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VIII ENCONTRO CONCELHIO DE BIBLIOTECAS ESCOLARES DE LEIRIA
FITAS NA ESCOLA CINEMA & BIBLIOTECAS
(Leiria, 12 de novembro de 2015)
Sessão de abertura
(Imagem projetada durante da locução)
Caros colegas, uma breve ressalva antes de
vos dizer uma curtas palavras sobre
cinema, bibliotecas e educação. Vou usar o
conceito de cinema, em sentido amplo, por
pura conveniência, falo pois de
documentários, videos, filmes, séries… e a
visão que vou apresentar é a de alguém
que nos últimos 15 anos tem acompanhado
e vivido de muito perto a implementação da
tecnologia na nossa escola como mais um
recurso… tendo em vista a mudança de
práticas. Falo essencialmente de cinema na
escola e em casa.
Dito isto, gostava de vos recordar que a
época de ouro do cinema, entre nós, no que
à frequência das salas de cinema respeita,
segundo dados da PORDATA, aconteceu
nas décadas 60, 70 e 80 do século XX (3 espetadores por mil habitantes), em 2014 foi de 1.1
espetadores por mil habitantes!
Desde aí e mercê da implantação crescente da Televisão na sociedade portuguesa, assistiu-se à
diminuição dos espectadores nas salas de cinema. É um facto.
Todavia, quero crer que nunca se viram tanto filmes…
O sucesso da Televisão é crescente e esmagador. Na última década do século XX e na primeira
do século XXI os jovens, os estudantes, passam mais horas à frente do televisor do que na sala
de aula.
Falava-se então da escola paralela, dos problemas que levantava ao ensino formal, e os
estudiosos chamavam a atenção para a necessidade de mediação que a escola devia levar à
prática para contrariar essa influência, isto é usar os conteúdos multimédia, usar a televisão, os
conteúdos televisivos, desmontar esta forma de linguagem no processo de ensino e
aprendizagem… em todas as áreas disciplinares, na sala de aula. Muito poucos o fizeram. As
bibliotecas tinham filmes em VHS, reprodutores de vídeo, televisores, e os alunos podiam ver
filmes e documentários, mas tudo isto de forma esporádica e sem seguimento.
A Televisão era como hoje um meio relativamente barato e existia nas escolas. Existiam também
os videogravadores… lembram-se? Apesar disto a escola, conservadora como qualquer outra
instituição ofereceu resistência, e não ensinou com a televisão nem para a televisão… e o
resultado está bem patente na sociedade contemporânea: temos falta de consciência crítica,
falta de rigor, somos pouco dados à reflexão e ao exercício da cidadania.
Jorge Borges Página de1 3
A Internet, os ecrãs, as redes sociais, o som e a imagem tomaram conta do nosso quotidiano, a
forma de comunicar, de ver TV, de ouvir música (Spotify, iTunes, Youtube) alterou-se radicalmente,
sobretudo na população jovem.
O som, a imagem e o virtual (já indissociável do mundo físico) dominam a comunicação diária:
Whtasapp, Instagram e Vine, redes sociais, são exemplos desta nova linguagem… que a escola
tarda em aceitar, em incorporar e em descodificar criticamente. São novas formas de dizer de
mostrar e de ser.
Cabe lembrar o que diz Marshal MacLuhan a este propósito: "O meio é a linguagem".
Hoje, os nossos jovens já não veem televisão de forma linear. Veem o que querem, séries, filmes,
vídeos no Youtube, à hora que querem, no computador, no tablet ou na televisão. Sempre ligados
à Internet. A indústria sabe disso e responde aos seus anseios… é por isso que serviços como a
Netflix, a APPLE TV crescem no mundo, e as operadoras respondem e posicionam-se para entrar
no jogo.
O cinema mudou-se. Para a Televisão primeiro, para a Internet, agora!
O saber informal continua a sobrepor-se, mais do que nunca, ao saber sistematizado e formal da
escola, que tarda em fazer a mediação que se exige, perdendo a oportunidade de virar o jogo a
seu favor.
Os decisores políticos mostraram estar cientes desta problemática. Foram feitos vultuosos
investimentos nas escolas, em instalações, bibliotecas, auditórios… em tecnologia: na rede de
ligação à Internet e em plataformas web. Em formação de professores… Com que resultados?
Com que consequências?
É neste quadro que a Biblioteca Escolar se deve assumir como centro difusor de saber e fazer a
diferença.
