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RESUMO




                     Filosofia

         Psicologia, JB - 2010   Jorge Barbosa, 2010
                                              1
Saber	
  se	
  o	
  mundo	
  exterior	
  é	
  
real	
  	
  e	
  qual	
  a	
  consciência	
  e	
  o	
  
conhecimento	
  que	
  temos	
  
dele	
  é	
  um	
  dos	
  problemas	
  
fundamentais	
  acerca	
  do	
  
processo	
  de	
  recolha	
  e	
  
tratamento	
  de	
  informação	
  a	
  
que	
  chamamos	
  
conhecimento.	
  


            Filosofia, JB - 2010                          2
Que Conhecemos?

            A	
  simulação	
  tecnológica	
  de	
  situações	
  reais	
  
            reforça	
  as	
  dúvidas	
  sobre	
  a	
  existência	
  do	
  
            mundo	
  exterior.	
  

            Nos	
  jogos	
  digitais	
  ou	
  em	
  instrução	
  num	
  
            simulador	
  de	
  voo,	
  os	
  cenários,	
  os	
  heróis	
  e	
  
            vilões	
  são	
  virtuais	
  (não	
  têm	
  existência	
  fora	
  
            do	
  software	
  instalado	
  e	
  da	
  mente	
  do	
  
            jogador	
  –	
  um	
  erro	
  numa	
  manobra	
  de	
  
            pilotagem	
  não	
  causa	
  desastres)	
  e,	
  no	
  
            entanto,	
  parecem-­‐nos	
  reais.	
  	
  

            O	
  mundo	
  em	
  que	
  vivemos	
  poderá	
  ser	
  	
  
            também	
  uma	
  criação	
  gerada	
  	
  
            pela	
  nossa	
  mente.	
  

                                                                             3
Filosofia, JB - 2010
Conhecimento, sujeito e objecto


        o	
  objecto	
                                o	
  sujeito	
  
 a	
  existência	
  de	
  algo	
  (real,	
       	
  existência	
  de	
  alguém	
  
 ou	
  virtual)	
  que	
  pode	
  ser	
          que	
  quer	
  conhecer	
  	
  
 investigado	
  	
  
                                                 é a entidade humana
 o	
  objecto	
  percebido	
  	
                 que, dotada
                                                 de capacidades
 ou	
  construído	
  pela	
  mente,	
            receptivas e cognitivas,
 isto	
  é,	
  aquilo	
  (coisa,	
  acção,	
     percepciona a realidade
 evento,	
  processo	
  interno	
  ou	
          e que se empenha
 externo	
  ao	
  corpo)	
  que,	
  sendo	
  
                                                 na investigação da
 percepcionado	
  pelo	
  sujeito,	
             parcela da realidade
 pode	
  ser	
  investigado	
  e	
               que designa por
 explicado	
  (ou	
  seja,	
  pode	
             objecto.
 constituir	
  o	
  objecto	
  de	
  
 conhecimento	
  	
  
 ou	
  objecto	
  de	
  estudo)	
                                                     4
                                                         Filosofia, JB - 2010
Conhecimento

            Há interpretações do mundo que
            não são muito fiáveis (crenças
            em sentido amplo) e outras que
            merecem a nossa confiança,
            porque estão justificadas.
            Por exemplo, não acreditamos
            que o nosso cérebro esteja fora
            do nosso corpo, mas há quem
            acredite que o Sol
            se move em volta da Terra.
            Podemos chamar conhecimento
            às interpretações não
            justificadas?
                                          5
Filosofia, JB - 2010
Epistemologia

       É preciso distinguir crença
       e conhecimento; mas o nosso
       problema não é discutir se
       acreditamos ou não, mas como é que
       justificamos a nossa crença. No
       domínio da Ciência e da Filosofia não
       basta acreditar (crer), é preciso
       justificar as crenças.
       É por isso que se pode dizer
       que a epistemologia é o estudo
       do conhecimento e a justificação
       da crença.
                                          6
Filosofia, JB - 2010
Epistemologia

            Platão pergunta «O que é o
            conhecimento (episteme)?» e
            procura debater a diferença entre
            crença, ou opinião (doxa), e
            conhecimento, definindo crença
            como um determinado ponto de
            vista subjectivo e conhecimento
            como crença verdadeira
            e justificada.
            justificação
            da crença.


