Revisão e resumo da disciplina de endodontia, para universitários e profissionais. Bem objetiva e clara. Para quem quiser, existe uma revisão atualizada e modificada 2019. https://pt.slideshare.net/jonathancgr/endodontia-reviso-completa-e-atualizada-2019
5. Jonathan Cardoso 5
Canal Radicular Principal (canal
principal) é o mais destacado, ocupa
todo o eixo dental, podendo alcançar,
sem interrupções, o ápice radicular.
6. Jonathan Cardoso 6
Canal Colateral é um canal que corre +
ou – lateralmente ao canal principal,
podendo chegar a região periapical de
maneira independente.
7. Jonathan Cardoso 7
Canal lateral é a ramificação que corre
do canal principal para a região do
periodonto, geralmente no terço médio
do dente.
8. Jonathan Cardoso 8
Canal secundário é o canal que
derivando-se do canal principal ao
nível do terço apical segue diretamente
ao ápice do dente.
9. Jonathan Cardoso 9
Canal acessório é toda a ramificação
que se inicia de uma outra ramificação
e segue direto ao periodonto.
10. Jonathan Cardoso 10
Canal recorrente se inicia e termina no
ramo ou no canal principal, podendo
ocorrer em outras ramificações
também.
19. DEFINIÇÃO: As limas são instrumentos destinados especialmente ao alisamento e
retificação de curvatura e irregularidades dos canais radiculares, embora contribuam
também para o seu alargamento.
CARACTERÍSTICAS:
• A cinemática primordial das limas é a de limagem, ou seja, movimentos de introdução
no canal radicular, pressão na parede do canal radicular e remoção.
• O corte ou desgaste ocorre no momento de remoção, retirada ou tração. A Limagem
amplia o canal radicular de forma menos regular quanto comparada aos movimentos
giratórios.
• O instrumento ideal deve ter; boa flexibilidade, rendimento favorável ( corte ), alto
tempo de vida útil.
Jonathan Cardoso 19
20. Jonathan Cardoso 20
COMPOSIÇÃO:
• Cabo: De plástico, possui cores específicas, um número e um desenho.
• Intermediário: Une o cabo à parte ativa e sua variação determina o comprimento do
instrumento.
•Parte ativa: Possui o poder de corte e seu comprimento é sempre constante.( L = 16 mm )
•Guia de penetração: Confere ao instrumento o poder de corte e penetração, guiando o
mesmo dentro do canal.
21. Jonathan Cardoso 21
PADRONIZAÇÃO DAS LIMAS: Existe uma correlação entre o NÚMERO do
instrumento, seu DIÂMETRO, a COR de seu cabo e a SÉRIE a que pertencem:
• Cor do cabo; Escuras possuem número e calibre e maiores e as claras possuem número
e calibre menores.
• Numeração; Os instrumentos são numerados de tal forma que divididos por 100
correspondam, em milímetros, ao diâmetro do corte da base do guia de penetração do
instrumento.
• Comprimento; Comp. da parte ativa: sempre 16mm. Comp. do Intermediário: variável
21 mm – 25 mm – 31
• Diâmetro da ponta; Determina o nº
do instrumento. Ex: # 15 0,15 mm
de diâmetro na ponta do instrumento.
22. Jonathan Cardoso 22
CONICIDADE: É o quanto aumenta em diâmetro a cada mm da lima. (A cada mm, há um
aumento de 0,02 mm no diâmetro do instrumento). Exemplo: # 55 - em D1 0,55mm - a
1mm 0,55mm + 0,02mm = 0,57mm - a 2mm 0,55mm + 0,04mm = 0,59mm.
CALIBRE: O aumento de calibre na sequência dos instrumentos é de 0,05 mm do
instrumento no 10 até o 60 e de 0,1 mm deste até o 140.
23. Tipo de lima Secção transversal Principais características
K (Kerr) Quadrangular Indicada na exploração inicial e instrumentação
de canais retos; Boa resistência; Poder de corte e
penetração pequenos; Dupla ação de
alargamento e de desgaste;
H (Hedströem) Circular Indicada para pulpectomia e desobturação;
Excelente capacidade de corte; Maior remoção
de resíduos; Usada depois das limas K ou
Flexofile (abertura de espaço); Essencialmente
raspadoras; Capacidade perfurante nula
Flexofile Triangular Indicada na instrumentação de canais retos e
curvos; Flexibilidade; Só podem ser utilizadas
em movimentos de limagem;
24. Tipo de lima Secção transversal Principais características
K-Flex Losangular Capacidade de corte ainda maior que as Limas
Flexo-File; grande capacidade de desgaste da
dentina; flexibilidade maior que a limas
convencionais de mesmo calibre;
Golden Medium Triangular Foram propostas para resolver a problemática da
ampliação de diâmetro de um instrumento de
menor calibre para outro subseqüente de maior
calibre durante o preparo;
Nitiflex Triangular Instrumentação de canais acentuadamente
curvos; Confeccionada com liga de níquel-
titânio; É altamente flexível;
25. Brocas
As brocas e pontas diamantadas para alta rotação são utilizadas no
acesso endodôntico nas seguintes fases:
A - desgaste do esmalte no ponto de eleição;
B - perfuração na direção de trepanação até a queda no vazio;
C - remoção do teto.
Jonathan Cardoso 25
26. Tipo de broca Características
LAAxxess Corta uma extensão perfeita linha-ângulo, sem
deixar ranhuras ou irregularidades devido a sua
ponta inativa (não é cortante); segurança durante
a terapêutica endodôntica.
Peeso São utilizadas tanto na ampliação da embocadura
do canal radicular quanto no preparo do
conduto endodôntico; hoje está em pouco uso.
Baat Não possuem corte na extremidade de sua parte
ativa; não podem sofrer movimentos
pendulares (apresentam grande fragilidade
nestas situações) podendo ocorrer fraturas.
27. Tipo de broca Características
Gates-Glidden O seu uso é seguro pelo fato de não possuírem
corte na extremidade das suas partes ativas;
alargando as entradas dos canais, ampliando os
terços médio e cervical dos canais radiculares
Largo São utilizadas para dar um melhor afunilamento
à entrada do canal, após a sua instrumentação.
Estabelecem um preparo para contenção intra-
radicular, depois da obturação do canal.
28. Tipo de broca Características
Endo-Z Não possuem corte nas suas extremidades;
Indicadas para o acabamento das cavidades de
acesso e divergência das suas paredes,
principalmente nos casos de pré-molares e
molares; São notórias pela sua capacidade de
corte e durabilidade.
Lentulo Utilizado na inserção de pastas e cimentos
endodônticos no interior do canal radicular
29. Materias utilizados para obturação
REQUISITOS:
• Radiopacidade
• Biocompatível
• Fácil remoção e manipulação
• Apresentar estabilidade dimensional
• Ser impermeável
• Ser estéril
• Ser isolúvel nos líquidos teciduais
• Não sofrer oxidação ou corrosão
• Não provocar alteração cromática
• Bacteriostático ou bactericida
Jonathan Cardoso 29
30. Jonathan Cardoso 30
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS:
• Pastas; antissépticas e alcalinas. Atuam mais como medicação intra canal
• Cimentos; zinco enólicos, hidróxido de cálcio, ionômero de vidro, silicone. Mais fácil
remover posteriormente.
