SlideShare a Scribd company logo
1 of 60
03/11/10 CARDIOPATIAS CONGÊNITAS GUILHERME GOBBI NETO JOÃO PAULO DA SILVA SANTOS
Embriologia Cardiovascular ,[object Object]
     Inicia-se por volta da 3º semana de vida IU, os batimentos iniciam-se a partir da 4º semana e o fluxo sanguíneo apenas na 5º.
     Oriundos do folheto mesodérmico embrionário:	- o coração da região mesenquimal cardiogênica. 	- os vasos primordiais do mesoderma das membranas extra-embrionárias.
Angiogênese Formados inicialmente nas paredes mesodérmicas do saco vitelino, da alantóide e no córion. (3º semana) Agregação de angioblastos (cel. mesenquimais) formando grupos de células angiogênicas  ilhotas sanguíneas  Aparecimento de fendas intercelulares no interior das ilhotas Confluência das fendas formando pequenas cavidades Angioblastos se achatam, transformando-se em células endoteliais. Cavidades revestidas por células endoteliais se fundem formando as primeiras redes capilares Vasos avançam para áreas adjacentes (brotamento e fusão) comunicando-se com todo pólo fetal e confluindo na área cardiogênica.
Foto Embrio2
Veias embrionárias O coração de um embrião de 4 semanas de idade recebe sangue de 3 pares de veias. Veias vitelinas            -  veias hepáticas;            - veia porta; Veias umbilicais             - veia umbilical esquerda (ligamento redondo);            - ducto venoso (ligamento venoso)  shunt da veia umbilical com a veia cava inferior. Veias cardinais comuns        - anteriores:    *  veia cava superior;                                  *  veias braquiocefálicas;              - posteriores:  *  veia cava inferior;                                        *  veias ázigos e hemiázigos;                                        *  veias ilíacas comuns;
Artérias embrionárias Todos os ramos arteriais  embrionários se originam da aorta dorsal esquerda e direita. 	Seus principais ramos são: 	- artérias intersegmentares dorsais superiores  artérias vertebrais. 	- artérias intersegmentares dorsais torácicas  artérias intercostais. 	- artérias intersegmentares dorsais abdominais  artérias lombares e artérias ilíacas comuns. 	- artérias intersegmentares ventrais abdominais  tronco celíaco, mesentérica superior e inferior. Hipogástricas(ilíacas internas)  Ramos das artérias ilíacas comuns, formam as 2 artérias umbilicais.  Ducto arterial  Shunt entre o tronco pulmonar e aorta descendente.                       - formado pela porção distal do 6º arco aórtico.
Cardiogênese 	1     -	Na área cardiogênica, células mesenquimais esplâncnicas se agregam formando os cordões angioblásticos.
-	Os cordões se canalizam e se fundem formando o tubo endocárdico (futuro endocárdio).
-	Uma segunda camada mais externa (futuro miocárdio) também é formada do mesoderma esplâncnico e circunda o já formado tubo endocárdico. -	Separando estas duas camadas existe um tecido conjuntivo muito frouxo, a geléia cardíaca.
-	A camada externa do seio venoso libera células mesoteliais, que formarão o epicárdio.
[object Object],- 	Tronco arterioso  Futura aorta e tronco pulmonar. - 	Bulbo cardíaco  Futura aorta e tronco pulmonar. - 	Ventrículo primitivo  Futuros ventrículos D/E. - 	Átrio primitivo  Futuros átrios D/E. 	- 	Seio Venoso  Parte proximal VC, aurícula direita e seio coronário.
[object Object],[object Object]
CARDIOPATIA CONGÊNITA ,[object Object]
ETIOLOGIA: Não é definida. Interação entre sistemas multifatorial genético e ambiental (alterações cromossômicas, rubéola materna, drogas teratogênicas e etilismo).(BRAUNWALD,1999)
EPIDEMIOLOGIA ,[object Object]
Existem cerca de 40 tipos de defeitos anatômicos, porém mais de 90% dos pacientes apresentam uma das seguintes anomalias:COMUNICAÇÃO INTERATRIAL COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL TETRALOGIA DE FALLOT
EXAME CLÍNICO ,[object Object]
