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Avaliação e Tratamento
de Feridas
Enfa. Janaína Lassala
2015
“É importante, antes de mais nada, ressaltar que o
cliente portador de qualquer tipo de ferida deve
ser encarado como um sujeito que se emociona,
que sente, que deseja e que, como qualquer
outro, tem necessidades.”
(Silva et al, 2007)
Como recebemos o paciente
portador de feridas...
 Paciente Estigmas
Preconceitos
Fragilizado
Odores e secreções
Dores
Baixa auto-estima
Recuperação longa
Perspectivas
Sequelas
Quantos mecanismos de defesa psicológica
desenvolvemos durante o processo de tratamento?
 Cuidar de feridas é um processo dinâmico,
complexo, no qual o enfermeiro deve ter uma
visão ampla e tem importante papel no seu
desenvolvimento.
 Não é apenas a realização do curativo
Enfermeiro
- Confiança
- Tranquilidade
- Educação continuada
- Serenidade é essencial
- Elo entre equipe médica e paciente
- Examina e diagnostica as necessidades
- Integralidade
“O cuidar da ferida de alguém vai muito além
dos cuidados gerais ou da realização de
um curativo. Uma ferida pode não ser
apenas uma lesão física, mas algo que dói
sem necessariamente precisar de
estímulos sensoriais; uma marca ou uma
mágoa, uma perda irreparável ou uma
doença incurável. A ferida é algo que
fragiliza e muitas vezes incapacita.”
Jorge & Dantas (2003)
O tratamento de
feridas requer da
enfermagem uma
postura bioética que
seja condizente
com a compreensão
do ser humano
como uma pessoa
revestida de toda
sua dignidade.
O que
ferida?
Lesões de Pele / Feridas
 Qualquer interrupção na continuidade da pele
por rompimento de suas camadas de forma
intencional (cirúrgica) ou acidental (trauma)
 Impede o desempenho das funções básicas da
pele
 As feridas podem variar em espessura. podendo
atingir desde a epiderme até estruturas mais
profundas
Ética x Tratamento de Feridas
 Ética - tenta criar regras e normas de
condutas para a atividade livre do ser humano,
orientada pelos preceitos morais mais aceitos.
 Quem são nossos pacientes?
- Fragilizados com odores e secreções
- Dor: física e na “alma”
- Baixa auto-estima
- Tratamento prolongado
- Sequelas e complicações
Moral x Ética no Tratamento de
Feridas
 Manifesta-se no uso e
costumes do indivíduo
e da sociedade
 Aspectos práticos da
vida do indivíduo e da
sociedade
 Caráter de norma de
conduta
Ética
O tratamento de feridas requer da enfermagem uma
postura bioética que seja condizente com a
compreensão do ser humano como uma pessoa
revestida de toda sua dignidade.
Moral
O Código Penal brasileiro destaca que
crime culposo é aquele em que “o agente
deu causa ao resultado por imprudência,
negligência ou imperícia”.
ImperíciaImprudência
 Forma de agir
sem a devida
cautela, com
precipitação ou
insensatez
 Inércia, inação,
passividade,
agir por
indolência ou
“preguiça
mental”
 Falta de conhe-
cimento técnico
da profissão
Negligência
Exemplo
As lesões por úlcera por pressão muitas
vezes podem estar associadas ao ato
omisso e negligente do profissional que
deixa de mobilizar o cliente no leito,
quando este está impossibilitado, visto
que é sabido que a pressão exercida
sobre a pele e às estruturas ósseas, por
tempo superior a duas horas, causa
pressão externa ao corpo maior do que a
pressão dos capilares, o que leva à
isquemia.
Autonomia do Enfermeiro na
Prevenção e Tratamento de
Feridas
 Art.1 Cap.1 da Resolução COFEN n.240/2000
“...Atua na promoção, proteção e recuperação da
saúde e reabilitação das pessoas...”
 Art.6 Cap.1 da Resolução COFEN n.240/2000
“O profissional de enfermagem exerce a profissão
com autonomia, respeitando os preceitos legais
da enfermagem”
A prescrição da utilização de colchões especiais,
aplicação de hidratantes para a pele e/ou de
todos outros produtos de higiene pessoal e
Autonomia do Enfermeiro na
Prevenção e Tratamento de
Feridas
 Protocolos - Desenvolvimento, aprovação e
implementação
 Debridamento: Ato médico???
 Auto-avaliação de competência
 Profissional mais capacitado na equipe
Anamnese
 Identificação da lesão
- Tipos
- Sistema de Avaliação
 Patologias associadas
 Fatores de risco complicações
Classificação da ferida
 As feridas podem ser classificadas de
formas diferentes:
◦ Etiologia
◦ Maneira como foram produzidas
◦ Grau de contaminação
◦ Cor do leito
Feridas Agudas: As feridas agudas, são originadas de
cirurgias ou traumas e a reparação ocorre em tempo
adequado, geralmente sem complicações
Exemplos: incisão cirúrgica, queimaduras e abrasões.
