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JORNAL DE CRISTALINA 1Julho de 2013
ANO IV - Nº 31 - JULHO DE 2013
EDIÇÃO
ESPECIAL
R$ 5,00
PREÇO
SIMBÓLICO
Cristalina participou de importante
movimento no Brasil, conhecido como
Revolução de 1930. Na realidade um
Golpe de Estado, que depôs o presidente
da República Washington Luís e impe-
diu a posse do presidente eleito, Júlio
prestes e deu início a um período ditato-
rial de 15 anos, comandado pelo gaúcho
Cristalina sob tensão
A nossa cidade completa
97 anos de Emancipação Po-
lítica, e gostaria de parabeni-
zar toda a população.
Gente que, com seu traba-
lho diário, constrói o desen-
volvimento da cidade. Muitos
aqui nasceram, outros, como
eu, aqui chegaram e constitu-
íram família. Por isso, não
medimos esforços quando se
fala em solidariedade, em
busca do bem-estar comum.
Semear ações e colher con-
quistas, buscando no presen-
te o futuro! Desejo que as
conquistas da comunidade
sejam sempre crescentes, de-
monstrando que somos nós
quem fazemos o amanhã e
que nossa perseverança é a
luz que ilumina o caminho
rumo a um país mais justo.
Parabéns a todos que, dia-
riamente, cumprem sua mis-
são, contribuindo com o de-
senvolvimento do município,
buscando sempre novos pro-
jetos e aceitando o desafio de
fazer mais e melhor.
Parabéns, Cristalina!
Vereador Daniel do
Sindicato e Família
Cumprimento a população
de Cristalina nas comemora-
ções dos 97 anos de emanci-
pação política do município.
Cristalina tornou-se um pólo
do desenvolvimento econô-
mico, social, educacional e
cultural de Goiás. O acesso de
seu povo à instrução, prerro-
gativa da cidadania, os gan-
hos na qualidade de vida e o
desenvolvimento do agrone-
gócio evidenciam o progres-
so que orgulha sua população
e a todos os goianos.
No 97º aniversário do mu-
nicípio, o governo estadual
sente-se participante desse
progresso, na medida que tem
atendido, com especial aten-
ção, às suas demandas.Apre-
sento minhas felicitações ao
querido povo de Cristalina e
manifesto o reconhecimento
público do Governo de Goi-
ás pela grandeza e pujança de
sua comunidade.
Marconi Perillo
Governador de Goiás
Getúlio Vargas. Leão Rodrigues deAfon-
seca, professor naquele ano, registrou
com riqueza de detalhes, 43 anos depois,
o que aconteceu em Cristalina durante 24
dias de inquietação. O Jornal de Cris-
talina publica a história, já conhecida de
quem leu o livro Cristalina em Letras,de
autoria do editor. Páginas 9 a 12
Um grande
abraço,
Cristalina!
Parabéns,
Cristalina!
Oh! Minha amada Cristalina!
Terra hospitaleira e encantada,
Serás sempre uma menina
E minha eterna namorada.
Cristalina é uma riqueza
Que encanta viajantes
Com sua esplêndida beleza
E seus cristais brilhantes.
Aqui em Cristalina eu nasci,
Aqui em Cristalina eu cresci.
Se eu tiver que escolher
Aqui eu quero deleitar,
Aqui eu quero ficar
Aqui eu quero morrer.
Germano de Oliveira Melo
Declaração
de amor a
Cristalina
O Jornal de Cristalina se congratula
com toda a população pela passagem de
seu 97º aniversário de emancipação polí-
tica e administrativa. Nesta edição histó-
rica, reportagens sobre o artista Germano
de Oliveira Melo e o escritor Luiz Alber-
to de Queiroz. Também várias mensagens
e muitas notícias do presente e do passa-
do. Como são 20 páginas e a edição tem
valor histórico, sugerimos que o material
seja arquivado para posteriores consultas.
Parabéns, Cristalina!
Em breve o Hospital
Nossa Senhora do
Rosário estará
inaugurando o
primeiro serviço de
tomografia, que
contará com a
realização de todos
os exames da área
de tomografia.
HNSR – Um jeito diferente
de fazer saúde
Mais inovação e
tecnologia para a
saúde da população
cristalinense
JORNAL DE CRISTALINA2 Julho de 2013
ARTIGO
Cristalina rumo ao centenárioada vez mais aumenta a
consciência de que não
é possível permanecer
com o atual modelo de de-
senvolvimento urbano que
temos hoje em Cristalina.
É necessário que se cons-
trua a transição para um de-
senvolvimento sustentável,
que integre as dimensões so-
cial, ambiental e ética, base-
ado em uma economia que
seja includente, verde e res-
ponsável.
E não há melhor lugar
para exercitar essa agenda
do que em nossa cidade de
Cristalina, lugar tão privile-
giado por sua natureza, sua
história e sua cultura, que
exige de cada um de nós
uma parcela de contribuição
para a construção de uma
cidade com maior qualida-
de ambiental, mais justa,
planejada, inovadora, criati-
va, inteligente e segura. Pre-
tendemos iniciar a partir do
2º semestre deste ano de
deputado Valcenôr
Braz tem atuado de for-
ma intensa pelos muni-
cípios goianos, principal-
mente os que fazem parte
da região metropolitana de
Brasília. Cristalina está en-
tre as cidades pelas quais o
parlamentar tem buscado
junto ao governo estadual
melhorias e condições para
o desenvolvimento.
Quando se fala em de-
senvolvimento, o deputado
estadual, ressalta: ”Crista-
lina cresce em todos os
sentidos, nos orgulha como
cidade goiana.”
Afinal, Cristalina cres-
ce economicamente e pos-
sui o maior PIB agrícola
do Brasil. E o parlamen-
tar ainda lembra: ӎ uma
terra onde tudo o que se
planta, dá” . Não é por
acaso que Cristalina está
entre os maiores produto-
res nacionais de soja, mi-
lho, feijão, alho, batata,
cebola, entre outras cultu-
Deputado Valcenôr Braz parabeniza a cidade de Cristalina
Deputado Valcenôr: parabéns, Cristalina, por seu aniversário, lutas e conquistas
C
O
ras. Aliás, é o município
com a maior concentração
de pivôs no Brasil. Hoje
existem 600 pivôs nas
grandes lavouras de Cris-
talina. São mais 40 mil
hectares irrigados.
Enquanto o homem do
campo se esforça na terra,
na Assembleia Legislativa
de Goiás o deputado se es-
força em busca de mais re-
cursos. Valcenôr Braz está
constantemente junto à di-
reção da Celg para resolver
problemas de energia elé-
trica que a cidade enfrenta.
Dificuldade tanto na zona
urbana quanto na rural.
Mediante as solicitações
do Sindicato Rural de Cris-
talina, o deputado tem in-
termediado com o governo
do estado, e foi possível
conseguir, por exemplo, a
doação de camionete para
o patrulhamento rural, vi-
sando diminuir o problema
de roubo nas fazendas.
O agronegócio tem ofe-
recido mão de obra e mai-
or rentabilidade para as fa-
mílias que nasceram e as
milhares que escolheram se
instalar nas cidade também
conhecida como Terra dos
Cristais. É da riqueza do
solo que Cristalina tam-
bém se sobressai.
O deputado estadual
Valcenôr Braz se orgulha e
se alegra por ser represen-
tante do município e para-
beniza a cidade de Crista-
lina pelo aniversário, pelas
lutas e conquistas. “Respei-
to essa cidade e sua gente
pela importância que têm
para o crescimento e o de-
senvolvimento de Goiás”,
concluiu o deputado. (YG)
2013, os debates ten-
do como tema “A
Construção da Cida-
de Sustentável para
Todos”.
A ideia é que con-
sigamos desenvolver
um debate com a po-
pulação em geral e a
sociedade civil orga-
nizada onde se discu-
ta o perfil da cidade
que queremos em seu
centenário, e que ofe-
reça as condições e
oportunidadesequita-
tivas aos seus habi-
tantes, assumindo o
desafio de construir
um modelo sustentá-
vel de sociedade e vida urba-
na, baseado nos princípios da
solidariedade, da liberdade,
da igualdade, da dignidade e
da justiça social, tendo como
umdosfundamentosorespei-
to às diferenças culturais ur-
banaseoequilíbrioentreour-
bano e o rural.
Ações como a destinação
adequada dos resíduos do-
mésticos, o respeito à pro-
priedade, o cuidado com o
espaço e o patrimônio públi-
co, a urbanização e sanea-
mento básico da cidade, a re-
gularização das escrituras
das nossas casas, estabilida-
de da energia elétri-
ca e água nas tornei-
ras, farão parte dos
temas a serem deba-
tidos.
Precisamos de
uma administração
mais humanista, com
uma agenda positiva
voltada para a melho-
ria dos serviços pú-
blicos e o atendimen-
to aos anseios e ne-
cessidades da popu-
lação. De um poder
legislativo participa-
tivo, que inclua a po-
pulação nos debates
de interesse da nossa
cidade, com uma
maior realização de audiên-
cias públicas onde todos te-
nham a chance de opinarem.
Precisamos unir esforços
e articular forças de diferen-
tes atores da sociedade em
busca da construção coleti-
va da cidade que queremos.
E qual tem sido a sua par-
cela de contribuição nessa
imensa construção coletiva
que é o futuro de Cristalina?
As discussões sobre os de-
safios e o futuro da cidade
nos oferecem a oportunida-
de de repensarmos nossas
relações com o ambiente em
que vivemos e os impactos
positivos ou negativos que
causamos. Estão sendo pri-
vilegiados objetivos pesso-
ais ou se pensa também no
interesse coletivo?
Quando queremos um fu-
turo melhor, precisamos es-
tudar, planejar e agir no pre-
sente,paraentãoprojetareste
futuro. Neste contexto, é fun-
damental saber distinguir o
essencial do dispensável e
definirestratégiasparaalcan-
çar o destino desejado.
Parabéns Cristalina,
por seu aniversário de 97
anos! E vamos nos unir
para construirmos uma
cidade melhor no seu cen-
tenário!
Guilherme Castelo Branco é advogado dos
trabalhadores de Cristalina e suplente de ve-
reador pelo Partido Verde - 43
JORNAL DE CRISTALINA 3Julho de 2013
Mensagem aos
cristalinenses
Minha querida
Cristalina,
“Cristalina
é hoje o mai-
or Produto In-
terno Bruto
(PIB) agríco-
la do País, se-
gundo dados
do IBGE de
2010. O mu-
nicípio pro-
duz R$ 624
milhões em
uma varieda-
de de 34 tipos de culturas. O segredo
dessa riqueza é o trabalho diário e in-
cansável de sua gente. Parabéns aos
produtores rurais, empresários, técni-
cos e trabalhadores dedicados e res-
ponsáveis pela eficiente agricultura ir-
rigável e sustentável do município”.
José Mário Schreiner,
Presidente do Sistema FAEG/
SENAR e vice-presidente
Financeiro da CNA.
Agradecimentopelasoportunidades
vereador Bernardo Vaca-
ro Fachinello (PP) está
entusiasmado com os pri-
meiros seis meses de manda-
to. Ele contabiliza viagens em
buscadebenefíciosparaomu-
nicípio, assiduidade nas ses-
sões plenárias e nas reuniões
entre os vereadores e o aten-
dimento ao público. “Procuro
fazer um mandato de forma
equilibrada, atuando interna-
mente em todas as atividades
da Câmara, mas também sa-
indo em busca de recursos,
utilizando as responsabilida-
des e as prerrogativas do car-
go, que abrem portas junto às
autoridades federais e estadu-
ais”, diz o vereador, que viaja
constantemente a Brasília e
Goiânia para apresentar rei-
vindicaçõesadeputados,sena-
dores, ministros e secretários
de estado.
“Pode ser que os benefíci-
os demorem um pouco, mas
o importante é plantar para
colher no tempo certo”, afir-
ma Bernardo, que está aguar-
dando a confirmação de plei-
tos apresentados, como a vin-
da de uma patrola, prometida
pelo presidente de seu parti-
do, deputado federal Roberto
Balestra.
Filho do vice-prefeito João
Carlos Fachinello, a quem
nutre respeito e admiração, o
vereador se empolga, quando
fala sobre Cristalina, trabalho
Família Fachinello, do vice-prefeito João e do vereador Bernardo em foto que se repete ano a
ano – União, amor e trabalho
e família. “Aprendi com meu
pai a trabalhar por ideal, gos-
tar de Cristalina e considerar
sua gente. Chegamos aqui há
30 anos e o que temos está
aqui, para contribuirmos com
o progresso e o desenvolvi-
mento da cidade e da região”,
fala o vereador que, além da
atividade legislativa, é apai-
xonado pela empresa da famí-
lia, que representa a Librela-
to em dezenas de cidades em
Goiás e Minas Gerais.
“Gosto de tudo que faço
junto ao meu pai, minha mãe,
irmãos, esposa e filhos. As-
sim ganho motivação para
trabalhar todos os dias, seja
na 40 Implementos Rodoviá-
rios, seja no cumprimento do
mandato que o povo me deu,
do qual eu me orgulho e pro-
curo exercer com zelo, dedi-
cação e honestidade”, diz
Bernardo, que deve ser um
dos postulantes ao cargo de
presidente da Câmara na elei-
ção que ocorrerá em dezem-
bro.
Antes de encerrar a entre-
vista, o vereador fez questão
de saudar Cristalina pelos
seus 97 anos. “Eu e minha
família só temos a agradecer
a essa terra. Nos envolvemos
no dia a dia da comunidade
trabalhando em nossas em-
presas, participando de clubes
de serviço, acompanhando a
vida social e política dessa
terra. Por isso, parabéns a
Cristalina e ao seu generoso
povo pelas portas abertas a
quem acredita e investe neste
desenvolvimentista municí-
pio”, arrematou de forma efu-
siva o vereador.
Salve, salve,
Cristalina!!!
Amigos e
amigas
Quero para-
benizar o mu-
nicípio de
Cristalina e to-
dos os seus
moradores pe-
los 97 anos de
história, que
serão comple-
tados no pró-
ximo dia 18 de
julho.
É uma ale-
gria e honra
para mim, ter acompanhado de perto
33 anos desta história, já que a minha
família se estabeleceu aqui em 1980,
quando eu tinha apenas dois anos de
idade.
Pode contar comigo, Cristalina,
para defender os seus filhos de toda e
qualquer injustiça!
Parabéns, Cristalina!
Vereador Luiz Henrique
É uma honra
para mim e para
minha família fa-
zer parte da histó-
ria dessa próspera
e abençoada terra.
Obrigado pela
oportunidade que
me deu de atuar
nesta terra como
engenheiro civil,
empresário, depu-
tado, secretário de estado e prefeito.
Cristalina é peça importantíssima
na engrenagem que faz Goiás crescer
e se destacar como um estado emer-
gente. A magia dos cristais, as bele-
zas naturais, a abundância de água, a
força do homem do campo, a tecnifi-
cada irrigação e sua benévola popu-
lação fazem desse importante pedaço
de terra orgulho para quem conhece
e habita em seu solo.
Parabéns Cristalina!!!
Antonino C. de Andrade e Família
Aimportânciade
Cristalinaparanos-
sa região, para Goi-
ás e para o Brasil, a
fazdespontarcomo
importante polo de
desenvolvimento e
progresso.
Quero externar
minha admiração e
respeito por quem mora, trabalha e
produz para que Cristalina alcance
elevado patamar de reconhecimento
pelo que representa em termos de his-
tória, cultura e economia para quem
a conhece e vive o seu dia a dia.
Você, Cristalina, se desponta no
cenário nacional e mundial, pela ou-
sadia, determinação e bravura da sua
gente.
Parabéns a todos os habitantes des-
sa maravilhosa terra!
Célio Silveira
Presidente da Agência Goiana de
Esporte e Lazer
O
JORNAL DE CRISTALINA4 Julho de 2013
± Sete
Notas
Eliézer Bispo
eliezer.bispo@yahoo.com.br
O Jornal de Cristalina é uma publicação da empresa ELIÉZER
BISPO - CNPJ 13.922.487/0001-01 - Endereço: Rua Floresta,
Qd. 12, Lote 07 - Cristalina Velha - CEP 73850-000 - Cristalina
- GO - Telefone: (61) 9912-3123 - E-mail:
jornaldecristalina@gmail.com e/ou
eliezer.bispo@yahoo.com.br - Jornalista Responsável:
Eliézer Bispo - DRT GO01469JP - Operários da
voluntariedade jornalística: Ezequiel dos Santos Bispo, Tiago
dos Santos Bispo e Franklin Ribeiro - Tiragem: 3.000
exemplares - Projeto Gráfico e Diagramação: Marcone Barros
– 3568-6394 - Circulação: Goiás - Brasília
E X P E D I E N T E
A prefeitura quer o domínio do imóvel, incluindo a igreja, que
compreende a Praça São Sebastião
Câmara encerra semestre com polêmicas
lgumas polêmicas marca-
ram o encerramento do
primeiro semestre na Câ-
mara dos vereadores.Avelha
prática do Poder Executivo de
enviar projetos de última
hora, parece ser uma norma
da atual administração, que
desde o mandato passado pri-
mou por pegar vereadores e
comunidade de surpresa.
Seguindo a mesma prática
dos últimos anos, a Câmara
recebeu um projeto de lei (e
já queria votar de imediato)
onde o artigo 1º rezava: “Fica
o Poder Executivo Municipal
autorizado a afirmar a situa-
ção de dominialidade do imó-
vel constituído pela Praça
São Sebastião, situada na
Rua Jovino de Paiva, quadra
04, bairro Cristalina Velha,
para fins de prova junto aos
órgãos públicos municipais,
estaduais e federais”.
Pegos de surpresa, verea-
dores da oposição mobiliza-
ram lideranças da Igreja Ca-
tólica que, estonteadas, cor-
reram para a Câmara para sa-
ber o que estava acontecen-
do. Alguns, com dificuldade
para acreditar na iniciativa do
prefeito Luiz Attié, acharam
até que era brincadeira, mas
quando chegaram e viram o
clima tenso e alguns vereado-
res da situação a fim de fazer
uma votação rápida, se assus-
taram.
Com a presença da tropa de
choque da prefeitura no ple-
nário e a chegada do padre
Geraldo, os vereadores resol-
veram ouvir um representan-
te da prefeitura para explicar
a situação. Um senhor apre-
sentado como doutor Náder
usou a tribuna e falou em
nome do prefeito, argumen-
tando que a Igreja Católica
iria perder só o domínio do
local, mais nada. A explica-
ção simplista, feita com na-
turalidade pelo doutor até en-
tão desconhecido da comuni-
dade, foi feita como se equi-
valesse a alguém ir até uma
padaria comprar pães ou fa-
zer uma caminhada no final
da tarde. “A prefeitura só vai
dominar o imóvel, mais
nada.” A afirmação é a mes-
ma coisa de que se alguém
entrasse na casa de outra pes-
soa e falasse: “a partir de hoje
esta casa é minha, mas eu dei-
xo você morar nela”.
Depois que o procurador
do prefeito falou, o padre
Geraldo fez uso da palavra.
Com voz calma, ele chamou
a atenção dos vereadores; “é
muita imprudência querer
aprovar um projeto assim.
Têm que conversar com a
comunidade e vocês têm que
fazer isso porque representam
a comunidade. Não podemos
misturar as coisas”, falou o
pároco, que foi calorosamen-
te aplaudido.
Depois da fala do líder ca-
tólico a sessão foi suspensa.
Quando retomados os traba-
lhos, se anunciou que o pro-
jeto havia sido retirado da
pauta daquela sessão, a pedi-
do do autor, no caso, o pre-
feito municipal. Como foi
somente retirado, ainda há a
expectativa de que o projeto
volte em agosto.Asessão será
no dia 1°, às 09h.
O assunto dominou (olha a
dominialidade aí) todas as
rodas de conversas na cida-
de, quaisquer fossem os luga-
res. Nos bares, nas praças, nas
ruas, nos comércios, nos ve-
lórios, nas igrejas não se fa-
lava em outra coisa a não ser
na “desapropriação” (a popu-
lação usou esse termo, já que
dominialidade é de raríssimo
uso no vocabulário popular),
da Igreja São Sebastião. Nas
missas dominicais que se se-
guiram o padre Geraldo che-
gou a dizer que não teria ca-
bimento ir até à prefeitura
pegar as chaves da igreja e
depois da missa ir lá devol-
ver todas as vezes.
Depois do fato não houve
um pronunciamento oficial
sobre o caso, mas a alegação
de assessores do prefeito e de
vereadores de sua base, pelo
Facebook, é de que viria
muito dinheiro para restaurar
a praça e a igreja se o domí-
nio passasse para a prefeitu-
ra. Como não veio... De ver-
dade mesmo sobre o assun-
to, só o estranho desejo de
dominar o imóvel da igreja,
fato jamais visto na história
de Cristalina.
Centec
Outras polêmicas foram
mais pedidos de desapropria-
ção e a doação do local onde
funciona o Centec para o Ins-
tituto Federal Goiano – IFG.
Mesmo dizendo que o proje-
to era inconstitucional, por-
que o terreno não mais per-
tence ao município, mas ao
Estado, os vereadores aprova-
ram a matéria por maioria dos
votos. Somente o vereador
Daniel do Sindicato que, ao
apresentar uma certidão do
Cartório de Imóveis, a qual
atesta que o imóvel não é do
município, votou contra. Luiz
Henrique se absteve, Rosival-
do Pelota não estava na ses-
são e os demais vereadores
votaram a favor do projeto.
O vereador Daniel do Sindicato, por entender que vereador
não pode aprovar projeto inconstitucional, votou contra a do-
ação de área que não mais pertence ao município, enquanto
Luiz Henrique se absteve e os demais vereadores votaram a
favor do projeto de doação do Centec ao estado
A
A POLÊMICA DA IGREJA
A dominialidade pretendida pela prefeitura na Praça São
Sebastião, inclusive do templo da Igreja Católica, através
de projeto de lei enviado à Câmara, causou o maior alvo-
roço na cidade. Na cabeça do povo, dominialidade é igual
à desapropriação. O assunto escandalizou muita gente.
ROMPIMENTO À VISTA?
Teria acontecido em uma fazenda, reunião entre seis
vereadores com o objetivo de formar um bloco de oposi-
ção mais forte, para disputar a presidência da Câmara.
Quem estaria articulando o movimento seria o vereador
Marcelo Pezão (PTN), que pleiteia o cargo, mas entende,
segundo pessoas próximas a ele, que na base do prefeito
dificilmente seria o escolhido. Marcelo estaria muito de-
cepcionado com o tratamento que vem recebendo por parte
do prefeito.
A DISPUTA JÁ COMEÇOU
Se o rompimento se confirmar, a disputa pela preferên-
cia de quem deve ocupar a presidência, entre os aliados
do prefeito, será entre José Orlando e Bernardo Fachine-
llo. Cada um tem sua estratégia, mas já dá para sentir nos
bastidores que a disputa já começou, embora faltem qua-
se cinco meses.
NOTÍCIA EM REDE NACIONAL
Foi lamentável a notícia da morte de duas mulheres no
distrito de Campos Lindos, enquanto realizavam mani-
festação (no caso delas) em favor de regularização fundi-
ária. O fato foi destaque em rede nacional de várias tele-
visões.
A FARRA DOS COMISSIONADOS
Outra notícia deplorável, de acordo com o site
estadão.com.br, através de dados divulgados pelo IBGE,
é que Cristalina está entre as cidades brasileiras (5.556
municípios) que mais têm cargos comissionados. Esses
cargos são aqueles ocupados por favor ou barganha polí-
tica, não pelo merecimento do concurso público. Quem
quiser conferir, visite o sítio do Estadão ou do IBGE.
DUAS MÁQUINAS
Depois de quase cinco anos de mandato, a prefeitura
adquiriu duas máquinas para a realização de serviços na
zona rural. Elas, que custaram R$ 560 mil, ficaram ex-
postas na praça José Adamian. A prefeitura está de para-
béns. E tomara que venham outras, sem tanta demora.
SINTEGO EM CRISTALINA
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás
– Sintego, está intensificando sua atuação em Cristalina e
em toda a região do Entorno. Se você é da área e tem
interesse, leia matéria na página 07.
DEPUTADOS ESTADUAIS
Como no meio político muito se fala em candidaturas a
deputado estadual, o assunto ferve quando há notícias por
aqui. Então, que todos saibam que Silvano da Rádio é
realmente pré-candidato, que Luiz Henrique não descar-
tou a possibilidade e que Daniel do Sindicato continua
sendo pressionado para a disputa. Já o advogado Castelo
Branco, como já publicado aqui, não tem dúvidas de que
vai para a disputa.
SEM O PREFEITO
Se alguém estranhar que não tem nenhuma manifesta-
ção do prefeito municipal nas páginas do Jornal de Cris-
talina nesta edição histórica, saiba que não é culpa nossa.
Enviamos ao seu gabinete, no dia 20 de junho, duas cor-
respondências, uma delas com uma pequena entrevista.
Por esquecimento, indiferença, birra, perseguição ou ne-
gligência, as respostas não foram remetidas ao Jornal.