                                           7
Filosofia, JB - 2010
Dúvida hiperbólica

Argumentos que fundam o acto de duvidar
 A experiência mostra que:

    Os	
  sentidos	
              Há	
  homens	
     Temos	
  dificuldade	
           Por	
  nos	
  
    podem	
  errar	
              que	
  erram	
     em	
  identificar	
  	
          enganarmos	
  	
  
    algumas	
  vezes,	
           mesmo	
  ao	
      a	
  verdade,	
  pois	
  	
     às	
  vezes,	
  não	
  
    logo,	
  não	
  são	
         raciocinar	
       às	
  vezes	
  não	
            sabemos	
  se	
  existe	
  
    dignos	
  de	
  crédito	
                        distinguimos	
  sonho	
         alguma	
  certeza	
  
    total	
  	
                                      e	
  realidade	
  



Conclusão	
  provisória:	
  todo	
  o	
  conhecimento	
  
pode	
  ser	
  falso,	
  por	
  isso,	
  vou	
  duvidar	
  de	
  tudo	
  
(dúvida	
  hiperbólica	
  –	
  global).	
  
Descoberta
da verdade

Ao usar a dúvida metódica, Descartes
descobre que ao duvidar está a pensar.
E afirma: «Se duvido, penso, e se penso,
existo.»
Eu penso, logo existo (cogito) é a primeira
e irrefutável certeza.
A certeza ou a indubitabilidade do cogito
resulta do modo como a apreendemos: impõe-
se-nos como evidente. E é evidente, porque
o percebemos com clareza e distintamente.
Critério de
verdade,

clareza e distinção
Descartes generalizou
a descoberta: tudo o que é
concebido muito claramente
e muito distintamente
tem a mesma evidência
que o cogito, logo,
é verdadeiro.
Da ideia de Deus
à existência de Deus


  Tenho	
  em	
  mim	
  a	
  ideia	
  de	
  um	
  ser	
  perfeito.	
  


   A ideia de um ser perfeito não pode ter
   origem em mim, porque sou imperfeito.


   Dado	
  que	
  conheço	
  perfeições	
  que	
  não	
  
   possuo,	
  tenho	
  de	
  aceitar	
  a	
  existência	
  de	
  um	
  
   Ser	
  que	
  seja	
  a	
  causa	
  de	
  mim	
  	
  
   e	
  da	
  ideia	
  que	
  tenho	
  d’Ele.	
  
Da existência de Deus
à existência do mundo
material
Uma vez que Deus é bom e perfeito, não nos engana.


  O	
  mundo	
  material	
  existe	
  e	
  é	
  de	
  natureza	
  
  diferente	
  do	
  pensamento	
  e	
  de	
  Deus.	
  	
            Deus	
  é	
  a	
  garantia	
  de	
  que	
  é	
  
  As	
  coisas	
  materiais	
  ocupam	
  espaço,	
                   verdadeiro	
  o	
  conhecimento	
  
  possuindo	
  características	
  quantificáveis.	
                   apreendido	
  com	
  evidência,	
  
                                                                     isto	
  é,	
  com	
  clareza	
  e	
  
  Se	
  não	
  partirmos	
  das	
  informações	
  sensoriais	
  
                                                                     distinção,	
  ou	
  deduzido	
  dele.	
  
  (por	
  vezes	
  enganadoras)	
  e	
  respeitarmos	
  	
  
  o	
  critério	
  de	
  evidência	
  podemos	
  conhecer.	
  