• Plásticas; resinosos. Usado mais quando se tem certeza do sucesso do canal. Dificil
remoção.
• Sólidos; Guta-persha. Atua mais como retenção do cimento.
CONES DE GUTA-PERSHA: É um produto de secreção vegetal, sendo o material
obturador mais utilizado.
• Suas indicações são; retentor intra-radicular, branqueamento, apicetomia, canais em
forma irregular, canais lateral ou acessório, canais extremamente amplos.
• Vantagens; Condensação e adaptação, amolecimento e plasticidade, inerte, estabilidade
dimensional, não alergênico, fácil remoção.
• Desvantagens; pouca rigidez, pouca adesividade, deslocamento pela pressão, distorção
vertical pelo estiramento.
31. Jonathan Cardoso 31
CONES ACESSÓRIOS: Possuem conicidades variáveis e pontas afiladas. Usados como
acessórios para obturação podendo ser colocado sozinho no canal ou como complemento
do cone padronizado (principal).
Tamanho D3 (calibre a 3 mm da ponta) Conicidade (mm/mm)
XF (extra-fine) 0,2 0,019
FF (fine-fine) 0,24 0,025
MF (medium-fine) 0,27 0,032
F (fine) 0,31 0,038
FM (fine-medium) 0,35 0,041
M (medium) 0,40 0,054
ML (medium-large) 0,43 0,063
L (large) 0,49 0,082
XL (extra-large) 0,52 0,083
32. Jonathan Cardoso 32
CIMENTOS ENDODÔNTICOS: Eliminar a interface entre guta-percha e as paredes do
canal.
• Tipos; À base de óxido de zinco e eugenol (OZE), Cimentos resinosos, Contendo
hidróxido de cálcio, À base de ionômero de vidro, À base de silicone, À base de MTA,
GuttaFlow.
• Requisitos; Adesividade, endurecimento lento, fechamento hermético, partículas de pó
fina, radiopacidade, expansão ao endurecer, bacteriostático, não irritar os tecidos
periapicais, insolúvel aos líquidos teciduais, não alterar a cor dos dentes, ser solúvel ao
álcool.
34. • remoção de todo conteúdo da câmara pulpar: essencial para se conseguir a
desinfecção do canal radicular, evitando sua recontaminação e alteração cromática
da coroa dental
• luminosidade e visão do assoalho e entrada dos canais radiculares: obtida com
paredes circundantes lisas e divergentes para à superfície externa da coroa;
• acesso direto à região apical: as paredes circundantes devem permitir a entrada e
os movimentos dos instrumentos nos canis radiculares a fim de evitar limpeza
insuficiente, mudança de forma e posição do forame apical, formação de degrau e
desvio do canal, perfuração radicular, fratura do instrumento, etc...
• selamento cavitário: as paredes circundantes divergentes reterão a restauração
provisória, evitando sua intrusão e conseqüente contaminação do canal.
Jonathan Cardoso 34
35. • - incisivos superiores: triangular;
• - caninos superiores: losangular ou triangular;
• - pré-molares superiores: elíptica (achatamento mésio-distal da coroa);
• - molares superiores: triangular, independente do número de canais;
• - incisivos inferiores: oval ou triangular;
• - caninos inferiores: losangular ou triangular;
• - pré-molares inferiores: oval ou circular; e
• - molares inferiores: trapezoidal ( 2 ou 3 canais) ou quadrangular (4 canais).
Jonathan Cardoso 35
36. Jonathan Cardoso 36
• Idade do paciente
• Posição do dente
• Direção e curvatura radicular
• Amplitude de abertura
• Cáries
• Abrasão
• Erosão
• Restaurações
37. Jonathan Cardoso 37
REMOÇÃO DO TECIDO CAREADO: feito de preferência com broca esférica e curetas
manuais.
ACESSO PROPRIAMENTE DITO (TREPANAÇÃO) E PONTO DE ELEIÇÃO:
Referencial anatômico indicativo do local de inicio da manobra de acesso, sendo específico
para cada grupo dental.
DELIMITAÇÃO DO PREPRARO: Forma de contorno; tempo de contorno pelo qual a
forma cavitária é obtida pela remoção integral do teto da câmara pulpar, incluindo cornos
pulpares no sentido de eliminar toda e qualquer área retentiva responsável pelo acúmulo e
depósito de detrito.
38. Jonathan Cardoso 38
Forma de conveniência; o contorno é complementado e modificado pela forma de
conveniência , visando-se propiciar melhores condições de luminosidade e acesso pela
plainação e divergência das paredes cavitárias no sentido da fase de trabalho.
TRATAMENTO DAS PAREDES DE ESMALTE: remoção de todo esmalte sem suporte
dentirário e arredondamento do ângulo cavo-superficial.
ESVAZIAMENTO DA CÂMARA PULPAR: tempo operatório que usa melhorar as
condições da localização e identificação dos canais radiculares (usamos hipoclorito de
sódio + instrumentos endodônticos
PREPARO DO ORIFÍCIO DE ENTRADA DOS CANAIS: Objetiva-se a remoção
dentinária e moldagem do orifício de entrada, promovendo condições favoráveis a
penetração de instrumentos endodônticos.
39. Jonathan Cardoso 39
DESGASTE COMPENSATÓRIO: Consiste na remoção dentinária em pontos estratégicos
da câmara pulpar e/ou entrada do canal. Objetiva-se livrar os instrumentos endodônticos de
tensões induzidas por fatores anatômicos
LIMPEZA DA CAVIDADE PREPARADA: tempo operatório em que o preparo é concluído
mediante a irrigação/aspiração de solução detergente complementando por mercha de
algodão esterilizada.
41. Odontometria
DEFINIÇÃO: determinação e delimitação do campo cirúrgico.
MÉTODO E DETERMINAÇÃO: técnicas radiográficas e cálculo matemático e
eletrônicos.
TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS: paralelismo e bissetriz excêntrica.
TÉCNICAS DE ODONTOMETRIA: Bregman, Ingle (mais usada), Paiva e
Antoniase.
REFERENCIAL: para dentes anteriores incisais e ápice radicular. Para posteriores
oclusal mais ápice radicular, descobrir o comprimento da cúspide ao ápice.