Paciência.
NOVOS DOCUMENTOS
Por falar em história, chegaram à redação documentos
valiosíssimos do ano de 1905, quando Cristalina ainda
era distrito de Luziânia, sobre demarcação de terras, com
textos preciosos. O material, via internet, foi encaminha-
do por José Aloísio Botelho para Ivan Bispo, antes de
chegar a nós.
JORNAL DE CRISTALINA 5Julho de 2013
O cristal como marca registrada
ontador de causos e his-
tórias, prosador e poeta,
artista plástico e escul-
tor, Germano de Oliveira
Melo tem um traço marcan-
te em todas as suas criações
artísticas: o cristal. “O cris-
tal é a minha marca registra-
da. Me identifico com ele,
me identifico com o garim-
po, me identifico com Cris-
talina, me identifico com sua
gente”, diz o artista, de 75
anos vividos na Serra dos
Cristais, onde nasceu, se ca-
sou com dona Diana, teve
dois filhos, Gerdean e Jean
e três netos, Raul, Rhana e
Clara.
Inspirado por fatos do co-
tidiano cristalinense e por
conceitos filosóficos de di-
versos pensadores, Germa-
no tem na memória aconte-
cimentos que o fazem se
sentir um jovem, um garo-
to, quando está criando e
produzindo arte e cultura
para a geração presente e as
vindouras. “Nasci garim-
pando e acompanhei todo o
desenvolvimento de Crista-
lina. A cidade, comparada a
outras, é pequena, mas se
compararmos com outras
muitas, é uma metrópole,
por isso eu me transformo e
me renovo com ela, que tem
muitas facetas, como um
cristal extraído da mina e,
depois, lapidado”, diz o ar-
tista, que está sempre bem
humorado e é um brinca-
lhão, na acepção máxima da
palavra.
Fascinado com o atual
momento de desenvolvi-
Germano e suas belas obras, que têm como marca registrada o cristal
mento experimentado pelo
município, Germano não
esconde sua satisfação com
o crescimento de Cristalina.
“Antes era só o cristal. Com
ele (o cristal), garimpando,
construí minha casa quando
fui um, entre centenas, que
bamburrou no garimpo do
Jatobá. Naquele tempo, há
mais de 40 anos éramos de-
pendente só da atividade ga-
rimpeira. Hoje as oportuni-
dades se expandiram, mul-
tiplicaram. Para se ter uma
ideia eu não dou conta de
falar o que Cristalina produz
no campo”, diz o historia-
dor, atualmente aposentado,
que, dentre outras ativida-
des, ocupou a vida traba-
lhando em alfaiataria e na
sorveteria da família duran-
te décadas.
Germano tem o reconhe-
cimento e o respeito das pes-
soas que gostam da história
de Cristalina, razão pela qual
é solicitado para expor os
seus trabalhos em eventos
realizados por escolas, enti-
dades, associações. Também
é comum Germano receber
em seu atelier estudantes de
Cristalina e outras cidades,
turistas e gente da própria
cidade, que gosta de conhe-
cer um pouco da belíssima
história da imorredoura Vila
Cristalina. “Se Deus quiser
vou viver ainda muitos anos
contando e registrando a nos-
sa história, porque isso me dá
prazer, me motiva e me ins-
pira a prosseguir. Gosto de
mostrar a minha arte, de
compartilhar o que vivi e o
que aprendi”, encerra o artis-
ta, que tem um livro publica-
do, onde parte de suas obras
está exposta. Um cristalinen-
se que se preza, tem que ter
“A vida e a arte de um ga-
rimpeiro” (título do livro)
em sua instante. Quem qui-
ser adquiri-lo é só procurar
o autor ou ir até a Casa Para
Todos, onde o livro está a
venda por apenas R$ 20,00.
O Príncipe
das Letras
impossível falar algo so-
bre a história de Cristali-
nasemmencionaronome
de Luiz Alberto de Queiroz.
Ao longo da vida, LuizAlber-
to trabalhou as letras e as pa-
lavras para enaltecer ícones
que se sobrepujaram em dife-
rentesfacetasdavidaparaque
a Serra dos Cristais alcanças-
se estrondoso patamar de re-
conhecimento.Esealguémig-
nora essa realidade, é por cul-
pa da inércia quanto à cultura,
aos valores e as tradições de
Cristalina.
Luiz Alberto, em sua di-
versidade estilística, é bió-
grafo, historiador, romancis-
ta, pensador, poeta. Porém,
acima de tudo, é um ser que
se preocupa em divulgar os
dotes naturais e históricos de
sua terra, bem como desven-
dar os mistérios da alma hu-
mana e compartilhar com os
seus conterrâneos os resulta-
dos de obras frutíferas, adu-
badas que foram pelo zelo,
respeito e dignidade.
É verdade que o autor de
“Cristalina, Minha Terra”
rompeu as fronteiras da ou-
trora São Sebastião dos Cris-
tais e deu a Goiás e ao Brasil
livros como “Reminiscênci-
as” e “O Velho Cacique”, um
dos melhores registros sobre
a vida de Pedro Ludovico
Teixeira. Mas a maestria em
imortalizar nomes de grandes
vultos da nossa história,
como seu genitor, o saudoso
ex-prefeito José Rodrigues
de Queiroz (Zé Gordo), no
magnífico livro “Um Líder
Ausente”, e na intrigante
obra “Olimpio Jayme – Po-
lítica e violência em tempo
de chumbo”, brindou os cris-
talinenses com o “Memorial
de um rebelde”, onde, de for-
ma sucinta e espontânea,
conta a vida de um dos ho-
mens mais cultos que Cris-
talina conheceu: Eduardo de
Paiva Rezende, o Eduardi-
nho. O livro ainda brinda o
leitor com fotografias histó-
ricas de personalidades lo-
cais estaduais e nacionais.
Há pouco mais de um mês
Luiz Alberto mandou para o
prelo mais um livro, que con-
ta a história do médico goiano
Hugo Frota, referência na me-
dicina goiana. Outra obra que
virá em breve é o relançamen-
todahistóriadeZégordo,com
novo título: Um líder.
O autor, que não é afeito a
entrevistas, confidenciou
para o Jornal de Cristalina re-
centemente que prepara his-
tórias vividas por ele nos bas-
tidores da política local e de
Goiás. “Vou falar do que eu
vi e ouvi, nada mais do que
isso”, limita-se a dizer o es-
critor, que mora em Goiânia
há mais de 25 anos.
A verdade é que ler e reler
os livros de Luiz Alberto é
refrigério para a alma, alen-
to para o coração e motiva-
ção para acreditar que os sen-
timentos de cristalinidade e
goianidade estão intrínsecos
no interior de quem realmen-
te ama Goiás e venera Cris-
talina. Sem exagero pode-se
chamar o escritor de “O Prín-
cipe das Letras”, por que, afi-
nal, já são 20 obras publica-
das, a grande maioria com re-
cursos próprios. Sinal clarís-
simo que ele vai muito “além
da ilusão” para escrever e fa-
zer história.
Na biblioteca do Jornal de Cristalina, a coleção quase comple-
ta dos livros de Luiz Alberto de Queiroz
C
É
JORNAL DE CRISTALINA6 Julho de 2013
Muitas vezes não percebemos a velocidade em que o re-
lógio marca as horas e que o calendário cataloga os dias.
Nos parece que vamos envelhecendo somente quando olha-
mos uma foto antiga, percebemos os cabelos brancos ou
notamos que aparecem as rugas. As mutações são implacá-
veis e denunciam que o tempo se vai.
Aqui neste espaço é assim também. Quando começamos,
Cristalina estava prestes a completar 94 anos. Agora já são
97. O centenário bate às portas. Diante disso olho para o
Jornal de Cristalina e vejo o que vai acontecendo. Fico sur-
preso, porque são apenas três anos, com 31 edições agrupa-
das em mais de 300 páginas com o objetivo principal de
ajudar a registrar a história da Serra dos Cristais. Assim,
apesar de rotineiros empecilhos enfrentados, somados há
algumas indesejáveis situações, o jornal procurou circular
sempre da melhor maneira, primando pela qualidade na se-
leção e confecção dos textos, na diagramação e na impres-
são para oferecer o melhor ao leitor que aprecia e respeita a
rica história do município.
Mas para que isso acontecesse e, esperamos, continue
acontecendo, existem alguns ingredientes que não podem
faltar. Cito aqui os dois principais, que são o apoio de anun-
ciantes, assinantes e dos próprios leitores, os quais sentem
gosto pelo trabalho que fazemos. Sem esse apoio seria im-
possível a circulação do Jornal. O outro que considero im-
portante é a motivação, oriunda da vontade de estabelecer
metas, alcançar os objetivos com a produção de um texto,
de um registro fotográfico, de um anúncio.
Acredito que os aspectos salientados acima, de forma
polar, atingem os dois lados que são responsáveis pelo êxi-
to do trabalho: o editor e o leitor, que devem ter uma rela-
ção de cumplicidade capaz de levar prazer e satisfação para
os dois lados. Seriam muitos os exemplos a serem lembra-
dos neste triênio, mas vou elencar apenas alguns fatos que,
dentre dezenas de outros emocionaram o editor.
1º - Na edição nº 09, de junho de 2011, escrevi um edito-
rial intitulado Simplicidade que é exemplo. Nele falava a
respeito de algumas mulheres que se destacaram na socie-
dade pela maneira simples de viver e pela simpatia. Na opor-
tunidade citei o exemplo da Dona Joana, que conheci quando
estudava o primário no extinto Instituto Coração de Maria.
Por causa dessa citação recebi o agradecimento que mais
me marcou, quando fui abordado na rua por sua filha, Dal-
va. Ela me contou que pegou o Jornal na feira e que na hora
que viu o nome da sua mãe mencionado, teve vontade de
gritar, chorar de alegria por saber que sua mãe tinha marca-
do a vida de tantas pessoas, como a minha. Obrigado Dal-
va, que com sua mãe, e agora com seus filhos ajuda a escre-
ver de forma honrada a história de Cristalina.
2º - Desde a edição nº 02 que envio a versão em PDF,
logicamente via e-mail, para centenas de pessoas. O coronel
Nóbrega, que comandou o saudoso 43º Bimtz em Cristalina
e hoje divide seu tempo entre o Distrito Federal e a Paraíba,
é o único que respondeu e agradeceu a todos, sempre com
palavras de encorajamento e apoio. Valeu, comandante!
3º - Muitas pessoas entendem e compreendem que o tra-
balho é dispendioso, razão pela qual se dispõem a contri-
buir. Criamos então o expediente da assinatura-contribui-
ção, no valor de R$ 150,00 oferecendo então oportunidade
para quem quer colaborar. Embora alguns poucos ajam com
indiferença, pois não oferecemos assinaturas aleatoriamente,
me surpreendo com a aceitação, haja vista termos assinan-
tes não só em Cristalina, mas também em cidades como
Luziânia, Brasília, Goiânia e Rio de Janeiro, dentre outras.
É a história de Cristalina rompendo fronteiras.
4º - No editorial da primeira edição falei que queria mexer
com a autoestima do cristalinense. E sem querer acabei colo-
cando isso à prova, quando ofereci a encadernação das pri-
meiras 25 edições do Jornal de Cristalina encadernadas. Ofe-
reci cinco exemplares, a um preço nada módico, porém, mais
uma vez, para minha surpresa, consegui vender. E acabei
tendo que fazer mais alguns. Maísa Siscato (Siscato Trans-
portes), Eugênio Xavier de Lucena (Café Forte), Guilherme
Castelo Branco, Germano de Oliveira Melo, Marússia Co-
zac, Airton Arikita, Antônio Paulo Luzzi e Antonino Camilo
de Andrade adquiriram o livro. Sem contar colecionadores,
como Fritz Mohn, Moema Rodrigues Bispo e Waldecy Al-
ves de Jesus, que também têm o “livrão” do Jornal.
Assim, motivados pelos fatos acima e dezenas de outros,
continuaremos com a nossa missão de contar a história de
Cristalina. Tenho certeza que, com o passar do tempo, al-
gumas grandes empresas, cooperativas e instituições ban-
cárias que ganham valores financeiros estratosféricos na
benévola terra que os acolheu, vão querer somar conosco,
como fazem em outras cidades, onde investem em cultura,
tradição e história.
Cristalina e o Jornal
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EDITORIAL ELIÉZER
BISPO
Falecido há quase 30 anos,
o José Vicente de Souza Fer-
reira, ou simplesmente Pé de
Loro, deixou muitas saudades
para quem o conheceu. Ven-
dedor ambulante de pedras
preciosas, ou gué, como quei-
ram, ele era um rapaz de bem
com a vida, gostava das an-
danças noturnas como todo
jovem, mesmo sem estatura
para goleiro, de vez em quan-
do atuava no gol com certa
habilidade, mas também era
irreverente, fazia graças,
como quando usou essa peru-
ca e posou para ser fotografa-
do na Rua Goiás, perto da es-
quina com a rua da Saudade.
É sempre bom relembrar fi-
guras assim.
O início do mês de julho
não foi dos melhores para vá-
rias famílias de Cristalina.
Faleceram o ex-vereador Eu-
ler de Paiva Rezende – Chico
de Paiva, o dono do Frango
de Ouro, Osvaldo Martins
Teodoro, o empresário José
Paulo Boni, que sofreu trági-
co acidente (reportagem na
página 15) na GO 436, o po-
pular JoãoAbadia, conhecido
por usar gravatas diariamen-
te durante décadas e, quando
do fechamento da edição, che-
gou a notícia da morte da dona
Adelina, da Rainha da Pizza,
mulher inigualável para pre-
parar uma pizza. O Jornal de
Cristalina se solidariza com
todos os familiares neste mo-
mento de grande tristeza por
perdas irreparáveis.
O irreverente
Pé de Loro
Mortes
entristecem
Cristalina
JORNAL DE CRISTALINA 7Julho de 2013
Mais de 100 trabalhadores da rede de Educação de
Cristalina procuraram o Sintego – Sindicato dos Tra-
balhadores em Educação em Goiás e já estão filiados à
entidade, que agora é a representante legal na defesa
dos direitos e reivindicações da categoria junto ao po-
der público municipal.
A presença do Sintego em Cristalina é antiga e foi
consolidada com a chegada dos novos filiados para for-
talecer a luta em prol da valorização da carreira dos
trabalhadores em Educação e da melhoria do ensino
público.
Para isso, temos uma pauta de reivindicação que con-
templa os professores e os trabalhadores administrati-
vos e inclui a reestruturação e implantação do Plano
de Carreira do servidor administrativo, o respeito e o
cumprimento integral da Lei 11.738/08, condições de
trabalho dignas e estrutura adequada das escolas, com
garantia de acesso e permanência dos estudantes até a
conclusão dos estudos, entre outros.
O Sintego dispõe aos seus filiados Assessoria Jurídi-
ca a cada 15 dias, hospedagem em Goiânia e Clube em
CaldasNovas.Informações:(61)3629-5790/3622-6653.
Semestre de produção e aprendizado
resente em 24, das 25 ses-
sões realizadas no primei-
ro semestre, o vereador
Luiz Henrique (PDT) fez um
balanço das atividades reali-
zadas por ele durante esse iní-
cio de mandato. “Foi um se-
mestre produtivo, de aprendi-
zagem, onde me mantive fir-
me nos princípios que nortei-
am minha vida, lutando pelos
interesses dos cidadãos, exi-
gindo a legalidade das propo-
sições encaminhadas para
apreciação dos vereadores”,
falou o vereador, que faz
questão de deixar claro que
faz parte da bancada oposici-
onista na Câmara Municipal.
Inteligente, sem levar as
questões para o lado pessoal,
mas votando favorável a todos
os projetos que irão benefici-
ar os cidadãos locais, Luiz
Henrique repudia aquilo que
considera errado. “Voto con-
trário a toda e qualquer mano-
bra política que fuja da legali-
dade e constitucionalidade,
nas proposições encaminhada
à Câmara”, afirmou.
Luiz Henrique apresentou
um importante projeto de lei
que cria o Conselho Munici-
pal dos Direitos da Pessoa
com Deficiência. “Este pro-
jeto um marco para o muni-
cípio de Cristalina, no que se
refere a inclusão social das
pessoas com deficiência” dis-
se o vereador, para justificar,
em seguida: “Primeiro ocor-
reu a fundação daAPAE (As-
sociação de Pais e Amigos
dos Excepcionais) em 1997,
depois a criação da Assesso-
ria de Educação Especial,
vinculada a Secretaria Muni-
cipal de Educação, em 2006.
Agora, tivemos o apoio de
todos os vereadores para que
o Conselho aprovado na Câ-
mara e sancionado pelo pre-
feito municipal”, falou o ve-
reador, que se porta pautado
por iniciativas que visam me-
lhorar a vida das pessoas.
Em outra frente de traba-
lho, Luiz Henrique, seguindo
sua metodologia de exercer o
mandato, participou de uma
reunião com moradores do
Bairro Belvedere para ouvir
as reivindicações da comuni-
dade. “A reunião, como sem-
pre, foi muito proveitosa, pois
fiquei a par da realidade lo-
cal. Os moradores pediram
uma melhor qualidade da
merenda da escola e da cre-
che do bairro, já que a meren-
da está muito fraca”, infor-
mou o vereador.
Um problema antigo do
bairro, levantado pelos mora-
dores, foi a falta de seguran-
ça. “Os moradores pedem ur-
gência quanto à segurança e
que haja uma ronda constan-
te no local, haja vista a viatu-
ra da polícia raramente tran-
sitar pelo bairro. Eles falaram
ainda que a guarda municipal
não está atuando no Belvede-
re e que o posto policial está
abandonado”, lamentou Luiz
Henrique
Na saúde, conta Luiz Hen-
rique, “os moradores recla-
maram que no posto de saú-
de só atendem por agenda-
mento e que os casos de ur-
gência não são atendidos”. Já
na infraestrutura, continua
“comentaram que as ruas es-
tão em calamidade (buracos
e mais buracos). Os morado-
res querem saber qual é a fi-
nalidade da represa construí-
da no bairro, alertando que no
momento está se tornando um
local de foco do mosquito da
dengue”. Falaram ainda que
“não há área de lazer no bair-
ro, não tem praça alguma e o
que tem é o ginásio de espor-
te, que para jogar deve ser
pago R$ 2,00 por hora por
pessoa na quadra do Belve-
dere, há um guarda que im-
pede as pessoas de utilizarem
o bem público”. O vereador,
acompanhado da presidente
de seu partido, Dra Eliane,
ainda ouviu outras reclama-
ções da população.
Luiz Henrique se dedica à fun-
ção de vereador em todas as
áreas do mandato
s manifestações que ocor-
reram em todo o Brasil no
mês passado, encontra-
ram eco em Cristalina. Uma
multidão, calculada em 1000
pessoas quando alcançou o
ponto máximo, na praça da
prefeitura, saiu ás ruas para
protestar contra situações
desfavoráveis à cidadania
tanto em nível nacional como
municipal.
Liderada pelos jovens Val-
dson Tolentino e Heitor Soa-
res, a caminhada partiu da
praça Otto Mohn, onde um
aparato policial jamais visto
em Cristalina se encontrava
para inibir qualquer tipo de
excesso. Temendo vandalis-
mo ocorrido no dia anterior
em várias cidades do Brasil,
estratégias com diferentes
motivos foram montadas para
esvaziar o movimento.
A prefeitura fechou as suas
portas e mandou todas as es-
colas e creches cancelarem as
aulas no período da tarde. A
direção da Câmara Munici-
pal, em atitude precipitada e
desrespeitosa, além de fechar
as portas ao meio dia, ainda
mandou apagar as luzes,
quando os manifestantes re-
tornaram ao local, por vol-
ta das 19 horas. A PM, no
papel institucional de prote-
ger a comunidade, se preca-
veu e, por causa de vandalis-
mo ocorrido em outros luga-
res, sugeriu a comerciantes
Vem pro Sintego você também!
Clube do Sintego em Caldas Novas
Manifestação pacífica em Cristalina
fecharem suas portas, mas, ao
final, parabenizou os partici-
pantes do movimento, já que
não foi registrado nenhum in-
cidente.
Quem esperava bagunça e
desordem se surpreendeu
com a maneira pacífica como
a manifestação foi conduzida.
Durante o percurso notou-se
a participação maciça de jo-
vens, mas também muitos
professores, funcionários pú-
blicos, agricultores, comerci-
antes, profissionais liberais e
aposentados. “Cristalina se
manifestou de forma pacífica
e democrática, protestou con-
tra a corrupção e a favor da
melhoria nos serviços públi-
cos em todas as áreas. Toma-
ra que as autoridades tenham
ouvido o clamor das ruas,
porque iremos continuar
agindo”, comentou Heitor
Soares, jovem de apenas 20
anos.
Moradores reclamaram da si-
tuação caótica dos bairros
Multidão se aglomerou próxima á praça da
prefeitura, mas foi impedida de chegar à por-
ta do “palácio”
Professores protestaram contra perseguição
que muitos estão sofrendo porque não apoia-
ram o atual prefeito na eleição do ano passado
P
A
JORNAL DE CRISTALINA8 Julho de 2013
O Cristalina Atlético Clube –
CAC, diferentemente da farsa que
foi montada há poucos anos em
Cristalina com um tal Capital, dei-
xou muitas saudades para quem ver-
dadeiramente gosta do futebol. E
olha que o futebol praticado pelos
atletas da foto, era profissional.
Formado apenas por cristalinenses,
orneio de futebol society, catego-
ria Máster, realizado na Chácara do
Jovelino, teve como campeão o
time que representou o Sindicato Ru-
ral de Cristalina. Como sempre acon-
tece em competições des-
se porte, o interesse des-
pertado é grande e envol-
ve muitos atletas, que fo-
ram agrupados em oito ti-
mes. O jogo final foi con-
tra a Corretora Vitória,
equipe forte e que está
sempre disputando o títu-
lo em todas as categorias
que participa. “É sempre
bom estar participando
junto com os desportistas
Associação de Moradores de Alphaville é
inaugurada no Distrito de Campos Lindos
Setor é destinado a área para o lazer e a prática de esportes comunitários
ssociação fundada em 8
de fevereiro deste ano,
pelo atual presidente Ro-
que José Gatto, promoveu no
dia 7 de julho o 1º torneio de
futebol society com o objeti-
vo de inaugurar e divulgar o
setor poliesportivo e recrea-
tivo do LoteamentoAlphavi-
lle. O intuito da Associação
é proporcionar lazer e diver-
são para toda a comunidade,
pois trata-se de uma entida-
de sem fins lucrativos, regu-
lamentada em cartório, com
a finalidade de proporcionar
algo a mais para a população
da região.
O torneio contou com a
participação de 30 times de
várias regiões e comunida-
des rurais do entorno, e mais
de 2.500 pessoas que circu-
laram no local, prestigiando
o evento associativo. Segun-
do oAssessor Jurídico e Se-
cretário Patrick Spinola,
“este evento foi criado com
o intuito de mostrar os inves-
timentos e parcerias con-
quistadas pela Associação e
a persistência em realizar
um sonho de poder propor-
cionar condições melhores
ao povo da região, por inter-
médio exclusivo do nosso
presidente”. Continuando, o
advogado ainda disse: “aAs-
sociação ainda oferecerá vá-
rios novos projetos voltados
para crianças, jovens e adul-
tos, mas, para isso, precisa-
mos utilizar os meios de di-
vulgação disponíveis para
que possamos conseguir
apoio das autoridades públi-
cas e de empresários da re-
gião, no intuito de realizar
novas benfeitorias, aumen-
tando a infraestrutura do lo-
cal a ser utilizado pela po-
pulação e seus familiares
que poderão usufruir da es-
trutura desta entidade”.
O evento contou com a
participação de políticos,
vereadores do município de
Cristalina, Gilson Ferreira
da Silva, o Gilsão (DEM) e
Wellington de Oliveira Cai-
xeta (PSDB), ambos repre-
sentantes da região na Câ-
mara Municipal. Em seus
discursos os vereadores res-
saltaram os benefícios da
Associação em prol da po-
pulação, principalmente
crianças e jovens, que ao
invés de ficarem na rua te-
rão um local para praticar
esportes, o qual contará
com escolinha de futebol e
outros atrativos.
Derci Cenci, Roque José Gatto, Vereadores Gilsão Caixeta e
Irineu Bernardinelli durante o torneio
Os campeões Emílson,
Ênio, Elsinho, Guerrinha,
Renato, Daniel do Sindi-
cato e Aroldo (em pé);
Batatinha, Fernando,
Celsinho, Juninho, Nole-
to Isnaldo e Tõizinho
(agachados)
Sindicato Rural é campeão
deCristalina,valorizandoeincentivan-
do o esporte. Vamos continuar assim,
porque esporte é vida, é saúde”, falou
o vereador Daniel do Sindicato, um
dos jogadores da equipe campeã.