Dualismo
cartesiano
Admitida a existência do pensamento (res
cogitans, ou «coisa» que pensa), de Deus e do
mundo material (res extensa, ou «coisa» extensa),
Descartes considera que:




      o	
  pensamento,	
  ou	
  espírito,	
  
      ou,	
  ainda,	
  alma	
  (res	
  cogitans)	
  	
     o	
  ser	
  humano	
  é	
  constituído	
  
      é	
  diferente	
  e	
  distinto	
  	
                por	
  alma	
  e	
  corpo	
  –	
  	
  
      do	
  corpo	
  (res	
  extensa)	
                    o	
  dualismo	
  cartesiano	
  
A existência de
Deus e a verdade
racional
Uma vez que os sentidos nos
enganam (pelo menos, às vezes),

  o	
  conhecimento	
  
  não	
  pode	
  ter	
  	
     a	
  fonte	
  do	
  
  a	
  sua	
  fonte	
  	
      conhecimento	
  é	
     a	
  existência	
  da	
  
  na	
  informação	
           a	
  razão,	
           alma	
  e	
  de	
  Deus	
  é	
  
  sensorial	
                  racionalismo	
          mais	
  certa	
  do	
  que	
  	
  
                                                       a	
  existência	
  de	
  
                                                       coisas	
  exteriores	
  
Refutação
de Descartes


David Hume recusa a dúvida metódica cartesiana por:
 a considerar muito radical e inultrapassável
 pôr em causa os sentidos
Reconhece que os sentidos podem
enganar e que, por isso, a sua informação
deve ser apoiada com a razão.
Reconhece que o cepticismo moderado
é necessário à filosofia.
Sensação e razão

Hume argumenta que:

  a	
  confiança	
  nos	
  sentidos	
  é	
  uma	
  
                                                                 quando	
  somos	
  forçados	
  pelo	
  
  espécie	
  de	
  instinto	
  natural,	
  	
  
  que	
  nos	
  leva	
  a	
  admitir	
  a	
                      raciocínio	
  a	
  afastar-­‐nos	
  dos	
  instintos	
  
                                                                 da	
  natureza,	
  ficamos	
  numa	
  situação	
  
  existência	
  	
  
  de	
  um	
  mundo	
  exterior	
  à	
  nossa	
                  embaraçosa	
  	
  
  mente	
  (caso	
  das	
  casas	
  e	
  das	
  árvores)	
  

                                                               as	
  representações	
  existentes	
  na	
  mente	
  
   as	
  nossas	
  representações	
                            são	
  fornecidas	
  pelas	
  sensações	
  obtidas	
  
                                                               através	
  da	
  experiência,	
  não	
  podendo	
  ser	
  
   mentais	
  têm	
  origem	
  nas	
  
   sensações	
                                                 produzidas	
  pela	
  mente	
  ou	
  sugeridas	
  por	
  
                                                               outro	
  espírito	
  (Deus,	
  por	
  exemplo)	
  
Recusa
do racionalismo

Hume argumenta que:


