2. GRUPO
• Pedro Henrique Costa Belo
• Jefferson Ferreira Torres Bessa
• Heloisa Bezerra Oliveira da Silva
3. INTRODUÇÃO
• Buscando uma maior penetração no mercado de desenvolvimento de
software, diversas corporações começaram a fazer grandes investimentos
para desenvolver sistemas diferenciados com mais qualidade. Para isto,
investiu-se também na melhoria no processo de desenvolvimento do
software e passou-se a buscar a adoção de modelos de qualidade de
software com reconhecimento internacional que possam certificar a
empresa de que os sistemas por elas desenvolvidos são sinônimos de
qualidade.
• Este seminário tem como objetivo apresentar dois modelos de qualidade
adotados no Brasil e que tem se destacado de formas distintas, o CMMI
(Capability Maturity Model Integration) e o MPS.BR (Melhoria do Processo de
Software Brasileiro).
4. CMMI
• O CMMI (Capability Maturity Model Integration) é um conjunto de modelos
integrados de maturidade e capacidade para diversas disciplinas, tais como:
engenharia de software e sistemas, fontes de aquisição e desenvolvimento
integrado do produto. Desenvolvido pelo SEI (Software Engineering Institute)
da Universidade Carnegie Mellon, o CMMI é uma evolução do CMM e
procura estabelecer um modelo único para o processo de melhoria
corporativo, integrando diferentes modelos e disciplinas e sendo baseado
nas melhores práticas para desenvolvimento e manutenção de produtos
• O CMMI permite que o processo de desenvolvimento de software evolua ou
ganhe maturidade de forma gradual, por patamares de maturidade. Essa
progressão permite que o software seja produzido de forma sistemática,
dentro dos prazos pré-definidos e com níveis de qualidade que também são
preestabelecidos e controlados. Com este modelo, tem-se um processo
mensurável, gerenciável e controlável.
5. CMMI
• O CMMI é o resultado da junção de várias avaliações CMM, englobando as
áreas de software, hardware, recursos humanos e processos. O CMM surgiu
durante a década de 1980 como um modelo para avaliação de risco na
contratação de empresas de software pelo Departamento de Defesa dos
Estados Unidos que desejava ser capaz de avaliar os processos de
desenvolvimento utilizados pelas empresas que concorriam em licitações
como indicação da previsibilidade da qualidade, custos e prazos nos
projetos contratados. Para desenvolver esse modelo, o DOD, junto com a
Universidade Carnegie Mellon, criou o SEI (Software Engineering Institute), o
qual além de ser responsável pela evolução da família CMM, realiza diversas
outras pesquisas na área de Engenharia de Software.
• O CMMI foi construído considerando três dimensões principais: pessoas,
ferramentas e procedimentos. O processo serve para unir essas dimensões.
6. VANTAGENS (CMMI)
• Desenvolvimento de software com qualidade, garantindo o cumprimento
dos prazos e atendendo as necessidades do cliente, deixando-o mais
satisfeito com o produto.
• Eliminação de inconsistências e redução de duplicidade;
• Utilização de terminologia comum e estilo consistente;
• Consistências com a norma ISO/SEC 15504
7. MPS.BR
• É simultaneamente um movimento de melhoria do software brasileiro e um
modelo de qualidade de processos voltados para a realidade brasileira. O
programa é coordenado pela Associação para Promoção do Software
Brasileiro (SOFTEX) e começou a ser desenvolvido em 2003, como uma forma
de auxiliar as pequenas e médias empresas brasileiras a alcançar a
qualidade no desenvolvimento de software.
8. VANTAGENS (MPS.BR)
• Possui sete níveis de maturidade, onde a implantação é mais gradual e
adequada a pequenas e médias empresas
• Possui compatibilidade com CMMI, pois é baseado nas normas ISO/IEC 1220
e ISO/IEC 15504 (regra que define o processo de desenvolvimento de
software).
• Avaliação bienal das empresas.
• Integração universidade-empresa.
9. NÍVEIS DE MATURIDADE (CMMI)
• O CMMI possui duas representações: “Contínua" ou “Por Estágios“.