Jonathan Cardoso 41
42. Medidas/comprimentos
CRD: comprimento real do dente
CRI: comprimento real do instrumento
CRC: comprimento real do canal
CRT: comprimento real de trabalho
CAD: comprimento aparente do dente
CAI: comprimento aparente do instrumental
Jonathan Cardoso 42
43. Técnica de Ingle
1. Obter a radiografia de diagnóstico (também chamada de radiografia inicial);
2. Medir o dente na radiografia de diagnóstico (CAD), desde a borda incisal (ou
ponta da cúspide) até o ápice;
3. Diminuir 3 mm desta medida e transferir este comprimento para uma lima ISO
(ex: #15), marcando com um cursor de silicone. Este é o CRI;
4. Colocar o instrumento no interior do canal radicular, de modo que o cursor toque
a borda incisal ou a cúspide do dente. Não utilize limas Hedström;
5. Realizar uma nova tomada radiográfica;
6. Na radiografia, medir a diferença entre a ponta do instrumento e o ápice radicular
(x);
Jonathan Cardoso 43
44. Jonathan Cardoso 44
7. Somar o CRI com a medida da ponta do instrumento ao ápice da raiz. Desta forma, será
obtido o CRD;
8. Diminua 1 milímetro do CRD e transfira a nova medida para o instrumento;
9. Este é o CRT;
10. Realizar nova tomada radiográfica.
• Caso o instrumento na segunda radiografia de odontometria não estiver no CRT, volte ao
item 6;
• Ao determinar corretamente o CRT, anote a medida de cada canal na ficha do paciente,
pois estes dados serão usados posteriormente.
OBSERVAÇÃO: Na odontometria o limite apical pode variar de acordo com a condição do
periápice;
Sem lesão; 0,5 a 1 mm
Com lesão; 1 a 1,5 mm
Com lesão e reabsorção; 1,5 a 2mm
46. Conceitos
PQC: busca a modelagem do canal e sanificação (substância físico química
antimicrobiana). Na nomenclatura pode se apresentar como preparo químico
mecânico ou preparo biomecânico.
INSTRUMENTAÇÃO: é a fase do tratamento que visa a sanificação e modelagem
do sistema de canais radiculares, pela ação de limas e substâncias químicas com o
objetivo de permitir a obturação adequada do mesmo.
SANIFICAÇÃO: limpeza e desinfecção, promovida por substância química.
DIÂMETRO DO CANAL: amplo (35), médio (20/30) e atresiado (15).
CPC ou CP: comprimento de patente do canal ou comprimento de patência. É a
medida obtida desde o ponto de referência coronária até a abertura do forame apical
na superfície externa da raiz. Instrumento de patência equivale ao último
instrumento utilizado em todo comprimento do canal.
Jonathan Cardoso 46
47. Jonathan Cardoso 47
AMPLIAÇÃO DA CONSTRIÇÃO APICAL: ampliação e regularização da constrição com
o objetivo da confecção do degrau apical.
DEGRAU APICAL: é o rebaixo onde o cone principal de obturação se encaixa
confeccionado no CRT
TÉCNICAS: manual (digital) e mecânica (rotatório oscilatório, sônicos ou ultrassônicos e
híbridos)
FUNDAMENTOS DA INTRUMENTAÇÃO:
1. Seleção do instrumento
2. Apreensão do instrumento
3. Posição de tratamento
4. Ponto de referência
5. Adequação do instrumento
A- Pré curvatura
B- Calibragem
48. Técnica
QUANTIDADE DE LIMAS: Polpa viva ( 4 limas) e polpa morta (5 limas).
INTRODUÇÃO:
1. ¼ de volta horária
2. ¼ de volta anti-horaria
3. pressão apical
EXPLORAÇÃO:
1. Limas TK #6/8/10;
2. Exploração
3. introdução e retrocesso
4. rotação alterada
Jonathan Cardoso 48
49. Jonathan Cardoso 49
ESVAZIAMENTO:
1. Introdução e posicionamento
2. Rotação horária
3. Tração
LIMAGEM:
1. Introdução e posicionamento
2. Pressão lateral
3. Tração
ALARGAMENTO E LIMAGEM
1. Introdução e posicionamento
2. Rotação horária
3. Pressão lateral
4. Tração
50. Instrumentação
Para canais retos utilizamos a técnica seriada convencional. Para canais retos,
curvos e atresiados utilizamos técnicas de limite dinâmico, técnica telescópica,
escalonada, segmentada.
CINEMÁTICA: movimento dos instrumentos endodônticos no interior dos canais
radiculares; A apreensão do instrumento deve ser realizada utilizando-se os dedos
polegar e indicador, de modo que os demais dedos atuem como apoio ao
movimento de Penetração: ¼ de volta à direita e ¼ de volta à esquerda, ligeira
pressão apical até sentir resistência e tração no sentido oclusal / incisal. Este
movimento deve ser repetido até que se alcance o CRT, a partir daí se inicia a ação
propriamente dita.
AÇÃO PROPRIAMENTE DITA: A lima penetra passivamente no CRT, e é
pressionada contra uma parede e traciona-se no sentido oblíquo para outra parede –
tração em viés, até que percorra todas as paredes do canal, com máxima extensão de
3mm.
Jonathan Cardoso 50
51. Jonathan Cardoso 51
RETIRADA: Em um movimento seguindo o longo eixo do dente, traciona-se para oclusal
/ incisal sem exercer pressão nas paredes do canal.
PREPARO APICAL: Utilizando-se uma lima superior à última utilizada no preparo, e
atingindo o CRT, fazer movimento de ¼ de volta à direita e tração oclusal / incisal, repetir
duas ou três vezes o movimento.
52. Substâncias utilizadas
ENDO-PTC: promove uma reação de efervescência continuada com a liberação de
oxigênio, que favorece a instrumentação, atuando como agente lubrificante,
antimicrobiano, solvente de matéria orgânica, desodorizante, clareador e detergente por
promover a saponificação de lipídios. Utiliza-o junto a cada lima durante a
instrumentação e o troca sempre que a reação de efervescência acabar.
HIPOCLORITO DE SÓDIO: 0,5% Líquido de Dakin, estabilizado por ácido bórico.
1% solução de Milton, estabilizado por cloreto de sódio. Atua como solvente de matéria
orgânica, antimicrobiano, saponificante, desintoxicante. Usado na irrigação.
EDTA-T: ação descalcificante, capacidade de remoção de matéria inorgânica, aumento
da permeabilidade dentinária, abertura dos túbulos dentinários, além da associação do
tergentol na solução (tensoativo aniônico). Sua utilização se dá como irrigação final (no
mínimo 5ml), na remoção da matéria inorgânica e abertura de túbulos, ou para
instrumentação, em casos de canais com dentina muito calcificada, devido a sua ação
quelante.
Jonathan Cardoso 52
53. Jonathan Cardoso 53
EDTA: O EDTA é um eficiente descalcificante, com ação quelante (capaz de fixar ions
metálicos) e possui alto poder lesivo sobre os tecidos perirradiculares. Indicado para canais
atresiados ou calcificados, remoção da camada residual formada durante PQC. Para
remoção da camada residual, utilizar durante 3 minutos, e para descalcificar de 10 a 15
minutos.
DETERGENTE ANIÔNICO: Usado na fase final do PQC, depois do uso de EDTA-T
(irrigação com 5ml) e também como auxiliar para retirar materiais obturadores e
medicação intra-canal. O tergentol é o mais usado. Não possuem ação antimicrobiana, e
não agride os tecidos, sendo portanto mais indicado do que o detergente catiônico.
