Angola é um país da costa ocidental da África, limitado a norte e leste pela República Democrática do Congo e Zâmbia, a sul pela Namíbia e a oeste pelo Oceano Atlântico. A capital e maior cidade é Luanda. O documento descreve pontos turísticos, o processo de independência, línguas, literatura, música e comidas típicas de Angola.
2. LOCALIZAÇÃO
Angola, oficialmente República
de Angola, é um país da costa
ocidental de África, cujo território
principal é limitado a norte e a
nordeste pela República
Democrática do Congo, a leste
pela Zâmbia, a sul pela Namíbia
e a oeste pelo Oceano Atlântico.
Inclui também o enclave de
Cabinda, através do qual faz
fronteira com a República do
Congo, a norte. A capital e a
maior cidade de Angola é
Luanda.
3. PONTOS TURÍSTICOS
As Quedas de Kalandula
As quedas de Kalandula constituem a
fascinante atração turística da província de
Malanje e uma das mais importantes de
Angola. Ocorrem, no rio Lucala e possuem
cerca de 400 metros de altura, e 105 metros
de altura. São as segundas quedas mais
altas de África.
As Pedras Negras de Pungu-a-Ndongo
As Pedras Negras são um conjunto de
blocos rochosos de dimensões descomunais
que ocorrem na localidade de Pungu-a-
Ndongo, município de Cacuso, província de
Malanje.
O conjunto é composto por rochas intrusivas
que terão sido expostas pela erosão, ao
longo dos séculos e por rochas
sedimentares (arenitos e conglomerados)
bem consolidados.
4. PROCESSO DE
INDEPENDÊNCIA
No dia 10 de Novembro de 1975, o Alto Comissário e Governador-
Geral de Angola, almirante Leonel Cardoso, em nome do Governo
Português, proclamou a independência de Angola, transferindo a
soberania de Portugal, não para um determinado movimento político,
mas sim para o “Povo Angolano”, de forma efetiva a partir de 11 de
Novembro de 1975.
Evolução
O controlo de Angola estava dividido pelos três maiores grupos nacionalista
MPLA, UNITA e FNLA, pelo que a independência foi proclamada
unilateralmente, pelos três movimentos.
O MPLA que controlava a capital, Luanda, proclamou a Independência da
República Popular de Angola às 23h00min horas do dia 11 de Novembro de
1975, pela voz de Agostinho Neto dizendo, "diante de África e do mundo
proclamo a Independência de Angola”.
Holden Roberto, líder da FNLA, proclamava a Independência da República
Popular e Democrática de Angola à meia-noite do dia 11 de Novembro, no
Ambriz.
Nesse mesmo dia, a independência foi também proclamada em Nova Lisboa
5. ATUALIDADE
Apenas prevaleceu como independência reconhecida
internacionalmente, a proclamação do MPLA, passando a
FNLA e a UNITA, a partidos da oposição.
6. LÍNGUAS E VOCABULÁRIOS
O português é a língua oficial de Angolanota um, mas o país conta com seis
línguas africanas reconhecidas como línguas nacionais — o ucôkwe (pronuncia-
se tchocué), o kikongo, o kimbundu, o umbundu, o nganguela e o ukwanyama. 2
— e mais outras línguas africanas e inúmeras dialectosnota dois.
Os Ovimbundu constituem hoje um pouco mais da terça parte da população, e a
sua língua, o umbundu, é, por conseguinte a segunda língua mais falada em
Angola (a seguir ao português) com quatro milhões ou mais de falantes.
O segundo grupo são os Ambundu que representam cerca da quarta parte da
população. A sua língua, o kimbundu, é falado por cerca de três milhões de
falantes, maioritariamente na zona centro-norte, no eixo Luanda-Malanje e no
Kwanza-Sul. O kimbundu é uma língua com grande relevância, por ser a língua
tradicional da capital, hoje provavelmente com mais de cinco milhões de
habitantes. O kimbundu legou muitas palavras à língua portuguesa e importou
desta, também, muitos vocábulos.
