A Grécia era composta por várias cidades-estado (pólis) independentes, cada uma com suas próprias leis e governo. Atenas estabeleceu a primeira democracia, onde todos os cidadãos (homens livres) podiam participar da assembleia e votar. No entanto, escravos, mulheres e estrangeiros não tinham direitos políticos.
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
História da Grécia Antiga e do Império Romano
1. Historia
Grécia
(página 14, 19, 24)
- Grécia fica na Europa, na Península Balcânica e havia Grécia Continental, Grécia
Insular e Grécia Asiática. Onde eles viviam, o solo era árido, era montanhoso, havia
poucos rios e o litoral era com bons portos naturais. O clima era quente e seco e era
mau para a agricultura e houve problemas porque tinham de cultivar alimentos
suficientes para a maioria da Pólis. O mar era muito importante para Atenas.
- Os gregos viviam em PÓLIS (cidade-estado, pequenas cidades dentro do país) com
uma cultura, história e línguas iguais. A comunicação entre as Pólis era difícil por causa
das montanhas.
Cada Pólis tinha as suas próprias leis, uma moeda própria, território (cidade + compras
envolventes), um governo, corpo civil (grupo de pessoas responsáveis pelo governo).
Organização Física da Pólis (página 27)
● Zona Rural
● Zona Urbana - Habitação
- Edifícios Públicos (a maioria eram da Ágora)
Acrópole – vida religiosa
Asty
Ágora – praça publica, centro de vida pública e económica
Cronologia
● Oligarquia – governo de poucos, ou seja eram poucos os que governavam.
● Tirania – uma pessoa governa, e utiliza a força/exército.
● Democracia – Clistenes – “Pai” desta democracia.
1º Modelo de democracia ateniense
2. No Mundo Fragmentado dos gregos é a cultura que assegura a Unidade:
- A mesma língua
- Os mesmos deuses
- Os mesmos santuários
- A mesma forma de vida
Helenos
(pan helenismo)
Democracia
Desafogo Económico
Atenas – centro cultural
Filosofia, teatro
Artistas
Grandiosos Espectáculos
Democracia: O povo governa
O povo elege quem governa
Democracia Representativa – Através do voto, o povo elege quem governa.
Democracia Directa – Todos os cidadãos tinha acento na assembleia (Éclesia) e todos
tinham igualdade no direito à palavra e à sua opinião. Não havia representante. Esta
era a democracia de Atenas.
Limites da democracia ateniense:
- Escravatura
- Discriminação das mulheres
- Conceitos de cidadão
Corpo Cívico Actual – qualquer pessoa que possa votar – cidadão
3. Grécia Clássica
Cidadão – homem com mais de 20 anos, filhos de pai e mãe ateniense, com serviço
militar cumprido. Apenas os cidadãos podem pertencer ao corpo cívico. Eram os
únicos com direitos políticos. A mãe do cidadão é a família e o pai era cidadão.
Todos os cidadãos podem votar, podem dizer o que pensam acerca dos assuntos, têm
todos acento na assembleia (Eclésia) = Democracia Directa
Famílias dos cidadãos – eram familiares que não eram cidadão ou não eram
atenienses. Não tinham directos políticos. As mulheres eram mães, cuidavam dos
filhos e tomavam conta da casa.
Metecos: estrangeiros que residiam em Atenas, para ser meteco bastava não tinham o
pai ou a mãe ou os dois atenienses, vinham doutra cidade, mesmo se fosse a cidade ao
lado, era grandes negociadores, dedicavam às actividades (ex: trabalhavam em terras,
comércio, etc), eram responsável pela riqueza do país porque tinham de pagar
impostos.
Escravo – “objecto”, pertencia a alguém e tinha de fazer o que o dono dizia. Serviam
para trabalhar, eram obrigados a ir à guerra. (página 38 – definição de escravo e o
gráfico)
Escravo pedagogo – acompanhava o futuro cidadão à escola
Mulher Legitima – mulher casada com um cidadão.