Organizada em rede, com os parceiros certos (como o Plano Nacional de Leitura, Plano Nacional
de Cinema, Centros de Competência e outros…) é, na minha opinião, a estrutura do MEC melhor
capacitada e posicionada para levar a cabo esta tarefa.
Para já e no sentido de responder à necessidade formativa, que favorece a mudança de práticas
na Escola, a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) tem em curso a aplicação, num conjunto de
escolas piloto, do referencial Aprender com a biblioteca escolar (AcBE), mediante o qual as
literacias da leitura, dos media e da informação, são trabalhadas com alunos e docentes e o uso
das tecnologias digitais é estimulado… gradualmente será otimizado e alargado às demais.
Para concluir, lanço aqui algumas ideias, fáceis de concretizar e que aplicadas na escola/
agrupamento contribuiriam, por si só, para ajudar os alunos a usar bem a tecnologia, a
descodificar linguagens díspares, a compreendê-las, a selecioná-las e a usá-las em seu benefício:
Dar uso ao auditório da escola, dar o palco ao aluno,
Apresentação de trabalhos? Porque não ir para o auditório? Porque não deixar a organização dos
trabalhos aos alunos? Porque não registar em video as apresentações e vê-las posteriormente e
de forma crítica? Desta forma habituamos os alunos a falar em público, para uma plateia.
Clubes de leitura, comunidades de leitura, porque não juntar-lhes a leitura do filme, do
documentário ou do vídeo?
Jorge Borges Página de2 3
Porque não passar, o estudante, de espectador, de leitor, a produtor de conteúdos? de livros,
artigos, ensaios, pequenos filmes?
Porque não filmar um debate, em sala de aula, e visioná-lo criticamente mais tarde, na biblioteca?
Porque não articular estas atividades com eventuais clubes de radio, televisão, banda desenhada,
ou outras que existam na escola/ agrupamento?
Porque não organizar ciclos de cinema?
Porque não contribuir para a criação de um clima, de um ambiente na escola que valorize e
celebre o saber, usando para tal os ecrãs espalhados pela escola, para, em vez de mostrar a
programação de um ou outro canal televisivo, mostrar antes apresentações de alunos a falar de
temáticas das diversas áreas disciplinares?
O António, o José, e o colega destes, a falar de um filme, de um livro, de um problema
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Jorge Borges Página de3 3

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VIII Encontro Concelhio de Bibliotecas Escolares de Leiria: Cinema e Bibliotecas na Escola

  • 1. VIII ENCONTRO CONCELHIO DE BIBLIOTECAS ESCOLARES DE LEIRIA FITAS NA ESCOLA CINEMA & BIBLIOTECAS (Leiria, 12 de novembro de 2015) Sessão de abertura (Imagem projetada durante da locução) Caros colegas, uma breve ressalva antes de vos dizer uma curtas palavras sobre cinema, bibliotecas e educação. Vou usar o conceito de cinema, em sentido amplo, por pura conveniência, falo pois de documentários, videos, filmes, séries… e a visão que vou apresentar é a de alguém que nos últimos 15 anos tem acompanhado e vivido de muito perto a implementação da tecnologia na nossa escola como mais um recurso… tendo em vista a mudança de práticas. Falo essencialmente de cinema na escola e em casa. Dito isto, gostava de vos recordar que a época de ouro do cinema, entre nós, no que à frequência das salas de cinema respeita, segundo dados da PORDATA, aconteceu nas décadas 60, 70 e 80 do século XX (3 espetadores por mil habitantes), em 2014 foi de 1.1 espetadores por mil habitantes! Desde aí e mercê da implantação crescente da Televisão na sociedade portuguesa, assistiu-se à diminuição dos espectadores nas salas de cinema. É um facto. Todavia, quero crer que nunca se viram tanto filmes… O sucesso da Televisão é crescente e esmagador. Na última década do século XX e na primeira do século XXI os jovens, os estudantes, passam mais horas à frente do televisor do que na sala de aula. Falava-se então da escola paralela, dos problemas que levantava ao ensino formal, e os estudiosos chamavam a atenção para a necessidade de mediação que a escola devia levar à prática para contrariar essa influência, isto é usar os conteúdos multimédia, usar a televisão, os conteúdos televisivos, desmontar esta forma de linguagem no processo de ensino e aprendizagem… em todas as áreas disciplinares, na sala de aula. Muito poucos o fizeram. As bibliotecas tinham filmes em VHS, reprodutores de vídeo, televisores, e os alunos podiam ver filmes e documentários, mas tudo isto de forma esporádica e sem seguimento. A Televisão era como hoje um meio relativamente barato e existia nas escolas. Existiam também os videogravadores… lembram-se? Apesar disto a escola, conservadora como qualquer outra instituição ofereceu resistência, e não ensinou com a televisão nem para a televisão… e o resultado está bem patente na sociedade contemporânea: temos falta de consciência crítica, falta de rigor, somos pouco dados à reflexão e ao exercício da cidadania. Jorge Borges Página de1 3
