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A instituição da República
• A Proclamação da República foi resultado de uma série de fatos
e atendeu aos anseios de grupos socioeconômicos em ascensão,
destacando-se os cafeicultores, os militares e os profissionais
liberais.
A República da Espada (1889-1894
Avenida Paulista em 1910 e em 1935, sob o efeito da
economia cafeeira
Mal. Deodoro
1.1. As primeiras providências tomadas pelo novo
governo:
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Fonseca (1889-1890)
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Ribeiro, Benjamin Constant, Deodoro e Rui Barbosa
• Promulgação da lei de naturalização etc.
Família de
aristocratas
do café
1.2. Rui Barbosa e a Crise do Encilhamento:
• Objetivando promover o desenvolvimento econômico, o governo permitiu a emissão
desenfreada de papel-moeda sem “lastro-ouro”;
Agitação em frente a bolsa de valores no Rio
de Janeiro
Charge de Angelo Agostini sobre o Encilhamento publicada na
Revista Ilustrada em 1890 / FBN, RIO DE JANEIRO
A especulação financeira e as “empresas-
fantasmas”;
A violenta espiral inflacionária foi a principal
consequência.
1.3. Constituição de 1891-
Principais características:
• Instituiu a república
federativa
presidencialista como
forma de governo;
• Tripartição dos poderes
(independentes entre si);
• Voto aberto a todos os
homens maiores de 21
anos, exceto analfabetos,
soldados, padres e
mendigos;
Assembleia Constituinte de 1890
• Venceu “indiretamente” o paulista Prudente de Morais;
• Manteve a postura autoritária que marcou o período provisório,
fechando o Congresso em 3 de novembro de 1891 e decretando
o “Estado de Sítio”;
2. Governo Constitucional de Deodoro da Fonseca
(1891)
Congresso
Nacional
Prudente de Morais
• Em resposta, o contra-almirante Custódio de Melo
organizou uma revolta exigindo a renúncia de
Deodoro da Fonseca, que não resistiu.
Encouraçado Riachuelo
Wandenkolk
Custódio de Melo
• Reabriu o Congresso e
impulsionou a
industrialização, adotando
medidas protecionistas;
congelou preços dos
alimentos e aluguéis;
• Reinterpretando o Artigo 42
da Constituição, concluiu o
mandato de Deodoro,
governando até 1894;
• Responsável por consolidar a
República.
3. Governo Floriano Peixoto (1891-94)
• O “marechal de Ferro” enfrentou duas revoltas
contra seu governo: a Revolta da Armada (1893) e
a Revolta Federalista (1893-95)
Encouraçado Aquidabã
Rio de Janeiro no final do séc. XIX
• No Rio Grande do Sul, Floriano Peixoto apoiou o
Partido Republicano Riograndense (pica-paus),
liderado por Júlio de Castilhos, contra os
federalistas (maragatos) liderados por Silveira
Martins.
Júlio de Castilhos
Silveira Martins
República Oligárquica (1894–1930)República Oligárquica (1894–1930)
A ascensão das oligarquias e
as revoltas da República Velha
Webster Pinheiro
Período em que a aristocracia cafeeira de
São Paulo (estado mais rico e
desenvolvido) e a pecuarista de Minas
Gerais (estado mais populoso) dominaram
o cenário político nacional.
Embarque de café no Porto de Santos, no final do
séc. XIX
1. Governo Prudente de
Morais (1894–1898)
1.1. A Guerra de Canudos
(Sertão da Bahia, 1896–1897)
• O polêmico Antônio Conselheiro:
de Quixeramobim ao sertão da Bahia;
Casa em que se afirma ter vivido
Antônio Conselheiro (e Fausto Nilo) Quixeramobim-CE
• O beato pregava contra a República, o latifúndio e a
miséria dos sertanejos, tornando-se uma ameaça ao
Estado, à Igreja e aos grandes proprietários rurais;
O Conselheiro saiu peregrinando pelo sertão
arregimentando seguidores, construindo e
reformando igrejas e cemitérios.
• A vida na comunidade
de Belo Monte,
às margens do
riacho
Vaza-Barris;
“O sertão vai virar mar e o
mar vai virar sertão.”
(Profecia do
Conselheiro)
• “Haverá quatro fogos: os três primeiros
serão nossos. O quarto a Deus pertence.”
(Profecia de Conselheiro)
Soldados conselheiristas
• As quatro expedições enviadas para destruir a
comunidade de Belo Monte: a 4ª contou com
9.000 homens fortemente armados;
Coronel Moreira César,
o famoso “corta-cabeças”
Marechal
Carlos
Bittencourt
Soldados da 4ª expedição, que destruiu Canudos
• Na antológica obra “Os sertões”, Euclides da
Cunha afirmou: “O sertanejo é antes de tudo um
forte”.
