3. MAÇONARIA E TEORIAS
CONSPIRATÓRIAS
1. Introdução
2. Palavras chave
3. Teorias conspiratórias – Conceitos
_ Como se originam?
Prováveis explicações
4. Classificação didática
5. Maçonaria: uma
sociedade secreta?
6. Diferentes Teorias Conspiratórias
7. Epílogo
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
4. 1.INTRODUÇÃO
“HÁ QUATRO ESPÉCIES DE HOMENS NO MUNDO:
• O QUE NADA SABE E NÃO SABE QUE NADA SABE. É
UMA CRIANÇA. ENSINE-O.
• O QUE NADA SABE E PENSA QUE ALGO SABE. É
UM TOLO. EVITE-O.
• O QUE ALGO SABE E NÃO SABE QUE ALGO SABE.
ESTÁ DORMINDO. ACORDE-O.
• O QUE ALGO SABE E SABE QUE ALGO SABE. É UM
SÁBIO. SIGA-O!”
KUAN-TZU
SEC. IV a.C.
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
5. “HÁ TRÊS MANEIRAS DE SE
AGIR SABIAMENTE:
• A PRIMEIRA,
PELA MEDITAÇÃO, QUE É A MAIS NOBRE.
• A SEGUNDA,
PELA IMITAÇÃO, QUE É A MAIS FÁCIL.
• A TERCEIRA,
PELA EXPERIÊNCIA, QUE É A MAIS AMARGA”.
CONFÚCIO
(SECULOS V E IV a.C.)
“O MESTRE POR DEZ MIL GERAÇÕES”
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
6. A mediocridade está destinada a causar prejuízos
se lhe for dada uma oportunidade.
Peter Drucker
Nada mais reconfortante para os medíocres do que
crer que seus infortúnios são obra de uma cúpula
pequena reunida em locais secretos para construir
complôs e dominar a humanidade.
Rodrigo Constantino
Se você conhece o inimigo e a si mesmo, não precisa
temer o resultado de uma centena de batalhas.
Sun Tzu – século IV a.C.
Causas da ausência de razão: ignorância,
intolerância e falsidade
Anônimo
Somente quem sabe é livre (...) na medida em que
possa ser livre.
Ernest Renán
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
7. 2. PALAVRAS-CHAVE
Maçonaria; teorias conspiratórias, razões políticas, Loja P2,
sociedade
secreta,
Inconfidência
Carbonária,
Mineira,
razões
Nova
Ordem
religiosas,
Mundial,
Ordem
do
Templo/Templários, Capela de Rosslyn, Maçonaria e Igreja
Católica, Liga Antimaçônica, Leo Taxil, Maçonaria e Islã,
Testemunhas
de
Jeová,
Mórmons,
Conspiração
Maçônica, os Protocolos dos Sábios do Sião.
Judaico-
8. 3.Teorias conspiratórias – conceitos
Segundo a WIKIPEDIA, é qualquer teoria que explica um
evento histórico ou atual como sendo resultado de um
plano secreto levado a feito geralmente por conspiradores
maquiavélicos e poderosos, tais como "sociedade secreta"
ou "governo sombra" (governantes invisíveis, n.d.r.).
"Desprovidas de bases concretas constituem-se em um
fenômeno cultural que desperta o interesse de estudiosos,
como psicólogos, sociólogos e historiadores, entre outros.
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
9. Por razões as mais diversas, há sempre um público ávido
por tais histórias, e que fazem, então, sucesso na mídia
aética ("imprensa marrom") ou nas rodas de amigos. Afinal,
o narrador "sabe de coisas" que o "comuns dos mortais”
não sabe.
"Teorias
conspiratórias
maçônicas
são
teorias
conspiratórias envolvendo a Maçonaria; centenas de tais
teorias conspiratórias têm sido descritas desde o final dos
anos 1700. (...) Muitos escritores de teorias conspiratórias
têm ligado os maçons (e os Cavaleiros Templários) com a
adoração do diabo, essas idéias foram baseadas em
interpretações erradas das doutrinas (sic - a Maçonaria não
tem doutrina – n.d.r.) das referidas organizações."