No norte, nas províncias do (Uíge, do Zaire) e parte do Kwanza-Norte, concentra-
se a maior parte dos Bakongo que representam hoje pouco mais de 10% da
população. A sua língua kikongo (ou kikoongo) era a do antigo Reino do Kongo e
tem diversos dialetos (tal como também as tem o umbundu e o kimbundu). Onde
boa parte aprendeu também o francês e o Lingala, língua de comunicação na
7. LÍNGUAS E VOCABULÁRIOS
Os Côkwe estão presentes numa boa parte do leste de Angola, desde a
Lunda Norte ao Moxico e mesmo ao Bié. A língua côkwe tem vindo a
sobrepor ao lunda, mas aparentemente não às línguas de outros povos.
Os povos designados como Ganguela - Lwena, Luvale, Mbunda, Lwimbi,
Kangala, Ambwila, Lutchaz, Kamachi etc. não constituem uma etnia
abrangente, e cada um fala a sua língua, embora estas sejam de certo modo
aparentadas. A que frequentemente se designa como "língua nganguela" e
tem atualmente o estatuto de "língua nacional" é na verdade apenas a de
uma população residente a leste e sul de [[Menongue]].
Por último, cerca de 3% da população atual é caucasiana (maioritariamente
de origem portuguesa) ou mestiça, população que se concentra
primariamente nas cidades e tem o português por língua materna.
8. SITUAÇÃO DO PORTUGUÊS
A adopção da língua do antigo colonizador como língua oficial foi um
processo comum à grande maioria dos países africanos. No entanto, em
Angola deu-se o facto pouco comum de uma intensa disseminação do
português entre a população angolana, a ponto de haver uma expressiva
parcela da população que tem como sua única língua aquela herdada do
colonizador.
São vários os motivos que explicam esse fenómeno. O principal foi à
implantação, pelo regime colonial português, de uma política assimiladora
que visava a adopção, pelos angolanos, de hábitos e valores portugueses,
considerados "civilizados", entre os quais se encontrava o domínio da língua
portuguesa.
Apesar de ser um processo impositivo, a adopção do português como língua
de comunicação corrente em Angola propiciou também a veiculação de
ideias de emancipação em certos sectores da sociedade angolana. A própria
implantação do novo Estado nacional reforçou a presença do português,
usado no exército, no sistema administrativo, no sistema escolar, nos meios
de comunicação, etc.
9. SITUAÇÃO DO PORTUGUÊS
Embora as línguas nacionais ainda sejam as línguas maternas da maioria da
população, o português é já a primeira língua de 30% da população
angolana—proporção que se apresenta muito superior na capital do país—e
60% dos angolanos afirmam usa-la como primeira ou segunda língua.
Língua oficial e do ensino e um dos fatores de unificação e integração social,
o português encontra-se aqui em permanente transformação. As
interferências linguísticas resultantes do seu contato com as línguas
nacionais, a criação de novas palavras e expressões forjadas pelo génio
inventivo popular, bem como certos desvios à norma padrão de Portugal,
imprimem-lhe uma nova força, vinculando-a e adaptando-a cada vez mais à
realidade angolana. Alguns dos muitos exemplos são as palavras: "kamba",
"kota", "caçula" ou "bazar", que provêm de vocábulos kimbundu, di-kamba
(amigo), dikota (mais velho), kasule (o filho mais novo) e kubaza (fugir),
respectivamente.