MEMÓRIA
Saudades do CAC
não há quem não lembre da habili-
dade do time que era formado por:
Jade Mundim e Waldemar (comis-
são técnica) Mílson, Silésio, Arol-
do, Jeanir, Zé Flávio, Sinval, Mau-
rício, Jorge e Geraldinho; Carlinhos
monteiro, Linguinha, Gilmar Cole-
to, Gilmar Gomes, Jura, Marqui-
nhos, Quincas e João Cuia.
Atletas de 30 times movimentaram o setor poliesportivo de
AlphavilleBelíssima vista do campo de futebol society em Alphaville
A
T
Rua Getúlio Vargas, esquina com a
Visconde de Mauá - Telefone: 3612-4546
SametSaúde e Medicina doSaúde e Medicina doSaúde e Medicina doSaúde e Medicina doSaúde e Medicina do TTTTTrrrrraaaaabalhobalhobalhobalhobalho
JORNAL DE CRISTALINA 9Julho de 2013
á decorreram mais de qua-
tro decênios que Cristali-
na serviu de palco a gra-
ve acontecimento de ordem
política, sem que nenhum de
seus habitantes na época,
culto ou inculto, moço ou
velho, se interessasse a trans-
mitir ao papel aquilo que re-
tém na memória no tocante
àqueles inquietantes dias por
ela vividos, dando assim lu-
gar a que agora, inculto an-
cião, valendo-se de sua me-
mória e de informações de
pessoas fidedignas, contem-
porâneas, se disponha a su-
prir a omissão, embora reco-
nhecendo sua incompetência
para êxito do empreendimen-
to. Seja, entretanto, bem ou
mal sucedido, fica nestas li-
nhas, feita a autoapresenta-
ção e exposta a respectiva
finalidade. Antes, porém, de
entrar na matéria, é necessá-
rio que se faça, ainda que su-
mariamente, rápida exposi-
ção do que era a então “Vila
Cristalina”, naqueles idos de
1930, somente no que diz
respeito aos aspectos: a) ad-
ministrativo, b) comercial c)
político, implícitos no assun-
to a desenvolver.
Antecedentes
a) Era intendente munici-
pal o cidadão Otaviano de
Paiva Rezende, eleito que
fora para período de 1927 a
1930. Um dos atos adminis-
trativos que assinalou a sua
administração, foi a aquisição
que fez para a intendência de
uma propriedade situada na
praça São Sebastião, fundos
para o córrego “Almocrafe”,
frente para o poente, compos-
ta de uma casa residencial e
poucos metros à esquerda
desta, no mesmo alinhamen-
to, um chalé (ou seja, um bar-
roco), fixando assim a sede
dos expedientes da intendên-
cia e dos trabalhos do conse-
lho municipal. Também as
audiências forenses passaram
a ser realizadas na referida
casa, presididas que eram na-
quela ocasião pelo suplente
de juiz municipal Carlos
Mohn Primo. Não havia ca-
deia, por isso que o intenden-
te providenciou a adaptação
de um compartilhamento da
casa em apreço destinado à
prisão correcional, ficando
assim, ali localizados, o con-
selho municipal, a intendên-
cia, o fórum e a polícia. No
ano em referência, o inten-
dente cedeu o chalé ao esta-
do para funcionamento da
Escola de Sexo Masculino, a
qual desde 1928 vinha sendo
regida por um rústico profes-
sor adventício, nomeado pelo
dr. Diógenes de Castro Ribei-
ro, substituído automático do
presidente do estado, dr. Bra-
sil Ramos Caiado.
b)Apesar da crise financei-
ra que o Pais atravessava, a
praça de Cristalina, mantinha-
se animada, graças ao cristal
de rocha, minério em que co-
merciavam os alemães Ley-
ser, a saber Agostinho e Gus-
tavo Leyser, Carlos Mohn
Primo, Jacó Batista Marra,
José Adamian e Otaviano de
Paiva Rezende, que também
atuava no comércio de gêne-
ros alimentícios. Havia dois
armazéns e armarinhos, um
de Carlos Mohn Primo e ou-
tro de Hans Leyser. Em secos
e molhados comerciavam
dona Edvirges Menezes, Ma-
noel Martins Borges, Marco-
lino de Souza, dona Nicomé-
dia Pinto de Barros e Pedro
dos Reis Calçado. Açouguei-
ros eramAbsalão Silva e Vic-
tor Barbosa (vulgo Vítor Bai-
ano). Havia uma pensão de
dona Cesária Ribeiro. Tam-
bém Quintino Vargas, homem
resoluto e empreendedor, re-
sidente em Paracatu (MG), e
ali estabelecido em avultado
armazém e armarinho, ingres-
sou na praça de Cristalina,
estabelecendo-se, em 1929,
com uma filial à rua do Co-
mércio (hoje se pode chama-
la de rua do “Comércio Fe-
chado”) sob a gerência do ci-
dadão Raimundo de Castro,
ex-sargento da Força Pública
Mineira, pessoa inteligente e
de boas maneiras, sendo que,
no último trimestre de 1930,
aquela filial serviu de ponto
de apoio a certo empreendi-
mento, esse, desta vez, teme-
rário, como ver-se-á no decor-
rer deste despretensioso tra-
balho.
c) O diretório político de
Cristalina, na época, presidi-
do pelo cidadão Carlos Mohn
Primo, era situacionista, fili-
ado ao Partido Democrata,
majoritário do estado, que por
sua vez estava sob o governo
de dr. Humberto Martins Ri-
beiro desde 12 de dezembro
de 1929, em substituição au-
tomática ao efetivo dr. Alfre-
do Lopes de Morais, o qual
foi convocado a ir ao Rio de
Janeiro, pelo Ministro da Jus-
tiça, a fim de auxiliar num tra-
balho político que Washing-
ton Luiz estava realizando
(ZoroastroArtiaga – História
de Goiás, página 274).
Dois jornais políticos ofi-
ciais orientavam o diretório
local, sendo eles “O Paiz”,
órgão federal, e o “O Demo-
crata”, estadual; o primeiro
era também recebido pelas
repartições públicas. Além
dos dois, circulava “A Voz do
Povo”, porta voz da oposição
goiana que, como as demais
da Federação, se agregara a
Aliança Liberal, coligação
das oposições dos estados de
Minas Gerais, Paraíba e Rio
Grande do Sul.
Em 15 de novembro do ano
em referência, venceria o qua-
triênio presidencial (1926 –
1930) do dr. Washington
Luiz, sendo que para o perío-
do seguinte, com a necessá-
ria antecedência e na data pre-
vista, realizaram-se as respec-
tivas eleições em território
nacional, ferrenhamente dis-
putadas pela Aliança Liberal
que, embora sua pujança elei-
toral, não conseguiu eleger os
candidatos Getúlio Vargas e
João Pessoa, derrotados que
foram pelos candidatos ofici-
ais Júlio Prestes e Vital Soa-
res. No Tocante a Cristalina,
aAliança Liberal obteve ape-
nas cinco votos naquela elei-
ção, com que esta partícula do
território nacional demons-
trou a sua fidelidade partidá-
ria e acatamento às autorida-
des constituídas.
Entretanto, o insucesso
eleitoral não arrefeceu o âni-
mo dos estados coligados,
pois, talvez, prevendo o resul-
tado desfavorável das urnas,
o chefe aliancista mineiro,
anteriormente, alvitrara a seus
pares a deliberação expressa
nos seguintes termos: “faça-
mos a revolução, antes que o
povo a faça”, proposição
ameaçadora á posse dos elei-
tos.
Ao resultado desfavorável
das urnas, sobreveio a Alian-
ça Liberal a morte do Dr. João
Pessoa, o chefe aliancista da
Paraíba, onde foi assassinado
em 26 de julho de 1930 por
motivos políticos daquele es-
tado, ocorrência que influiu
preponderantemente para a
antecipação do movimento
armado. O ilustre historiador
brasileiro dr.A. Souto Maior,
em sua História do Brasil,
página 405, resumido as ocor-
rências do ano em referência
diz o seguinte: “realizaram-
se, contudo, as eleições para
os cargos de presidente e vice
presidente da República no
prazo previamente determina-
do. Seu resultado foi favorá-
vel a Júlio Prestes e Vital So-
ares, que não chegaram a to-
mar posse, pois 24 dias antes
de terminar o mandato presi-
dencial do dr. Washington
Luiz, a revolução já estava na
ruas.” Se algo permitido fos-
se ao escritor deste Antece-
dentes, acrescentaria ao tre-
cho transcrito. Falo-ia nos
seguintes termos: “na qual
(revolução que já estava nas
ruas), Cristalina na qualida-
de de uma subunidade da Fe-
deração Brasileira, haveria o
seu quinhão nas intranquili-
dades, ansiedades e humilha-
ções inerentes a semelhante
recurso para derrubada de
autoridades constituídas.” A
propósito, o culto historiador
goiano Zoroastro Artiaga,
aludindo especialmente ao
então governo deste estado,
diz o seguinte em sua obra
intitulada História de Goiás,
página 274: “Humberto Mar-
tins Ribeiro assumiu a presi-
dência quando a revolução
deflagrada em outubro de
1930 já ameaçava a ordem e
o regime, zombando de todas
as providências que Washing-
ton Luiz estava tomando em
todo brasil.”
A revolução explodiu si-
multaneamente nos três esta-
dos coligados, no dia 04 de
outubro de 1930, sendo que,
em Minas, conforme diz o
historiador goiano Elder Ca-
margo de Passos “logo se or-
ganizou uma coluna mista,
composta de soldados minei-
ros e voluntários goianos, no
total de cento e dez homens
que, partindo de Uberlândia-
MG, invadiu o estado de Goi-
ás pelo sudoeste, com objeti-
vo de depor o respectivo go-
verno, sendo, porém, mal su-
cedida no choque com a polí-
cia goiana nas proximidades
de Rio Verde, onde, após três
horas de combate, a coluna
foi dispersada e preso o seu
chefe.” (História de Goiás –
pág. 16-19).
Mas enquanto malograva
aquela invasão no sudoeste,
em Paracatu, município limí-
trofe com Cristalina pelo Rio
São Marcos, a leste deste es-
tado, organizava-se uma co-
luna revolucionária sob a che-
fia de Quintino Vargas, o pro-
prietário do estabelecimento
comercial situado à rua do
Comércio, em Cristalina,
onde ao mesmo tempo, uma
caravana composta de cinco
pessoas, procedente de Pla-
naltina, entre essas os senho-
res J. Câmara Filho e Teófilo
Neto, que secretamente con-
ferenciaram com o gerente
daquele estabelecimento e
outras pessoas sobre assunto
que talvez fosse permitido
conhecer somente os cinco
eleitores. Terminada a confe-
rência, ou fosse a preparação
do palco para o próximo
acontecimento, a caravana
prosseguiu viagem para Para-
catu, deixando a população
cristalinense entre curiosa e
apreensiva devido a conexi-
dade do que se organizava
naquela cidade mineira e o
contato sigiloso da caravana
com a gerência do estabele-
cimento comercial de Quin-
tino Vargas em Cristalina.
O Acontecimento
Eram oito horas da manhã
do dia 12 de outubro de 1930,
quando o professor da Esco-
la Primária do Sexo Masculi-
no de Cristalina começou le-
cionar para o primeiro turno
de alunos correndo tudo nor-
malmente como nos dias an-
teriores. Mas decorridos cer-
ca de 40 minutos, um aluno
disse em voz alta: “Apontou
uma máquina na estrada de
24 dias de inquietaçãoHistória registrada através da experiência vivida por Leão Rodrigues de Afonseca, 83 anos atrás, e
escrita por sua própria pena há exatamente quatro décadas, remonta um cenário de tensão e apreensão
que tomou conta da Serra dos Cristais naquele longínquo 1930. Vale a pena conferir o importante relato.
Como em 1973 não havia computador e não era fácil datilografar “tantas páginas”, Leão
Rodrigues de Afonseca usou uma caneta esferográfica para escrever o “retrospecto de 1930”
em um antigo caderno
J
JORNAL DE CRISTALINA10 Julho de 2013
Paracatu.” Aquilo chamou a
atenção dos outros, forman-
do uma algazarra de “apon-
tou mais um, lá vem outro” e
ainda mais aumentava quan-
do outro aluno acrescentou:
“Olha moço, parece que tudo
é soldado! Olha o que é fu-
zil!”
O professor, preocupado
com a estranha carruagem ar-
mada que vinha chegando,
interrompeu a aula e dirigiu-
se para a porta da frente a fim
de inteirar-se da ocorrência,
momento em que vem se
aproximando um automóvel,
o qual parou em frente à es-
cola com um homem claro,
barbudo, corpulento, de len-
ço vermelho no pescoço, que
estava sentado do lado direi-
to do chofer, interrompeu ao
professor em voz alta provo-
cando o seguinte diálogo:
– Cidadão, onde é a cadeia
aqui?
– É um cômodo adaptado
ao fundo desta casa, respon-
deu o professor apontando
para o rumo da intendência.
– Tem presos aí?
– Não, senhor.
– E os soldados?
– Há somente dois que sa-
íram há poucos momentos.
Enquanto corria o curto
dialogo, dois carros passaram
pela frente da escola e, den-
tro deles, homens de lenço
vermelho no pescoço e fuzil
ou carabina ao lado gritavam:
- viva a revolução. Após es-
tes, mais dois em idênticas
circunstancias passaram em
frente a escola e, de dentro do
primeiro, um homem olhan-
do para a escola, aos gritos de
viva a revolução, acrescen-
tou: Vamos libertar vocês, ao
passo que o homem barbudo,
o qual o professor ficou sa-
bendo depois tratar-se de um
tal dr. Barros, desceu do car-
ro e passou a intimar alguns
curiosos que se aproximaram
dizendo-lhes: “estejam inti-
mados para tomarem parte na
revolução. E se correrem, se-
rão fuzilados.” Naquele ins-
tante um curioso se aproxi-
mou e, ao ouvir a intimação,
evitou a sua vez dando um
disfarçado “viva a revolu-
ção(?)”, e tratou de se retirar,
indo esconder-se. Dali os re-
volucionários seguiram para
a casa comercial Quintino
Vargas, e o professor, apreen-
sivo com o que estava acon-
tecendo, encerrou a aula, des-
pachou os alunos, fechou o
chalé e regressou para casa,
esta contigua à do intendente
municipal, na praça São Se-
bastião.
Em casa então, foi que
pessoa vizinha informou ao
professor que foi doze o nú-
mero de veículos entre au-
tomóveis e caminhões con-
dutores da coluna de Artur
Bernardes, comandada pelo
Coronel Quintino Vargas
que, enfileirados, desceram
na estrada do morro do re-
curso, transpuseram o Al-
mocrafe e adentraram em
Cristalina, sendo que os dois
dianteiros, conduzindo a
oficialidade, rumaram para
a casa comercial de Quinti-
no Vargas, onde a coluna se
aquartelou. Outros entraram
na praça São Sebastião e os
demais subindo o largo do
mercado até a extremidade
oeste local, completaram a
invasão e o cerco da indefe-
sa Cristalina, por setenta e
cinco homens aproximada-
mente, entre soldados mi-
neiros, voluntários paracu-
tuenses e diversos captura-
dos também daquela cidade.
Desta maneira, ficou o pro-
fessor inteirado da agressão
de que a vila estava sendo
vítima e passou a observa-
dor do que passava.
No quartel da rua do Co-
mércio reinava entusiasmo,
otimismo na oficialidade, da
qual faziam parte membros da
caravana que aqui estivera
poucos dias antes. Correligi-
onários e simpatizantes da
revolução não tardaram a ali
comparecera no sentido de
“boas vindas” e expressão de
solidariedade ao comandante,
momento em que oradores,
membros da oficialidade dis-
cursaram sobre o aconteci-
mento daquele dia em que a
coluna penetrava o Estado de
Goiás, via Cristalina, sendo
que um deles, ao terminar,
encareceu a cooperação de
seus habitantes para o triunfo
da revolução. Houve ingres-
so de aliancistas na coluna –
Ananias de Melo Franco, José
Pedro Cesar, Raimundo de
Castro (é claro), mais tarde dr.
José Adamian, e os voluntá-
rios Cecílio Ribeiro, Benedi-
to Bandeira, Eloy de Souza e
Francisco de Tal (camaradas
do dr. Adamian) e, ultima-
mente,Aristóteles Rodrigues
deAfonseca.AderiramArlin-
do Aguiar que, designado
pelo comandante, passou a
ser o representante da revo-
lução em Cristalina e outros.
Nas ruas, patriotas e solda-
dos mineiros, de lenços ver-
melhos no pescoço, armados
de fuzil, outros de carabina,
destacando-se entre eles o tal
dr. Barros por sua agressivi-
dade, efetuavam prisões, apa-
vorando os elementos úteis de
tal maneira, que houve gente
que se escondeu em porão de
assoalho de diminuta dimen-
são vertical, dentro de cister-
na e pior ainda, dentro de for-
no de assar biscoito e até nas
copas das árvores donde se
observava o que se passava
nas ruas. Os primeiros prisi-
oneiros foram soldados To-
maz deAquino e Júlio de Tal,
com suas armas.Até um con-
ceituado chefe de importante
família local foi procurado
duas vezes em sua casa por
elementos invasores armados,
sendo que na porta da frente
desta com coronha de suas
armas e, atendidos, foram in-
formados de que o procurado
não se achava em casa, quan-
do então se retiraram. O che-
fe, acautelando-se, havia es-
capulido, indo-se para a fa-
zenda de um seu cunhado,
distante mais ou menos dezoi-
to quilômetros de Cristalina.
Não obstante outras esca-
pulas semelhantes, pondo-se
a salvo daquela situação cons-
trangedora, os preadores
quintinistas conseguiram
prender os seguintes: Adeli-
no Rocha, Antônio Vieira de
Melo (delegado), Arlindo
Gonçalves de Matos, Artur
dos Santos e Souza, Benedi-
to Pereira da Silva, Cândido
de Souza Gonçalves, Canuto
Pereira da Silva, Clemente
Menezes, Cordelino Lopes,
Demóstenes de Rezende, Eli-
seu Gonçalves de Lima, For-
tunato Ribeiro, João Borges,
João Pereira do Vale, João
Quintino Borges, João Rezen-
de, José Borges, José Ferrei-
ra (Zezé), José Martins, Júlio
Levi, Manoel Alves de Sou-
za, Manoel Pereira da Silva,
Marciano Alves de Lima,
Marcolino Alves de Lima,
Marcolino Barreto (Medo-
nho), Marcolino de Souza
(Côco), Orozimbo Pinto, Pe-
dro Alves de Lima, Pedro
José Adorno (Paulista), Ro-
dolfo Mohn e Virgílio Gon-
çalves de Lima. Foi então o
número de 31 homens presos,
ficando em consequência,
implantadas nos respectivos
lares a desolação, a intranqui-
lidade e a incerteza do regres-
so do familiar por indetermi-
nado espaço de tempo.
Devido à insuficiência do
quartel para comportar os
prisioneiros, eram estes
transportados para o Cubícu-
lo, de propriedade do colu-
nista Ananias de Melo Fran-
co, lugar aquele situado na
Zona Suburbana de Cristali-
na e onde se achava acampa-
da a maior parte da tropa in-
vasora.
Naqueles dias havia em
Cristalina apenas quatro au-
tomóveis e dois caminhões do
conhecimento do escrevedor,
sendo os primeiros de propri-
edade de Augustinho Leyser,
Carlos Mohn Primo e dr. José
Adamian; os segundos do dr.
Adamian e Hans Leyser. Este
e Carlos Mohn Primo, tão
logo deu-se a invasão, trata-
ram, cada um, de esconder o
seu veículo, evitando a certei-
ra requisição. Gustavo Ley-
ser, na ocasião, achava-se au-
sente, de sorte que a coluna,
daquela vez, só requisitou o
caminhão de dr. José Adami-
an e o automóvel deAugusti-
nho Leyser, carro de luxo,
novinho, recém adquirido da
Alemanha.
Do último carro utilizou-se
dr Barros para ir a Ipameri,
no desempenho da arriscada
missão que lhe fora confiada
pelo comando revolucionário,
no sentido de, naquela cida-
de, parlamentar com o co-
mandante do 6º Batalhão de
Caçadores sobre a atuação da
ColunaArtur Bernardes, che-
fiada pelo coronel Quintino
Vargas, neste estado de Goi-
ás. O emissário partiu de Cris-
talina mais ou menos às 10
horas, chegando naquela ci-
dade depois do meio dia e
imediatamente apresentou-se
ao comando do batalhão para
expor-lhe a finalidade de sua
missão junto aquele coman-
do militar, exposição que pro-
vocou enérgica repulsa do
comandante, o qual, dizem,
até ameaçou prender o emis-
sário, intimando-o a, no pra-
zo de três horas, desocupar a
localidade invadida, sob pena
de o 6º BC ir a Cristalina re-
chaçar coluna para estado e
cidade de origem. Decepcio-
nado com o resultado negati-
vo da embaixada, o emissá-
rio e seu chofer, após uma
demora de mais de meia hora,
entraram no carro em regres-
so para Cristalina, desenvol-
vendo uma velocidade nor-
mal que não correspondia ao
receio do dr. Barros, dando
motivo a que de vez em quan-
do, advertisse ao chofer no
sentido de aumentar a velo-
cidade, no que era obedecido.
Mas, por último, foi necessá-
rio ao chofer observar ao
emissário que não havia mais
possibilidade de aumentar,
pois já estava acionada ao
máximo. Eles chegaram em
Cristalina as quatro horas da
tarde, momento em que foi
relatado ao comando revolu-
cionário o resultado negativo
da embaixada, inclusive o ul-
timato do comandante do 6º
BC para a imediata desocu-
pação da localidade invadida.
O Comando da coluna não
se opôs ao ultimato recebido,
porém, antes de desocupar a
localidade, prendeu o inten-
dente e o suplente de juiz
municipal, cidadãos Otaviano
de Paiva Rezende e Carlos
Mohn Primo, respectivamen-
te, prisões aquelas equivalen-
tes à disposição de seus car-
gos, ficando então o cidadão
Arlindo Aguiar, confirmado
no posto de chefe-provisório
do município, mas desprovi-
do de recursos para repelir um
possível contra-ataque da po-
lícia goiana ou da milícia
“Camisas Vermelhas”, proce-
dente da então Santa Luzia.
Antes do encerramento de
José Ribeiro de Faria, o Zé Abrão, à época com nove anos, é
remanescente daquela sala de aula, que testemunhou a “inva-
são” da Coluna Artur Bernardes a Cristalina
Parabéns, Cristalina por seus 97 anos
Parabéns, Cristalina!!!
JORNAL DE CRISTALINA 11Julho de 2013
suas operações naquele dia,
prenderam ainda os alemães
Agustinho Leyser e Hans
Leyser, e às cinco horas da
tarde, aproximadamente, par-
tiu de Cristalina, indo acam-
par-se na fazenda Arrojado,
distante vinte e quatro quilô-
metros da cidade, deixando,
porém, um sentinela postado
no morro do Recurso, donde
se avista considerável distân-
cia da estrada de Ipameri, para
observar qualquer movimen-
to suspeito naquela estrada e
disto dar ciência à coluna.
À noite, pequena patrulha
organizada pelo representan-
te da revolução, utilizando-se
de lanternas, rondava o perí-
metro urbano, sendo que rai-
os de luz emitidos pelas refe-
ridas, aos olhos da sentinela
do Recurso, outra coisa não
era senão clarões provindos
dos faroletes das viaturas do
6º BC que se aproximavam de
Cristalina. Não havia, portan-
to, tempo a perder. Partiu ve-
lozmente para a fazenda Ar-
rojado, onde, no acampamen-
to, fez ciente a coluna da su-
posta aproximação do Bata-
lhão em apreço, de Cristali-
na. Sem perda de tempo a
coluna apressou-se em aban-
donar o local do acampamen-
to, regressando para Paraca-
tu, onde pouco demoraria no
sentido de preparativo de re-
forço para invasão de outras
localidades goianas e retorno
a Cristalina.
Ao retirar-se da vila, a co-
luna constava de cento e dez
homens, inclusive voluntári-
os e capturados, sendo depois
dispensados em Paracatu
Marcolino Barreto (Medo-
nho), Marcolino de Souza
(Côco), PedroAlves de Lima,
Pedro JoséAdorno (Paulista),
etc. Alguns conseguiram fu-
gir. As ex-autoridades e os
comerciantes alemães fica-
ram presos em residência par-
ticular.
E lá se foi a invasora, dei-
xando a população de Crista-
lina apavorada com as ocor-
rências daquele dia principal-
mente as famílias dos que se-
guiram, as quais, além de apa-
voradas, saudosas e incertas
do retorno dos entes queridos
a seus lares.
Desde então Cristalina tor-
nou-se um ermo, porquanto o
comércio continuou fechado,
chefes de família de residên-
cia temporária a fim de alfa-
betizarem os seus filhos, reti-
raram-se para suas proprieda-
des rurais, em face do anteci-
pado fechamento das escolas,
cujas férias se aproximavam.
Não se via grupo de pessoas
a palestrar nas ruas e, se isso
casualmente acontecesse, o
assunto eram os recentes
acontecimentos, tal qual os
dois discípulos que conversa-
vam em caminho para Emaús,
dos quais nos fala o evange-
lista São Lucas.
