O documento discute os conceitos de leitura, comunicação e produção de textos. Aborda os elementos essenciais da comunicação e da leitura crítica, além de definir os conceitos de texto, coerência e coesão na construção de significado.
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
Leitura e produção
1. LEITURA E PRODUÇÃO DE
TEXTOS II
Profa. Esp. Kelly Ariane Buás Bráz
E-mail: kellyarianebsbz@gmail.com
Governador Nunes Freire – Ma
2014
2. “...o livro desempenha papel
importante na vida e na
formação do ser humano, pois
através dele nos tornamos mais
sensíveis ao mundo e capazes de
entender nossas próprias
reações.”
3. COMUNICAÇÃO HUMANA
NATUREZA E CONCEITO
O papel da comunicação humana é
imprescindível para o mundo moderno
que seu estudo já deveria ter uma
atenção especial.
A palavra comunicar é oriunda do
latim communicare, que significa pôr
em comum. O que na essência da
palavras comunicar estar associada a
idéia de convivência, relação de
grupo, sociedade.
4. ELEMENTOS ESSENCIAIS DA
COMUNICAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO
Quando alguém escreve, fala, pinta,
gesticula, canta, isto é, emite uma
comunicação, seja ela por
comunicação verbal oral ou escrita ou
por comunicação nào-verbal.
Sempre há uma intenção de transmitir
uma mensagem e, para isse ato é
necessário alguns elementos
fundamentais.
5. ELEMENTOS ESSENCIAIS DA
COMUNICAÇÃO
EMISSOR: é quem emite a mensagem.
RECEPTOR / DESTINATÁRIO: é aquele
que recebe a mensagem.
MENSAGEM: é tudo o que o emissor
transmite ao receptor.
CANAL / CONTATO: é o meio físico, o
veículo através do qual a mensagem é
imitida ao receptor.
CÓDIGO: é um conjunto de signos e suas
regras de comunicação.
REFERENTE / CONTEXTO: é a situação
circunstancial ou ambiental a que se refere a
mensagem.
6. COMUNICAÇÃO E
SOCIALIZAÇÃO
A comunicação foi o canal pelo qual
os padrões de vida de sua cultura
foram-lhe transmitidos e a forma com
a qual aprendeu a ser "membro" de
sua sociedade, sua família, seu grupo
de amigos, sua vizinhança, seu clube,
sua nação.
7. COMUNICAÇÃO E
SOCIALIZAÇÃO
A comunicação está além dos meios
de comunicação social. O que se
observa é que esses meios são
importantes e poderosos, na vida
moderna, que as vezes esquecemos
que eles representam apenas uma
pequena parte de nossa comunicação
total.
8. COMUNICAÇÃO E
SOCIALIZAÇÃO
A COMUNICAÇÃO se confunde com a
própria vida. Pois nos comunicamos, assim
como respiramos e andamos. Porém só
precebemos sua real importância quando, por
um acidente ou uma doença, perdemos a
capacidade de nos comunicarmos. Pessoas
que ficam sem se comunicar por um longo
período enlouquecem ou ficam perto da
loucura. A COMUNICAÇÃO é uma
necessidade básica do ser humano.
9. LINGUAGEM É
o A capacidade humana de se
comunicar por meio de uma língua.
o O uso individual da língua.
o O conjunto de signos e forma de
combinar esses signos.
o É a união de um significante e um
significado.
o Um sistema de signos convencionais
usados pelos membros de uma
mesma comunidade.
10. FUNÇÕES DA LINGUAGEM
As funções da linguagem organizam-
se em torno de um emissor (quem
fala), que envia uma mensagem
(referente) a um receptor (quem
recebe), usando um código, que flui
através de um canal (suporte físico).
11. FUNÇÕES DA LINGUAGEM
REFERENCIAL / DENOTATIVA: seu
ogjetivo é traduzir a realidade (o
referente), informando com o máximo
de clareza possível. Nos textos
científicos e em alguns jornalísticos
predomina essa função.
EMOTIVA / EXPRESSIVA: o objetivo
é expressar emoções, sentimentos,
estados de espírito. O que importa é o
emissor, daí o registro em primeira
pessoa.