Rio Vaza-Barris
em dois
momentos
distintos
Conselheiro morto
“Canudos não se rendeu. Exemplo único em
toda a história, resistiu até o esgotamento
completo. Expugnado palmo a palmo, na
precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao
entardecer, quando caíram os seus últimos
defensores. Eram quatro apenas: um velho,
dois homens feitos e uma criança, na frente
dos quais rugiam raivosamente 5 mil
soldados.”
Assim descreveu Euclides da Cunha o final
dessa tragédia.
2. Governo Campos Sales
(1898–1902)
• 2.1. O Funding-Loan: acordo
financeiro com credores ingleses
visando promover o combate à
inflação e o crescimento econômico
do país.
Campos Sales e
Joaquim
Murtinho em
viagem à
• As bases do Funding-Loan:
1898 1901 1911
Pagamento dos juros do novo empréstimo
Período de
carência Reinício do
pagamento
de toda a
dívida com
mais treze
anos para
sua quitação.
As rendas da Alfândega do RJ e o
controle da Ferrovia Central do
Brasil e da Cia. de Água do RJ
foram as garantias exigidas
pela Casa Rothschild, além de
medidas austeras para a
estabilização econômica.
A saída encontrada por
Campos Sales para honrar
o acordo junto aos nossos
credores ingleses foi
aumentar os impostos e
cortar gastos públicos,
promovendo,
inclusive, o desemprego,
reduzindo o crédito
bancário,
acarretando uma violenta
recessão econômica. No
entanto, nossos governos
atuais não seguem
caminhos diferentes,
como mostra o gráfico
abaixo, de 2001.
2.2. Política dos Governadores: visava assegurar a
estabilidade política impedindo a oposição de
chegar ao poder através de uma troca de favores
entre o governo federal e os governos estaduais.
• A importância da “Comissão de Verificação dos
Poderes”;
• A “degola” assegurava a vitória do governo.
2.3. A política do “café com leite” (PRP + PRM)
Palácio do catete: daqui as aristocracias cafeeiras
de São Paulo e de Minas Gerais ditaram os
rumos da política brasileira por mais de 30 anos.
´
´
O coronelismo e seus mecanismos de sustentação:
• O “voto de cabresto” (curral eleitoral);
• O clientelismo (troca de favores);
* Obs: O voto “aberto” permitia aos grandes proprietários rurais
pressionar os eleitores
Competência de área 3 - Compreender a produção e o
papel histórico das instituições sociais, políticas e
econômicas, associando-as aos diferentes grupos,
conflitos e movimentos sociais.
E agora... ENEM!
H11 - Identificar registros de práticas de grupos sociais no
tempo e no espaço.
3. Governo Rodrigues Alves
(1902–1906)
3.1. Junto ao prefeito Pereira Passos,
modernizou a cidade do Rio de Janeiro;
• o “bota-abaixo” e a reação popular;
Cortiço no RJ,
início do
séc. XIX
A modernização teve um custo
elevadíssimo para os setores
“excluídos” da sociedade carioca.
Sendo praticamente expulsos
do centro, foram obrigados a
ocupar os morros;
3.2. A Revolta da Vacina (Rio de Janeiro, 1904)
• Em meio aos trabalhos de remodelação da
cidade, o médico Osvaldo Cruz lançou uma
campanha contra a varíola, a febre amarela e a
peste bubônica;
Osvaldo Cruz enfrenta a população do Rio de Janeiro
A imposição da vacinação
obrigatória provocou a ira
da população. Apesar do
Estado de Sítio decretado
por Rodrigues Alves, o
governo teve que ceder e
a vacina tornou-se
Barricada durante a Revolta da Vacina
3.3. O Ciclo da Borracha na Amazônia
• Atraiu o interesse de grandes companhias
internacionais e milhares de migrantes,
sobretudo do Nordeste;
• Chegou a representar cerca de 40% de todas
as exportações brasileiras;
Pélas de borracha aguardando embarque
• A borracha proporcionou o desenvolvimento
socioeconômico e estrutural de Manaus;
Palácio Rio Negro Alfândega
Correios e Coluna da Hora
Bonde elétrico
3.4. A Questão do Acre
• Nordestinos
invadiram o território
que pertencia à
Bolívia;
• O espanhol Luiz
Galvez de Arias
proclamou a
República
Independente do
Acre;
• Sem condições de enfrentar os brasileiros
financiados pelos seringalistas, os bolivianos
aceitaram o Tratado de Petrópolis, proposto pelo
Barão do Rio Branco, em 1903.
3.3. O Convênio de Taubaté (1906)
• Os governos de SP, RJ e MG selaram acordo por
uma “política de valorização do café”
• Principais resoluções do Acordo:
Foi fixado o preço da saca de
café (equilíbrio entre oferta e
procura);
Os estados produtores
comprometeram-se a comprar
os excedentes e estocá-los para
vendê-los na época da
entressafra;
Os cafeicultores, por sua vez,
comprometiam-se a reduzir a
produção visando evitar novas
crises;
Estoque de café
de uma supersafra
Importante! Para tanto, os estados contraíram
vultosos empréstimos junto a bancos estrangeiros
e a população era quem arcava com o prejuízo.
