5. MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
INtroDUÇão Imunização é tema de interesse para todos os profissio-
nais de saúde. Ao mesmo tempo, é assunto extenso e
em constante transformação.
Na prática diária, é difícil manter-se atualizado sobre
este tema. Muitas vezes, falta tempo para leituras mais
detalhadas, e o que o profissional necessita é apenas
uma consulta para esclarecimento de dúvida específi-
ca ou para definição de uma determinada conduta. A
ideia deste Manual surgiu desta necessidade.
Ele foi elaborado por um grupo multidisciplinar com-
posto por médicos, enfermeiras e farmacêuticos, res-
ponsáveis pelo Centro de Imunizações do Hospital
Israelita Albert Einstein e com grande experiência no
assunto. O seu objetivo é servir como fonte de consulta
rápida, e acreditamos que o seu formato ajude neste
sentido. Não há a pretensão de aprofundar ou discutir
extensamente os temas abordados. Para isso, existem
excelentes revisões e livros que estão relacionados na
bibliografia.
Todos os esforços foram feitos para que o texto seja o
mais atual possível. Entretanto, neste campo, as mu-
danças são muito rápidas, e é possível que, no momen-
to da leitura, alguns aspectos já estejam ultrapassados.
Neste sentido, é importante lembrar que os calendários
de imunização são atualizados anualmente.
O apoio do Departamento Materno-Infantil do Hospi-
tal Israelita Albert Einstein, através do Dr. Sulim Abra-
movici, e o apoio da Wyeth foram fundamentais para
que o Manual se tornasse realidade.
Apesar de todas as limitações, esperamos que o Manual
cumpra seu objetivo.
Alfredo Elias Gilio
Coordenador
6.
7. MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
PrEfácIo à 4a EDIÇão Um grande avanço da medicina nas últimas décadas
deveu-se ao progresso da imunologia, com o desen-
volvimento de novas vacinas e aperfeiçoamento das já
existentes. Este fato contribuiu para a prevenção das
doenças, transformando radicalmente a morbidade e
mortalidade nos países em desenvolvimento, em espe-
cial na população pediátrica.
O tema está sob rápida evolução, exigindo dos profissio-
nais constante aprimoramento neste campo. Os profis-
sionais do Centro de Imunizações do Hospital Israelita
Albert Einstein empenharam-se no estudo deste tema
para poder extrair a essência que este Manual contém.
Escrito de modo objetivo, prático e atualizado, nota-se,
em suas páginas, que os autores responsáveis pelo Cen-
tro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Eins-
tein transmitem aos leitores suas experiências e estudos
desenvolvidos nestes anos.
Esta nova edição acrescenta temas sempre atualizados,
como a vacinação do adulto, calendários pós-transplante
de medula óssea, vacina contra HPV, cólera e ETEC.
Leitura obrigatória a todos os profissionais de saúde,
em especial aos médicos pediatras, é com satisfação que
apresentamos como continuação do trabalho a 4ª edição
do Manual de Imunizações, mérito da equipe do Centro
de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein, sob
coordenação do Dr. Alfredo Elias Gilio, e que contou
com o apoio da diretoria do hospital na empreitada.
Sulim Abramovici
Coordenador do Departamento de Pediatria
8. EDItorES coLAborADorES
Alfredo Elias Gilio Albert Bousso
Doutor em Pediatria pela Faculdade de Doutor em Pediatria pela Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo Medicina da Universidade de São Paulo
Diretor da Divisão de Clínica Pediátrica do Hospital Responsável pela Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica
Universitário da Universidade de São Paulo do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo
Responsável pelo Centro de Imunizações e Médico do Centro de Terapia Intensiva Pediátrica
Clínica de Especialidades Pediátricas do Hospital Israelita Albert Einstein
do Hospital Israelita Albert Einstein
Cláudia Cândido da Luz
Juliana Yumi Hirayama Enfermeira do Hospital Israelita Albert Einstein
Enfermeira do Centro de Imunizações e
Clínica de Especialidades Pediátricas David Salomão Lewi
do Hospital Israelita Albert Einstein Professor Adjunto da Faculdade de Medicina
da Universidade Federal de São Paulo
Silvia Broker
Enfermeira do Centro de Imunizações e Eitan Naaman Berezin
Clínica de Especialidades Pediátricas Doutor em Pediatria pela Universidade Federal de São Paulo
do Hospital Israelita Albert Einstein Chefe do Setor de Infectologia Pediátrica
da Santa Casa de São Paulo
Presidente do Comitê de Infectologia da
Sociedade Brasileira de Pediatria
José Luiz Brant de Carvalho Britto
Mestre em Pediatria pela Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo
Médico do Centro de Terapia Intensiva Pediátrica
do Hospital Israelita Albert Einstein
Luciana Borges Guedes
Enfermeira do Hospital Israelita Albert Einstein
Luis Fernando Aranha Camargo
Doutor em Medicina pela Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo
Diretor Superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein
Sandra Petriccione
Farmacêutica do Centro de Informações sobre Medicamentos
do Hospital Israelita Albert Einstein
Virginia Antelmi Gomes
Médica do Centro de Terapia Intensiva Pediátrica
do Hospital Israelita Albert Einstein
11. MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
1 CoNCEItoS fUNDAMENtAIS
O conhecimento de alguns termos e conceitos é fundamental derivados da produção da própria vacina, tais como antígenos
para a compreensão adequada dos próximos capítulos. de ovo ou gelatina (vide Quadro 1).
Imunizar significa tornar não suscetível a uma determinada Conservantes são incluídos na preparação das vacinas para
doença e, dessa forma, preveni-la. A imunização pode ser ativa evitar o crescimento de bactérias e fungos. Algumas vacinas uti-
ou passiva. lizam mercuriais, como o timerosal, e outras, antimicrobianos,
Na imunização ativa, o indivíduo é estimulado a desenvol- como neomicina ou estreptomicina (vide Quadro 1).
ver defesa imunológica contra futuras exposições à doença. Adjuvantes são substâncias utilizadas para aumentar e pro-
Na imunização passiva, o indivíduo exposto ou em vias de longar o poder imunogênico das vacinas. Os mais frequente-
se expor recebe anticorpos pré-formados de origem humana ou mente utilizados são os sais de alumínio, como o hidróxido de
animal. alumínio (vide Quadro 1).
Imunobiológicos são produtos farmacológicos produzidos Imunoglobulinas são produtos imunobiológicos obtidos a
a partir de microrganismos vivos, seus subprodutos ou compo- partir de fracionamento por álcool de pelo menos 1.000 plas-
nentes são capazes de imunizar de forma ativa ou passiva. mas de doadores. São soluções proteicas concentradas, conten-
Vacinas são produtos farmacológicos que contêm agentes do anticorpos, principalmente da classe IgG.
imunizantes capazes de induzir imunização ativa. Existem imunoglobulinas para uso intramuscular e para uso
A resposta protetora pode ser celular ou humoral. endovenoso, dependendo do procedimento utilizado em sua
Os agentes imunizantes que compõem as vacinas podem produção.
ser: vírus vivo atenuado, bactéria viva atenuada, vírus inativado, As imunoglobulinas hiperimunes, também chamadas imu-
bactéria inativada, toxoides ou componentes da estrutura bac- noglobulinas específicas, contêm altos títulos de anticorpos para
teriana ou viral. algumas doenças: hepatite B, tétano, raiva, varicela-zóster, cito-
Líquidos de suspensão são utilizados para reconstituição das megalovírus e vírus sincicial respiratório.
vacinas. Os mais comuns são água destilada ou soro fisiológico. Soro é o produto farmacológico constituído de anticorpos
Algumas vacinas contêm no seu líquido de suspensão antígenos heterólogos obtidos a partir do plasma de animais imunizados.