Não se ouvia em Cristali-
na barulho de automóveis e
nem o roncar dos caminhões
trazendo mercadorias para o
comércio local ou em trânsi-
to para Formosa. Não se ou-
via cantiga de carro de bois
trazendo lenha ou gêneros ali-
mentícios para o comércio
local, sendo que, a propósito,
até recursos que traziam ga-
rupados dos seus produtos
para vendê-los diretamente a
consumidores, deixavam de
fazê-los, temendo violência.
Fuxicos e boatos “eram
mato”, ora que na então San-
ta Luzia, a cuja comarca per-
tencia o termo de Cristalina,
havia chegado cem Camisas
Vermelhas, destinados a com-
bater os “lenços vermelhos no
pescoço”, em Cristalina ou
em suas imediações, expul-
sando-os do território goiano;
ora que aquela cidade acha-
va-se suficientemente prepa-
rada para receber a indesejá-
vel e inamistosa visita da co-
luna, com duzentos homens
armados, entrincheirados em
redor da cidade e metralhado-
ras assestadas nas torres das
igrejas. Um oficial da polícia
goiana que, decorridos três
dias mais ou menos da inva-
são estava em Cristalina in-
vestigando a situação, afir-
mou que havia deixado na
fazenda do Capão, distante da
vila cerca de trinta quilôme-
tros, cem homens armados,
prontos a enfrentarem a colu-
na, no caso de possível retor-
no à localidade invadida. Isto
quando a coluna se achava
fora do estado, onde estaria
novamente, dentro de poucos
dias.
No dia 15 chegou em Cris-
talina outro oficial da polícia
goiana, tenente Severino (de
sobrenome ignorado do es-
crevedor), o qual se dirigiu à
casa comercial do coronel
Quintino Vargas, com o intui-
to de arguir a esposa do ge-
rente da casa, capitão Rai-
mundo de Castro, sobre o re-
cente acontecimento, visto
considerar seu marido sub-
chefe da coluna, portanto cor-
responsável na invasão.Are-
ferida senhora negou-se a dar
explicações ou satisfação dos
atos do marido ao tenente,
declarando-se solidária a ele,
não só como esposa, como
também intransigente alian-
cista e, consequentemente,
autêntica revolucionária. Irri-
tado com a altivez e com a
franqueza daquela senhora, o
tenente ameaçou levá-la para
Santa Luzia, onde ficaria de-
tida, ao que ela se opôs ter-
minantemente, dizendo-lhe
não descer da sua dignidade
de esposa, deixando-se ser
induzida por pessoas que não
lhe inspiravam a mínima con-
fiança e que isto só acontece-
ria com o seu cadáver. O te-
nente retirou-se e depois re-
gressava para Santa Luzia,
levando preso o cidadão Ar-
lindo Aguiar, o qual era o re-
presentante da revolução em
Cristalina.
No mesmo dia, após o re-
gresso do tenente para Santa
Luzia, o jovem Geraldo Pi-
mentel, irmão da senhora a
que se fez referência linhas
atrás, o qual não ingressara na
coluna, no dia 12, acautelan-
do-se de uma segunda dili-
gência “severínica”, na qual
por infelicidade, talvez fosse
preso, partiu para Paracatu,
enfrentando obstáculos de
meios de locomoção, tempo
chuvoso e córregos cheios, a
fim de entrar na coluna, que
já se aproximava de Unaí –
MG. Eram, pois, mais dois
lares intranquilos em Crista-
lina, embora de chefes revo-
lucionários.
Entrementes, a coluna ha-
vendo obtido reforços em Pa-
racatu e Unaí marchou nova-
mente para este Estado, desta
vez atacando Formosa, que
sitiada, não pode ou não quis
reagir, pelo contrário, ali hou-
ve adesões de autoridades e
de influentes políticos à revo-
lução e, consequentemente,
reforços de toda espécie, ca-
pacitando-a a outras investi-
das, bem como Planaltina,
que semelhantemente a For-
mosa, não reagiu, antes, refor-
çou ainda mais a atacante com
homens, etc.
Outra ocorrência notável
naquele dia foi a prisão do
tenente Severino pela coluna,
o qual se achava em inspeção
à fronteira Goiás-Minas e de-
savisado ou imprudentemen-
te chega àquela cidade, sen-
do que, no presente caso, hou-
ve inversão de papéis entre o
tenente e a coluna, posto que
o oficial veio de Cristalina,
em diligência, e discutiu ca-
lorosamente com a senhora
do capitão Raimundo de Cas-
tro, ameaçando-a, por fim, a
levá-la presa para Santa Lu-
zia, o que infundiu justa rea-
ção no jovem Geraldo Pimen-
tel, irmão da aludida senhora
e cunhado do capitão Rai-
mundo de Castro, de tornar-
se “bode expiatório” em se-
melhante alteração, razão da
sua escapula para Paracatu;
em seguida prendeu o repre-
sentante da coluna, cidadão
Arlindo Aguiar, levando-o
para Santa Luzia. Vai depois
a Planaltina e ali é preso pela
coluna, dando de cara com o
capitão Raimundo de Castro
e Geraldo Pimentel e, imagi-
ne, com que cara? A propósi-
to, vem a interrogação vulgar:
“Já pensou?”
No tocante a Cristalina,
presumia-se que após a dili-
gência do tenente Severino, o
Presidente do Estado provi-
denciasse a ocupação local
por força estadual, dada a
importância da vila com a
deposição do intendente, ci-
dadão Otaviano de Paiva Re-
sende, pela coluna, e a seguin-
te prisão do chefe provisório,
cidadão Arlindo Aguiar pelo
tenente Severino, o que não
se deu. Antes tal providência
foi tomada pelo comandante
da coluna, destacando desta
em Planaltina sessenta ho-
mens, mais ou menos, para
ocuparem a localidade acéfa-
la, até o desfecho da revolu-
ção.
Com efeito, no dia 23, às
vinte horas e trinta minutos,
noite escura, ameaçando tem-
poral, o silêncio reinante de
Cristalina foi interrompido
pelo ruído de caminhões que
se aproximavam, enquanto o
clarão dos faroletes de tais
veículos varavam a escuridão
no trajeto até à intendência
municipal, onde pararam. Era
o destacamento procedente de
Planaltina, enviado pelo co-
mandante da coluna, que che-
gava em Cristalina, destina-
do a ocupar provisoriamente
a localidade conquistada e
enfrentar força estadual se por
ventura tentasse vir restabe-
lecer a ordem legal como se
propalavam, razão das tropas
ao invés de ir acampar-se no
Cubículo como no dia 12, tra-
tou de ocupar o prédio da in-
tendência e o chalé onde fun-
O autor do texto, Leão Rodrigues de Afonseca, que vivenciou e
registro a inquietante história
Auto Escola Cristalina e
Placas Automotivas
Cristalina
Parabéns, Cristalina, pelo
brilho de seus 97 anos
se alegram por carregar em suas
marcas o nome da cidade que
orgulha seus moradores
JORNAL DE CRISTALINA12 Julho de 2013
cionava a Escola do Sexo
Masculino, pondo, por esse
modo, termo a acefalia mu-
nicipal.
Tal chegada causou receio
na população da haver um
“pega-pega”, razão de algu-
mas pessoas enfrentarem o
mau tempo a fim de refugia-
rem em fazendas vizinhas,
entre as quais a do Nicolau,
onde se abrigaram duas pes-
soas cujo o receio era tama-
nho que pediam ao pessoal da
casa para conversar baixinho,
de modo que os soldados
quintinistas não escutassem
(a tal fazenda dista de Crista-
lina trinta quilômetros) pois
certamente estariam ali perto,
a procura delas. Outra pessoa,
esta vizinha da intendência
municipal, vestiu uma saia da
sogra para escapulir, burlan-
do assim a vigilância dos
guardas e foi se ocultar na
fazenda do sogro, distante
trinta e seis quilômetros. Po-
rém, segundo consta, foi dor-
mir no mato. Os que haviam
sido dispersados em Paraca-
tu, no dia 13, não confiaram
na dispensa, indo abrigarem-
se na fazenda Posse, e os que
tinham conseguido fugir nos
dias anteriores, refugiaram-se
uns na fazenda Posse, outros
na das Lages, e outros perma-
neceram ocultos nos garim-
pos.
Cristalina amanheceu mo-
vimentada, mas um movi-
mento indesejável de homens
de lenço vermelho no pesco-
ço, na maioria desconhecidos
da população, a andarem ar-
mados pelas ruas, o que in-
fundia justo receio na família
cristalinense, dada a falta de
garantia em tais ocasiões.
Entre os poucos conheci-
dos que faziam parte daquele
conjunto de homens, via-se o
gaúcho José Pedro Tiza, gra-
duado tenente da coluna, a
quem parecia estar confiado
o comando da tropa ocupan-
te. Este, no dia imediato à
chegada, conseguiu localizar
o caminhão de Hans Leyser e
o Ford de Carlos Mohn Pri-
mo, ocultados que tinham
sido pelos proprietários no dia
12, para não serem requisita-
dos. Entretanto, tão logo lo-
calizados, foram apreendidos
e incluídos na composição
rodoviária da coluna.
Passou o dia 24 sem novi-
dade que viesse perturbar a
calma da tropa ocupante.
Nada de força pública estadu-
al, nem de milicianos Cami-
sas Vermelhas, como se pro-
palava e era esperado, veio
para Cristalina para restaurar
a autonomia do município e
a soberania do estado, sinal
evidente de que o presidente
do estado já duvidava que o
chefe da nação debelasse
aquele movimento revoluci-
onário que se alastrara em
todo País.
O dia seguinte corria cal-
mo como o anterior, quan-
do por volta das três horas
da tarde, mais ou menos,
desce pela rua Jovino de
Paiva um automóvel condu-
zindo duas pessoas, uma
delas o cidadão Arlindo
Aguiar, que se achava deti-
do em Santa Luzia; este com
o chapéu na mão, braço es-
querdo pra fora do carro, a
medida que o veículo se
adentrava pela praça São
Sebastião gesticulava com o
braço erguido e gritava: -
viva a revolução! E aprego-
ava em seguida – Washing-
ton Luiz foi deposto. E as-
sim passou pelo alojamento
da tropa e pela frente da pen-
são de dona Cesária Ribeiro
até à casa comercial de
Quintino Vargas, sede da re-
volução em Cristalina, onde,
pessoalmente, conversava
com a família do respectivo
gerente, capitão da coluna,
Raimundo de Castro, o vi-
torioso acontecimento.
A tropa, jubilosa com se-
melhante comunicação, sau-
dou o acontecimento com
descarga de suas armas para
o ar, cujos estampidos causa-
ram formidável susto não só
aos residentes que ignoravam
a ocorrência, mais também a
soldados que, no momento, se
achavam ausentes do aloja-
mento, uns e outros supondo
que o tiroteio outra coisa não
era, senão o esperado ataque
da polícia goiana a tropa ocu-
pante da vila. Os primeiros
correram para os subúrbios
(Cubículo, Urubu, etc.) a pro-
cura de abrigo de possível
desastre; os segundos regres-
saram afobados para o aloja-
mento a fim de tomarem par-
te na refrega. Mas ali chega-
dos e informados que foram
do que se tratava, passaram
do estado de afobamento ao
de contentamento, do qual se
achavam repletos os seus
companheiros.
Passado o susto produzido
pelo tiroteio e espalhada a
notícia do triunfo da Revolu-
ção, as pessoas que haviam
corrido para os subúrbios vol-
taram calmas para suas casas,
contentes por terem sabido
que dentro de poucos dias
dar-se-ia a desocupação da
vila.
O corre-corre, porém, no
qual até mulheres tomaram
parte, tornou-se assunto de
caçoada, de comentários jo-
cosos que o escrevinhador
deixa de relatá-los por fugir à
finalidade deste rústico traba-
lho, além de torná-lo extenso
em demasia.
Naquela altura dos aconte-
cimentos em Cristalina, a co-
luna já se avizinhava da cida-
de de Goiás, então capital do
estado, razão de, no dia 26, o
preposto revolucionário da
localidade, Arlindo Aguiar,
foi juntar-se à coluna e, bem
assim, outros elementos da
ocupação local, entre estes o
tenente José Pedro Tiza, to-
dos com o propósito de toma-
rem parte na entrada triunfan-
te da coluna na capital do es-
tado, fato ocorrido no dia 27.
Triunfante a revolução,
confirmados estavam os atos
praticados pela coluna em
Cristalina, salientando-se en-
tre estes, a deposição das au-
toridades Otaviano de Paiva
Rezende – intendente muni-
cipal e Carlos Monh Primo –
suplente de juiz municipal,
passando então o penúltimo
ao último intendente de Cris-
talina na recém caída Repú-
blica de 1889 – 1930, de vez
que, com a queda da situação
dominante, desapareceram de
todo território nacional a de-
nominação de Intendência às
comunas municipais, passan-
do então a denominar-se pre-
feituras.
Também Carlos Mohn Pri-
mo não voltou mais ao cargo,
razão de passar ao último su-
plente de juiz municipal da
localidade, na deposta Repú-
blica.
As referidas ex-autorida-
des e bem assim os comerci-
antes alemães, Agostinho
Leyser e Hans Leyser, custo-
diados em Paracatu desde o
dia 12, tão logo foram posto
em liberdade, regressaram
aos seus lares em Cristalina,
motivo de grande contenta-
mento dos seus familiares que
se achavam ansiosos por se-
melhante regresso.
Afinal, terminou o mês de
outubro, no qual a população
de Cristalina viveu vinte dias
de intranquilidade e contrari-
edades, mas embora a revo-
lução já houvesse atingindo o
seu alvo - a deposição das
autoridades constituídas, ain-
da passou para os primeiros
dias do mês de novembro o
remate trágico das ocorrênci-
as revolucionárias na locali-
dade, sendo que o dia primei-
ro transcorreu sem novidades,
o mesmo não acontecendo no
dia 02 (por sinal dia de fina-
dos), em que alguns soldados
e patriotas em ampla liberda-
de, devido a ausência de co-
mando, passavam armados
nas ruelas da vila e, por volta
das quatro e meia da tarde,
dois deles, um soldado e um
patriota paracatuense de
nome Manoel de Queiroz (co-
nhecido em Cristalina como
Manoel de Carrim), ambos
semi-embriagados, travaram
violenta discussão em frente
a casa da dona Teodora Fer-
reira, terminando com o as-
sassinato do patriota pelo sol-
dado mineiro com o tiro do
fuzil com que andava arma-
do. Os camaradas que presen-
ciaram o delito, prenderam o
criminoso em flagrante e con-
duziram-no para o alojamen-
to, onde o trancafiaram na
prisão local, até que o estado
maior da coluna regressasse
da capital do estado.
Depois da sangrenta ocor-
rência em que o rol do Dia de
Finados de Cristalina foi au-
mentado de mais um, a colu-
na, dando por terminada a sua
missão neste estado, regres-
sou da cidade de Goiás, tra-
zendo como troféu o ex-de-
putado Felismino Viana e o
tenente Severino
No dia 04 a coluna seguiu
para Paracatu, levando tam-
bém o soldado criminoso,
deixando, porém, os integran-
tes cristalinenses, que perma-
neceram até o encerramento
de suas operações, sendo es-
tes Ananias de Melo Franco,
Benedito Bandeira, Benedito
Pereira da Silva (Matinada),
Canuto Pereira da Silva (Ma-
tinada), Cecílio Ribeiro, Cle-
mente Menezes, Domiciano
Ribeiro, Eliseu Gonçalves de
Lima, Eloi de Sousa, Francis-
co de Tal (Chico do Adami-
an), Geraldo Pimentel, João
José Borges, José Borges,
José Pedro Cisa, Manoel Al-
ves de Souza, Manoel Perei-
ra da Silva, Marciano Alves
de Lima, Orozimbo Pinto,
Raimundo de Castro, Rodol-
fo Mohn, Virgilio Alves de
Lima e talvez outros, de quem
o escrevinhador não mais se
lembra.
A esta altura do aconteci-
mento, ao qual Cristalina ser-
viu de palco, e originário des-
te retrospecto, foi que a paz,
a tranquilidade, voltou ao âni-
mo das famílias cristalinen-
ses, não só pelo feliz regres-
so dos seus chefes ou filhos
sãos salvos ao respectivos la-
res, como também pela ocu-
pação local por destacamen-
to da coluna, cujo remanes-
cente partiu sem deixar sau-
dade, deixando, ao contrário,
desagradável recordação em
certas pessoas.
Os nomes são Quintino
Vargas e dr. Barros, o que de-
sapareceu com o decorrer do
tempo. E neste ponto, final da
crise de vinte e quatro dias de
inquietação e contrariedade,
vividas pela população de
Cristalina, que escrevinhador,
por sua vez, também finaliza
a presente narração, fazendo
votos para que o surpreenden-
te desenvolvimento da loca-
lidade em apreço, no decor-
rer mais quarenta e dois anos
contados da invasão à atuali-
dade, não sofra solução de
continuidade, antes seja cres-
cente e permanente a sua
prosperidade, sem que ne-
nhum movimento armado ja-
mais consiga usurpa-lhe a
autoridade municipal e vio-
lentar a soberania do Estado.
Fevereiro de 1973
Leão Rodrigues deAfonseca
Local onde funcionava a Escola, em 1930. Hoje é uma creche
administrada pela Igreja Católica, na Praça São Sebastião
JORNAL DE CRISTALINA 13Julho de 2013
Mais de duas décadas de história
aulo Luzzi e Advogados
Associados SS - é um es-
critório voltado para a ad-
vocacia judicial e administra-
tiva, estruturado para o aten-
dimento de pessoas físicas e
jurídicas, em diversas áreas
do direito.
Com mais de duas décadas
de experiência, o escritório
atua nas áreas cível, comer-
cial, do consumidor, de coo-
perativismo, tributária, meio
ambiente, agrária, bancária -
sobretudo no crédito rural.
Dentre os seus clientes des-
tacam-se produtores rurais,
cooperativas, empresas co-
merciais, do agronegócio,
para os quais é dada toda a
assistência jurídica preventi-
va - para a estruturação dos
contratos - acompanhamento
administrativo e advocacia
judicial.
Sediado no Município de
Cristalina, Goiás, (referência
em produção de grãos no Es-
tado e no Brasil, com uma das
maiores áreas irrigadas, por
pivô central, da América La-
tina, e um agronegócio pujan-
te), tem sua clientela distribu-
ída nos Estados de Goiás,
Distrito Federal, Santa Cata-
rina, Paraná, São Paulo, Mi-
nas Gerais, Espírito Santo e
Tocantins.
A permanente parceria
com escritórios de renome
permite a assistência aos seus
clientes nos Tribunais de Jus-
tiça Estaduais e nos Tribunais
Superiores (STJ e STF).
A fim de atender às modifi-
cações que ocorrem no direi-
to, seus profissionais estão
sempre atentos às mudanças.
Para isso, o escritório oferece
modernos recursos de comu-
nicação, treinamento e uma
biblioteca sempre atualizada.
Paulo Luzzi e Advogados
Associados SS, Pessoa Jurí-
dica - OAB/GO 616, tem uma
equipe composta pelos advo-
gados: Antônio Paulo Luzzi
– OAB/GO 9.703A; Luciano
Alves de Faria – OAB/GO
20.805;Tatiany da Paixão Sa-
chetti – OAB/GO 31.789; e
Alyne Carneiro Caetano de
Sousa – OAB/GO 35.370, es-
tagiário Luan da Paixão Sa-
chetti – OAB/MG 37.515-E
e equipe de apoio administra-
tivo.
Dentro de um Planejamen-
to estratégico tem por missão
oferecer soluções jurídicas de
excelência voltadas para o
ramo do agronegócio, envol-
vendo questões da atividade
econômica e da vida privada.
A missão está centrada na
oferta de soluções jurídicas
que atendam às necessidades
apresentadas pelos clientes
que tenham algum envolvi-
mento com o agronegócio as-
sistindo juridicamente essas
pessoas tanto em questões da
atividade econômica como na
sua vida privada.
Margarida, Dra. Tatiany Sachetti, Dr. Paulo Luzzi, Dona Vera,
Dr. Luciano Faria, Dr. Luan e Dra. Aline formam a equipe do
escritório de advocacia
Dessa forma o escritório
decidiu-se por um posicio-
namento inovador que é a
atividade jurídica em torno
do agronegócio ao invés de
um posicionamento voltado
paras as especialidades ju-
rídicas.
Já no campo da visão es-
tratégica o escritório busca
conquistar mercado, fortale-
cendo a liderança regional e
a presença nacional alcançan-
do excelência técnica com
foco na solução do problema
apresentado pelo cliente e na
assistência permanente dos
serviços prestados.
Posse na Maçonaria
Venerável MarcosAurélio em discurso de saudação e agradecimento aos presentes
ascido no dia 06 de abril de 1.941,
na Itália, onde foi ordenado pa-
dre em 27 de junho de 1.965, o
padre Bernardo Ave chegou em Cris-
talina no dia 15 de janeiro de 1.992.
O pároco recebeu uma homenagem
dos fiéis da Igreja Católica pelos seus
48 anos de vida sacerdotal, dos quais,
21, na Serra dos Cristais.
Antes de aportar na cidade, onde
atuou inicialmente como colaborador
do saudoso padre José Borsato, o pa-
dre Bernardo passou por quatro pa-
róquias em sua Pátria. Em 12 de ou-
tubro de 1994 ele assumiu a Paróquia
Nossa SenhoraAparecida, que expan-
diu sua atuação missionária através da
Associação Mãe Esperança – AME,
creche Nossa SenhoraAparecida, cre-
48 anos de sacerdócio do padre Bernardo
P
N che São Francisco, Casa Betânia,
Centro Vida Alex, além da Farmácia
Viva.
No auxílio dos trabalhos da Pa-
róquia, o padre Bernardo conta
com o constante apoio dos padres
Jacinto e Jeférson. Para comemo-
rar o aniversário de ordenação, os
ministros de eucaristia organizaram
uma festa, oportunidade em que foi
celebrada uma missa em ação de
graças pela vida do padre Bernar-
do e oferecido um delicioso jantar.
“Agradeço com muito carinho e
humildade aos ministros eucarísti-
cos pela homenagem e toda a co-
munidade que me acolheu de bra-
ços abertos”, falou, gratificado, o
padre Bernardo.
professor Marcos Aurélio
Caetano de Souza foi em-
possado para cumprir mais
um mandato de venerável da
Loja Maçônica Acácia Crista-
linense. Visivelmente emocio-
nado com a sessão de posse,
Marcos Aurélio, que tem como
colegas de diretoria Éderson
Clayton Brittes Rola, Antônio
José Cardoso, Sebastião Car-
los Serafim, Valdeci Rodri-
gues, Anésio Ribeiro e Josino
da Veiga Antunes, agradeceu
aos irmãos maçons, às cunha-
das, às autoridades maçônicas
e aos membros de outras lojas
que se deslocaram até Crista-
lina para assistirem a solenida-
de. Autoridades municipais,
como o prefeito Luiz Attié e o
presidente da Câmara, Olivar
Caetano de Souza, além de fa-
miliares e amigos de vários
maçons, também marcaram
presença no evento, que termi-
nou com um saboroso jantar
oferecido aos convidados.
O
JORNAL DE CRISTALINA14 Julho de 2013
om a presença do vice
presidente da seccional
goiana da Ordem dos
Advogados do Brasil, Dr.
Sebastião Macalé, foi em-
possada a nova diretoria da
subseção de Cristalina, que
tem como presidente o ad-
vogado Miguel Alexandre
Filho.
Dr. Miguel prometeu que
irá trabalhar em defesa da
Ordem e do direito, buscan-
do dar aos advogados a cer-
teza de uma representação
Rotary Club em festam reunião festiva, realiza-
da no dia 18 de junho,
com a presença de apro-
ximadamente 200 pessoas, o
Rotary Club de Cristalina e a
Casa da Amizade empossa-
ram seus respectivos presi-
dentes para cumprirem man-
dato até junho de 2014. O
empresário JoãoAntônio Va-
caro Fachinello continua na
presidência do Rotary por
mais um ano, enquanto sua
esposa, Maiara Sabadin Vaca-
ro Fachinello, vai ter a primei-
ra experiência como presi-
dente da Casa da Amizade.
Em clima de alegria e
emoção, JoãoAntônio desta-
cou a responsabilidade de
presidir a instituição mais
uma vez. “Me sinto honrado
com a incumbência e privi-
legiado por estar à frente de
tão importante organismo,
que prima pelo amor ao pró-
ximo e para com o cuidado
com as pessoas”, falou o pre-
sidente, que faz questão de
estar presente em todas as
reuniões, realizadas às ter-
ças-feiras, onde são discuti-
das as ações a serem desem-
penhadas pela comunidade
rotária de Cristalina.
Além da posse, foram fei-
tas várias homenagens para
sócios do clube e membros da
comunidade.Adata foi ainda
marcada pela recepção aos
João Antônio, Flávia Gonzatti, o médico Fagner Andrade e
Maiara Fachinello
novos membros Fagner An-
drade, Gustavo Tomé e Adri-
ana Rodovalho, Marcelo Le-
mos e Jaqueline Campos, e
Daujise Côrtes Mânica Teles.