    justificar	
  a	
  veracidade	
  dos	
  sentidos	
  a	
  partir	
  	
  
    de	
  Deus	
  conduziria	
  a	
  uma	
  conclusão	
  contrária	
  	
  
                                                                             a	
  fonte	
  das	
  ideias	
  
    ao	
  que	
  se	
  queria	
  demonstrar	
  
                                                                             reside	
  nos	
  
                                                                             sentidos	
  
      se	
  adoptarmos	
  a	
  opinião	
  racionalista,	
  
      apartamo-­‐nos	
  das	
  nossas	
  inclinações	
  
      naturais	
  e	
  não	
  conseguimos	
  satisfazer	
  	
  
      a	
  nossa	
  própria	
  exigência	
  racional	
  
Limites
do conhecimento


   todas as nossas ideias provêm dos sentidos
   não há impressões acerca de leis universais ou de
 relações necessárias entre dois fenómenos (relações de
 causalidade)
não podemos considerar o conhecimento
como absolutamente verdadeiro.
Por esta razão, Hume assume uma
perspectiva de cepticismo moderado,
rejeitando a atitude dogmática (própria
do realismo ingénuo do senso comum).
Duas Escolas em
confronto
 No início do século XVIII, há duas grandes correntes
 filosóficas acerca da origem do conhecimento:
   o racionalismo (exemplo, Descartes, que
  fundamenta e valida o conhecimento a partir
  da evidência racional do «eu penso»)
   o empirismo (exemplo, Hume, que
  fundamenta o conhecimento na experiência
  sensorial)
 Kant perguntou:
 poderão a razão e a experiência,
                                                 KANT
 consideradas em conjunto, explicar
                                                1724-1804
 melhor a complexidade do processo de
 conhecer?
Pontos de partida de Kant
Kant reconhece que o conhecimento implica:

  a	
  existência	
  de	
  informações	
  
  sensoriais	
  e	
  de	
  uma	
  capacidade	
                                                                                          que	
  só	
  percepcionamos	
  e	
  explicamos	
  
  (do	
  sujeito)	
  para	
  as	
  captar	
                                                                                             a	
  informação	
  sensorial	
  a	
  partir	
  	
  
                                                                                                                                        de	
  uma	
  «formatação»	
  	
  

   que	
  a	
  nossa	
  mente	
  não	
  é	
  
   uma	
  espécie	
  de	
  «cera»	
  
   passiva	
  que	
  se	
  limite	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
                     que	
  os	
  dispositivos	
  estruturais	
  da	
  razão	
  
   a	
  gravar	
  essas	
  informações	
                                                                                                condicionam	
  a	
  experiência,	
  
                                                                                                                                        influenciando	
  a	
  concepção	
  do	
  mundo	
  

    que	
  o	
  sujeito	
  é	
  um	
  conjunto	
  de	
  
    dispositivos	
  (formas	
  da	
  sensibilidade	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
    e	
  formas	
  do	
  entendimento)	
  que	
                                                                                          que	
  as	
  coisas	
  são	
  conhecidas	
  em	
  
    funcionam	
  como	
  um	
  programa	
  onde	
                                                                                        função	
  das	
  características	
  da	
  nossa	
  
    as	
  informações	
  são	
  recebidas	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
      estrutura	
  mental	
  
    e	
  interpretadas,	
  isto	
  é,	
  «formatadas»	
  
Duas fontes
do conhecimento
A tese defendida por Kant
na Crítica da razão pura é:
 o conhecimento resulta da
  aplicação de uma forma (conceitos a
  priori), produzida pelo entendimento,
  a uma matéria (fenómeno que é a
 posteriori
 e resulta do modo como a sensibilidade
 organiza as sensações)
                                          KANT, Crítica da razão pura
 o conhecimento tem, portanto, duas
  fontes independentes, uma
  racional
  e outra empírica
Argumentos de
Kant
Existem duas fontes do conhecimento:


  a	
  fonte	
  empírica:	
  	
  
  recebe	
  as	
  representações	
  sensíveis	
  	
                                a	
  sensação	
  é	
  o	
  elemento	
  
  (é	
  nela	
  que	
  o	
  objecto	
  percebido	
  	
                             empírico	
  do	
  conhecimento:	
  
  ou	
  construído	
  pela	
  mente,	
  é	
  dado	
  	
                            é	
  a	
  posteriori	
  
  ao	
  sujeito)	
  




    a	
  fonte	
  racional	
  (ou	
  pura):	
  	
                                  o	
  conceito	
  é	
  o	
  elemento	
  
    organiza	
  as	
  representações	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
     puro	
  do	
  conhecimento:	
  	
  
    (é	
  nela	
  que	
  o	
  objecto	
  percebido	
  é	
  
    pensado	
  mediante	
  os	
  conceitos)	
  