  • 2. A Internet, os ecrãs, as redes sociais, o som e a imagem tomaram conta do nosso quotidiano, a forma de comunicar, de ver TV, de ouvir música (Spotify, iTunes, Youtube) alterou-se radicalmente, sobretudo na população jovem. O som, a imagem e o virtual (já indissociável do mundo físico) dominam a comunicação diária: Whtasapp, Instagram e Vine, redes sociais, são exemplos desta nova linguagem… que a escola tarda em aceitar, em incorporar e em descodificar criticamente. São novas formas de dizer de mostrar e de ser. Cabe lembrar o que diz Marshal MacLuhan a este propósito: "O meio é a linguagem". Hoje, os nossos jovens já não veem televisão de forma linear. Veem o que querem, séries, filmes, vídeos no Youtube, à hora que querem, no computador, no tablet ou na televisão. Sempre ligados à Internet. A indústria sabe disso e responde aos seus anseios… é por isso que serviços como a Netflix, a APPLE TV crescem no mundo, e as operadoras respondem e posicionam-se para entrar no jogo. O cinema mudou-se. Para a Televisão primeiro, para a Internet, agora! O saber informal continua a sobrepor-se, mais do que nunca, ao saber sistematizado e formal da escola, que tarda em fazer a mediação que se exige, perdendo a oportunidade de virar o jogo a seu favor. Os decisores políticos mostraram estar cientes desta problemática. Foram feitos vultuosos investimentos nas escolas, em instalações, bibliotecas, auditórios… em tecnologia: na rede de ligação à Internet e em plataformas web. Em formação de professores… Com que resultados? Com que consequências? É neste quadro que a Biblioteca Escolar se deve assumir como centro difusor de saber e fazer a diferença. Organizada em rede, com os parceiros certos (como o Plano Nacional de Leitura, Plano Nacional de Cinema, Centros de Competência e outros…) é, na minha opinião, a estrutura do MEC melhor capacitada e posicionada para levar a cabo esta tarefa. Para já e no sentido de responder à necessidade formativa, que favorece a mudança de práticas na Escola, a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) tem em curso a aplicação, num conjunto de escolas piloto, do referencial Aprender com a biblioteca escolar (AcBE), mediante o qual as literacias da leitura, dos media e da informação, são trabalhadas com alunos e docentes e o uso das tecnologias digitais é estimulado… gradualmente será otimizado e alargado às demais. Para concluir, lanço aqui algumas ideias, fáceis de concretizar e que aplicadas na escola/ agrupamento contribuiriam, por si só, para ajudar os alunos a usar bem a tecnologia, a descodificar linguagens díspares, a compreendê-las, a selecioná-las e a usá-las em seu benefício: Dar uso ao auditório da escola, dar o palco ao aluno, Apresentação de trabalhos? Porque não ir para o auditório? Porque não deixar a organização dos trabalhos aos alunos? Porque não registar em video as apresentações e vê-las posteriormente e de forma crítica? Desta forma habituamos os alunos a falar em público, para uma plateia. Clubes de leitura, comunidades de leitura, porque não juntar-lhes a leitura do filme, do documentário ou do vídeo? Jorge Borges Página de2 3
  • 3. Porque não passar, o estudante, de espectador, de leitor, a produtor de conteúdos? de livros, artigos, ensaios, pequenos filmes? Porque não filmar um debate, em sala de aula, e visioná-lo criticamente mais tarde, na biblioteca? Porque não articular estas atividades com eventuais clubes de radio, televisão, banda desenhada, ou outras que existam na escola/ agrupamento? Porque não organizar ciclos de cinema? Porque não contribuir para a criação de um clima, de um ambiente na escola que valorize e celebre o saber, usando para tal os ecrãs espalhados pela escola, para, em vez de mostrar a programação de um ou outro canal televisivo, mostrar antes apresentações de alunos a falar de temáticas das diversas áreas disciplinares? O António, o José, e o colega destes, a falar de um filme, de um livro, de um problema matemático, de uma experiência no laboratório? Hoje é tão fácil fazê-lo. A propósito... já viram, conhecem os booktubers? Obrigado! Jorge Borges Página de3 3