1. Apresentação da disciplina e conceitos fundamentaisMaterial elaborado pelas Profas. letíciastrehl e June Magda Rosa ScharnberG Disciplina - Pesquisa e Desenvolvimento de Coleções – Profa. Letícia Strehl Aula 1
4. Plano de ensino Súmula Fundamentação teórica do desenvolvimento de coleções. Políticas e processos de pesquisa e desenvolvimento de coleções Objetivos Desenvolver políticas de P&D de coleções. Determinar e executar atividades de seleção, aquisição e desbastamento de coleções. Definir procedimentos para avaliação de coleções.
5. Plano de ensino: competências e habilidades Elaborar políticas de desenvolvimento de coleção para qualquer tipo de unidade de informação; Determinar critérios de seleção de documentos; Usar fontes de informação necessárias para a atividade de seleção de documentos; Conhecer o funcionamento de um setor de aquisição; Compreender os trâmites de processos de aquisição nos setores público e privado; Avaliar o acervo de uma unidade de informação; Realizar o processo de desbastamento de coleção.
6. Plano de ensino: conteúdo programático 3.1 Políticas de P&D de coleções 3.2 Seleção de documentos 3.2.1 Finalidade e princípios gerais 3.2.2 Critérios básicos 3.2.3 Avaliação 3.2.4 Fontes 3.3 Aquisição de material bibliográfico 3.3.1 Modalidades 3.3.2 Legislação 3.3.3 Procedimentos 3.4 Desbastamento de coleções 3.5 Avaliação de coleções: metodologias
9. Plano de ensino: avaliação Procedimentos participação e contribuição em sala de aula; seminários; exercícios; trabalhos em grupos de até quatro integrantes. Critérios Apropriação adequada das idéias dos autores citados; Apresentação de um avanço no conhecimento estudado, contextualização ou integração com o domínio de outras áreas; Sistematização coerente das idéias/ seqüência lógica de discurso; Redação correta, clara e concisa; Uso adequado da terminologia da área; Atendimento aos prazos previamente estabelecidos.
11. Revendo alguns conceitos (1) Informação Conhecimento inscrito (registrado) em forma escrita (impressa ou digital), oral ou audiovisual, em um suporte. Comporta um elemento de sentido. É um elemento significado transmitido a um ser consciente por meio de uma mensagem inscrita em um suporte espacial-temporal: impresso, sinal elétrico, onda sonora, etc. Inscrição feita graças a um sistema de signos (a linguagem), signo este que é um elemento da linguagem que associa um significante a um significado: signo alfabético, palavra, sinal de pontuação. Documento Termo genérico que designa os objetos portadores de informação. Um documento é todo artefato que representa ou expressa um objeto, uma idéia ou uma informação por meio de signos gráficos e icônicos (palavras, imagens, diagramas, mapas, figuras, símbolos), sonoros e visuais (gravados em suporte de papel ou eletrônico). LE COADIC, Y.-F. A ciência da informação. Brasília: Briquet de Lemos, 2004
12. Revendo alguns conceitos (2) Estado de conhecimento Nosso estado (ou nossos estados) de conhecimento a respeito de determinado assunto, em determinado momento, é representado por uma estrutura de conceitos ligados por suas relações: nossa imagem do mundo. Quando constatamos um deficiência ou anomalia desse(s) estado(s) de conhecimento, encontramo-nos em um estado anômalo de conhecimento. Tentamos obter uma informação ou informações que corrigirão essa anomalia. Disso resultará um novo estado de conhecimento. LE COADIC, Y.-F. A ciência da informação. Brasília: Briquet de Lemos, 2004
14. FORMAÇÃO DA COLEÇÃO Envolve, ocasionalmente, a seleção e a aquisição de materiais para o acervo inicial da biblioteca, mas, em muitos casos, pode significar o planejamento e o desenvolvimento sistemático da coleção existente. ELIS
15. DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES Processo de identificação dos pontos fortes e fracos do acervo da biblioteca em termos de necessidades dos usuários e recursos da comunidade. É verificado através de constantes avaliações das fontes da biblioteca, bem como através de freqüentes estudos das necessidades dos usuários e das mudanças da comunidade de que atende. EVANS, 1979
16. ACERVO Documentos que compõe a coleção da biblioteca, podem ser livros, periódicos, panfletos, relatórios, manuscritos, microformas, filmes cinematográficos ou gravações de vídeo, gravações de som, artefatos tridimensionais e realia, arquivos de dados legíveis por máquina, materiais cartográficos e iconográficos, música, etc. Potencialmente, qualquer objeto que comunique ou exprima informação, opinião ou sensação pode ser incluído em uma coleção de biblioteca. EVANS, 1979
17. COLEÇÕES Uma coleção corresponde a um grande número de materiais físicos tradicionalmente encontrados em bibliotecas: livros, periódicos, mapas, vídeo cassetes, etc. Uma coleção é também a informação contida nestes materiais ou o próprio conteúdo desses objetos. Coleções podem ser, portanto, ambos: materiais e informação. WORTMAN, 1989
18. PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES Desenvolvimento de coleções descreve todas as atividades de seleção, aquisição e manutenção de coleções em uso. Estas atividades precisam ser tratadas como partes inter-relacionadas de um complexo programa de administração de coleções. Os bibliotecários de todos os níveis e de todas as áreas precisam pensar holisticamente sobre suas coleções, identificando conexões entre os vários elementos da coleção e as atividades de administração. WORTMAN, 1989
21. Por que a biblioteca é instituição colecionadora? Atividades que agregam documentos dispersos de acordo com critérios específicos Os documentos não constituem as coleções de forma espontânea ou natural como ocorre na formação e no desenvolvimento dos fundos de arquivos
22. Conteúdo informacional e forma de constituição dos acervos Órgãos colecionadores: reúnem artificialmente o material que lhes é de interesse Smit, J. W. Arquivologia, Biblioteconomia e Museologia : o que agrega estas atividades e o que as separa? Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, Nova Série, São Paulo, v. 1, n. 2, 1999/2000, p. 27-36. Bellotto, H. L. Arquivos permanentes: tratamento documental. 4. ed. São Paulo: Editora FGV, 2006.
