2. Desde quando, e como, se conhece
a pintura romana?
As principais fontes para o
estudo da pintura mural
romana encontram-se nas
antigas cidades de Pompeia
e de Herculano, soterradas
pela erupção do Vesúvio em
79.
A partir de 1715, com as
escavações em Pompeia, as
elites europeias começaram
a conhecer esta pintura e a
divulgá-la.
3. A partir do séc. II a.C. o uso crescente de
argamassas e de cimento obrigam ao
revestimento dos muros. Para receberem
decoração (pintura, escultura ou mosaico) as
paredes tinham de ser preparadas – Descubra
Pompeia permitiu um conhecimento exaustivo
sobre a pintura a fresco.
4. Influências
Etruscas (séc. VI a Egípcias – na arte de
IV a.C.) retrato (efígies que
revestimento d e evocam os defuntos)
paredes dos túmulos Gregas – escassos
e templos com vestígios gregos;
frescos. Mais tarde algumas referências
usados em casas. são do período d e
Pintura de grande colonização romana
vivacidade e – Batalha de Isso –
realismo
5. A técnica da “encáustica”:
A pintura mural era feita
segundo a técnica da
encáustica, pintura em que a
cera quente era usada como
aglutinante (misturado com
os pigmentos de cor) e
aplicada sobre uma superfície
de cal com sabão. A cal
tornava a pintura mais sólida
e o sabão ajudava à
conservação da pintura. Por
outro lado, a cera quente
“impermeabilizava” o
conjunto. Estas pinturas
murais decoravam os
interiores de casas
particulares e de edifícios
públicos como termas.
6. Temas
Pintura Triunfal – (cenas Pintura Mitológica –
históricas – batalhas, mitos e mistérios da vida
episódios políticos, feitos dos deuses. Composições
dos chefes) usada com ricas de figuras e de
fins políticos, cromatismo
documentais e Pintura de Paisagem –
comemorativos. Data do inspira-se na Natureza e
séc. III a.C. mas tem tem cariz bucólico e
origem etrusca: recorre poético
à narrativa contínua,
sendo a fig. Principal
repetida e as secundárias
colocadas lado a lado
(disposição paractática)
7. Naturezas-mortas e Retratos – feitos a
cenas de género – fresco ou a
muito realistas e encáustica sobre
pormenorizadas – madeira ou metal
(como no Egipto)
Realismo fotográfico
e psicológico do
retratado
8. Existem 4 “estilos” nesta pintura,
com base na técnica e iconografia
O primeiro estilo,
também referido
como de incrustação,
esteve em evidência
do século II a.C. até
o ano 80 da nossa
era. Caracteriza-se
pela simulação de
mármores e o uso de
cores vivas.
9. O segundo estilo, arquitetónico,
dominou o século I a.C.: as paredes
eram decoradas com elementos
arquitetónicos e composições em
“trompe l’oeil”. Esta técnica realçava
alguns elementos para sugerir
tridimensionalidade, utilizando, por
exemplo, a representação de
colunas ou janelas. Imagens de
falsas arquiteturas rasgavam-se
para paisagens naturais ou urbanas,
desenhadas em perspectiva.
10. O terceiro estilo,
ornamental, foi o resultado
de uma reação ao anterior,
por volta de 20 a 10 a.C.
Deixava a cena mais
figurativa e colorida
incluída num conjunto que
combinava falsos
mármores e falsas
arquiteturas. Também
incluía medalhões
decorativos, frisos
ornamentais, etc.
11. O quarto estilo, chamado
cenográfico, aparece por
volta do ano 60 da nossa
era, sendo uma síntese entre
os dois precedentes,
incorporando ainda uma
abundância de ornamentos.
Uma característica típica
deste estilo é o uso de
figuras destacadas do
contexto da cena e inseridas
numa arquitetura complexa,
palaciana, parecida com a de
um cenário do teatro.
12. Conclusões
As pinturas de Pompeia e de Herculano são a maior
fonte histórica sobre a pintura do império romano
Embora houvesse 4 “estilos” com temáticas definidas,
as técnicas-base eram as mesmas
Os romanos usavam a perspectiva linear e a técnica
de “trompe l’oeil” para sugerir a profundidade
Usavam, também, um jogo de claro/escuro para
sugerir relevo às figuras (valores tácteis)
A iconografia mais frequente era: cenários
arquitetónicos, paisagens, cenas de quotidiano
(incluindo eróticas), cenas triunfais e históricas,
retratos, cenas mitológicas ou meramente
decorativas (elementos geométricos, florais e
animais)
13. Mosaico
Constituído por tesselas de materiais coloridos
( mármore, pedra e vidro) aplicadas sobre
argamassa fresca. Primeiramente cobria o chão
mas mais tarde é também aplicado a muros
exteriores e tetos de pequenas cúpulas.
De tradição oriental, egípcia e grega os
romanos desenvolveram a técnica com grande
qualidade
Temas: geométricos, mitológicos, paisagens,
flora, fauna, cenas de batalhas, de género,
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