12. FUNÇÕES DA LINGUAGEM
CONOTATIVA / APELATIVA: o objetivo é
convencer o receptor a ter determinado
comportamento, através de uma
invocação, uma exortação, uma súplica,
etc. Os anúncios publicitários abusam
dessa linguagem.
FÁTICA: o objetivo é apenas
estabelecer, manter ou prolongar o
contato (através do canal) com o
receptor. As expressões usadas nos
cumprimentos, ao telefone e em outras
13. METALINGUÍSTICA: o objetivo é o
uso do código para explicar o próprio
código. A língua, por exemplo, é um
código; os sinais de trânsito são outro.
POÉTICA: o objetivo é dar ênfase à
elaboração da mensagem. O emissor
constrói seu texto de maneira
especial, realizando um trabalho ou
de seleção e combinação de palavras,
de idéias ou de imagens, de sons e /
ou d ritmos.
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
14. O QUE É LEITURA?
LEITURA é a ação de ler algo. É o
hábito de ler. A palavra deriva do
Latim "lectura", originalmente com o
significado de "eleição, escolha,
leitura". Também se designa por
leitura a obra ou o texto que se lê.
A LEITURA é a forma como se
interpreta um conjunto de informações
(presentes em um livro, uma notícia
de jornal, etc.) ou um determinado
acontecimento. É uma interpretação
15. LEITURA E INTERPRETAÇÃO
A interpretação de texto é uma
atividade que ocorre em todos os
níveis escolares e, toda vez que a
proposta é lançada em sala de aula, é
comum ouvirmos murmúrios, tais
como: De novo! Ah! Não! Eu não
gosto de interpretação de texto!
A causa principal das dificuldades de
compreensão do conteúdo da leitura é
o domínio imperfeito da mecânica da
leitura.
16. A leitura é o principal aspecto
constituinte do pensamento crítico.
LEITURA E INTERPRETAÇÃO
17. LEITOR CRÍTICO
o LEITOR CRÍTICO: um raciocínio
critico e criativo do leitor. E a fim de
ampliar as possibilidades de leitura
foram utilizados textos de diversas
tipologias e gêneros, literários e não-
literários objetivando contemplar as
preferências dos diversos tipos de
leitores.
18. O leitor se institui no texto em duas
instâncias:
1. NÍVEL PRAGMÁTICO: o texto
enquanto objeto veiculador de uma
mensagem está atento em relação ao
seu destinatário, apresentando
estratégias e facilitem a comunicação.
2. NÍVEL LINGUÍSTICO-SEMÂNTICO: o
texto é uma ‘’potencialidade
significativa’’ que se atualiza no ato da
leitura. É o movimento da leitura.
LEITOR CRÍTICO
19. Em língua portuguesa, a maioria das
palavras é escrita de forma clara, o
que é suficiente para que a leitura no
nosso caso seja, mais fácil
comparativamente a outros idiomas.
Não obstante, esta facilidade não
ocorre na escrita, haja vista que um
mesmo fonema pode ser configurado
de forma diversa. Podemos distinguir
dois níveis de linguagem:
LEITOR CRÍTICO
20. 1. PADRÃO FORMAL CULTO: é a
modalidade de linguagem que deve
ser utilizada em situações que
exigem maior formalidade, sempre
atendo ao contexto e o interlocutor,
pela adequação a um conjunto de
normas ex: concordância, regência,
pontuação, o emprego correto das
palavras quanto ao significado.
LEITOR CRÍTICO
21. 2. PADRÃO COLOQUIAL: refere-se à
utilização da linguagem em
contextos informais, íntimos e
familiares, que permitam maior
liberdade de expressão. Ex: em
propagandas, programas de
televisão, rádio, linguagem da
juventude, do barzinho, e etc.
LEITOR CRÍTICO
22. O QUE É TEXTO?
TEXTO - escrito ou oral;
O que as pessoas têm para dizer umas às
outras não são palavras nem frases isoladas,
são textos;
TEXTO - dotada de unidade
sociocomunicativa, semântica e formal;
TEXTO - Unidade de linguagem em uso,
cumprindo função sociocomunicativa (1ª
função).