A língua literária em Angola distinguiu-se sempre pela presença das línguas
locais, expressamente em diálogos ou interferindo fortemente nas estruturas
do português. Embora quase exclusivamente em língua portuguesa, a
literatura angolana conta também com algumas obras em kimbundu e
10. LITERATURA
Agostinho Neto
Político, médico e poeta, António Agostinho
Neto, nascido a 17 de setembro de 1922, foi o
primeiro presidente da República Popular de
Angola. Desde cedo um opositor do domínio
colonial português, foi por várias vezes detido
em Lisboa, onde se licenciou em Medicina, e em
Cabo Verde. Em 1962, fugiu para Marrocos,
onde se juntou ao movimento de libertação no
exílio. No mesmo ano foi eleito presidente do
Movimento Popular para a Libertação de Angola
(MPLA). Nessa qualidade, proclamou, a 11 de
novembro de 1975, a independência do país.
Colaborou em várias revistas, jornais e publicações culturais e publicou
diversos livros, dos quais se destacam o seu primeiro livro, Náusea (1952),
Quatro Poemas de Agostinho Neto (1957), Com os Olhos Secos (1963) e
Sagrada Esperança (1974). Recebeu o prémio Lótus (1970) e o Prémio
Nacional de Literatura (1975).
11. LITERATURA
A 10 de Setembro de 1979, morre
(assassinado) numa mesa de
operações do principal hospital de
Moscovo ( Rússia ). Foi assim...
O povo já chorou tudo quanto podia, quando lhe foi
receber o corpo embalsamado ao mesmo aeroporto
que transbordara de alegria naquele 4 de Fevereiro de
75, aos gritos de "Neto" Neto! Neto". Agora gritou,
sem ser em coro: "Mataram-no, mataram-no!", com as
mulheres a rasgarem os panos e a cobrirem a cabeça
de terra. Já chorámos tudo. Nem komba (ritual de luto
com carpideiras) teve, nosso Pai da Pátria, guardado
num caixão de vidro para a gente o ver, aiué!, para a
gente o ver como ele não estivesse connosco, dentro
de nós, sagrada esperança. O povo em Luanda chorando a morte do seu Presidente.
12. LITERATURA
A vida de um homem do tamanho deste filho de África não se conta numa noite. Ficou
muito por falar, muitos nomes por dizer, muitas estórias pequenas, algumas grandes
também, guardadas para outra fogueira, se for o caso...Não se pode chorar mais.
Funeral de Agostinho Neto em Luanda.
13. PRINCIPAIS OBRA S LITERÁRIAS
Poesia
1957 Quatro Poemas de Agostinho Neto, Póvoa do Varzim,
e.a.
1961 Poemas, Lisboa, Casa dos Estudantes do Império
1974 Sagrada Esperança, Lisboa, Sá da Costa (inclui os
poemas dos dois primeiros livros)
1982 A Renúncia Impossível, Luanda, INALD (edição
póstuma)
Política
1974 - Quem é o inimigo… qual é o nosso objectivo?
1976 - Destruir o velho para construir o novo
1980 - Ainda o meu sonho
14. PRINCIPAIS OBRA S LITERÁRIAS
CRIAR
Criar criar
criar no espírito criar no músculo criar no
nervo
criar no homem criar na massa
criar
criar com os olhos secos
Criar criar
sobre a profanação da floresta
sobre a fortaleza impudica do chicote
criar sobre o perfume dos troncos serrados
criar
criar com os olhos secos
Criar criar
gargalhadas sobre o escárnio da palmatória
coragem nas pontas das botas do roceiro
força no esfrangalhado das portas
violentadas
firmeza no vermelho-sangue da insegurança
Criar criar
estrelas sobre o camartelo guerreiro
paz sobre o choro das crianças
paz sobre o suor sobre a lágrima do
contrato
paz sobre o ódio
criar
criar paz com os olhos secos.
Criar criar
criar liberdade nas estradas escravas
algemas de amor nos caminhos
paganizados do amor
sons festivos sobre o balanceio dos
corpos em forcas [simuladas]
criar
criar amor com os olhos secos.
15. MÚSICA/DANÇA
Danza Kuduro (Dança Kuduro)
Kuduro é um género musical e, sobretudo um género de dança surgida em Angola.
