vasos palatinos maiores.
Estas faces são separadas por margens que são as seguintes: margem ântero-
superior ou infra-orbital, separa a face anterior da face superior; margem póstero-
superior, separa a face superior da face posterior e constitui a margem inferior da
fissura orbital inferior; margem infrazigomática, separa a face anterior da face
posterior e constitui a curva zigomático-alveolar; e a margem anterior limita com
a maxila oposta a abertura anterior das fossas nasais (Fig. 2.25).
Fig. 2.25 — Maxila (vista medial): A — sulco lacrimal; B — hiato maxilar; C — tuberosidade da maxila; D —
processo palatino; E — crista da concha; F — crista etmoidal; G — processo frontal.
CAPÍTULO 2 45
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PROCESSO FRONTAL
É uma lâmina óssea quadrilátera que apresenta duas faces. A face lateral está
dividida por uma crista vertical chamada crista lacrimal anterior, em duas par-
tes, uma anterior e outra posterior. A parte anterior é quase lisa; a posterior está
ocupada por um sulco que contribui para formar o canal lacrimonasal.
A face medial forma parte da parede lateral das fossas nasais. Apresenta em
sua parte média uma crista oblíqua para a frente e para baixo, chamada crista
etmoidal, que se articula a concha nasal média, uma porção do etmóide. Das
quatro margens do processo frontal, a anterior se articula com o osso nasal; a
posterior com o lacrimal; a superior com o frontal e a inferior está soldada à
própria maxila (Fig. 2.25).
PROCESSO ZIGOMÁTICO
Por cima do primeiro molar superior, do corpo da maxila projeta-se para fora
o processo zigomático que acompanha a forma do corpo, ou seja, a forma de uma
pirâmide triangular cujo vértice se articula com o osso zigomático (Fig. 2.24).
Fig. 2.26 — Maxilas e palatinos (vista inferior): A — processo palatino; B — sutura intermaxilar; C — sutura
maxilopalatina; D — forame palatino maior; E — forames palatinos menores; F — lâmina horizontal do osso palatino;
G — espinha nasal posterior; H — alvéolos dentais; I — forame incisivo.
46 Sistema Esquelético
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PROCESSO ALVEOLAR
É côncavo para dentro e para trás, forma com o lado oposto um arco de
concavidade posterior. Está ocupado por cavidades chamadas alvéolos divididos
por septos inter-alveolares. Nestes alvéolos articulam-se os dentes superiores. Os
alvéolos que contêm dentes multirradiculares estão divididos por septos
interradiculares (Fig. 2.26).
PROCESSO PALATINO
É um processo ósseo horizontal que se dirige medialmente e se articula com
o seu homônimo para formar a maior parte do teto da cavidade bucal e o soalho
das fossas nasais. Sua face superior é lisa e côncava no sentido lateromedial. A
face inferior é rugosa e próximo à sua margem lateral é escavada por um sulco
oblíquo para a frente e medialmente, por onde passam o nervo e os vasos palatinos
maiores. Ainda nesta face, a articulação dos dois processos palatinos se traduz
por uma sutura mediana, a sutura intermaxilar. Na extremidade anterior desta
sutura se encontra o forame incisivo que dá acesso ao canal incisivo que se bifur-
ca em dois canais secundários que desembocam nas fossas nasais, por onde pas-
sam o nervo e os vasos incisivos.
A margem lateral do processo palatino, curvilínea, está unida à maxila; a
margem posterior articula-se com a margem anterior da lâmina horizontal do
palatino; a margem medial, está estriada verticalmente por rugosidades que en-
grenam com as do lado oposto. Sobressai para cima a aresta nasal que corre ao
longo desta margem. Quando os dois processos estão articulados, as duas arestas
se unem formando a crista nasal, que sobressai no plano mediano do soalho das
fossas nasais, se articula com o osso vômer e se eleva bruscamente no terço ante-
rior se projetando para frente formando a espinha nasal anterior (Fig. 2.26).
SEIO MAXILAR
É uma cavidade no interior da maxila. Tem a forma de uma pirâmide
quadrangular, limitada por paredes superior ou orbital, inferior ou alveolar, pos-
terior ou infratemporal e anterior ou bucal; uma base (parede nasal ou medial) e
um vértice voltado para o processo zigomático.
Conexões
Superiores — Frontal, etmóide e vômer (Fig. 2.10).
Inferiores — Dentes superiores (Figs. 2.24 e 2.25).
Anteromedial — Nasal (Figs. 2.10 e 2.11).
Mediais — Maxila oposta e concha nasal inferior (Figs. 2.10 e 2.44).
Pósterolateral — Zigomático (Figs. 2.10 e 2.11).
Posteriores — Lacrimal e palatino (Figs. 2.10, 2.26 e 2.44).
CAPÍTULO 2 47
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Origens musculares
Oblíquo inferior na face orbital; orbicular do olho, levantador do lábio
superior e da asa do nariz na face lateral do processo frontal; levantador do
lábio superior, levantador do ângulo da boca, nasal e dilatador da asa do nariz
na face anterior; pequena porção ântero-superior do masseter, na curva zigo-
maticoalveolar; e bucinador, na face lateral do processo alveolar no nível de
molares.
OSSO ZIGOMÁTICO (PAR)
Posição — Face côncava para o plano mediano, com a sua porção rugosa para
adiante e medialmente, e o processo que emerge da margem superior desta face
para o plano mediano quase horizontalmente.
Situação — Está situado na parte inferior e lateral da órbita e repousa sobre a
maxila. Ele apresenta uma superfície orbital que contribui para a formação do
soalho e parede lateral da órbita e uma superfície temporal, localizada na fossa
temporal. Na face lateral, o osso zigomático é perfurado pelo pequeno forame
zigomaticofacial para o nervo do mesmo nome, na face orbital o forame zigoma-
ticorbital e na face temporal o forame zigomático temporal (Figs. 2.27 e 2.28).
Fig. 2.27 — Osso zigomático (vista lateral): A — processo frontal; B — face orbital; C1 — forame zigomaticofacial;
D — processo maxilar; E — processo temporal.
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48 Sistema Esquelético
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Conexões
Superior — O processo frontal do zigomático articula-se com o processo
zigomático do frontal (Fig. 2.11).
Anteromedial — O processo maxilar do zigomático articula-se com o processo
zigomático da maxila (Fig. 2.10).
Posterior — O processo temporal do zigomático articula-se com o processo
zigomático do temporal (Fig. 2.10).
Póstero-medial — o processo esfenoidal do zigomático articula-se com a crista
zigomática do esfenóide (Fig. 2.10).
ORIGENS MUSCULARES
Na face lateral, os músculos zigomáticos maior e menor; na face temporal, o
músculo temporal; e, na margem póstero-inferior, o músculo masseter.
OSSO NASAL (PAR)
Posição — A face lisa e convexa para frente e para fora; a margem que apresenta
uma incisura, para baixo, e a margem vertical, mais grossa, para a frente e para
medial.
Situação — O osso nasal está situado junto ao plano mediano, à frente, e medial
ao processo frontal da maxila e abaixo do frontal.
Fig. 2.28 — Osso zigomático (vista medial): A — processo frontal; B — face orbital; C2 — forame zigomaticorbital;
C3 — forame zigomaticotemporal; D — processo maxilar; E — processo temporal.
CAPÍTULO 2 49
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É uma lâmina óssea quadrilátera que apresenta uma face anterolateral e ou-
tra póstero-medial; e quatro margens, uma superior, uma inferior, uma antero-
medial e uma póstero-lateral (Fig. 2.29).
Conexões
Superior — Frontal (Fig. 2.10).
Posterior — Etmóide (Fig. 2.43).
Póstero-lateral — Maxila (Fig. 2.10).
Anteromedial — Nasal oposto (Fig. 2.10).
Origens musculares na face anterolateral
Músculos prócero, nasal, levantador do lábio superior e da asa do nariz (às
vezes).
OSSO LACRIMAL (PAR)
Posição — A face que apresenta uma crista vertical para fora, o hâmulo terminal
desta crista, para baixo e para adiante.
Situação — Está situado na parede medial da órbita, por trás do processo frontal
da maxila, à frente da lâmina orbital do etmóide e abaixo do frontal.
Fig. 2.29 — Osso nasal direito (vistas anterior e posterior): A — margem superior ou frontal; B — margem inferior;
C — margem lateral ou maxilar; D — margem medial ou nasal.
50 Sistema Esquelético
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O osso lacrimal é uma lâmina óssea quadrilátera que apresenta duas faces e
quatro margens.
Face lateral
Está dividida em duas partes pela crista lacrimal posterior; uma posterior
lisa e uma anterior escavada por um sulco vertical que entra na formação do
canal lacrimonasal.
No ponto em que a crista lacrimal posterior encontra a margem superior da
maxila, apresenta um pequeno processo em forma de gancho, chamado hâmulo
lacrimal (Fig. 2.20).
Face medial
É lisa anteriormente, onde corresponde à mucosa das fossas nasais; é desi-
gual na sua parte póstero-superior, que se articula com a face anterior do labirin-
to etmoidal.
Conexões
A margem superior do lacrimal se articula com o processo lacrimal do
frontal; a margem inferior, com o processo lacrimal da concha nasal inferior;
a margem posterior, com a lâmina orbital do etmóide; e a margem anterior
com a margem posterior do processo frontal da maxila (Fig. 2.46).
Origens musculares
Na crista lacrimal posterior, o músculo orbicular do olho e, por trás da crista,
o músculo do saco lacrimal.
Fig. 2.30 — Osso lacrimal direito (vista lateral): A — crista lacrimal posterior; B — sulco lacrimal; C — hâmulo
lacrimal; D — face orbital.
CAPÍTULO 2 51
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CONCHA NASAL INFERIOR (PAR)
Posição — Medialmente, a face convexa; para cima a margem que apresenta dois
processos e, para trás, a extremidade mais afilada.
Situação — Localiza-se na fossa nasal, sendo uma lâmina óssea encurvada, fixa
à parede lateral da fossa nasal por sua margem superior e livre no resto de sua
extensão.
Fig. 2.31 — Concha nasal inferior direita (vistas medial e lateral): A — processo lacrimal; B — processo etmoidal;
C — extremidade posterior; D — margem inferior; E — extremidade anterior; F — processo maxilar.
A concha nasal inferior apresenta duas faces, uma medial e outra lateral; e
duas margens, uma superior e outra inferior.
Face medial
Convexa, voltada para o septo nasal. Está dividida por uma crista antero-
posterior numa parte superior lisa e uma inferior rugosa.
Face lateral
É côncava e limita o meato inferior.
Margem inferior
É livre, convexa, grossa e rugosa.
52 Sistema Esquelético
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Margem superior ou articular
Nesta margem encontramos de diante para trás: 1 — uma parte anterior rugo-
sa, que se articula com a crista conchal da maxila; 2 — o processo lacrimal que se
articula com a margem inferior do osso lacrimal; 3 — o processo maxilar que
se articula com o lábio inferior do hiato do seio maxilar; 4 — o processo etmoidal
que se articula com o processo uncinado do etmóide; 5 — uma porção rugosa que
se articula com a crista conchal do palatino (Fig. 2.31).
Conexões
Ântero-superior — Lacrimal (Fig. 2.44).
Póstero-Superior — Etmóide (Fig. 2.44).
Anterolateral — Maxila (Fig. 2.44).
Póstero-lateral — Palatino (Fig. 2.44).
OSSO PALATINO (PAR)
Posição — Para baixo a lâmina horizontal; para trás a margem côncava desta
lâmina e medialmente sua margem mais grossa.
Situação — Localiza-se atrás da maxila e à frente do esfenóide. Compõe-se de
uma lâmina óssea horizontal e de uma vertical, que se unem em ângulo reto.
Fig. 2.32 — Osso palatino direito (vista medial): A — processo orbital; B — incisura esfenopalatina; C — processo
esfenoidal; D — processo piramidal; E — superfície articular da lâmina medial; F — processo maxilar; G — crista da
concha; H — lâmina vertical; I — crista etmoidal.
CAPÍTULO 2 53
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Lâmina horizontal
Sua face superior é lisa e côncava lateromedialmente; completa posterior-
mente o soalho da fossa nasal. Sua face inferior pertence ao teto da cavidade
bucal. É rugosa e está escavada por um sulco que continua o sulco palatino
maior. A margem lateral corresponde à linha de união das lâminas horizontal e
vertical. A margem medial se articula com o lado oposto formando a parte poste-
rior do soalho das fossas nasais e teto da cavidade bucal. A margem anterior
articula-se com o processo palatino da maxila. A margem posterior é livre, côn-
cava para trás (Fig. 2.34).
Lâmina vertical
Sua face medial forma parte da parede lateral da fossa nasal. Na união do seu
terço médio com seu terço inferior observa-se uma crista horizontal, a crista
conchal, que se articula com a concha nasal inferior. Em sua parte superior se vê
outra crista chamada crista etmoidal, que se une à concha nasal média do etmóide
(Fig. 2.32).
Na face lateral temos que considerar quatro segmentos principais: 1 — o
segmento sinusal, que corresponde à cavidade do seio maxilar; 2 — um segmen-
to maxilar rugoso, articulado com a parte posterior da face medial da maxila; 3 —
somente na metade superior do osso, um segmento interpterigomaxilar, liso, si-
tuado entre o segmento maxilar e o segmento pterigóide, formando a parede medial
da fossa pterigopalatina; 4 — um segmento posterior, o pterigóideo, rugoso, por-
que se articula com a face medial da lâmina medial do processo pterigóide.
A margem inferior se confunde com a margem lateral da lâmina horizontal.
Fig. 2.33 — Osso palatino direito (vista lateral): A — processo orbital; B — processo maxilar; C — sulco pterigopalatino;
D — processo piramidal; E — processo esfenoidal.
54 Sistema Esquelético
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A margem superior é irregular e apresenta dois processos, um anterior ou
orbital e outro posterior ou esfenoidal, separados pela incisura esfenopalatina
(Fig. 2.32).
Processo orbital
Apresenta três faces articulares: 1 — palatina, que corresponde ao trígono
palatino da maxila; 2 — etmoidal, se articula com o labirinto etmoidal; 3 –
esfenoidal, na qual se apóia o corpo do esfenóide.
Por fora e por baixo da face esfenoidal, o processo orbital apresenta uma
pequena superfície lisa com duas vertentes; uma superior, orbital, forma a parte
mais posterior do soalho da órbita; e uma posterior, pterigopalatina, constitui a
parte mais elevada da parede anterior da fossa pterigopalatina.