Apeniques – local onde reuniam (ao ar livre, anfiteatro ou numa montanha).
(Página 31 Doc. 9)
A partir de Péricles o grau de riqueza não fazia diferença, antes disso era ao contrário.
Péricles introduziu a ideia de pagar a todos os cidadãos para participarem na
assembleia, achava que todos os cidadãos tinham de ter igualdade, até aos ricos
pagava para não haver limitações que impossibilitassem a ida dos cidadãos à
assembleia, o que antes de Péricles acontecia devido ao dinheiro.
4. Fundamentos da democracia ateniense (Péricles):
- ISONOMIA (igualdade dos cidadãos perante a lei)
- ISOCRACIA (igualdade dos cidadãos no acesso a cargos políticos)
- ISEGORIA (igualdade dos cidadãos no uso da palavra, eram todos ouvidos da mesma
forma – retórica e oratória)
Mecanismos de garantia de funcionamento de sistema:
- OSTRACISMOS
- GRAPHÈ PARANOMON
- PRESTAÇÃO DE CONTAS
Estrategos – governar a cidade – é por eleição porque as pessoas têm de ter certas
características adequados. Tinham de seres grandes líderes.
Bulé – tratar das leis, faz leis mais específicos – poder legislativo
Os buleutas iam para as pritanias para 36 dias.
Pritonias – tratavam diariamente das leis.
Gineceu – sala destinada a mulheres e filhos.
Eclésia – estavam lá os cidadãos
- tinha o poder de votar as leis
- tinha o poder de fazer as leis – poder legislativo
Oratória – arte de bem falar.
Escolas Rectórias – preparavam os futuros cidadãos a arte de bem falar, de
argumentar.
Helieu – julgavam muitos crimes.
A religião era sempre a explicação para os acontecimentos do dia-a-dia explica-se
através dos deuses.
5. As pessoas dos arcontes quando eram mais velhos iam para o areópago – porque
tinham mais experiência – tratavam de crimes.
Nos julgamentos o acusador e o juiz tinham o mesmo tempo – que era medido pelo
relógio de água. (página 34)
Perigos: Protecção da Democracia (página 36 e 37)
Ostracismo – todos os anos, reunidos na Ágora, os membros da Eclésia escreviam
numa placa o nome de um cidadão que estava a ser perturbador do bom
funcionamento da democracia. Caso se reunissem 6000 votos, esse cidadão era
ostracizado, ou seja posto de parte e tinha que sair da cidade-estado durante 10 anos.
Isto aconteceu porque podia ser um grande perigo para a democracia a tomada de um
poder apenas por um homem (que se estava a achar demasiado importante).
Veto – contra
Demagogia – fazer uma proposta que embora idealmente seja correcta mas que não
tem aplicação prática. A pessoa que faz demagogia mente e não faz o que diz.
Escultura Grega:
- Não eram muito realistas na escultura.
- Matematizaram a arquitectura, era tudo equilibrado, cada coisa tinha uma
determinada medida, só assim é que era beleza.
- Os gregos davam mais importância aos edifícios públicos do que a sua própria casa.
- Cada escultura tinha uma mensagem – a acção (a fazer qualquer coisa).
- A maioria dos edifícios eram feitos de Calcário (principal) e Mármore.
- Os gregos, ao construírem um edifício não utilizam arcos, não conseguiram fazer
edifícios tão altos como os romanos, porque usavam rectas.
- Edifícios dos gregos eram feitos com isto.
6. - Não tinham só uma ordem tinham 3 – JÓNICA, DÓRICA e CURINTIA (não é muito
utilizado)
- Os edifícios e as estatuas eram pintados para ter um ar mais humano.
(página 55, 56 e 57(explicar))
Jónica – associada ao feminino
Dórica – associada ao masculino
Templo: casa do deus
- O Friso parece que tem linha direitas mas na verdade são um pouco curvada.
- Frontão tinha escultura também mas agora estão num museu.