54. Irrigação
OBJETIVO:
1. Neutralizar e diluir substâncias irritantes (toxinas)
2. Reduzir o número de microorganismos
3. Condicionamento tecidual com instrumento cirúrgico
4. Umedecimento do remanescente tecidual
5. Umectação do canal
6. Facilitar a instrumentação mecânica
7. Umedificação, solubilização e remoção de partículas
8. Ampliar a área de limpeza e desinfecção
Jonathan Cardoso 54
55. Aspiração
OBJETIVOS:
1. Intensificar o refluxo
2. Minimizar as pressões hidrostáticas
3. Movimentação e remoção do líquido irrigador
4. Auxiliar a remoção do conteúdo do canal (limpeza)
5. Secagem
MECANISMO DE AÇÃO: promove a tração de líquidos e partículas pela formação
de vácuo. Assim ao aumentar a diferença entre as pressões intensificam refluxos.
PRESSÃO POSITIVA: agulha irrigadora está abaixo da agulha aspiradora
PRESSÃO NEGATIVA: agulha irrigadora está acima da agulha aspiradora.
Jonathan Cardoso 55
56. Finalizando PQC
1. Após instrumentar com ultima lima e irrigar com hipoclorito, colocar EDTA-T
e deixar agir por 3 minutos.
2. Irrigar e aspirar com detergente aniônico, como por exemplo o tergentol, com
no mínimo 5 ml.
3. Aspirar e secar com papel absorvente
4. Colocar MIC ou já realizar a prova do cone.
Jonathan Cardoso 56
58. Conceitos relacionados a MIC
DEFINIÇÃO DE MIC: É amedicação tópica utilizada entre as sessões clínicas,
também conhecida como “curativo de demora”.
OBJETIVO: Eliminar microorganismos remanescentes ao PQC e reduzir a
inflamação dos tecidos apicais e periapicais. Na polpa viva tem função de controlar
a reação inflamatória e na necrose pulpar de combater a infecção.
QUANDO UTILIZAR A MIC:
• Falta de habilidade do profissional
• Tempo curto de trabalho
• Sobreinstrumentação
• Utilização de soluções irrigadoras irritantes
Jonathan Cardoso 58
59. Otosporin
COMPOSIÇÃO:
• Hidrocortisona; potencial anti-inflamatório moderado.
• Sulfato de neomicina; bactérias anaeróbias facultativas
• Sulfato de Polimixina B; bactérias Gram-negativas.
INDICAÇÕES: em polpa viva usa-se como medicação antes do PQC. Em
retratamento de canal, pode ser utilizado após retirar a obturação e antes do PQC.
PROPRIEDADES: Redução da inflamação do coto periodontal e combate a uma
possível infecção.
Jonathan Cardoso 59
60. Hidróxido de Cálcio [Ca(OH)2]
COMPOSIÇÃO: Ca(OH)2 em pó associado com um veículo que pode ser; soro
fisiológico, anestésico, água destilada ou propilenoglicol.
INDICAÇÕES: Medicação intracanal em polpa viva pos PQC, em polpa morta
antes e após PQC.
PROPRIEDADES: ação antimicrobiana, indutor de mineralização e neutralização
de endotoxinas.
Jonathan Cardoso 60
61. MIC em polpa viva
ANTES DO PQC: Após realizar Cirurgia de acesso e pulpotomia, colocar no
assoalho da câmara ou na entrada do(s) orifício(s) do(s) canal(ais) uma bolinha de
algodão estéril embebida na medicação Otosporin. A escolha deste medicamento
segue o principio da associação de um antibiótico com um corticosteroide. O Prazo
recomendado que esta medicação deverá ficar no dente deve ser de 1 semana.
Deverá ser feito um selamento provisório com CIV.
PÓS PQC: Após realizar o PQC, usar EDTA durante 3 a 5 minutos. Feito isto,
colocar MIC de Hidróxido de Cálcio (pó) misturado com um dos veículos
apropriados, deixando em consistência semelhante a Iogurte e preencher quase todo
o canal, deixando apenas 1 mm restante antes de vedar o orifício completamente.
Este ultimo mm deverá ser preenchido com o mesmo Hidroxido de Calcio, porém
em consistência de “massa de vidraceiro”, como se fosse uma rolha, e deverá vedra
o orifício, tampando sua entrada e visão. O tempo de permanência desta MIC, tem o
mínimo recomendável de 7 dias, ideal de 14 e máximo de 60 dias.
Jonathan Cardoso 61
62. MIC em Polpa morta
ANTES DO PQC: Colocar hidróxido de Cálcio sob consistência de iogurte em
quase todo o canal radicular, e fazer uma rolha final sob consistência de massa de
vidraceiro vedando o orifício e assoalho da câmara. Realizar selamento provisório
com CIV. Deixar por 1 semana.
PÓS PQC: Repetir o mesmo processo usando hidróxido de Cálcio. Realizar
selamento provisório com CIV. O tempo de permanência desta MIC, tem o mínimo
recomendável de 7 dias, ideal de 14 e máximo de 60 dias.
Jonathan Cardoso 62
64. Prova do cone
OBJETIVO: Definir o cone principal e os acessórios, para posteriormente seguir
com a obturação.
PROCEDIMENTO: Selecionar um cone principal de diâmetro igual a ultima lima
empregada na manobra de preparo apical (PA),desinfetar o cone principal e os
secundários, colocando-os num pote dappen repleto de hipoclorito de sódio à 1% ou
clorexidina inundando os cones com estas substâncias. Deixar por 5 minutos. A
seleção do cone principal de obturação é condicionada aos testes visual, táctil e
radiográfico.
Teste visual: verificamos se o cone chega ao CRT visualizando-o na referência
oclusal ou incisal, o qual não deve ultrapassá-la mesmo quando forçado em
direção apical.
Jonathan Cardoso 64
65. Jonathan Cardoso 65
Teste táctil; o cone deve apresentar travamento apical, pequena resistência quando
tracionado em direção oclusal ou incisal. Não manusear os cones de guta percha com a
pinça clínica, devido não transferir sensibilidade táctil necessária para o procedimento.
Tal resistência deve ser observada com a pinça perry.
Teste radiográfico; devemos verificar se o canal cirúrgico respeitou os limites do canal
anatômico, se cone principal de obturação atingiu o limite determinado na radiografia de
confirmação de odontometria - CRT e a adaptação do mesmo nos 3 últimos milimetros.
Obs: Após a seleção do cone principal, marcar o cone na referência oclusal ou incisal,
imprimindo pressão com o mordente da pinça perry e, retirá-lo, coloca-lo num pote dappen
repleto de hipoclorito de sódio à 1% ou clorexidina inundando o cone com estas
substâncias. Deixar agir por 5 minutos.
66. Secagem do canal
OBJETIVO: deixar completamente seco o canal para que o cimento fique aderido
as paredes, e não reste substâncias que atrapalhe no completo e correto vedamento.
1. Iniciar aspiração com cânulas de grosso, médio e fino calibre, respectivamente,
de cervical à proximidades do comprimento de trabalho.
2. Seguir a secagem com cones de papel, de calibre e comprimento idêntico ao
instrumento utilizado no preparo apical.