Etiologia
Feridas Crônicas: As feridas crônicas, são aquelas
que não são reparadas em tempo esperado e
apresentam complicações
Exemplos: Ulcera venosa, úlcera diabética, úlcera por
pressão e lesões vegetantes malignas
Etiologia
Quanto ao Mecanismo de
Lesão
◦ Incisas/cirúrgicas
◦ Contusas
◦ Lacerantes
◦ Perfurantes
◦ Venenosa
◦ Iatrogênica
Feridas Incisas ou Cirúrgicas
◦ São aquelas produzidas por um
instrumento cortante.
Feridas Contusas
◦ São produzidas por objeto rombo e são
caracterizadas por traumatismo das partes
moles, hemorragia e edema.
Feridas Laceradas
◦ São aquelas com margens irregulares como
as produzidas por vidro ou arame farpado.
Feridas Traumáticas
Ferida traumática é a "lesão
tecidual, causada por agente
vulnerante que, atuando sobre
qualquer superfície corporal,
promove uma alteração na
fisiologia tissular. As lesões
traumáticas podem variar de
simples escoriações a lesões
amplas, que podem causar
deformidades ou amputações.
Ferida Venenosa
◦ São produzidas por picada de animais
peçonhentos
Ferida Iatrogênica
◦ São lesões secundárias a procedimentos ou
tratamentos como radioterapia,
quimioterapia
Dermatite Associada à
Incontinência - DAI
•Dermatose inflamatória que atinge
o períneo,região glútea, abdômen
inferior e coxas, causada pelo
contato de pele com fezes e urina
em ambiente úmido ,quente e
fechado pela fralda.
•É resultado da exposição crônica
da pele à materiais urinários e
fecais;
Feridas Causadas por
Adesivos
 Ocorre um traumatismo
tecidual causado pela
remoção de fitas adesivas
e curativos e podem levar
à exacerbação da dor,
aumento da tamanho da
ferida e retardo na
cicatrização;
Skin Tears
 Rasgo na pele
 Ocorre devido a separação da epiderme da
derme
 Fragilidade capilar
Classificação das Feridas
Quanto ao grau de contaminação, as
feridas podem ser:
 Limpas
Limpas-contaminadas
Contaminadas
Sujas e infectadas.
Feridas Limpas
◦ São as produzidas em ambiente cirúrgico,
sendo que não foram abertos sistemas
como o digestório, respiratório e genito-
urinário.
◦ A probabilidade da infecção da ferida é
baixa, em torno de 1 a 5%.
Ferida Limpa-Contaminada
Também são conhecidas como
potencialmente contaminadas;
contaminação grosseira, por exemplo nas
ocasionadas por faca de cozinha, ou nas
situações cirúrgicas em que houve abertura
dos sistemas contaminados descritos
anteriormente.
O risco de infecção é de 3 a 11%.
Ferida Contaminada
 Há reação inflamatória;
 Tiveram contato com material como terra,
fezes, etc.
 São consideradas contaminadas aquelas em
que já se passou seis horas após o ato que
resultou na ferida.
 O risco de infecção da ferida já atinge 10 a
17%.
Ferida Infectada
◦ Apresenta sinais nítidos de infecção.
Classificação das Feridas
Pela cor do leito:
 Vermelho
Amarelo
Preto
Classificação pela cor do leito
VERMELHO AMARELO PRETO
Aparência úmida,
brilhante, limpa,
granulada
Saudável
Hidratar, absorver
Em fase de
cicatrização
Apresenta material
fibrótico, infecção
Esfacelo
Absorver,
desbridar, proteger
leito, tratar
infecção
Coberta por tecido
necrótico
Desbridar e
hidratar
Úlcera Por Pressão - UPP
 Segundo a NPUAP (National Pressure Ulcer
Advisory Panel):
“áreas de necrose tissular, que tendem a se
desenvolver quando o tecido mole é comprimido
entre uma proeminência óssea e uma superfície
externa, por um longo período de tempo”
Quem são esses clientes?