Processo esfenoidal
Apresenta uma face ínfero-medial côncava e uma súpero-lateral conve-
xa. A face ínfero-medial forma parte da parede superior da fossa nasal. A
face súpero-lateral se aplica contra a face medial da lâmina medial do pro-
cesso pterigóide.
A margem anterior da lâmina vertical do palatino cruza por cima a parte
posterior do hiato do seio. Abaixo deste hiato, a margem anterior emite um longo
processo delgado, triangular, o processo maxilar do palatino.
A margem posterior apóia-se sobre a face medial da lâmina medial do pro-
cesso pterigóide.
Fig. 2.34 — Osso palatino direito (vista posterior): A — processo orbital; B — incisura esfenopalatina; C — processo
esfenoidal; D — lâmina horizontal; E — processo piramidal.
CAPÍTULO 2 55
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Processo piramidal
É um prolongamento do palatino que nasce da face lateral da lâmina ver-
tical, atrás do segmento maxilar do palatino. O processo piramidal preenche
o espaço compreendido entre as extremidades inferiores das lâminas do pro-
cesso pterigóide.
A face posterior do processo piramidal articula-se com a margem anterior
das lâminas do processo pterigóide (Fig. 2.34).
A face anterior se articula com o túber da maxila.
A face inferior apresenta os forames palatinos menores por onde passam ner-
vos e vasos do mesmo nome (Fig. 2.26).
Conexões
Anterior — Maxila (Fig. 2.26).
Posterior — Esfenóide (Fig. 2.44).
Mediais — Palatino oposto e concha nasal inferior (Figs. 2.26 e 2.44).
Superior — Etmóide (Fig. 2.44).
Origens musculares
Músculos da úvula, palatofaríngeo, tensor do véu palatino, constritor superior
da faringe, pterigóideo lateral e pterigóideo medial.
OSSO VÔMER (ÍMPAR)
Posição — Para cima, a margem que apresenta dois prolongamentos laterais e,
para trás, a parte mais ampla desta margem.
Situação — Localiza-se na parte posterior e inferior do septo nasal. É uma lâmi-
na óssea delgada que apresenta dois prolongamentos laterais na sua margem
superior.
As faces do vômer são geralmente planas. Entretanto, podem apresentar des-
vios, tanto que uma face pode ser côncava e outra convexa.
A margem superior está dividida por duas lâminas, as asas do vômer, separa-
das por um sulco. Este sulco corresponde à crista média da face inferior do corpo
do esfenóide, formando assim, o canal esfenovomeriano. As margens das asas do
vômer formam com o processo vaginal do esfenóide um canal chamado vomero-
vaginal (Fig. 2.35).
A margem ântero-superior articula-se com a lâmina vertical do etmóide. A
margem posterior é livre e separa as aberturas posteriores das fossas nasais ou
coanas. A margem inferior articula-se com a crista nasal das maxilas e dos
palatinos.
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  • 3. © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. CESAR COSTA Professor Responsável pela Disciplina de Anatomia Humana no Curso de Odontologia da Universidade Gama Filho — UGF-RJ. Professor Adjunto IV (Aposentado) na Disciplina de Anatomia Humana da Universidade Federal Fluminense — UFF-RJ. Livre-docente em Odontologia (Cirurgia Oral) pela Universidade Gama Filho — UGF-RJ. Especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro — UERJ-RJ. Especialista em Radiologia pela Associação Brasileira de Odontologia. São Paulo • Rio de Janeiro • Belo Horizonte Fundamentos de Anatomia para o Estudante de Odontologia ALEXANDRE CESAR BOMFIM COSTA Professor Auxiliar da Disciplina de Anatomia Humana da Universidade Gama Filho — UGF-RJ. Professor-assistente de Fundamentos Biomédicos da Universidade Católica de Petrópolis — UCP-RJ. Mestre em Psicologia Social da Universidade Gama Filho — UGF-RJ. Especialista em Docência Universitária pela Universidade Gama Filho — UGF-RJ. CLAUDIA MARIA SOARES SAVEDRA Professora Auxiliar da Disciplina de Anatomia Humana da Universidade Gama Filho — UGF-RJ. Professora Auxiliar da Disciplina de Bases Morfológicas do IBMR. Professora da Disciplina de Anatomia (Domínio Conexo) dos Cursos de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Gama Filho — UGF-RJ Ex-Residente do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Pedro Ernesto — UERJ-RJ. Mestranda em Morfologia (Instituto de Biologia) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro — UERJ-RJ.
  • 4. © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. EDITORA ATHENEU São Paulo — Rua Jesuíno Pascoal, 30 Tels.: (11) 220-9186 • 222-4199 Fax: (11) 223-5513 E-mail: atheneu@atheneu.com.br Rio de Janeiro — Rua Bambina, 74 Tel.: (21) 539-1295 Fax: (21) 538-1284 E-mail: atheneu@atheneu.com.br Belo Horizonte — Rua Domingos Vieira, 319 — Conj. 1.104 PLANEJAMENTO GRÁFICO/CAPA: Equipe Atheneu Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Índice para catálogo sistemático 1. Anatomia humana para odontologia 611.00246176 COSTA, C.; COSTA, A.C.B.; SAVEDRA, C.M.S. Fundamentos de Anatomia para o Estudante de Odontologia ©Direitos reservados à EDITORA ATHENEU — São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, 2000. Costa, Cesar Fundamentos de anatomia para o estudante de odontologia/ Cesar Costa, Alexandre Cesar. Bomfim Costa, Claudia Maria Soares Savedra. -- São Paulo: Editora Atheneu, 2000. Bibliografia 1. Anatomia humana 2. Odontologia I. Costa, Alexandre Cesar Bomfim. II. Savedra, Claudia Maria Soares. III. Título. CDD-611.00246176 00-3262 NLM-OS 18
  • 5. © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Prefácio A minha convivência com o Professor Cesar Costa data-se desde o começo de suas atividades acadêmicas na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense. Daí então, acompanhei de perto, até a presente data, a sua trajetória brilhante tanto como Professor de Anatomia Humana, quanto no exercício da sua especialidade de Cirurgião Bucomaxilofacial. Porquanto, sinto-me honrado em poder prefaciar esse trabalho que promete ser básico para o estudo, a atualização e aplicação da Anatomia Humana. O Professor Cesar Costa, reúne neste seu trabalho as suas qualidades como Professor e Cirurgião, expondo de forma concisa e atualizada todos os pontos da Anatomia Humana de interesse imediato, para os alunos e profissionais da área Odontológica. A dinâmica do texto, com ilustrações a bico de pena, do próprio autor, auxilia em muito a compreensão das descrições das estruturas anatômicas. A finalidade do trabalho é transmitir os principios básicos e fundamentais de Anatomia Humana aplicados ao aprendizado e a prática odontológica, reunidos em um só volume, fato este que facilita de forma significativa o estudo do aluno. Torna-se necessário enfatizar que, neste ensaio do Professor Cesar Costa, algumas imperfeições serão encontradas, fato este que é humanamente compreensível, porém com o auxilio precioso dos leitores, através de suas críticas contrutivas, procurar-se- á aperfeiçoar o texto e as ilustrações nas edições futuras. A longa convivência com o Professor Cesar Costa, me permitiu conhecê-lo sob todos os aspectos, e, não é excesso de otimismo mas, sim profissão de fé, que esse trabalho é o germe sadio de um tratado de Anatomia Humana, no sentido exato da palavra e, que num futuro não muito distante, estará a disposição do alunado e dos profissionais da área de Odontologia. Não poderia deixar de destacar aqui, a eficiente colaboração dos professores Alexandre Cesar Bomfim Costa e Claudia Maria Soares Savedra. Rio de Janeiro, primavera de 2000 Professor Benedito Aparecido de Toledo Professor Titular de Anatomia Humana da Universidade Gama Filho
  • 6. © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA.
  • 7. © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Sumário 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA, 1 Conceito, 1 Nomenclatura, 1 Posição anatômica, 2 Planos de delimitação e de secção do corpo humano, 3 2 SISTEMA ESQUELÉTICO, 7 Conceito, 7 Funções, 7 Divisão, 7 Número de ossos, 8 Classificação dos ossos, 9 Substância óssea compacta e esponjosa, 12 Elementos descritivos, 13 Periósteo, 13 Cartilagem, 13 Osso do crânio, da face e do pescoço, 14 Vista superior do crânio, 15 Vista posterior do crânio, 16 Vista anterior do crânio, 17 Vista lateral do crânio, 19 Vista inferior do crânio, 21 Osso frontal, 21 Osso parietal, 24 Osso occipital, 26 Osso esfenóide, 31 Osso etmóide, 35 Osso temporal, 38 Maxila, 42 Osso zigomático, 47 Osso nasal, 48 Osso lacrimal, 49 Concha nasal inferior, 51 Osso palatino, 52 Osso vômer, 55
  • 8. © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Mandíbula, 56 Osso hióide, 61 Cavidades do crânio e da face, 62 Cefalometria e craniometria, 72 Análise funcional do crânio e da face, 75 3 ARTICULAÇÕES, 79 Conceito, 79 Classificação, 79 Articulação temporomandibular (ATM), 82 4 SISTEMA MUSCULAR, 87 Conceito, 87 Divisão, 87 Componentes anatômicos dos músculos estriados esqueléticos, 88 Origem muscular, 88 Inserção muscular, 88 Classificação, 89 Músculos da mímica, 91 Músculos da língua, 97 Músculos do palato mole ou véu palatino, 100 Músculos da faringe, 102 Músculos do olho, 103 Músculos do pescoço, 105 Músculos da mastigação, 108 Movimentos mandibulares, 111 5 SISTEMA CIRCULATÓRIO, 115 Conceito, 115 Divisão, 115 Coração, 116 Tipos de circulação, 121 Tipos de vasos sangüíneos, 121 Sistema linfático, 123 Artérias, 124 Veias, 139 Linfáticos, 146 6 SISTEMA DIGESTÓRIO, 151 Conceito, 151 Divisão, 151 Boca, 151 Faringe, 157 Esôfago, 157
  • 9. © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Estômago, 157 Intestino, 158 Anexos do canal alimentar, 159 7 SISTEMA RESPIRATÓRIO, 163 Conceito, 163 Divisão, 163 Cavidade nasal, 163 Faringe, 164 Laringe, 165 Traquéia e brônquios, 165 Pleura e pulmão, 165 8 SISTEMA NERVOSO, 167 Conceito, 167 Divisão, 167 Origem embriólogica do sistema nervoso central (SNC), 168 Sistema nervoso periférico (SNP), 173 Sistema nervoso visceral, 177 Anatomia do SNC, 182 Nervos cranianos relacionados à odontologia, 187 Nervo trigêmeo — V par craniano, 187 Nervo facial — VII par craniano, 195 Nervo glossofaríngeo — IX par craniano, 200 Nervo hipoglosso — XII para craniano, 204 9 ANATOMIA DENTAL, 207 Conceito, 207 Dentes, 207 Incisivos, 212 Caninos, 226 Pré-molares, 232 Molares, 250 Dentes temporários, 271 Evolução e involução da dentição humana, 290 Relações interdentárias, 291 10 FUNDAMENTOS ANATÔMICOS PARA RADIOGRAFIA DENTAL, 295 Tomada radiográfica no nível de incisivos superiores, 295 Tomada radiográfica no nível de canino superior, 296 Tomada radiográfica no nível de pré-molares superiores, 296 Tomada radiográfica no nível de molares superiores, 296 Tomada radiográfica no nível de incisivos inferiores, 297
  • 10. © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Tomada radiográfica no nível de canino inferior, 297 Tomada radiográfica no nível de pré-molares inferiores, 297 Tomada radiográfica no nível de molares inferiores, 297 11 ANATOMIA REGIONAL, 299 Região nasal, 299 Região labial, 301 Região mental, 302 Região parotídea, 303 Região massetérica, 304 Região geniana, 305 Região infratemporal, 307 Região pterigopalatina, 307 Região palatina, 308 Região gengivodental, 309 Região lingual, 311 Região sublingual, 311 Região supra-hióidea, 311 12 FUNDAMENTOS ANATÔMICOS PARA ANESTESIA LOCAL, 315 Anestesia de ramos do nervo maxilar, 315 Anestesia extrabucal do nervo maxilar, 317 Anestesia de ramos do nervo mandibular, 317 Anestesia extrabucal do nervo mandibular, 318 13 RELAÇÃO DOS DENTES COM ESTRUTURAS VIZINHAS, 319 Processo alveolar da maxila, 319 Processo alveolar da mandíbula, 324 14 PROPAGAÇÃO DAS INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS, 329 Propagação das infecções através das veias, 329 Propagação das infecções através do tecido conjuntivo frouxo, 330 15 ANATOMIA APLICADA ÀS LIGADURAS ARTERIAIS, 335 Artéria palatina maior, 335 Artéria lingual, 336 Artéria facial, 336 Artéria temporal superficial, 336 Artéria carótida externa, 337 16 ANATOMIA APLICADA À TRAQUEOTOMIA E LARINGOTOMIA, 339 Traqueotomia, 339 Laringotomia, 340
  • 11. © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. 17 ANATOMIA APLICADA AO EXAME FÍSICO DO ESQUELETO FACIAL, 343 18 FUNDAMENTOS ANATÔMICOS PARA RADIOGRAFIA CRANIOFACIAL, 345 Tomada radiográfica de perfil, 345 Tomada radiográfica póstero-anterior, frontonasofilme, 346 Tomada radiográfica ântero-posterior, occipitofilme, 346 Tomada radiográfica póstero-anterior mentonasofilme, 347 Tomada radiográfica lateral desdobrada de mandíbula, 348 Tomada radiográfica lateral da ATM, 348 Tomada radiográfica de perfil pouco penetrado, 348 Tomada radiográfica submentovertex pouco penetrada, 348 Tomada radiográfica panorâmica, 348 19 ANATOMIA APLICADA À CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL, 351 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, 355
  • 12. CAPÍTULO 1 1 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. CAPÍTULO 1 Introdução ao Estudo da Anatomia Humana CONCEITO Anatomia é a ciência que estuda a estrutura do corpo. Mas estrutura e função devem sempre ser consideradas simultaneamente. Além disso, por meio da ana- tomia de superfície e radiológica deve-se dar ênfase à anatomia do vivente. Em relação ao tamanho das partes estudadas, a anatomia é habitualmente dividida em anatomia macroscópica e anatomia microscópica ou histologia. Os aspectos macro e microscópico devem ser estudados em íntima conexão. O corpo humano deve ser considerado não somente na sua forma definitiva mas, também, no seu desenvolvimento. Embriologia é o estudo do embrião e do feto, isto é, o estudo do desenvolvimento pré-natal. Anatomia pediátrica é o estu- do da estrutura da criança. Teratologia é o estudo das más-formações congênitas. Em geral, as obras que tratam de anatomia humana são dispostas sistematica- mente, baseadas nos vários sistemas do corpo (esquelético, muscular, digestório etc.) ou regionalmente, de acordo com as subdivisões principais naturais do cor- po (cabeça e pescoço, membros superiores, tórax etc.), que é também, chamada anatomia topográfica. NOMENCLATURA Foi estimado que, no final do século XIX, existiam aproximadamente 20.000 nomes anatômicos para 5.000 formações do corpo humano. Em 1895, uma lista
  • 13. 2 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. de cerca de 4.500 termos foi preparada e aceita em Basiléia. É conhecida pelo nome latino Basle Nomina Anatomica (BNA). Foram empreendidas revisões prin- cipalmente na Inglaterra (Birmingham Revision ou BR 1933) e na Alemanha (Jena Nomina Anatomica ou INA, 1935). Em Paris, em 1955, um acordo interna- cional foi alcançado para um sistema latino de nomenclatura baseado ampla- mente na BNA. Foi chamado de Paris Nomina Anatomica (PNA). Entre os princí- pios adotados no preparo da nova nomenclatura, os seguintes são dignos de nota: 1 — que, com um limitado número de exceções, cada estrutura seja designada por um único termo; 2 — que os termos na lista oficial sejam escritos em latim, mas cada país tem liberdade de traduzir os termos latinos oficiais para o próprio vernáculo para fins de ensino; 3 — que os termos sejam, em primeiro lugar, fáceis de memorizar, mas de preferência que tenham algum valor informativo ou descritivo; 4 — que os epônimos não sejam empregados. Revisões subseqüentes foram feitas, visto que a nomenclatura anatômica tem caráter dinâmico, podendo ser modificado, desde que haja razões e que sejam comprovadas em congressos internacionais de anatomia. POSIÇÃO ANATÔMICA Toda descrição anatômica é expressa em relação à posição anatômica, uma convenção pela qual descreve-se o corpo humano da seguinte maneira: Fig. 1.1 — Posição anatômica.