Palacete de D. Leopoldina, local de
assinatura do Convênio de Taubaté
4. Governo Afonso Pena
(1906–1909)
• Lema: “Governar é povoar” –
incentivo à imigração;
• Atenção especial às Forças
Armadas;
Encouraçado São Paulo
Navio que
trouxe os
primeiros
imigrante
s
japoneses
para o Brasil
• A participação brasileira na Conferência
Internacional pela Paz, em Haia (1907)
Palácio da Paz, Haia
Rui Barbosa,
a Águia de
Haia
• A sucessão presidencial: Afonso Pena rompe
com o PRP e indica um mineiro;
• O senador Pinheiro Machado responde lançando
o Marechal Hermes da Fonseca;
Pinheiro Machado
Hermes da
Fonseca
• Com a morte de Afonso Pena (junho, 1909),
o vice, Nilo Peçanha, assume;
• Rui Barbosa e a Campanha Civilista.
Nilo Peçanha Rui Barbosa em campanha eleitoral
5. Governo Hermes da Fonseca
(1910–1914)
• A “Política das Salvações”:
visava substituir as antigas
oligarquias e fortalecer o poder
central;
O Salvacionismo chocou-se com os
interesses de Pinheiro Machado,
provocando reações com a Sedição de
Juazeiro, no Ceará.
5.1. Revolta da Chibata (Rio de Janeiro, 1910)
• O recrutamento obrigatório, os baixos soldos e
sobretudo a manutenção de um rigoroso código
disciplinar, açoites e humilhações, foram as
causas;
• João Cândido, o “Almirante Negro”, destacou-
se na liderança;
Encouraçado Minas Gerais
Rio Antigo. Ao fundo pode-se ver a Ilha das Cobras
Marinheiros sendo
conduzidos à prisão
na Ilha das Cobras
Leitura do Decreto
de Anistia
• Em 1969, quando de sua morte, a Assembleia
Legislativa do RS tentou prestar homenagem a
João Cândido, sendo impedida pelo governo
militar (ditatorial).
João Cândido saindo da
cadeia
João Cândido,
velho e
injustiçado
* Apesar da promessa, Hermes da Fonseca não
perdoou os revoltosos;
Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo feiticeiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como navegante negro
Tinha dignidade de um mestre-sala
E ao acenar pelo mar na alegria das regatas
Salve o navegante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais
O Mestre-Sala dos Mares – João Bosco e Aldir Blanc
5.2. Guerra do Contestado (Sul do país, 1912–1916)
• Região disputada por Santa Catarina e Paraná e
antigo palco de disputas das elites por terras,
marcada também por intenso fanatismo
religioso.
• A liderança messiânica do beato José Maria,
conhecido como milagreiro;
• A extensão da região que passou a receber
grande número de camponeses (caboclos) antes
do conflito assustava as autoridades;
Caboclos vigiados após a rendição
dos revoltosos do Contestado
• As companhias americanas: Brazil Railway
Company e Southern Lumber and Colonization
Company: a primeira encarregada de construir
a ferrovia São Paulo – Rio Grande do Sul
Locomotiva que conduzia ferramentas e
operários para a construção da ferrovia
A Brazil Railway Company, que recebeu do
governo 8km de cada lado da ferrovia, iniciou a
desapropriação das terras ocupadas até então
por posseiros.
• E a segunda, que recebeu imensas extensões
de terras para explorara a madeira, expulsando
os posseiros da região;
• Além disso, os próprios trabalhadores
contratados por essas empresas acabaram
somando-se aos “caboclos” da região.
Em virtude dos intensos conflitos contra os posseiros, as
companhias estrangeiras possuíam sua própria força
armada.
• A Guerra dos “Pelados” contra os “Peludos”;
• O “monge” José Maria defendia uma “Monarquia
Celeste”, na qual não se pagavam impostos, não
havia moedas nem comércio, levando o governo
catarinense à decisão de destruí-la;
• Em Irani, o governo do Paraná combateu
intensamente os membros da comunidade,
levando à morte de José Maria;
• Em 1916, o ministro da Guerra enviou para a
região o general Setembrino de Carvalho munido
de um numeroso exército e de artilharia pesada,
sufocando o movimento;
• A Guerra do Contestado deixou um saldo de 20
mil mortos, atestando que o governo mais uma
vez lutou em defesa dos interesses das elites.
• O conflito começou no governo de Hermes da
Fonseca e se estendeu até o governo de
Venceslau Brás.