 Cliente hospitalizado
 Acamado
 Restrição de movimentos
 Sequelas e complicações
 Longos tratamentos
 Estão direta ou indiretamente relacionados
com cuidados de enfermagem
Úlcera por Pressão - UPP
 Aumento dos custos
 Interfere no bem-estar físico, mental e espiritual
 Cuidados da família
 Cuidado especializado
Fatores relacionados ao
surgimento de lesões
 Umidade
 Fricção
 Pressão
 Cisalhamento
Classificação das UPP
 Categoria I
 Categoria II
 Categoria III
 Categoria IV
 Não classificáveis
ou sem classificação
Categoria I
 Eritema não
branqueável em
pele íntegra
 Calor, edema,
endurecimento ou
dor podem estar
presentes
Categoria II
 Perda parcial da
espessura
 Pouco profunda
 Leito da ferida rósea ou
vermelha
 Sem esfacelos
 Pode apresentar bolha
intacta ou rota com
exsudato seroso ou
serosanguinolento
Categoria III
 Perda total da
espessura da pele
 Tecido subcutâneo
visível
 Pode apresentar
esfacelo
 Cavidades e tunelização
 Osso e tendão não são
visíveis
Categoria IV
 Perda total da espessura
dos tecidos
 Músculo / Osso visível
 Podem aparecer
esfacelos ou necroses
 Frequente tunelização
Não classificáveis
 Coberta por esfacelo
e/ou necrose
 Não se pode
determinar a
profundidade
Prevenção das UPP
 Avaliação de risco na pele – escalas de
avaliação
 Cuidados com a pele
 Redução da pressão
 Educação
Avaliação do grau de risco - Escala de Braden*
Percepção
Sensorial
1.Totalmente
limitado
2. Muito limitado
3.Levemente
limitado
4.Nenhuma
limitação
Umidade 1.Excessiva 2. Muita 3.Ocasional 4.Rara
Atividade 1.Acamado
2. Confinado a
cadeira
3.Deambula
ocasionalmente
4.Deambula
freqüentemente
Mobilidade 1.Imóvel 2. Muito limitado
3.Discreta
limitação
4.Sem limitação
Nutrição 1.Deficiente 2. Inadequada 3.Adequada 4.Excelente
Fricção e
Cisalhamento
1.Problema
2. Problema
potencial
3.Sem
problema
aparente
--------------
Total:
Risco Brando
15 a 16 ( )
Risco Moderado de
12 a 14 ( )
Risco Severo
abaixo de 11 ( )
16 September 2015
Cuidados de enfermagem na
prevenção das UPP
 Incluir a avaliação completa da pele na triagem
 Inspecionar a pele a cada mudança de decúbito
 Treinar equipe para fazer avaliação global da pele
 Busca de danos ocasionados por dispositivos
 Solicitar ao paciente que informe locais que
estejam sentindo algum tipo de incomodo
 Mudança de decúbito 2/2h (padrão ouro)
 Técnica correta para mudança de decúbito
 Controle da umidade
 Nutrição e hidratação
Áreas prevalentes
Tratamento das UPP
 Avaliação cuidadosa
 Indicação do produto conforme
necessidade – “a ferida fala”
 Cuidados de enfermagem
 O que usar?
O doente desculpa um erro de diagnóstico,
mas não perdoa um erro de prognóstico
Avaliando o
portador de
feridas
Parâmetro Conteúdo
M Measure (medida) Comprimento, largura, profundidade e
área
E Exudate (exsudato) Quantidade e qualidade
A Appearence
(aparência)
Leito da ferida, tipo e quantidade de
tecido
S Suffering (dor) Tipo e intensidade de dor
U Undermining
(descolamento)
Presença ou ausência
R Re-avaluation
(reavaliação)
Monitorização periódica de todos os
parâmetros
E Edge (borda) Condição das bordas da ferida e da
pele adjacente
Sistema de Avaliação
Medida (M)
 O tamanho e o formato de uma ferida alternam-se
durante o processo de cicatrização.
 Forma de acompanhamento do processo de
cicatrização.
 Deve ser feita com regularidade (aguda / crônica)
 Feridas agudas evoluem com maior rapidez e a
medida deve ser feita a cada troca de cobertura
Medida (M)
 Mensuração simples
- Comprimento x largura
- Método mais simples
- Melhor utilização em cavidades pequenas
Medida (M)
 Medida da área da ferida
- Decalque ou modelagem da ferida
- Utilização de papel quadriculado – colocar
o desenho da lesão sobre papel
quadriculado e calcular a área coberta
- Recomendado o uso simultâneo do
desenho e a fotografia da lesão
- Fotografia ***
Medida (M)
 Mensuração do volume
- Quando as feridas são profundas, pode
ser útil a mensuração do seu volume
- Mede-se a profundidade e multiplica-se
pela área
Exsudato (E)
 Varia de acordo com o processo de
cicatrização
 Deve-se avaliar: quantidade, qualidade e
odor
 O odor pode indicar processo infeccioso
 Algumas coberturas podem produzir mau
odor
• Quantidade
- mínimo
- moderado
- intenso
• Qualidade (tipos)
- Seroso
- Sanguinolento
- Purulento
- Misto
Aparência (A)
 Indicação do estágio de cicatrização
alcançado ou de qualquer complicação
presente
 Podem ser classificadas como:
- Com necrose
- Com infecção
- Com esfacelo / tecido desvitalizado
- Com tecido de granulação
- Com tecido de epitelização
Aparência (A)
 Feridas com necrose
- Uma área de tecido que se torna isquêmica
durante algum tempo morrerá
- Formação de crosta com cor preta ou
marrom
- Mascara o tamanho real da ferida, necessita
intervenção para que essa ferida cicatrize
Aparência (A)
 Feridas com infecção
- Sinais: dor, calor, edema, eritema e pus
- Os sinais variam de acordo com o agente
Aparência (A)
 Feridas com esfacelo
- Forma de fragmentos sobre a superfície
da lesão, podendo cobrir grandes áreas
- Composto de células mortas que se
acumulam no exsudato
- Com cor branca/amarela
- Pode estar relacionado com o fim do
estágio inflamatório do processo de
cicatrização
Aparência (A)
 Feridas com tecido de granulação
- Está relacionado com o estágio de
restauração tissular
- A cor da ferida é vermelha
- As paredes dos vasos capilares são bem
finas e facilmente lesadas – sangram com
facilidade
Aparência (A)
 Feridas com tecido de epitelização
- À medida que o epitélio nas bordas começa a
a se dividir rapidamente, a margem se torna
ligeiramente elevada e adquire uma
coloração azulada-rósea.
