1. Estudos do Evangelho
O Evangelho Segundo o Espiritismo
por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires
Leonardo Pereira
2.
3. Capítulo 11 – Amar o próximo
como a si mesmo!
“O maior mandamento"
4. 1 – Mas os fariseus, quando
ouviram que Jesus tinha feito calar
a boca dos saduceus, juntaram-se
em conselho. E um deles, que era
doutor da lei, tentando-o,
perguntou-lhe: Mestre, qual é o
maior mandamento da lei?
5. Jesus lhe disse: Amarás ao Senhor
teu Deus de todo o teu coração, e
de toda a tua alma, e de todo o teu
entendimento, este é o maior
primeiro mandamento. E o
segundo, semelhante a este, é:
Amarás ao teu próximo como a ti
mesmo. Estes dois mandamentos
contêm toda a lei e os profetas.
(Mateus, XXII: 34-40).
6. Amarás ao Senhor teu Deus de todo
o teu coração, e de toda a tua alma, e
de todo o teu entendimento, este é o
maior primeiro mandamento.
11. 2 – E assim, tudo o que quereis que
os homens vos façam, fazei-o também
vós a eles. Porque esta é a lei e os
profetas. (Mateus, 7: 12).
Tratai todos os homens como
quereríeis que eles vos tratassem.
(Lucas, VI: 31)
12. Se não amo o próximo,
mesmo assim posso me
amar?
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13. 3 – O Reino dos Céus é comparado
a um rei que quis tomar contas a
seus servos. E tendo começado a
tomar as contas, apresentou-lhe um
que lhe devia dez mil talentos. E
como não tivesse com que pagar,
mandou o seu senhor que o
vendessem a ele, e a sua mulher, e
a seus filhos, e tudo o que tinha,
para ficar pago da dívida.
14. Porém o tal servo, lançando-se aos pés,
fazia-lhe esta súplica: Tem paciência
comigo, que eu te pagarei tudo. Então o
senhor, compadecido daquele servo,
deixou-o ir livre, e perdoou-lhe a dívida. E
tendo saído este servo, encontrou um de
seus companheiros, que lhe devia cem
dinheiros; e lançando lhe a mão à
garganta o asfixiava, dizendo-lhe: Paga-
me o que deves.
15. E o companheiro, lançando-se aos pés,
rogava, dizendo: Tem paciência comigo,
que eu te satisfarei tudo. Porém ele não
atendeu: retirou-se, e fez que o
metessem na cadeia, até pagar a dívida.
Porém, os outros servos, seus
companheiros, vendo o que se passava,
sentiram-no fortemente e foram dar
parte a seu senhor de tudo o que tinha
acontecido.
16. Então o fez vir seu senhor, e lhe disse:
Servo mau, eu te perdoei a dívida toda,
porque me vieste rogar isso; não devias
tu, logo, compadecer-te igualmente do
teu companheiro, assim como também
eu me compadeci de ti?
19. E, cheio de cólera, mandou seu senhor
que o entregassem aos algozes, até pagar
toda a dívida. Assim também
vos tratará meu Pai celestial, se não
perdoardes, do íntimo de vossos
corações, aquilo que vos tenha feito
vosso irmão. (Mateus, XVIII: 23-35).
20. O problema de não nos
amarmos e não
amarmos os outros é
que cada um colhe o
que planta.
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21. 4 – “Amar ao próximo como a si mesmo;
fazer aos outros como quereríamos que
nos fizessem”, eis a expressão mais
completa da caridade, porque ela resume
todos os deveres para com o próximo.
22. Jesus não foi o biótipo de legislador
convencional. Ele não veio submeter a
Humanidade nem submeter-se às leis
vigentes. Era portador de uma revolução
que tem por base o amor na sua
essencialidade mais excelente e sutil, e
que adotado transforma os alicerces
morais do indivíduo e da sociedade.
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Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia
Profunda – Joana de Angelis – Divaldo Franco
23. As do Seu tempo eram leis injustas
e condenatórias, punitivas e
impiedosas, que viam o ser
humano apenas como um animal
passível de domesticação, e
quando se lhe patenteava a
rebeldia, tornava-se merecedor de
extermínio para o bem da
sociedade. 23
24. Mormente que as paixões da
sombra, envolvente dos
legisladores e seus tribunais,
sempre preponderavam nas
decisões criminosas, não menos
merecedoras de reparação do que
aquelas que pretendiam justiçar.
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25. A superioridade espiritual e moral de
Jesus entendeu a necessidade, não a
primazia desse código perverso, e
submeteu- se, pois que Ele viera
também para dar exemplo dos
postulados que recomendava,
considerando respeitáveis os profetas e
legisladores que estabeleceram essas
leis nos seus respectivos períodos.
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26. Todavia, Ele trazia uma nova versão da
realidade, centrada no ser imortal,
procedente do mundo espiritual
e a ele volvendo, o que alterava a
estrutura da justiça, que não mais
deveria ser punitiva-destrutiva, mas
educativa-reabilitadora
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27. Se não buscarmos a pratica das
justiça pelos caminhos da caridade,
demoraremos muito para amar de
verdade!
28. Não se pode ter, neste caso, guia
mais seguro, do que tomando como
medida do que se deve fazer aos
outros, o que se deseja para si
mesmo. Com que direito
exigiríamos de nossos semelhantes
melhor tratamento, mais
indulgência, benevolência e
devotamento, do que lhes damos?
29. A prática dessas máximas leva à
destruição do egoísmo. Quando os
homens as tomarem como normas
de conduta e como base de suas
instituições, compreenderão a
verdadeira fraternidade, e farão
reinar a paz e a justiça entre eles.
42. 1 - Guarde o coração em paz, à
frente de todas as situações e
de todas as coisas. Todos os
patrimônios da vida pertencem
a Deus.
43. 2 - Apoie-se no dever
rigorosamente cumprido.
Não há equilíbrio físico sem
harmonia espiritual.
44. 3 - Cultive o hábito da
oração. A prece é Luz na
defesa do corpo e da alma.
45. 4 - Ocupe o seu tempo
disponível com o trabalho
proveitoso, sem esquecer o
descanso imprescindível ao
justo refazimento. A
sugestão das trevas chega
até nos pela hora vazia.
46. 5 - Estude sempre. A
renovação das ideias
favorece a sábia renovação
das células orgânicas.
47. 6 - Evite a cólera. Enraivecer-
se é animalizar-se caindo nas
sombras de baixo nível.
48. 7 - Fuja a maledicência. O
lodo agitado atinge a quem o
revolve.
49. 8 - Sempre que possível,
respire a longos haustos e
não olvide o banho diário,
ainda que ligeiro. O ar puro é
precioso alimento e a
limpeza é simples obrigação.
50. 9 - Coma pouco. A criatura
sensata come para viver,
enquanto a criatura
imprudente vive para comer.
51. 10 - Use a paciência e o perdão
infatigavelmente. Todos nós
temos sido caridosamente
tolerados pela Bondade Divina
milhões de vezes e conservar o
coração no vinagre da
intolerância é provocar a própria
queda na morte inútil.