  • 14. CAPÍTULO 1 3 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Posição anatômica Corpo humano ereto, com os pés juntos, com os olhos e os dedos dos pés dirigidos para a frente, com os membros superiores pendentes aos lados do cor- po, com as palmas das mãos voltadas para a frente (Fig. 1.1). PLANOS DE DELIMITAÇÃO E SECÇÃO DO CORPO HUMANO Na posição anatômica, o corpo humano pode ser delimitado por planos tan- gentes à sua superfície, delimitando a formação de um paralelepípedo (Fig. 1.2). PLANOS DE DELIMITAÇÃO Dois planos verticais, um tangente ao ventre, plano ventral ou anterior; e outro tangente ao dorso, plano dorsal ou posterior (Fig. 1.2). Dois planos verticais tangentes aos lados do corpo, planos laterais direito e esquerdo (Fig. 1.2). Fig. 1.2 — A — plano anterior; P — plano posterior; LD — plano lateral direito; LE — plano lateral esquerdo; S — plano superior; I — plano inferior.
  • 15. 4 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Dois planos horizontais, um tangente à cabeça, plano cranial, cefálico ou superior; e outro, tangente à planta dos pés, plano podálico ou inferior (Fig. 1.2). No tronco isolado, o plano horizontal que tangencia o vértice do cóccix, é denominado caudal. PLANOS DE SECÇÃO Plano sagital mediano Plano vertical de secção que passa longitudinalmente através do corpo e o divide em metades direita e esquerda. O plano sagital mediano intercepta a superfície ventral e dorsal do corpo, nas linhas medianas anterior e posterior (Fig. 1.3). Fig.1.3 — A — plano sagital mediano; B — plano frontal; C — plano horizontal.
  • 16. CAPÍTULO 1 5 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Todo plano vertical do corpo, paralelo ao plano sagital mediano, é chamado plano sagital. Os planos sagitais são assim chamados devido à sutura sagital do crânio à qual são paralelos. Plano frontal Plano que intercepta o plano sagital mediano em ângulo reto e divide o corpo em metades anterior e posterior (Fig. 1.3). Plano horizontal Plano perpendicular a ambos os planos sagital mediano e frontal; ele divide o corpo em partes superior e inferior (Fig. 1.3). O termo medial significa mais próximo do plano mediano e lateral mais afas- tado dele. Assim, na posição anatômica, o polegar é lateral ao dedo mínimo, enquanto o hálux é medial ao mínimo. Intermédio significa situação entre duas formações das quais uma é lateral e outra medial (Fig.1.4). Anterior ou ventral Significa mais próximo do ventre. Posterior ou dorsal Significa mais próximo do dorso. Fig.1.4 — A — anterior; P — posterior; M — medial; L — lateral; I — intermédio; M1 — médio; M2 — mediana.
  • 17. 6 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Superior Significa mais próximo do ápice ou extremidade superior do corpo. Inferior O mais próximo da extremidade inferior. No tronco, cranial ou cefálico, é, às vezes, usado em lugar de superior e caudal para inferior; rostral significa mais próximo da extremidade da frente. Nos membros, proximal e distal são usados para indicar mais próximo e mais afastado da raiz ou extremidade de conexão do membro, respectivamente (Fig. 1.5). Interno e externo Significam respectivamente mais próximo ou mais afastado do centro de um órgão ou de uma cavidade. Superficial e profundo indicam mais próximo ou mais afastado da superfície do corpo, respectivamente. O termo médio é usado para uma formação situada entre duas outras que são anterior e posterior, ou superior e inferior ou externa e interna (Fig. 1.4). Além dos termos técnicos de posição e direção, certas expressões comuns são, também, usadas em descrições anatômicas: frente, dorso, na frente de, atrás, para frente, para trás, superior, inferior, acima, abaixo, para cima, para baixo, ascendente, descendente etc. Fig. 1.5 — S — superior; I — inferior; M — médio; P — proximal; D — distal.
  • 18. CAPÍTULO 2 7 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. CAPÍTULO 2 Sistema Esquelético CONCEITO É o conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do corpo. FUNÇÕES Proteção (para órgãos como o coração, pulmões e sistema nervoso central); sustentação e conformação do corpo; local de armazenamento de íons de cálcio e fósforo; sistema de alavancas que movimentadas pelos músculos permitem os deslocamentos do corpo, no todo ou em parte, e, finalmente, local para produção de certas células do sangue. DIVISÃO Podemos dividi-lo em duas grandes porções: uma mediana, formando o eixo do corpo, e composta pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco (tórax e abdome), é o esqueleto axial; outra, apensa a esta, forma os membros e constitui o esqueleto apendicular. A união dessas duas partes se faz por meio de cinturas: escapular (ou torácica, constituída pela escápula e clavícula) e pélvica, constituída pelos ossos do quadril.
  • 19. 8 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. NÚMERO DE OSSOS No indivíduo adulto, é de aproximadamente 206. OSSOS DO CRÂNIO Frontal, occipital, esfenóide e etmóide (ímpares); parietais e temporais (pares). Total: oito ossos. Pode-se considerar os ossículos do ouvido médio, estribos, bigornas e martelos que são pares, neste caso, considera-se mais seis ossos no crânio. OSSOS DA FACE Vômer e mandíbula (ímpares); nasais, maxilas, lacrimais, zigomáticos, con- chas nasais inferiores e palatinos (pares). Total: 14 ossos. OSSOS DO PESCOÇO Hióide e sete vértebras cervicais. Total: oito ossos. OSSOS DO TÓRAX Esterno, 12 vértebras, 12 costelas de cada lado. Total: 37 ossos. OSSOS DA COLUNA LOMBAR, SACRAL E COCCÍGEA Cinco vértebras lombares, cinco sacrais (sacro) e quatro coccígeas (cóccix). Total: 14 ossos. OSSOS DA CINTURA ESCAPULAR E MEMBRO SUPERIOR Escápula, clavícula, úmero, rádio, ulna, hamato, capitato, escafóide, semilunar, piramidal, pisciforme, trapezóide, trapézio, cinco metacárpios, duas falanges no polegar e três falanges no indicador, no médio, no anular e no míni- mo. Total: 32 ossos em cada membro. OSSOS DA CINTURA PÉLVICA E MEMBRO INFERIOR Ossso do quadril, fêmur, tíbia, fíbula, patela, tálus, calcâneo, navicular, cubóide e três cuneiformes (medial, intermédio e lateral), cinco metatárcicos, duas falanges no hálux e três falanges nos II, III, IV e V dedos. Total: 31 ossos em cada membro.
  • 20. CAPÍTULO 2 9 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS A mais difundida é aquela que leva em consideração as suas dimensões. OSSO LONGO É aquele cujo comprimento é maior que a largura e a espessura. Exem- plos: úmero, rádio, ulna, falanges, clavícula, fêmur, tíbia e fíbula. O osso lon- go apresenta um corpo, a diáfise, em cujo interior existe uma cavidade, o canal medular, que aloja a medula óssea (Figs. 2.1, 2.6, e 2.7). Duas extremi- dades, as epífises e as porções mais alargadas do corpo, próximas das epífises, são as metáfises (Fig. 2.1). Nos ossos longos em que a ossificação ainda não se completou, é possível visualizar entre a epífise e a diáfise um disco de carti- lagem hialina (disco epifisial) relacionado com o crescimento do osso em com- primento (Figs. 2.1 e 2.6). OSSO PLANO OU LAMINAR É aquele cuja espessura é menor que a largura e o comprimento. Exemplos: o frontal, os parietais, o occipital e as escápulas (Fig. 2.2). Fig. 2.1 — Osso longo: D — diáfise; E, E1 — epífises; M, M1 — metáfises; D1, D2 — cartilagens epifisárias.
  • 21. 10 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. OSSO CURTO É aquele em que as três dimensões se eqüivalem. Exemplos: ossos do carpo e do tarso (Fig. 2.3). Fig. 2.2 — Osso laminar: SC — substância compacta; SE — substância esponjosa. Fig. 2.3 — Osso curto esquemático. OSSO IRREGULAR É aquele que não pode ser enquadrado nas definições anteriores. Apresenta morfologia complexa. Exemplos: as vértebras e os temporais. Dentro desta cate- goria, encontram-se ossos que apresentam uma ou mais cavidades (seio e célu- las, respectivamente). Estes ossos são chamados de pneumáticos. Exemplos: maxilas, esfenóide e etmóide. Existem ossos que são classificados em mais de um grupo, como por exemplo o frontal, que é um osso laminar mas também pneumá- tico; a maxila é um osso irregular e pneumático (Figs. 2.4 e 2.5).
  • 22. CAPÍTULO 2 11 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. OSSOS SESAMÓIDES Desenvolvem-se na substância de certos tendões ou da cápsula fibrosa que envolve certas articulações. Os primeiros são intratendíneos e os segundos peri- articulares. A patela é um exemplo típico de osso sesamóide. Fig. 2.4 — Osso irregular. Fig. 2.5 — Osso irregular pneumático: SM — seio maxilar. SM
  • 23. 12 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. SUBSTÂNCIA ÓSSEA COMPACTA E ESPONJOSA Na substância óssea compacta, as lamínulas ósseas encontram-se fortemente unidas umas às outras pelas suas faces, sem que haja espaço livre interposto. Por esta razão este tipo é mais denso e rígido. Na substância óssea esponjosa as lamínulas ósseas se arranjam de forma a deixar entre si espaços ou lacunas que se comunicam umas com as outras (Figs. 2.2, 2.6 e 2.7). Fig. 2.6 — Corte frontal de um osso longo: SC — substância compacta; SE — substância esponjosa; DE — disco de cartilagem epifisária; CM — canal medular. Fig. 2.7 — Corte horizontal na diáfise de um osso longo: SC — substância compacta; SE — substância esponjosa; CM — canal medular.