• Representação Por Estágios: Disponibiliza uma seqüência pré-determinada
para melhoria baseada em estágios que não deve ser desconsiderada, pois
cada estágio serve de base para o próximo.
• Nível 1 – Inicial: Processo de software caracterizado como “ad hoc”. Poucos
processos de desenvolvimento definidos e o sucesso depende de esforço
individual.
• Nível 2 – Repetível: As políticas de gerencia de desenvolvimento de software
são definidas e seguidas. É o nível mais difícil de alcançar por ser uma quebra
de paradigma.
• Nível 3 – Definido: O processo básico de software para as atividades de
gestão e engenharia é documentado, padronizado e integrado em um
processo de software padrão para organização.
10. NÍVEIS DE MATURIDADE (CMMI)
• Nível 4 – Gerenciado: Medidas detalhadas do processo de software e da
qualidade do produto são realizadas. O processo e os produtos de software
e da qualidade do produto são quantitativamente compreendidos e
controlados.
• Nível 5 – Otimização: A melhoria continua do processo é proporcionada pelo
feedback quantitativo do processo e pelas ideias e tecnologias inovadoras.
• Nesta representação a maturidade é medida por um conjunto de processos.
Assim, é necessário que todos os processos atinjam nível de maturidade dois
para que a empresa seja certificada com nível dois. Se quase todos os
processos forem nível três, mas apenas um deles estiver no nível dois a
empresa não irá conseguir obter o nível de maturidade três.
12. NÍVEIS DE MATURIDADE (CMMI)
• Representação Contínua: Possibilita à organização utilizar a ordem de
melhoria que melhor atende os objetivos de negócio da empresa. É
caracterizado por Níveis de Capacidade (Capability Levels):
• No nível 1 (um) o processo é executado de modo a completar o trabalho
necessário para a execução de um processo.
• No nível 2 (dois) é sobre planejar a execução e confrontar o executado
contra o que foi planejado.
• No nível 3 (três) o processo é construído sobre as diretrizes do processo
existente, e é mantido uma descrição do processo.
• No nível 4 (quatro) é quando o processo é gerenciado quantitativamente
através de estatísticas e outras técnicas.
• No nível 5 (cinco) o processo gerido quantitativamente é alterado e
adaptado para atender às necessidades negociais/estratégicas da
empresa.
13. NÍVEIS DE MATURIDADE (CMMI)
• A Representação Contínua é indicada quando a empresa deseja tornar
apenas alguns processos mais maduros, quando já utiliza algum modelo de
maturidade contínua ou quando não pretende usar a maturidade
alcançada como modelo de comparação com outras empresas.
• A Representação Por Estágios é indicada quando a empresa já utiliza algum
modelo de maturidade por estágios, quando deseja utilizar o nível de
maturidade alcançado para comparação com outras empresas ou quando
pretende usar o nível de conhecimento obtido por outros para sua área de
atuação.
14. NÍVEIS DE MATURIDADE (MPS.BR)
• Possui 7 níveis de maturidade onde a implantação é mais gradual e
adaptada a realidade das empresas Brasileiras.
• A - Em Otimização;
• B - Gerenciado quantitativamente;
• C - Definido;
• D - Largamente Definido;
• E - Parcialmente Definido;
• F - Gerenciado;
• G - Parcialmente Gerenciado.
16. NÍVEIS DE MATURIDADE (MPS.BR)
• Cada nível de maturidade possui suas áreas de processos, onde são
analisados os processos fundamentais (todos os processos que envolvem a
elaboração dos requisitos e implantação do sistema), processos
organizacionais (processos pertinentes a gerencia e organização da
estrutura organizacional) e os processos de apoio (qualidade, configuração,
validação e treinamento).
• Em seguida vem a Capacidade, onde são obtidos os resultados dos
processos analisados, onde cada nível de maturidade possui um número
definido de capacidades a serem vistos. Para alcançar um nível de
maturidade é necessário que os atributos dos processos (AP) sejam
atendidos.