“SE EU NÃO FIZER ALGO, NADA FICARÁ MELHOR”.
NATHANIEL BRANDEN, PH. D.
AUTOR E PSICÓLOGO
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
10. CONSEQUÊNCIAS
Perseguições,
discriminação,
exclusão
social,
incompreensão de familiares e amigos, o descaso, e, talvez
as mais preocupantes, o abandono (ou seria deserção?) das
suas fileiras, o desinteresse e o receio de tantos profanos de
se filiarem à Arte Real, impossibilitando, em muitos casos,
que ela se beneficie dos seus talentos e valores que a
enriqueceriam e lhe possibilitaria prestar serviços ainda
melhores no seu empenho em construir de uma sociedade
mais justa e perfeita na medida em que promove o
crescimento espiritual e intelectual dos seus membros. De
fato, como já se disse, “ a mediocridade pode causar
prejuízos, se lhe for dada uma oportunidade”.
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
11. 4. COMO SE ORIGINAM ?
Há várias explicações para isto:
- a mediocridade;
- a ignorância;
- a má fé;
- interesses contrariados (principalmente religiosos,
políticos,
econômicos )
- ciúme ou inveja;
- represália e/ou ressentimentos;
- supersimplificação;
- generalização de maus exemplos (principalmente de falsos
maçons);
- a infeliz combinação de duas ou mais explicações
anteriores.
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
12. 5. CLASSIFICAÇÃO DIDÁTICA
Podemos classificar, didaticamente, tais teorias
conspiratórias ou a anti-maçonaria a partir de algumas
razões básicas, que, inclusive, podem estar combinadas:
A) Razões políticas (aquelas diretamente ligadas ao poder
político-econômico ou à sua busca).
B) Razões religiosas (ligadas ao poder espiritual, dotadas
de grande conteúdo emocional e, por isto, as mais
utilizadas)
C) Razões sócio-culturais.
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
13. VEJAMOS ALGUNS DOS SEUS ASPECTOS
A) Razões políticas
“Entre as alegações de que a Maçonaria exerce controle
sobre a política, talvez o exemplo mais conhecido é a teoria
da Nova Ordem Mundial, mas existem outras. ... Envolvem
principalmente aspectos e agências do governo dos Estados
Unidos (tais como o escândalo da Itália da Propaganda Dois)
são freqüentes.”
NOTA: A P DOIS ou P2 era uma loja maçônica espúria,
integrada por grandes nomes da igreja e de pessoas a eles
mancomunados com o objetivo de fraudar o Banco do
Vaticano, lavagem de dinheiro e outras fraudes. A sua
história parece fantástica, envolvendo políticos, papas,
órgãos de espionagem, tráfico e ainda mais (daria um bom
romance no estilo de Dan Brown, Umberto Eco etc.).
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
14. UM ESCLARECIMENTO OPORTUNO
Sociedade secreta?
Um entendimento se faz necessário, já que, normalmente, a
Maçonaria é combatida por ser uma “Sociedade Secreta” .
Conceitualmente, uma “Sociedade Secreta” “é aquela que tem
objetivos secretos e oculta a sua existência, assim como os
locais e datas de suas reuniões”. Ora, em quase todas as
cidades onde haja uma Loja Maçônica, ela é perfeitamente
identificável e, com freqüência, há placas informativas dos dias
e horários das suas reuniões. Além disto, qualquer pessoa
alfabetizada pode conhecer tudo a respeito da Maçonaria em
livrarias, bibliotecas, bancas de jornais e revistas e na Internet.
Onde está o “segredo”?
Mais apropriadamente seria considerá-la uma “Ordem
Iniciática” – o que seria complicado para se explicar ao vulgo.
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
15. 7.Lista de teorias de conspiração (políticas) associadas com a Maçonaria
- A Maçonaria se sobrepõem, ou é controlada, pelos
Illuminati, especialmente nos graus mais elevados, e que
secretamente controla muitos aspectos importantes da
sociedade e do governo e que estão trabalhando para
estabelecer a Nova Ordem Mundial. Algumas destas
teorias de conspiração envolvendo os maçons e os
Illuminatti também incluem os cavaleiros templários e os
judeus como parte do suposto plano de controle universal
da sociedade.