                                                                                   é	
  a	
  priori	
  
Argumentos de Kant

Características das faculdades que permitem ao
sujeito que o objecto lhe seja dado e o possa
pensar:

        o	
  conhecimento	
  resulta	
  da	
  colaboração	
  entre	
  a	
  sensibilidade	
  	
  
        e	
  o	
  entendimento.	
  Sem	
  a	
  sensibilidade	
  nenhum	
  objecto	
  nos	
  	
  
        é	
  dado;	
  sem	
  o	
  entendimento	
  nenhum	
  objecto	
  é	
  pensado	
  



        nenhuma	
  destas	
  faculdades	
  (sensibilidade	
  e	
  entendimento)	
  tem	
  
        primazia	
  sobre	
  a	
  outra:	
  o	
  conhecimento	
  não	
  é	
  possível	
  nem	
  
        válido	
  sem	
  a	
  existência	
  de	
  intuições	
  e	
  de	
  conceitos,	
  
        interligados:	
  «Pensamentos	
  sem	
  conteúdo	
  são	
  vazios;	
  
        intuições	
  sem	
  conceitos	
  são	
  cegas.»	
  (Kant)	
  
Apriorismo

Apriorismo é a concepção
segundo a qual
o conhecimento resulta
da aplicação de uma
forma,
a priori (conceitos puros,
ou categorias do entendimento)
a uma matéria, a posteriori
(as intuições sensíveis).
Apriorismo, racionalismo e
empirismo
Kant concorda com                                       Kant discorda dos:
os:
  racionalistas	
                                        racionalistas	
  
 a	
  razão	
  é	
  o	
  elemento	
  determinante	
      a	
  razão,	
  sem	
  o	
  contributo	
  da	
  experiência,	
  
 no	
  processo	
  de	
  conhecer	
                      não	
  pode	
  conhecer	
  o	
  mundo	
  


                                                         empiristas	
  
 empiristas	
                                            o	
  conhecimento	
  exige	
  que	
  o	
  sujeito	
  possua	
  formas	
  
 não	
  existe	
  conhecimento	
  sem	
  	
              a	
  priori	
  (da	
  sensibilidade)	
  para	
  receber	
  os	
  dados	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
 o	
  contributo	
  da	
  experiência	
                  da	
  experiência	
  e	
  formas	
  a	
  priori	
  (do	
  entendimento)	
  
                                                         para	
  organizar	
  os	
  dados	
  sensíveis	
  e	
  construir	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
                                                         o	
  objecto	
  do	
  conhecimento	
  



  O	
  conhecimento	
  é	
  uma	
  construção	
  mental	
  que	
  exige	
  dados	
  (a	
  posteriori)	
  	
  
  e	
  formas	
  (a	
  priori).	
  
nt   o
Con hecime




                          Mente
                                                    Descartes -   Hume




                                                     Kant

    Jorge Barbosa, 2010
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Estrutura do Acto de Conhecer - Resumo