  • 24. CAPÍTULO 2 13 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. ELEMENTOS DESCRITIVOS Os ossos apresentam na sua superfície depressões, saliências e aberturas que constituem elementos descritivos para seu estudo. Entre as saliências en- contramos: cabeça, côndilos, cristas, eminências, tubérculos, tuberosidades, processos, linhas, espinhas, trócleas etc. As depressões são: fossas, fossetas, impressões, sulcos, recessos etc. As aberturas são: forames, canais, meatos, óstios, poros etc. PERIÓSTEO É uma membrana conjuntiva que reveste a superfície dos ossos com exceção das superfícies articulares. Apresenta dois folhetos: um superficial e um profun- do. A camada profunda é chamada de osteogênica pelo fato de suas células se transformarem em células ósseas, que são incorporadas à superfície do osso. CARTILAGEM É um tecido conectivo resistente e elástico, que se compõe de células e fibras implantadas numa matriz intercelular firme e gelatinóide. As células da cartila- gem, os condrócitos, estão situados em lacunas, algumas vezes isoladamente, porém, amiúde, em grupos. Na cartilagem adulta não há nervos, e usualmente faltam também vasos sangüíneos. As substâncias nutritivas devem, portanto, di- fundir-se pela matriz para alcançar as células. As fibras encontradas na matriz são colágenas ou elásticas. A natureza e disposição destas fibras são, parcialmen- te, a base da classificação da cartilagem em três tipos: hialina, fibrosa e elástica. A cartilagem acha-se rodeada por uma membrana de tecido conectivo, o pericôndrio, cuja estrutura é similar à do periósteo. A cartilagem cresce por aposição, isto é, por deposição de cartilagem nova sobre a superfície da cartila- gem velha. A nova cartilagem é formada por condroblastos derivados das células mais profundas do pericôndrio. A cartilagem também cresce intersticialmente, ou seja, por aumento no tamanho e número das células existentes e por aumento na quantidade de matriz intercelular. CARTILAGEM HIALINA Possui aparência cristalina, translúcida, devido ao caráter de sua matriz. A matriz e as fibras colágenas têm aproximadamente o mesmo índice de refração. As fibras não são visíveis em preparações microscópicas comuns. Os discos epifisiais e a maioria das cartilagens articulares são formados de cartilagem hialina. A cartilagem hialina tem tendência para calcificar e ser substituída por osso. Fibrocartilagem Feixes de fibras colágenas, são os constituintes principais da fibrocartilagem. Os feixes são visíveis em preparações microscópicas comuns, ao contrário do
  • 25. 14 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. que ocorre na cartilagem hialina. A quantidade de matriz é menor do que na cartilagem hialina, e os condrócitos se acham dispersos. A fibrocartilagem está presente em certas junturas cartilagíneas e forma cartilagem articular em uma juntura sinovial de grande interesse odontológico, que é a articulação temporo- mandibular cujas superfícies articulares são forradas de fibrocartilagem com ilhotas de cartilagem hialina. CARTILAGEM ELÁSTICA É parecida com a cartilagem hialina exceto pelo fato de que suas fibras são elásticas. Raramente se calcifica com o avançar da idade. A cartilagem elástica está presente na orelha externa e na tuba auditiva e forma algumas das cartila- gens da laringe. OSSOS DO CRÂNIO, DA FACE E DO PESCOÇO A cabeça óssea forma uma caixa para o encéfalo, cavidades para os órgãos da sensibilidade específica, visão, audição, equilíbrio, olfação e gustação; aberturas para passagem do ar e do alimento; dentes, maxilas e mandíbula para mastigação. A cabeça óssea é constituída por uma série de ossos que, na maior parte, estão unidos por articulações. Um dos ossos, a mandíbula, é muito móvel, estan- do em conexão com o crânio por uma articulação sinovial, articulação temporomandibular (ATM). Alguns ossos da calvária são constituídos por lâmi- nas externa e interna, de substância compacta, e por uma camada média espon- josa chamada díploe. A lâmina interna é mais fina e mais frágil do que a externa. O crânio é revestido por periósteo, sendo a camada externa denominada pericrânio e a camada interna endocrânio. A palavra calvária refere-se, usualmente, à parte superior do crânio. Os ossos do crânio delimitam a cavidade craniana, na qual estão situados o encéfalo e as membranas que o cobrem (as meninges). Estes ossos são o frontal, o etmóide, o esfenóide, o occipital, os temporais e os parietais. O esqueleto da face é composto de vários ossos pares (nasais, lacrimais, zigomáticos, maxilas, conchas nasais inferiores e palatinos) e dois ossos ímpares (mandíbula e vômer). As articulações imóveis entre a maioria dos ossos do crânio são chamadas suturas. Estas têm aspecto de linhas irregulares nos crânios de jovens adultos. Com a idade, muitas suturas são obliteradas pela fusão óssea (sinostose). Para facilitar a descrição, o crânio é orientado de tal maneira que as margens inferiores das órbitas e as margens superiores dos meatos acústicos externos es- tejam no mesmo plano horizontal, denominado plano orbitomeático. O plano horizontal (orbitomeático) foi aceito como padrão num congresso de antropologia em Frankfurt, em 1884. Ele passa, precisamente, pelas margens su- periores dos meatos acústicos externos e pela margem inferior da órbita esquer- da. O plano orbitomeático corresponde muito bem ao plano horizontal natural
  • 26. CAPÍTULO 2 15 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. do crânio, isto é, com o indivíduo na posição anatômica, com o olhar dirigido para um espelho vertical, no qual ele fixa suas pupilas (Fig. 2.11). Fig. 2.8 — Vista superior do crânio: A — ossos nasais; B — osso frontal; C — sutura coronal; D — ponto bregma; E — osso parietal; F — sutura sagital; G — forame parietal; H — ponto lambda; I — osso occipital. VISTA SUPERIOR DO CRÂNIO O crânio é, geralmente, ovóide, quando visto de cima, sendo mais largo atrás do que na frente. Podem ser identificados quatro ossos: o frontal na frente, o occipital atrás e os parietais lateralmente. A sutura entre os dois parietais é cha- mada de interparietal ou sagital. Entre os parietais e o frontal é frontoparietal ou coronal. Entre os parietais e o occipital é occipitoparietal ou lambdóide. A inter- seção das suturas coronal e sagital; e sagital e lambdóide são chamadas respecti- vamente de bregma e lambda. Estes dois pontos no feto, nos primeiros meses de vida, são membranáceos, sendo chamados de fontículos bregmático e lambdóide, respectivamente. A eminência parietal é a porção mais convexa de cada osso parietal. Poucos centímetros à frente do lambda pode ser encontrado, às vezes,
  • 27. 16 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. um pequeno orifício vascular, o forame parietal, de um ou ambos os lados da sutura sagital. Ele dá passagem a uma veia emissária que une as veias extracranianas ao seio sagital superior (Fig. 2.8). Fig. 2.9 — Vista posterior do crânio: A — sutura sagital; B — ponto lambda; C — sutura lambdóide; D — protuberância occipital externa; E — processo mastóideo; F — processo estilóide; G — osso parietal; H — osso occipital. VISTA POSTERIOR DO CRÂNIO A parte posterior do crânio é composta de porções dos ossos parietais, do osso occipital e as partes mastóideas dos ossos temporais. As suturas sagital e lambdóide encontram-se no lambda, que pode, às vezes, no vivente, ser sentido como uma depressão. As extremidades inferiores da sutura lambdóide encon- tram-se com as suturas parietomastóidea e occipitomastóidea, de cada lado, num ponto conhecido como astério. Uma abertura vascular, o forame mastóideo, é freqüentemente encontrado na mastóide, próximo à sutura occipitomastóidea, e dá passagem a uma veia emissária do seio sigmóide. A protuberância occipital externa é uma projeção mediana mais ou menos entre o lambda e o forame occipital. É palpável no vivente e está, geralmente, localizada um pouco abaixo da parte mais proeminente da região posterior da cabeça; por isso, ela não pode ser observada quando o crânio é visto de cima. Seu
  • 28. CAPÍTULO 2 17 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. centro é chamado ínio. Em cada lado da protuberância arqueia-se lateralmente uma crista curva, a linha nucal superior. Ela marca o limite superior do pescoço. As linhas supremas da nuca, quando presentes, estão situadas um centímetro acima das linhas nucais superiores e são mais arqueadas (Figs. 2.9 e 2.17). Fig. 2.10 — Vista anterior do crânio: A — ponto glabela; B — margem supra-orbital; C — ponto frontotemporal; D — fissura orbital superior; E — fissura orbital inferior; F — forame infra-orbital; G — pilar zigomático; H — pilar canino; I — ponto gônio; J — forame mental; K — ponto gnátio; L — ponto zígio; M — incisura supra-orbital. VISTA ANTERIOR DO CRÂNIO A vista anterior do crânio apresenta a fronte, as órbitas, as proeminências da face, o nariz ósseo externo, as maxilas e a mandíbula. FRONTE O osso frontal forma o esqueleto da fronte. Embaixo, de cada lado do plano mediano, ele se articula com os ossos nasais. A interseção do osso frontal com os ossos nasais é chamada násio. A região acima do násio, entre os arcos supra- orbitais é chamada glabela. O arco supra-orbital é uma elevação que se estende lateralmente de cada lado da glabela. As duas metades do osso são separadas até os seis anos de idade, aproximadamente, pela sutura frontal. Em alguns casos, a linha de separação persiste no adulto e é conhecida como sutura metópica.
  • 29. 18 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. ÓRBITAS São duas cavidades ósseas nas quais estão situados os olhos e seus anexos. Cada órbita apresenta margens superior, inferior, medial e lateral. A margem superior ou supra-orbital é constituída pelo osso frontal. Sua porção intermédia é caracterizada pela incisura ou forame supra-orbital, por onde passam vasos e nervo supra-orbitais. Medialmente à incisura, a margem é cruzada pelos vasos e nervo supratrocleares. Lateralmente, a margem supra-orbital termina no proces- so zigomático do frontal que pode ser, facilmente, palpado no vivente. Observa-se que, em cada margem supra-orbital, o osso frontal dirige-se em ângulo agudo para trás, dando origem à parte orbital que forma a maior parte do teto da órbita correspondente. A margem lateral é constituída pelos ossos zigomático e frontal. A margem inferior é constituída pela maxila e pelo zigomático. A margem medial, que não é tão nítida como as outras, é constituída pela maxila, lacrimal e frontal. Abaixo da margem inferior da órbita, a maxila apresenta uma abertura, o forame infra-orbital, que dá passagem ao nervo e vasos infra-orbitais. PROEMINÊNCIAS DA FACE São formadas pelos ossos zigomáticos. O osso zigomático está situado na parte inferior e lateral da órbita. NARIZ ÓSSEO EXTERNO É formado pelos ossos nasais e pelas maxilas e termina na frente, como aber- tura piriforme ou abertura anterior do nariz. Através da abertura, a cavidade nasal pode ser vista, dividida pelo septo nasal em porções direita e esquerda, cada uma delas é denominada, freqüentemente, cavidade nasal. No plano medi- ano, a margem inferior da abertura piriforme apresenta a espinha nasal anterior, um esporão ósseo aguçado formado pela junção das maxilas. MAXILAS E MANDÍBULA O crescimento das maxilas e da mandíbula é responsável pelo alongamento vertical da face entre os seis e doze anos de idade. Maxila — Consiste de corpo, que contém o seio maxilar, processo zigomático, processo frontal, processo palatino, que se estende horizontalmente para encon- trar seu homônimo do lado oposto, formando a maior parte do esqueleto do pala- to duro e o processo alveolar, que contém os dentes superiores. O corpo da maxila é piramidal e apresenta uma face nasal ou base, que con- tribui para a demarcação da parede lateral da cavidade nasal; uma face orbital, que forma a maior parte do soalho da órbita; uma face infratemporal ou posterior, uma face anterior, que é coberta pelos músculos faciais e uma extremidade late- ral ou ápice da pirâmide, que se articula com o osso zigomático.
  • 30. CAPÍTULO 2 19 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Os dentes superiores estão situados nos processos alveolares das maxilas. Cristas verticais, correspondentes às raízes dos dentes podem ser vistas, freqüentemente, na parte anterior do osso. As duas maxilas acham-se unidas no plano mediano pela sutura intermaxilar. Mandíbula — Os dentes inferiores estão situados na parte alveolar da mandíbu- la. Aproximadamente abaixo do segundo pré-molar acha-se o forame mental, que dá passagem ao nervo e vasos mentais (Fig. 2.10). Fig. 2.11 — Vista lateral do crânio: A — ponto bregma; B — linha curva temporal superior; C — linha curva temporal inferior; D — ponto ptério; E — ponto frontotemporal; F — ponto glabela; G — ponto násio; H — plano orbitomeático (horizontal de Frankfurt); I — ponto orbital; J — pilar canino; K — ponto nasoespinhal; L — ponto interdental superior; M — ponto interdental inferior; N — ponto gnátio; O — forame mental; P — ponto gônio; Q — ponto zigomaxilar; R — pilar zigomático; S — pilar pterigóideo; T — ponto condílio lateral; U — ponto ínio; V — ponto pório; W — ponto astério; X — ponto lambda. VISTA LATERAL DO CRÂNIO A face lateral do crânio apresenta certas porções do osso temporal e as fossas temporal e infratemporal. FOSSA TEMPORAL A linha curva temporal superior, na qual se insere a fáscia temporal, inicia- se no processo zigomático do frontal. Ela se arqueia para trás através dos ossos frontal e parietal, a uma distância variável da sutura sagital. A parte posterior da linha temporal superior, que é indistinta, une-se a uma crista do osso temporal
  • 31. 20 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. denominada crista supramastóidea. A porção média da linha temporal é usual- mente dupla, sendo que a linha inferior indica o limite do músculo temporal. A fossa temporal, na qual está localizado o músculo temporal, é delimitada pela linha temporal superior, em cima, e pelo arco zigomático embaixo. Sua parede medial, que dá origem ao músculo temporal, é constituída de porções do parietal, do frontal, da asa maior do esfenóide e da parte escamosa do osso temporal. A área em que estes quatro ossos se aproximam é conhecida como ptério. FOSSA INFRATEMPORAL É um espaço de configuração irregular, situado atrás da maxila. Medialmente à sua comunicação com a fossa temporal, o teto da fossa infratemporal é consti- tuído pela superfície infratemporal da grande asa do esfenóide e uma pequena parte do temporal. Medialmente, a fossa infratemporal é delimitada pela lâmina lateral do processo pterigóide do esfenóide; lateralmente pelo ramo da mandíbu- la e face medial do arco zigomático e anteriormente pela tuberosidade maxilar. A fossa infratemporal comunica-se com a fossa pterigopalatina medialmente por meio da fissura pterigopalatina, que dá passagem à artéria maxilar. FOSSA PTERIGOPALATINA É assim denominada porque está situada entre as lâminas do processo pterigóide do esfenóide e o osso palatino. Ela está localizada sob o ápice da órbi- ta. Abaixo da fissura pterigopalatina, a lâmina lateral do processo pterigóide pa- rece encontrar-se com a tuberosidade maxilar, mas na realidade está separada pelo processo piramidal do palatino (Fig. 2.11). Fig. 2.12 — Vista inferior do crânio: A — ponto bucal; B — forame incisivo; C — sutura intermaxilar; D — ponto zigomaxilar; E — forame palatino maior; F — ponto zígio; G — ponto estafílio; H — ponto básio; I — côndilo occipital; J — ponto opístio; K — ponto ínio.