Quadro 1. Composição das vacinas
Conservantes / Adju-
Nome Comercial Vacina Tipo vantes/ Excipientes Apresentação Laboratório
Act-HIB Conjugada com Polissacarídeos Trometamol, Pó liofilizado Sanofi Pasteur
proteína tetânica capsulares sacarose injetável:
contra Haemophilus bacterianos - Cartucho contendo
influenzae tipo b conjugados com um frasco de
proteína tetânica uma dose e uma
seringa com 0,5mL
de diluente
Avaxim Hepatite A Vírus inativado da Hidróxido de Suspensão injetável: Sanofi Pasteur
Hepatite A (cepa alumínio, - Cartucho contendo
GMB, cultivada 2-fenoxietanol, seringa monodose
em células formaldeído, traços com 80U em 0,5mL
diploides MRC5) de neomicina, (pediátrico)
meio 199 de Hanks - Cartucho contendo
seringa monodose
com 160U em
0,5mL (uso adulto)
9
12. Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein
BCG Intradérmico Tuberculose Bacilos vivos Sem conservante - Ampola contendo Fundação Ataulpho
atenuados 1, 2 ou 5mg de de Paiva
BCG liofilizada,
correspondendo a
10, 20 ou 50 doses
Cervarix Câncer de colo Partículas não 3-O-desacil- Suspensão injetável Glaxo Smith Kline
de útero infecciosas 4monofosforil lipídio para administração
semelhantes a vírus A, alumínio, cloreto intramuscular:
(VLPs) produzidas de sódio, fosfato de - Embalagem
por tecnologia de sódio monobásico contendo uma
DNA recombinante diidratado e água seringa preenchida
para injeção (0,5mL)
Dukoral Cólera e diarreia Vibrios choleraes Composição da - Cartucho contendo Sanofi Pasteur
causada por ETEC inaba inativados: solução tampão: um frasco com
- 48 clássico fosfato de sódio uma dose de 3,0mL
- 6973 el tor monobásico, fosfato de suspensão e
- Ogawa 50 clássico de sódio dibásico, um sachê com
- Subunidade B da cloreto de sódio. 5,6g de granulado
toxina da cólera Grânulos efervecente
recombinante efervecentes:
bicarbonato de sódio,
ácido cítrico anidro,
aroma de framboesa,
sacarina sódica
Dupla Adulto Difteria e tétano Toxoide diftérico e Hidróxido de - Ampolas com Instituto Butantan
tetânico purificados alumínio, cloreto de uma dose (0,5mL)
sódio, formaldeído - Frasco-ampola com
10 doses (5,0mL)
Engerix B Hepatite B Antígenos de Hidróxido de - Embalagem Glaxo Smith Kline
superfície do alumínio monodose com
vírus da Hepatite 1 e 25 frascos-
B purificados ampola de 20mcg
- Embalagem
monodose com 25
frascos-ampola de
10mcg e seringa
de 10mcg
Euvax Hepatite B Antígeno de Alumínio, timerosal, Suspensão Sanofi Pasteur
superfície do vírus da fosfato de potássio injetável branca,
Hepatite B purificado monobásico, fosfato levemente opaca:
de sódio dibásico, - Frasco-ampola
cloreto de sódio, contendo uma dose
água para injeção de 0,5mL (infantil)
- Frasco-ampola
contendo uma dose
de 1mL (adulto)
10
13. MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
Fluarix Gripe Vírus purificado Solução salina Suspensão injetável: Glaxo Smith Kline
e inativado tamponada de - Embalagem
fosfato, polissorbato monodose com
80, Triton X-100, um frasco-ampola
sacarose, com 0,5mL
formaldeído,
desoxicolato de
sódio, traços de
gentamicina
Gardasil Câncer de colo do Vacina quadrivalente Adjuvante sulfato - Cartucho com uma Merck Sharpe
útero e verrugas recombinante contra hidroxifosfato de seringa preenchida & Dohme
genitais papilomavírus alumínio amorfo, com 0,5mL
humano (tipos cloreto de sódio,
6,11,16,18) L-histidina,
polisorbato,
borato de sódio.
Não contém
conservantes nem
antibióticos
Havrix Hepatite A Vírus inativado Formaldeído, Suspensão injetável: Glaxo Smith Kline
da Hepatite A hidróxido - Embalagem
(cepa HM175) de alumínio, com uma seringa
fenoxietanol, estéril descartável,
polissorbato 20, contendo
suplemento de 0,5mL (720U.EL) ou
aminoácidos, fosfato 1,0mL (1440U.EL)
dissódico, fosfato de antígenos VHA
monopotássico,
cloreto de sódio,
cloreto de potássio,
água para injeção
Imovax Pólio Poliomielite Vírus inativado Traços de neomicina, Solução injetável: Sanofi Pasteur
(3 tipos) estreptomicina - Cartucho com uma
e polimixina B ampola contendo
uma dose de 0,5mL
Infanrix Hexa Pólio inativada + Toxoide diftérico Lactose, cloreto de Pó liofilizado e Glaxo Smith Kline
tríplice acelular e tetânico, três sódio, fenoxietanol, suspensão injetável:
+ Hepatite B + antígenos purificados hidróxido de - Cartucho contendo
Haemophilus de pertussis, alumínio, fosfato de um frasco-ampola
influenzae tipo b antígeno de alumínio, tampão de monodose liofilizado
superfície purificado fosfato, polissorbato e uma seringa
do vírus da Hepatite 20 e 80, glicina, preenchida com
B, polissacarídeo formaldeído, sulfato uma suspensão
capsular purificado de neomicina, com 0,5mL
de H. influenzae polimixina B
tipo b ligado ao
toxoide tetânico
11
14. Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein
Infanrix IPV + Hib Pólio inativada + Toxoide diftérico Lactose, cloreto de - Cartucho contendo Glaxo Smith Kline
tríplice acelular e tetânico, três sódio, fenoxietanol, um frasco-ampola
+ Haemophilus antígenos purificados hidróxido liofilizado (vacina
influenzae tipo b de pertussis e de alumínio, Hib) e uma seringa
polissacarídeo formaldeído com suspensão
capsular de (DTPa-IPV)
Haemophilus
influenzae tipo
b, ligados ao
toxoide tetânico
Meningitec Meningocócica C Olissacarídeo Fosfato de alumínio, Cartucho com um Wyeth-Whitehall
meningocócico do cloreto de sódio estojo contendo uma
grupo C conjugado seringa preenchida
com proteína com dose única de
diftérica CRM 197 0,5mL e uma agulha
Menjugate Meningocócica C Olissacarídeo Hidróxido de - Frasco-ampola Chiron vaccines
meningocócico do alumínio. com uma dose de
grupo C conjugado Excipientes: manitol, vacina pó liofilo
com proteína fosfato de sódio acompanhado
diftérica CRM 197 monoidratado, de uma ampola
fosfato de de diluente com
sódio dibásico 0,8mL de hidróxido
heptaidratado, de alumínio
cloreto de sódio,
água para injeção
Meningo A C Meningocócica A + C Polissacarídeos Lactose, solução Pó liofilizado Sanofi Pasteur
capsulares salina tamponada injetável:
bacterianos de fosfato - Cartucho contendo
purificados um frasco de
uma dose e uma
seringa com 0,5mL
de diluente