Para o médico geral é mais conveniente basear-se, em primeiro lugar, na presença ou não de cianose .	 - cianose central (periorbital e periorbicular) 	- cianose de extremidades;	 	- respiração rápida e curta que piora com a sucção alimentar; 	- sudorese excessiva; sopro cardíaco; 	- anormalidades nos pulsos periféricos; 	- prostração, apatia, palidez cutânea 	- sinais e sintomas de Insuficiência Cardíaca;                                                              (PORTO, 2005) 	- alterações do tamanho do coração ao Rx.
COMUNICAÇÃO  INTERATRIAL
[object Object]
Pode ter diferentes formas anatômicas: defeitos do seio venoso, defeitos arterial do tipo ostium primum.
 sendo a mais comum o defeito do tipo ostium secundum, que é representado por um orifício localizado na fossa oval.,[object Object]
HEMODINÂMICA ,[object Object]
Os sintomas se apresentam em geral na 3ª década de vida, exceto quando a comunicação é muito ampla.,[object Object]
O diagnóstico frequentemente é suspeitado após detecção de um sopro cardíaco ao exame físico de rotina.  ,[object Object]
Observa-se o desdobramento constante da 2ª bulha cardíaca no foco pulmonar. Percebe-se também, sopro sistólico de ejeção de pequena intensidade na área pulmonar.,[object Object]
Dilatação da artéria pulmonar e seus ramos.ANGIOGRAFIA: ,[object Object],[object Object]
TRATAMENTO ,[object Object]
A cirurgia é uma excelente opção, abrange todas as variedades anatômicas, oferece baixo índice de complicações e a mortalidade é próxima de 0%.Fontes & Pedra. ArqBrasCardiol, volume 79 (nº 3), 319-22, 2002
COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR
[object Object]
Aproximadamente 1/3 das CIV se fecha espontaneamente no decorrer do primeiro ano de vida, quando o defeito é pequeno.,[object Object]
03/11/10 HEMODINÂMICA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ,[object Object],1 – Orifício pequeno: 	- Há pouca repercussão hemodinâmica 	- Paciente é assintomático 	- Sem atraso no desenvolvimento físico
2 – Orifício mediano: - Criança apresenta dispnéia ao mamar (aumentando o tempo para fazê-la) 	- Ganha peso vagarosamente 	- Propensa a contrair infecções respiratórias 3 – Grandes comunicações: 	- A criança apresenta-se gravemente enferma logo após o nascimento e com desenvolvimento precoce de insuficiência cardíaca.
ACHADOS SEMIOLÓGICOS ,[object Object]
 Sopro holossistólico de regurgitação, mais intenso no 4° e 5° espaço intercostal esquerdo, entre os focos mitral e tricúspide, irradiando-se na direção do hemitórax direito.,[object Object]
Ecocardiograma bidimensional visualiza diretamente o defeito, permitindo inclusive a determinação do tamanho.,[object Object]
Tetralogia de Fallot ,[object Object]
     Mal formação cardíaca cianótica mais comum em infantos.
     Mortalidade sem tratamento de 50% na primeira década de vida
     Seus quatro componentes são:	1)  Obstrução da via de saída do ventrículo direito. 	2)  Comunicação interventricular. 	3)  Cavalgamento aórtico. 	4)  Hipertrofia ventricular direita.
Hemodinâmica ,[object Object]
     O grau de obstrução pulmonar é o principal determinante do quadro clínico.
     Tem importante papel na determinação da magnitude dos sinais clínicos e hemodinâmicos a mensuração da relação: resistência ao fluxo para a aorta                                        resistência ao fluxo para os vasos pulmonares
[object Object]
     Devido a dextroposição arterial, a aorta descendente, seu arco e seu botão podem ser direitos em 25% dos pacientes.
    Várias anormalidades coronarianas estão presentes e são de grande relevância quando intervenções cirúrgicas forem realizadas.
     Risco trombótico aumentado devido policitemia.
     Outras anomalias cardíacas estão presentes em 40% dos casos.,[object Object]
     Baqueteamento dos dedos;
     Policitemia;
     Posição de cócoras no repouso pós-exercício físico;