  • 32. CAPÍTULO 2 21 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. VISTA INFERIOR DO CRÂNIO A face inferior do crânio apresenta certas porções do osso occipital, esfenóide, temporais, zigomáticos, palatinos e maxilas (Fig. 2.12). OSSO FRONTAL (ÍMPAR) Posição — Escama para cima, com a face convexa para a frente e a porção aplana- da que possui uma grande incisura para baixo e para trás. Situação — Está situado na porção anterior do crânio, em cima do maciço facial. Distinguimos neste osso duas porções, uma superior e outra inferior. A porção superior, vertical, forma parte da calvária; a outra inferior, horizontal, forma um ângulo agudo com a margem inferior da porção vertical e se dirige para trás. O osso frontal apresenta três faces: uma externa ou anterior, uma interna, cerebral ou posterior e uma face orbital ou inferior e três margens: uma supra- orbital, uma parietal e uma esfenoidal. Fig. 2.13 — Osso frontal (face externa): A — margem coronal; B — túber frontal; C — face temporal; D — processo zigomático; E — incisura supra-orbital; F — espinha nasal; G — forame supra-orbital; H — crista lateral do frontal. Face externa ou anterior É convexa, com exceção de uma pequena porção lateral que entra na formação da fossa temporal. Esta face apresenta no plano mediano, logo acima da incisura nasal, os vestígios da sutura metópica; nesta mesma porção encontramos uma emi- nência chamada glabela; uma elevação romba, o arco supra-orbital, que prolonga para fora e um pouco para cima a extremidade lateral correspondente da glabela; em cima do arco supra-orbital, uma eminência redonda e lisa, o túber frontal;
  • 33. 22 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. freqüentemente um sulco vascular produzido por um ramo da artéria supra-orbital corre na vertente inferior e lateral do túber frontal; uma crista curva de concavidade posterior chamada crista lateral do frontal, que continua para cima e para trás o processo zigomático do frontal, formando a porção anterior da linha temporal su- perior; uma pequena face atrás da crista lateral pertencente à fossa temporal, na qual se originam os feixes anteriores do músculo temporal (Fig. 2.13). Fig. 2.14 — Osso frontal (face interna): A — margem coronal; B — fossa frontal; C — processo zigomático; D — espinha nasal; E — forame cego; F — crista frontal; G — sulco seio sagital superior. Face interna, cerebral ou posterior Esta face é côncava. No plano mediano se observa imediatamente por cima da incisura etmoidal o forame cego que conduz a um canal fechado em fundo de saco. Em cima do forame cego se vê uma aresta aguda chamada crista frontal. A crista frontal, mais acima, se bifurca e limita então o sulco do seio sagital superior. A cada lado deste sulco se vê freqüentemente umas depressões de forma e di- mensões variáveis chamadas fovéolos granulares para as granulações aracnóides. Aos lados da incisura etmoidal se vêem duas superfícies convexas, são os túberes orbitais. O túber orbital está coberto de depressões irregulares, as impressões dos giros cerebrais, e de elevações alongadas que as separam, chamadas relevo das incisuras cerebrais. Em cima dos túberes orbitais se encontram as fossas frontais, que estão em relação com os lobos frontais do cérebro e correspondem aos túberes frontais da face externa (Fig. 2.14). Face orbital Esta face apresenta no plano mediano a incisura etmoidal, ampla, retangular e circunscrita por uma superfície em forma de ferradura, a superfície etmoidal.
  • 34. CAPÍTULO 2 23 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Da parte média desta superfície se desprende imediatamente por trás da incisura nasal um processo longo, a espinha nasal do frontal. Tem a forma de uma pirâmide triangular de base superior e vértice inferior. Das três faces da espinha, a anterior rugosa se articula com a face posterior dos ossos nasais. As duas póstero-laterais são lisas, côncavas e contribuem para a formação da parede superior das fossas nasais; estão separadas uma da outra por uma aresta média posterior que se articula com a lâmina vertical do etmóide. A incisura etmoidal está limitada lateralmente por duas superfícies alongadas de diante para trás, cheias de cavidades separadas por delgadas lamínulas ósse- as. Estas cavidades são semicélulas frontais que completam com as semicélulas etmoidais, as células frontoetmoidais. Observa-se também nestas superfícies dois sulcos ligeiramente oblíquos para dentro e para a frente, que se transformam em canais chamados canais etmoidais (anterior e posterior), pelos sulcos correspondentes que apresenta a face superior do labirinto etmoidal (Fig. 2.10). Aos lados da zona etmoidal encontram-se duas superfícies côncavas, lisas, triangulares, chamadas fossas orbitais. A concavidade destas fossas não é regu- lar. Está mais acentuada: 1 — lateralmente, onde se observa uma depressão cha- mada fossa lacrimal, onde se aloja a glândula lacrimal; 2 — medialmente, onde existe uma pequena escavação, a fóvea troclear, na qual se insere a polia de refle- xão do músculo oblíquo superior. Existe às vezes na fóvea, uma espinha chama- da espinha troclear. Margem parietal É um segmento semicircular, é denteada e se articula com os ossos parietais (Fig. 2.8). Margem esfenoidal Lateralmente está cortada em bisel pela tábua externa e se articula com a asa maior do esfenóide e inferiormente a com a asa menor do esfenóide (Fig. 2.11). Margem supra-orbital Distingue-se no plano mediano uma incisura denteada que se articula com os ossos nasais medialmente e com os processos frontais das maxilas lateralmente. Lateralmente à incisura nasal encontram-se os arcos supra-orbitais, que for- mam a cada lado a margem superior da órbita. Os arcos supra-orbitais apresen- tam na sua porção intermédia uma incisura ou um forame chamado supra-orbital por onde passam nervo e vasos supra-orbitais. O arco supra-orbital termina por fora em uma eminência prismática triangular, o processo zigomático do frontal que se articula com o processo frontal do zigomático (Fig. 2.10).
  • 35. 24 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Conexões Posteriores — Parietais e esfenóide (Figs. 2.8 e 2.42). Inferiores — Nasais, maxilas, lacrimais, etmóide e zigomáticos (Figs. 2.10 e 2.46). Origens musculares Orbiculares dos olhos, corrugadores dos supercílios, elevadores do lábio superior e das asas do nariz, oblíquos superiores (origens funcionais) e tempo- rais (Figs. 4.2, 4.9 e 4.13). OSSO PARIETAL (PAR) Posição — A face côncava para o plano mediano e o ângulo mais agudo do qual irradiam sulcos vasculares, para baixo e para adiante. Situação — Situado aos lados do plano mediano, na parte súpero-lateral do crâ- nio, atrás do frontal, à frente do occipital e acima do temporal. Tem duas faces, uma externa ou lateral, e outra interna, medial ou cerebral, quatro margens e quatro ângulos. Fig. 2.15 — Osso parietal esquerdo (face externa): A — margem sagital; B — ângulo occipital; C — margem occipital; D — ângulo mastóideo; E — margem temporal; F — ângulo esfenoidal; G — margem frontal; H — ângulo frontal. Face externa É convexa e inferiormente apresenta duas linhas curvas concêntricas, as li- nhas temporais superior e inferior. A primeira dá origem à fáscia temporal; a
  • 36. CAPÍTULO 2 25 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. segunda ao músculo temporal. Por cima da linha curva temporal superior a su- perfície do parietal é lisa, convexa, e sua parte média, mais saliente, chama-se túber parietal. Próximo à margem sagital do parietal, um pouco à frente de sua margem occipital, se vê o forame parietal, que se abre na cavidade craniana e dá passagem à veia emissária parietal (Figs. 2.8 e 2.15). Fig. 2.16 — Osso parietal esquerdo (face interna): A — margem sagital; B — ângulo occipital; C — margem occipital; D — ângulo mastóideo; E — margem temporal; F — ângulo esfenoidal; G — margem frontal; H — ângulo frontal; I — sulco da artéria meníngea média. Face interna Esta face é côncava, apresenta sulcos vasculares ramificados, dirigidos do ângulo ântero-inferior para a margem sagital. Por estes sulcos seguem os ramos da artéria meníngea média. A face cerebral está deprimida na porção média, esta depressão chama-se fossa parietal e está em relação com o lobo parietal do cére- bro. Ao longo da margem superior se encontra um semi-sulco que se une ao parietal oposto, formando assim o sulco do seio sagital superior. Aos lados deste sulco, o parietal apresenta pequenas depressões, que são os fovéolos granulares para as granulações aracnóides (Fig. 2.16). Margem sagital É denteada e se articula com a margem correspondente do parietal oposto, formando a sutura sagital (Fig. 2.8). Margem temporal É côncava, cortada em bisel por sua tábua externa e se articula com a escama do temporal (Fig. 2.11).
  • 37. 26 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Margem frontal Articula-se com o frontal, formando a sutura coronal (Fig. 2.8). Margem occipital Articula-se com a escama do occipital, formando a sutura lambdóide (Fig. 2.9). Ângulo frontal Corresponde à união das suturas coronal e sagital. Este ponto de união cha- ma-se bregma (Fig. 2.8). Ângulo occipital Está na união das suturas sagital e lambdóide. Este ponto chama-se lambda (Fig. 2.9). Ângulo esfenoidal Está na união frontal, parietal, asa maior do esfenóide e temporal. Este ponto chama-se ptério (Fig. 2.11). Ângulo mastóideo Está na união das porções escamosa e mastóidea do temporal, parietal e occipital. Este ponto chama-se astério (Fig. 2.11). Conexões Anterior — Frontal (Fig. 2.8). Posterior — Occipital (Fig. 2.9). Inferiores — Temporal e esfenóide (Fig. 2.11). Súpero-medial — Parietal oposto (Fig. 2.8) Origem muscular — Músculo temporal (Fig. 4.14). OSSO OCCIPITAL (ÍMPAR) Posição — Para a frente a face côncava da escama e para baixo o forame magno ou occipital, colocando-se quase horizontalmente. Situação — Está situado na parte média, posterior e inferior do crânio. Tem a forma de um segmento de esfera. O occipital está atravessado na sua parte inferior por um orifício ovalado chamado forame magno ou occipital. Este forame põe em
  • 38. CAPÍTULO 2 27 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. comunicação a cavidade craniana com o canal raquídeo e dá passagem ao bulbo, artérias vertebrais e aos nervos acessórios. No occipital encontramos quatro porções: 1 — uma anterior e inferior cha- mada parte basilar; 2 — duas laterais que são as partes laterais, limitam lateral- mente o forame magno; 3 — por fim, uma porção posterior e superior à escama do occipital. Parte basilar A parte basilar é quadrilátera e apresenta duas faces e quatro margens. Face inferior ou exocraniana Apresenta, no plano mediano, na união do terço posterior com os dois ter- ços anteriores, o tubérculo faríngeo, no qual se insere a aponeurose faríngea. A cada lado do plano mediano existem duas cristas curvas de concavidade ante- rior, uma posterior e outra anterior. A crista posterior ou muscular parte do tubérculo faríngeo e dá origem ao músculo reto anterior menor. A anterior in- constante chama-se crista sinostósica e está situada um pouco à frente da crista posterior. Diante da crista sinostósica encontra-se uma depressão para origem do músculo reto anterior maior (Fig. 2.17). Face superior ou endocraniana Está inclinada para baixo e para trás e apresenta um longo sulco chamado clivus ou canal basilar. Corresponde ao bulbo e à ponte (Figs. 2.18 e 2.42). Margens laterais Estão unidas ao rochedo do temporal por fibrocartilagem. Do seu lábio supe- rior corre um sulco em relação com o seio petroso inferior (Fig. 2.42). Margem anterior Está soldada ao corpo do esfenóide, no adulto (Fig. 2.42). Margem posterior Forma o limite anterior do forame magno (Fig. 2.42). PARTES LATERAIS Estão situadas aos lados do forame occipital. Cada uma delas apresenta duas faces, duas margens e duas extremidades.
  • 39. 28 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Face externa Encontra-se uma eminência articular convexa elíptica, que é o côndilo occipital, que se articula com o atlas (primeira vértebra cervical). À frente e por fora do côndilo se vê a fossa condilar anterior, no fundo da qual se abre o canal do hipoglosso, por onde passa o nervo hipoglosso (XII par craniano). Atrás do côndilo se vê a fossa condilar posterior, onde nasce o canal condilar (inconstan- te) para uma veia emissária. Enfim, por fora do côndilo se estende uma superfície rugosa para origem do músculo reto lateral (Fig. 2.17). Face interna Nesta face encontram-se: 1 — à frente uma eminência, o tubérculo occipital, escavado por um sulco que seguem os nervos glossofaríngeo, vago e acessório para se dirigir ao forame jugular; 2 — atrás e abaixo, o forame interno do canal do hipoglosso, que dá passagem ao nervo hipoglosso; 3 — por trás e por fora do tubérculo, junto ao processo jugular do occipital, a curta porção terminal do sulco do seio sigmóide (Fig. 2.42). Margem medial Limita lateralmente o forame occipital (Fig. 2.42). Margem lateral Está dividida em duas partes pelo processo jugular; este se articula com a superfície jugular do temporal. Atrás dele, a margem é rugosa e se une à porção mastóidea do temporal. Diante dele, a margem lateral forma o limite medial do forame jugular (Fig. 2.18). Este forame, compreendido entre o rochedo do temporal e o occipital, está subdividido em duas partes, uma anterior e outra posterior, por duas elevações agudas, as espinhas jugulares. Estas espinhas nascem uma do rochedo e outra do occipital e estão unidas por um feixe fibroso. A parte posterior do forame jugular corresponde à origem da veia jugular interna. A porção anterior está subdividida por um tabique fibroso em dois segmentos, um posterior, por onde passam os nervos vago e acessório; outro anterior, atravessado pelo nervo glossofaríngeo, e, diante deste nervo, pelo seio petroso inferior. Ainda passam por este forame: a artéria meníngea posterior, ramo da faríngea ascendente, e um ramo meníngeo da artéria occipital. PARTE ESCAMOSA Possui duas faces e duas margens.
  • 40. CAPÍTULO 2 29 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Face externa Na parte média desta face nota-se uma eminência rugosa, a protuberância occipital externa. Da protuberância parte a crista occipital externa, que se estende de cima para baixo até a margem posterior do forame occipital. Da protuberância occipital externa e da parte média da crista occipital se des- prendem a cada lado duas cristas transversais rugosas côncavas, para a fren- te, as linhas superior e inferior da nuca (Fig. 2.17). Face interna No plano mediano há uma elevação, a protuberância occipital interna, situa- da no mesmo nível da protuberância occipital externa. Da protuberância occipital interna partem: 1 — dois sulcos horizontais, um de cada lado, que são os sulcos dos seios transversos; 2 — um sulco vertical e ascenden- te para o seio sagital superior; 3 — uma crista vertical, descendente à crista occipital interna, que se bifurca na proximidade do forame magno, cujos dois ramos se per- dem nas margens deste forame, limitando uma depressão chamada fóvea vermiana. Os sulcos dos seios e a crista occipital interna dividem a face interna da escama em quatro fossas occipitais: duas superiores ou cerebrais em contato com os lobos occipitais do cérebro e duas inferiores ou cerebelares em contato com o cerebelo (Fig. 2.18). Fig. 2.17 — Osso occipital (face externa): A — linha nucal suprema; B — linha nucal superior; C — linha nucal inferior; D — forame magno; E — côndilo occipital; F — parte basilar; G — crista occipital externa; H — protuberância occipital externa.