Meningo B C Meningocócica B + C Proteínas Hidróxido de - Frasco-ampola de Finlay
purificadas da alumínio, timerosal 1, 5, 10 e 20 doses
membrana externa
do meningococo
do grupo B +
proteínas indutoras
de anticorpos
bactericidas
específicos
humanos unidos
a polissacarídeos
capsulares de
meningococo
do grupo C
12
15. MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
Menitorix Vacina conjugada Polissacarídeo Liofilizado: - Frasco-ampola Glaxo Smith Kline
contra Haemophilus de Haemophilus Tris(trometamol)- monodose contendo
influenzae tipo b influenzae tipo HCl, sacarose. vacina liofilizada +
e Meningite C B conjugado ao Diluente: cloreto seringa preenchida
toxoide tetânico de sódio, água contendo 0,5mL
e polissacarídeo para injeção do diluente
de Neisseria
meningitidis
sorogrupo C
conjugado ao
toxoide tetânico
MMR II Sarampo, caxumba Vírus vivos Sorbitol, fosfato - Frasco-ampola Merck Sharpe
e rubéola de sódio, gelatina, de pó liofilizado & Dohme
sacarose, albumina injetável e frasco-
humana, traços ampola de
de neomicina diluente
Neis Vac-C Meningocócica C Polissacarídeo Hidróxido de Suspensão para Baxter
meningocócico alumínio, cloreto injeção intramuscular:
do grupo C 10µg de sódio - Seringas
conjugado ao toxoide preenchidas de
tetânico (TT)10-20µg dose única (0,5mL)
Pertacel Difteria, tétano Acelular, contendo 5 Fosfato de alumínio, Suspensão injetável: Sanofi Pasteur
e coqueluche antígenos purificados fenoxietanol - Cartucho
da bactéria contendo ampolas
B.pertussis + toxoide de dose única
tetânico e diftérico
adsorvidos em
fosfato de alumínio
Pneumo 23 Pneumocócica Polissacarídeos Fenol, solução Solução injetável: Sanofi Pasteur
polivalente capsulares salina tamponada - Cartucho com uma
bacterianos de fosfato seringa contendo
purificados uma dose de 0,5mL
Pneumovax 23 Pneumocócica Polissacarídeos Fenol, solução - Frascos de Merck Sharpe
polivalente capsulares salina isotônica dose única & Dohme
bacterianos contendo 0,5mL
purificados
Pediacel Difteria, tétano, Toxoide diftérico, Fosfato de alumínio, Suspensão injetável: Sanofi Pasteur
coqueluche, toxoide tetânico, 2-fenoxietanol, - Cartucho contendo
poliomielite inativada toxoide pertussis, polissorbato 80, um frasco-ampola
Haemophilus hemaglutinina traços de polimixina com 0,5mL de
influenzae tipo b filamentosa B, neomicina e suspensão
de pertussis, formaldeído.
aglutinogenos Trometamol e
fimbriais 2 + sacarose
3, pertactina,
poliovírus inativado
dos tipos 1,2 e
3, polissacarídeo
de Haemophilus
influenzae tipo b
conjugado com
proteína tetânica
13
16. Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein
PPD RT 23 SSI Teste tuberculínico Tuberculina PPD Solução salina - Cartucho com Statens Serum
purificada tamponada de um frasco-ampola Institut
fosfato, sulfato de com 1,5mL
hidroxiquinolina
potássica,
polissorbato 80
Prevenar Doenças causadas Polissacarídeos Fosfato de alumínio, - Cartucho com um Wyeth-Whitehall
pelo pneumococo bacterianos cloreto de sódio estojo contendo uma
conjugados com seringa preenchida
proteína diftérica com dose única de
0,5mL e uma agulha
Priorix Sarampo, caxumba Vírus atenuado Aminoácidos, Pó liofilizado Glaxo Smith Kline
e rubéola lactose, manitol, injetável:
sorbitol, sulfato - Cartucho com
de neomicina frasco-ampola
monodose e
diluente em seringa
preenchida
Recombivax Hepatite B Antígenos de Hidróxido Suspensão estéril: Merck Sharpe
superfície do vírus de alumínio, - Frasco-ampola & Dohme
da Hepatite B formaldeído de uma dose e
frasco-ampola de
dose múltipla 0,5mL
(2,5mcg)/0,5mL
(5,0mcg)/1,0mL
(10mcg)/1,0mL
(40mcg)
Refortrix Reforço de difteria, Toxoide diftérico Hidróxido de Suspensão injetável: Glaxo Smith Kline
tétano e coqueluche e tetânico e três alumínio, fosfato - Cartucho com uma
antígenos de B. de alumínio, seringa contendo
pertussis purificados formaldeído, uma dose de 0,5mL
fenoxietanol,
polissorbato
80, cloreto de
sódio, glicina
Rotarix Rotavirose Vírus humano vivo Sacarose, adipato - Seringa monodose Glaxo Smith Kline
atenuado, cepa RIX dissódico, meio Eagle de 1,5mL para
modificado Dulbecco administração oral
Tetavax Tétano Toxoide tetânico Hidróxido de Suspensão injetável: Sanofi Pasteur
purificado alumínio, solução - Cartucho contendo
fisiológica uma seringa de
dose única
- Cartucho contendo
20 ampolas de
dose única
- Cartucho contendo
10 frascos de
10 e 20 doses
14
17. MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
Tetraxim Difteria, tétano, Toxoide diftérico, Hidróxido Suspensão injetável: Sanofi Pasteur
coqueluche e toxoide tetânico, de alumínio, - Cartucho contendo
poliomielite inativada toxoide pertussis, formaldeído, seringa monodose
hemaglutinina 2-fenoxietanol, preenchida com
filamentosa de meio de Hanks, 0,5mL de suspensão
pertussis, poliovírus água para injeção
inativado dos
tipos 1, 2 e 3
Trimovax Sarampo, caxumba Vírus atenuados Albumina humana, Pó liofilizado Sanofi Pasteur
e rubéola traços de neomicina injetável:
- Cartucho contendo
um frasco de
uma dose e uma
seringa com 0,5mL
de diluente
Twinrix AD Hepatite A e B Vírus inativado Sais de alumínio, Suspensão injetável: Glaxo Smith Kline
de Hepatite A aminoácidos, - Seringa de vidro
+ antígeno de formaldeído, sulfato contendo 1,0mL
superfície purificados de neomicina, para uso adulto
de Hepatite B fenoxietanol, - Seringa de vidro
geneticamente cloreto de sódio, contendo 0,5mL
manipulado, polissorbato 20 para uso pediátrico
adsorvidos em
sais de alumínio
Thyphim Febre tifoide Polissacarídeo Fenol, cloreto Suspensão injetável: Sanofi Pasteur
capsular Vi purificado de sódio fosfato - Cartuchos com
de Salmonella dissódico diidratado, seringa monodose
Tyohi (cepa Ty2) fosfato monossódico, de 0,5mL
água para injeção
Vaqta Hepatite A Vírus inativados Alumínio, borato Suspensão injetável: Merck Sharp
e purificados de sódio, cloreto - Frasco-ampola & Dohme
de sódio a 0,9% ou em seringas
contendo uma dose
de 25U/0,5mL, para
uso pediátrico e
adolescente ou uma
dose de 50U/1mL,
para uso adulto
Varicela Biken Varicela Vírus atenuado Sacarose, gelatina, Pó liofilizado Sanofi Pasteur