More Related Content

What's hot

Infarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdioInfarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdio
jaquerpereira
 
Cardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitasCardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitas
dapab
 
Eletrocardiograma aula
Eletrocardiograma   aulaEletrocardiograma   aula
Eletrocardiograma aula
Fabio Sampaio
 
Ecg básico
Ecg básicoEcg básico
Ecg básico
dapab
 

What's hot (20)

Noções de eletrocardiografia
Noções de eletrocardiografiaNoções de eletrocardiografia
Noções de eletrocardiografia
 
1.ECG
1.ECG1.ECG
1.ECG
 
Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICC
Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICCInsuficiência Cardíaca Congestiva - ICC
Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICC
 
Infarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdioInfarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdio
 
Acidente Vascular Encefálico
Acidente Vascular EncefálicoAcidente Vascular Encefálico
Acidente Vascular Encefálico
 
Choque
Choque Choque
Choque
 
AVC Isquemico
AVC IsquemicoAVC Isquemico
AVC Isquemico
 
Doença Arterial Coronariana
Doença Arterial CoronarianaDoença Arterial Coronariana
Doença Arterial Coronariana
 
Apresentação acidente vascular cerebral
Apresentação acidente vascular cerebralApresentação acidente vascular cerebral
Apresentação acidente vascular cerebral
 
Cardiopatias Congênitas
Cardiopatias CongênitasCardiopatias Congênitas
Cardiopatias Congênitas
 
Infarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdioInfarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdio
 
Icc Fisioterapia Hospitalar
Icc Fisioterapia HospitalarIcc Fisioterapia Hospitalar
Icc Fisioterapia Hospitalar
 
Aula residência ave avc
Aula residência ave avcAula residência ave avc
Aula residência ave avc
 
Cardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitasCardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitas
 
Pericardite
PericarditePericardite
Pericardite
 
Bulhas Cardíacas
Bulhas CardíacasBulhas Cardíacas
Bulhas Cardíacas
 
Eletrocardiograma aula
Eletrocardiograma   aulaEletrocardiograma   aula
Eletrocardiograma aula
 
Ecg básico
Ecg básicoEcg básico
Ecg básico
 
Malformações congênitas cianogênicas
Malformações congênitas cianogênicasMalformações congênitas cianogênicas
Malformações congênitas cianogênicas
 
Dor torácica
Dor torácicaDor torácica
Dor torácica
 

Similar to Aula cardiopatia completa[1]

Cardiopatias congênitas original
Cardiopatias congênitas originalCardiopatias congênitas original
Cardiopatias congênitas original
Carlos Carvalho
 
Doencas da aorta toracica
Doencas da aorta toracicaDoencas da aorta toracica
Doencas da aorta toracica
gisa_legal
 
Coraçao e anomalias congenitas
Coraçao e anomalias congenitasCoraçao e anomalias congenitas
Coraçao e anomalias congenitas
LUAH
 
Desenvolvimento do coração e anomalias congênitas
Desenvolvimento do coração e anomalias congênitasDesenvolvimento do coração e anomalias congênitas
Desenvolvimento do coração e anomalias congênitas
LUAH
 
Desenvolvimento do coração
Desenvolvimento do coraçãoDesenvolvimento do coração
Desenvolvimento do coração
gisa_legal
 
Patologia 10 fisiopatogênese da aterosclerose
Patologia 10   fisiopatogênese da aterosclerosePatologia 10   fisiopatogênese da aterosclerose
Patologia 10 fisiopatogênese da aterosclerose
Jucie Vasconcelos
 
Anestesia para criança cardiopata submetida à cirurgia não cardíaca
Anestesia para criança cardiopata submetida à cirurgia não cardíacaAnestesia para criança cardiopata submetida à cirurgia não cardíaca
Anestesia para criança cardiopata submetida à cirurgia não cardíaca
gisa_legal
 
Cardio 2
Cardio 2Cardio 2
Cardio 2
UFPEL
 

Similar to Aula cardiopatia completa[1] (20)

Cardiopatias congênitas original
Cardiopatias congênitas originalCardiopatias congênitas original
Cardiopatias congênitas original
 
Cardiopatias congênitas original
Cardiopatias congênitas originalCardiopatias congênitas original
Cardiopatias congênitas original
 
Doencas da aorta toracica
Doencas da aorta toracicaDoencas da aorta toracica
Doencas da aorta toracica
 
Coraçao e anomalias congenitas
Coraçao e anomalias congenitasCoraçao e anomalias congenitas
Coraçao e anomalias congenitas
 
Desenvolvimento do coração e anomalias congênitas
Desenvolvimento do coração e anomalias congênitasDesenvolvimento do coração e anomalias congênitas
Desenvolvimento do coração e anomalias congênitas
 