- Os maçom têm secretamente conspirado para criar uma
sociedade baseada nos ideais revolucionários de
liberdade, igualdade e fraternidade, separação da Igreja e
do Estado e (na Alemanha nazista) de uma parcela judaica
para a tolerância religiosa.
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
16. - Que a maçonaria é uma frente judaica para a dominação
mundial, ou seja, pelo menos é controlada pelos judeus com
este objetivo. Um exemplo disto seria o famoso (e
amplamente considerado fraudulento) Os Protocolos dos
Sábios do Sião. Hitler proibiu a Maçonaria particularmente
por este motivo. O movimento islâmico palestino Hamas
afirma que a maçonaria é uma “sociedade secreta” fundada
por parte de uma parcela sionista para controlar o mundo.
- Que os maçons realizam reuniões com políticos e
empresários influentes no Clube Boêmio e que uma estátua
de uma coruja (supostamente um símbolo maçônico) é
adorada nessas reuniões
- A Maçonaria persegue comunistas e seria o principal braço
de investigação e execução dos serviços secretos dos
Estados Unidos e Inglaterra.
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
18. - ENVOLVIMENTO COM OS “CARBONARI”
SOCIEDADES SECRETAS REVOLUCIONÁRIAS SURGIDAS
NA ITÁLIA NOS FINS DO SÉCULO 19.
ERA CONSIDERADA “MAÇONARIA EM ARMAS”, PORQUE
SE REUNIA EM “BARACCAS” E INICIAVAM OS SEUS MEMBROS
APRENDIZES. NO GRAU SEGUINTE, DE MESTRE,
ERAM ADMITIDOS MAÇONS SEM NECESSIDADE DE INICIAÇÃO.
PATRIOTAS, LIBERAIS E ANTICLERICAIS, ESPALHARAM-SE
POR VÁRIOS PAÍSES E FORAM DURAMENTE COMBATIDOS
PELOS GOVERNOS OPRESSORES E PELA IGREJA.
Eminentes personalidades dos mundos político, militar, científico
e intelectual delas fizeram parte.
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
19. Conspiração visando uma Nova Ordem Mundial
Em 1912, Émile Flourens, Ministro dos Negócios
Estrangeiros francês, rejeitou a premissa da criação da Liga
das Nações e do Tribunal Permanente de Justiça
Internacional, em um livro indicando a influência maçônica
para criar um governo mundial, a justiça global e uma
religião em uma Nova Ordem Mundial onde o papado seria
excluído. Ele expressou a suposição de que os círculos
maçons queriam eliminar o direito à autodeterminação dos
povos e substituí-lo com o direito internacional.
Hoje, Gary H. Kah considera que a Maçonaria é a força que
organiza a agenda para a Nova Ordem Mundial com um
governo único mundial.
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
20. A ação da Maçonaria na Inconfidência Mineira - Tiradentes
É sempre desagradável depurar a história das lendas e mitos que a
adornam. Com freqüência o herói se revela um anti-herói.
Com o advento da república, proclamada pelo maçom Marechal Deodoro
da Fonseca, o Brasil precisava de um panteão de heróis para despertar e
fortalecer o espírito cívico do seu povo.
Deodoro, de uma forma muito inteligente, pediu a um pintor, seu amigo,
que criasse uma imagem de Tiradentes (não havia registro pictórico de
seu rosto) que pudesse sensibilizar as pessoas e a o aceitarem como um
ícone da nossa história. E não foi por coincidência a sua óbvia
semelhança com Cristo,o guru maior de milhões e milhões de pessoas
(deste autor, inclusive) no Brasil e no mundo. Na maior parte das vezes, o
que os diferencia (Tiradentes e Cristo) é o laço da força e a coroa de
espinhos.
Vejamos a história por trás da história do maçom Tiradentes.