  • 41. 30 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Margem lambdóidea Articula-se com os parietais (Fig. 2.9). Margem mastóidea Articula-se com as mastóides dos temporais (Fig. 2.9). Conexões Anterior — Esfenóide (Fig. 2.12). Ântero-superiores — Parietais (Fig. 2.9). Anterolaterais — Temporais (Fig. 2.42). Inferior — Atlas (primeira vértebra cervical ) (Fig. 2.12). Origens musculares Na escama: esternocleidomastóideo, occipital, trapézio, esplênio da cabeça, complexo maior, reto posterior menor, reto posterior maior, oblíquo superior ou Fig. 2.18 — Osso occipital (face interna): A — margem lambdóide; B — sulco do seio sagital superior; C — fossa cerebral; D — sulco do seio transverso; E — crista occipital interna; F — processo jugular; G — parte basilar; H — fossa cerebelar; I — protuberância occipital interna.
  • 42. CAPÍTULO 2 31 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. menor; no processo jugular: reto lateral; na parte basilar: reto anterior menor, reto anterior maior e constritor superior da faringe. OSSO ESFENÓIDE (ÍMPAR) Posição — Para cima, horizontalmente, a parte lisa das asas menores, e para a frente sua margem cortante e denteada. Situação — Está situado na parte média da base do crânio, entre o etmóide e o frontal, que estão diante dele e o occipital e os temporais que estão por trás. Observa-se no esfenóide: o corpo, de onde partem a cada lado três processos. Destes três processos, os dois laterais são as asas menores e as asas maiores. Os terceiros, verticalmente descendentes, chamam-se processos pterigóides. Fig. 2.19 — Osso esfenóide (vista posterior): A — sulco pré-quiasmático; B — processo clinóide posterior; C — asa menor; D — asa maior; E — forame redondo; F — espinha do esfenóide; G — lâmina lateral do processo pterigóide; H — hâmulo pterigóideo; I — lâmina medial do processo pterigóide; J — lâmina quadrilátera; K — forame oval; L — fissura orbital superior; M — processo clinóide anterior; N — canal óptico. Corpo do esfenóide É irregularmente cúbico e apresenta seis faces. Face superior Observa-se na sua porção mais anterior uma superfície lisa chamada emi- nência esfenoidal. A eminência esfenoidal está ligeiramente deprimida aos lados do plano mediano em forma de sulco que se continua com o sulco olfatório do etmóide. O prolongamento anterior da eminência esfenoidal articula-se com o etmóide e se chama processo etmoidal do esfenóide. Na porção mais posterior da eminên- cia esfenoidal se encontra um sulco transversal chamado sulco pré-quiasmático,
  • 43. 32 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. que se continua lateralmente com o canal óptico, escavado na base das asas me- nores. O sulco pré-quiasmático está limitado por trás por uma crista transversal, o tubérculo da sela. Este tubérculo limita pela frente a fossa hipofisária, chamada também sela turca. Ela contém a glândula hipófise ou pituitária. A vertente pos- terior está formada pela lâmina quadrilátera. A face posterior desta lâmina é rugosa, plana, inclinada para baixo e para trás em continuidade com o clivus do occipital. A sua margem superior se prolonga para os lados por duas elevações chamadas processos clinóides posteriores (Fig. 2.19). Fig. 2.20 — Osso esfenóide (vista anterior): A — crista esfenoidal anterior; B — face temporal; C — forame redondo; D — lâmina lateral do processo pterigóide; E — hâmulo pterigóideo; F — lâmina medial do processo pterigóide; G — crista esfenoidal inferior; H — canal pterigóideo; I — forame espinhoso; J — crista zigomática; K — fissura orbital superior; L — seio esfenoidal. Face anterior Apresenta: 1 — uma crista vertical, a crista esfenoidal anterior ou crista etmoidal do esfenóide, que se une à margem posterior da lâmina perpendicular do etmóide; 2 — a cada lado da crista, o forame de entrada do seio esfenoidal; 3 — uma superfície lateral com semicélulas esfenoidais que se articulam com a face posterior do labirin- to etmoidal e com a superfície esfenoidal do processo orbital do palatino (Fig. 2.20). Face inferior Constitui a porção mais posterior do teto das fossas nasais. Apresenta no plano mediano a crista esfenoidal inferior; sua extremidade anterior, muito sali- ente, chama-se rostro esfenoidal e se encontra com a crista esfenoidal anterior. A crista esfenoidal inferior corresponde ao sulco compreendido entre as asas do vômer. Porém, a adaptação não é perfeita e os ossos deixam entre si o canal esfeno- vomeriano.
  • 44. CAPÍTULO 2 33 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Face posterior É uma superfície quadrilátera desigual, pela qual o esfenóide se une ao occipital. Estes ossos se soldam muito cedo (entre 16 e 18 anos) e no adulto, geralmente, desaparece o vestígio da soldadura (Fig. 2.19). Faces laterais Das faces laterais do corpo do esfenóide nascem: acima e à frente as asas menores; abaixo e atrás as asas maiores. O espaço compreendido entre a raiz inferior da asa menor e a raiz superior da asa maior corresponde à extremidade medial da fissura orbital superior. Pela frente da fissura, a face lateral é lisa e constitui a parte mais posterior da parede medial da órbita. Por cima e por trás da raiz da asa maior se observa um sulco contornado em S, é o sulco do seio caver- noso ou sulco carótico (Fig. 2.19). ASAS MENORES São duas lâminas horizontais, triangulares, de vértice lateral, situadas aos lados da parte anterior e superior do corpo do esfenóide (Fig. 2.19). Face superior Plana e lisa, continua-se pela frente com a face superior das lâminas orbitais do frontal (Fig. 2.42). Face inferior Forma a parte mais profunda do teto da órbita e limita por cima a fissura orbital superior. A margem anterior, cortada em bisel por sua porção inferior, articula-se com as lâminas orbitais do frontal. A margem posterior é livre e se prolonga medialmente em uma eminência chamada processo clinóide anterior (Fig. 2.19). ASAS MAIORES Têm origem na porção póstero-inferior das faces laterais do corpo. Face cerebral Esta face é côncava e apresenta na porção mais próxima do corpo três forames que são: o mais anterior forame redondo, por onde passa o nervo maxilar; o mé- dio forame oval, por onde passam o nervo mandibular e a artéria meníngea me- nor; o mais posterior é o forame espinhoso situado na espinha do esfenóide, que dá passagem à artéria meníngea média e um ramo meníngeo do nervo mandibu-
  • 45. 34 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. lar. No resto de sua extensão, a face cerebral está coberta pelas impressões dos giros e relevos das incisuras cerebrais (Fig. 2.19). Face externa Esta face está dividida pela crista zigomática em duas porções: orbital e tem- poral. A crista zigomática, vertical, articula-se com a margem póstero-medial do processo esfenoidal ou orbital do osso zigomático e, inferiormente, ainda apre- senta a face infratemporal (Fig. 2.20). Face orbital Está voltada para a frente e medialmente e toma parte na constituição da parede lateral da órbita. É plana e triangular (Fig. 2.20). Face temporal Forma parte da fossa temporal e dá origem ao músculo temporal (Fig. 2.20). Face infratemporal Constitui a parede superior da fossa infratemporal e dá origem à cabeça su- perior do músculo pterigóideo lateral (Fig. 2.12). Margem frontal Articula-se com o frontal (Fig. 2.11). Margens parietais Articulam-se com os parietais (Fig. 2.11). Margens temporais Articulam-se com os temporais (Fig. 2.11). Margens zigomáticas Articulam-se com os zigomáticos (Fig. 2.10). Processos pterigóides Os processos pterigóides implantam-se na face inferior do esfenóide por duas lâminas a cada lado, uma medial e outra lateral. A lâmina medial nasce da face
  • 46. CAPÍTULO 2 35 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. inferior do corpo do esfenóide. A lâmina lateral, mais volumosa, se desprende da asa maior (Figs. 2.19 e 2.20). As duas lâminas, separadas primeiro uma da outra, se reúnem um pouco mais abaixo de sua origem e circunscrevem um canal anteroposterior, o canal pterigóideo. Por baixo do canal pterigóideo cada raiz se continua para baixo como uma lâmina óssea. As duas lâminas se unem por suas margens anteriores na metade superior de sua altura e formam um ângulo diedro aberto para trás que contribui para formar a fossa pterigóidea, onde se origina o músculo pterigóideo medial (Figs. 2.19 e 4.15). Na metade inferior, as duas lâminas se separam uma da outra, ao mesmo tempo que se estreitam gradualmente para baixo. Limitam assim uma incisura triangular, a incisura pterigóidea, ocupada pelo processo piramidal do osso palatino. A face anterior do processo pterigóide forma a parede posterior da fossa pterigopalatina. Em sua extremidade superior vê-se o forame anterior do canal pterigóideo. A face posterior constitui a fossa pterigóidea. Na parte súpero-medial da fos- sa pterigóidea se observa uma pequena depressão, a fossa escafóide, na qual se origina o músculo tensor do véu palatino. Conexões Anteriores — Etmóide, frontal e palatinos (Figs. 2.42 e 2.44). Posterior — Occipital (Figs. 2.12 e 2.42). Superiores — Parietais (Fig. 2.11). Ântero-inferior — Vômer (Fig. 2.43). Anterolaterais — Zigomáticos (Fig. 2.10). Póstero-laterais — Temporais (Fig. 2.11). Origens musculares Nas asas maiores, os músculos temporais e pterigóideos laterais. Nas asas menores, os músculos elevadores das pálpebras superiores, oblíquos superiores, retos superiores, retos inferiores, retos laterais e retos mediais. E, nos processos pterigóides, os músculos pterigóideos mediais, pterigóideos laterais, constritor superior da faringe e tensores do véu palatino. OSSO ETMÓIDE (ÍMPAR) (FIG. 2.21) Posição — A face crivada de pequenos forames, para cima horizontalmente, e a eminência triangular desta face (crista galli) para frente e para cima.
  • 47. 36 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Situação — Está situado debaixo da porção horizontal do frontal, na parte ante- rior e média da base do crânio. Ocupa a incisura etmoidal do frontal. O etmóide está constituído por quatro porções: 1 — uma lâmina óssea verti- cal, anteroposterior; 2 — uma lâmina horizontal que corta a vertical próximo à sua extremidade superior; 3 — dois labirintos ou massas laterais colocados nas extremidades laterais da lâmina horizontal. Fig. 2.21 — Osso etmóide (corte frontal esquemático): A — lâmina crivosa; B — crista galli; C — concha nasal suprema; D — concha nasal superior; E — células etmoidais; F — concha nasal média: G — lâmina perpendicular. LÂMINA VERTICAL OU PERPENDICULAR Está dividida pela lâmina horizontal em duas porções: uma superior, crista galli, que sobressai na cavidade craniana; a outra inferior é a lâmina vertical propriamente dita, que forma parte do septo nasal. É delgada e freqüentemente desviada para um dos lados; é pentagonal. Suas faces estão escavadas por sulcos vasculonervosos numerosos, principalmente próximo à sua margem superior. A margem anterior se articula por cima com a aresta posterior da espinha nasal do frontal e por baixo, com os ossos nasais. A margem ântero-inferior se une à carti- lagem do septo nasal. A margem posterior se articula com a crista esfenoidal anterior ou etmoidal do esfenóide. A margem póstero-inferior se une à margem ântero-superior do vômer. A margem superior se confunde com a lâmina hori- zontal do etmóide (Fig. 2.43). Crista galli É um processo triangular, suas faces laterais são convexas. A base se une à lâmina horizontal. A margem posterior termina no limite posterior do etmóide, atenuando-se progressivamente. A margem anterior possui duas cristas laterais
  • 48. CAPÍTULO 2 37 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. chamadas processos alares, que se articulam com o frontal. Estes processos limi- tam o forame cego. O vértice da crista galli dá inserção à foice do cérebro (forma- ção dural que separa os hemisférios cerebrais) (Figs. 2.42 e 2.43). LÂMINA CRIVOSA É quadrilátera e se estende de uma margem à outra da incisura etmoidal do frontal. Sua face superior, endocranial, está dividida pela crista galli em duas porções laterais sulcadas de diante para trás, são os sulcos olfatórios. Na parte anterior destes sulcos há uma depressão em relação com o bulbo olfatório. Cada um destes sulcos está crivado de pequenos orifícios que dão passagem aos filetes do nervo olfatório (Fig. 2.42). Ao lado da crista galli existe uma fenda etmoidal que dá passagem a um prolongamento da dura-máter. Por fora desta fenda, encontra-se o forame etmoidal anterior, que dá passagem ao nervo etmoidal anterior e à artéria etmoi- dal anterior. A face inferior da lâmina crivosa forma parte do teto das fossas nasais. Labirintos etmoidais ou massas laterais Estão pendentes das margens laterais da lâmina crivosa. Cada labirinto pode ser comparado a um cubo irregular, logo pode-se considerar nele seis faces. FACE SUPERIOR Prolonga lateralmente a face superior da lâmina crivosa e se articula com a superfície etmoidal do frontal. Está ocupada por semicélulas etmoidais que, completadas pelas semicélulas frontais, formam as células frontoetmoidais. Apresenta dois sulcos, um anterior e outro posterior; estes sulcos formam os canais etmoidais anterior e posterior, unindo-se aos sulcos correspondentes do frontal. Os canais etmoidais se abrem lateralmente, na cavidade orbital, no nível da sutura que une o etmóide ao frontal; pelo canal etmoidal anterior pas- sam os vasos e o nervo etmoidais anteriores; pelo posterior passam os vasos e o nervo etmoidais posteriores. FACE ANTERIOR Articula-se com a parte superior da face medial do osso lacrimal e também por sua parte superior, com a face medial do processo frontal da maxila. FACE INFERIOR Articula-se com a parte mais superior da face medial da maxila e com a face etmoidal do processo orbital do palatino.
