1. ARTI GO
Automação de testes
funcionais com
Demoiselle Behave
C
om o amadurecimento dos processos de desen­
O que é o Demoiselle Behave?
volvimento de software nas empresas torna­se
É um framework flexível para a técnica de Desen­
cada vez mais evidente que os testes funcionais
volvimento Orientada a Comportamento. Ele é um
são fundamentais para a qualidade final do produto. A
subprojeto do Framework Demoiselle para testes fun­
utilização de métodos de testes manuais, quando são
cionais e seguiu seus padrões de desenvolvimento.
necessárias várias iterações, principalmente em proje­
tos que utilizam metodologias ágeis, acaba por tornar
a atividade muito onerosa, podendo até mesmo invia­
bilizar a sua realização.
Considerando esta realidade, o desenvolvimento de
soluções no Serpro passou a fazer uso de diversas fer­
Arquitetura geral da solução
ramentas próprias para automação de testes, muitas
das quais serviram de base para a criação da ferra­
menta Demoiselle Behave, desenvolvida de forma co­
O framework é dividido em 4 partes: o Core, que
laborativa pelas equipes de testes da empresa.
contém as abstrações que dão a flexibilidade necessá­
O Desenvolvimento Orientado a Comportamento ­
ria para a criação de novas implementações; os
Behaviour­Driven
Parsers que são as implementações con­
Development
ferramentas que
O grande potencial do cretas dasos Runners que interpretam as
(BDD) se caracteriza
histórias;
são as imple­
Demoiselle Behave lhe mentações das ferramentas que manipu­
como uma técnica
de desenvolvimen­
larão a interface do usuário na automati­
assegura posição de
to ágil que encoraja
zação e, por fim, os Integrations, que são
destaque como
a colaboração en­
as implementações responsáveis pela inte­
tre desenvolvedo­ ferramenta corporativa de testes gração com ferramentas externas de ges­
res, setores de
automatizados, dado o grande tão dos testes. Cada uma destas abstra­
qualidade e profis­
ções possui pelo menos uma implementa­
sionais que atuam nível de utilização e colaboração ção concreta sendo utilizada.
na área de negóci­
Para a criação dos testes automatizados
entre as equipes
os. O BDD faz uso
são necessários poucos passos:
de uma linguagem
Passo 1 ­ São escritas as histórias das
mais natural na especificação dos testes dos projetos
funcionalidades, cada projetista define a sua estratégia
de software, podendo servir para representar requisi­
de mapeamento com relação aos seus Casos de Uso
tos e testá­los de maneira automatizada.
do sistema.
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2. Passo 2 ­ São feitos os mapeamentos dos objetos de
tela, o framework permite mapeamentos de telas de
aplicações Web e Desktop, mas futuramente poderão
ser mapeados outros tipos de elementos, como por
exemplo, aplicativos móveis.
Passo 3 ­ Os testes são executados. Hoje o fra­
mework permite executar em diversos navegadores e
em aplicações Java (Swing).
Passo 4 ­ Os dados são enviados automaticamente
para a ferramenta de gestão (ALM do Serpro). Outras
integrações poderão ser feitas futuramente.
Exemplo de Relatório na ALM de Contagem de
Registro de Execução
Por onde começar?
Para aqueles que quiserem ter uma visão geral
rápida do projeto poderão acessar o endereço
http://github.com/demoiselle/behave e clicar no link da do­
cumentação para fazer o tutorial de início rápido.
As equipes de testes funcionais do Serpro já rece­
beram treinamentos e materiais para que dissemina­
dores possam prestar suporte local.
Diversos sistemas já tiveram seus requisitos funcio­
nais testados com uso do Demoiselle Behave como
ferramenta. Dentre eles temos: o SINIAV – Sistema Na­
cional de Identificação Automática de Veículos, o
SICONV – Sistema de Gestão de Convênios e Contratos,
o SFITWeb – Sistema Federal de Inspeção do Trabalho –
Web e o SCI – Sistema Consular Integrado.
O grande potencial do Demoiselle Behave lhe asse­
gura posição de destaque como ferramenta corporati­
va de testes automatizados, dado o grande nível de
utilização e colaboração entre as equipes. Aos poucos,
vem ganhando espaço por ser uma ferramenta robusta
e flexível capaz de atender as necessidades das equipes
e proporcionar, a curto prazo, incremento no nível de
reúso das soluções e experiências, com ganhos para
todos os envolvidos, desde os desenvolvedores até a
própria sociedade brasileira, já que é esta que custeia e
se beneficia dos serviços prestados pelo Serpro.
Julian Cesar trabalha no Serpro desde
2010 atuando no departamento de testes
da Superintendência de Suporte à Tecnologia
(Supst). Formado em Desenvolvimento de
Sistemas para Internet e Pós Graduado em
Gestão de Projetos.
Foto: Arquivo Serpro
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