Dor (S)
 No tratamento de feridas crônicas é
necessário avaliação e controle da dor
 O aumento da intensidade da dor pode ser
um indicador de infecção
 A remoção de coberturas e outras
atividades de cuidado com a ferida pode
causar dor
 Utilizar escala da dor
Descolamento (U)
 Feridas com cavidades
 Importante para identificar descolamento,
fístula ou tunelização.
 Utilização de cotonete estéril/swab com o
objetivo de medir a extensão do
descolamento
 Facilita a determinação das condutas
Reavaliação (R)
 Tem como objetivo verificar qualquer sinal
de complicações e monitorar progressos
 A frequência dessa conduta varia de
acordo com o tipo de ferida, mas na
maioria das feridas crônicas, elas devem
ocorrer a cada 1-2 semanas
Borda ou Margem (E)
 Avaliação das margens da ferida e a pele
perilesional
 Fornece informações úteis referentes às
condições da etiologia e da cicatrização
 Características (borda):
- Plana/elevada
- Regular/ irregular
Relembrando...
Granulação
Epitelização
Borda aderida
Esfacelos
Necrose
Descolamento
Largura
Comprimento
Curativos e Coberturas
Curativo
 limpeza, debridamento e indicação de
cobertura
 a própria substância ou os componentes ativos
exerçam dupla função: atuar interativamente
no leito da ferida e permitir a sua oclusão com
o meio externo
Coberturas
Objetivos
◦ Prevenir a contaminação;
◦ Promover a cicatrização;
◦ Proteger a ferida;
◦ Absorver secreção e facilitar a drenagem;
◦ Aliviar a dor.
Classificação das Coberturas
 Passivos: São aqueles que simplesmente
ocluem e protegem a lesão, não sendo
valorizada nem sua atuação nem as
demandas específicas da ferida (p.ex., gazes)
 Interativos: Mantêm um microambiente úmido
favorecendo a restauração do tecido
danificado (p.ex.,filmes, HDC, espumas)
 Bioativos: Estimulam diretamente substâncias
ou reações na cascata de cicatrização (p.ex.,
fatores de crescimento, colágenos)
Classificação das Coberturas
Quanto a sua relação de contato com o
leito da ferida
Primária são aquelas colocadas diretamente
sobre a ferida e que satisfaçam as suas
necessidades
Secundárias são aquelas colocadas sobre a
cobertura primária, quando necessário, tem
função terapêutica, de proteção ou fixação,
aumentando a habilidade da cobertura
primária
Como escolher a
cobertura???
Hidroativas
Gel
Creme
Óleo
Pomada
Alginato
Prata
Antimicrobiano
Antisséptico
Sulfadiazina
Neomicina
Metronidazol
Bacitracina
Nistatina
PHMB Papaína
PVPI
Como escolher a
cobertura???
Hidrorreguladoras
Fibras
Esponjas
Gazes
Malhas
Prata
Alginato
PHMB
Ibuprofeno
PVPI
Terapias Complementares no Tratamento
de Feridas
 O tratamento de feridas envolve mais do que o uso
de curativos e pomadas
 Novas tecnologias:
- Terapia de pressão negativa
- Laser
- OHB
 Profissional de saúde conhecimento
- Materiais
- Fisiologia da cicatrização
Importante!