  • 49. 38 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. FACE POSTERIOR Articula-se com a face anterior do corpo do esfenóide. FACE LATERAL É quadrilátera, lisa e quase vertical, apresenta uma lâmina plana, muito del- gada, chamada lâmina orbital, porque forma parte da parede medial da órbita (Fig. 2.46). FACE MEDIAL É muito irregular e dá origem a umas lâminas ósseas encurvadas chamadas conchas nasais média, superior e suprema (inconstante). As conchas limitam com a porção correspondente da face medial do labirinto, uns espaços chamados meatos (Fig. 2.21). Da extremidade anterior do meato médio se desprende uma lâmina óssea delgada, o processo uncinado, que lembra o aspecto de uma adaga. Por trás do processo uncinado, a parede externa do meato médio está elevada por uma célu- la etmoidal, formando uma eminência chamada bulha ou bolha etmoidal. Conexões Superior — Frontal (Fig. 2.46). Inferiores — Palatinos, conchas nasais inferiores e vômer (Figs. 2.43 e 2.44). Anteriores — Frontal e nasais (Figs. 2.42 e 2.43). Posterior — Esfenóide (Figs. 2.42 e 2.43). Laterais — Maxilas e lacrimais (Fig. 2.46). OSSO TEMPORAL (PAR) Posição — Para cima a parte do osso em forma de escama, com a face convexa para fora, na qual se destaca um processo encurvado; e para a frente a extremida- de livre deste processo. Situação — Localiza-se na parte inferior e lateral do crânio, atrás do esfenóide, diante e por fora do occipital e abaixo do parietal. O temporal compreende as seguintes partes: escamosa, timpânica, estilóide, mastóidea e petrosa. Parte escamosa É uma delgada lâmina óssea situada vertical e lateralmente no crânio. Ela apresenta uma superfície cerebral medial e, lateralmente, uma superfí- cie temporal.
  • 50. CAPÍTULO 2 39 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. O processo zigomático estende-se para a frente da parte escamosa a fim de se articular com o processo temporal do osso zigomático e, assim, contribuir para formar o arco zigomático. O arco, acompanhado para trás, mostra ser dividido em duas raízes. A anterior continua-se com a eminência articular, uma elevação lisa situada na frente de uma profunda concavidade conhecida como fossa man- dibular. Tanto a fossa quanto a eminência são amplas porções da parte escamosa do temporal. Suas margens dão inserção à cápsula da articulação temporo- mandibular (ATM). O côndilo da mandíbula ocupa a fossa mandibular quando a boca está fechada e descansa sob a eminência articular quando está aberta. A raiz posterior do arco zigomático continua-se com a crista supramastóidea. A porção da raiz posterior, situada imediatamente adiante do meato acústico externo, é denominada eminência retroarticular (Fig. 2.22). Parte timpânica Está constituída por uma lâmina timpânica curva que está fundida posterior- mente, com as partes mastóidea e petrosa, e constitui uma bainha para o proces- so estilóide. Sua parte superior forma o soalho e a parte anterior do meato acús- tico externo. Na fossa mandibular, a lâmina timpânica está separada da escama pela fissura timpanoescamosa. A parte medial desta fissura é, em geral, ocupada por uma porção do tegmen tympani (uma porção do temporal petroso), que cons- titui a parede anterolateral da parte óssea da tuba auditiva. A fissura é, assim, dividida em uma fissura petroescamosa, anteriormente, e uma fissura petro- Fig. 2.22 — Osso temporal (vista lateral): A — face lateral da escama; B — processo zigomático; C — tubérculo articular; D — fossa mandibular; E — fissura petroescamosa; F — fissura petrotimpânica; G — processo estilóide; H — incisura mastóidea; I — forame mastóideo; J — meato acústico externo; K — sulco da artéria temporal profunda posterior.
  • 51. 40 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. timpânica, posteriormente. Esta última permite a saída do nervo corda do tímpa- no (Fig. 2.22). Parte estilóide É constituída pelo processo estilóide, que é uma fina projeção de compri- mento variável em forma de estilete. Estende-se para baixo e para a frente, inici- ando-se sob a placa timpânica. Dá origem a três músculos (estiloglosso, estilofaríngeo e estilo-hióideo) e nele se prendem dois ligamentos (estilomandi- bular e estilo-hióideo) (Fig. 2.22). Parte mastóidea A porção posterior do osso temporal é chamada de mastóide; geralmente, contém certo número de espaços aéreos, as células mastóideas, que se comuni- cam com a orelha média por meio do antro mastóideo. A parte mastóidea é carac- terizada pelo processo mastóideo que se projeta para baixo, facilmente palpável no vivente. Medialmente a este processo encontramos a incisura mastóidea ou digástrica, na qual se origina o ventre posterior do músculo digástrico. A incisura mastóidea leva, anteriormente, ao forame estilomastóideo, pelo qual emerge do crânio o nervo facial. Medialmente à incisura existe, em geral, um sulco para a artéria occipital (Fig. 2.22). Fig. 2.23 — Osso temporal (vista medial): A — face medial da escama; B — eminência arqueada; C — margem superior do rochedo; D — forame mastóideo; E — incisura jugular; F — canal carótico; G — meato acústico interno; H — impressão trigeminal; I — sulco da artéria meníngea média.
  • 52. CAPÍTULO 2 41 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Parte petrosa ou rochedo Tem a configuração de uma pirâmide triangular. Ela contém a orelha interna e contribui para delimitar a orelha média. Sua base, dirigida lateralmente, fun- de-se com as outras partes do osso temporal. Seu ápice está orientado medial e anteriormente, entre o esfenóide lateralmente, e o occipital medialmente. As três superfícies são: ântero-superior, póstero-superior, ambas dirigidas para a cavida- de craniana, e a inferior, que é voltada para fora da cavidade craniana. Face ântero-superior Apresenta: 1 — na união dos dois terços anteriores com o terço posterior, uma eminência chamada arqueada; 2 — na frente dela, o forame do canal facial, que se continua com um sulco para adiante, por onde passa o nervo petroso superficial maior, lateralmente a este, um forame menor que se continua com um sulco também para adiante por onde passa o nervo petroso superficial menor; 3 — na frente destes forames, uma depressão chamada impressão trigeminal, porque aloja o gânglio trigeminal ou semilunar do nervo trigêmeo; 4 — tegmen tympani situado na frente e por fora da eminência arqueada, formando a parede superior da cavidade timpânica (Fig. 2.18). Face póstero-superior Apresenta: 1 — na união do terço anterior com o terço médio, o meato acús- tico interno que se continua com o conduto auditivo interno por onde passam os nervos intermediofacial e vestibulococlear; 2 — um pouco atrás do meato acústi- co interno encontramos uma depressão chamada fóvea ungueal, na qual se abre o forame posterior do aqueduto do vestíbulo (Fig. 2.23). Face inferior Apresenta: 1 — a fossa jugular, uma depressão situada medialmente ao pro- cesso estilóide, constitui um dos limites do forame jugular. Uma pequena abertu- ra, o canalículo mastóideo, está localizado na parede lateral da fossa jugular e dá passagem ao ramo auricular do nervo vago; 2 — o canal carótico é um túnel temporal petroso e dá passagem à artéria carótida interna em sua entrada para a cavidade craniana. A parte inferior do canal encontra-se imediatamente à frente da fossa jugular e, assim, a artéria carótida interna penetra na base do crânio, anteriormente à saída da veia jugular interna que nasce no forame jugular; 3 — no limite entre a fossa jugular e o canal carótico, encontramos uma pequena depressão, a fóssula petrosa no fundo da qual encontra-se a abertura do canalículo timpânico, que dá passagem ao nervo timpânico, ramo do nervo glossofaríngeo; 4 — a área quadrada do temporal petroso, situa-se entre o canal carótico e o forame lácero. Nela se origina o músculo levantador do véu palatino. O forame lácero é uma abertura denteada, situada entre o temporal petroso, o corpo e a asa maior do esfenóide, e a parte basilar do occipital. Ele está fechado por cartilagem no vivo e se relaciona, inferiormente, com a parte cartilagínea da tuba auditiva;
  • 53. 42 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. 5 — o sulco existente entre a área quadrada, medialmente, e a asa maior do esfenóide, lateralmente, é ocupado no vivo, pela parte cartilagínea da tuba audi- tiva. A extremidade póstero-lateral do sulco continua-se com dois canais para dentro do osso temporal. Eles terminam na orelha média (cavidade timpânica). O inferior é a parte óssea da tuba auditiva e o superior e menor é ocupado pelo músculo tensor do tímpano. Conexões Súpero-medial — Parietal (Fig. 2.11). Inferior — Mandíbula (Fig. 2.11). Póstero-medial — Occipital (Fig. 2.11). Anteriores — Esfenóide e zigomático (Fig. 2.11). Origens musculares Escama — Músculo temporal (Fig. 4.14). Mastóide — Músculos occipital, auricular posterior, esplênio da cabeça, com- plexo menor, digástrico e esternocleidomastóideo. Processo Zigomático — Músculos masseter e auricular anterior (Fig. 4.14). Processo Estilóide — Músculos estiloglosso, estilo-hióideo e estilofaríngeo (Fig. 4.6). Porção Petrosa ou Rochedo — Músculo levantador do véu palatino (Fig. 4.7). MAXILA (PAR) Posição — Para baixo, o processo alveolar; para o plano mediano, a parte cônca- va deste processo e, para trás, sua extremidade mais grossa. Situação — Está situado em cima da cavidade bucal, embaixo da cavidade orbital e por fora das fossas nasais. Toma parte na formação das paredes destas três cavidades. É um osso volumoso; entretanto, é leve, devido à existência de uma cavidade, o seio maxilar. O corpo da maxila tem a forma de uma pirâmide trian- gular cuja base está voltada para medial e o ápice para lateral apresenta três faces, anterior, superior e posterior. Do corpo partem os processos frontal, para adiante e para cima; zigomático, para fora; alveolar, para baixo; e palatino para o plano mediano. Face anterior Está em relação com as partes moles da bochecha. Apresenta o forame infra- orbital, logo abaixo da margem inferior da órbita numa vertical baixada do forame supra-orbital, uma eminência alveolar mais destacada, deixada pela raiz do cani- no superior (eminência canina), abaixo do forame infra-orbital, apresenta uma depressão chamada fossa canina (Fig. 2.24).
  • 54. CAPÍTULO 2 43 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Face orbital ou superior É triangular, lisa e constitui a maior parte do soalho da órbita. Da parte média da margem posterior desta face parte um sulco chamado sulco infra- orbital, que se dirige para a frente e se continua com o canal infra-orbital. Este canal dá passagem ao nervo e vasos infra-orbitais. Antes de atingir o forame infra-orbital, o canal dá um divertículo para baixo, chamado canal alveolar ântero-superior para o nervo e vasos alveolares ântero-superiores (Figs. 2.24 e 2.45). Face infratemporal ou posterior Forma a parede anterior da fossa infratemporal. É convexa e se chama túber ou tuberosidade maxilar. Em sua parte média observam-se os forames dos canais alveolares póstero-superiores, por onde passam os nervos e vasos alveolares póstero-superiores (Fig. 2.24). Base da pirâmide, face nasal ou medial Encontramos uma ampla abertura que dá acesso ao seio maxilar; é o hiato do seio. Fig. 2.24 — Maxila (vista lateral): A — processo frontal; B — forame infra-orbital; C — espinha nasal anterior; D — eminência canina; E — curva zigomático-alveolar; F — tuberosidade da maxila; G — processo zigomático; H — canal infra-orbital; I — face orbital.
  • 55. 44 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Em cima do hiato do seio, esta face está escavada por uma ou duas semicélulas que completam as do etmóide, formando as células maxilo-etmoidais. Na frente do hiato do seio desce o sulco lacrimal. Da extremidade inferior do lábio anterior deste sulco, parte uma crista oblíqua para adiante e para baixo, a crista da con- cha que se articula com a concha nasal inferior. O lábio posterior do sulco lacri- mal está constituído pela parte mais elevada da margem anterior do hiato do seio maxilar. Neste nível, a margem anterior do seio se encurva para dentro e para frente em uma lâmina óssea delgada chamada crista lacrimal, que forma a ver- tente posterior do sulco lacrimal. Os dois lábios do sulco lacrimal se articulam com as margens de outro sulco escavado na face lateral do osso lacrimal, formando o canal lacrimonasal. Atrás do hiato do seio encontramos um sulco oblíquo para baixo e para a frente. O osso palatino, articulando-se aí, forma um canal chamado palatino maior, que interliga a cavidade bucal inferiormente, e com a fossa pterigopalatina, su- periormente. Este canal dá passagem ao nervo e vasos palatinos maiores. Estas faces são separadas por margens que são as seguintes: margem ântero- superior ou infra-orbital, separa a face anterior da face superior; margem póstero- superior, separa a face superior da face posterior e constitui a margem inferior da fissura orbital inferior; margem infrazigomática, separa a face anterior da face posterior e constitui a curva zigomático-alveolar; e a margem anterior limita com a maxila oposta a abertura anterior das fossas nasais (Fig. 2.25). Fig. 2.25 — Maxila (vista medial): A — sulco lacrimal; B — hiato maxilar; C — tuberosidade da maxila; D — processo palatino; E — crista da concha; F — crista etmoidal; G — processo frontal.
  • 56. CAPÍTULO 2 45 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. PROCESSO FRONTAL É uma lâmina óssea quadrilátera que apresenta duas faces. A face lateral está dividida por uma crista vertical chamada crista lacrimal anterior, em duas par- tes, uma anterior e outra posterior. A parte anterior é quase lisa; a posterior está ocupada por um sulco que contribui para formar o canal lacrimonasal. A face medial forma parte da parede lateral das fossas nasais. Apresenta em sua parte média uma crista oblíqua para a frente e para baixo, chamada crista etmoidal, que se articula a concha nasal média, uma porção do etmóide. Das quatro margens do processo frontal, a anterior se articula com o osso nasal; a posterior com o lacrimal; a superior com o frontal e a inferior está soldada à própria maxila (Fig. 2.25). PROCESSO ZIGOMÁTICO Por cima do primeiro molar superior, do corpo da maxila projeta-se para fora o processo zigomático que acompanha a forma do corpo, ou seja, a forma de uma pirâmide triangular cujo vértice se articula com o osso zigomático (Fig. 2.24). Fig. 2.26 — Maxilas e palatinos (vista inferior): A — processo palatino; B — sutura intermaxilar; C — sutura maxilopalatina; D — forame palatino maior; E — forames palatinos menores; F — lâmina horizontal do osso palatino; G — espinha nasal posterior; H — alvéolos dentais; I — forame incisivo.