23. TEXTO E TEXTUALIDADE
Existe uma série de fatores pragmáticos
que contribuem para a construção e
reconhecimento do texto, ou seja, para sua
produção e recepção:
I - As intenções do produtor/redator;
II - Jogo de imagens mentais que cada um
dos interlocutores faz de si, do outro e do
outro com relação a si mesmo e ao tema
do discurso/texto;
24. III - O espaço de perceptibilidade visual
na comunicação;
IV - O contexto sociocultural em que se
insere o discurso, delimitando os
conhecimentos compartilhados pelos
interlocutores (tom de voz, postura....).
TEXTO E TEXTUALIDADE
25. O texto pode ser percebido pelo receptor
como um todo significativo: A coerência
– responsável pelo sentido do texto. Esse
é coerente quando apresenta uma
configuração conceitual compatível com o
conhecimento de mundo do receptor/leitor
que precisa deter os conhecimentos
necessários à sua interpretação.
UNIDADE SEMÂNTICA
26. Grande parte destes conhecimentos
necessários não vem explícita, mas fica
dependente da capacidade de
pressuposição e inferência do receptor /
leitor.
A COERÊNCIA do texto deriva de sua
lógica interna e o conhecimento de mundo
de quem processa o discurso/texto.
UNIDADE SEMÂNTICA
27. Elementos lingüísticos devem se mostrar
reconhecivelmente integrados, de modo a
permitir que ele seja percebido como um
todo coeso.
UNIDADE FORMAL MATERIAL
28. I -PRAGMÁTICO: atuação informacional e
comunicativa;
II-SEMÂNTICO-CONCEITUAL:
coerência;
III - FORMAL: coesão.
O texto será bem compreendido quando
avaliado sob três aspectos:
29. Conjunto de características que fazem
com que um texto seja um texto e não
apenas uma seqüência de frases.
Fatores responsáveis:
I - Coerência
II – Coesão
TEXTUALIDADE
30. INTENCIONALIDADE – fator
pragmático - Redator/produtor/emissor.
Satisfazer os objetivos que tem em mente
numa determinada situação comunicativa:
informar, impressionar, alarmar,
convencer, pedir, ofender, etc.
FATORES PRAGMÁTICOS: Tipos de
fala, contexto de situação, intenção
comunicativa, características e crenças do
produtor e receptor.
31. ACEITABILIDADE – fator pragmático -
Receptor/recebedor/leitor (a quem? Para
quem?)Conjunto de ocorrências de um
texto coerente, capaz de levar o leitor a
adquirir conhecimentos ou a cooperar com
os objetivos do produtor. A aceitabilidade
depende da autenticidade – qualidade,
veracidade.
32. INFORMATIVIDADE – fator pragmático –
Quantidade de informação – Suficientes para
que seja compreendido com o sentido que o
redator pretende. Não é possível nem
desejável que o texto explicite todas as
informações necessárias; é preciso que deixe
inequívocos os dados para o receptor
compreender a mensagem. O nível de
informação ideal é o mediano, no qual se
alternam ocorrências de processamento
imediato, que falem do conhecido, mas que
trazem informação. Discurso menos
previsível – mais informativo (recepção mais
trabalhosa, mais envolvente). Discurso mais
previsível – menos informativo (tendência a
rejeição).
33. INTERTEXTUALIDADE – fator
pragmático – Concerne aos fatores que
fazem a utilização de um texto dependente
de outro(s) texto(s). Inúmeros textos só
fazem sentido quando entendidos em
relação a outros textos que funcionam
como contexto, pois um discurso constrói-
se através de um já-dito em relação a
outros textos, que funcionam como seu
contexto.
34. SITUACIONALIDADE – fator
pragmático – Diz respeito aos elementos
responsáveis pela pertinência e
RELEVÂNCIA - importância da
informação – do texto quanto ao contexto
em que ocorre. É a adequação do texto à
situação sociocomunicativa. O contexto
pode, realmente, definir o sentido do
discurso e, normalmente, orienta tanto a
produção quanto a recepção.
