O documento descreve a transição entre a Idade Média e o Renascimento na música entre 1400-1450. Características incluem o uso livre de intervalos proibidos anteriormente e a busca por equilíbrio entre as vozes. A corte de Borgonha patrocinou compositores como Dunstable, Dufay e Binchois que influenciaram o desenvolvimento inicial do estilo renascentista.
Um seqüenciador alternativo para o doodle "Les Paul", da Google
História da Música I - 6ª aula
1. História da Música – 6ª aula
Transição Idade Média –
Renascimento (1400-1450)
2. Idade Média (séc. IV – séc. XIV)
• Monodia (séc. IV – séc. XIII) • Polifonia (séc.XI – séc. XIV)
• Sacro: Cantochão Era Gótica.
• Monodia não litúrgica e 1) Ars Antiqua (Escola de Notre
secular: Dame – séc. XII – XIII);
a) Goliardos; • Organum;
b) Menestréis; • Conductus;
c) Trobadours e Trouvéres; • Moteto;
d) Minnesinger e • Leonin;
Meistersinger. • Pérotin;
2) Ars Nova (séc. XVI);
Hoqueto
Moteto Isorrítmico
Música Ficta
Phillipe de Vitry
• Machaut.
3. Transição Idade Média – Renascimento
(1400 – 1450)
Características:
• Livre emprego dos intervalos de terça e sexta;
• Uso das técnicas do contraponto imitativo e do
cânone;
• A música não é tonal nem modal, é a transição;
• A preocupação em compor uma música mais
agradável e menos cerebral;
4. Transição Idade Média – Renascimento
(1400 – 1450)
Características:
• A busca da homogeneidade das vozes
(equilíbrio);
• A voz principal deixa de ser na voz grave para a
voz superior;
• Uso da música ficta.
5. Transição Idade Média – Renascimento
(1400 – 1450)
• Uso do Fauxbourdon: técnica de composição
aplicada a duas e três vozes.
- Duas vozes: melodia principal na voz superior e a
voz inferior apresenta intervalos de sextas paralelas
intercaladas com oitavas.
- Três vozes: melodia principal no soprano e as
demais vozes apresentam intervalos de sexta e
quarta justa abaixo. Presença de saltos e
ornamentos (cadências)
7. Transição Idade Média – Renascimento
(1400 – 1450)
• Chanson: composição polifônica sobre um texto
profano (francês). Composição a duas, três e
quatro vozes.
• Textura a quatro vozes (final do século XV):
Cantus (= melodia)/ discantus/ superius (voz mais alta) – hoje soprano
Contratenor altus / altus – hoje contralto ou alto
Tenor (tenere =sustentar) – hoje tenor
Contratenor bassus/ bassus – hoje baixo
8. Transição Idade Média – Renascimento
(1400 – 1450)
Compositores:
• John Dunstable ou Dunstaple (Inglaterra c. 1390 – 1453)
- Além de compositor foi matemático e astrônomo;
- Trabalhou para o Duque de Bedford (1422-1425);
- Obras: aproximadamente 70 conhecidas, compreendidos
entre:
- Motetos isorrítmicos;
- Partes do ordinário da missa (característica: uso do cantus
firmus no tenor e linha melódica ornamentada no soprano);
- Cantigas profanas.
9. Transição Idade Média – Renascimento
(1400 – 1450)
• Ducado de Borgonha: nobres ricos e subordinados
ao rei (França) que gostavam de arte e contratavam
artistas (pintores, músicos etc) para trabalhar nas
capelas e nos divertimentos da corte (festas).
• Borgonha: região que compreende atualmente a
Bélgica e o extremo nordeste da França.
• Nobres: Felipe, o Bom (reinado: 1419-1467); Carlos,
o Temerário (reinado: 1467 – 1477)
10. Transição Idade Média – Renascimento
(1400 – 1450)
• A corte borgonhesa reuniu um número significativo
de músicos e compositores, formando a chamada
Escola franco- flamenga.
• As obras dos compositores patrocinados pelas cortes
borgonhesas influenciaram outros centros musicais
europeus (Roma, Inglaterra etc).
• Influenciados pela obra de John Dunstable os
compositores da Escola franco-flamenga irão
influenciar por um longo tempo a música
renascentista.
11. Transição Idade Média – Renascimento
(1400 – 1450)
• Escola franco-flamenga (principais compositores):
• Guillaume Dufay (Bélgica, c.1400-1474).
• Gilles Binchois (Bélgica, 1400 – 1460).
• Principais composições do período borgonhês:
- missas;
- magnificats;
- motetos;
- chansons