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
21. B) Razões religiosas
As vítimas do fanatismo e da intolerância religiosa podem ser contadas
aos milhões ao longo da história. Quantos crimes terríveis não foram e
ainda o são cometidos em nome (qualquer que seja ele) de Deus? Será
que, após haver criado o mundo (etimologicamente, mundo = limpo),
como querem quase todas as crenças, com o surgimento do homem ele
se terá tornando imundo (imundo = não limpo, sujo)?
Freqüentemente, a visão antropomórfica (formato de homem) de Deus O
transforma em um vingador implacável, irado, terrível, e o amor, que Nele
é excelso, se transforma, nos corações de seres imperfeitos (ou
involuídos) em ódio de todas as matizes, contra aqueles que são como
eles, não comungam das mesmas idéias, dos mesmos princípios e
valores, das mesmas crenças (são infiéis). E a roda da história gira
lubrificada com o sangue dos mais dóceis ou frágeis.
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
22. Comecemos pela Era Cristã, pelos intrigantes Templários,
muito estudados e pouco compreendidos
Vejamos um pouco da sua história.
Ordem dos Templários
Cruz pátea utilizada pelos Templários.
Subordinação: Papado
Missão: Ordem militar do cristianismo ocidental
Denominação: Ordem do Templo
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
24. Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de
Salomão
Criação: 1119
Extinção: 1312
Patrono: São Bernardo de Claraval
Lema: Não para si, mas para Deus
Pauperes commilitones Christi Templique Solomonici
(denominação
em francês, n.d.r.)
Vestimentas: Manto branco com uma cruz vermelha
Efetivo15.000–20.000 membros em seu ápice, 10% dos
quais eram cavaleiros[1]
Comando:
Primeiro Grão-Mestre: Hugo de Payens
Último Grão-Mestre: Jacques de Molay
Quartel-general: Monte do Templo, Jerusalém
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
25. Os seus membros fizeram voto de pobreza e
castidade para se tornarem monges, usavam
mantos brancos com a característica cruz
vermelha, e o seu símbolo passou a ser um
cavalo montado por dois cavaleiros. Em
decorrência do local onde originalmente se
estabeleceram (o Monte do Templo em Jerusalém,
onde existira o Templo de Salomão, e onde se
ergue a atual Mesquita de Al-Aqsa) e do voto de
pobreza e da fé em Cristo denominaram-se
"Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de
Salomão".
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
26. Admite-se que muitos dos Cavaleiros Templários, fugindo do
extermínio pretendido por Felipe IV, foram acolhidos em
Lojas Maçônicas (operativas) de alguns países europeus
(Escócia, Inglaterra, Portugal, principalmente) e acabaram
por as influenciar em seus trabalhos, lendas, rituais etc. . Daí
serem
considerados
os
“precursores”
das
lojas
especulativas.
Um fato que merece registro: A Ordem dos Cavaleiros de
Cristo, criada em Portugal para abrigar os antigos
Templários, adotou o seu principal símbolo – a Cruz
Vermelha sobre fundo branco, que passou a ornar as
caravelas que partiram para os grandes descobrimentos ... e
bem provavelmente Cabral (Cavaleiro da Ordem de Cristo)
era um Templário!
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
27. A Capela de Rosslyn - Teoria da Conspiração
A pequena vila de Roslin localiza-se a aproximadamente
quinze quilômetros ao sul de Edimburgo através da estrada
para Penicuik. Ela é famosa por três razões: uma fazenda
estatal experimental que tem produzido pares de ovelhas
geneticamente clonados; as ruínas de um castelo que foi
destruído pelo Exército dos Roundheads quando a Guerra
Civil Inglesa espalhou-se até a Escócia; e uma não muito
usual capela medieval. A Capela de Rosslyn foi iniciada em
1440 e tem demonstrado ser o mais antigo monumento que
possui claras conexões com a Maçonaria moderna, os
Cavaleiros Templários e a Jerusalém do primeiro século. É
um documento medieval escrito em pedras.
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
28. Maçonaria e Igreja Católica
A Maçonaria é um tema importante de discussão para teólogos e
clérigos católicos. A hierarquia católica romana é e têm estado
historicamente, muito interessado em Maçonaria. Por mais de 250 anos,
o Vaticano vem condenando a Maçonaria
e procurando impedir a adesão de católicos às lojas.