- Duas pessoas queriam ser protectores da cidade:
- Atena ofereceu paz e uma oliveira.
- o outro ofereceu uma fonte com água
- Haviam 2 tipos de escultura:
- Vulvo Redondo
- Relevo
- A maioria das pinturas e as esculturas perderam-se.
- Faziam pinturas nas paredes das casas mais ricas.
- Os gregos faziam pinturas nos vasos que eram figuras geométricas.
Roma, cidade ordenadora do Império
- Latinos e Sabinos estavam em Itália no princípio
- Roma passou a uma república
- Antes de 27 a.C. já existia o império romano mas só territorial – onde conquistavam
várias terras. Depois de 27 a.C. ainda era império territorial mas tinha um poder
político.
- Octávio César Augusto enquanto imperador ele tinha este nome, só depois de
morrer, tornou-se Augusto.
- Os romanos usavam os nomes César e Augusto em honra.
7. Séc. VIII a.C. – fundação de um povoado nas margens do Rio Tibre.
- Etruscos (povos mais importantes) conquistam a cidade e fundam uma monarquia.
- Crescimento e enriquecimento da cidade.
- 509 a.C. fundação da República (até 27 a.C.)
Foi nesta altura que foi o inicio da expansão territorial.
Página 73
- Foi conquistado em 4 fases.
1- V a.C. e IV a.C. – Foi conquistada a Península Itálica.
2- III a.C. e II a.C. – Península Ibérica, Península
Balcânica, territórios no Norte de África, costa adriática
da Península Balcânica, Ásia Menor, Sul da Gália, Médio
Oriente
3- I a.C. e I d.C. – Alargamento de fronteira: Ásia Menor,
Médio Oriente, Norte de África, Sul da Bretanha
4- II d.C. (…) – Alargamento de todas as fronteiras.
Mare Nostrum
=
Lago Romano
- Império Romano demorou acerca de 3 séculos a ser conquistada.
- A Europa e os seus estados nasceram com a queda do Império Romano.
Motivações para a conquista:
1º - Necessidade de DEFESA.
2º - Razões económicas, de poder, de prestígio, RIQUEZA.
- Para os romanos os bárbaros eram pessoas com um nível de vida mais baixo que eles
e que não falavam latim nem grego.
- O Império Romano durou mil anos.
- O Império tinha uma variedade de povos (gregos, semi-nomadas, romanos…)
- As cidades eram “urbes” porque tinham muralhas à volta, porque eram importantes,
as pessoas lá dentro faziam comércio para sobreviver.
(página 74)
8. Elementos de ligação entre os cidadãos do Império romano
- Administração – relativa autonomia das cidades centralizada em Roma.
- Direito Romano
- Rede Viária (estradas) e Mar Mediterrâneo
- Exército (importante) – se uma pessoa fosse para o exército tinham mais
probabilidade a conquistar mais terras e aprendiam o latim, os direitos humanos, etc…
- Imperador
- O acesso à cidadania – primeiro só os romanos podiam ser cidadãos, depois alargou
para quase todo o Império.
(página 75/77)
Ancião – pessoas normalmente mais velhas e com famílias perto do rei.
Patrícios – pessoas ricas e próximas do rei
Plebeus – não pertencem às famílias perto do rei.
Os que não são importantes:
- Escravos
- Libertos
- Clientes
Libertos – antigos escravos que foram libertos, os seus filhos já vão ser plebeus.
Alguns clientes podem ser patrícios ou plebeus.
República
A coisa de todos/coisa pública
9. - Os magistrados ficaram com o poder do rei quando foi a implantação da república.
EDIS da plebe – representantes do povo romano.
(página 75)
Cidadãos Romanos – cidadãos que iam para a guerra.
POVO ROMANO ≠ CIDADÃO ROMANO
SÃO TODO
SÓ CIDADÃOS
- Senado romano chegou a ter 600 pessoas.
- As mulheres tinham a mesma educação que os cidadãos.
O Direito Romano
Há dois tipos de direitos:
- O direito enquanto um conjunto de leis/regras.