Últimos focos de resistência do povo do
Contestado
5.3. Sedição de Juazeiro (Ceará, 1914)
• Um breve histórico do Padre Cícero Romão
Batista, nascido no Crato, em 1844;
• O episódio da Beata Maria de
Araújo;
• O Pacto dos Coronéis: visava manter a família
Accioly no poder em resposta à Política das
Salvações de Hermes da Fonseca;
• A intervenção de Franco Rabelo (1912-1914);
Nogueira
Accioly
Franco
Rabelo
• Os erros de Franco Rabelo: romper com
Pinheiro Machado (PRC) e destituir Padre Cícero
da Prefeitura de Juazeiro do Norte;
• Rabelo mandou invadir Juazeiro do Norte e
derrotar a resistência organizada por Padre
Cícero e Floro Bartolomeu;
Jagunços defendem Juazeiro do
Norte dentro do famoso “Círculo
da Mãe de Deus”
Floro Bartolomeu e
Padre Cícero
• Ao vencer as tropas rabelistas, os sertanejos
comandados por Floro Bartolomeu rumam para
a capital e, após vários combates, levam Franco
Rabelo a renunciar;
• Após a vitória, a oligarquia “acciolysta” retoma
o poder no Ceará, demonstrando que a “Política
Salavcionista” de Hermes da Fonseca não
obteve êxito em nosso Estado.
Comendador
Nogueira Accioly
Floro
Bartolom
eu
Padre Cícero
6. Governo Venceslau
Brás (1914–1918)
• O Pacto de Ouro Fino restabeleceu
a aliança do “café com leite”;
O Menino da Porteira
• A participação do Brasil na Primeira Guerra
Mundial (1914–1918)
Cruzador Bahia em
missão de
patrulha pelo
Atlântico Sul
• O surto industrial: favorecido pela interrupção das
comunicações marítimas e pelo desabastecimento
em virtude de os países beligerantes estarem
direcionados ao esforço de guerra;
.A industrialização permitiu a ascensão de novos
setores sociais, como a burguesia industrial, as
classes médias e o proletariado.
• O movimento operário anarco-sindicalista
inspirado na Revolução Russa e nas conquistas
que o proletariado vinha obtendo na Europa;
Braz, um dos primeiros bairros operários, em
São Paulo, reduto de anarquistas europeus.
• A situação do proletariado brasileiro no início
do século XX
Note-se a presença de crianças trabalhando
As fábricas eram insalubres, escuras, inseguras
e a legislação trabalhista inexistia na época.
Fábrica de tecidos, em Sorocaba, início do século XX
• A Greve Geral de 1917: sua importância para o
movimento operário e a reação do governo a
serviço dos interesses da burguesia industrial.
Enterro do sapateiro Antônio Martinez, cujo
assassinato tornou-se o estopim da
greve geral de 1917.
Cerca de 10 mil pessoas acompanharam o cortejo
fúnebre de Antônio Martinez.
6.1. O Cangaço
“Moço, até hoje o Nordeste só deu três grandes
homens: Lampião, na valentia; Padre Cícero, na
oração; e Delmiro Gouveia, no trabalho.”
Depoimento de um homem do sertão de Alagoas, extraído da revista
História, Editora Três.
• Fenômeno típico do sertão nordestino assolado
por secas periódicas, pelo latifúndio e pelo
descaso a que são submetidos os caboclos;
• Analogia entre
jagunço e cangaceiro:
um serve ao coronel,
o outro o desafia;
X
Antônio Silvino
• Dispostos a sobreviver a qualquer desafio,
atacavam e saqueavam fazendas e vilarejos,
matavam, torturavam e humilhavam a quem
resistisse ou tentasse enfrentá-los; espalhavam o
terror pelo sertão;
X
Policiais, a quem os
cangaceiros chamavam
“macacos”
O bando de Virgulino Ferreira,
o “Rei do Cangaço”
• Lampião simbolizava, ao mesmo tempo, a
resistência à opressão e a violência desmedida;
• Admirado pelos humildes e temido pelos
coronéis;
Virgulino Ferreira
da Silva Lampião e Maria Bonita
Um dos fotógrafos que, com autorização de
Lampião, acompanharam seu bando.
• Em 29 de julho de 1938, Lampião e parte de seu
bando, vítimas de uma emboscada, foram
trucidados por tropas policiais;
Foram mortos:
(1) Lampião,
(2) Maria Bonita,
(3) Elétrico,
(4) Mergulhão,
(5) Luís Pedro,
(6) Enedina,
(7) Alecrim,
(8) Moeda,
(9) Macela,
(10) Quinta-Feira e
(11) Colchete.
• O cangaço lutou contra o coronelismo; no
entanto, não havia o devido esclarecimento por
parte dos cangaceiros para conscientizar o povo
de seus objetivos e fazê-lo apoiar o movimento,
por isso foi extinto nos anos
1940.