glutamato de sódio, injetável:
traços de sulfato - Cartucho contendo
de kanamicina, um frasco-ampola
lactobionato de com uma dose
eritromicina liofilizada + frasco-
ampola com 0,7mL
de diluente
15
18. Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein
Varilrix Varicela Preparação liofilizada Suplemento de - Cartucho com Glaxo Smith Kline
do vírus varicela- aminoácidos, um frasco-ampola
zoster, cepa OKA, albumina humana, monodose e
vivo, atenuado não lactose, sulfato diluente em seringa
menos que 2000UFP de neomicina, preenchida (0,5mL)
sorbitol, manitol
Varivax Varicela Vírus vivo atenuado Sacarose, fosfato, Pó liofilizado Merck Sharp
glutamato, gelatina injetável: & Dohme
- Cartucho contendo
um frasco-ampola
de dose única
acompanhado
do diluente
Vaxigrip Gripe Vírus purificado Formaldeído, solução Solução injetável: Sanofi Pasteur
e inativado tampão de fosfato, - Cartucho com uma
traços de neomicina, seringa contendo
Triton X-100 uma dose de 0,5mL
- Cartucho com uma
seringa contendo
uma dose de 0,25mL
Verorab Raiva Vírus da raiva, cepa Maltose, - Cartucho contendo Sanofi Pasteur
WISTAR PM/WI 38- albumina humana, um frasco de
1503-3M, cultivados cloreto de sódio, uma dose e uma
sobre células VERO, traços de seringa com 0,5mL
concentrados, estreptomicina, de diluente
inativados, neomicina, - Cartucho contendo
purificados e polimixina B cinco frascos de
liofilizados uma dose + cinco
ampolas com
0,5mL de diluente
16
19. MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
2 SEgUrANÇA E coNSErvAÇão
A imunização é uma das medidas mais eficazes para preven- Algumas recomendações são fundamentais e devem ser res-
ção de doenças infecciosas. Em muitos países, a implantação peitadas para garantir que os imunobiológicos sejam armazena-
de programas de imunização tem contribuído para reduções dos a uma temperatura e de forma adequada. São elas:
significativas nas taxas de morbidade e mortalidade por várias • instalar a câmara de conservação de vacinas a pelo menos
doenças infecciosas. 20 cm da parede e longe de fontes produtoras de calor;
A confiabilidade e a segurança da vacinação não se resumem
• tomada única para ligação da câmara de conservação;
à aplicação da vacina e dependem de vários fatores:
• armazenamento adequado das vacinas e imunoglobulinas; • usar a câmara exclusivamente para os imunobiológicos;
• manipulação correta desses produtos; • manter controle rigoroso da temperatura da
câmara, seja através de verificação periódica
• conhecimento dos profissionais da
ou através de sistema de alarme;
saúde envolvidos na vacinação.
A garantia da segurança e, especialmente, da eficácia • conservar bobinas de gelo reciclável para manter por mais
depende de produção, armazenamento, distribuição e conser- tempo a temperatura, em caso de falta de energia elétrica;
vação adequados. • colocar as vacinas com prazo de validade próximo
A cadeia de frio é extremamente importante e deve receber do vencimento nas prateleiras da frente;
atenção especial em todas as etapas, pois as variações de tempera- • colocar as vacinas de vírus vivo na primeira
tura interferem diretamente na qualidade dos imunobiológicos. prateleira (a mais próxima do congelador);
O prazo de validade, de acordo com a especificação do fabri-
cante, deve ser rigorosamente respeitado. • deixar um espaço livre entre as caixas de vacinas.
A maioria dos imunobiológicos deve ser conservada a uma Para que uma vacina seja licenciada, são necessários muitos
temperatura entre 2°C e 8°C. As vacinas de vírus vivos atenua- estudos, que garantam sua segurança e demonstrem sua eficácia.
dos são mais sensíveis ao calor, com exceção da vacina de rota- Por esta razão, as vacinas disponíveis atualmente são, de forma
vírus, que é mais sensível ao frio, não devendo ser congelada. As geral, bastante seguras e eficazes. Entretanto, em alguns pacien-
vacinas para sarampo, rubéola, caxumba, varicela, febre amarela tes, uma resposta imune adequada poderá não ocorrer, e, em
e a BCG também são sensíveis à luz. outros, podem surgir reações adversas.
3 técNIcAS DE APLIcAÇão
As vacinas podem ser administradas por via oral, intramuscular, A preparação da criança e dos pais
subcutânea e intradérmica.
O esquema vacinal atual é composto de várias vacinas, resul- • Preparação empática pelos pais e profissionais da sala
tando no mínimo em 20 aplicações de injeções até os dois anos de vacinas: encorajamento, conforto e orientação.
de vida, gerando ansiedade e desconforto em crianças e seus • Os pais nunca devem ameaçar as crianças
pais, adolescentes e adultos. com injeções ou mentir sobre elas.
O processo de aplicação de vacinas pode ser dividido em
duas etapas principais: a preparação da criança e dos pais e a • Técnicas de respiração (“cheirar flor e assoprar
técnica de aplicação. vela”) e distração (cantar, contar histórias).
17
20. Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein
• Orientação das doenças prevenidas Rotavírus - Rotarix® (vírus vivo atenuado)
e possíveis reações adversas. O volume da dose é de 1,5 mL. A criança deve estar sentada, em
• Deixar o cliente escolher o local de aplicação posição reclinada. A administração deve ser realizada lentamen-
dentre as opções possíveis pode ser útil te, para que haja contato do vírus vacinal com a mucosa oral e
para permitir um grau de controle. diminuição da possibilidade de regurgito da vacina. Não é indi-
cado repetir a dosagem se o bebê cuspir, regurgitar ou vomitar
durante ou após a administração da vacina.
A técnica de aplicação
• Treinamento dos profissionais envolvidos. Cólera e ETEC - Dukoral® (cepas inativadas da bactéria)
• Posicionamento do cliente para permitir o Esta vacina deve ser reconstituída em água com bicarbonato
relaxamento do músculo a ser injetado. de sódio, e o preparo é diferente para crianças de 2 a 6 anos e
• Escolha do local apropriado de acordo com a idade, crianças maiores de 7 anos e adultos (vide capítulo Vacina con-
composição corporal e indicação do fabricante da vacina. tra cólera e ETEC).
• Escolha da agulha adequada para o local escolhido.