Já nas reuniões seguintes
os novos sócios ajudaram a
planejar mais uma grande fes-
ta que será promovida pelo
Rotary. Depois do sucesso da
apresentação de Jerry Adria-
ni, os rotarianos confirmaram
para o dia 07 de setembro um
grande show da Jovem Guar-
da, novamente no salão Sô-
nia Festas, com a apresenta-
ção dos artistas Waldireni, Os
Vips e Wanderley Cardoso.
“Sem dúvidas será mais uma
oportunidade para as famíli-
as se confraternizarem em um
ambiente alegre e agradável,
que contará com artistas que
marcaram época e fizeram
sucesso no Brasil inteiro”,
falou João Antônio, com o
entusiasmo e o otimismo que
lhe são peculiares.
Maiara, João Alceu, Daujise e João AntônioJaquelineCamposeafilha,Maiara,MarceloLemoseJoãoAntônio
Márcia Rodovalho, Adriana Rodovalho, Gustavo Tomé e
Sebastião Rodovalho
séria e comprometida com a
classe e com a comunidade.
“Iremos trabalhar em defe-
sa da nossa profissão e em
favor da justiça, observando
princípios éticos e morais
que são norteadores da nos-
sa atividade profissional”,
falou o novo presidente.
Em seu discurso, Sebas-
tião Macalé enalteceu a pro-
fissão e relembrou a impor-
tância da OAB em momen-
tos decisivos da história do
Brasil, como no combate à
OAB empossa nova diretoria
Após ouvir o juramento, Dr. Sebastião Macalé declara empossada a diretoria da OAB/Cristalina
ditadura militar, na luta pela
redemocratização do País,
no impeachment do ex-pre-
sidente Fernando Collor de
Melo e na aprovação do pro-
jeto da ficha limpa. “A ad-
vocacia está presente desde
a descoberta do Brasil e é
um patrimônio da socieda-
de. A OAB é um facho de
luz na história da democra-
cia brasileira”, garantiu o
advogado, que se formou
quando ainda era jogador
profissional de futebol.
E
C
Parabéns Cris-
talina, cidade
próspera e bené-
vola, onde nasce-
ram meus pais e
meus filhos. Sou
feliz por perten-
cer a este chão
abençoado, que
não faz acepção
de pessoas, mas
recebe de portas
abertas todos que
aqui aportam.
Uma médica cristalinense
Dalila de Souza Lima, fi-
lha de José Ronaldo de Lima
(Zé Bufunfa) e Dalva Lima,
acaba de festejar a formatura
em medicina, curso feito na
Universidade Uberaba.
As comemorações aconte-
ceram no último final de se-
mana, oportunidade em que
Dalila agradeceu mais uma
vez o esforço dos seus pais e
de todas aquelas pessoas que
contribuíram para que ela al-
cançasse tão importante con-
quista.
Na mensagem do convite a
nova médica expressa sua ale-
gria em concluir esta impor-
tante etapa da vida. “É gran-
de a minha satisfação de ter
concluído esta vitória, após
minha longa e extensa vida
universitária, entretanto, pre-
ciso ressaltar que nada disso
foi alcançado sem apoio”, diz
o texto, que faz alusão a Deus,
aos pais, tio, namorado e a
todos que contribuíram para
seu sucesso. Sem sombra de
dúvidas é um grande triunfo
não somente de Dalila, mas de
toda a sua família e amigos.
Realmente merece muitas ce-
lebrações.
Mensagem do Marquinho Abrão
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Cristalina completa 97 anos: jornal comemora aniversário com histórias e desafios da cidade

  • 1. JORNAL DE CRISTALINA 1Julho de 2013 ANO IV - Nº 31 - JULHO DE 2013 EDIÇÃO ESPECIAL R$ 5,00 PREÇO SIMBÓLICO Cristalina participou de importante movimento no Brasil, conhecido como Revolução de 1930. Na realidade um Golpe de Estado, que depôs o presidente da República Washington Luís e impe- diu a posse do presidente eleito, Júlio prestes e deu início a um período ditato- rial de 15 anos, comandado pelo gaúcho Cristalina sob tensão A nossa cidade completa 97 anos de Emancipação Po- lítica, e gostaria de parabeni- zar toda a população. Gente que, com seu traba- lho diário, constrói o desen- volvimento da cidade. Muitos aqui nasceram, outros, como eu, aqui chegaram e constitu- íram família. Por isso, não medimos esforços quando se fala em solidariedade, em busca do bem-estar comum. Semear ações e colher con- quistas, buscando no presen- te o futuro! Desejo que as conquistas da comunidade sejam sempre crescentes, de- monstrando que somos nós quem fazemos o amanhã e que nossa perseverança é a luz que ilumina o caminho rumo a um país mais justo. Parabéns a todos que, dia- riamente, cumprem sua mis- são, contribuindo com o de- senvolvimento do município, buscando sempre novos pro- jetos e aceitando o desafio de fazer mais e melhor. Parabéns, Cristalina! Vereador Daniel do Sindicato e Família Cumprimento a população de Cristalina nas comemora- ções dos 97 anos de emanci- pação política do município. Cristalina tornou-se um pólo do desenvolvimento econô- mico, social, educacional e cultural de Goiás. O acesso de seu povo à instrução, prerro- gativa da cidadania, os gan- hos na qualidade de vida e o desenvolvimento do agrone- gócio evidenciam o progres- so que orgulha sua população e a todos os goianos. No 97º aniversário do mu- nicípio, o governo estadual sente-se participante desse progresso, na medida que tem atendido, com especial aten- ção, às suas demandas.Apre- sento minhas felicitações ao querido povo de Cristalina e manifesto o reconhecimento público do Governo de Goi- ás pela grandeza e pujança de sua comunidade. Marconi Perillo Governador de Goiás Getúlio Vargas. Leão Rodrigues deAfon- seca, professor naquele ano, registrou com riqueza de detalhes, 43 anos depois, o que aconteceu em Cristalina durante 24 dias de inquietação. O Jornal de Cris- talina publica a história, já conhecida de quem leu o livro Cristalina em Letras,de autoria do editor. Páginas 9 a 12 Um grande abraço, Cristalina! Parabéns, Cristalina! Oh! Minha amada Cristalina! Terra hospitaleira e encantada, Serás sempre uma menina E minha eterna namorada. Cristalina é uma riqueza Que encanta viajantes Com sua esplêndida beleza E seus cristais brilhantes. Aqui em Cristalina eu nasci, Aqui em Cristalina eu cresci. Se eu tiver que escolher Aqui eu quero deleitar, Aqui eu quero ficar Aqui eu quero morrer. Germano de Oliveira Melo Declaração de amor a Cristalina O Jornal de Cristalina se congratula com toda a população pela passagem de seu 97º aniversário de emancipação polí- tica e administrativa. Nesta edição histó- rica, reportagens sobre o artista Germano de Oliveira Melo e o escritor Luiz Alber- to de Queiroz. Também várias mensagens e muitas notícias do presente e do passa- do. Como são 20 páginas e a edição tem valor histórico, sugerimos que o material seja arquivado para posteriores consultas. Parabéns, Cristalina! Em breve o Hospital Nossa Senhora do Rosário estará inaugurando o primeiro serviço de tomografia, que contará com a realização de todos os exames da área de tomografia. HNSR – Um jeito diferente de fazer saúde Mais inovação e tecnologia para a saúde da população cristalinense
  • 2. JORNAL DE CRISTALINA2 Julho de 2013 ARTIGO Cristalina rumo ao centenárioada vez mais aumenta a consciência de que não é possível permanecer com o atual modelo de de- senvolvimento urbano que temos hoje em Cristalina. É necessário que se cons- trua a transição para um de- senvolvimento sustentável, que integre as dimensões so- cial, ambiental e ética, base- ado em uma economia que seja includente, verde e res- ponsável. E não há melhor lugar para exercitar essa agenda do que em nossa cidade de Cristalina, lugar tão privile- giado por sua natureza, sua história e sua cultura, que exige de cada um de nós uma parcela de contribuição para a construção de uma cidade com maior qualida- de ambiental, mais justa, planejada, inovadora, criati- va, inteligente e segura. Pre- tendemos iniciar a partir do 2º semestre deste ano de deputado Valcenôr Braz tem atuado de for- ma intensa pelos muni- cípios goianos, principal- mente os que fazem parte da região metropolitana de Brasília. Cristalina está en- tre as cidades pelas quais o parlamentar tem buscado junto ao governo estadual melhorias e condições para o desenvolvimento. Quando se fala em de- senvolvimento, o deputado estadual, ressalta: ”Crista- lina cresce em todos os sentidos, nos orgulha como cidade goiana.” Afinal, Cristalina cres- ce economicamente e pos- sui o maior PIB agrícola do Brasil. E o parlamen- tar ainda lembra: ”é uma terra onde tudo o que se planta, dá” . Não é por acaso que Cristalina está entre os maiores produto- res nacionais de soja, mi- lho, feijão, alho, batata, cebola, entre outras cultu- Deputado Valcenôr Braz parabeniza a cidade de Cristalina Deputado Valcenôr: parabéns, Cristalina, por seu aniversário, lutas e conquistas C O ras. Aliás, é o município com a maior concentração de pivôs no Brasil. Hoje existem 600 pivôs nas grandes lavouras de Cris- talina. São mais 40 mil hectares irrigados. Enquanto o homem do campo se esforça na terra, na Assembleia Legislativa de Goiás o deputado se es- força em busca de mais re- cursos. Valcenôr Braz está constantemente junto à di- reção da Celg para resolver problemas de energia elé- trica que a cidade enfrenta. Dificuldade tanto na zona urbana quanto na rural. Mediante as solicitações do Sindicato Rural de Cris- talina, o deputado tem in- termediado com o governo do estado, e foi possível conseguir, por exemplo, a doação de camionete para o patrulhamento rural, vi- sando diminuir o problema de roubo nas fazendas. O agronegócio tem ofe- recido mão de obra e mai- or rentabilidade para as fa- mílias que nasceram e as milhares que escolheram se instalar nas cidade também conhecida como Terra dos Cristais. É da riqueza do solo que Cristalina tam- bém se sobressai. O deputado estadual Valcenôr Braz se orgulha e se alegra por ser represen- tante do município e para- beniza a cidade de Crista- lina pelo aniversário, pelas lutas e conquistas. “Respei- to essa cidade e sua gente pela importância que têm para o crescimento e o de- senvolvimento de Goiás”, concluiu o deputado. (YG) 2013, os debates ten- do como tema “A Construção da Cida- de Sustentável para Todos”. A ideia é que con- sigamos desenvolver um debate com a po- pulação em geral e a sociedade civil orga- nizada onde se discu- ta o perfil da cidade que queremos em seu centenário, e que ofe- reça as condições e oportunidadesequita- tivas aos seus habi- tantes, assumindo o desafio de construir um modelo sustentá- vel de sociedade e vida urba- na, baseado nos princípios da solidariedade, da liberdade, da igualdade, da dignidade e da justiça social, tendo como umdosfundamentosorespei- to às diferenças culturais ur- banaseoequilíbrioentreour- bano e o rural. Ações como a destinação adequada dos resíduos do- mésticos, o respeito à pro- priedade, o cuidado com o espaço e o patrimônio públi- co, a urbanização e sanea- mento básico da cidade, a re- gularização das escrituras das nossas casas, estabilida- de da energia elétri- ca e água nas tornei- ras, farão parte dos temas a serem deba- tidos. Precisamos de uma administração mais humanista, com uma agenda positiva voltada para a melho- ria dos serviços pú- blicos e o atendimen- to aos anseios e ne- cessidades da popu- lação. De um poder legislativo participa- tivo, que inclua a po- pulação nos debates de interesse da nossa cidade, com uma maior realização de audiên- cias públicas onde todos te- nham a chance de opinarem. Precisamos unir esforços e articular forças de diferen- tes atores da sociedade em busca da construção coleti- va da cidade que queremos. E qual tem sido a sua par- cela de contribuição nessa imensa construção coletiva que é o futuro de Cristalina? As discussões sobre os de- safios e o futuro da cidade nos oferecem a oportunida- de de repensarmos nossas relações com o ambiente em que vivemos e os impactos positivos ou negativos que causamos. Estão sendo pri- vilegiados objetivos pesso- ais ou se pensa também no interesse coletivo? Quando queremos um fu- turo melhor, precisamos es- tudar, planejar e agir no pre- sente,paraentãoprojetareste futuro. Neste contexto, é fun- damental saber distinguir o essencial do dispensável e definirestratégiasparaalcan- çar o destino desejado. Parabéns Cristalina, por seu aniversário de 97 anos! E vamos nos unir para construirmos uma cidade melhor no seu cen- tenário! Guilherme Castelo Branco é advogado dos trabalhadores de Cristalina e suplente de ve- reador pelo Partido Verde - 43
  • 3. JORNAL DE CRISTALINA 3Julho de 2013 Mensagem aos cristalinenses Minha querida Cristalina, “Cristalina é hoje o mai- or Produto In- terno Bruto (PIB) agríco- la do País, se- gundo dados do IBGE de 2010. O mu- nicípio pro- duz R$ 624 milhões em uma varieda- de de 34 tipos de culturas. O segredo dessa riqueza é o trabalho diário e in- cansável de sua gente. Parabéns aos produtores rurais, empresários, técni- cos e trabalhadores dedicados e res- ponsáveis pela eficiente agricultura ir- rigável e sustentável do município”. José Mário Schreiner, Presidente do Sistema FAEG/ SENAR e vice-presidente Financeiro da CNA. Agradecimentopelasoportunidades vereador Bernardo Vaca- ro Fachinello (PP) está entusiasmado com os pri- meiros seis meses de manda- to. Ele contabiliza viagens em buscadebenefíciosparaomu- nicípio, assiduidade nas ses- sões plenárias e nas reuniões entre os vereadores e o aten- dimento ao público. “Procuro fazer um mandato de forma equilibrada, atuando interna- mente em todas as atividades da Câmara, mas também sa- indo em busca de recursos, utilizando as responsabilida- des e as prerrogativas do car- go, que abrem portas junto às autoridades federais e estadu- ais”, diz o vereador, que viaja constantemente a Brasília e Goiânia para apresentar rei- vindicaçõesadeputados,sena- dores, ministros e secretários de estado. “Pode ser que os benefíci- os demorem um pouco, mas o importante é plantar para colher no tempo certo”, afir- ma Bernardo, que está aguar- dando a confirmação de plei- tos apresentados, como a vin- da de uma patrola, prometida pelo presidente de seu parti- do, deputado federal Roberto Balestra. Filho do vice-prefeito João Carlos Fachinello, a quem nutre respeito e admiração, o vereador se empolga, quando fala sobre Cristalina, trabalho Família Fachinello, do vice-prefeito João e do vereador Bernardo em foto que se repete ano a ano – União, amor e trabalho e família. “Aprendi com meu pai a trabalhar por ideal, gos- tar de Cristalina e considerar sua gente. Chegamos aqui há 30 anos e o que temos está aqui, para contribuirmos com o progresso e o desenvolvi- mento da cidade e da região”, fala o vereador que, além da atividade legislativa, é apai- xonado pela empresa da famí- lia, que representa a Librela- to em dezenas de cidades em Goiás e Minas Gerais. “Gosto de tudo que faço junto ao meu pai, minha mãe, irmãos, esposa e filhos. As- sim ganho motivação para trabalhar todos os dias, seja na 40 Implementos Rodoviá- rios, seja no cumprimento do mandato que o povo me deu, do qual eu me orgulho e pro- curo exercer com zelo, dedi- cação e honestidade”, diz Bernardo, que deve ser um dos postulantes ao cargo de presidente da Câmara na elei- ção que ocorrerá em dezem- bro. Antes de encerrar a entre- vista, o vereador fez questão de saudar Cristalina pelos seus 97 anos. “Eu e minha família só temos a agradecer a essa terra. Nos envolvemos no dia a dia da comunidade trabalhando em nossas em- presas, participando de clubes de serviço, acompanhando a vida social e política dessa terra. Por isso, parabéns a Cristalina e ao seu generoso povo pelas portas abertas a quem acredita e investe neste desenvolvimentista municí- pio”, arrematou de forma efu- siva o vereador. Salve, salve, Cristalina!!! Amigos e amigas Quero para- benizar o mu- nicípio de Cristalina e to- dos os seus moradores pe- los 97 anos de história, que serão comple- tados no pró- ximo dia 18 de julho. É uma ale- gria e honra para mim, ter acompanhado de perto 33 anos desta história, já que a minha família se estabeleceu aqui em 1980, quando eu tinha apenas dois anos de idade. Pode contar comigo, Cristalina, para defender os seus filhos de toda e qualquer injustiça! Parabéns, Cristalina! Vereador Luiz Henrique É uma honra para mim e para minha família fa- zer parte da histó- ria dessa próspera e abençoada terra. Obrigado pela oportunidade que me deu de atuar nesta terra como engenheiro civil, empresário, depu- tado, secretário de estado e prefeito. Cristalina é peça importantíssima na engrenagem que faz Goiás crescer e se destacar como um estado emer- gente. A magia dos cristais, as bele- zas naturais, a abundância de água, a força do homem do campo, a tecnifi- cada irrigação e sua benévola popu- lação fazem desse importante pedaço de terra orgulho para quem conhece e habita em seu solo. Parabéns Cristalina!!! Antonino C. de Andrade e Família Aimportânciade Cristalinaparanos- sa região, para Goi- ás e para o Brasil, a fazdespontarcomo importante polo de desenvolvimento e progresso. Quero externar minha admiração e respeito por quem mora, trabalha e produz para que Cristalina alcance elevado patamar de reconhecimento pelo que representa em termos de his- tória, cultura e economia para quem a conhece e vive o seu dia a dia. Você, Cristalina, se desponta no cenário nacional e mundial, pela ou- sadia, determinação e bravura da sua gente. Parabéns a todos os habitantes des- sa maravilhosa terra! Célio Silveira Presidente da Agência Goiana de Esporte e Lazer O
  • 4. JORNAL DE CRISTALINA4 Julho de 2013 ± Sete Notas Eliézer Bispo eliezer.bispo@yahoo.com.br O Jornal de Cristalina é uma publicação da empresa ELIÉZER BISPO - CNPJ 13.922.487/0001-01 - Endereço: Rua Floresta, Qd. 12, Lote 07 - Cristalina Velha - CEP 73850-000 - Cristalina - GO - Telefone: (61) 9912-3123 - E-mail: jornaldecristalina@gmail.com e/ou eliezer.bispo@yahoo.com.br - Jornalista Responsável: Eliézer Bispo - DRT GO01469JP - Operários da voluntariedade jornalística: Ezequiel dos Santos Bispo, Tiago dos Santos Bispo e Franklin Ribeiro - Tiragem: 3.000 exemplares - Projeto Gráfico e Diagramação: Marcone Barros – 3568-6394 - Circulação: Goiás - Brasília E X P E D I E N T E A prefeitura quer o domínio do imóvel, incluindo a igreja, que compreende a Praça São Sebastião Câmara encerra semestre com polêmicas lgumas polêmicas marca- ram o encerramento do primeiro semestre na Câ- mara dos vereadores.Avelha prática do Poder Executivo de enviar projetos de última hora, parece ser uma norma da atual administração, que desde o mandato passado pri- mou por pegar vereadores e comunidade de surpresa. Seguindo a mesma prática dos últimos anos, a Câmara recebeu um projeto de lei (e já queria votar de imediato) onde o artigo 1º rezava: “Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a afirmar a situa- ção de dominialidade do imó- vel constituído pela Praça São Sebastião, situada na Rua Jovino de Paiva, quadra 04, bairro Cristalina Velha, para fins de prova junto aos órgãos públicos municipais, estaduais e federais”. Pegos de surpresa, verea- dores da oposição mobiliza- ram lideranças da Igreja Ca- tólica que, estonteadas, cor- reram para a Câmara para sa- ber o que estava acontecen- do. Alguns, com dificuldade para acreditar na iniciativa do prefeito Luiz Attié, acharam até que era brincadeira, mas quando chegaram e viram o clima tenso e alguns vereado- res da situação a fim de fazer uma votação rápida, se assus- taram. Com a presença da tropa de choque da prefeitura no ple- nário e a chegada do padre Geraldo, os vereadores resol- veram ouvir um representan- te da prefeitura para explicar a situação. Um senhor apre- sentado como doutor Náder usou a tribuna e falou em nome do prefeito, argumen- tando que a Igreja Católica iria perder só o domínio do local, mais nada. A explica- ção simplista, feita com na- turalidade pelo doutor até en- tão desconhecido da comuni- dade, foi feita como se equi- valesse a alguém ir até uma padaria comprar pães ou fa- zer uma caminhada no final da tarde. “A prefeitura só vai dominar o imóvel, mais nada.” A afirmação é a mes- ma coisa de que se alguém entrasse na casa de outra pes- soa e falasse: “a partir de hoje esta casa é minha, mas eu dei- xo você morar nela”. Depois que o procurador do prefeito falou, o padre Geraldo fez uso da palavra. Com voz calma, ele chamou a atenção dos vereadores; “é muita imprudência querer aprovar um projeto assim. Têm que conversar com a comunidade e vocês têm que fazer isso porque representam a comunidade. Não podemos misturar as coisas”, falou o pároco, que foi calorosamen- te aplaudido. Depois da fala do líder ca- tólico a sessão foi suspensa. Quando retomados os traba- lhos, se anunciou que o pro- jeto havia sido retirado da pauta daquela sessão, a pedi- do do autor, no caso, o pre- feito municipal. Como foi somente retirado, ainda há a expectativa de que o projeto volte em agosto.Asessão será no dia 1°, às 09h. O assunto dominou (olha a dominialidade aí) todas as rodas de conversas na cida- de, quaisquer fossem os luga- res. Nos bares, nas praças, nas ruas, nos comércios, nos ve- lórios, nas igrejas não se fa- lava em outra coisa a não ser na “desapropriação” (a popu- lação usou esse termo, já que dominialidade é de raríssimo uso no vocabulário popular), da Igreja São Sebastião. Nas missas dominicais que se se- guiram o padre Geraldo che- gou a dizer que não teria ca- bimento ir até à prefeitura pegar as chaves da igreja e depois da missa ir lá devol- ver todas as vezes. Depois do fato não houve um pronunciamento oficial sobre o caso, mas a alegação de assessores do prefeito e de vereadores de sua base, pelo Facebook, é de que viria muito dinheiro para restaurar a praça e a igreja se o domí- nio passasse para a prefeitu- ra. Como não veio... De ver- dade mesmo sobre o assun- to, só o estranho desejo de dominar o imóvel da igreja, fato jamais visto na história de Cristalina. Centec Outras polêmicas foram mais pedidos de desapropria- ção e a doação do local onde funciona o Centec para o Ins- tituto Federal Goiano – IFG. Mesmo dizendo que o proje- to era inconstitucional, por- que o terreno não mais per- tence ao município, mas ao Estado, os vereadores aprova- ram a matéria por maioria dos votos. Somente o vereador Daniel do Sindicato que, ao apresentar uma certidão do Cartório de Imóveis, a qual atesta que o imóvel não é do município, votou contra. Luiz Henrique se absteve, Rosival- do Pelota não estava na ses- são e os demais vereadores votaram a favor do projeto. O vereador Daniel do Sindicato, por entender que vereador não pode aprovar projeto inconstitucional, votou contra a do- ação de área que não mais pertence ao município, enquanto Luiz Henrique se absteve e os demais vereadores votaram a favor do projeto de doação do Centec ao estado A A POLÊMICA DA IGREJA A dominialidade pretendida pela prefeitura na Praça São Sebastião, inclusive do templo da Igreja Católica, através de projeto de lei enviado à Câmara, causou o maior alvo- roço na cidade. Na cabeça do povo, dominialidade é igual à desapropriação. O assunto escandalizou muita gente. ROMPIMENTO À VISTA? Teria acontecido em uma fazenda, reunião entre seis vereadores com o objetivo de formar um bloco de oposi- ção mais forte, para disputar a presidência da Câmara. Quem estaria articulando o movimento seria o vereador Marcelo Pezão (PTN), que pleiteia o cargo, mas entende, segundo pessoas próximas a ele, que na base do prefeito dificilmente seria o escolhido. Marcelo estaria muito de- cepcionado com o tratamento que vem recebendo por parte do prefeito. A DISPUTA JÁ COMEÇOU Se o rompimento se confirmar, a disputa pela preferên- cia de quem deve ocupar a presidência, entre os aliados do prefeito, será entre José Orlando e Bernardo Fachine- llo. Cada um tem sua estratégia, mas já dá para sentir nos bastidores que a disputa já começou, embora faltem qua- se cinco meses. NOTÍCIA EM REDE NACIONAL Foi lamentável a notícia da morte de duas mulheres no distrito de Campos Lindos, enquanto realizavam mani- festação (no caso delas) em favor de regularização fundi- ária. O fato foi destaque em rede nacional de várias tele- visões. A FARRA DOS COMISSIONADOS Outra notícia deplorável, de acordo com o site estadão.com.br, através de dados divulgados pelo IBGE, é que Cristalina está entre as cidades brasileiras (5.556 municípios) que mais têm cargos comissionados. Esses cargos são aqueles ocupados por favor ou barganha polí- tica, não pelo merecimento do concurso público. Quem quiser conferir, visite o sítio do Estadão ou do IBGE. DUAS MÁQUINAS Depois de quase cinco anos de mandato, a prefeitura adquiriu duas máquinas para a realização de serviços na zona rural. Elas, que custaram R$ 560 mil, ficaram ex- postas na praça José Adamian. A prefeitura está de para- béns. E tomara que venham outras, sem tanta demora. SINTEGO EM CRISTALINA O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás – Sintego, está intensificando sua atuação em Cristalina e em toda a região do Entorno. Se você é da área e tem interesse, leia matéria na página 07. DEPUTADOS ESTADUAIS Como no meio político muito se fala em candidaturas a deputado estadual, o assunto ferve quando há notícias por aqui. Então, que todos saibam que Silvano da Rádio é realmente pré-candidato, que Luiz Henrique não descar- tou a possibilidade e que Daniel do Sindicato continua sendo pressionado para a disputa. Já o advogado Castelo Branco, como já publicado aqui, não tem dúvidas de que vai para a disputa. SEM O PREFEITO Se alguém estranhar que não tem nenhuma manifesta- ção do prefeito municipal nas páginas do Jornal de Cris- talina nesta edição histórica, saiba que não é culpa nossa. Enviamos ao seu gabinete, no dia 20 de junho, duas cor- respondências, uma delas com uma pequena entrevista. Por esquecimento, indiferença, birra, perseguição ou ne- gligência, as respostas não foram remetidas ao Jornal. Paciência. NOVOS DOCUMENTOS Por falar em história, chegaram à redação documentos valiosíssimos do ano de 1905, quando Cristalina ainda era distrito de Luziânia, sobre demarcação de terras, com textos preciosos. O material, via internet, foi encaminha- do por José Aloísio Botelho para Ivan Bispo, antes de chegar a nós.