3. Normalmente utiliza-se no máximo 3 cones de papel de mesmo calibre do
instrumento do preparo apical para secar adequadamente o canal, à partir deste
número, se os cones de papel ainda evidenciar a presença de umidade-
exsudação (serosa, hemorrágica ou purulenta), provavelmente estamos diante
de um processo inflamatório persistente ou contaminação residual. O qual seria
necessário rever o CRT com o instrumento do PA, recapitular as 2 últimas limas
do PQC, renovar a MIC, selamento provisório e aguardar outra sessão.
Jonathan Cardoso 66
67. Conceitos relacionados a Obturação
OBJETIVOS: eliminar a luz do canal radicular, impedir a migração de micro-
organismos, impedir a penetração de exsudato, evitar liberação de toxinas e
alergenos e manter o canal radicular sanificado.
QUANDO OBTURAR: ausência de sinais (exsudato, tumefação, mobilidade, dor
espontânea) e ausência de sintomas (dor provocada, palpação, percussão).
REQUISITO DOS MATERIAIS OBTURADORES:
• Radiopacidade
• Biocompativel
• Fácil manipulação e remoção
• Apresentar estabilidade dimensional
• Ser impermeável
Jonathan Cardoso 67
68. Jonathan Cardoso 68
• Ser estéril
• Ser insolúvel nos líquidos teciduais
• Não sofrer oxidação ou corrosão
• Não provocar alteração cromática
• Bacteriostático ou bactericida
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS:
Pastas: antissépticas e alcalinas. Atuam mais como medicação intracanal
Cimentos: zinco enólicos, hidróxido de cálcio, CIV, silicone. Mais fácil de remover
posteriormente.
Plásticos: resinosos. Usado mais quando se tem certeza do sucesso do canal, pois tem
remoção dificultada.
Sólidos: guta-persha. Atua mais como retenção do cimento.
69. Jonathan Cardoso 69
REQUISITOS DOS CIMENTOS OBTURADORES:
• Adesividade
• Endurecimento lento
• Fechamento hermético
• Particulas de pó fina
• Radiopacidade
• Expansão ao endurecer
• Bacteriostatico
• Não irritar os tecidos periapicais
• Insoluvel aos líquidos teciduais
• Não alterar a cor do dente
• Ser solúvel ao álcool
70. Técnica de obturação
1. Remoção do curativo
2. Irrigação com detergente aniônico
3. Secagem com cone de papel com movimentos circulares removendo até todo o
cone sair seco. Deixá-lo em posição até aplicação do cimento.
4. CIMENTAÇÃO:
• Para manipulação, utilizar placa de vidro ou bloco de papel.
a) Aglutinação; pó no líquido.
b) Espatulação; movimentos circulares aumentando o raio
c) Trituração; remover os grânulos
d) Homegeinização; “ponto de bala”
Jonathan Cardoso 70
71. Jonathan Cardoso 71
5. Introdução do cone de guta percha principal envolto em cimento, no CRT, levando
cimento ao interior da cavidade antes de posiciona-lo fixamente no canal.
6. Com um espaçador previamente selecionado, realiza-se a condensação lateral
(introdução até 1mm aquém do CRT).
7. Remova o espaçador com rotação no sentido anti-horário e, imediatamente, introduza
um cone secundário ou acessório no local.
8. Para espaçadores A ou B, utilize cones R7 e, para espaçadores C ou D, cones R8
9. Repita este procedimento até o total preenchimento do canal.
10. A medida que o canal vai sendo preenchido, o espaçador entra cada vez menos em
profundidade no canal
11. Se algum cone acessório entortar no momento da introdução, retire-o e insira outro no
local.
12. Quando o espaçador não entrar mais, indica que o canal já está totalmente preenchido
72. Jonathan Cardoso 72
13. Para se verificar a qualidade da obturação, realiza-se uma nova tomada radiográfica
14. Se não houver necessidade correções, o excesso coronário dos cones é cortado no nível
cervical com um condensador de Paiva aquecido em lamparina, compatível com o diâmetro
do canal
15. Com um condensador de Paiva frio, realiza-se a condensação vertical do material
obturador
16. Desta forma há uma melhor adaptação do material obturador às paredes do canal
17. Finalmente, realiza-se a limpeza da cavidade pulpar com uma bolinha de algodão e
álcool, e realiza-se a restauração provisória
18. Após a remoção do isolamento absoluto, realiza-se a radiografia final para
documentação do caso
74. Pulpotomia
DEFINIÇÃO: consiste na técnica em que se remove a polpa coronária, quando a
lesão não chega a atingir a polpa radicular.
INDICAÇÃO: indicada somente em casos que a lesão inflamatória restringe-se a
uma pequena porção da polpa coronária, por exemplo: traumatismo com exposição
pulpar, ou ainda uma exposição pulpar durante a remoção do tecido cariado.
PROTOCOLO:
1. Anestesia;
2. Isolamento absoluto;
3. Remoção da dentina cariada;
4. Remoção do teto da câmara pulpar. Irrigação e aspiração com Dakin pressão +
5. Excisão da polpa coronária com curetas afiadas ou broca esférica lisa. Cortar a
0,5 mm abaixo da entrada dos canal(is) radicular(es);
Jonathan Cardoso 74
75. Jonathan Cardoso 75
6. Lavagem abundante da ferida cirúrgica (água destilada, soro fisiológico ou
detergente específico);
7. Hemostasia espontânea e secagem da cavidade com bolinha de algodão estéril.
8. Aplicação da solução de corticosteroide-antibiótico por 10 a 15 minutos.
9. Aplicação do hidróxido de cálcio puro pró-análise (ele deve estar em contato com a
polpa para agir) e cimento para cobrir o hidróxido de cálcio ou aplicação de uma camada
de MTA;
10. Remoção do excesso de material das paredes laterais.
11. Colocação da restauração provisória ou imediata.
OBS.: : A solução irrigada deve ser fisiológica ou neutra (soro, água destilada, detergente
específico), hipoclorito e anestésicos são contra indicados. Para maior sucesso indica-se
sessão dupla, com a colocação de corticosteróide-antibiótico sobre a polpa por 2 a 7 dias,
porém é necessário uma ótima restauração provisória para que não haja infiltração.
76. Pulpectomia
DEFINIÇÃO: Corte e remoção da polpa radicular, sã ou patológica, porém viva.
INDICAÇÃO: Lesões inflamatórias irreversíveis da polpa, periodontopatias, finalidade
protética, acidentes operatórios em dentística, traumas ou fraturas coronárias e dúvidas de
diagnóstico.
PROTOCOLO:
1. Anestesia
2. Isolamento do campo operatório
3. Acesso e preparo da câmara pulpar, irrigação e aspiração pressão positiva com Dakin
4. Pulpotomia com curetas afiladas
5. Condicionamento químico do conteúdo com líquido de Dakin (0,5 %)
6. Odontometria
Jonathan Cardoso 76
77. Jonathan Cardoso 77
7. Condicionamento físico do conteúdo (translação do instrumento em torno do eixo
longitudinal do canal radicular).