35. INFERÊNCIAS: Idéia não exposta, mas
subtendida. Conexões que o leitor faz
(contexto), tentando alcançar uma
interpretação do que lê ou ouve,
estabelecendo uma relação não explícita no
texto.
FOCALIZAÇÃO: É a maneira como cada
leitor vê o texto.
Ex.: Um médico, um advogado, um
engenheiro.... lendo um romance. (cada um
terá uma visão).
36. CONHECIMENTO LINGUÍSTICO: é
o conhecimento da gramática em si e sua
aplicação dentro do texto para que possa
ser estabelecida a coerência.
Ex.: Uso de artigos, ordem das palavras,
conjunções, tempos verbais....
CONTEXTUALIZAÇÃO: Informações
sobre localização, data e autor (texto).
37. COESÃO
São as articulações gramaticais
existentes entre as palavras, orações,
frases, parágrafos e partes maiores
de um texto que garantem sua
conexão sequencial.
38. COESÃO TEXTUAL
A coesão textual ocorre quando a interpretação
de um elemento no discurso é dependente da de
outro. Um pressupõe o outro.
Trata-se de uma relação semântica, realizada
por meio do sistema léxico-gramatical, que dá
maior legibilidade ao texto.
◦ Ela sabia que isso iria acontecer com ele.
39. COERÊNCIA
É o resultado da articulação das
idéias de um texto; é a estrutura
lógico-semântica que faz com que
numa situação discursiva palavras e
frases componham um todo
significativo para os interlocutores.
40. COERÊNCIA SEM COESÃO
Olhar fito no horizonte. Apenas o
mar imenso. Nenhum sinal de vida
humana. Tentativa desesperada de
recordar alguma coisa. Nada.
41. COESÃO SEM COERÊNCIA
Fui à praia me bronzear porque
estava nevando e, quando isso
ocorre, o calor aumenta, o que faz
com que sintamos frio.
42. IMPORTANTE
COESÃO não é condição necessária nem
suficiente para que um texto seja um
texto.
MAS: uso de elementos coesivos assegura
a legibilidade, explicitando os tipos de
relações entre os segmentos do texto.
43. A integração de conhecimentos
provenientes de várias áreas e de várias
habilidades é a base para atribuição de
coerência aos textos .
44. A CONSTRUÇÃO DA
COERÊNCIA TEXTUAL
A que
conclusão a
charge nos
faz chegar?
Por quê?
A coerência textual tem a ver com a “boa” formação de um texto,
ou seja, com a possibilidade de articular as informações trazidas
pelo texto com o conhecimento que os interlocutores já têm da
situação e do assunto. Se essa articulação for muito difícil ou
mesmo impossível, a coerência fica prejudicada ou não se
estabelece.
45. COERÊNCIA FIGURATIVA
É a articulação harmônica das figuras do
texto, com base na relação de significado
que mantêm entre si.
As várias figuras que ocorrem num texto
devem articular-se de maneira coerente
para constituir um único bloco temático.
46. COERÊNCIA
ARGUMENTATIVA
Sempre que vemos, lemos ou
interpretamos uma mensagem, seja
composta no código, procuramos
compreendê-la articulando os sentidos das
partes com os sentidos do todo.
47. COERÊNCIA TEXTUAL
Um conjunto em que todas as partes se
encaixam de maneira complementar de
modo que não haja algo destoante,
ilógico, contraditório e desconexo.
48. COESÃO é um conjunto de recursos
lingüísticos que orientam a construção da
continuidade de sentidos.
49. MARCAS DE COESÃO
Enquanto a coerência “combina” os
textos com seu exterior, com a situação
sociocomunicativa, com suas finalidades,
com seu contexto; a coesão “combina” os
textos no seu interior, ligando as partes de
maneira a formar um todo.
COESÃO : parceira da COERÊNCIA
50. COESÃO REFERENCIAL
A coesão referencial é um processo
linguístico que remete a interpretação de
um elemento expresso no texto a outro
que já foi utilizado para construir esse
texto.