São influenciados por outros géneros como Sungura, Kizomba, Semba, Ragga,
Afro House e Rap.
Recentemente, o Kuduro tornou-se um fenómeno musical em todos os países de
língua portuguesa, assim como em outras partes do mundo1 , principalmente após
o lançamento dos hits Vem Dançar Kuduro e Danza Kuduro, dos cantores Lucenzo
e Don Omar
Video Danza Kuduro*
Estilo musical
As letras caracterizam-se pela sua simplicidade e humor. São geralmente escritas
em português, e muitas vezes com algum vocabulário de línguas angolanas (por
exemplo, kimbundo), tais como as musicas Da Dombolo, de Dj SL, ou Salale de Dog
Murras
16. MÚSICA/DANÇA
Origem
O kuduro surgiu no finail dos anos 80, primeiro como uma dança e com o
passar do tempo evoluindo para um género musical, estilo house africano
em que se misturam elementos eletrõnicos com o folclore tradicional, feito
pelo povo mais pobre de Luanda e com os meios precários que dispunham.
A musica é peculiar no uso de breaks e funk muito utilizados nos anos 80
para criar melodias, mas utilizando loops e letras explícitas, que acabam
por ser um reflexo de boa parte da população dois.
O nome da dança referia-se a um movimento peculiar em que os
dançarinos parecem ter a "bunda" dura, simulando uma forma agressiva e
agitada de dançar como os golpes de Van Damme, que segundo Tony
Amado, autoproclamado criador do Kuduro, foi de onde surgiu a ideia da
dança, depois de o mesmo ver o filme de 1988, de Jean Claude Van
Damme, Força Destruidora (Bloodsport), em que ele aparece num bar, todo
bêbado, a dançar com um estilo muito rijo e pouco habitual para aquela
época.
17. COMIDAS TÍPICAS
Culinária Angolana
Apesar de todas as precariedades no país, há muito que se destacar de
positivo na Angola, além das inúmeras manifestações culturais, a culinária
angolana ganha bastante destaque. A culinária angolana recebe grande
influência da culinária portuguesa e também de Moçambique. É marcada
também pela mistura de métodos da cozinha brasileira, africana e
portuguesa.
A culinária angolana é constituída basicamente por pratos elaborados a
base de carnes, porém as carnes são consumidas secas. Outro prato
bastante comum são os peixes, que ganham sabor e requinte combinados
com ingredientes selecionados, porém, ingredientes simples. A culinária
angolana não faz o uso de molhos sofisticados ou de combinações
requintadas, a combinação é feita com ingredientes comuns e simples, mas
que combinados corretamente dão um sabor especial a culinária angolana.
18. COMIDAS TÍPICAS
Os pratos mais famosos da Culinária Angolana
Um dos pratos mais famosos da culinária angolana são os funge, um prato típico
da região, semelhante à polenta, feito a base de farinha de mandioca ou milho.
Pode ter várias combinações, como a quisaca, que nada mais são do que folhas
do pé de mandioca maceradas, que são cozidas ou temperadas. Pode ser
servida também com peixe ensopado ou peixe seco cozido.
Outro prato típico da região é a muamba, que é preparado com galinha, peixe ou
carne juntamente com quiabos e óleo de palma, uma especiaria que é sempre
utilizada na preparação das comidas angolanas. É muito consumido também na
região angolana, feijão feito com o óleo de palma, além de muitos outros pratos,
que na sua maioria, tem como ingrediente principal a carne acompanhada de um
molho especial. Restaurantes da Angola
Muitos são os pratos e temperos que garantem a culinária angolana um sabor
excêntrico e especial. Existem restaurantes especializados nas regiões
angolanas e se destacam os restaurantes localizados na região de Luanda, onde
se concentram ótimos restaurantes e onde se pode degustar dos mais gostosos
pratos da culinária angolana. Uma ótima opção para se apreciar a comida e os
pratos típicos da Angola, podendo assim experimentar as verdadeiras iguarias e