  • 1. RESUMO Filosofia Psicologia, JB - 2010 Jorge Barbosa, 2010 1
  • 2. Saber  se  o  mundo  exterior  é   real    e  qual  a  consciência  e  o   conhecimento  que  temos   dele  é  um  dos  problemas   fundamentais  acerca  do   processo  de  recolha  e   tratamento  de  informação  a   que  chamamos   conhecimento.   Filosofia, JB - 2010 2
  • 3. Que Conhecemos? A  simulação  tecnológica  de  situações  reais   reforça  as  dúvidas  sobre  a  existência  do   mundo  exterior.   Nos  jogos  digitais  ou  em  instrução  num   simulador  de  voo,  os  cenários,  os  heróis  e   vilões  são  virtuais  (não  têm  existência  fora   do  software  instalado  e  da  mente  do   jogador  –  um  erro  numa  manobra  de   pilotagem  não  causa  desastres)  e,  no   entanto,  parecem-­‐nos  reais.     O  mundo  em  que  vivemos  poderá  ser     também  uma  criação  gerada     pela  nossa  mente.   3 Filosofia, JB - 2010
  • 4. Conhecimento, sujeito e objecto o  objecto   o  sujeito   a  existência  de  algo  (real,    existência  de  alguém   ou  virtual)  que  pode  ser   que  quer  conhecer     investigado     é a entidade humana o  objecto  percebido     que, dotada de capacidades ou  construído  pela  mente,   receptivas e cognitivas, isto  é,  aquilo  (coisa,  acção,   percepciona a realidade evento,  processo  interno  ou   e que se empenha externo  ao  corpo)  que,  sendo   na investigação da percepcionado  pelo  sujeito,   parcela da realidade pode  ser  investigado  e   que designa por explicado  (ou  seja,  pode   objecto. constituir  o  objecto  de   conhecimento     ou  objecto  de  estudo)   4 Filosofia, JB - 2010
  • 5. Conhecimento Há interpretações do mundo que não são muito fiáveis (crenças em sentido amplo) e outras que merecem a nossa confiança, porque estão justificadas. Por exemplo, não acreditamos que o nosso cérebro esteja fora do nosso corpo, mas há quem acredite que o Sol se move em volta da Terra. Podemos chamar conhecimento às interpretações não justificadas? 5 Filosofia, JB - 2010
  • 6. Epistemologia É preciso distinguir crença e conhecimento; mas o nosso problema não é discutir se acreditamos ou não, mas como é que justificamos a nossa crença. No domínio da Ciência e da Filosofia não basta acreditar (crer), é preciso justificar as crenças. É por isso que se pode dizer que a epistemologia é o estudo do conhecimento e a justificação da crença. 6 Filosofia, JB - 2010
  • 7. Epistemologia Platão pergunta «O que é o conhecimento (episteme)?» e procura debater a diferença entre crença, ou opinião (doxa), e conhecimento, definindo crença como um determinado ponto de vista subjectivo e conhecimento como crença verdadeira e justificada. justificação da crença. 7 Filosofia, JB - 2010
  • 8. Dúvida hiperbólica Argumentos que fundam o acto de duvidar A experiência mostra que: Os  sentidos   Há  homens   Temos  dificuldade   Por  nos   podem  errar   que  erram   em  identificar     enganarmos     algumas  vezes,   mesmo  ao   a  verdade,  pois     às  vezes,  não   logo,  não  são   raciocinar   às  vezes  não   sabemos  se  existe   dignos  de  crédito   distinguimos  sonho   alguma  certeza   total     e  realidade   Conclusão  provisória:  todo  o  conhecimento   pode  ser  falso,  por  isso,  vou  duvidar  de  tudo   (dúvida  hiperbólica  –  global).  
  • 9. Descoberta da verdade Ao usar a dúvida metódica, Descartes descobre que ao duvidar está a pensar. E afirma: «Se duvido, penso, e se penso, existo.» Eu penso, logo existo (cogito) é a primeira e irrefutável certeza. A certeza ou a indubitabilidade do cogito resulta do modo como a apreendemos: impõe- se-nos como evidente. E é evidente, porque o percebemos com clareza e distintamente.
  • 10. Critério de verdade, clareza e distinção Descartes generalizou a descoberta: tudo o que é concebido muito claramente e muito distintamente tem a mesma evidência que o cogito, logo, é verdadeiro.