  • 5. JORNAL DE CRISTALINA 5Julho de 2013 O cristal como marca registrada ontador de causos e his- tórias, prosador e poeta, artista plástico e escul- tor, Germano de Oliveira Melo tem um traço marcan- te em todas as suas criações artísticas: o cristal. “O cris- tal é a minha marca registra- da. Me identifico com ele, me identifico com o garim- po, me identifico com Cris- talina, me identifico com sua gente”, diz o artista, de 75 anos vividos na Serra dos Cristais, onde nasceu, se ca- sou com dona Diana, teve dois filhos, Gerdean e Jean e três netos, Raul, Rhana e Clara. Inspirado por fatos do co- tidiano cristalinense e por conceitos filosóficos de di- versos pensadores, Germa- no tem na memória aconte- cimentos que o fazem se sentir um jovem, um garo- to, quando está criando e produzindo arte e cultura para a geração presente e as vindouras. “Nasci garim- pando e acompanhei todo o desenvolvimento de Crista- lina. A cidade, comparada a outras, é pequena, mas se compararmos com outras muitas, é uma metrópole, por isso eu me transformo e me renovo com ela, que tem muitas facetas, como um cristal extraído da mina e, depois, lapidado”, diz o ar- tista, que está sempre bem humorado e é um brinca- lhão, na acepção máxima da palavra. Fascinado com o atual momento de desenvolvi- Germano e suas belas obras, que têm como marca registrada o cristal mento experimentado pelo município, Germano não esconde sua satisfação com o crescimento de Cristalina. “Antes era só o cristal. Com ele (o cristal), garimpando, construí minha casa quando fui um, entre centenas, que bamburrou no garimpo do Jatobá. Naquele tempo, há mais de 40 anos éramos de- pendente só da atividade ga- rimpeira. Hoje as oportuni- dades se expandiram, mul- tiplicaram. Para se ter uma ideia eu não dou conta de falar o que Cristalina produz no campo”, diz o historia- dor, atualmente aposentado, que, dentre outras ativida- des, ocupou a vida traba- lhando em alfaiataria e na sorveteria da família duran- te décadas. Germano tem o reconhe- cimento e o respeito das pes- soas que gostam da história de Cristalina, razão pela qual é solicitado para expor os seus trabalhos em eventos realizados por escolas, enti- dades, associações. Também é comum Germano receber em seu atelier estudantes de Cristalina e outras cidades, turistas e gente da própria cidade, que gosta de conhe- cer um pouco da belíssima história da imorredoura Vila Cristalina. “Se Deus quiser vou viver ainda muitos anos contando e registrando a nos- sa história, porque isso me dá prazer, me motiva e me ins- pira a prosseguir. Gosto de mostrar a minha arte, de compartilhar o que vivi e o que aprendi”, encerra o artis- ta, que tem um livro publica- do, onde parte de suas obras está exposta. Um cristalinen- se que se preza, tem que ter “A vida e a arte de um ga- rimpeiro” (título do livro) em sua instante. Quem qui- ser adquiri-lo é só procurar o autor ou ir até a Casa Para Todos, onde o livro está a venda por apenas R$ 20,00. O Príncipe das Letras impossível falar algo so- bre a história de Cristali- nasemmencionaronome de Luiz Alberto de Queiroz. Ao longo da vida, LuizAlber- to trabalhou as letras e as pa- lavras para enaltecer ícones que se sobrepujaram em dife- rentesfacetasdavidaparaque a Serra dos Cristais alcanças- se estrondoso patamar de re- conhecimento.Esealguémig- nora essa realidade, é por cul- pa da inércia quanto à cultura, aos valores e as tradições de Cristalina. Luiz Alberto, em sua di- versidade estilística, é bió- grafo, historiador, romancis- ta, pensador, poeta. Porém, acima de tudo, é um ser que se preocupa em divulgar os dotes naturais e históricos de sua terra, bem como desven- dar os mistérios da alma hu- mana e compartilhar com os seus conterrâneos os resulta- dos de obras frutíferas, adu- badas que foram pelo zelo, respeito e dignidade. É verdade que o autor de “Cristalina, Minha Terra” rompeu as fronteiras da ou- trora São Sebastião dos Cris- tais e deu a Goiás e ao Brasil livros como “Reminiscênci- as” e “O Velho Cacique”, um dos melhores registros sobre a vida de Pedro Ludovico Teixeira. Mas a maestria em imortalizar nomes de grandes vultos da nossa história, como seu genitor, o saudoso ex-prefeito José Rodrigues de Queiroz (Zé Gordo), no magnífico livro “Um Líder Ausente”, e na intrigante obra “Olimpio Jayme – Po- lítica e violência em tempo de chumbo”, brindou os cris- talinenses com o “Memorial de um rebelde”, onde, de for- ma sucinta e espontânea, conta a vida de um dos ho- mens mais cultos que Cris- talina conheceu: Eduardo de Paiva Rezende, o Eduardi- nho. O livro ainda brinda o leitor com fotografias histó- ricas de personalidades lo- cais estaduais e nacionais. Há pouco mais de um mês Luiz Alberto mandou para o prelo mais um livro, que con- ta a história do médico goiano Hugo Frota, referência na me- dicina goiana. Outra obra que virá em breve é o relançamen- todahistóriadeZégordo,com novo título: Um líder. O autor, que não é afeito a entrevistas, confidenciou para o Jornal de Cristalina re- centemente que prepara his- tórias vividas por ele nos bas- tidores da política local e de Goiás. “Vou falar do que eu vi e ouvi, nada mais do que isso”, limita-se a dizer o es- critor, que mora em Goiânia há mais de 25 anos. A verdade é que ler e reler os livros de Luiz Alberto é refrigério para a alma, alen- to para o coração e motiva- ção para acreditar que os sen- timentos de cristalinidade e goianidade estão intrínsecos no interior de quem realmen- te ama Goiás e venera Cris- talina. Sem exagero pode-se chamar o escritor de “O Prín- cipe das Letras”, por que, afi- nal, já são 20 obras publica- das, a grande maioria com re- cursos próprios. Sinal clarís- simo que ele vai muito “além da ilusão” para escrever e fa- zer história. Na biblioteca do Jornal de Cristalina, a coleção quase comple- ta dos livros de Luiz Alberto de Queiroz C É
  • 6. JORNAL DE CRISTALINA6 Julho de 2013 Muitas vezes não percebemos a velocidade em que o re- lógio marca as horas e que o calendário cataloga os dias. Nos parece que vamos envelhecendo somente quando olha- mos uma foto antiga, percebemos os cabelos brancos ou notamos que aparecem as rugas. As mutações são implacá- veis e denunciam que o tempo se vai. Aqui neste espaço é assim também. Quando começamos, Cristalina estava prestes a completar 94 anos. Agora já são 97. O centenário bate às portas. Diante disso olho para o Jornal de Cristalina e vejo o que vai acontecendo. Fico sur- preso, porque são apenas três anos, com 31 edições agrupa- das em mais de 300 páginas com o objetivo principal de ajudar a registrar a história da Serra dos Cristais. Assim, apesar de rotineiros empecilhos enfrentados, somados há algumas indesejáveis situações, o jornal procurou circular sempre da melhor maneira, primando pela qualidade na se- leção e confecção dos textos, na diagramação e na impres- são para oferecer o melhor ao leitor que aprecia e respeita a rica história do município. Mas para que isso acontecesse e, esperamos, continue acontecendo, existem alguns ingredientes que não podem faltar. Cito aqui os dois principais, que são o apoio de anun- ciantes, assinantes e dos próprios leitores, os quais sentem gosto pelo trabalho que fazemos. Sem esse apoio seria im- possível a circulação do Jornal. O outro que considero im- portante é a motivação, oriunda da vontade de estabelecer metas, alcançar os objetivos com a produção de um texto, de um registro fotográfico, de um anúncio. Acredito que os aspectos salientados acima, de forma polar, atingem os dois lados que são responsáveis pelo êxi- to do trabalho: o editor e o leitor, que devem ter uma rela- ção de cumplicidade capaz de levar prazer e satisfação para os dois lados. Seriam muitos os exemplos a serem lembra- dos neste triênio, mas vou elencar apenas alguns fatos que, dentre dezenas de outros emocionaram o editor. 1º - Na edição nº 09, de junho de 2011, escrevi um edito- rial intitulado Simplicidade que é exemplo. Nele falava a respeito de algumas mulheres que se destacaram na socie- dade pela maneira simples de viver e pela simpatia. Na opor- tunidade citei o exemplo da Dona Joana, que conheci quando estudava o primário no extinto Instituto Coração de Maria. Por causa dessa citação recebi o agradecimento que mais me marcou, quando fui abordado na rua por sua filha, Dal- va. Ela me contou que pegou o Jornal na feira e que na hora que viu o nome da sua mãe mencionado, teve vontade de gritar, chorar de alegria por saber que sua mãe tinha marca- do a vida de tantas pessoas, como a minha. Obrigado Dal- va, que com sua mãe, e agora com seus filhos ajuda a escre- ver de forma honrada a história de Cristalina. 2º - Desde a edição nº 02 que envio a versão em PDF, logicamente via e-mail, para centenas de pessoas. O coronel Nóbrega, que comandou o saudoso 43º Bimtz em Cristalina e hoje divide seu tempo entre o Distrito Federal e a Paraíba, é o único que respondeu e agradeceu a todos, sempre com palavras de encorajamento e apoio. Valeu, comandante! 3º - Muitas pessoas entendem e compreendem que o tra- balho é dispendioso, razão pela qual se dispõem a contri- buir. Criamos então o expediente da assinatura-contribui- ção, no valor de R$ 150,00 oferecendo então oportunidade para quem quer colaborar. Embora alguns poucos ajam com indiferença, pois não oferecemos assinaturas aleatoriamente, me surpreendo com a aceitação, haja vista termos assinan- tes não só em Cristalina, mas também em cidades como Luziânia, Brasília, Goiânia e Rio de Janeiro, dentre outras. É a história de Cristalina rompendo fronteiras. 4º - No editorial da primeira edição falei que queria mexer com a autoestima do cristalinense. E sem querer acabei colo- cando isso à prova, quando ofereci a encadernação das pri- meiras 25 edições do Jornal de Cristalina encadernadas. Ofe- reci cinco exemplares, a um preço nada módico, porém, mais uma vez, para minha surpresa, consegui vender. E acabei tendo que fazer mais alguns. Maísa Siscato (Siscato Trans- portes), Eugênio Xavier de Lucena (Café Forte), Guilherme Castelo Branco, Germano de Oliveira Melo, Marússia Co- zac, Airton Arikita, Antônio Paulo Luzzi e Antonino Camilo de Andrade adquiriram o livro. Sem contar colecionadores, como Fritz Mohn, Moema Rodrigues Bispo e Waldecy Al- ves de Jesus, que também têm o “livrão” do Jornal. Assim, motivados pelos fatos acima e dezenas de outros, continuaremos com a nossa missão de contar a história de Cristalina. Tenho certeza que, com o passar do tempo, al- gumas grandes empresas, cooperativas e instituições ban- cárias que ganham valores financeiros estratosféricos na benévola terra que os acolheu, vão querer somar conosco, como fazem em outras cidades, onde investem em cultura, tradição e história. Cristalina e o Jornal FUNERÁRIA SANTA CLARA Serviços funerários, urnas, remoções, tanato, ornamentos, coroas e roupas Avenida Kaled Kozac, 500 - Centro - Fone: (61) 3612-3690 - Cristalina-GO Felizes os que habitam em tua casa, Senhor: aí eles te louvam para sempre. (Salmo 84:4) Promotor de vendas, serviços e planos funerários Sílvio Fone: (61) 8618-4863 EDITORIAL ELIÉZER BISPO Falecido há quase 30 anos, o José Vicente de Souza Fer- reira, ou simplesmente Pé de Loro, deixou muitas saudades para quem o conheceu. Ven- dedor ambulante de pedras preciosas, ou gué, como quei- ram, ele era um rapaz de bem com a vida, gostava das an- danças noturnas como todo jovem, mesmo sem estatura para goleiro, de vez em quan- do atuava no gol com certa habilidade, mas também era irreverente, fazia graças, como quando usou essa peru- ca e posou para ser fotografa- do na Rua Goiás, perto da es- quina com a rua da Saudade. É sempre bom relembrar fi- guras assim. O início do mês de julho não foi dos melhores para vá- rias famílias de Cristalina. Faleceram o ex-vereador Eu- ler de Paiva Rezende – Chico de Paiva, o dono do Frango de Ouro, Osvaldo Martins Teodoro, o empresário José Paulo Boni, que sofreu trági- co acidente (reportagem na página 15) na GO 436, o po- pular JoãoAbadia, conhecido por usar gravatas diariamen- te durante décadas e, quando do fechamento da edição, che- gou a notícia da morte da dona Adelina, da Rainha da Pizza, mulher inigualável para pre- parar uma pizza. O Jornal de Cristalina se solidariza com todos os familiares neste mo- mento de grande tristeza por perdas irreparáveis. O irreverente Pé de Loro Mortes entristecem Cristalina
  • 7. JORNAL DE CRISTALINA 7Julho de 2013 Mais de 100 trabalhadores da rede de Educação de Cristalina procuraram o Sintego – Sindicato dos Tra- balhadores em Educação em Goiás e já estão filiados à entidade, que agora é a representante legal na defesa dos direitos e reivindicações da categoria junto ao po- der público municipal. A presença do Sintego em Cristalina é antiga e foi consolidada com a chegada dos novos filiados para for- talecer a luta em prol da valorização da carreira dos trabalhadores em Educação e da melhoria do ensino público. Para isso, temos uma pauta de reivindicação que con- templa os professores e os trabalhadores administrati- vos e inclui a reestruturação e implantação do Plano de Carreira do servidor administrativo, o respeito e o cumprimento integral da Lei 11.738/08, condições de trabalho dignas e estrutura adequada das escolas, com garantia de acesso e permanência dos estudantes até a conclusão dos estudos, entre outros. O Sintego dispõe aos seus filiados Assessoria Jurídi- ca a cada 15 dias, hospedagem em Goiânia e Clube em CaldasNovas.Informações:(61)3629-5790/3622-6653. Semestre de produção e aprendizado resente em 24, das 25 ses- sões realizadas no primei- ro semestre, o vereador Luiz Henrique (PDT) fez um balanço das atividades reali- zadas por ele durante esse iní- cio de mandato. “Foi um se- mestre produtivo, de aprendi- zagem, onde me mantive fir- me nos princípios que nortei- am minha vida, lutando pelos interesses dos cidadãos, exi- gindo a legalidade das propo- sições encaminhadas para apreciação dos vereadores”, falou o vereador, que faz questão de deixar claro que faz parte da bancada oposici- onista na Câmara Municipal. Inteligente, sem levar as questões para o lado pessoal, mas votando favorável a todos os projetos que irão benefici- ar os cidadãos locais, Luiz Henrique repudia aquilo que considera errado. “Voto con- trário a toda e qualquer mano- bra política que fuja da legali- dade e constitucionalidade, nas proposições encaminhada à Câmara”, afirmou. Luiz Henrique apresentou um importante projeto de lei que cria o Conselho Munici- pal dos Direitos da Pessoa com Deficiência. “Este pro- jeto um marco para o muni- cípio de Cristalina, no que se refere a inclusão social das pessoas com deficiência” dis- se o vereador, para justificar, em seguida: “Primeiro ocor- reu a fundação daAPAE (As- sociação de Pais e Amigos dos Excepcionais) em 1997, depois a criação da Assesso- ria de Educação Especial, vinculada a Secretaria Muni- cipal de Educação, em 2006. Agora, tivemos o apoio de todos os vereadores para que o Conselho aprovado na Câ- mara e sancionado pelo pre- feito municipal”, falou o ve- reador, que se porta pautado por iniciativas que visam me- lhorar a vida das pessoas. Em outra frente de traba- lho, Luiz Henrique, seguindo sua metodologia de exercer o mandato, participou de uma reunião com moradores do Bairro Belvedere para ouvir as reivindicações da comuni- dade. “A reunião, como sem- pre, foi muito proveitosa, pois fiquei a par da realidade lo- cal. Os moradores pediram uma melhor qualidade da merenda da escola e da cre- che do bairro, já que a meren- da está muito fraca”, infor- mou o vereador. Um problema antigo do bairro, levantado pelos mora- dores, foi a falta de seguran- ça. “Os moradores pedem ur- gência quanto à segurança e que haja uma ronda constan- te no local, haja vista a viatu- ra da polícia raramente tran- sitar pelo bairro. Eles falaram ainda que a guarda municipal não está atuando no Belvede- re e que o posto policial está abandonado”, lamentou Luiz Henrique Na saúde, conta Luiz Hen- rique, “os moradores recla- maram que no posto de saú- de só atendem por agenda- mento e que os casos de ur- gência não são atendidos”. Já na infraestrutura, continua “comentaram que as ruas es- tão em calamidade (buracos e mais buracos). Os morado- res querem saber qual é a fi- nalidade da represa construí- da no bairro, alertando que no momento está se tornando um local de foco do mosquito da dengue”. Falaram ainda que “não há área de lazer no bair- ro, não tem praça alguma e o que tem é o ginásio de espor- te, que para jogar deve ser pago R$ 2,00 por hora por pessoa na quadra do Belve- dere, há um guarda que im- pede as pessoas de utilizarem o bem público”. O vereador, acompanhado da presidente de seu partido, Dra Eliane, ainda ouviu outras reclama- ções da população. Luiz Henrique se dedica à fun- ção de vereador em todas as áreas do mandato s manifestações que ocor- reram em todo o Brasil no mês passado, encontra- ram eco em Cristalina. Uma multidão, calculada em 1000 pessoas quando alcançou o ponto máximo, na praça da prefeitura, saiu ás ruas para protestar contra situações desfavoráveis à cidadania tanto em nível nacional como municipal. Liderada pelos jovens Val- dson Tolentino e Heitor Soa- res, a caminhada partiu da praça Otto Mohn, onde um aparato policial jamais visto em Cristalina se encontrava para inibir qualquer tipo de excesso. Temendo vandalis- mo ocorrido no dia anterior em várias cidades do Brasil, estratégias com diferentes motivos foram montadas para esvaziar o movimento. A prefeitura fechou as suas portas e mandou todas as es- colas e creches cancelarem as aulas no período da tarde. A direção da Câmara Munici- pal, em atitude precipitada e desrespeitosa, além de fechar as portas ao meio dia, ainda mandou apagar as luzes, quando os manifestantes re- tornaram ao local, por vol- ta das 19 horas. A PM, no papel institucional de prote- ger a comunidade, se preca- veu e, por causa de vandalis- mo ocorrido em outros luga- res, sugeriu a comerciantes Vem pro Sintego você também! Clube do Sintego em Caldas Novas Manifestação pacífica em Cristalina fecharem suas portas, mas, ao final, parabenizou os partici- pantes do movimento, já que não foi registrado nenhum in- cidente. Quem esperava bagunça e desordem se surpreendeu com a maneira pacífica como a manifestação foi conduzida. Durante o percurso notou-se a participação maciça de jo- vens, mas também muitos professores, funcionários pú- blicos, agricultores, comerci- antes, profissionais liberais e aposentados. “Cristalina se manifestou de forma pacífica e democrática, protestou con- tra a corrupção e a favor da melhoria nos serviços públi- cos em todas as áreas. Toma- ra que as autoridades tenham ouvido o clamor das ruas, porque iremos continuar agindo”, comentou Heitor Soares, jovem de apenas 20 anos. Moradores reclamaram da si- tuação caótica dos bairros Multidão se aglomerou próxima á praça da prefeitura, mas foi impedida de chegar à por- ta do “palácio” Professores protestaram contra perseguição que muitos estão sofrendo porque não apoia- ram o atual prefeito na eleição do ano passado P A
  • 8. JORNAL DE CRISTALINA8 Julho de 2013 O Cristalina Atlético Clube – CAC, diferentemente da farsa que foi montada há poucos anos em Cristalina com um tal Capital, dei- xou muitas saudades para quem ver- dadeiramente gosta do futebol. E olha que o futebol praticado pelos atletas da foto, era profissional. Formado apenas por cristalinenses, orneio de futebol society, catego- ria Máster, realizado na Chácara do Jovelino, teve como campeão o time que representou o Sindicato Ru- ral de Cristalina. Como sempre acon- tece em competições des- se porte, o interesse des- pertado é grande e envol- ve muitos atletas, que fo- ram agrupados em oito ti- mes. O jogo final foi con- tra a Corretora Vitória, equipe forte e que está sempre disputando o títu- lo em todas as categorias que participa. “É sempre bom estar participando junto com os desportistas Associação de Moradores de Alphaville é inaugurada no Distrito de Campos Lindos Setor é destinado a área para o lazer e a prática de esportes comunitários ssociação fundada em 8 de fevereiro deste ano, pelo atual presidente Ro- que José Gatto, promoveu no dia 7 de julho o 1º torneio de futebol society com o objeti- vo de inaugurar e divulgar o setor poliesportivo e recrea- tivo do LoteamentoAlphavi- lle. O intuito da Associação é proporcionar lazer e diver- são para toda a comunidade, pois trata-se de uma entida- de sem fins lucrativos, regu- lamentada em cartório, com a finalidade de proporcionar algo a mais para a população da região. O torneio contou com a participação de 30 times de várias regiões e comunida- des rurais do entorno, e mais de 2.500 pessoas que circu- laram no local, prestigiando o evento associativo. Segun- do oAssessor Jurídico e Se- cretário Patrick Spinola, “este evento foi criado com o intuito de mostrar os inves- timentos e parcerias con- quistadas pela Associação e a persistência em realizar um sonho de poder propor- cionar condições melhores ao povo da região, por inter- médio exclusivo do nosso presidente”. Continuando, o advogado ainda disse: “aAs- sociação ainda oferecerá vá- rios novos projetos voltados para crianças, jovens e adul- tos, mas, para isso, precisa- mos utilizar os meios de di- vulgação disponíveis para que possamos conseguir apoio das autoridades públi- cas e de empresários da re- gião, no intuito de realizar novas benfeitorias, aumen- tando a infraestrutura do lo- cal a ser utilizado pela po- pulação e seus familiares que poderão usufruir da es- trutura desta entidade”. O evento contou com a participação de políticos, vereadores do município de Cristalina, Gilson Ferreira da Silva, o Gilsão (DEM) e Wellington de Oliveira Cai- xeta (PSDB), ambos repre- sentantes da região na Câ- mara Municipal. Em seus discursos os vereadores res- saltaram os benefícios da Associação em prol da po- pulação, principalmente crianças e jovens, que ao invés de ficarem na rua te- rão um local para praticar esportes, o qual contará com escolinha de futebol e outros atrativos. Derci Cenci, Roque José Gatto, Vereadores Gilsão Caixeta e Irineu Bernardinelli durante o torneio Os campeões Emílson, Ênio, Elsinho, Guerrinha, Renato, Daniel do Sindi- cato e Aroldo (em pé); Batatinha, Fernando, Celsinho, Juninho, Nole- to Isnaldo e Tõizinho (agachados) Sindicato Rural é campeão deCristalina,valorizandoeincentivan- do o esporte. Vamos continuar assim, porque esporte é vida, é saúde”, falou o vereador Daniel do Sindicato, um dos jogadores da equipe campeã. MEMÓRIA Saudades do CAC não há quem não lembre da habili- dade do time que era formado por: Jade Mundim e Waldemar (comis- são técnica) Mílson, Silésio, Arol- do, Jeanir, Zé Flávio, Sinval, Mau- rício, Jorge e Geraldinho; Carlinhos monteiro, Linguinha, Gilmar Cole- to, Gilmar Gomes, Jura, Marqui- nhos, Quincas e João Cuia. Atletas de 30 times movimentaram o setor poliesportivo de AlphavilleBelíssima vista do campo de futebol society em Alphaville A T Rua Getúlio Vargas, esquina com a Visconde de Mauá - Telefone: 3612-4546 SametSaúde e Medicina doSaúde e Medicina doSaúde e Medicina doSaúde e Medicina doSaúde e Medicina do TTTTTrrrrraaaaabalhobalhobalhobalhobalho