24. A abordagem estruturalista de Baughman (1) As relações entre uso/conhecimento/biblioteconomia geram o desenvolvimento de coleções VERGUEIRO, W. Desenvolvimento de coleções: uma nova visão para o planejamento de recursos informacionais. Ciência da Informação, v. 22, n. 1, p. 13-21. 2009.
25. A abordagem estruturalista de Baughman (2) O desenvolvimento de coleções é, pois , o entrecruzamento de planejamento, implementação e avaliação de coleções, que são definidos como: Planejamento: projeto para acumulação de documentos afins, da maneira determinada pelas necessidades, propósitos, objetivos e prioridades da biblioteca Implementação: processo de tornar os documentos acessíveis para o uso Avaliação: exame e julgamento em relação aos objetivos e propósitos estipulados O entrelaçamento destes conceitos em uma política para desenvolvimento de coleções leva a um sistema que é complementário, cíclico e auto-aperfeiçoavel. VERGUEIRO, W. Desenvolvimento de coleções: uma nova visão para o planejamento de recursos informacionais. Ciência da Informação, v. 22, n. 1, p. 13-21. 2009.
26. A abordagem estruturalista de Baughman (3) VERGUEIRO, W. Desenvolvimento de coleções: uma nova visão para o planejamento de recursos informacionais. Ciência da Informação, v. 22, n. 1, p. 13-21. 2009.
27. A abordagem sistêmica de Evans (1) A perspectiva sistêmica transmite a idéia de que as atividades ligadas à coleção não podem ser encaradas isoladamente, mas têm de ser vistas como componentes – ou subsistemas – de um todo. VERGUEIRO, W. Desenvolvimento de coleções: uma nova visão para o planejamento de recursos informacionais. Ciência da Informação, v. 22, n. 1, p. 13-21. 2009.
28. A abordagem sistêmica de Evans (2) O modelo de processo elaborado por Evans enfatiza o caráter cíclico do desenvolvimento de coleções, sem que um etapa chegue a distinguir-se ou sobrepor-se às demais. Estão todas em pé de igualdade, girando, teoricamente, em torno de um pequeno círculo em que estão situados os profissionais responsáveis pelo trabalho de desenvolvimento da coleção. Ao redor desses componentes, servindo como subsídios a todos eles – exceção única a da etapa de aquisição -encontra-se a comunidade a ser servida. É um processo ininterrupto tendo necessariamente de transformar-se em atividade rotineira das bibliotecas, garantia única de sua efetividade VERGUEIRO, W. Desenvolvimento de coleções: uma nova visão para o planejamento de recursos informacionais. Ciência da Informação, v. 22, n. 1, p. 13-21. 2009.
29. A abordagem sistêmica de Evans (3) Comunidade VERGUEIRO, W. Desenvolvimento de coleções: uma nova visão para o planejamento de recursos informacionais. Ciência da Informação, v. 22, n. 1, p. 13-21. 2009.
30. Princípios gerais para o desenvolvimento de coleções (1) O desenvolvimento de coleções deve ser dirigido mais às necessidades da comunidade do que para atingir uma padrão abstrato de qualidade Ex.: Ulysses de James Joice X Lua nova de Stephenie Meyer A coleção deve responder às necessidades da comunidade real e também da realidade em potencial O processo de desenvolvimento da coleção deve ser realizado com pleno conhecimento dos programas de cooperação existentes em nível local, regional e nacional. Devem ser considerados todos os formatos de materiais FIGUEIREDO, N. M. Desenvolvimento e avaliação de coleções. In: ___ . Metodologias para promoção e uso da informação: técnicas aplicadas particularmente em bibliotecas especializadas e universitárias. São Paulo: Nobel, 1990. p.31-44
31. Princípios gerais para o desenvolvimento de coleções (2) O processo de seleção deve ser realizados considerando-se que se trata de um trabalho subjetivo e baseado em preconceitos; a ingerência de valores pessoais do selecionar jamais poderá ser evitada - MAS DEVE SER AUTO-VIGIADA Somente pela prática que uma pessoa se torna capacitada para realizar o processo de selecionar os itens que vão compor a coleção. Não é alguma coisa que se aprenda em sala de aula ou em leituras O processo de desenvolvimento de coleções é composto por seis elementos: análise da comunidade, políticas, seleção, aquisição, desbastamento e avaliação FIGUEIREDO, N. M. Desenvolvimento e avaliação de coleções. In: ___ . Metodologias para promoção e uso da informação: técnicas aplicadas particularmente em bibliotecas especializadas e universitárias. São Paulo: Nobel, 1990. p.31-44
32. Desenvolvimento de coleções, planejamento e tomada de decisões De uma maneira ainda mais geral, o desenvolvimento de coleções não é apenas uma simples atividade ou um grupo de atividades: é um processo de planejamento e de tomada de decisões. Magrill e Hickey