17. NÍVEIS DE MATURIDADE (MPS.BR)
• AP 1.1 - O processo é executado;
• AP 2.1 - O processo é gerenciado;
• AP 2.2 - Os produtos de trabalho do processo são gerenciados;
• AP 3.1 - O processo é definido;
• AP 3.2 - O processo está implementado;
• AP 4.1 - O processo é medido;
• AP 4.2 - O processo é controlado;
• AP 5.1 - O processo é objeto de inovações;
• AP 5.2 - O processo é otimizado continuamente.
18. COMPARAÇÃO DE NÍVEIS DE
MATURIDADE
• Apesar da divisão em estágios ser baseada nos níveis de maturidade do
CMMI, os níveis do MPS.BR tem uma graduação diferente para possibilitar a
implementação e avaliação mais adequada às micro, pequenas e médias
empresas. Essa divisão em níveis também possibilita a visibilidade dos
resultados de melhoria de processos em prazos mais curtos
• (SOFTEX, 2009) afirma que pode ser feita uma correspondência entre os níveis
de maturidade do MPS.BR e do CMMI. A figura a seguir ilustra a relação entre
os níveis dos dois modelos de melhoria de processo.
20. CUSTO MÉDIO PARA EMPRESAS
SEGUIREM ESTES MODELOS
• Porque o número de empresas brasileiras que possuem CMMI é tão
pequeno?
• Temos mais de 4.000 empresas de software e menos de 10% destas empresas
passaram por uma avaliação CMMI ou MPS.Br
• Onde está o fator limitador para as empresas obterem o CMMI ou MPS.Br?
21. CUSTO MÉDIO PARA EMPRESAS
SEGUIREM ESTES MODELOS
• Pequeno porte (até 100 funcionários ) e faturamento abaixo de R$ 50
milhões.
• Médio porte (até 500 funcionários) e faturamento de R$ 50 a R$ 100 milhões.
• Grande porte (acima de 500 funcionários) e faturamento acima de R$ 100
milhões.
22. CUSTO MÉDIO PARA EMPRESAS
SEGUIREM ESTES MODELOS
• Pequeno Porte - Principais fatores limitadores para implantação do CMMI:
• Falta de recursos financeiros.
• Falta de mão de obra especializada.
• Resistência a mudanças culturais (problemas com a institucionalização).
23. CUSTO MÉDIO PARA EMPRESAS
SEGUIREM ESTES MODELOS
• Médio Porte - Principais fatores limitadores para implantação do CMMI:
• Falta de mão de obra especializada.
• Prioridade para o “manter”, pouco foco no “empreender”.
• Gestores despreparados, muitas vezes com bagagem defasada.
24. CUSTO MÉDIO PARA EMPRESAS
SEGUIREM ESTES MODELOS
• Grande Porte - Principais fatores limitadores para implantação do CMMI:
• CMMI não está alinhado às exigências dos clientes.
• Gestores despreparados, muitas vezes com bagagem defasada.
• Divergência com os interesses dos acionistas.
• Falta de mão de obra especializada.
• Resistência a mudanças culturais (problemas com a institucionalização).
25. CUSTO MÉDIO PARA EMPRESAS
SEGUIREM ESTES MODELOS
• O modelo CMMI é proprietário e envolve um grande custo para a realização das
avaliações do modelo para obter a certificação.
• Geralmente o custo fica entre R$ 200 mil a R$1 milhão a depender da
complexidade do processo.
• Em relação ao MPS.Br, o custo de uma certificação para uma empresa pode ser de
até US$ 400 mil, e a certificação não é competitiva o suficiente para tornar a
empresa competitiva internacionalmente.
• Além disso, é necessário investir tempo, geralmente para se chegar aos níveis de
maturidade mais alto.
26. CUSTO MÉDIO PARA EMPRESAS
SEGUIREM ESTES MODELOS
• Segundo Campos (2008), o custo para a implantação do modelo MPS.BR no
nível G, primeiro nível, está em torno de R$ 70.000,00. Já para o nível F estima-se
um custo de R$ 104.000,00. Porém, estes preços podem ser negociados e
parcelados, de acordo com a necessidade das empresas. Já o tempo de
duração do projeto é, em média, quinze meses, podendo variar conforme o
grau de comprometimento das pessoas envolvidas.
• O MPS.BR se apresenta como um primeiro passo antes da qualificação pelo
modelo CMMI, visto que a sua implantação é mais simples e seu custo é menor
quando comparado ao CMMI.