  • 9. JORNAL DE CRISTALINA 9Julho de 2013 á decorreram mais de qua- tro decênios que Cristali- na serviu de palco a gra- ve acontecimento de ordem política, sem que nenhum de seus habitantes na época, culto ou inculto, moço ou velho, se interessasse a trans- mitir ao papel aquilo que re- tém na memória no tocante àqueles inquietantes dias por ela vividos, dando assim lu- gar a que agora, inculto an- cião, valendo-se de sua me- mória e de informações de pessoas fidedignas, contem- porâneas, se disponha a su- prir a omissão, embora reco- nhecendo sua incompetência para êxito do empreendimen- to. Seja, entretanto, bem ou mal sucedido, fica nestas li- nhas, feita a autoapresenta- ção e exposta a respectiva finalidade. Antes, porém, de entrar na matéria, é necessá- rio que se faça, ainda que su- mariamente, rápida exposi- ção do que era a então “Vila Cristalina”, naqueles idos de 1930, somente no que diz respeito aos aspectos: a) ad- ministrativo, b) comercial c) político, implícitos no assun- to a desenvolver. Antecedentes a) Era intendente munici- pal o cidadão Otaviano de Paiva Rezende, eleito que fora para período de 1927 a 1930. Um dos atos adminis- trativos que assinalou a sua administração, foi a aquisição que fez para a intendência de uma propriedade situada na praça São Sebastião, fundos para o córrego “Almocrafe”, frente para o poente, compos- ta de uma casa residencial e poucos metros à esquerda desta, no mesmo alinhamen- to, um chalé (ou seja, um bar- roco), fixando assim a sede dos expedientes da intendên- cia e dos trabalhos do conse- lho municipal. Também as audiências forenses passaram a ser realizadas na referida casa, presididas que eram na- quela ocasião pelo suplente de juiz municipal Carlos Mohn Primo. Não havia ca- deia, por isso que o intenden- te providenciou a adaptação de um compartilhamento da casa em apreço destinado à prisão correcional, ficando assim, ali localizados, o con- selho municipal, a intendên- cia, o fórum e a polícia. No ano em referência, o inten- dente cedeu o chalé ao esta- do para funcionamento da Escola de Sexo Masculino, a qual desde 1928 vinha sendo regida por um rústico profes- sor adventício, nomeado pelo dr. Diógenes de Castro Ribei- ro, substituído automático do presidente do estado, dr. Bra- sil Ramos Caiado. b)Apesar da crise financei- ra que o Pais atravessava, a praça de Cristalina, mantinha- se animada, graças ao cristal de rocha, minério em que co- merciavam os alemães Ley- ser, a saber Agostinho e Gus- tavo Leyser, Carlos Mohn Primo, Jacó Batista Marra, José Adamian e Otaviano de Paiva Rezende, que também atuava no comércio de gêne- ros alimentícios. Havia dois armazéns e armarinhos, um de Carlos Mohn Primo e ou- tro de Hans Leyser. Em secos e molhados comerciavam dona Edvirges Menezes, Ma- noel Martins Borges, Marco- lino de Souza, dona Nicomé- dia Pinto de Barros e Pedro dos Reis Calçado. Açouguei- ros eramAbsalão Silva e Vic- tor Barbosa (vulgo Vítor Bai- ano). Havia uma pensão de dona Cesária Ribeiro. Tam- bém Quintino Vargas, homem resoluto e empreendedor, re- sidente em Paracatu (MG), e ali estabelecido em avultado armazém e armarinho, ingres- sou na praça de Cristalina, estabelecendo-se, em 1929, com uma filial à rua do Co- mércio (hoje se pode chama- la de rua do “Comércio Fe- chado”) sob a gerência do ci- dadão Raimundo de Castro, ex-sargento da Força Pública Mineira, pessoa inteligente e de boas maneiras, sendo que, no último trimestre de 1930, aquela filial serviu de ponto de apoio a certo empreendi- mento, esse, desta vez, teme- rário, como ver-se-á no decor- rer deste despretensioso tra- balho. c) O diretório político de Cristalina, na época, presidi- do pelo cidadão Carlos Mohn Primo, era situacionista, fili- ado ao Partido Democrata, majoritário do estado, que por sua vez estava sob o governo de dr. Humberto Martins Ri- beiro desde 12 de dezembro de 1929, em substituição au- tomática ao efetivo dr. Alfre- do Lopes de Morais, o qual foi convocado a ir ao Rio de Janeiro, pelo Ministro da Jus- tiça, a fim de auxiliar num tra- balho político que Washing- ton Luiz estava realizando (ZoroastroArtiaga – História de Goiás, página 274). Dois jornais políticos ofi- ciais orientavam o diretório local, sendo eles “O Paiz”, órgão federal, e o “O Demo- crata”, estadual; o primeiro era também recebido pelas repartições públicas. Além dos dois, circulava “A Voz do Povo”, porta voz da oposição goiana que, como as demais da Federação, se agregara a Aliança Liberal, coligação das oposições dos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul. Em 15 de novembro do ano em referência, venceria o qua- triênio presidencial (1926 – 1930) do dr. Washington Luiz, sendo que para o perío- do seguinte, com a necessá- ria antecedência e na data pre- vista, realizaram-se as respec- tivas eleições em território nacional, ferrenhamente dis- putadas pela Aliança Liberal que, embora sua pujança elei- toral, não conseguiu eleger os candidatos Getúlio Vargas e João Pessoa, derrotados que foram pelos candidatos ofici- ais Júlio Prestes e Vital Soa- res. No Tocante a Cristalina, aAliança Liberal obteve ape- nas cinco votos naquela elei- ção, com que esta partícula do território nacional demons- trou a sua fidelidade partidá- ria e acatamento às autorida- des constituídas. Entretanto, o insucesso eleitoral não arrefeceu o âni- mo dos estados coligados, pois, talvez, prevendo o resul- tado desfavorável das urnas, o chefe aliancista mineiro, anteriormente, alvitrara a seus pares a deliberação expressa nos seguintes termos: “faça- mos a revolução, antes que o povo a faça”, proposição ameaçadora á posse dos elei- tos. Ao resultado desfavorável das urnas, sobreveio a Alian- ça Liberal a morte do Dr. João Pessoa, o chefe aliancista da Paraíba, onde foi assassinado em 26 de julho de 1930 por motivos políticos daquele es- tado, ocorrência que influiu preponderantemente para a antecipação do movimento armado. O ilustre historiador brasileiro dr.A. Souto Maior, em sua História do Brasil, página 405, resumido as ocor- rências do ano em referência diz o seguinte: “realizaram- se, contudo, as eleições para os cargos de presidente e vice presidente da República no prazo previamente determina- do. Seu resultado foi favorá- vel a Júlio Prestes e Vital So- ares, que não chegaram a to- mar posse, pois 24 dias antes de terminar o mandato presi- dencial do dr. Washington Luiz, a revolução já estava na ruas.” Se algo permitido fos- se ao escritor deste Antece- dentes, acrescentaria ao tre- cho transcrito. Falo-ia nos seguintes termos: “na qual (revolução que já estava nas ruas), Cristalina na qualida- de de uma subunidade da Fe- deração Brasileira, haveria o seu quinhão nas intranquili- dades, ansiedades e humilha- ções inerentes a semelhante recurso para derrubada de autoridades constituídas.” A propósito, o culto historiador goiano Zoroastro Artiaga, aludindo especialmente ao então governo deste estado, diz o seguinte em sua obra intitulada História de Goiás, página 274: “Humberto Mar- tins Ribeiro assumiu a presi- dência quando a revolução deflagrada em outubro de 1930 já ameaçava a ordem e o regime, zombando de todas as providências que Washing- ton Luiz estava tomando em todo brasil.” A revolução explodiu si- multaneamente nos três esta- dos coligados, no dia 04 de outubro de 1930, sendo que, em Minas, conforme diz o historiador goiano Elder Ca- margo de Passos “logo se or- ganizou uma coluna mista, composta de soldados minei- ros e voluntários goianos, no total de cento e dez homens que, partindo de Uberlândia- MG, invadiu o estado de Goi- ás pelo sudoeste, com objeti- vo de depor o respectivo go- verno, sendo, porém, mal su- cedida no choque com a polí- cia goiana nas proximidades de Rio Verde, onde, após três horas de combate, a coluna foi dispersada e preso o seu chefe.” (História de Goiás – pág. 16-19). Mas enquanto malograva aquela invasão no sudoeste, em Paracatu, município limí- trofe com Cristalina pelo Rio São Marcos, a leste deste es- tado, organizava-se uma co- luna revolucionária sob a che- fia de Quintino Vargas, o pro- prietário do estabelecimento comercial situado à rua do Comércio, em Cristalina, onde ao mesmo tempo, uma caravana composta de cinco pessoas, procedente de Pla- naltina, entre essas os senho- res J. Câmara Filho e Teófilo Neto, que secretamente con- ferenciaram com o gerente daquele estabelecimento e outras pessoas sobre assunto que talvez fosse permitido conhecer somente os cinco eleitores. Terminada a confe- rência, ou fosse a preparação do palco para o próximo acontecimento, a caravana prosseguiu viagem para Para- catu, deixando a população cristalinense entre curiosa e apreensiva devido a conexi- dade do que se organizava naquela cidade mineira e o contato sigiloso da caravana com a gerência do estabele- cimento comercial de Quin- tino Vargas em Cristalina. O Acontecimento Eram oito horas da manhã do dia 12 de outubro de 1930, quando o professor da Esco- la Primária do Sexo Masculi- no de Cristalina começou le- cionar para o primeiro turno de alunos correndo tudo nor- malmente como nos dias an- teriores. Mas decorridos cer- ca de 40 minutos, um aluno disse em voz alta: “Apontou uma máquina na estrada de 24 dias de inquietaçãoHistória registrada através da experiência vivida por Leão Rodrigues de Afonseca, 83 anos atrás, e escrita por sua própria pena há exatamente quatro décadas, remonta um cenário de tensão e apreensão que tomou conta da Serra dos Cristais naquele longínquo 1930. Vale a pena conferir o importante relato. Como em 1973 não havia computador e não era fácil datilografar “tantas páginas”, Leão Rodrigues de Afonseca usou uma caneta esferográfica para escrever o “retrospecto de 1930” em um antigo caderno J
  • 10. JORNAL DE CRISTALINA10 Julho de 2013 Paracatu.” Aquilo chamou a atenção dos outros, forman- do uma algazarra de “apon- tou mais um, lá vem outro” e ainda mais aumentava quan- do outro aluno acrescentou: “Olha moço, parece que tudo é soldado! Olha o que é fu- zil!” O professor, preocupado com a estranha carruagem ar- mada que vinha chegando, interrompeu a aula e dirigiu- se para a porta da frente a fim de inteirar-se da ocorrência, momento em que vem se aproximando um automóvel, o qual parou em frente à es- cola com um homem claro, barbudo, corpulento, de len- ço vermelho no pescoço, que estava sentado do lado direi- to do chofer, interrompeu ao professor em voz alta provo- cando o seguinte diálogo: – Cidadão, onde é a cadeia aqui? – É um cômodo adaptado ao fundo desta casa, respon- deu o professor apontando para o rumo da intendência. – Tem presos aí? – Não, senhor. – E os soldados? – Há somente dois que sa- íram há poucos momentos. Enquanto corria o curto dialogo, dois carros passaram pela frente da escola e, den- tro deles, homens de lenço vermelho no pescoço e fuzil ou carabina ao lado gritavam: - viva a revolução. Após es- tes, mais dois em idênticas circunstancias passaram em frente a escola e, de dentro do primeiro, um homem olhan- do para a escola, aos gritos de viva a revolução, acrescen- tou: Vamos libertar vocês, ao passo que o homem barbudo, o qual o professor ficou sa- bendo depois tratar-se de um tal dr. Barros, desceu do car- ro e passou a intimar alguns curiosos que se aproximaram dizendo-lhes: “estejam inti- mados para tomarem parte na revolução. E se correrem, se- rão fuzilados.” Naquele ins- tante um curioso se aproxi- mou e, ao ouvir a intimação, evitou a sua vez dando um disfarçado “viva a revolu- ção(?)”, e tratou de se retirar, indo esconder-se. Dali os re- volucionários seguiram para a casa comercial Quintino Vargas, e o professor, apreen- sivo com o que estava acon- tecendo, encerrou a aula, des- pachou os alunos, fechou o chalé e regressou para casa, esta contigua à do intendente municipal, na praça São Se- bastião. Em casa então, foi que pessoa vizinha informou ao professor que foi doze o nú- mero de veículos entre au- tomóveis e caminhões con- dutores da coluna de Artur Bernardes, comandada pelo Coronel Quintino Vargas que, enfileirados, desceram na estrada do morro do re- curso, transpuseram o Al- mocrafe e adentraram em Cristalina, sendo que os dois dianteiros, conduzindo a oficialidade, rumaram para a casa comercial de Quinti- no Vargas, onde a coluna se aquartelou. Outros entraram na praça São Sebastião e os demais subindo o largo do mercado até a extremidade oeste local, completaram a invasão e o cerco da indefe- sa Cristalina, por setenta e cinco homens aproximada- mente, entre soldados mi- neiros, voluntários paracu- tuenses e diversos captura- dos também daquela cidade. Desta maneira, ficou o pro- fessor inteirado da agressão de que a vila estava sendo vítima e passou a observa- dor do que passava. No quartel da rua do Co- mércio reinava entusiasmo, otimismo na oficialidade, da qual faziam parte membros da caravana que aqui estivera poucos dias antes. Correligi- onários e simpatizantes da revolução não tardaram a ali comparecera no sentido de “boas vindas” e expressão de solidariedade ao comandante, momento em que oradores, membros da oficialidade dis- cursaram sobre o aconteci- mento daquele dia em que a coluna penetrava o Estado de Goiás, via Cristalina, sendo que um deles, ao terminar, encareceu a cooperação de seus habitantes para o triunfo da revolução. Houve ingres- so de aliancistas na coluna – Ananias de Melo Franco, José Pedro Cesar, Raimundo de Castro (é claro), mais tarde dr. José Adamian, e os voluntá- rios Cecílio Ribeiro, Benedi- to Bandeira, Eloy de Souza e Francisco de Tal (camaradas do dr. Adamian) e, ultima- mente,Aristóteles Rodrigues deAfonseca.AderiramArlin- do Aguiar que, designado pelo comandante, passou a ser o representante da revo- lução em Cristalina e outros. Nas ruas, patriotas e solda- dos mineiros, de lenços ver- melhos no pescoço, armados de fuzil, outros de carabina, destacando-se entre eles o tal dr. Barros por sua agressivi- dade, efetuavam prisões, apa- vorando os elementos úteis de tal maneira, que houve gente que se escondeu em porão de assoalho de diminuta dimen- são vertical, dentro de cister- na e pior ainda, dentro de for- no de assar biscoito e até nas copas das árvores donde se observava o que se passava nas ruas. Os primeiros prisi- oneiros foram soldados To- maz deAquino e Júlio de Tal, com suas armas.Até um con- ceituado chefe de importante família local foi procurado duas vezes em sua casa por elementos invasores armados, sendo que na porta da frente desta com coronha de suas armas e, atendidos, foram in- formados de que o procurado não se achava em casa, quan- do então se retiraram. O che- fe, acautelando-se, havia es- capulido, indo-se para a fa- zenda de um seu cunhado, distante mais ou menos dezoi- to quilômetros de Cristalina. Não obstante outras esca- pulas semelhantes, pondo-se a salvo daquela situação cons- trangedora, os preadores quintinistas conseguiram prender os seguintes: Adeli- no Rocha, Antônio Vieira de Melo (delegado), Arlindo Gonçalves de Matos, Artur dos Santos e Souza, Benedi- to Pereira da Silva, Cândido de Souza Gonçalves, Canuto Pereira da Silva, Clemente Menezes, Cordelino Lopes, Demóstenes de Rezende, Eli- seu Gonçalves de Lima, For- tunato Ribeiro, João Borges, João Pereira do Vale, João Quintino Borges, João Rezen- de, José Borges, José Ferrei- ra (Zezé), José Martins, Júlio Levi, Manoel Alves de Sou- za, Manoel Pereira da Silva, Marciano Alves de Lima, Marcolino Alves de Lima, Marcolino Barreto (Medo- nho), Marcolino de Souza (Côco), Orozimbo Pinto, Pe- dro Alves de Lima, Pedro José Adorno (Paulista), Ro- dolfo Mohn e Virgílio Gon- çalves de Lima. Foi então o número de 31 homens presos, ficando em consequência, implantadas nos respectivos lares a desolação, a intranqui- lidade e a incerteza do regres- so do familiar por indetermi- nado espaço de tempo. Devido à insuficiência do quartel para comportar os prisioneiros, eram estes transportados para o Cubícu- lo, de propriedade do colu- nista Ananias de Melo Fran- co, lugar aquele situado na Zona Suburbana de Cristali- na e onde se achava acampa- da a maior parte da tropa in- vasora. Naqueles dias havia em Cristalina apenas quatro au- tomóveis e dois caminhões do conhecimento do escrevedor, sendo os primeiros de propri- edade de Augustinho Leyser, Carlos Mohn Primo e dr. José Adamian; os segundos do dr. Adamian e Hans Leyser. Este e Carlos Mohn Primo, tão logo deu-se a invasão, trata- ram, cada um, de esconder o seu veículo, evitando a certei- ra requisição. Gustavo Ley- ser, na ocasião, achava-se au- sente, de sorte que a coluna, daquela vez, só requisitou o caminhão de dr. José Adami- an e o automóvel deAugusti- nho Leyser, carro de luxo, novinho, recém adquirido da Alemanha. Do último carro utilizou-se dr Barros para ir a Ipameri, no desempenho da arriscada missão que lhe fora confiada pelo comando revolucionário, no sentido de, naquela cida- de, parlamentar com o co- mandante do 6º Batalhão de Caçadores sobre a atuação da ColunaArtur Bernardes, che- fiada pelo coronel Quintino Vargas, neste estado de Goi- ás. O emissário partiu de Cris- talina mais ou menos às 10 horas, chegando naquela ci- dade depois do meio dia e imediatamente apresentou-se ao comando do batalhão para expor-lhe a finalidade de sua missão junto aquele coman- do militar, exposição que pro- vocou enérgica repulsa do comandante, o qual, dizem, até ameaçou prender o emis- sário, intimando-o a, no pra- zo de três horas, desocupar a localidade invadida, sob pena de o 6º BC ir a Cristalina re- chaçar coluna para estado e cidade de origem. Decepcio- nado com o resultado negati- vo da embaixada, o emissá- rio e seu chofer, após uma demora de mais de meia hora, entraram no carro em regres- so para Cristalina, desenvol- vendo uma velocidade nor- mal que não correspondia ao receio do dr. Barros, dando motivo a que de vez em quan- do, advertisse ao chofer no sentido de aumentar a velo- cidade, no que era obedecido. Mas, por último, foi necessá- rio ao chofer observar ao emissário que não havia mais possibilidade de aumentar, pois já estava acionada ao máximo. Eles chegaram em Cristalina as quatro horas da tarde, momento em que foi relatado ao comando revolu- cionário o resultado negativo da embaixada, inclusive o ul- timato do comandante do 6º BC para a imediata desocu- pação da localidade invadida. O Comando da coluna não se opôs ao ultimato recebido, porém, antes de desocupar a localidade, prendeu o inten- dente e o suplente de juiz municipal, cidadãos Otaviano de Paiva Rezende e Carlos Mohn Primo, respectivamen- te, prisões aquelas equivalen- tes à disposição de seus car- gos, ficando então o cidadão Arlindo Aguiar, confirmado no posto de chefe-provisório do município, mas desprovi- do de recursos para repelir um possível contra-ataque da po- lícia goiana ou da milícia “Camisas Vermelhas”, proce- dente da então Santa Luzia. Antes do encerramento de José Ribeiro de Faria, o Zé Abrão, à época com nove anos, é remanescente daquela sala de aula, que testemunhou a “inva- são” da Coluna Artur Bernardes a Cristalina Parabéns, Cristalina por seus 97 anos Parabéns, Cristalina!!!