Os maçons têm muitas opiniões sobre o atual estado de coisas entre a
Igreja Católica Romana e a fraternidade maçônica (ou Maçonaria).
Parece haver um crescente pressuposto de que a antipatia entre a Igreja
e a Maçonaria é só uma questão de importância histórica, e que as
relações são tais que os católicos podem se tornar maçons sem
retaliação da igreja. Alguns irmãos e alguns católicos acreditam que,
desde o Segundo Concílio Ecumênico, que aconteceu de 1962 a 1965, e
é conhecido informalmente como “Vaticano II”, a atitude da igreja tem
sido considerar a Maçonaria como uma esfera aceitável para interação
fraterna.
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
29. Mas ataques cada vez mais duros sobre a
Maçonaria pelos papa, os seus diferentes
pronunciamentos parecem não ter impedido
o progresso da Maçonaria. A atitude do
Vaticano não tem sido sempre a atitude do
clero ou do povo.
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
30. Manual da Liga Antimaçônica
Outra referência que deve ser feita, embora, cremos, seja do
conhecimento da maioria dos maçons (e tem circulado
ostensivamente na WEB) e seja um verdadeiro tratado de
caça aos maçons, é o Manual da Liga Anti-Maçônica, editado
em Coimbra, em 1886, por J.J. Reis Leitão (talvez “Porco”
fosse o sobrenome mais apropriado), traduzido do francês,
com aprovações do Papa Leão XIII e do Patriarca de Lisboa,
que assim inicia a sua tão arrogante, presunçosa e mentirosa
abordagem: “A maçonaria, brada Ele (o Papa), a Maçonaria,
eis o inimigo”, para justificar “... as revoluções, as mudanças
vertiginosas dos governos, o descontentamento geral de
todas as classes da sociedade, o comunismo, o socialismo, o
nihilismo” que se generalizavam no século 19. (Puxa! Que
sociedade poderosa, esta).
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
31. A grande fraude de Leo Taxil
Toda a fúria antimaçônica da Igreja serviu para um embusteiro,
Leo Taxil, aproveitar-se dela para ganhar muito dinheiro, e, depois,
zombar do Papa e das demais autoridades eclesiásticas.
Leo Taxil – pseudônimo adotado por Masrie Joseph Pagès em
1879, nasceu em Marselha em 1854 e lucrava com seus panfletos
pronográficos contra a Igreja.
Era um embusteiro que se valeu da fúria desta mesma Igreja para
lucrar.
Iniciado na Maçonaria aos 27 anos, logo foi expulso por
condenações em processos de plágio.
“Converteu-se” ao catolicismo e começou a escrever verdadeiros
absurldos contra a Maçonaria. O Pap tornou-se seu fã. A Igreja
dava-lhe mais e mais dinheiros.
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
32. Mas, em 19 de abril de 1897, em sessão pública lotada de
clérigos, cientistas, intelectuais e jornalistas, soltou uma
bomba: tudo o que havia escrito sobre a Maçonaria era
mentira. Fizera-o para enriquecer graças à Igrteja e aos seus
fanáticos, causando gargalhadas no público e o furor dos
clérigos.
Porém, embora tendo revelado, após algum tempo, a
verdadeira armacão que perpetrara contra a Maçonaria, um
grande estrago foi causado à Ordem. Tanto que, ainda hoje,
um número surpreendente de pessoas (padres, pastores,
ministros de várias confissões e leigos) desinformadas ou
mal intencionadas, se valem das “revelações” de Leo Taxil
como argumentos para a condenar.
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
33. A Maçonaria e o Islã
As ações da Igreja Católica contra a Maçonaria tiveram
amplas conseqüências sobre os adeptos do
maometanismo.
Quando, em 1738, o Papa Clemente XII a excomungou,
serviu de base para as autoridades religiosas
muçulmanas a condenarem, e, os seus adeptos, serem
considerados infiéis.
Probibida em quase todos os países árabes, menos
Líbano e no Marrocos, sobrevive em bases americanas
mesmo em países muçulmanos. Foi bastante atuante no
Egito.