27. QUAL O MAIS VANTAJOSO PARA EMPRESAS
NACIONAIS E INTERNACIONAIS?
• O custo é um fator decisivo como determinante da ação das empresas;
• Segundo ASR Consultoria e Assessoria em Qualidade, os Estados Unidos, em
2004, possuía 1.738 empresas certificadas, na Índia eram 294 e no Brasil havia
apenas 17 empresas.
28. QUAL O MAIS VANTAJOSO PARA EMPRESAS
NACIONAIS E INTERNACIONAIS?
• Criação do MPS.BR para suprir as demandas das empresas nacionais, que
precisavam encontrar uma forma de saber como adaptar, rapidamente, à sua
realidade, modelos para melhoria de processos, como o CMMI, a um custo
mais acessível.
• O modelo MPS foi fundamentado nos modelos CMMI, ISO/IEC 12207 e ISO/IEC
15504, como mostra a figura a seguir, a fim de que empresas nacionais
pudessem desenvolver seus processos produtivamente, com um menor
impacto.
• Apesar dos dois modelos terem sido criados com a mesma finalidade, a
maneira como atuam é diferente. Enquanto o MPS.BR visa às micro e pequenas
empresas, o CMMI focaliza mais as empresas de grande porte (OLIVEIRA, 2008).
• O modelo MPS.BR foi criado pensando na realidade da empresa brasileira, com
foco na micro, pequena e média empresa de software;
29. QUAL O MAIS VANTAJOSO PARA EMPRESAS
NACIONAIS E INTERNACIONAIS?
32. ALGUMAS EMPRESAS QUE ADOTAM
ESTES PROCESSOS
• No gráfico a seguir podemos ver que em 2009 tivemos um pico de 80
avaliações MPS.BR e o número tem se estabilizado entre 70 avaliações por
ano. Isto mostra que as empresas de TI estão começando a dar valor em
qualidade e melhoria de processos de software e o modelo MPS.BR tem
apoiado fortemente nesta tarefa. É interessante notar que já temos quase 20
empresas no nível C do MPS.BR, que é equivalente ao CMMI 3.
33. ALGUMAS EMPRESAS QUE ADOTAM
ESTES PROCESSOS
No gráfico Top 10 países em avaliações CMMI no mundo podemos notar o
estrondoso investimento que a China vem fazendo em melhoria de processos. O
Brasil é o oitavo país com mais avaliações, totalizando 178.
34. ALGUMAS EMPRESAS QUE ADOTAM
ESTES PROCESSOS
• O gráfico Avaliações CMMI 5 no Mundo nos mostra que a Índia continua sendo o
país com mais empresas CMMI. É interessante notar o crescimento da China que
agora tem 64 avaliações.
35. PONTOS IMPORTANTES
• Desde 2002, 6808 avaliações foram reportadas ao SEI;
• Avaliações reportadas da Espanha, Brasil, China, Argentina e Índia estão
crescendo rapidamente;
• Mais de 61% das organizações avaliadas tem até 100 pessoas;
• Como anteriormente, a maioria das avaliações reportadas referem-se aos
níveis 2 e 3 do CMMI;
• China e Estados Unidos representam metade das avaliações CMMI do
mundo.
Tempo médio para atingir um nível de maturidade CMMI:
• CMMI 2: Entre 4 à 11 meses
• CMMI 3: Entre 2 à 20 meses
• CMMI 4: Entre 4 à 28 meses
• CMMI 5: Entre 5 à 28 meses
• Com isso, podemos ver que as empresas estão investindo cada vez mais e
mais em qualidade, gestão e engenharia de software.
36. CONCLUSÃO
• As equivalências entre os dois modelos fornecem as empresas brasileiras uma
oportunidade de assegurar um processo de software com mais qualidade e
garantir a produção de software mais competitivo no mercado interno e
externo. As médias e pequenas empresas adotam o MPS.BR com o objetivo
de conseguir alcançar a padronização e qualidade no processo com mais
velocidade e de baixo custo. Uma vez alcançada essa padronização a
empresa já se encontra qualificada para tentar obter a certificação CMMI.