- O direito enquanto qualquer coisa a aceder (fazer qualquer coisa).
(Pág. 81 – descrição do direito romano)
O direito romano divide-se em:
- Direito Público
- Direito Privado
Direito Consuetudinário – conjunto de normas.
Os plebeus eram os mais prejudicados com esse direito.
As leis não indicavam o que acontecia se uma pessoa desrespeitasse as leis, ficava ao
critério do juiz e dependia da sociedade desse local – o que acontecia.
10. Lei das 12 tábuas (séc. X a.C.) – leis mais adequados.
Exemplo: uma pessoa roubava uma maçã –
metiam uma lei a proibir as pessoas a roubar uma
maçã…
Quem podia fazer leis:
- Senadores
- Espretores (magistrados)
- Imperador
- Jurisconsulto
- Províncias
Havia repetições, contradições, etc, nas Leis Das 12 Tábuas, havia tantas leis que era
muito confuso (milhares de leis para o Império Romano).
Resolução
O imperador Justiniano vai encarregar um grupo de pessoas para fazer uma
reorganização das leis. Isto é reunir todas as leis romanas e eliminar as repetições, as
contradições, etc, e conseguir fazer leis de tal maneira abrangente (simples).
E isto foi chamado o CÓDIGO JUSTINIANO. (página 82)
Exemplo: Em vez de haver uma lei que diz
não roubar maçãs e outra que diz não
roubar peras – fazer uma só.
Qualquer acção que uma pessoa fizesse a desrespeitar as leis tinha o mesmo
tratamento em todo o império romano.
Direito de cidadania (direito dos habitantes da cidade)
Cidade
11. Não Cidadãos
(sem direito de cidadania)
Cidadãos
(com direitos de cidadania)
- Estipendiárias
- Feteradas
(pagavam impostos nesta
cidade)
- Colónias (Direito Romano)
- Municípios (não tinham
D.R. mas tinha quase que
era o Direito Latina)
Se um cidadão de Roma tiver Direito Romano e for para uma cidade de Estpendiária –
ainda mantém o seu D.R., e ao contrário também.
Em 212 – Edicto de Caracala
Em 212 tirou o D.R. E O D.L. e alargou o direito de cidadania para todo o império
romano.
(página 85 – resumo)
Acrescentar:
- o exercito
- a administração
- o latim (língua oficial do império romano)
(página 84)
32. Octávio César Augusto
- Octávio ficou “primeiro cidadão” = a mesma importâncias que um deus.
- Octávio disse: - Não adoram a mim (pessoa) mas sim aquilo que faço.
Pontifex Macimus = o cargo do poder da religião
Augusto estava à espera que Senado lhe entregasse o poder da religião às suas mãos.
Ele depois ficou com o poder todo e tem um controlo muito grande sobre o Império
Romano.
O Senado mandava mas se o imperador não concordasse com a ideia ele mudava.
Sucessão Hereditário – o reino passa de pai para filho…
O imperador une os países todos do império romano, mandava um homem para cada
país para organizar aquilo.
O Governo do Mundo Romano na República e no Império
● As principais instituições de governo da república são o senado, as comícios e as
magistraturas.
● As instituições da república adaptavam-se à governação de um território de pequena
dimensão. As conquistas, situações de conflito e de guerra civil conduziram os vários
períodos de ditadura.
● Ao contrário de Júlio César, Octávio, politico ábil, conseguiu a concentração dos
poderes conservando a aparência da manutenção das instituições republicanas.
● Octávio promoveu a divinização das virtudes imperiais (paz augusta, vitória augusta,
justiça augusta, liberdade augusta).
● O culto ao imperador e a Roma são factores de coesão e unidade politica no império.
● Octávio consegue criar, mantendo a aparência de uma república, uma monarquia. A
questão da sucessão ficou resolvida deixando o cargo do imperador a escolha do
33. sucessor, o que garantia que o mesmo continuava investido do poder do povo (poder
tribunício).