51. Diz que um item faz referência a outro
quando não pode ser interpretado por si
mesmo, mas em relação a esse outro;
quando a significação de um está
associada à significação do outro.
52. O QUE É LITERATURA?
Há vários conceitos de Literatura, que mudam
através dos tempos e dos países.
O termo Literatura vem do Latim “litteris”, que
significa letras. Podemos dizer , portanto, que
Literatura é o conjunto de saberes envolvidos na
produção escrita de uma época ou de um país.
A Literatura nos transmite os conhecimentos e
a cultura de uma comunidade.
53. LITERATURA
Assim como a música, a pintura e a
dança, a Literatura é considerada uma
arte. Através dela temos contato com
um conjunto de experiências vividas
pelo homem sem que seja preciso
vivê-las.
A Literatura ,sendo a arte da palavra,
permite ao artista escritor inventar e
criar os fatos e seres de uma obra
literária.
54. A principal função da LITERATURA é
contribuir para o desenvolvimento do
homem,atuando em sua formação
acadêmica e profissional, indicando
caminhos, explicitando prazeres e
sentimentos
55. TEXTO LITERÁRIO E TEXTO
NÃO LITERÁRIO
A preocupação com a estética é o que diferencia um
texto literário de um não literário.
O texto científico utiliza as palavras com sentido
objetivo e conciso, enquanto o texto literário utiliza
metáforas para provocar reações emocionais.
o texto não-literário tem uma FUNÇÃO UTILITÁRIA
(informar, convencer, explicar, responder, ordenar etc.).
O texto literário nos permite identificar as marcas do
momento em que foi escrito.
A forma literária mais antiga é a poesia.
56. Nos textos não literários predominam
a objetividade
a denotação
a função informativa
o respeito pela norma
o caráter utilitário
57. Nos textos literários predominam:
a subjetividade
a conotação
as funções expressiva e poética
o desvio da «norma»
o caráter estético
58. A DIFERENÇA ENTRE DESCRIÇÃO,
NARRAÇÃO E DISSERTAÇÃO
59. TIPOS DE REDAÇÃO OU
COMPOSIÇÃO
Tudo o que se escreve recebe o nome
genérico de redação. Existem três tipos
de redação: descrição, narração e
dissertação. É importante que você
consiga perceber a diferença entre elas.
60. DEFINIÇÃO
DESCRIÇÃO – é o tipo de redação na qual se apontam
as características que compõem um determinado objeto,
pessoa, ambiente ou paisagem.
NARRAÇÃO – é a modalidade de redação na qual
contamos um ou mais fatos que ocorreram em
determinado tempo e lugar, envolvendo certos
personagens.
DISSERTAÇÃO – é o tipo de composição na qual
expomos idéias gerais, seguidas da apresentação de
argumentos que as comprovem.
61. DESCRIÇÃO
Sua estatura era alta e seu corpo esbelto. A pele
morena refletia o sol dos trópicos. Os olhos
negros e amendoados espalhavam a luz interior
de sua alegria de viver e jovialidade. Os traços
bem desenhados compunham uma fisionomia
calma, que mais parecia uma pintura.
62. NARRAÇÃO
Em uma noite chuvosa do mês de
agosto, Paulo e o irmão caminhavam
pela rua mal iluminada que conduzia à
sua residência. Subitamente foram
abordados por um homem estranho.
Pararam, atemorizados, e tentaram
saber o homem queria, receosos de
que se tratasse de um assalto. Era
entretanto somente um bêbado que
tentava encontrar, com dificuldade, o
caminho de sua casa.
63. DISSERTAÇÃO
Muitos debates tem havido sobre a eficiência
do sistema educacional brasileiro.
Argumentam alguns que ele deve ter por
objetivo despertar o estudante a capacidade
de absorver informações dos mais diferentes
tipos e relacioná-las com a realidade
circundante. Um sistema de ensino voltado
para a compreensão dos problemas sócio-
econômicos e que despertasse no aluno a
curiosidade científica seria por demais
desejável.
64. CARACTERÍSTICAS DA
NARRAÇÃO
NARRAÇÃO é o relato dos fatos ordenados em
sequência lógica com inclusão de personagens
São elementos fundamentais da narração: o fato, o
episódio ou o incidente (O que?): a personagem ou
personagens envolvidos nela (Quem?)