• Aplicação simultânea de injeções múltiplas Administração intramuscular
por profissionais diferentes pode reduzir a Nas administrações intramusculares, a agulha utilizada deve ser
dor de antecipação da próxima injeção. longa o bastante para atingir o músculo. Cada caso deve ser
• Técnica de anestesia tópica: pode ser utilizada avaliado individualmente, levando-se em conta a idade do pa-
em aplicações intramusculares e diminui a dor ciente, sua massa muscular e a espessura do tecido subcutâneo
da picada da injeção, porém não tem efeito (Quadro 2).
sobre a dor causada pelo líquido vacinal. Deve-se trocar a agulha utilizada para aspiração da vacina
No Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Eins- a fim de evitar o contato do tecido subcutâneo com o produto,
quando da inserção da mesma. Caso seja necessário retirar o ar
tein, iniciamos a aplicação simultânea de injeções múltiplas, por
profissionais diferentes, segundo recomendação da Academia
Americana de Pediatria (Red Book, 2006). São necessários dois
aplicadores treinados para a realização da aplicação simultânea.
Para crianças maiores e agitadas, é necessário auxílio na conten-
ção por um terceiro membro da equipe, além do responsável
pela criança. Visando à segurança do cliente no momento da
aplicação, é necessário o manuseio da seringa para aplicar, aspi-
rar e injetar com apenas uma mão, deixando a outra livre para
contenção do membro a ser puncionado. O posicionamento da Quadro 2. Agulhas recomendadas para
criança será diferente dependendo da idade e do local de apli- aplicações intramusculares
cação. A técnica pode ser realizada com aplicação simultânea Ventro glúteo 25x6 ou 30x7 ou 40x7
em ambas as coxas, em glúteos, em deltoides, em posterior de
braços ou em um membro inferior e um superior. Dorso glúteo 30x7 ou 40x7
Vasto Lateral da Coxa 20x5,5 ou 25x6
Administração oral Deltoide 20x5,5 em crianças e
Atualmente, no Brasil, existem três vacinas administradas por 25x6 ou 30x7 em adultos
esta via:
Observações
Poliomielite (vírus vivo atenuado): No caso de crianças, a agulha 25x6 é suficiente
para a maioria das injeções intramusculares.
• Frasco de dose única, diretamente na
boca da criança (duas gotas). O julgamento crítico deve considerar a idade do paciente,
seu estado geral e desenvolvimento muscular para
• Frasco multidose, deve-se ter cuidado para não contaminá-
escolha segura do músculo e tamanho da agulha;
lo através do contato com a saliva da criança.
Deve-se repetir a dose caso a criança regurgite ou apresen- Homens obesos e mulheres com peso superior a 90 kg
(grande espessura de tecido adiposo) necessitam de
te vômitos nos primeiros dez minutos após a administração. A
uma agulha de pelo menos 3,8 cm de comprimento.
amamentação não interfere na imunização.
18
21. MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
da seringa, tomar cuidado para não extravasar o líquido pela Escolha do local para a injeção
parede externa da agulha. Utilizar como referência o início do sulco interglúteo e a linha
Em crianças menores de 2 anos de idade, o local mais ade- hemiclavicular, delimitando o quadrante superior externo.
quado para aplicação é o vasto lateral da coxa, por ser mais de-
senvolvido, menos vascularizado e inervado. Após esta idade, Vantagens Desvantagens
pode-se utilizar o deltoide, dorso ou ventro glúteo ou, ainda, o • Músculo desenvolvido, desde • Não indicado em crianças
vasto lateral da coxa. crianças que andam há pelo que não andem há
menos 1 ano até adultos; pelo menos 1 ano;
Músculo Vasto Lateral da Coxa • Fácil acesso se paciente em • Risco de lesão do
decúbito ventral ou lateral. nervo isquiático;
• Tecido adiposo espesso,
predispondo à deposição
da solução no subcutâneo.
Músculo Deltoide
Clavícula
Acrônio
Lugar da injeção
Escolha do local para a injeção
Ponto de inserção
Palpe o trocânter maior do fêmur e as articulações do joelho, Músculo deltóide
divida a distância vertical das duas estruturas em três partes, no
Úmero
terço médio, insira a agulha na linha imaginária entre o vinco
da calça e a costura lateral. Nervo radial
Artéria braquial
Vantagens Desvantagens
• Músculo grande e • Trombose da artéria
bem desenvolvido; femoral se injeção na Escolha do local para a injeção
• Inexistência de nervo área mediana da coxa; Localize o processo acromial, insira agulha na cerca de 2 polpas
ou grande vaso • Lesão do nervo isquiático por digitais abaixo do acrômio no terço superior do músculo.
sanguíneo na região; agulha longa em crianças.
Vantagens Desvantagens
• Indicado para todas
as idades; • Absorção mais rápida • Massa muscular pequena
que a região glútea; limita o volume a ser
• Fácil acesso. infundido em até 1 mL;
• Fácil acesso, com a retirada
mínima de roupa; • Margem de segurança
Músculo Dorso Glúteo • Menos dor e efeitos pequena para lesão do
colaterais se comparado nervo radial e axilar (que
ao vasto lateral da coxa se situa abaixo do deltoide,
na aplicação de vacinas. na cabeça do úmero).
19
22. Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein
Músculo Ventro Glúteo Administração subcutânea
Escolha do local para a injeção Para injeções subcutâneas, os locais adequados devem ser pobres
em terminações nervosas e pouco vascularizados. Dentre os lo-
Localize o trocânter maior do fêmur, o tubérculo ilíaco ântero-
cais que podem ser usados estão as nádegas, a região superior
superior e a crista ilíaca posterior; coloque a palma da mão sobre
e externa da coxa e a região posterior dos braços. Em crianças
o trocânter maior, o dedo indicador sobre o tubérculo ilíaco ânte-
com fraldas, a região das nádegas não é recomendada devido à
ro-superior e o dedo médio na crista ilíaca posterior o mais longe
possível contaminação por eliminações fisiológicas.
possível; aplique dentro do centro do V formado pelos dedos.
A agulha mais adequada é a 13x4,5.
Vantagens Desvantagens • Utilizar apenas dois dedos para formar a “prega”
do subcutâneo, e não toda a mão, para evitar
• Livre de nervos e estruturas • Indicado para crianças
levantar a fáscia muscular nessa manobra;
vasculares importantes; maiores de 2 anos;
• Fazer a aplicação em ângulo de 90° com a pele
• Facilmente identificada pelos • Pouca familiaridade dos
em adultos e entre 45° e 60° em crianças.
marcos ósseos proeminentes; profissionais de saúde.
• Aspirar para certificar-se de que não atingiu
• Camada fina de tecido
vaso sanguíneo, caso isto ocorra, mude o local
subcutâneo comparado
de aplicação, reiniciando o procedimento;
à região dorso glútea;
• Injetar o líquido lentamente, a
• Acomoda volume
infusão abrupta provoca dor;
maior de líquido;
• Retirar a seringa e a agulha em movimento único.
• Menos doloroso se
comparado ao dorso glúteo.