  • 11. Da ideia de Deus à existência de Deus Tenho  em  mim  a  ideia  de  um  ser  perfeito.   A ideia de um ser perfeito não pode ter origem em mim, porque sou imperfeito. Dado  que  conheço  perfeições  que  não   possuo,  tenho  de  aceitar  a  existência  de  um   Ser  que  seja  a  causa  de  mim     e  da  ideia  que  tenho  d’Ele.  
  • 12. Da existência de Deus à existência do mundo material Uma vez que Deus é bom e perfeito, não nos engana. O  mundo  material  existe  e  é  de  natureza   diferente  do  pensamento  e  de  Deus.     Deus  é  a  garantia  de  que  é   As  coisas  materiais  ocupam  espaço,   verdadeiro  o  conhecimento   possuindo  características  quantificáveis.   apreendido  com  evidência,   isto  é,  com  clareza  e   Se  não  partirmos  das  informações  sensoriais   distinção,  ou  deduzido  dele.   (por  vezes  enganadoras)  e  respeitarmos     o  critério  de  evidência  podemos  conhecer.  
  • 13. Dualismo cartesiano Admitida a existência do pensamento (res cogitans, ou «coisa» que pensa), de Deus e do mundo material (res extensa, ou «coisa» extensa), Descartes considera que: o  pensamento,  ou  espírito,   ou,  ainda,  alma  (res  cogitans)     o  ser  humano  é  constituído   é  diferente  e  distinto     por  alma  e  corpo  –     do  corpo  (res  extensa)   o  dualismo  cartesiano  
  • 14. A existência de Deus e a verdade racional Uma vez que os sentidos nos enganam (pelo menos, às vezes), o  conhecimento   não  pode  ter     a  fonte  do   a  sua  fonte     conhecimento  é   a  existência  da   na  informação   a  razão,   alma  e  de  Deus  é   sensorial   racionalismo   mais  certa  do  que     a  existência  de   coisas  exteriores  
  • 15. Refutação de Descartes David Hume recusa a dúvida metódica cartesiana por:  a considerar muito radical e inultrapassável  pôr em causa os sentidos Reconhece que os sentidos podem enganar e que, por isso, a sua informação deve ser apoiada com a razão. Reconhece que o cepticismo moderado é necessário à filosofia.
  • 16. Sensação e razão Hume argumenta que: a  confiança  nos  sentidos  é  uma   quando  somos  forçados  pelo   espécie  de  instinto  natural,     que  nos  leva  a  admitir  a   raciocínio  a  afastar-­‐nos  dos  instintos   da  natureza,  ficamos  numa  situação   existência     de  um  mundo  exterior  à  nossa   embaraçosa     mente  (caso  das  casas  e  das  árvores)   as  representações  existentes  na  mente   as  nossas  representações   são  fornecidas  pelas  sensações  obtidas   através  da  experiência,  não  podendo  ser   mentais  têm  origem  nas   sensações   produzidas  pela  mente  ou  sugeridas  por   outro  espírito  (Deus,  por  exemplo)  
  • 17. Recusa do racionalismo Hume argumenta que: justificar  a  veracidade  dos  sentidos  a  partir     de  Deus  conduziria  a  uma  conclusão  contrária     a  fonte  das  ideias   ao  que  se  queria  demonstrar   reside  nos   sentidos   se  adoptarmos  a  opinião  racionalista,   apartamo-­‐nos  das  nossas  inclinações   naturais  e  não  conseguimos  satisfazer     a  nossa  própria  exigência  racional  
  • 18. Limites do conhecimento   todas as nossas ideias provêm dos sentidos   não há impressões acerca de leis universais ou de relações necessárias entre dois fenómenos (relações de causalidade) não podemos considerar o conhecimento como absolutamente verdadeiro. Por esta razão, Hume assume uma perspectiva de cepticismo moderado, rejeitando a atitude dogmática (própria do realismo ingénuo do senso comum).
  • 19. Duas Escolas em confronto No início do século XVIII, há duas grandes correntes filosóficas acerca da origem do conhecimento:   o racionalismo (exemplo, Descartes, que fundamenta e valida o conhecimento a partir da evidência racional do «eu penso»)   o empirismo (exemplo, Hume, que fundamenta o conhecimento na experiência sensorial) Kant perguntou: poderão a razão e a experiência, KANT consideradas em conjunto, explicar 1724-1804 melhor a complexidade do processo de conhecer?