8. Ressecção do filete pulpar radicular
9. PQC
10. MIC
11. Selamento cavitário
12. Obturação
78. Penetração desinfectante
DEFINIÇÃO: visa neutralizar e/ou remover o conteúdo necrótico,
microorganismos, substratos e produtos bacterianos encontrados no interior do
canal radicular (fatores bacteriológicos), sem levar estes componentes à porção
apical ou, eventualmente, à região periapical (fator biológico).
INDICAÇÃO: Polpas já necrosadas ou mortificadas, pós patologias ou trauma.
PROTOCOLO:
1. Anestesia
2. Isolamento absoluto
3. Acesso e preparo da câmara pulpar
4. Condicionamento químico do conteúdo
5. Condicionamento físico do conteúdo
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79. Jonathan Cardoso 79
6. Esvaziamento cérvico-apical
7. Odontometria
8. PQC
9. MIC
10. Obturação
Obs.: Durante a irrigação, a pressão deve ser negativa. O esvaziamento deverá ser feito por
terços.
80. Apexogênese
DENIFINIÇÃO: Tratamento de polpa viva com rizogênese incompleta ou ápice
aberto. Realizada em dois tempos.
PROTOCOLO:
1. Anestesia
2. Isolamento do campo operatório
3. Cirurgia de acesso
4. Pulpotomia
5. Coloca OZE
6. Selamento provisório
7. Aguardar a formação completa da raiz
Jonathan Cardoso 80
81. Jonathan Cardoso 81
8. Após a raiz se formar (tempo 2), retirar o selamento e todo material que foi colocado
9. Realizar a pulpectomia
10. PQC
11. Obturação
12. Restauração
82. Apicificação
DEFINIÇÃO: Tratamento de polpa morta com rizogênese incompleta ou ápice
aberto. Feita em dois tempos.
PROTOCOLO:
1. Anestesia
2. Isolamento absoluto
3. Cirurgia de acesso
4. Esvaziamento por terço, não ultrapassando o ápice aberto do dente.
5. Colocação da pasta indutora e selar provisoriamente
6. Aguardar e acompanhar o caso até a formação de uma barreira mineralizada na
região apical (2º tempo).
Jonathan Cardoso 82
83. Jonathan Cardoso 83
7. No segundo tempo, retirar todo o selamento
8. Odontometria
9. Realizar PQC
10. Obturação
11. Restauração
OBS.: poderá ser necessário a manutenção da pasta indutora, trocando-a periodicamente.
85. Doenças do periápice
NATUREZA DEGENERATIVA: natureza metabólica e tem como etiologia o trauma.
Pode se dividir ainda em Reabsorção (radicular e displasia fibrosa) ou Deposição
(hipercementose e anquilose)
NATUREZA INFLAMATÓRIA: natureza vascular e tem como etiologia a cárie.
Podem ser divididas em Inespecífica (Pericementite), Exsudativas ( Pericementite
aguda ou crônica e abscesso periapical agudo ou crônico) e Proliferativas (granuloma e
cisto)
SÍTIO PRIMÁRIO: ligamento periodontal apical
SÍTIO SECUNDÁRIO: osso
COMPLICAÇÕES PRIMÁRIAS: periapicite, pericementite, abscesso, granuloma e
cisto.
COMPLICAÇÕES SECUNDÁRIAS: Osteíte, Periostite, osteomielite.
Jonathan Cardoso 85
86. Hipersensibilidade dentinária
DEFINIÇÃO: Dentina exposta e túbulos dentinários expostos havendo presença de dor
exacerbada.
• Tratamento: Aplicação de dessensibilizantes, fluoreto de sódio, oxalatos de potássio;
laser Nd:YAG. Utilização de dentifrícios a base de cloreto e estrôncio ou nitrato de
potássio.
Jonathan Cardoso 86
87. Pulpite reversível
DEFINIÇÃO: Inflamação ou infecção presente na polpa, ao qual ainda não houve
comprometimento total da mesma. Neste caso, é possível reverter o estado de polpa
doente para polpa saudável. Ausência de sensibilidade apical. A polpa se mostraria
com sangramento e consistência normais. Ausência de tumefação, extrusão e
mobilidade. Não se observa alteração no exame radiográfico.
Jonathan Cardoso 87
Pulpite reversível crônica Pulpite reversível aguda
Aparecimento da dor Provocado Espontâneo
Teste com frio Provocado Exacerbado
Teste com calor Indiferente Aliviado
Declínio da dor Rápido Precisa de medicação
Tratamento: Tratamento conservador com remoção da causa (geralmente cárie).
88. Pulpite irreversível
DEFINIÇÃO: Se a polpa sofre injuria ou agressão por tal fator, e este não é removido,
poderá se desenvolver um quadro inflamatório que possa comprometer toda a polpa
levando-a a um estado irreversível, ao qual o próximo passo será a sua mortificação. Pode
apresentar coloração alterada, sensibilidade e espessamento apical. A polpa se mostraria
com sangramento discreto, escuro ou claro e com consistência pastosa. Não apresenta
alterações radiográficas, a não ser um leve espessamento apical, em casos evoluídos.
TRATAMENTO: pulpotomia em primeiro instante com MIC, e depois a pulpectomia.
Jonathan Cardoso 88
Pulpite irreversível crônica Pulpite irreversível aguda
Aparecimento da dor Provocado Espontâneo
Teste com frio Indiferente Aliviado
Teste com calor Provocada Intensificado
Declínio da dor Lento Inexistente
89. Necrose/Mortificação pulpar
DEFINIÇÃO: decorrente da inflamação aguda e crônica e das alterações degenerativas sem
tratamento que surtam a circulação sangüínea (infarto pulpar). A necrose se dar por 2
processos sobre as proteínas teciduais: digestão enzimática com conseqüente liquefação e
desnaturação com conseqüente coagulação.
O dente não responderá aos testes de vitalidade, mas poderá ter dor a percussão vertical.
Paciente queixa-se de “dente crescido”
Dente pode apresentar alteração de cor
Rx: Periápice normal, com espessamento do ligamento periodontal ou presença de lesão
periapical.
Em seu retrospecto, pode ter apresentado dor intensa, capeamento pulpar ou
restaurações.
TRATAMENTO: penetração desinfectante.
Jonathan Cardoso 89
90. Periapicite
DEFINIÇÃO: Manifestações celulares que acontece na região do ápice, logo depois
que a polpa morre. Ocorre a inflamação desta região e sua posterior sensibilização,
o que explica a dor.
RX; não demonstra nenhuma imagem
Sintomatologia dolorosa
Palpação com resposta positiva (dor)
Percussão vertical com resposta positiva
TRATAMENTO:
Jonathan Cardoso 90
91. Pericementite primária
DEFINIÇÃO: representa a inflamação do ligamento periodontal ocasionada por traumas
oclusal (bruxismo, contato prematuro, interferência) e dental (concussão, fratura coronária,
etc), uso abusivo de substâncias químicas tóxicas no canal radicular e sobreinstrumentação
durante a pulpectomia.
Dor espontânea, aguda, pulsátil ou continua, difusa
Palpação apical com resposta positiva (dor)
Sensação de dente crescido
Extrema dor a percussão horizontal
No RX observa-se ligeira extrusão dentária.