Administração intradérmica
Técnica em Z A única vacina atualmente administrada por via intradérmica
é a BCG. Por esta via também é realizado o teste tuberculínico
Esta é uma técnica alternativa, sugerida e recomendada por inú- (PPD). O volume estabelecido para ambos é de 0,1 mL. Não se
meros autores para administração de injeções IM visando impe- recomenda a assepsia com álcool a 70%, para evitar a interação
dir o refluxo da medicação para o tecido subcutâneo, reduzindo entre os líquidos. Se a região estiver muito exposta ou apresen-
a dor e possíveis reações locais. Consiste na aplicação de tração tar sujidade, lavar somente com água e sabão, secando após.
lateral e/ou para baixo da pele e tecido subcutâneo antes da in- O local padronizado para a aplicação da BCG é a inserção
trodução da agulha, sendo liberada após a agulha ser retirada. inferior do deltoide direito. Já para o PPD, é o terço médio do
antebraço esquerdo. A seringa utilizada deve ser de 0,3 ou 1,0
mL. A região a ser utilizada para a aplicação deve estar levemente
distendida com o uso dos dedos indicador e polegar da mão não
dominante. O bisel deve ser introduzido voltado para cima, para-
lelamente à superfície da pele. O líquido deve ser injetado suave-
mente, observando-se a formação de uma pápula esbranquiçada.
Sugerimos a utilização de óculos de proteção para realização
desta técnica.
20
23. MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
4 coNtrAINDIcAÇÕES fALSAS
E vErDADEIrAS
Entende-se por contraindicação verdadeira uma proibição à • tratamento com corticosteroides em doses
utilização de uma determinada vacina. não imunodepressoras: geralmente quando
Geralmente a razão é um risco elevado de efeito adverso o tempo de tratamento é inferior a duas
grave ou uma situação em que o risco das complicações supera semanas ou tratamento em dose baixa;
o risco da doença contra a qual a vacina protegeria. • uso de corticosteroide por via inalatória;
Precaução, por outro lado, é uma situação em que não há
proibição absoluta, mas deve-se avaliar criteriosamente os riscos • vacinação contra a raiva: não há interferência
e os benefícios de uma determinada imunização. de outras vacinas com a vacina da raiva;
Na prática clínica diária, entretanto, o que se verifica é que • contato domiciliar com gestantes: os
frequentemente crianças e adultos não são vacinados por uma vacinados não transmitem os vírus vacinais
série de razões levantadas por leigos ou profissionais da saúde do sarampo, caxumba ou rubéola;
que não são contraindicações verdadeiras. São as chamadas fal- • internação hospitalar: a internação hospitalar é
sas contraindicações, que muitas vezes representam oportuni- uma excelente oportunidade para vacinação, desde
dades perdidas para a vacinação e são responsáveis por atrasos que não haja outras contraindicações. O único
nos calendários de vacinação. cuidado especial é com a vacina oral para a pólio
As principais falsas contraindicações são: se houver comunicantes imunodeprimidos;
• doenças leves com febre baixa, seja do • aleitamento: as vacinas utilizadas atualmente não são
trato respiratório ou digestivo; contraindicadas para as mulheres que estão amamentando.
• prematuridade: as vacinas devem ser administradas Existem, entretanto, contraindicações verdadeiras à vaci-
na idade cronológica da criança, exceto para os nação, que devem ser respeitadas.
prematuros com peso menor que 2 kg; São elas:
• reação local a uma dose anterior da vacina; • imunodepressão: para todas as vacinas de vírus vivo
• uso de antimicrobiano: não interfere atenuado ou bactéria viva atenuada: a situação mais
com a resposta imune às vacinas; comum é o uso de corticosteroides. Neste sentido,
sempre que o tempo de tratamento for superior a
• desnutrição: a resposta às vacinas é adequada duas semanas e a dose maior ou igual a 2 mg/kg/
e não há aumento dos eventos adversos; dia de prednisona para crianças com peso menor que
• convalescença de doenças agudas: especialmente 10 kg ou acima de 20 mg/dia para crianças com peso
para as doenças do trato respiratório superior acima de 10 kg e adultos, recomenda-se aguardar
quando ainda houver tosse e/ou coriza; um mês após o término da corticoterapia para
vacinar. Por outro lado, tratamentos inferiores a duas
• diagnóstico clínico prévio da doença: não há semanas, em dias alternados ou em doses baixas, não
qualquer impedimento de se realizar a vacina, são contraindicação à vacinação. Outra situação de
especialmente quando o diagnóstico não foi imunodepressão é o uso de quimioterapia ou radioterapia
confirmado. Não há aumento das reações adversas; (vide capítulo Vacinação do imunodeprimido);
• alergias: exceto se houver história de alergia grave a • presença de doença febril moderada a grave:
algum componente da vacina (vide Quadro 1); neste caso deve-se postergar a vacinação, para
que os sinais e os sintomas da doença não sejam
• doença neurológica estável;
confundidos com eventos adversos da vacinação;
• história familiar de convulsão;
• reação grave de hipersensibilidade a algum componente
• história familiar de morte súbita; da vacina ou a alguma dose anterior: o componente
21
24. Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein
das vacinas mais implicado nas reações graves é a que contenham o componente pertussis (de células
proteína do ovo. As vacinas para febre amarela e inteiras ou acelular) estão contraindicadas quando ocorrer
influenza não devem ser utilizadas nos pacientes com encefalopatia nos primeiros sete dias após a vacina pertussis;
história de reação anafilática após ingestão de ovo;
• crise convulsiva ou síndrome hipotônico-hiporresponsiva
• gravidez: vacinas com vírus vivo atenuado ou bactéria até 72 horas após a vacina tríplice convencional: embora
viva atenuada (vide capítulo Vacinação da gestante); não haja consenso absoluto, a maioria dos autores
• encefalopatia nos primeiros sete dias após vacina pertussis: recomenda a aplicação em doses subsequentes da vacina
apesar de ser assunto ainda controverso, todas as vacinas dupla (difteria-tétano) ou a vacina tríplice acelular.
5 vAcINAÇão SIMULtâNEA E coMbINADA
A vacinação simultânea consiste na administração de duas ou • DPT acelular + Hepatite B;
mais vacinas em diferentes locais ou vias. Todas as vacinas de
• Pólio inativada (Salk) + DPT acelular + Hib;
uso rotineiro podem ser administradas simultaneamente, sem
que isso interfira na resposta imunológica. A administração • Salk + DPT acelular + Hib + Hepatite B;
simultânea também não intensifica as reações adversas, sejam • Salk + DTP acelular;
elas locais ou sistêmicas. A única exceção é a administração si-
multânea das vacinas contra febre amarela e cólera, que reduz a • Meningococo C conj. + Hib;
resposta imunológica para ambas as vacinas. • Hepatite A + Hepatite B.
A vacinação combinada consiste na aplicação conjunta de
É importante ressaltar que a combinação de vacinas, en-
várias vacinas diferentes. Algumas destas já vêm sendo usadas
tretanto, só pode ser realizada para vacinas previamente apro-
há muitos anos: DT (difteria e tétano, versão adulto e infantil),
vadas para tal uso. É incorreto combinar, em uma mesma se-
DPT (difteria, coqueluche e tétano), tríplice viral (sarampo, ca-
ringa, vacinas que não foram previamente aprovadas para ser
xumba e rubéola), pólio oral (cepas de pólio 1, pólio 2 e pólio
combinadas.
3), meningo BC, meningo AC.