 O tratamento da ferida é um processo dinâmico,
que depende de avaliações sistematizadas e
deve ser feito de forma individualizada
 Os recursos financeiros para a terapia devem
ser avaliados no momento da escolha do
tratamento
 Deve-se considerar:
◦ Fatores individuais do paciente
◦ Recursos materiais e humanos
◦ Indicação, contra-indicação e custos
 Adotar atitudes positivas
 Dar explicações claras sobre o tratamento e o
prognóstico
 Promover a participação do paciente e/ou
familiares
 Evitar comentários desnecessários em relação à
doença ou ao tratamento
Importante!
Definir tratamento individualizado
Orientar quanto a importância do
acompanhamento médico
 Estimular o autocuidado
Importante!
Agora...
Mãos à obra!!
Obrigada
Enfa. Janaína Lassala
www.novapele.com.br
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Avaliação e tratamento de feridas - CBCENF

  • 1. Avaliação e Tratamento de Feridas Enfa. Janaína Lassala 2015
  • 2. “É importante, antes de mais nada, ressaltar que o cliente portador de qualquer tipo de ferida deve ser encarado como um sujeito que se emociona, que sente, que deseja e que, como qualquer outro, tem necessidades.” (Silva et al, 2007)
  • 3. Como recebemos o paciente portador de feridas...  Paciente Estigmas Preconceitos Fragilizado Odores e secreções Dores Baixa auto-estima Recuperação longa Perspectivas Sequelas Quantos mecanismos de defesa psicológica desenvolvemos durante o processo de tratamento?
  • 4.  Cuidar de feridas é um processo dinâmico, complexo, no qual o enfermeiro deve ter uma visão ampla e tem importante papel no seu desenvolvimento.  Não é apenas a realização do curativo
  • 5. Enfermeiro - Confiança - Tranquilidade - Educação continuada - Serenidade é essencial - Elo entre equipe médica e paciente - Examina e diagnostica as necessidades - Integralidade
  • 6. “O cuidar da ferida de alguém vai muito além dos cuidados gerais ou da realização de um curativo. Uma ferida pode não ser apenas uma lesão física, mas algo que dói sem necessariamente precisar de estímulos sensoriais; uma marca ou uma mágoa, uma perda irreparável ou uma doença incurável. A ferida é algo que fragiliza e muitas vezes incapacita.” Jorge & Dantas (2003)
  • 7. O tratamento de feridas requer da enfermagem uma postura bioética que seja condizente com a compreensão do ser humano como uma pessoa revestida de toda sua dignidade.
  • 9. Lesões de Pele / Feridas  Qualquer interrupção na continuidade da pele por rompimento de suas camadas de forma intencional (cirúrgica) ou acidental (trauma)  Impede o desempenho das funções básicas da pele  As feridas podem variar em espessura. podendo atingir desde a epiderme até estruturas mais profundas
  • 10. Ética x Tratamento de Feridas  Ética - tenta criar regras e normas de condutas para a atividade livre do ser humano, orientada pelos preceitos morais mais aceitos.  Quem são nossos pacientes? - Fragilizados com odores e secreções - Dor: física e na “alma” - Baixa auto-estima - Tratamento prolongado - Sequelas e complicações
  • 11. Moral x Ética no Tratamento de Feridas  Manifesta-se no uso e costumes do indivíduo e da sociedade  Aspectos práticos da vida do indivíduo e da sociedade  Caráter de norma de conduta Ética O tratamento de feridas requer da enfermagem uma postura bioética que seja condizente com a compreensão do ser humano como uma pessoa revestida de toda sua dignidade. Moral
  • 12. O Código Penal brasileiro destaca que crime culposo é aquele em que “o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia”. ImperíciaImprudência  Forma de agir sem a devida cautela, com precipitação ou insensatez  Inércia, inação, passividade, agir por indolência ou “preguiça mental”  Falta de conhe- cimento técnico da profissão Negligência
  • 13. Exemplo As lesões por úlcera por pressão muitas vezes podem estar associadas ao ato omisso e negligente do profissional que deixa de mobilizar o cliente no leito, quando este está impossibilitado, visto que é sabido que a pressão exercida sobre a pele e às estruturas ósseas, por tempo superior a duas horas, causa pressão externa ao corpo maior do que a pressão dos capilares, o que leva à isquemia.