Corisco tentou
dar
continuidade
ao cangaço
após a morte
de Lampião
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República Oligárquica

  • 1. A instituição da República
  • 2. • A Proclamação da República foi resultado de uma série de fatos e atendeu aos anseios de grupos socioeconômicos em ascensão, destacando-se os cafeicultores, os militares e os profissionais liberais. A República da Espada (1889-1894 Avenida Paulista em 1910 e em 1935, sob o efeito da economia cafeeira Mal. Deodoro
  • 3. 1.1. As primeiras providências tomadas pelo novo governo: • Instituição do federalismo; • Separação entre Igreja e Estado; 1. Governo Provisório do Marechal Deodoro da Fonseca (1889-1890) Aristides Lobo, Eduardo Wandenkolk, Quintino Bocaiuva, Demétrio Ribeiro, Benjamin Constant, Deodoro e Rui Barbosa
  • 4. • Promulgação da lei de naturalização etc. Família de aristocratas do café
  • 5. 1.2. Rui Barbosa e a Crise do Encilhamento: • Objetivando promover o desenvolvimento econômico, o governo permitiu a emissão desenfreada de papel-moeda sem “lastro-ouro”; Agitação em frente a bolsa de valores no Rio de Janeiro Charge de Angelo Agostini sobre o Encilhamento publicada na Revista Ilustrada em 1890 / FBN, RIO DE JANEIRO A especulação financeira e as “empresas- fantasmas”; A violenta espiral inflacionária foi a principal consequência.
  • 6. 1.3. Constituição de 1891- Principais características: • Instituiu a república federativa presidencialista como forma de governo; • Tripartição dos poderes (independentes entre si); • Voto aberto a todos os homens maiores de 21 anos, exceto analfabetos, soldados, padres e mendigos; Assembleia Constituinte de 1890
  • 7. • Venceu “indiretamente” o paulista Prudente de Morais; • Manteve a postura autoritária que marcou o período provisório, fechando o Congresso em 3 de novembro de 1891 e decretando o “Estado de Sítio”; 2. Governo Constitucional de Deodoro da Fonseca (1891) Congresso Nacional Prudente de Morais
  • 8. • Em resposta, o contra-almirante Custódio de Melo organizou uma revolta exigindo a renúncia de Deodoro da Fonseca, que não resistiu. Encouraçado Riachuelo Wandenkolk Custódio de Melo
  • 9. • Reabriu o Congresso e impulsionou a industrialização, adotando medidas protecionistas; congelou preços dos alimentos e aluguéis; • Reinterpretando o Artigo 42 da Constituição, concluiu o mandato de Deodoro, governando até 1894; • Responsável por consolidar a República. 3. Governo Floriano Peixoto (1891-94)
  • 10. • O “marechal de Ferro” enfrentou duas revoltas contra seu governo: a Revolta da Armada (1893) e a Revolta Federalista (1893-95) Encouraçado Aquidabã Rio de Janeiro no final do séc. XIX
  • 11. • No Rio Grande do Sul, Floriano Peixoto apoiou o Partido Republicano Riograndense (pica-paus), liderado por Júlio de Castilhos, contra os federalistas (maragatos) liderados por Silveira Martins. Júlio de Castilhos Silveira Martins
  • 12. República Oligárquica (1894–1930)República Oligárquica (1894–1930) A ascensão das oligarquias e as revoltas da República Velha Webster Pinheiro
  • 13. Período em que a aristocracia cafeeira de São Paulo (estado mais rico e desenvolvido) e a pecuarista de Minas Gerais (estado mais populoso) dominaram o cenário político nacional. Embarque de café no Porto de Santos, no final do séc. XIX
  • 14. 1. Governo Prudente de Morais (1894–1898) 1.1. A Guerra de Canudos (Sertão da Bahia, 1896–1897) • O polêmico Antônio Conselheiro: de Quixeramobim ao sertão da Bahia; Casa em que se afirma ter vivido Antônio Conselheiro (e Fausto Nilo) Quixeramobim-CE
  • 15. • O beato pregava contra a República, o latifúndio e a miséria dos sertanejos, tornando-se uma ameaça ao Estado, à Igreja e aos grandes proprietários rurais;
  • 16. O Conselheiro saiu peregrinando pelo sertão arregimentando seguidores, construindo e reformando igrejas e cemitérios.
  • 17. • A vida na comunidade de Belo Monte, às margens do riacho Vaza-Barris; “O sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão.” (Profecia do Conselheiro)
  • 18. • “Haverá quatro fogos: os três primeiros serão nossos. O quarto a Deus pertence.” (Profecia de Conselheiro) Soldados conselheiristas
  • 19. • As quatro expedições enviadas para destruir a comunidade de Belo Monte: a 4ª contou com 9.000 homens fortemente armados; Coronel Moreira César, o famoso “corta-cabeças”
  • 20. Marechal Carlos Bittencourt Soldados da 4ª expedição, que destruiu Canudos
  • 21. • Na antológica obra “Os sertões”, Euclides da Cunha afirmou: “O sertanejo é antes de tudo um forte”.