65. NARRAÇÃO
Ocorre, contudo, a presença facultativa de outras
circunstância, seguindo o seguinte esquema:
Como? Modo como se desenvolvem os fatos
Onde? Local ou locais de ocorrência
Quando? Tempo, epóca e momento em que se deu o
fato
Por quê? Causa ou motivo do acontecimento
Por isso: Consequência ou resultado
66. NARRAÇÃO
POEMA TIRADO DE UMA NOTÍCIA DE JORNAL
“João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro
da Babilônia num barracão sem número
Uma noite, ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigues de Freitas e morreu
afogado.
De (Bandeira, 1974:214)
68. DESCRIÇÃO
Observe o texto a seguir:
Ele é nojento, asqueroso. Um inseto mesmo. E é tão
pequeno, tão baixo, que ninguém nota sua presença.
Mas ele nunca está sozinho. Iguais a ele existem aos
milhões só em sua casa. E, olha, não se iluda: eles são
todos iguais. Totalmente sem escrúpulos, fazem mal a
moças e rapazes, adultos e crianças. Ele é um ser tão
desprezível, que respirar perto dele pode causar até
alergia. E sabe o que ele gosta mais de comer? Restos
de pele humana.
(Propaganda da MIFANO)
69. DISSERTAÇÃO
O texto DISSERTATIVO, assim como o
narrativo e o descritivo, deve apresentar-se
organizado, obedecendo à seguindo divisão
70. DISSERTAÇAO
INTRODUÇÃO
- Serve para preparar o leitor
Deve estar relacionada com o que se via discutir ou expor
no desenvolvimento
Deve ser breve, apenas um parágrafo
Não deve desviar-se do que estará contido no
desenvolvimento
Deve ser objetiva, portanto sem rodeios.
71. DISSERTAÇAO
DESENVOLVIMENTO
É a parte mais significativa da redação
São apresentados os raciocínios lógicos, a argumentação,
as controvérsias e deduções
É a substância do trabalho
Não pode ser menor que a introdução
72. DISSERTAÇÃO
Conclusão
É o fecho da redação
Nela, o redator pode resumir os pontos de vista
Apresentar uma síntese das idéias contidas no
desenvolvimento
Não pode ser dispensada
Deve ser breve e ter caráter geral
Apenas um parágrafo.
73. DISSERTAÇÃO
Tema: é a idéia sobre a qual o texto deverá ser
desenvolvido; é o assunto sobre o qual se escreverá.
Título: é uma expressão geralmente curta, colocada antes
do início da redação; é uma referência ao assunto de que
tratará o texto.
Exemplo:
Tema: As grandes capitais dos Estados brasileiros são
depositárias de graves problemas sociais.
Título: As capitais e os seus problemas
74. ESTRUTURANDO UMA
DISSERTAÇÃO: ARGUMENTAÇÃO
Imagine que você queira dissertar sobre o seguinte tema:
“O mundo moderno caminha atualmente para sua própria
destruição”
Sua primeira provicência deve ser copiar este tema em uma
folha de rascunho e fazer a pergunta: Por quê?
Ao iniciar sua reflexão sobre o tema proposto e sobre uma
possível resposta para a questão procure recordar-se do que
já leu ou ouvir a respeito dele.
75. DISSERTAÇÃO
O ideal, para que sua dissertação explore suficientemente
o assunto, é que você obtenha duas ou três respostas
para a questão formulada; estas respostas denominam-se
argumentos. Observe agora que argumentos podemos
encontrar para este tema. Uma possibilidade é pensar
que o mundo pode vir a destruir-se por causa dos
inúmeros conflitos internacionais que tem ocorrido
nestes últimos tempos. Assim, já teríamos o primeiro
argumento:
Tem havido inúmeros conflitos internacionais
Editor's Notes
SEMÂNTICA: ESTUDO OU CIENCIA DAS MUDANÇAS. – SOFREM OS SIGNIFICADOS DAS PALAVRAS.