  • 14. Autonomia do Enfermeiro na Prevenção e Tratamento de Feridas  Art.1 Cap.1 da Resolução COFEN n.240/2000 “...Atua na promoção, proteção e recuperação da saúde e reabilitação das pessoas...”  Art.6 Cap.1 da Resolução COFEN n.240/2000 “O profissional de enfermagem exerce a profissão com autonomia, respeitando os preceitos legais da enfermagem” A prescrição da utilização de colchões especiais, aplicação de hidratantes para a pele e/ou de todos outros produtos de higiene pessoal e
  • 15. Autonomia do Enfermeiro na Prevenção e Tratamento de Feridas  Protocolos - Desenvolvimento, aprovação e implementação  Debridamento: Ato médico???  Auto-avaliação de competência  Profissional mais capacitado na equipe
  • 16. Anamnese  Identificação da lesão - Tipos - Sistema de Avaliação  Patologias associadas  Fatores de risco complicações
  • 17. Classificação da ferida  As feridas podem ser classificadas de formas diferentes: ◦ Etiologia ◦ Maneira como foram produzidas ◦ Grau de contaminação ◦ Cor do leito
  • 18. Feridas Agudas: As feridas agudas, são originadas de cirurgias ou traumas e a reparação ocorre em tempo adequado, geralmente sem complicações Exemplos: incisão cirúrgica, queimaduras e abrasões. Etiologia
  • 19. Feridas Crônicas: As feridas crônicas, são aquelas que não são reparadas em tempo esperado e apresentam complicações Exemplos: Ulcera venosa, úlcera diabética, úlcera por pressão e lesões vegetantes malignas Etiologia
  • 20. Quanto ao Mecanismo de Lesão ◦ Incisas/cirúrgicas ◦ Contusas ◦ Lacerantes ◦ Perfurantes ◦ Venenosa ◦ Iatrogênica
  • 21. Feridas Incisas ou Cirúrgicas ◦ São aquelas produzidas por um instrumento cortante.
  • 22. Feridas Contusas ◦ São produzidas por objeto rombo e são caracterizadas por traumatismo das partes moles, hemorragia e edema.
  • 23. Feridas Laceradas ◦ São aquelas com margens irregulares como as produzidas por vidro ou arame farpado.
  • 24. Feridas Traumáticas Ferida traumática é a "lesão tecidual, causada por agente vulnerante que, atuando sobre qualquer superfície corporal, promove uma alteração na fisiologia tissular. As lesões traumáticas podem variar de simples escoriações a lesões amplas, que podem causar deformidades ou amputações.
  • 25. Ferida Venenosa ◦ São produzidas por picada de animais peçonhentos
  • 26. Ferida Iatrogênica ◦ São lesões secundárias a procedimentos ou tratamentos como radioterapia, quimioterapia
  • 27. Dermatite Associada à Incontinência - DAI •Dermatose inflamatória que atinge o períneo,região glútea, abdômen inferior e coxas, causada pelo contato de pele com fezes e urina em ambiente úmido ,quente e fechado pela fralda. •É resultado da exposição crônica da pele à materiais urinários e fecais;
  • 28. Feridas Causadas por Adesivos  Ocorre um traumatismo tecidual causado pela remoção de fitas adesivas e curativos e podem levar à exacerbação da dor, aumento da tamanho da ferida e retardo na cicatrização;
  • 29. Skin Tears  Rasgo na pele  Ocorre devido a separação da epiderme da derme  Fragilidade capilar
  • 30. Classificação das Feridas Quanto ao grau de contaminação, as feridas podem ser:  Limpas Limpas-contaminadas Contaminadas Sujas e infectadas.
  • 31. Feridas Limpas ◦ São as produzidas em ambiente cirúrgico, sendo que não foram abertos sistemas como o digestório, respiratório e genito- urinário. ◦ A probabilidade da infecção da ferida é baixa, em torno de 1 a 5%.
  • 32. Ferida Limpa-Contaminada Também são conhecidas como potencialmente contaminadas; contaminação grosseira, por exemplo nas ocasionadas por faca de cozinha, ou nas situações cirúrgicas em que houve abertura dos sistemas contaminados descritos anteriormente. O risco de infecção é de 3 a 11%.
  • 33. Ferida Contaminada  Há reação inflamatória;  Tiveram contato com material como terra, fezes, etc.  São consideradas contaminadas aquelas em que já se passou seis horas após o ato que resultou na ferida.  O risco de infecção da ferida já atinge 10 a 17%.
  • 34. Ferida Infectada ◦ Apresenta sinais nítidos de infecção.
  • 35. Classificação das Feridas Pela cor do leito:  Vermelho Amarelo Preto
  • 36. Classificação pela cor do leito VERMELHO AMARELO PRETO Aparência úmida, brilhante, limpa, granulada Saudável Hidratar, absorver Em fase de cicatrização Apresenta material fibrótico, infecção Esfacelo Absorver, desbridar, proteger leito, tratar infecção Coberta por tecido necrótico Desbridar e hidratar
  • 37.