  • 57. 46 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. PROCESSO ALVEOLAR É côncavo para dentro e para trás, forma com o lado oposto um arco de concavidade posterior. Está ocupado por cavidades chamadas alvéolos divididos por septos inter-alveolares. Nestes alvéolos articulam-se os dentes superiores. Os alvéolos que contêm dentes multirradiculares estão divididos por septos interradiculares (Fig. 2.26). PROCESSO PALATINO É um processo ósseo horizontal que se dirige medialmente e se articula com o seu homônimo para formar a maior parte do teto da cavidade bucal e o soalho das fossas nasais. Sua face superior é lisa e côncava no sentido lateromedial. A face inferior é rugosa e próximo à sua margem lateral é escavada por um sulco oblíquo para a frente e medialmente, por onde passam o nervo e os vasos palatinos maiores. Ainda nesta face, a articulação dos dois processos palatinos se traduz por uma sutura mediana, a sutura intermaxilar. Na extremidade anterior desta sutura se encontra o forame incisivo que dá acesso ao canal incisivo que se bifur- ca em dois canais secundários que desembocam nas fossas nasais, por onde pas- sam o nervo e os vasos incisivos. A margem lateral do processo palatino, curvilínea, está unida à maxila; a margem posterior articula-se com a margem anterior da lâmina horizontal do palatino; a margem medial, está estriada verticalmente por rugosidades que en- grenam com as do lado oposto. Sobressai para cima a aresta nasal que corre ao longo desta margem. Quando os dois processos estão articulados, as duas arestas se unem formando a crista nasal, que sobressai no plano mediano do soalho das fossas nasais, se articula com o osso vômer e se eleva bruscamente no terço ante- rior se projetando para frente formando a espinha nasal anterior (Fig. 2.26). SEIO MAXILAR É uma cavidade no interior da maxila. Tem a forma de uma pirâmide quadrangular, limitada por paredes superior ou orbital, inferior ou alveolar, pos- terior ou infratemporal e anterior ou bucal; uma base (parede nasal ou medial) e um vértice voltado para o processo zigomático. Conexões Superiores — Frontal, etmóide e vômer (Fig. 2.10). Inferiores — Dentes superiores (Figs. 2.24 e 2.25). Anteromedial — Nasal (Figs. 2.10 e 2.11). Mediais — Maxila oposta e concha nasal inferior (Figs. 2.10 e 2.44). Pósterolateral — Zigomático (Figs. 2.10 e 2.11). Posteriores — Lacrimal e palatino (Figs. 2.10, 2.26 e 2.44).
  • 58. CAPÍTULO 2 47 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Origens musculares Oblíquo inferior na face orbital; orbicular do olho, levantador do lábio superior e da asa do nariz na face lateral do processo frontal; levantador do lábio superior, levantador do ângulo da boca, nasal e dilatador da asa do nariz na face anterior; pequena porção ântero-superior do masseter, na curva zigo- maticoalveolar; e bucinador, na face lateral do processo alveolar no nível de molares. OSSO ZIGOMÁTICO (PAR) Posição — Face côncava para o plano mediano, com a sua porção rugosa para adiante e medialmente, e o processo que emerge da margem superior desta face para o plano mediano quase horizontalmente. Situação — Está situado na parte inferior e lateral da órbita e repousa sobre a maxila. Ele apresenta uma superfície orbital que contribui para a formação do soalho e parede lateral da órbita e uma superfície temporal, localizada na fossa temporal. Na face lateral, o osso zigomático é perfurado pelo pequeno forame zigomaticofacial para o nervo do mesmo nome, na face orbital o forame zigoma- ticorbital e na face temporal o forame zigomático temporal (Figs. 2.27 e 2.28). Fig. 2.27 — Osso zigomático (vista lateral): A — processo frontal; B — face orbital; C1 — forame zigomaticofacial; D — processo maxilar; E — processo temporal. 1
  • 59. 48 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Conexões Superior — O processo frontal do zigomático articula-se com o processo zigomático do frontal (Fig. 2.11). Anteromedial — O processo maxilar do zigomático articula-se com o processo zigomático da maxila (Fig. 2.10). Posterior — O processo temporal do zigomático articula-se com o processo zigomático do temporal (Fig. 2.10). Póstero-medial — o processo esfenoidal do zigomático articula-se com a crista zigomática do esfenóide (Fig. 2.10). ORIGENS MUSCULARES Na face lateral, os músculos zigomáticos maior e menor; na face temporal, o músculo temporal; e, na margem póstero-inferior, o músculo masseter. OSSO NASAL (PAR) Posição — A face lisa e convexa para frente e para fora; a margem que apresenta uma incisura, para baixo, e a margem vertical, mais grossa, para a frente e para medial. Situação — O osso nasal está situado junto ao plano mediano, à frente, e medial ao processo frontal da maxila e abaixo do frontal. Fig. 2.28 — Osso zigomático (vista medial): A — processo frontal; B — face orbital; C2 — forame zigomaticorbital; C3 — forame zigomaticotemporal; D — processo maxilar; E — processo temporal.
  • 60. CAPÍTULO 2 49 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. É uma lâmina óssea quadrilátera que apresenta uma face anterolateral e ou- tra póstero-medial; e quatro margens, uma superior, uma inferior, uma antero- medial e uma póstero-lateral (Fig. 2.29). Conexões Superior — Frontal (Fig. 2.10). Posterior — Etmóide (Fig. 2.43). Póstero-lateral — Maxila (Fig. 2.10). Anteromedial — Nasal oposto (Fig. 2.10). Origens musculares na face anterolateral Músculos prócero, nasal, levantador do lábio superior e da asa do nariz (às vezes). OSSO LACRIMAL (PAR) Posição — A face que apresenta uma crista vertical para fora, o hâmulo terminal desta crista, para baixo e para adiante. Situação — Está situado na parede medial da órbita, por trás do processo frontal da maxila, à frente da lâmina orbital do etmóide e abaixo do frontal. Fig. 2.29 — Osso nasal direito (vistas anterior e posterior): A — margem superior ou frontal; B — margem inferior; C — margem lateral ou maxilar; D — margem medial ou nasal.
  • 61. 50 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. O osso lacrimal é uma lâmina óssea quadrilátera que apresenta duas faces e quatro margens. Face lateral Está dividida em duas partes pela crista lacrimal posterior; uma posterior lisa e uma anterior escavada por um sulco vertical que entra na formação do canal lacrimonasal. No ponto em que a crista lacrimal posterior encontra a margem superior da maxila, apresenta um pequeno processo em forma de gancho, chamado hâmulo lacrimal (Fig. 2.20). Face medial É lisa anteriormente, onde corresponde à mucosa das fossas nasais; é desi- gual na sua parte póstero-superior, que se articula com a face anterior do labirin- to etmoidal. Conexões A margem superior do lacrimal se articula com o processo lacrimal do frontal; a margem inferior, com o processo lacrimal da concha nasal inferior; a margem posterior, com a lâmina orbital do etmóide; e a margem anterior com a margem posterior do processo frontal da maxila (Fig. 2.46). Origens musculares Na crista lacrimal posterior, o músculo orbicular do olho e, por trás da crista, o músculo do saco lacrimal. Fig. 2.30 — Osso lacrimal direito (vista lateral): A — crista lacrimal posterior; B — sulco lacrimal; C — hâmulo lacrimal; D — face orbital.
  • 62. CAPÍTULO 2 51 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. CONCHA NASAL INFERIOR (PAR) Posição — Medialmente, a face convexa; para cima a margem que apresenta dois processos e, para trás, a extremidade mais afilada. Situação — Localiza-se na fossa nasal, sendo uma lâmina óssea encurvada, fixa à parede lateral da fossa nasal por sua margem superior e livre no resto de sua extensão. Fig. 2.31 — Concha nasal inferior direita (vistas medial e lateral): A — processo lacrimal; B — processo etmoidal; C — extremidade posterior; D — margem inferior; E — extremidade anterior; F — processo maxilar. A concha nasal inferior apresenta duas faces, uma medial e outra lateral; e duas margens, uma superior e outra inferior. Face medial Convexa, voltada para o septo nasal. Está dividida por uma crista antero- posterior numa parte superior lisa e uma inferior rugosa. Face lateral É côncava e limita o meato inferior. Margem inferior É livre, convexa, grossa e rugosa.
  • 63. 52 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Margem superior ou articular Nesta margem encontramos de diante para trás: 1 — uma parte anterior rugo- sa, que se articula com a crista conchal da maxila; 2 — o processo lacrimal que se articula com a margem inferior do osso lacrimal; 3 — o processo maxilar que se articula com o lábio inferior do hiato do seio maxilar; 4 — o processo etmoidal que se articula com o processo uncinado do etmóide; 5 — uma porção rugosa que se articula com a crista conchal do palatino (Fig. 2.31). Conexões Ântero-superior — Lacrimal (Fig. 2.44). Póstero-Superior — Etmóide (Fig. 2.44). Anterolateral — Maxila (Fig. 2.44). Póstero-lateral — Palatino (Fig. 2.44). OSSO PALATINO (PAR) Posição — Para baixo a lâmina horizontal; para trás a margem côncava desta lâmina e medialmente sua margem mais grossa. Situação — Localiza-se atrás da maxila e à frente do esfenóide. Compõe-se de uma lâmina óssea horizontal e de uma vertical, que se unem em ângulo reto. Fig. 2.32 — Osso palatino direito (vista medial): A — processo orbital; B — incisura esfenopalatina; C — processo esfenoidal; D — processo piramidal; E — superfície articular da lâmina medial; F — processo maxilar; G — crista da concha; H — lâmina vertical; I — crista etmoidal.
  • 64. CAPÍTULO 2 53 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Lâmina horizontal Sua face superior é lisa e côncava lateromedialmente; completa posterior- mente o soalho da fossa nasal. Sua face inferior pertence ao teto da cavidade bucal. É rugosa e está escavada por um sulco que continua o sulco palatino maior. A margem lateral corresponde à linha de união das lâminas horizontal e vertical. A margem medial se articula com o lado oposto formando a parte poste- rior do soalho das fossas nasais e teto da cavidade bucal. A margem anterior articula-se com o processo palatino da maxila. A margem posterior é livre, côn- cava para trás (Fig. 2.34). Lâmina vertical Sua face medial forma parte da parede lateral da fossa nasal. Na união do seu terço médio com seu terço inferior observa-se uma crista horizontal, a crista conchal, que se articula com a concha nasal inferior. Em sua parte superior se vê outra crista chamada crista etmoidal, que se une à concha nasal média do etmóide (Fig. 2.32). Na face lateral temos que considerar quatro segmentos principais: 1 — o segmento sinusal, que corresponde à cavidade do seio maxilar; 2 — um segmen- to maxilar rugoso, articulado com a parte posterior da face medial da maxila; 3 — somente na metade superior do osso, um segmento interpterigomaxilar, liso, si- tuado entre o segmento maxilar e o segmento pterigóide, formando a parede medial da fossa pterigopalatina; 4 — um segmento posterior, o pterigóideo, rugoso, por- que se articula com a face medial da lâmina medial do processo pterigóide. A margem inferior se confunde com a margem lateral da lâmina horizontal. Fig. 2.33 — Osso palatino direito (vista lateral): A — processo orbital; B — processo maxilar; C — sulco pterigopalatino; D — processo piramidal; E — processo esfenoidal.
  • 65. 54 Sistema Esquelético © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. A margem superior é irregular e apresenta dois processos, um anterior ou orbital e outro posterior ou esfenoidal, separados pela incisura esfenopalatina (Fig. 2.32). Processo orbital Apresenta três faces articulares: 1 — palatina, que corresponde ao trígono palatino da maxila; 2 — etmoidal, se articula com o labirinto etmoidal; 3 – esfenoidal, na qual se apóia o corpo do esfenóide. Por fora e por baixo da face esfenoidal, o processo orbital apresenta uma pequena superfície lisa com duas vertentes; uma superior, orbital, forma a parte mais posterior do soalho da órbita; e uma posterior, pterigopalatina, constitui a parte mais elevada da parede anterior da fossa pterigopalatina. Processo esfenoidal Apresenta uma face ínfero-medial côncava e uma súpero-lateral conve- xa. A face ínfero-medial forma parte da parede superior da fossa nasal. A face súpero-lateral se aplica contra a face medial da lâmina medial do pro- cesso pterigóide. A margem anterior da lâmina vertical do palatino cruza por cima a parte posterior do hiato do seio. Abaixo deste hiato, a margem anterior emite um longo processo delgado, triangular, o processo maxilar do palatino. A margem posterior apóia-se sobre a face medial da lâmina medial do pro- cesso pterigóide. Fig. 2.34 — Osso palatino direito (vista posterior): A — processo orbital; B — incisura esfenopalatina; C — processo esfenoidal; D — lâmina horizontal; E — processo piramidal.
  • 66. CAPÍTULO 2 55 © Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA. Processo piramidal É um prolongamento do palatino que nasce da face lateral da lâmina ver- tical, atrás do segmento maxilar do palatino. O processo piramidal preenche o espaço compreendido entre as extremidades inferiores das lâminas do pro- cesso pterigóide. A face posterior do processo piramidal articula-se com a margem anterior das lâminas do processo pterigóide (Fig. 2.34). A face anterior se articula com o túber da maxila. A face inferior apresenta os forames palatinos menores por onde passam ner- vos e vasos do mesmo nome (Fig. 2.26). Conexões Anterior — Maxila (Fig. 2.26). Posterior — Esfenóide (Fig. 2.44). Mediais — Palatino oposto e concha nasal inferior (Figs. 2.26 e 2.44). Superior — Etmóide (Fig. 2.44). Origens musculares Músculos da úvula, palatofaríngeo, tensor do véu palatino, constritor superior da faringe, pterigóideo lateral e pterigóideo medial. OSSO VÔMER (ÍMPAR) Posição — Para cima, a margem que apresenta dois prolongamentos laterais e, para trás, a parte mais ampla desta margem. Situação — Localiza-se na parte posterior e inferior do septo nasal. É uma lâmi- na óssea delgada que apresenta dois prolongamentos laterais na sua margem superior. As faces do vômer são geralmente planas. Entretanto, podem apresentar des- vios, tanto que uma face pode ser côncava e outra convexa. A margem superior está dividida por duas lâminas, as asas do vômer, separa- das por um sulco. Este sulco corresponde à crista média da face inferior do corpo do esfenóide, formando assim, o canal esfenovomeriano. As margens das asas do vômer formam com o processo vaginal do esfenóide um canal chamado vomero- vaginal (Fig. 2.35). A margem ântero-superior articula-se com a lâmina vertical do etmóide. A margem posterior é livre e separa as aberturas posteriores das fossas nasais ou coanas. A margem inferior articula-se com a crista nasal das maxilas e dos palatinos.