Deve-se lembrar que o intervalo mínimo entre vacinas de
Com o surgimento de novas vacinas, que têm sido incor-
poradas aos calendários de vacinação, o número de injeções vírus vivos atenuados, no caso de não ser realizada vacinação
que a criança precisa receber tem aumentado. A combinação simultânea ou combinada, é:
de vacinas é uma estratégia para reduzir o número de injeções e • SCR e febre amarela – 15 dias;
aumentar a aderência ao calendário vacinal. • Pólio oral e Rotavírus – 15 dias;
Atualmente, estão disponíveis as seguintes vacinas combi-
nadas: • SCR e Varicela – 28 dias;
• DPT + Hib; • Febre amarela e varicela – 28 dias;
• DPT acelular + Hib; • Pólio oral e demais vacinas atenuadas – nenhum intervalo.
22
25. MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
6 EvENtoS ADvErSoS rELAcIoNADoS
à IMUNIZAÇão
Os eventos adversos pós-vacinação podem ocorrer devido a as- são descritos sem que haja comprovação definitiva de sua re-
pectos relacionados aos vacinados ou à vacinação. É importante lação causal com a vacinação. Neste grupo, podem ser citados:
realizar uma avaliação inicial referente aos vacinados e conside- encefalopatia após a vacina tríplice; encefalopatia após vacina
rar os componentes da vacina, a técnica de preparo e aplicação para sarampo; encefalopatia após vacina para rubéola; encefa-
das mesmas. lopatia após vacina para caxumba; síndrome de Guillain-Barré
A imensa maioria das reações adversas é leve e transitória. após vacinação antitetânica ou após vacina para Haemophilus
Dentre as reações mais frequentes, encontramos a dor no local influenzae. Na prática diária, as principais urgências relaciona-
da aplicação e febre. Estas ocorrem geralmente nas primeiras 48 das com a imunização são: síncope e reação anafilática.
horas após a vacinação e resolvem-se espontaneamente ou com
tratamento sintomático. Síncope
A descrição das reações adversas de cada vacina encontra-se
nos capítulos correspondentes. Ocorre por estimulação do sistema nervoso autônomo. O pa-
ciente apresenta ansiedade, palidez, sudorese, extremidades
As reações adversas graves são muito mais raras. Alguns pro-
frias e, às vezes, hipotensão. Está associada à fobia de injeções e
cedimentos rotineiros podem reduzir o risco de seu aparecimen-
reverte-se espontaneamente desde que o paciente seja colocado
to. Neste sentido, é importante questionar os pais ou o paciente
em decúbito dorsal e aguardem-se alguns minutos.
sobre reações graves em doses anteriores, além de avaliar história
Geralmente não é necessária qualquer intervenção ou me-
de alergias graves anteriores e relacioná-las com os componen-
dicação, mas é necessário que os sinais vitais (pressão arterial,
tes das vacinas, especialmente ovo e alguns antibióticos (vide
pulso e frequência respiratória) sejam checados.
Quadro 1).
Os pacientes que relatam episódios anteriores de síncope
De forma geral, sempre que possível, os pacientes devem ser
ou fobia a injeções devem ser identificados e permanecer sob
observados por 15 minutos após a vacinação porque o choque observação por 15 minutos após a vacinação, evitando-se, dessa
anafilático grave geralmente manifesta-se nesse período. forma, que a síncope ocorra em local inadequado e o paciente
Estima-se que o choque anafilático grave ocorra em uma possa apresentar alguma lesão por queda.
incidência de aproximadamente um caso para cada 200.000 va- É importante que a síncope seja adequadamente reconheci-
cinas aplicadas. Como o choque anafilático grave é uma emer- da também para diferenciá-la da reação anafilática, que é mais
gência, todo serviço de imunização necessita de equipe treinada grave e merece tratamento.
e habilitada para as manobras de reanimação, além de material
e medicações disponíveis e facilmente acessíveis.
As vacinas disponíveis atualmente são bastante seguras e Reação anafilática
eficazes. Entretanto, não há vacina que seja totalmente segura, Trata-se de uma reação imunológica multissistêmica mediada
assim como não há vacina totalmente eficaz. por IgE. A identificação do quadro deve ser imediata e o trata-
É importante ressaltar que muitos eventos adversos graves mento é feito segundo o quadro abaixo (Quadro 3):
23
26. Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein
Quadro 3. Identificação e tratamento da reação anafilática
Descrição Tratamento Repetição da dose
Reação leve Urticária leve, Adrenalina (1/1000) 0,01 mL/kg Adrenalina pode ser repetida a
rinite, conjuntivite e por via SC (máximo 0,3 mL/kg) cada 15 min se necessário
broncoespasmo leve Difenidramina 1mg/kg por via oral ou IM Não repetir a difenidramina
Se broncoespasmo: inalação com SF A inalação pode ser repetida a
0,9% 5 mL e fenoterol 0,05% uma gota cada 20 minutos se necessário
para cada 3 kg (máximo 10 gotas)
Reação Urticária generalizada, Adrenalina (1/1.000) 0,01 mL/kg Adrenalina pode ser repetida a
moderada angioedema e estridor por via IM (máximo 0,3 mL/Kg) cada 15 min se necessário
inspiratório Difenidramina 1 mg/kg por via EV
Metilprednisolona 2 mg/kg por via EV
Reação grave Estridor inspiratório, falência Adrenalina (1/10.000) Adrenalina pode ser repetida
respiratória e choque 0,1 mL/kg por via EV (máximo 10 mL) a cada 5 min.
Soro fisiológico 0,9% 20 mL/kg
rápido - para reposição de volume
Difenidramina 2 mg/kg por via EV
Metilprednisolona 2 mg/kg por via EV
Manobras de reanimação
cardiorrespiratória
Intubação traqueal
24
27. MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
7 cALENDárIoS DE vAcINAÇão
O esquema de vacinação de rotina, com a sequência cronológica 3. A vacina contra febre amarela está indicada para crianças a partir
com que as vacinas são administradas, é denominado calendário dos 9 meses de idade, que residam ou que irão viajar para área
de vacinação. endêmica (estados: AP, TO, MA, MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e
Para elaboração dos calendários, são considerados: a impor- DF), área de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG,
tância epidemiológica da doença a ser prevenida; a disponibili- SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos
estados BA, ES e MG). Se viajar para áreas de risco, vacinar contra
dade de uma vacina segura e eficaz; o melhor esquema para se
febre amarela 10 (dez) dias antes da viagem.
obter uma resposta imune adequada; os recursos disponíveis; a
viabilidade do esquema e o número de aplicações.