  • 38. Úlcera Por Pressão - UPP  Segundo a NPUAP (National Pressure Ulcer Advisory Panel): “áreas de necrose tissular, que tendem a se desenvolver quando o tecido mole é comprimido entre uma proeminência óssea e uma superfície externa, por um longo período de tempo”
  • 39. Quem são esses clientes?  Cliente hospitalizado  Acamado  Restrição de movimentos  Sequelas e complicações  Longos tratamentos  Estão direta ou indiretamente relacionados com cuidados de enfermagem
  • 40. Úlcera por Pressão - UPP  Aumento dos custos  Interfere no bem-estar físico, mental e espiritual  Cuidados da família  Cuidado especializado
  • 41. Fatores relacionados ao surgimento de lesões  Umidade  Fricção  Pressão  Cisalhamento
  • 42. Classificação das UPP  Categoria I  Categoria II  Categoria III  Categoria IV  Não classificáveis ou sem classificação
  • 43. Categoria I  Eritema não branqueável em pele íntegra  Calor, edema, endurecimento ou dor podem estar presentes
  • 44. Categoria II  Perda parcial da espessura  Pouco profunda  Leito da ferida rósea ou vermelha  Sem esfacelos  Pode apresentar bolha intacta ou rota com exsudato seroso ou serosanguinolento
  • 45. Categoria III  Perda total da espessura da pele  Tecido subcutâneo visível  Pode apresentar esfacelo  Cavidades e tunelização  Osso e tendão não são visíveis
  • 46. Categoria IV  Perda total da espessura dos tecidos  Músculo / Osso visível  Podem aparecer esfacelos ou necroses  Frequente tunelização
  • 47. Não classificáveis  Coberta por esfacelo e/ou necrose  Não se pode determinar a profundidade
  • 48. Prevenção das UPP  Avaliação de risco na pele – escalas de avaliação  Cuidados com a pele  Redução da pressão  Educação
  • 49. Avaliação do grau de risco - Escala de Braden* Percepção Sensorial 1.Totalmente limitado 2. Muito limitado 3.Levemente limitado 4.Nenhuma limitação Umidade 1.Excessiva 2. Muita 3.Ocasional 4.Rara Atividade 1.Acamado 2. Confinado a cadeira 3.Deambula ocasionalmente 4.Deambula freqüentemente Mobilidade 1.Imóvel 2. Muito limitado 3.Discreta limitação 4.Sem limitação Nutrição 1.Deficiente 2. Inadequada 3.Adequada 4.Excelente Fricção e Cisalhamento 1.Problema 2. Problema potencial 3.Sem problema aparente -------------- Total: Risco Brando 15 a 16 ( ) Risco Moderado de 12 a 14 ( ) Risco Severo abaixo de 11 ( ) 16 September 2015
  • 50. Cuidados de enfermagem na prevenção das UPP  Incluir a avaliação completa da pele na triagem  Inspecionar a pele a cada mudança de decúbito  Treinar equipe para fazer avaliação global da pele  Busca de danos ocasionados por dispositivos  Solicitar ao paciente que informe locais que estejam sentindo algum tipo de incomodo  Mudança de decúbito 2/2h (padrão ouro)  Técnica correta para mudança de decúbito  Controle da umidade  Nutrição e hidratação
  • 52. Tratamento das UPP  Avaliação cuidadosa  Indicação do produto conforme necessidade – “a ferida fala”  Cuidados de enfermagem  O que usar?
  • 53. O doente desculpa um erro de diagnóstico, mas não perdoa um erro de prognóstico
  • 55. Parâmetro Conteúdo M Measure (medida) Comprimento, largura, profundidade e área E Exudate (exsudato) Quantidade e qualidade A Appearence (aparência) Leito da ferida, tipo e quantidade de tecido S Suffering (dor) Tipo e intensidade de dor U Undermining (descolamento) Presença ou ausência R Re-avaluation (reavaliação) Monitorização periódica de todos os parâmetros E Edge (borda) Condição das bordas da ferida e da pele adjacente Sistema de Avaliação
  • 56. Medida (M)  O tamanho e o formato de uma ferida alternam-se durante o processo de cicatrização.  Forma de acompanhamento do processo de cicatrização.  Deve ser feita com regularidade (aguda / crônica)  Feridas agudas evoluem com maior rapidez e a medida deve ser feita a cada troca de cobertura
  • 57. Medida (M)  Mensuração simples - Comprimento x largura - Método mais simples - Melhor utilização em cavidades pequenas
  • 58. Medida (M)  Medida da área da ferida - Decalque ou modelagem da ferida - Utilização de papel quadriculado – colocar o desenho da lesão sobre papel quadriculado e calcular a área coberta - Recomendado o uso simultâneo do desenho e a fotografia da lesão - Fotografia ***
  • 59. Medida (M)  Mensuração do volume - Quando as feridas são profundas, pode ser útil a mensuração do seu volume - Mede-se a profundidade e multiplica-se pela área
  • 60. Exsudato (E)  Varia de acordo com o processo de cicatrização  Deve-se avaliar: quantidade, qualidade e odor  O odor pode indicar processo infeccioso  Algumas coberturas podem produzir mau odor • Quantidade - mínimo - moderado - intenso • Qualidade (tipos) - Seroso - Sanguinolento - Purulento - Misto
  • 61. Aparência (A)  Indicação do estágio de cicatrização alcançado ou de qualquer complicação presente  Podem ser classificadas como: - Com necrose - Com infecção - Com esfacelo / tecido desvitalizado - Com tecido de granulação - Com tecido de epitelização
  • 62. Aparência (A)  Feridas com necrose - Uma área de tecido que se torna isquêmica durante algum tempo morrerá - Formação de crosta com cor preta ou marrom - Mascara o tamanho real da ferida, necessita intervenção para que essa ferida cicatrize
  • 63.