  • 23. “Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5 mil soldados.” Assim descreveu Euclides da Cunha o final dessa tragédia.
  • 24. 2. Governo Campos Sales (1898–1902) • 2.1. O Funding-Loan: acordo financeiro com credores ingleses visando promover o combate à inflação e o crescimento econômico do país. Campos Sales e Joaquim Murtinho em viagem à
  • 25. • As bases do Funding-Loan: 1898 1901 1911 Pagamento dos juros do novo empréstimo Período de carência Reinício do pagamento de toda a dívida com mais treze anos para sua quitação. As rendas da Alfândega do RJ e o controle da Ferrovia Central do Brasil e da Cia. de Água do RJ foram as garantias exigidas pela Casa Rothschild, além de medidas austeras para a estabilização econômica.
  • 26. A saída encontrada por Campos Sales para honrar o acordo junto aos nossos credores ingleses foi aumentar os impostos e cortar gastos públicos, promovendo, inclusive, o desemprego, reduzindo o crédito bancário, acarretando uma violenta recessão econômica. No entanto, nossos governos atuais não seguem caminhos diferentes, como mostra o gráfico abaixo, de 2001.
  • 27. 2.2. Política dos Governadores: visava assegurar a estabilidade política impedindo a oposição de chegar ao poder através de uma troca de favores entre o governo federal e os governos estaduais.
  • 28. • A importância da “Comissão de Verificação dos Poderes”; • A “degola” assegurava a vitória do governo.
  • 29. 2.3. A política do “café com leite” (PRP + PRM) Palácio do catete: daqui as aristocracias cafeeiras de São Paulo e de Minas Gerais ditaram os rumos da política brasileira por mais de 30 anos.
  • 30. ´
  • 31.
  • 32. ´
  • 33. O coronelismo e seus mecanismos de sustentação: • O “voto de cabresto” (curral eleitoral); • O clientelismo (troca de favores); * Obs: O voto “aberto” permitia aos grandes proprietários rurais pressionar os eleitores
  • 34.
  • 35.
  • 36. Competência de área 3 - Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais. E agora... ENEM! H11 - Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.
  • 37.
  • 38.
  • 39. 3. Governo Rodrigues Alves (1902–1906) 3.1. Junto ao prefeito Pereira Passos, modernizou a cidade do Rio de Janeiro; • o “bota-abaixo” e a reação popular; Cortiço no RJ, início do séc. XIX
  • 40. A modernização teve um custo elevadíssimo para os setores “excluídos” da sociedade carioca. Sendo praticamente expulsos do centro, foram obrigados a ocupar os morros;
  • 41.
  • 42. 3.2. A Revolta da Vacina (Rio de Janeiro, 1904) • Em meio aos trabalhos de remodelação da cidade, o médico Osvaldo Cruz lançou uma campanha contra a varíola, a febre amarela e a peste bubônica; Osvaldo Cruz enfrenta a população do Rio de Janeiro
  • 43. A imposição da vacinação obrigatória provocou a ira da população. Apesar do Estado de Sítio decretado por Rodrigues Alves, o governo teve que ceder e a vacina tornou-se
  • 44. Barricada durante a Revolta da Vacina
  • 45. 3.3. O Ciclo da Borracha na Amazônia • Atraiu o interesse de grandes companhias internacionais e milhares de migrantes, sobretudo do Nordeste; • Chegou a representar cerca de 40% de todas as exportações brasileiras; Pélas de borracha aguardando embarque
  • 46. • A borracha proporcionou o desenvolvimento socioeconômico e estrutural de Manaus;
  • 47. Palácio Rio Negro Alfândega Correios e Coluna da Hora Bonde elétrico
  • 48. 3.4. A Questão do Acre • Nordestinos invadiram o território que pertencia à Bolívia; • O espanhol Luiz Galvez de Arias proclamou a República Independente do Acre;
  • 49. • Sem condições de enfrentar os brasileiros financiados pelos seringalistas, os bolivianos aceitaram o Tratado de Petrópolis, proposto pelo Barão do Rio Branco, em 1903.