  • 20. Pontos de partida de Kant Kant reconhece que o conhecimento implica: a  existência  de  informações   sensoriais  e  de  uma  capacidade   que  só  percepcionamos  e  explicamos   (do  sujeito)  para  as  captar   a  informação  sensorial  a  partir     de  uma  «formatação»     que  a  nossa  mente  não  é   uma  espécie  de  «cera»   passiva  que  se  limite                                           que  os  dispositivos  estruturais  da  razão   a  gravar  essas  informações   condicionam  a  experiência,   influenciando  a  concepção  do  mundo   que  o  sujeito  é  um  conjunto  de   dispositivos  (formas  da  sensibilidade                         e  formas  do  entendimento)  que   que  as  coisas  são  conhecidas  em   funcionam  como  um  programa  onde   função  das  características  da  nossa   as  informações  são  recebidas                                               estrutura  mental   e  interpretadas,  isto  é,  «formatadas»  
  • 21. Duas fontes do conhecimento A tese defendida por Kant na Crítica da razão pura é:  o conhecimento resulta da aplicação de uma forma (conceitos a priori), produzida pelo entendimento, a uma matéria (fenómeno que é a posteriori e resulta do modo como a sensibilidade organiza as sensações) KANT, Crítica da razão pura  o conhecimento tem, portanto, duas fontes independentes, uma racional e outra empírica
  • 22. Argumentos de Kant Existem duas fontes do conhecimento: a  fonte  empírica:     recebe  as  representações  sensíveis     a  sensação  é  o  elemento   (é  nela  que  o  objecto  percebido     empírico  do  conhecimento:   ou  construído  pela  mente,  é  dado     é  a  posteriori   ao  sujeito)   a  fonte  racional  (ou  pura):     o  conceito  é  o  elemento   organiza  as  representações                       puro  do  conhecimento:     (é  nela  que  o  objecto  percebido  é   pensado  mediante  os  conceitos)   é  a  priori  
  • 23. Argumentos de Kant Características das faculdades que permitem ao sujeito que o objecto lhe seja dado e o possa pensar: o  conhecimento  resulta  da  colaboração  entre  a  sensibilidade     e  o  entendimento.  Sem  a  sensibilidade  nenhum  objecto  nos     é  dado;  sem  o  entendimento  nenhum  objecto  é  pensado   nenhuma  destas  faculdades  (sensibilidade  e  entendimento)  tem   primazia  sobre  a  outra:  o  conhecimento  não  é  possível  nem   válido  sem  a  existência  de  intuições  e  de  conceitos,   interligados:  «Pensamentos  sem  conteúdo  são  vazios;   intuições  sem  conceitos  são  cegas.»  (Kant)  
  • 24. Apriorismo Apriorismo é a concepção segundo a qual o conhecimento resulta da aplicação de uma forma, a priori (conceitos puros, ou categorias do entendimento) a uma matéria, a posteriori (as intuições sensíveis).
  • 25. Apriorismo, racionalismo e empirismo Kant concorda com Kant discorda dos: os: racionalistas   racionalistas   a  razão  é  o  elemento  determinante   a  razão,  sem  o  contributo  da  experiência,   no  processo  de  conhecer   não  pode  conhecer  o  mundo   empiristas   empiristas   o  conhecimento  exige  que  o  sujeito  possua  formas   não  existe  conhecimento  sem     a  priori  (da  sensibilidade)  para  receber  os  dados                         o  contributo  da  experiência   da  experiência  e  formas  a  priori  (do  entendimento)   para  organizar  os  dados  sensíveis  e  construir                         o  objecto  do  conhecimento   O  conhecimento  é  uma  construção  mental  que  exige  dados  (a  posteriori)     e  formas  (a  priori).  
  • 26. nt o Con hecime Mente Descartes - Hume Kant Jorge Barbosa, 2010 Psicologia, JB - 2010 26