Medresumos 2016 omf - cardiovascular
Medresumos 2016   omf - cardiovascularMedresumos 2016   omf - cardiovascular
Medresumos 2016 omf - cardiovascular
 
Fisiologia cardiaca...tema
Fisiologia  cardiaca...temaFisiologia  cardiaca...tema
Fisiologia cardiaca...tema
 
Desenvolvimento do coração
Desenvolvimento do coraçãoDesenvolvimento do coração
Desenvolvimento do coração
 
Sling da AP
Sling da APSling da AP
Sling da AP
 
Patologia 10 fisiopatogênese da aterosclerose
Patologia 10   fisiopatogênese da aterosclerosePatologia 10   fisiopatogênese da aterosclerose
Patologia 10 fisiopatogênese da aterosclerose
 
Anestesia para criança cardiopata submetida à cirurgia não cardíaca
Anestesia para criança cardiopata submetida à cirurgia não cardíacaAnestesia para criança cardiopata submetida à cirurgia não cardíaca
Anestesia para criança cardiopata submetida à cirurgia não cardíaca
 
Patologia
Patologia Patologia
Patologia
 
Angiotomografia
AngiotomografiaAngiotomografia
Angiotomografia
 
Doenças cardiovasculares
Doenças cardiovascularesDoenças cardiovasculares
Doenças cardiovasculares
 
Cardio 2
Cardio 2Cardio 2
Cardio 2
 
TC tórax: alterações congênitas
TC tórax: alterações congênitasTC tórax: alterações congênitas
TC tórax: alterações congênitas
 
Tetralogia de Fallot - Acadêmicos Fisioterapia - Fasipe
Tetralogia de Fallot - Acadêmicos Fisioterapia - Fasipe Tetralogia de Fallot - Acadêmicos Fisioterapia - Fasipe
Tetralogia de Fallot - Acadêmicos Fisioterapia - Fasipe
 
Anatomia vascularização arterial encefálica e avc
Anatomia vascularização arterial encefálica e avcAnatomia vascularização arterial encefálica e avc
Anatomia vascularização arterial encefálica e avc
 
Morfologia cardio
Morfologia cardioMorfologia cardio
Morfologia cardio
 
As anomalias dos sitema circulatório (1).ppt
As anomalias dos sitema circulatório (1).pptAs anomalias dos sitema circulatório (1).ppt
As anomalias dos sitema circulatório (1).ppt
 

More from LAC

Valvulopatias
Valvulopatias  Valvulopatias
Valvulopatias
LAC
 
Varizes fisiologia
Varizes fisiologiaVarizes fisiologia
Varizes fisiologia
LAC
 
Insuficiencia cardiaca
Insuficiencia cardiacaInsuficiencia cardiaca
Insuficiencia cardiaca
LAC
 
8 coagul..
8  coagul..8  coagul..
8 coagul..
LAC
 
hipertensao-arterial_-_lac_-_guilherme._joao
 hipertensao-arterial_-_lac_-_guilherme._joao hipertensao-arterial_-_lac_-_guilherme._joao
hipertensao-arterial_-_lac_-_guilherme._joao
LAC
 
Semiologia vascular
Semiologia vascularSemiologia vascular
Semiologia vascular
LAC
 
Fisiologia vascular
Fisiologia vascularFisiologia vascular
Fisiologia vascular
LAC
 
Estatuto lac
Estatuto lacEstatuto lac
Estatuto lac
LAC
 
Fisiologia Cardiaca
Fisiologia CardiacaFisiologia Cardiaca
Fisiologia Cardiaca
LAC
 
Anatomia Cardiaca
Anatomia CardiacaAnatomia Cardiaca
Anatomia Cardiaca
LAC
 

More from LAC (10)

Valvulopatias
Valvulopatias  Valvulopatias
Valvulopatias
 
Varizes fisiologia
Varizes fisiologiaVarizes fisiologia
Varizes fisiologia
 
Insuficiencia cardiaca
Insuficiencia cardiacaInsuficiencia cardiaca
Insuficiencia cardiaca
 
8 coagul..
8  coagul..8  coagul..
8 coagul..
 
hipertensao-arterial_-_lac_-_guilherme._joao
 hipertensao-arterial_-_lac_-_guilherme._joao hipertensao-arterial_-_lac_-_guilherme._joao
hipertensao-arterial_-_lac_-_guilherme._joao
 