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
34. Nas Testemunhas de Jeová
Charles Taze Russell fundador das Testemunhas de Jeová
foi acusado de pertencer a Maçonaria pelos escritores Lady
Queenborough (Edith Star Miller) no seu livro
"OccultTheocrasy" e Fritz Springmeier em 1990.
Em seguida, foi indicado que seu túmulo com uma
pirâmide com o símbolo da cruz e da coroa, é a prova da
filiação maçônica.[51] As fontes com relação à maçonaria
não colaboram com esta tese [52] assim como fontes com
relação às testemunhas.[53] Um estudo de CESNUR
(Centro Studi sulle Nuove Religioni com sede em Turim)
[54] concluiu que a adesão da Maçonaria por Russell não
foi provada.
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
35. Nos Mórmons
Desde o início do movimento Santo dos Últimos Dias,
notou-se alguma ligação entre a maçonaria e o
mormonismo. A Maçonaria desempenhou um papel
considerável no estabelecimento de alguns rituais e na
doutrina de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias, e consequentemente nos rituais e doutrinas de outras
igrejas que, em um momento ou em outro vieram a separarse desta.
Seus fundadores e primeiros presidentes eram maçons ... e
é possível que
o próximo presidente americano seja um mórmom MITT
RONNEY.
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
36. RAZÕES SÓCIO-CULTURAIS
Embora sejam evidentes para muita gente, as demais razões
desta natureza devem ser lembradas. Vejamos.
- Ignorância
Sem condições de processar as informações recebidas não se
pode falar em conhecimento (“ignorar” é não ter conhecimento).
- Mediocridade
Pessoas sem talento ou competências pessoais, técnicas e
sociais, valem-se de “meias verdades” ou falsas informações
para conseguirem alguma notoriedade.
- Ciúme, Inveja, Ressentimentos e Represálias.
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
37. - Má fé
Melhor seria considerar esta razão como “individual” e não
social, diriam alguns. Mas há “má fé” de grupos de pessoas
que se valem de interesses ignóbeis para, deliberadamente,
apregoarem mentiras, boatos e infâmias.
- Irresponsabilidade (Não responder pelos próprios atos ou
de outrem)
A Internet está abarrotada de artigos, “notícias”, referências
etc. de cunho absurdo (datas para o “fim do mundo”,
catástrofes prestes a ocorrer, “profecias” e por aí a fora).
Outros meios também são usados: panfletos, mala-direta,
reuniões etc. E, em terreno próprio (pessoas ou grupos
ingênuos, desinformados, vaidosos que “sabem das
coisas” etc.), espalham-se como “fogo morro acima”.
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
38. - Mistura da ficção com a realidade
Quem
não gosta de uma bem urdida trama
envolvendo
sociedades
secretas,
ordens
misteriosas, grandes conspirações (a exemplo dos
livros de Dan Brown, de Umberto Eco, de
Raymond Khouri, de Eliette Abécassis, de J. J.
Benítez e de dezenas e dezenas de outros)?
Na ausência de conhecimentos históricos e/ou
científicos, o vulgo não separa o que é realidade e
o que é ficção – e tudo o que foi lido é assumido
como verdade (pró ou contra) as instituições ou
pessoas envolvidas.
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
39. “A VIDA SÓ PODE SER COMPREENDIDA
OLHANDO –SE PARA TRÁS, MAS SÓ PODE
SER VIVIDA OLHANDO-SE PARA A
FRENTE.”
KIERKEGAARDE
(FILOSOFO DINAMARQUES; 1813-1855)
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,
40. EPÍLOGO
ERA O QUE EU TINHA A LHES DIZER.
MUITO OBRIGADO PELA PACIÊNCIA DE ME TEREM
OUVIDO.
QUE O G.’.A.’.D.’.U.’. AO ILUMINE E PROTEJA TODOS OS
DIAS DE SUAS VIDAS.
UM ABRAÇO TRIPONTEADO DO IR.’. GLINGANI
ROBERTO L.M. GLINGANI, M:.M:.,