TRATAMENTO: Quando por trauma oclusal, consiste no alivio articular, prescrição de
analgésico e ou antinflamatório e controle da vitalidade pulpar. Se for devido pulpectomia,
faz-se irrigações tênues e profusas, medicação intracanal, e também o alivio articular.
Jonathan Cardoso 91
92. Pericementite secundária
DEFINIÇÃO: caracteriza-se pela presença de microrganismos. Na maioria dos casos, a
etiologia são as bactérias localizadas no canal com mortificação pulpar as quais podem
ultrapassar o forame apical e atingir o ligamento periodontal, gerando esta agressão.
Dor espontânea de caráter continuo
Dor localizada pelo paciente
Extrema sensibilidade a percussão
Paciente se queixa de dente crescido
Teste de palpação apical positivo
RX; espessamento do ligamento periodontal com ligeira extrusão dentária
Geralmente apresenta polpa morta, no que não responderá aos testes de vitalidade.
TRATAMENTO: penetração desinfectante, MIC, medicação sistêmica e alivio articular.
Jonathan Cardoso 92
93. Abscesso Periapical
DEFINIÇÃO: é uma coleção purulenta circunscrita e localizada no interior dos tecidos que
circundam à raiz dental. Surge comumente como resultado da extensão de uma infecção da
polpa dental para os tecidos periapicais. Contudo, pode ocorrer também em conseqüência
de um traumatismo sobre o dente que venha a provocar a necrose por coagulação da polpa,
pela irritação dos tecidos periapicais por substância química nos canais radiculares, pela
manipulação mecânica desses canais durante o tratamento endodôntico ou por movimento
mal dosado dos dentes tratados ortodonticamente.
FASES DO ABSCESSO:
1. Fase inicial ou intraósseo; não apresenta tumefação. o dente extremamente doloroso à
percussão e à palpação apical devido a presença do o pus na região de pericemento,
ligeiramente extruídoem seu alvéolo e com mobilidade. A dor é severa, espontânea,
localizada e de caráter contínuo e pulsátil. Não há edema, mas sim mobilidade e
extrusão dental, que também pode ser visto no RX. Como tratamento; esvaziamento do
canal, drenagem via canal, MIC com hidróxido de Cálcio, repouso articular e
medicação sistêmica. Esperar resposta do paciente para prosseguir tratamento.
Jonathan Cardoso 93
94. Jonathan Cardoso 94
2. Fase em evolução ou sub periostal; apresenta tumefação difusa, dura e lenhosa. Ocorre
a invasão do pus no osso esponjoso e abaixo do periósteo. A dor é intensa, irradiada,
espontânea, contínua e pulsátil. A mobilidade e extrusão dental estão acentuadas. Há
sensibilidade ao toque e espessamento e sensibilidade apical. Os nódulos linfáticos
ficam ingurgitados, doloridos e com o volume aumentado Sensibilidade dolorosa a
palpação e percussão. Podem agredir os tecidos moles, formando edema, porém sem
pús. Pode ocorrer a halitose, febre, prostração e o trismo. Como Tratamento:
Esvaziamento do canal, faz-se a incisão com descolamento, colocação de dreno, MIC,
selamento cavitário, medicação sistêmica acompanhando por 48 horas. Depois se o
paciente apresentar boa resposta e ausência de sintomatologia, prossegue com o
tratamento endodôntico.
3. Fase Evoluida ou submucosa pode ainda se dividir em duas fases:
a) Submucosa difusa ou Celulite; tumefação difusa e flácida. A dor é menos intensa,
porém, difusa, espontânea, contínua e pulsátil. Pode haver hálito fétido, febre,
prostração e trismo. Há sensibilidade ao toque e apical, mobilidade e extrusão dental.
95. Jonathan Cardoso 95
Tratamento: esvaziamento do canal, drenagem via canal, bochecho com calor para
ajudar a drenagem, MIC com hidróxido de Cálcio, repouso articular, medicação
sistêmica.
b. Submucosa localizada ou parúlide; tumefação localizada e flácida. A dor é menos
intensa do que a celulite, porém ainda difusa, espontânea, contínua e pulsátil. Pode
haver hálito fétido, febre, prostração e trismo. Há sensibilidade ao toque apical,
mobilidade e extrusão dental. Tratamento: Esvaziamento do canal, drenagem via canal,
MIC com hidróxido de cálcio, repouso articular, medicação sistêmica.
OBS.: abscessos delimitados não necessitam de prescrever antibióticos.
O uso de antibióticos por via sistêmica, somente é recomendado quando há presença de
sinais locais de disseminação do processo infeccioso (Ex: Linfadenite, celulite, trismo,
etc) ou sinais e sintomas de ordem sistêmica (Febre, taquicardia, falta de apetite, mal-
estar geral, etc).
96. Jonathan Cardoso 96
Indicação da Medicação sistêmica:
Abcessos difusos
Febre
Mal-estar
Prostração
Pacientes com alterações metabólicas
Pacientes imunossuprimidos
Previamente ao procedimento de drenagem e como terapia de manutenção
Dose de ataque do antibiótico deve ser administrada 30 a 45 minutos antes do início dos
procedimentos clínicos.
Há maior incidência de exacerbação dolorosa quando o dente é deixado aberto.
97. Flare-ups
DEFINIÇÃO: Exacerbação aguda da dor após o início ou continuação do
tratamento endodôntico. As causa podem ser por debridamento inadequado,
Extrusão de resíduos, Sobreinstrumentação e sobreobturação, Microbiologia e
imunologia, Lesão periapical, Dor pré-operatória ou Retratamento. Tratamento:
remoção do agente agressor, correção do erro cometido, irrigação/aspiração,
curativo de demora com MIC, medicação sistêmica quando necessária, antibiótico,
anti-inflamatório e analgésico.
Jonathan Cardoso 97
99. Conseitos
DOR: uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a uma lesão
tecidular real ou virtual, ou descrita em termos duma tal lesão. Pode ser somática
(mais externa e na periferia) ou visceral (mais interna). Nela existem dois
componentes; psíquico (ansiedade) e somático (angustia).
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: Enterais (quando eles entram em contato com
qualquer um dos segmentos do trato gastrointestinal) e parenteral (que não interage
com o sistema gastrointestinal).
FARMACOCINÉTICA: é o movimento do fármaco pelo organismo após sua
administração, abrangendo os processos de absorção, distribuição,
biotransformação e eliminação.
FARMACODINÂMICA: é o ramo da ciência que estuda os mecanismos de ação do
fármaco e seus efeitos.
Jonathan Cardoso 99
100. Sedação mínima e tranquilizantes
MAIS ELEITOS: Os benzodiazepínicos.
QUANDO USAR: quadro de ansiedade aguda não controlada, intervenções mais
invasivas, no atendimento de pacientes portadores de doença cardiovascular, asma
brônquica ou com história de episódios convulsivos, minimizar estresse e medo do
paciente, logo após traumatismos dentários acidentais.