Semiologia vascular
Semiologia vascularSemiologia vascular
Semiologia vascular
 
Fisiologia vascular
Fisiologia vascularFisiologia vascular
Fisiologia vascular
 
Estatuto lac
Estatuto lacEstatuto lac
Estatuto lac
 
Fisiologia Cardiaca
Fisiologia CardiacaFisiologia Cardiaca
Fisiologia Cardiaca
 
Anatomia Cardiaca
Anatomia CardiacaAnatomia Cardiaca
Anatomia Cardiaca
 

Aula cardiopatia completa[1]

  • 1. 03/11/10 CARDIOPATIAS CONGÊNITAS GUILHERME GOBBI NETO JOÃO PAULO DA SILVA SANTOS
  • 2.
  • 3. Inicia-se por volta da 3º semana de vida IU, os batimentos iniciam-se a partir da 4º semana e o fluxo sanguíneo apenas na 5º.
  • 4. Oriundos do folheto mesodérmico embrionário: - o coração da região mesenquimal cardiogênica. - os vasos primordiais do mesoderma das membranas extra-embrionárias.
  • 5. Angiogênese Formados inicialmente nas paredes mesodérmicas do saco vitelino, da alantóide e no córion. (3º semana) Agregação de angioblastos (cel. mesenquimais) formando grupos de células angiogênicas  ilhotas sanguíneas Aparecimento de fendas intercelulares no interior das ilhotas Confluência das fendas formando pequenas cavidades Angioblastos se achatam, transformando-se em células endoteliais. Cavidades revestidas por células endoteliais se fundem formando as primeiras redes capilares Vasos avançam para áreas adjacentes (brotamento e fusão) comunicando-se com todo pólo fetal e confluindo na área cardiogênica.
  • 7. Veias embrionárias O coração de um embrião de 4 semanas de idade recebe sangue de 3 pares de veias. Veias vitelinas - veias hepáticas; - veia porta; Veias umbilicais - veia umbilical esquerda (ligamento redondo); - ducto venoso (ligamento venoso)  shunt da veia umbilical com a veia cava inferior. Veias cardinais comuns - anteriores: * veia cava superior; * veias braquiocefálicas; - posteriores: * veia cava inferior; * veias ázigos e hemiázigos; * veias ilíacas comuns;
  • 8. Artérias embrionárias Todos os ramos arteriais embrionários se originam da aorta dorsal esquerda e direita. Seus principais ramos são: - artérias intersegmentares dorsais superiores  artérias vertebrais. - artérias intersegmentares dorsais torácicas  artérias intercostais. - artérias intersegmentares dorsais abdominais  artérias lombares e artérias ilíacas comuns. - artérias intersegmentares ventrais abdominais  tronco celíaco, mesentérica superior e inferior. Hipogástricas(ilíacas internas)  Ramos das artérias ilíacas comuns, formam as 2 artérias umbilicais. Ducto arterial  Shunt entre o tronco pulmonar e aorta descendente. - formado pela porção distal do 6º arco aórtico.
  • 9.
  • 10.
  • 11. Cardiogênese 1 - Na área cardiogênica, células mesenquimais esplâncnicas se agregam formando os cordões angioblásticos.
  • 12. - Os cordões se canalizam e se fundem formando o tubo endocárdico (futuro endocárdio).
  • 13. - Uma segunda camada mais externa (futuro miocárdio) também é formada do mesoderma esplâncnico e circunda o já formado tubo endocárdico. - Separando estas duas camadas existe um tecido conjuntivo muito frouxo, a geléia cardíaca.
  • 14. - A camada externa do seio venoso libera células mesoteliais, que formarão o epicárdio.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20. ETIOLOGIA: Não é definida. Interação entre sistemas multifatorial genético e ambiental (alterações cromossômicas, rubéola materna, drogas teratogênicas e etilismo).(BRAUNWALD,1999)
  • 21.
  • 22. Existem cerca de 40 tipos de defeitos anatômicos, porém mais de 90% dos pacientes apresentam uma das seguintes anomalias:COMUNICAÇÃO INTERATRIAL COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL TETRALOGIA DE FALLOT
  • 23.