O calendário de vacinação atual para o Estado de São Paulo,
Os calendários variam de um país para outro e, dentro de
definido pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, é o
um mesmo país, podem variar de região para região. No Brasil,
seguinte (disponível em http://www.cve.saude.sp.gov.br):
o calendário oficial é definido pelo Ministério da Saúde, através
do Programa Nacional de Imunizações (PNI). As Secretarias Es-
taduais de Saúde podem definir os seus calendários e acrescentar Calendário de Imunizações
Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo - 2008
vacinas ao PNI. Entidades de classe também propõem calendá-
rios, como, por exemplo, a Sociedade Brasileira de Pediatria. Idade Vacinas
O atual calendário de vacinação do Ministério da Saúde para Ao nascer BCG- id e Hepatite B1
o Brasil é o seguinte (disponível em http://portal.saude.gov.br): 2 meses Poliomielite; Hepatite B1; DPT+Hib; Rotavírus2
4 meses Poliomielite; DPT+Hib; Rotavírus3
Calendário de Imunizações
6 meses Poliomielite; DPT+Hib; Hepatite B4
Programa Nacional de Imunizações - 2006
9 meses Febre amarela5
Idade Vacinas
12 meses Sarampo-caxumba-rubéola
Ao nascer BCG- id e Hepatite B1
15 meses DPT, Poliomielite
1 mês Hepatite B
5 ou 6 anos DPT; Poliomielite; Sarampo-caxumba-rubéola
2 meses Pólio oral; DPT+Hib2 (Tetravalente); Rotavírus
15 anos Dupla tipo adulto (dT)
4 meses Pólio oral; DPT+Hib; Rotavírus
Observações:
6 meses Pólio oral; DPT+Hib; Hepatite B 1. O intervalo mínimo entre a primeira e a segunda dose da vacina
9 meses Febre Amarela3 contra hepatite B é de 30 (trinta) dias.
12 meses Sarampo-caxumba-rubéola 2. Idade máxima para a primeira dose é de 3 meses e 7 dias.
15 meses Pólio oral; DPT (Difteria-coqueluche-tétano) 3. Idade máxima para a segunda dose é de 5 meses e 15 dias.
4. O intervalo entre a segunda e a terceira dose é de dois meses,
4 a 6 anos DPT ; Sarampo-caxumba-rubéola
desde que o intervalo de tempo decorrido da primeira dose seja, no
10 anos Febre Amarela mínimo, de quatro meses e a criança já tenha completado 6 meses
Observações: de idade.
1. A primeira dose da vacina contra hepatite B deve ser administrada 5. Nas regiões onde houver indicação, de acordo com a situação
na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida do recém-nascido. epidemiológica. Reforço a cada dez anos.
O esquema básico se constitui de 3 (três) doses, com intervalo de
30 dias da primeira para a segunda e 180 dias da primeira para a O calendário de vacinação da Sociedade Brasileira de Pedia-
terceira dose. tria (SBP) para o ano de 2008 foi dividido em calendário de va-
2. O esquema de vacinação atual é feito aos 2, 4 e 6 meses de cinação para crianças e calendário de vacinação para adolescentes.
idade com a vacina tetravalente e dois reforços com a tríplice A SBP acrescenta algumas vacinas ao calendário do Ministério da
bacteriana (DPT). O primeiro reforço aos 15 meses, e o segundo, Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde. Estes calendários são os
entre 4 e 6 anos. seguintes (disponíveis em http://www.sbp.com.br):
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28. Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein
Calendário de Imunização para Crianças – Sociedade Brasileira de Pediatria - 2009
Idade Vacinas
Ao nascer Hepatite B1, BCG-id2
1 mês Hepatite B
2 meses Rotavírus3, DPT ou DPaT4; Hib5; OPV ou IPV6; Pneumococo conjugada
3 meses Meningocócica conjugada tipo C 7
4 meses Rotavírus3, DPT ou DPaT4; Hib5; OPV ou IPV6; Pneumococo conjugada
5 meses Meningocócica conjugada tipo C 7
6 meses DPT ou DPaT4; Hib5; OPV ou IPV6; Hepatite B; Influenza8 ; Pneumococo conjugada (Rotavírus3)
7 meses Influenza
9 meses Febre amarela9
12 meses Sarampo-caxumba-rubéola; Varicela; Hepatite A; Pneumococo conjugada; Meningocócica conjugada tipo C7
15 meses DPT; OPV ou IPV; Hib5
18 meses Hepatite A
4 a 6 anos DPT ou DPaT; OPV ou IPV; Sarampo-caxumba-rubéola10; Varicela11
14 a 16 anos dT ou dpaT12
Observações:
1. A vacina contra hepatite B deve ser aplicada nas primeiras 12 horas de vida. A segunda dose pode ser feita com um ou dois meses de vida.
Crianças com peso de nascimento igual ou inferior a 2 kg ou com menos de 33 semanas de vida devem receber quatro doses da vacina (esquema
0, 1, 2 e 6 meses): 1ª. dose ao nascer, 2ª. dose um mês após, 3ª. dose um mês após a segunda dose, 4ª. dose 6 meses após a 1ª. dose. Crianças e
adolescentes não vacinados no esquema anterior devem receber a vacina no esquema 0, 1 e 6 meses; a vacina combinada A+B pode ser utilizada
na primovacinação desses indivíduos e o esquema deve ser completado com a mesma vacina combinada.
2. Aplicada em dose única, exceto para comunicantes domiciliares de hanseníase, independente da forma clínica, quando a segunda dose pode ser
aplicada com intervalo mínimo de seis meses após a primeira dose.
3. A vacina monovalente humana deverá ser administrada em duas doses, aos dois e quatro meses. A primeira dose deverá ser administrada a partir
de seis semanas até o máximo de 14 semanas. O intervalo mínimo entre as doses é de quatro semanas. A vacina pentavalente bovino-humana
deverá ser administrada em três doses: aos 2, 4 e 6 meses. A primeira dose deverá ser administrada até 12 semanas, e a terceria dose deverá ser
administrada até no máximo 32 semanas. O intervalo mínimo é de quatro semanas entre as doses.
4. A vacina DPT (células inteiras) é eficaz e bem tolerada. Quando possível aplicar a DPaT (acelular) devido a sua menor reatogenicidade.
5. Se for usada uma vacina combinada Hib/DPaT (tríplice acelular), uma 4ª. dose da Hib deve ser aplicada aos 15 meses de vida.
6. A vacina inativada contra poliomielite (IPV) pode substituir a vacina oral (OPV) em todas as doses, preferencialmente nas duas primeiras doses.
Recomenda-se que todas as crianças com menos de 5 anos de idade recebam OPV nos Dias Nacionais de Vacinação.
7. Recomendam-se duas doses da vacina conjugada contra meningococo C no primeiro ano de vida, e uma dose de reforço aos 12 meses. Após os 12
meses de vida, deve ser aplicada em dose única.
8. A vacina contra influenza está recomendada dos 6 meses aos 5 anos de idade para todas as crianças. A primovacinação de crianças com idade
inferior a 9 anos deve ser feita com duas doses com intervalo de 1 mês.
9. A vacina contra febre amarela está indicada para os residentes e viajantes para as áreas endêmicas, de transição e de risco potencial.
10. A segunda dose da tríplice viral (Sarampo-caxumba-rubéola) pode ser aplicada dos 4 aos 6 anos de idade, ou nas campanhas de seguimento. Todas
as crianças e adolescentes devem receber ou ter recebido duas doses de tríplice viral, com intervalo mínimo de um mês.
11. Uma segunda dose da vacina contra varicela deve ser aplicada dos 4 aos 6 anos de idade. O intervalo entre a primeira e a segunda dose deve ser
de no mínimo 3 meses.
12. Como alternativa à vacina dT, pode ser administrada a vacina dpaT (tríplice acelular tipo adulto). Esta vacina apresenta proteção adicional para
pertussis.
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