BENZODIAZEPÍNICOS MAIS USADOS NA ODONTOLOGIA:
1. Diazepam 5 e 10 mg
2. Lorazepam 1-2 mg
3. Alprazolam 0,5-0,75 mg
4. Midazolam 7,5-15 mg
5. Bromazepam 3 e 6 mg
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101. Jonathan Cardoso 101
CRITÉRIOS DE ESCOLHA:
Procedimento de no máximo 60 minutos em paciente jovem; Midazolam ou alprazolam
Crianças; Diazepam (5mg) e Midazolam (7,5mg)
Idosos; Lorazepam
Procedimentos demorados; Diazepam
POSOLOGIA: definida para tomar antes do inicio do procedimento:
Midazolam: 30 minutos antes
Alprazolam: 45-60 minutos antes
Diazepam: 60 minutos antes, ou na noite anterior se o atendimento for dentro de 12 hrs.
Lorazepam: 2 horas antes
Bromazepam: 1 horas antes
102. Analgésicos
DEFINIÇÃO: medicamentos que irão atuar no controle, dimuição ou inibição total da dor.
CLASSE UTILIZADA:
• Opiáceos ( ação central); como a morfina, codeína ou tramadol.
• Não opiáceos (ação periférica); como o AAS, dipirona, paracetamol.
MAIS USADOS EM ODONTOLOGIA:
1. Dipirona 500 mg a 1g
2. Paracetamol 500 mg-750 mg
3. Ibuprofeno 50 a 600 mg
4. Paracetamol associado a codeína de 30mg (retenção de receita C)
5. Paracetamol associado com tramadol de 50mg (retenção de receita C)
Jonathan Cardoso 102
103. Jonathan Cardoso 103
POSOLOGIA: geralmente a posologia não se prolonga por mais de 48 horas. Mas deverá
ser prolongada se ainda houver dor.
Dipirona; 500 a 1 g intervalo de 4 a 6 horas
Paracetamol; 500-750 mg intervalo de 6 horas
Ibuprofeno; 200 mg intervalo de 6 horas
Paracetamol + codeína 30mg; intervalo de 6 horas
Paracetamol + tramadol 50mg; intervalo de 8 horas
Crianças; pode ser dipirona 500mg/ml ou paracetamol 200mg/ml ou ibuprofeno
50mg/ml, calculando uma gota por KG da criança e no máximo de 40 gotas.
104. Anti-inflamatórios
DEFINIÇÃO: fármacos que agem no processo de inflamação, inibindo
seletivamente ou total.
CLASSIFICAÇÃO: esteroidais e não-esteroidais (AINEs)
INDICAÇÃO NA ENDODONTIA: fase aguda da inflamação, antes de
procedimentos invasivos ou agressivos 1 hora antes, uso tópico nas pulpotomias,
pulpectomias e pos PQC, e também como medicação sistêmica.
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS: mais vendidos. Agem inibindo a
COX 1 e 2 ou somente uma delas. Por isso podem ser classificados como;
a. Inibidores não seletivos para COX-2; Ibuprofeno, cetoprofeno, diclofenaco,
cetorolaco, piroxicam, naproxeno, tenoxicam e aceclofenaco.
b. Inibidores seletivos para COX-2; Etoricoxibe, Celecoxibe, meloxicam e
nimesulida.
Jonathan Cardoso 104
105. Jonathan Cardoso 105
ANTI-INFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS: agem inibindo a fosfolipase A2, que é o
“disparo do gatilho” para ocorrer a inflamação. Portanto ele reduz a disponibilidade de
ácido aracdônico, e por consequência, a síntese de substâncias pró-inflamatórias.
PRINCIPAIS A. ESTEROIDAIS:
1. Hidrocortisona – duração de ação curta
2. Prednisona - intermediaria
3. Prednisolona - intermediaria
4. Triamcinolona - intermediaria
5. Dexametasona - prolongada
6. Betametasona – prolongada
POSOLOGIA AINES(principais):
Cetorolaco 10 mg; intervalo de 8 em 8hr
Diclofenaco potássico 50mg; 8-12 horas
106. Jonathan Cardoso 106
Ibuprofeno 400-600 mg; 8-12 hrs
Nimesulida 100mg; 12 hrs
Cetoprofeno 150 mg; 24 hrs
Piroxicam 20mg; 24 hrs
Tenoxicam 20 mg; 24 hrs
Meloxicam 15mg; 24 hrs
Celecoxibe 200mg; 12-24 hrs
Etoricoxibe 60-90 mg; 24 hrs
POSOLOGIA A. ESTOROIDAIS(principais): usados para analgesia preemptiva
Dexametasona ou betametasona de 4 a 8 mg em adultos, administrada 1 horas antes do
inicio da intervenção ou procedimento.
Em crianças, usar betametasona 0,5 mg/ml obedecendo a regra de 1 gota por Kg, 1 hora
antes do inicio do procedimento e intervenção
107. Antibióticos
DEFINIÇÃO: substâncias químicas, obtidas de microorganismos vivos ou de
processos semissintéticos, que têm a propriedade de inibir o crescimento de
microorganismos patogênicos ou destruí-los.
CLASSIFICAÇÃO:
I. Ação biológica: bactericidas (mata os microorganismos) ou bacteriostáticos (
inibem o crescimento e a multiplicação dos microorganismos.
II. Espectro de ação: baseado na eficácia terapêutica contra determinadas espécies
de microorganismos.
III. Mecanismo de ação: que atuam na parede celular, na síntese de proteínas ou na
síntese de ácidos nucleicos
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108. Jonathan Cardoso 108
GRUPOS DE ANTIBIÓTICOS E OS PRINCIPAIS ELEITOS:
Penicilinas; ampicilina e amoxicilina
Cefalosporina; cefalexina e cefadroxila
Eritromicinas; azitromicina e claritromicina
Lincosamidas; frademicina e clindamicina
Macrolideos;
QUANDO PRESCREVER DENTRO DA ENDODONTIA: edema acentuado, exsudato
continuo, febre, medida profilática, infecção avançada, paciente imuno comprometido.
POSOLOGIA:
1. Penicilina V 500mg, intervalod de 6 em 6 horas
2. Ampicilina 500mg; 6horas
3. Amoxicilina 500 mg ou 875; 8 ou 12 hrs
4. Metronidazol 250 mg ou 400 mg; 8 ou 12 hrs
5. Amoxicilina +clavulanato 500 mg + 125; 8 hrs
109. Jonathan Cardoso 109
6. Cefalexina 500mg; 6hrs
7. Eritromicina 500mg; 6 hrs
8. Claritromicina 500mg; 12 hrs
9. Azitromicina 500mg; 24 hrs
10. Clidamicina 300mg; 8hrs
PACIENTES ALERGICOS AS PENICILINAS: Eleger em primeira escolha a
Clindamicina 300 mg de 8 em 8 horas e em segunda escolha a Eritromicina 500mg de 6
em 6 horas.
DOSE PROFILÁTICA RECOMENDADA PELAAMERICAN HEART: 2g de
amoxicilina em dose única antes do procedimento. Se o paciente for alérgico utilizar a
clindamicina 600 mg 1 hora antes ou azitromicina 500 mg.