  • 24. Para o médico geral é mais conveniente basear-se, em primeiro lugar, na presença ou não de cianose . - cianose central (periorbital e periorbicular) - cianose de extremidades; - respiração rápida e curta que piora com a sucção alimentar; - sudorese excessiva; sopro cardíaco; - anormalidades nos pulsos periféricos; - prostração, apatia, palidez cutânea - sinais e sintomas de Insuficiência Cardíaca; (PORTO, 2005) - alterações do tamanho do coração ao Rx.
  • 26.
  • 27. Pode ter diferentes formas anatômicas: defeitos do seio venoso, defeitos arterial do tipo ostium primum.
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34.
  • 35. A cirurgia é uma excelente opção, abrange todas as variedades anatômicas, oferece baixo índice de complicações e a mortalidade é próxima de 0%.Fontes & Pedra. ArqBrasCardiol, volume 79 (nº 3), 319-22, 2002
  • 37.
  • 38.
  • 40.
  • 41. 2 – Orifício mediano: - Criança apresenta dispnéia ao mamar (aumentando o tempo para fazê-la) - Ganha peso vagarosamente - Propensa a contrair infecções respiratórias 3 – Grandes comunicações: - A criança apresenta-se gravemente enferma logo após o nascimento e com desenvolvimento precoce de insuficiência cardíaca.
  • 42.
  • 43.
  • 44.
  • 45.
  • 46. Mal formação cardíaca cianótica mais comum em infantos.
  • 47. Mortalidade sem tratamento de 50% na primeira década de vida
  • 48. Seus quatro componentes são: 1) Obstrução da via de saída do ventrículo direito. 2) Comunicação interventricular. 3) Cavalgamento aórtico. 4) Hipertrofia ventricular direita.
  • 49.
  • 50.
  • 51. O grau de obstrução pulmonar é o principal determinante do quadro clínico.
  • 52. Tem importante papel na determinação da magnitude dos sinais clínicos e hemodinâmicos a mensuração da relação: resistência ao fluxo para a aorta resistência ao fluxo para os vasos pulmonares
  • 53.
  • 54. Devido a dextroposição arterial, a aorta descendente, seu arco e seu botão podem ser direitos em 25% dos pacientes.
  • 55. Várias anormalidades coronarianas estão presentes e são de grande relevância quando intervenções cirúrgicas forem realizadas.
  • 56. Risco trombótico aumentado devido policitemia.
  • 57.
  • 58. Baqueteamento dos dedos;
  • 59. Policitemia;
  • 60. Posição de cócoras no repouso pós-exercício físico;
  • 61. Crises cianóticas podem se iniciar entre 2 e 9 meses. - cianose progressiva e intensa - taquipnéia - desfalecimento - síncope - convulsões - AVE - morte
  • 62.
  • 63.
  • 64.
  • 65.
  • 66.
  • 67.
  • 68.
  • 69.
  • 70.
  • 71.
  • 72. Influxo de sangue aórtico no tronco pulmonar  hipertensão pulmonar congestiva
  • 73. Aumento da pré-carga em átrio e ventrículo esquerdo  dilatação câmaras cardíacas
  • 74. Insuficiência cardíaca
  • 75.
  • 76. Pressão pulmonar > pressão aórtica.
  • 77. Fluxo do ducto arterial retorna aos padrões embriológicos.
  • 78. Hipoxemia leve de MMII e raramente do membro superior esquerdo.
  • 79.
  • 80. Palpitações;
  • 81. Pulsos periféricos amplos;
  • 82.
  • 83. Intolerância ao exercício físico;
  • 84.
  • 85.
  • 86.
  • 87. Tratamento cirúrgico (curativo): - Ligadura do canal (clipagem); - Secção do canal; - Fechamento através de cateterismo;
  • 88.
  • 89. BRAUNWALD,E. Tratado de Medicina Cardiovascular. 5ªed. São Paulo: Roca, vol 2, 1999.
  • 90. PORTO, C.C. Semiologia médica. 5ªed. Guanabara Koogan, 2005.
  • 91. MOORE, 2004. Embriologia básica.7ªed. Elsevier, 2008.
  • 92. FONTES, V.F & PEDRA, C.A.C. Fechamento Percutâneo da Comunicação Interatrial. ArqBrasCardiol, volume 79 (nº 3), 319-22, 2002.
  • 93. RIVERA I.R et al. Comunicação interventricular: pequenos defeitos, grandes complicações. RevBrasEcocardiogr 21 (3): 41 - 45, 2008.
  • 94. CROTI, U.A etal - Fechamento de comunicação interventricular muscular de via de entrada do ventrículo direito. RevBrasCirCardiovasc 2008; 3(4): 589-590