  • 50. 3.3. O Convênio de Taubaté (1906) • Os governos de SP, RJ e MG selaram acordo por uma “política de valorização do café”
  • 51. • Principais resoluções do Acordo: Foi fixado o preço da saca de café (equilíbrio entre oferta e procura); Os estados produtores comprometeram-se a comprar os excedentes e estocá-los para vendê-los na época da entressafra; Os cafeicultores, por sua vez, comprometiam-se a reduzir a produção visando evitar novas crises; Estoque de café de uma supersafra
  • 52. Importante! Para tanto, os estados contraíram vultosos empréstimos junto a bancos estrangeiros e a população era quem arcava com o prejuízo. Palacete de D. Leopoldina, local de assinatura do Convênio de Taubaté
  • 53. 4. Governo Afonso Pena (1906–1909) • Lema: “Governar é povoar” – incentivo à imigração; • Atenção especial às Forças Armadas; Encouraçado São Paulo Navio que trouxe os primeiros imigrante s japoneses para o Brasil
  • 54. • A participação brasileira na Conferência Internacional pela Paz, em Haia (1907) Palácio da Paz, Haia Rui Barbosa, a Águia de Haia
  • 55. • A sucessão presidencial: Afonso Pena rompe com o PRP e indica um mineiro; • O senador Pinheiro Machado responde lançando o Marechal Hermes da Fonseca; Pinheiro Machado Hermes da Fonseca
  • 56. • Com a morte de Afonso Pena (junho, 1909), o vice, Nilo Peçanha, assume; • Rui Barbosa e a Campanha Civilista. Nilo Peçanha Rui Barbosa em campanha eleitoral
  • 57. 5. Governo Hermes da Fonseca (1910–1914) • A “Política das Salvações”: visava substituir as antigas oligarquias e fortalecer o poder central; O Salvacionismo chocou-se com os interesses de Pinheiro Machado, provocando reações com a Sedição de Juazeiro, no Ceará.
  • 58. 5.1. Revolta da Chibata (Rio de Janeiro, 1910) • O recrutamento obrigatório, os baixos soldos e sobretudo a manutenção de um rigoroso código disciplinar, açoites e humilhações, foram as causas; • João Cândido, o “Almirante Negro”, destacou- se na liderança; Encouraçado Minas Gerais
  • 59. Rio Antigo. Ao fundo pode-se ver a Ilha das Cobras Marinheiros sendo conduzidos à prisão na Ilha das Cobras Leitura do Decreto de Anistia
  • 60. • Em 1969, quando de sua morte, a Assembleia Legislativa do RS tentou prestar homenagem a João Cândido, sendo impedida pelo governo militar (ditatorial). João Cândido saindo da cadeia João Cândido, velho e injustiçado * Apesar da promessa, Hermes da Fonseca não perdoou os revoltosos;
  • 61. Há muito tempo nas águas da Guanabara O dragão do mar reapareceu Na figura de um bravo feiticeiro A quem a história não esqueceu Conhecido como navegante negro Tinha dignidade de um mestre-sala E ao acenar pelo mar na alegria das regatas Salve o navegante negro Que tem por monumento As pedras pisadas do cais O Mestre-Sala dos Mares – João Bosco e Aldir Blanc
  • 62. 5.2. Guerra do Contestado (Sul do país, 1912–1916) • Região disputada por Santa Catarina e Paraná e antigo palco de disputas das elites por terras, marcada também por intenso fanatismo religioso.
  • 63. • A liderança messiânica do beato José Maria, conhecido como milagreiro; • A extensão da região que passou a receber grande número de camponeses (caboclos) antes do conflito assustava as autoridades; Caboclos vigiados após a rendição dos revoltosos do Contestado
  • 64. • As companhias americanas: Brazil Railway Company e Southern Lumber and Colonization Company: a primeira encarregada de construir a ferrovia São Paulo – Rio Grande do Sul Locomotiva que conduzia ferramentas e operários para a construção da ferrovia
  • 65. A Brazil Railway Company, que recebeu do governo 8km de cada lado da ferrovia, iniciou a desapropriação das terras ocupadas até então por posseiros.
  • 66. • E a segunda, que recebeu imensas extensões de terras para explorara a madeira, expulsando os posseiros da região; • Além disso, os próprios trabalhadores contratados por essas empresas acabaram somando-se aos “caboclos” da região.
  • 67. Em virtude dos intensos conflitos contra os posseiros, as companhias estrangeiras possuíam sua própria força armada.
  • 68. • A Guerra dos “Pelados” contra os “Peludos”; • O “monge” José Maria defendia uma “Monarquia Celeste”, na qual não se pagavam impostos, não havia moedas nem comércio, levando o governo catarinense à decisão de destruí-la;
  • 69.