  • 64. Aparência (A)  Feridas com infecção - Sinais: dor, calor, edema, eritema e pus - Os sinais variam de acordo com o agente
  • 65. Aparência (A)  Feridas com esfacelo - Forma de fragmentos sobre a superfície da lesão, podendo cobrir grandes áreas - Composto de células mortas que se acumulam no exsudato - Com cor branca/amarela - Pode estar relacionado com o fim do estágio inflamatório do processo de cicatrização
  • 66.
  • 67. Aparência (A)  Feridas com tecido de granulação - Está relacionado com o estágio de restauração tissular - A cor da ferida é vermelha - As paredes dos vasos capilares são bem finas e facilmente lesadas – sangram com facilidade
  • 68.
  • 69. Aparência (A)  Feridas com tecido de epitelização - À medida que o epitélio nas bordas começa a a se dividir rapidamente, a margem se torna ligeiramente elevada e adquire uma coloração azulada-rósea.
  • 70. Dor (S)  No tratamento de feridas crônicas é necessário avaliação e controle da dor  O aumento da intensidade da dor pode ser um indicador de infecção  A remoção de coberturas e outras atividades de cuidado com a ferida pode causar dor  Utilizar escala da dor
  • 71.
  • 72. Descolamento (U)  Feridas com cavidades  Importante para identificar descolamento, fístula ou tunelização.  Utilização de cotonete estéril/swab com o objetivo de medir a extensão do descolamento  Facilita a determinação das condutas
  • 73. Reavaliação (R)  Tem como objetivo verificar qualquer sinal de complicações e monitorar progressos  A frequência dessa conduta varia de acordo com o tipo de ferida, mas na maioria das feridas crônicas, elas devem ocorrer a cada 1-2 semanas
  • 74. Borda ou Margem (E)  Avaliação das margens da ferida e a pele perilesional  Fornece informações úteis referentes às condições da etiologia e da cicatrização  Características (borda): - Plana/elevada - Regular/ irregular
  • 77. Curativo  limpeza, debridamento e indicação de cobertura  a própria substância ou os componentes ativos exerçam dupla função: atuar interativamente no leito da ferida e permitir a sua oclusão com o meio externo Coberturas
  • 78. Objetivos ◦ Prevenir a contaminação; ◦ Promover a cicatrização; ◦ Proteger a ferida; ◦ Absorver secreção e facilitar a drenagem; ◦ Aliviar a dor.
  • 79. Classificação das Coberturas  Passivos: São aqueles que simplesmente ocluem e protegem a lesão, não sendo valorizada nem sua atuação nem as demandas específicas da ferida (p.ex., gazes)  Interativos: Mantêm um microambiente úmido favorecendo a restauração do tecido danificado (p.ex.,filmes, HDC, espumas)  Bioativos: Estimulam diretamente substâncias ou reações na cascata de cicatrização (p.ex., fatores de crescimento, colágenos)
  • 80. Classificação das Coberturas Quanto a sua relação de contato com o leito da ferida Primária são aquelas colocadas diretamente sobre a ferida e que satisfaçam as suas necessidades Secundárias são aquelas colocadas sobre a cobertura primária, quando necessário, tem função terapêutica, de proteção ou fixação, aumentando a habilidade da cobertura primária
  • 83.
  • 84. Terapias Complementares no Tratamento de Feridas  O tratamento de feridas envolve mais do que o uso de curativos e pomadas  Novas tecnologias: - Terapia de pressão negativa - Laser - OHB  Profissional de saúde conhecimento - Materiais - Fisiologia da cicatrização
  • 85. Importante!  O tratamento da ferida é um processo dinâmico, que depende de avaliações sistematizadas e deve ser feito de forma individualizada  Os recursos financeiros para a terapia devem ser avaliados no momento da escolha do tratamento  Deve-se considerar: ◦ Fatores individuais do paciente ◦ Recursos materiais e humanos ◦ Indicação, contra-indicação e custos
  • 86.  Adotar atitudes positivas  Dar explicações claras sobre o tratamento e o prognóstico  Promover a participação do paciente e/ou familiares  Evitar comentários desnecessários em relação à doença ou ao tratamento Importante!
  • 87. Definir tratamento individualizado Orientar quanto a importância do acompanhamento médico  Estimular o autocuidado Importante!