  • 11. JORNAL DE CRISTALINA 11Julho de 2013 suas operações naquele dia, prenderam ainda os alemães Agustinho Leyser e Hans Leyser, e às cinco horas da tarde, aproximadamente, par- tiu de Cristalina, indo acam- par-se na fazenda Arrojado, distante vinte e quatro quilô- metros da cidade, deixando, porém, um sentinela postado no morro do Recurso, donde se avista considerável distân- cia da estrada de Ipameri, para observar qualquer movimen- to suspeito naquela estrada e disto dar ciência à coluna. À noite, pequena patrulha organizada pelo representan- te da revolução, utilizando-se de lanternas, rondava o perí- metro urbano, sendo que rai- os de luz emitidos pelas refe- ridas, aos olhos da sentinela do Recurso, outra coisa não era senão clarões provindos dos faroletes das viaturas do 6º BC que se aproximavam de Cristalina. Não havia, portan- to, tempo a perder. Partiu ve- lozmente para a fazenda Ar- rojado, onde, no acampamen- to, fez ciente a coluna da su- posta aproximação do Bata- lhão em apreço, de Cristali- na. Sem perda de tempo a coluna apressou-se em aban- donar o local do acampamen- to, regressando para Paraca- tu, onde pouco demoraria no sentido de preparativo de re- forço para invasão de outras localidades goianas e retorno a Cristalina. Ao retirar-se da vila, a co- luna constava de cento e dez homens, inclusive voluntári- os e capturados, sendo depois dispensados em Paracatu Marcolino Barreto (Medo- nho), Marcolino de Souza (Côco), PedroAlves de Lima, Pedro JoséAdorno (Paulista), etc. Alguns conseguiram fu- gir. As ex-autoridades e os comerciantes alemães fica- ram presos em residência par- ticular. E lá se foi a invasora, dei- xando a população de Crista- lina apavorada com as ocor- rências daquele dia principal- mente as famílias dos que se- guiram, as quais, além de apa- voradas, saudosas e incertas do retorno dos entes queridos a seus lares. Desde então Cristalina tor- nou-se um ermo, porquanto o comércio continuou fechado, chefes de família de residên- cia temporária a fim de alfa- betizarem os seus filhos, reti- raram-se para suas proprieda- des rurais, em face do anteci- pado fechamento das escolas, cujas férias se aproximavam. Não se via grupo de pessoas a palestrar nas ruas e, se isso casualmente acontecesse, o assunto eram os recentes acontecimentos, tal qual os dois discípulos que conversa- vam em caminho para Emaús, dos quais nos fala o evange- lista São Lucas. Não se ouvia em Cristali- na barulho de automóveis e nem o roncar dos caminhões trazendo mercadorias para o comércio local ou em trânsi- to para Formosa. Não se ou- via cantiga de carro de bois trazendo lenha ou gêneros ali- mentícios para o comércio local, sendo que, a propósito, até recursos que traziam ga- rupados dos seus produtos para vendê-los diretamente a consumidores, deixavam de fazê-los, temendo violência. Fuxicos e boatos “eram mato”, ora que na então San- ta Luzia, a cuja comarca per- tencia o termo de Cristalina, havia chegado cem Camisas Vermelhas, destinados a com- bater os “lenços vermelhos no pescoço”, em Cristalina ou em suas imediações, expul- sando-os do território goiano; ora que aquela cidade acha- va-se suficientemente prepa- rada para receber a indesejá- vel e inamistosa visita da co- luna, com duzentos homens armados, entrincheirados em redor da cidade e metralhado- ras assestadas nas torres das igrejas. Um oficial da polícia goiana que, decorridos três dias mais ou menos da inva- são estava em Cristalina in- vestigando a situação, afir- mou que havia deixado na fazenda do Capão, distante da vila cerca de trinta quilôme- tros, cem homens armados, prontos a enfrentarem a colu- na, no caso de possível retor- no à localidade invadida. Isto quando a coluna se achava fora do estado, onde estaria novamente, dentro de poucos dias. No dia 15 chegou em Cris- talina outro oficial da polícia goiana, tenente Severino (de sobrenome ignorado do es- crevedor), o qual se dirigiu à casa comercial do coronel Quintino Vargas, com o intui- to de arguir a esposa do ge- rente da casa, capitão Rai- mundo de Castro, sobre o re- cente acontecimento, visto considerar seu marido sub- chefe da coluna, portanto cor- responsável na invasão.Are- ferida senhora negou-se a dar explicações ou satisfação dos atos do marido ao tenente, declarando-se solidária a ele, não só como esposa, como também intransigente alian- cista e, consequentemente, autêntica revolucionária. Irri- tado com a altivez e com a franqueza daquela senhora, o tenente ameaçou levá-la para Santa Luzia, onde ficaria de- tida, ao que ela se opôs ter- minantemente, dizendo-lhe não descer da sua dignidade de esposa, deixando-se ser induzida por pessoas que não lhe inspiravam a mínima con- fiança e que isto só acontece- ria com o seu cadáver. O te- nente retirou-se e depois re- gressava para Santa Luzia, levando preso o cidadão Ar- lindo Aguiar, o qual era o re- presentante da revolução em Cristalina. No mesmo dia, após o re- gresso do tenente para Santa Luzia, o jovem Geraldo Pi- mentel, irmão da senhora a que se fez referência linhas atrás, o qual não ingressara na coluna, no dia 12, acautelan- do-se de uma segunda dili- gência “severínica”, na qual por infelicidade, talvez fosse preso, partiu para Paracatu, enfrentando obstáculos de meios de locomoção, tempo chuvoso e córregos cheios, a fim de entrar na coluna, que já se aproximava de Unaí – MG. Eram, pois, mais dois lares intranquilos em Crista- lina, embora de chefes revo- lucionários. Entrementes, a coluna ha- vendo obtido reforços em Pa- racatu e Unaí marchou nova- mente para este Estado, desta vez atacando Formosa, que sitiada, não pode ou não quis reagir, pelo contrário, ali hou- ve adesões de autoridades e de influentes políticos à revo- lução e, consequentemente, reforços de toda espécie, ca- pacitando-a a outras investi- das, bem como Planaltina, que semelhantemente a For- mosa, não reagiu, antes, refor- çou ainda mais a atacante com homens, etc. Outra ocorrência notável naquele dia foi a prisão do tenente Severino pela coluna, o qual se achava em inspeção à fronteira Goiás-Minas e de- savisado ou imprudentemen- te chega àquela cidade, sen- do que, no presente caso, hou- ve inversão de papéis entre o tenente e a coluna, posto que o oficial veio de Cristalina, em diligência, e discutiu ca- lorosamente com a senhora do capitão Raimundo de Cas- tro, ameaçando-a, por fim, a levá-la presa para Santa Lu- zia, o que infundiu justa rea- ção no jovem Geraldo Pimen- tel, irmão da aludida senhora e cunhado do capitão Rai- mundo de Castro, de tornar- se “bode expiatório” em se- melhante alteração, razão da sua escapula para Paracatu; em seguida prendeu o repre- sentante da coluna, cidadão Arlindo Aguiar, levando-o para Santa Luzia. Vai depois a Planaltina e ali é preso pela coluna, dando de cara com o capitão Raimundo de Castro e Geraldo Pimentel e, imagi- ne, com que cara? A propósi- to, vem a interrogação vulgar: “Já pensou?” No tocante a Cristalina, presumia-se que após a dili- gência do tenente Severino, o Presidente do Estado provi- denciasse a ocupação local por força estadual, dada a importância da vila com a deposição do intendente, ci- dadão Otaviano de Paiva Re- sende, pela coluna, e a seguin- te prisão do chefe provisório, cidadão Arlindo Aguiar pelo tenente Severino, o que não se deu. Antes tal providência foi tomada pelo comandante da coluna, destacando desta em Planaltina sessenta ho- mens, mais ou menos, para ocuparem a localidade acéfa- la, até o desfecho da revolu- ção. Com efeito, no dia 23, às vinte horas e trinta minutos, noite escura, ameaçando tem- poral, o silêncio reinante de Cristalina foi interrompido pelo ruído de caminhões que se aproximavam, enquanto o clarão dos faroletes de tais veículos varavam a escuridão no trajeto até à intendência municipal, onde pararam. Era o destacamento procedente de Planaltina, enviado pelo co- mandante da coluna, que che- gava em Cristalina, destina- do a ocupar provisoriamente a localidade conquistada e enfrentar força estadual se por ventura tentasse vir restabe- lecer a ordem legal como se propalavam, razão das tropas ao invés de ir acampar-se no Cubículo como no dia 12, tra- tou de ocupar o prédio da in- tendência e o chalé onde fun- O autor do texto, Leão Rodrigues de Afonseca, que vivenciou e registro a inquietante história Auto Escola Cristalina e Placas Automotivas Cristalina Parabéns, Cristalina, pelo brilho de seus 97 anos se alegram por carregar em suas marcas o nome da cidade que orgulha seus moradores
  • 12. JORNAL DE CRISTALINA12 Julho de 2013 cionava a Escola do Sexo Masculino, pondo, por esse modo, termo a acefalia mu- nicipal. Tal chegada causou receio na população da haver um “pega-pega”, razão de algu- mas pessoas enfrentarem o mau tempo a fim de refugia- rem em fazendas vizinhas, entre as quais a do Nicolau, onde se abrigaram duas pes- soas cujo o receio era tama- nho que pediam ao pessoal da casa para conversar baixinho, de modo que os soldados quintinistas não escutassem (a tal fazenda dista de Crista- lina trinta quilômetros) pois certamente estariam ali perto, a procura delas. Outra pessoa, esta vizinha da intendência municipal, vestiu uma saia da sogra para escapulir, burlan- do assim a vigilância dos guardas e foi se ocultar na fazenda do sogro, distante trinta e seis quilômetros. Po- rém, segundo consta, foi dor- mir no mato. Os que haviam sido dispersados em Paraca- tu, no dia 13, não confiaram na dispensa, indo abrigarem- se na fazenda Posse, e os que tinham conseguido fugir nos dias anteriores, refugiaram-se uns na fazenda Posse, outros na das Lages, e outros perma- neceram ocultos nos garim- pos. Cristalina amanheceu mo- vimentada, mas um movi- mento indesejável de homens de lenço vermelho no pesco- ço, na maioria desconhecidos da população, a andarem ar- mados pelas ruas, o que in- fundia justo receio na família cristalinense, dada a falta de garantia em tais ocasiões. Entre os poucos conheci- dos que faziam parte daquele conjunto de homens, via-se o gaúcho José Pedro Tiza, gra- duado tenente da coluna, a quem parecia estar confiado o comando da tropa ocupan- te. Este, no dia imediato à chegada, conseguiu localizar o caminhão de Hans Leyser e o Ford de Carlos Mohn Pri- mo, ocultados que tinham sido pelos proprietários no dia 12, para não serem requisita- dos. Entretanto, tão logo lo- calizados, foram apreendidos e incluídos na composição rodoviária da coluna. Passou o dia 24 sem novi- dade que viesse perturbar a calma da tropa ocupante. Nada de força pública estadu- al, nem de milicianos Cami- sas Vermelhas, como se pro- palava e era esperado, veio para Cristalina para restaurar a autonomia do município e a soberania do estado, sinal evidente de que o presidente do estado já duvidava que o chefe da nação debelasse aquele movimento revoluci- onário que se alastrara em todo País. O dia seguinte corria cal- mo como o anterior, quan- do por volta das três horas da tarde, mais ou menos, desce pela rua Jovino de Paiva um automóvel condu- zindo duas pessoas, uma delas o cidadão Arlindo Aguiar, que se achava deti- do em Santa Luzia; este com o chapéu na mão, braço es- querdo pra fora do carro, a medida que o veículo se adentrava pela praça São Sebastião gesticulava com o braço erguido e gritava: - viva a revolução! E aprego- ava em seguida – Washing- ton Luiz foi deposto. E as- sim passou pelo alojamento da tropa e pela frente da pen- são de dona Cesária Ribeiro até à casa comercial de Quintino Vargas, sede da re- volução em Cristalina, onde, pessoalmente, conversava com a família do respectivo gerente, capitão da coluna, Raimundo de Castro, o vi- torioso acontecimento. A tropa, jubilosa com se- melhante comunicação, sau- dou o acontecimento com descarga de suas armas para o ar, cujos estampidos causa- ram formidável susto não só aos residentes que ignoravam a ocorrência, mais também a soldados que, no momento, se achavam ausentes do aloja- mento, uns e outros supondo que o tiroteio outra coisa não era, senão o esperado ataque da polícia goiana a tropa ocu- pante da vila. Os primeiros correram para os subúrbios (Cubículo, Urubu, etc.) a pro- cura de abrigo de possível desastre; os segundos regres- saram afobados para o aloja- mento a fim de tomarem par- te na refrega. Mas ali chega- dos e informados que foram do que se tratava, passaram do estado de afobamento ao de contentamento, do qual se achavam repletos os seus companheiros. Passado o susto produzido pelo tiroteio e espalhada a notícia do triunfo da Revolu- ção, as pessoas que haviam corrido para os subúrbios vol- taram calmas para suas casas, contentes por terem sabido que dentro de poucos dias dar-se-ia a desocupação da vila. O corre-corre, porém, no qual até mulheres tomaram parte, tornou-se assunto de caçoada, de comentários jo- cosos que o escrevinhador deixa de relatá-los por fugir à finalidade deste rústico traba- lho, além de torná-lo extenso em demasia. Naquela altura dos aconte- cimentos em Cristalina, a co- luna já se avizinhava da cida- de de Goiás, então capital do estado, razão de, no dia 26, o preposto revolucionário da localidade, Arlindo Aguiar, foi juntar-se à coluna e, bem assim, outros elementos da ocupação local, entre estes o tenente José Pedro Tiza, to- dos com o propósito de toma- rem parte na entrada triunfan- te da coluna na capital do es- tado, fato ocorrido no dia 27. Triunfante a revolução, confirmados estavam os atos praticados pela coluna em Cristalina, salientando-se en- tre estes, a deposição das au- toridades Otaviano de Paiva Rezende – intendente muni- cipal e Carlos Monh Primo – suplente de juiz municipal, passando então o penúltimo ao último intendente de Cris- talina na recém caída Repú- blica de 1889 – 1930, de vez que, com a queda da situação dominante, desapareceram de todo território nacional a de- nominação de Intendência às comunas municipais, passan- do então a denominar-se pre- feituras. Também Carlos Mohn Pri- mo não voltou mais ao cargo, razão de passar ao último su- plente de juiz municipal da localidade, na deposta Repú- blica. As referidas ex-autorida- des e bem assim os comerci- antes alemães, Agostinho Leyser e Hans Leyser, custo- diados em Paracatu desde o dia 12, tão logo foram posto em liberdade, regressaram aos seus lares em Cristalina, motivo de grande contenta- mento dos seus familiares que se achavam ansiosos por se- melhante regresso. Afinal, terminou o mês de outubro, no qual a população de Cristalina viveu vinte dias de intranquilidade e contrari- edades, mas embora a revo- lução já houvesse atingindo o seu alvo - a deposição das autoridades constituídas, ain- da passou para os primeiros dias do mês de novembro o remate trágico das ocorrênci- as revolucionárias na locali- dade, sendo que o dia primei- ro transcorreu sem novidades, o mesmo não acontecendo no dia 02 (por sinal dia de fina- dos), em que alguns soldados e patriotas em ampla liberda- de, devido a ausência de co- mando, passavam armados nas ruelas da vila e, por volta das quatro e meia da tarde, dois deles, um soldado e um patriota paracatuense de nome Manoel de Queiroz (co- nhecido em Cristalina como Manoel de Carrim), ambos semi-embriagados, travaram violenta discussão em frente a casa da dona Teodora Fer- reira, terminando com o as- sassinato do patriota pelo sol- dado mineiro com o tiro do fuzil com que andava arma- do. Os camaradas que presen- ciaram o delito, prenderam o criminoso em flagrante e con- duziram-no para o alojamen- to, onde o trancafiaram na prisão local, até que o estado maior da coluna regressasse da capital do estado. Depois da sangrenta ocor- rência em que o rol do Dia de Finados de Cristalina foi au- mentado de mais um, a colu- na, dando por terminada a sua missão neste estado, regres- sou da cidade de Goiás, tra- zendo como troféu o ex-de- putado Felismino Viana e o tenente Severino No dia 04 a coluna seguiu para Paracatu, levando tam- bém o soldado criminoso, deixando, porém, os integran- tes cristalinenses, que perma- neceram até o encerramento de suas operações, sendo es- tes Ananias de Melo Franco, Benedito Bandeira, Benedito Pereira da Silva (Matinada), Canuto Pereira da Silva (Ma- tinada), Cecílio Ribeiro, Cle- mente Menezes, Domiciano Ribeiro, Eliseu Gonçalves de Lima, Eloi de Sousa, Francis- co de Tal (Chico do Adami- an), Geraldo Pimentel, João José Borges, José Borges, José Pedro Cisa, Manoel Al- ves de Souza, Manoel Perei- ra da Silva, Marciano Alves de Lima, Orozimbo Pinto, Raimundo de Castro, Rodol- fo Mohn, Virgilio Alves de Lima e talvez outros, de quem o escrevinhador não mais se lembra. A esta altura do aconteci- mento, ao qual Cristalina ser- viu de palco, e originário des- te retrospecto, foi que a paz, a tranquilidade, voltou ao âni- mo das famílias cristalinen- ses, não só pelo feliz regres- so dos seus chefes ou filhos sãos salvos ao respectivos la- res, como também pela ocu- pação local por destacamen- to da coluna, cujo remanes- cente partiu sem deixar sau- dade, deixando, ao contrário, desagradável recordação em certas pessoas. Os nomes são Quintino Vargas e dr. Barros, o que de- sapareceu com o decorrer do tempo. E neste ponto, final da crise de vinte e quatro dias de inquietação e contrariedade, vividas pela população de Cristalina, que escrevinhador, por sua vez, também finaliza a presente narração, fazendo votos para que o surpreenden- te desenvolvimento da loca- lidade em apreço, no decor- rer mais quarenta e dois anos contados da invasão à atuali- dade, não sofra solução de continuidade, antes seja cres- cente e permanente a sua prosperidade, sem que ne- nhum movimento armado ja- mais consiga usurpa-lhe a autoridade municipal e vio- lentar a soberania do Estado. Fevereiro de 1973 Leão Rodrigues deAfonseca Local onde funcionava a Escola, em 1930. Hoje é uma creche administrada pela Igreja Católica, na Praça São Sebastião
  • 13. JORNAL DE CRISTALINA 13Julho de 2013 Mais de duas décadas de história aulo Luzzi e Advogados Associados SS - é um es- critório voltado para a ad- vocacia judicial e administra- tiva, estruturado para o aten- dimento de pessoas físicas e jurídicas, em diversas áreas do direito. Com mais de duas décadas de experiência, o escritório atua nas áreas cível, comer- cial, do consumidor, de coo- perativismo, tributária, meio ambiente, agrária, bancária - sobretudo no crédito rural. Dentre os seus clientes des- tacam-se produtores rurais, cooperativas, empresas co- merciais, do agronegócio, para os quais é dada toda a assistência jurídica preventi- va - para a estruturação dos contratos - acompanhamento administrativo e advocacia judicial. Sediado no Município de Cristalina, Goiás, (referência em produção de grãos no Es- tado e no Brasil, com uma das maiores áreas irrigadas, por pivô central, da América La- tina, e um agronegócio pujan- te), tem sua clientela distribu- ída nos Estados de Goiás, Distrito Federal, Santa Cata- rina, Paraná, São Paulo, Mi- nas Gerais, Espírito Santo e Tocantins. A permanente parceria com escritórios de renome permite a assistência aos seus clientes nos Tribunais de Jus- tiça Estaduais e nos Tribunais Superiores (STJ e STF). A fim de atender às modifi- cações que ocorrem no direi- to, seus profissionais estão sempre atentos às mudanças. Para isso, o escritório oferece modernos recursos de comu- nicação, treinamento e uma biblioteca sempre atualizada. Paulo Luzzi e Advogados Associados SS, Pessoa Jurí- dica - OAB/GO 616, tem uma equipe composta pelos advo- gados: Antônio Paulo Luzzi – OAB/GO 9.703A; Luciano Alves de Faria – OAB/GO 20.805;Tatiany da Paixão Sa- chetti – OAB/GO 31.789; e Alyne Carneiro Caetano de Sousa – OAB/GO 35.370, es- tagiário Luan da Paixão Sa- chetti – OAB/MG 37.515-E e equipe de apoio administra- tivo. Dentro de um Planejamen- to estratégico tem por missão oferecer soluções jurídicas de excelência voltadas para o ramo do agronegócio, envol- vendo questões da atividade econômica e da vida privada. A missão está centrada na oferta de soluções jurídicas que atendam às necessidades apresentadas pelos clientes que tenham algum envolvi- mento com o agronegócio as- sistindo juridicamente essas pessoas tanto em questões da atividade econômica como na sua vida privada. Margarida, Dra. Tatiany Sachetti, Dr. Paulo Luzzi, Dona Vera, Dr. Luciano Faria, Dr. Luan e Dra. Aline formam a equipe do escritório de advocacia Dessa forma o escritório decidiu-se por um posicio- namento inovador que é a atividade jurídica em torno do agronegócio ao invés de um posicionamento voltado paras as especialidades ju- rídicas. Já no campo da visão es- tratégica o escritório busca conquistar mercado, fortale- cendo a liderança regional e a presença nacional alcançan- do excelência técnica com foco na solução do problema apresentado pelo cliente e na assistência permanente dos serviços prestados. Posse na Maçonaria Venerável MarcosAurélio em discurso de saudação e agradecimento aos presentes ascido no dia 06 de abril de 1.941, na Itália, onde foi ordenado pa- dre em 27 de junho de 1.965, o padre Bernardo Ave chegou em Cris- talina no dia 15 de janeiro de 1.992. O pároco recebeu uma homenagem dos fiéis da Igreja Católica pelos seus 48 anos de vida sacerdotal, dos quais, 21, na Serra dos Cristais. Antes de aportar na cidade, onde atuou inicialmente como colaborador do saudoso padre José Borsato, o pa- dre Bernardo passou por quatro pa- róquias em sua Pátria. Em 12 de ou- tubro de 1994 ele assumiu a Paróquia Nossa SenhoraAparecida, que expan- diu sua atuação missionária através da Associação Mãe Esperança – AME, creche Nossa SenhoraAparecida, cre- 48 anos de sacerdócio do padre Bernardo P N che São Francisco, Casa Betânia, Centro Vida Alex, além da Farmácia Viva. No auxílio dos trabalhos da Pa- róquia, o padre Bernardo conta com o constante apoio dos padres Jacinto e Jeférson. Para comemo- rar o aniversário de ordenação, os ministros de eucaristia organizaram uma festa, oportunidade em que foi celebrada uma missa em ação de graças pela vida do padre Bernar- do e oferecido um delicioso jantar. “Agradeço com muito carinho e humildade aos ministros eucarísti- cos pela homenagem e toda a co- munidade que me acolheu de bra- ços abertos”, falou, gratificado, o padre Bernardo. professor Marcos Aurélio Caetano de Souza foi em- possado para cumprir mais um mandato de venerável da Loja Maçônica Acácia Crista- linense. Visivelmente emocio- nado com a sessão de posse, Marcos Aurélio, que tem como colegas de diretoria Éderson Clayton Brittes Rola, Antônio José Cardoso, Sebastião Car- los Serafim, Valdeci Rodri- gues, Anésio Ribeiro e Josino da Veiga Antunes, agradeceu aos irmãos maçons, às cunha- das, às autoridades maçônicas e aos membros de outras lojas que se deslocaram até Crista- lina para assistirem a solenida- de. Autoridades municipais, como o prefeito Luiz Attié e o presidente da Câmara, Olivar Caetano de Souza, além de fa- miliares e amigos de vários maçons, também marcaram presença no evento, que termi- nou com um saboroso jantar oferecido aos convidados. O
  • 14. JORNAL DE CRISTALINA14 Julho de 2013 om a presença do vice presidente da seccional goiana da Ordem dos Advogados do Brasil, Dr. Sebastião Macalé, foi em- possada a nova diretoria da subseção de Cristalina, que tem como presidente o ad- vogado Miguel Alexandre Filho. Dr. Miguel prometeu que irá trabalhar em defesa da Ordem e do direito, buscan- do dar aos advogados a cer- teza de uma representação Rotary Club em festam reunião festiva, realiza- da no dia 18 de junho, com a presença de apro- ximadamente 200 pessoas, o Rotary Club de Cristalina e a Casa da Amizade empossa- ram seus respectivos presi- dentes para cumprirem man- dato até junho de 2014. O empresário JoãoAntônio Va- caro Fachinello continua na presidência do Rotary por mais um ano, enquanto sua esposa, Maiara Sabadin Vaca- ro Fachinello, vai ter a primei- ra experiência como presi- dente da Casa da Amizade. Em clima de alegria e emoção, JoãoAntônio desta- cou a responsabilidade de presidir a instituição mais uma vez. “Me sinto honrado com a incumbência e privi- legiado por estar à frente de tão importante organismo, que prima pelo amor ao pró- ximo e para com o cuidado com as pessoas”, falou o pre- sidente, que faz questão de estar presente em todas as reuniões, realizadas às ter- ças-feiras, onde são discuti- das as ações a serem desem- penhadas pela comunidade rotária de Cristalina. Além da posse, foram fei- tas várias homenagens para sócios do clube e membros da comunidade.Adata foi ainda marcada pela recepção aos João Antônio, Flávia Gonzatti, o médico Fagner Andrade e Maiara Fachinello novos membros Fagner An- drade, Gustavo Tomé e Adri- ana Rodovalho, Marcelo Le- mos e Jaqueline Campos, e Daujise Côrtes Mânica Teles. Já nas reuniões seguintes os novos sócios ajudaram a planejar mais uma grande fes- ta que será promovida pelo Rotary. Depois do sucesso da apresentação de Jerry Adria- ni, os rotarianos confirmaram para o dia 07 de setembro um grande show da Jovem Guar- da, novamente no salão Sô- nia Festas, com a apresenta- ção dos artistas Waldireni, Os Vips e Wanderley Cardoso. “Sem dúvidas será mais uma oportunidade para as famíli- as se confraternizarem em um ambiente alegre e agradável, que contará com artistas que marcaram época e fizeram sucesso no Brasil inteiro”, falou João Antônio, com o entusiasmo e o otimismo que lhe são peculiares. Maiara, João Alceu, Daujise e João AntônioJaquelineCamposeafilha,Maiara,MarceloLemoseJoãoAntônio Márcia Rodovalho, Adriana Rodovalho, Gustavo Tomé e Sebastião Rodovalho séria e comprometida com a classe e com a comunidade. “Iremos trabalhar em defe- sa da nossa profissão e em favor da justiça, observando princípios éticos e morais que são norteadores da nos- sa atividade profissional”, falou o novo presidente. Em seu discurso, Sebas- tião Macalé enalteceu a pro- fissão e relembrou a impor- tância da OAB em momen- tos decisivos da história do Brasil, como no combate à OAB empossa nova diretoria Após ouvir o juramento, Dr. Sebastião Macalé declara empossada a diretoria da OAB/Cristalina ditadura militar, na luta pela redemocratização do País, no impeachment do ex-pre- sidente Fernando Collor de Melo e na aprovação do pro- jeto da ficha limpa. “A ad- vocacia está presente desde a descoberta do Brasil e é um patrimônio da socieda- de. A OAB é um facho de luz na história da democra- cia brasileira”, garantiu o advogado, que se formou quando ainda era jogador profissional de futebol. E C Parabéns Cris- talina, cidade próspera e bené- vola, onde nasce- ram meus pais e meus filhos. Sou feliz por perten- cer a este chão abençoado, que não faz acepção de pessoas, mas recebe de portas abertas todos que aqui aportam. Uma médica cristalinense Dalila de Souza Lima, fi- lha de José Ronaldo de Lima (Zé Bufunfa) e Dalva Lima, acaba de festejar a formatura em medicina, curso feito na Universidade Uberaba. As comemorações aconte- ceram no último final de se- mana, oportunidade em que Dalila agradeceu mais uma vez o esforço dos seus pais e de todas aquelas pessoas que contribuíram para que ela al- cançasse tão importante con- quista. Na mensagem do convite a nova médica expressa sua ale- gria em concluir esta impor- tante etapa da vida. “É gran- de a minha satisfação de ter concluído esta vitória, após minha longa e extensa vida universitária, entretanto, pre- ciso ressaltar que nada disso foi alcançado sem apoio”, diz o texto, que faz alusão a Deus, aos pais, tio, namorado e a todos que contribuíram para seu sucesso. Sem sombra de dúvidas é um grande triunfo não somente de Dalila, mas de toda a sua família e amigos. Realmente merece muitas ce- lebrações. Mensagem do Marquinho Abrão