  • 70. • Em Irani, o governo do Paraná combateu intensamente os membros da comunidade, levando à morte de José Maria;
  • 71. • Em 1916, o ministro da Guerra enviou para a região o general Setembrino de Carvalho munido de um numeroso exército e de artilharia pesada, sufocando o movimento;
  • 72. • A Guerra do Contestado deixou um saldo de 20 mil mortos, atestando que o governo mais uma vez lutou em defesa dos interesses das elites. • O conflito começou no governo de Hermes da Fonseca e se estendeu até o governo de Venceslau Brás. Últimos focos de resistência do povo do Contestado
  • 73. 5.3. Sedição de Juazeiro (Ceará, 1914) • Um breve histórico do Padre Cícero Romão Batista, nascido no Crato, em 1844; • O episódio da Beata Maria de Araújo;
  • 74. • O Pacto dos Coronéis: visava manter a família Accioly no poder em resposta à Política das Salvações de Hermes da Fonseca; • A intervenção de Franco Rabelo (1912-1914); Nogueira Accioly Franco Rabelo
  • 75. • Os erros de Franco Rabelo: romper com Pinheiro Machado (PRC) e destituir Padre Cícero da Prefeitura de Juazeiro do Norte;
  • 76. • Rabelo mandou invadir Juazeiro do Norte e derrotar a resistência organizada por Padre Cícero e Floro Bartolomeu; Jagunços defendem Juazeiro do Norte dentro do famoso “Círculo da Mãe de Deus” Floro Bartolomeu e Padre Cícero
  • 77. • Ao vencer as tropas rabelistas, os sertanejos comandados por Floro Bartolomeu rumam para a capital e, após vários combates, levam Franco Rabelo a renunciar;
  • 78. • Após a vitória, a oligarquia “acciolysta” retoma o poder no Ceará, demonstrando que a “Política Salavcionista” de Hermes da Fonseca não obteve êxito em nosso Estado. Comendador Nogueira Accioly Floro Bartolom eu Padre Cícero
  • 79. 6. Governo Venceslau Brás (1914–1918) • O Pacto de Ouro Fino restabeleceu a aliança do “café com leite”; O Menino da Porteira
  • 80. • A participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial (1914–1918) Cruzador Bahia em missão de patrulha pelo Atlântico Sul
  • 81. • O surto industrial: favorecido pela interrupção das comunicações marítimas e pelo desabastecimento em virtude de os países beligerantes estarem direcionados ao esforço de guerra; .A industrialização permitiu a ascensão de novos setores sociais, como a burguesia industrial, as classes médias e o proletariado.
  • 82. • O movimento operário anarco-sindicalista inspirado na Revolução Russa e nas conquistas que o proletariado vinha obtendo na Europa; Braz, um dos primeiros bairros operários, em São Paulo, reduto de anarquistas europeus.
  • 83. • A situação do proletariado brasileiro no início do século XX Note-se a presença de crianças trabalhando
  • 84. As fábricas eram insalubres, escuras, inseguras e a legislação trabalhista inexistia na época. Fábrica de tecidos, em Sorocaba, início do século XX
  • 85. • A Greve Geral de 1917: sua importância para o movimento operário e a reação do governo a serviço dos interesses da burguesia industrial. Enterro do sapateiro Antônio Martinez, cujo assassinato tornou-se o estopim da greve geral de 1917.
  • 86. Cerca de 10 mil pessoas acompanharam o cortejo fúnebre de Antônio Martinez.
  • 87. 6.1. O Cangaço “Moço, até hoje o Nordeste só deu três grandes homens: Lampião, na valentia; Padre Cícero, na oração; e Delmiro Gouveia, no trabalho.” Depoimento de um homem do sertão de Alagoas, extraído da revista História, Editora Três.
  • 88. • Fenômeno típico do sertão nordestino assolado por secas periódicas, pelo latifúndio e pelo descaso a que são submetidos os caboclos;
  • 89. • Analogia entre jagunço e cangaceiro: um serve ao coronel, o outro o desafia; X Antônio Silvino
  • 90. • Dispostos a sobreviver a qualquer desafio, atacavam e saqueavam fazendas e vilarejos, matavam, torturavam e humilhavam a quem resistisse ou tentasse enfrentá-los; espalhavam o terror pelo sertão; X Policiais, a quem os cangaceiros chamavam “macacos” O bando de Virgulino Ferreira, o “Rei do Cangaço”
  • 91. • Lampião simbolizava, ao mesmo tempo, a resistência à opressão e a violência desmedida; • Admirado pelos humildes e temido pelos coronéis; Virgulino Ferreira da Silva Lampião e Maria Bonita
  • 92. Um dos fotógrafos que, com autorização de Lampião, acompanharam seu bando.
  • 93. • Em 29 de julho de 1938, Lampião e parte de seu bando, vítimas de uma emboscada, foram trucidados por tropas policiais; Foram mortos: (1) Lampião, (2) Maria Bonita, (3) Elétrico, (4) Mergulhão, (5) Luís Pedro, (6) Enedina, (7) Alecrim, (8) Moeda, (9) Macela, (10) Quinta-Feira e (11) Colchete.
  • 94. • O cangaço lutou contra o coronelismo; no entanto, não havia o devido esclarecimento por parte dos cangaceiros para conscientizar o povo de seus objetivos e fazê-lo apoiar o movimento, por isso foi extinto nos anos 1940. Corisco tentou dar continuidade ao cangaço após a morte de Lampião Corisco e Dadá Angicos-SE, hoje Poço Redondo