O documento discute as transformações ocorridas na modernidade e pós-modernidade e suas implicações no serviço social. Apresenta os principais pensadores dessas épocas como Kant, Hegel, Marx e discute como essas correntes influenciaram o serviço social, seja reforçando abordagens conservadoras ou uma perspectiva mais crítica e dialética. Também analisa os desafios atuais da profissão diante das tendências fragmentacionistas e individualistas da pós-modernidade.
1. Serviço Social – 4 Período
Orientadora: Marlene Torreão
Acadêmicas: Lidinalva Lima ,Nóelia,
Lilia Castro ,Rosinéia
2. Para se
compreender a
dimensão da crise
econômica na
atualidade, é
importante que se
conheça o
contexto
econômico, polític
o e também suas
repercussões nos
campos do
conhecimento, da
s idéias e dos
valores.
3. Surgimento e crise da Razão
moderna
O pensamento moderno surge com as revoluções
científicas ocorridas entre os séculos XVI e XVII. Um
verdadeira revolução na maneira de ver e explicar o
mundo. A explicação da realidade antes explicada
pela fé e pela religião, da lugar à observação e
experimentação científica . O abandono de uma
concepção dogmática e restrita do mundo.
O filosofo Immanuel Kant trará a importância da
razão na organização e sistematização dos dados
empíricos de forma mais científica
4. A existência do objeto que desencadeia a ação do
pensamento e a participação do sujeito ativo e de sua
capacidade de conhecer.
RAZÃO – EXPERIÊNCIA – RAZÃO FENOMÊMICA
5. Hegel
Georg Wilhelm Friedrich Hegel
* Stuttgart,Alemanha – 1770 d.C
+ Berlim,Alemanha – 1831 d.C
Filósofo e ideólogo, um dos mais influentes da filosofia alemã e
considerado o último dos grandes criadores de sistemas filosóficos dos
tempos modernos
Defende a dialética
Distinção entre objetividade e
subjetividade
Revolução na compreensão do real
Estudo dos fenômenos sociais além
das aparências
Contribuirá para a formação téorica
dos pensamentos de Marx, Engels,e
toda a tradição marxista
6. Kant
Nascimento: 22 de abril de 1724, Königsberg, Alemanha
Falecimento: 12 de fevereiro de 1804, Königsberg, Alemanha
Filiação: Johann Georg Kant, Regina Dorothea Reuter
Immanuel Kant foi um filósofo prussiano, geralmente considerado como o
último grande filósofo dos princípios da era moderna.
Defende a razão fenomênica
Modo de pensar subjetivo
Sistematização científica
Predominância do positivismo
7. Considerações
Séculos
XVIII
e
XIX: constituição do Estado
burguês,
gerando
mudanças
econômicas,políticas, sociais e culturais
Rompimento com o feudalismo e surgimento do modo
de produção capitalista
Mudanças na distribuição do poder e da riqueza entre as
classes sociais
Surgimento da teoria social de Marx,tendo como objeto a
sociedade burguesa e como objetivo sua superação por
um processo revolucionário
A “razão fenomênica” substituída pela “razão dialética”
8. O advento do pós-modernismo:
dimensões teóricas, políticas e
culturais
PÓS-MODERNIDADE
Entende-se por Pós - modernidade
o conjunto de fenômenos sociais,
culturais, artísticos e políticos na
sociedade pós-industrial
A pós-modernidade é definida por
muitos autores como a época das
incertezas,das fragmentações, das
desconstruções, da troca de valores.
É possível ser otimista na era da pósmodernidade?
9. Pós-Modernismo:dimensão teórica
As expressões da pós-modernidade no âmbito do conhecimento
pode se verificada com mais intensidade a partir da metade dos
anos 70
O filósofo francês Jean-François Lyotard
(1924-1998) definiu o pós-moderno como "a
incredulidade em relação às metanarrativas" (em
sua obra A condição pós-moderna).
Com isso, ele queria dizer que a experiência
da pós-modernidade decorreria da perda de
nossas crenças em visões totalizantes da
história, que prescreviam regras de conduta
política e ética para toda a humanidade.
10. Concepções teóricas contemporâneas
Um mundo de presente eterno, sem origem ou destino, passado ou
futuro; um mundo no qual é impossível achar um centro ou qualquer
ponto ou perspectiva do qual seja possível olhá-lo firmemente e
considerá-lo como um todo; um mundo em que tudo que se
apresenta é temporário,mutável ou tem o caráter de formas locais
de conhecimento e experiência. Aqui não há estruturas
profundas, nenhuma causa secreta ou final; tudo é (ou não é) o que
parece na superfície.É um fim à modernidade e a tudo que ela
prometeu e propôs.”
Krishan Kumar (Nascido: 1942 /Residência: Estados/ Unidos Cidadania: Britânico
/Campos :Sociologia , história)
A palavra pós-modernidade é técnica. Não se trata de um
conceito. Ela descreve o que está sendo elaborado depois da
modernidade.
Michel Maffesoli (sociologo; nasceu em 1944, Francês. Dirige o Centro de Estudos
sobre o Atual e o Quotidiano (CEAQ) e a revista Sociétés)
11. Longe de apresentar-se como um pensamento homogêneo, a pósmodernidade tem como “traço definidor”a perda de credibilidade nas
chamadas
metanarrativas
ou
grandes
teorias
sociais
(ANDERSON, 1999).
Os elementos constitutivos do pós-moderno referem-se a “uma nova
falta de profundidade, que se vê prolongada tanto na “teoria”
contemporânea quanto em toda essa cultura da imagem e do
simulacro; um consequente enfraquecimento da historicidade tanto
em nossas relações sociais com a história pública quanto em nossas
formas de temporalidade privada.
(JAMESON, 1996).
12. A
Pós-Modernidade surgiu com a desconstrução de
princípios,
conceitos
e
sistemas
construídos
na
modernidade, desfazendo todas as amarras da rigidez que foi
imposta ao homem moderno. Com isso, os três valores
supremos, o Fim, representado por Deus, a Unidade, simbolizada
pelo conhecimento científico e a Verdade, como os conceitos
universais e eternos, já estudados por Nietzsche no fim do século
XIX, entraram em decadência acelerada na Pós-Modernidade.
Por conta disso, para a maioria dos autores, a Pós-Modernidade é
traçada como a época das incertezas, das fragmentações,
troca de valores, do vazio, do niilismo, da deserção,
imediatismo, da efemeridade, do hedonismo, da substituição
ética pela estética, do narcisismo, da apatia, do consumo
sensações e do fim dos grandes discursos.
da
do
da
de
13. No campo da ciências
sociais:
desencadeiam-se polêmicas
metodológicas, buscando-se
convencer que as abordagens
individualistas e culturalistas
permitem uma aproximação maior
com o mundo vivido pelos sujeitos
sociais.
Prioriza-se a esfera da cultura como
chave das análises dos fenômenos
contemporâneos, deslocada no
entanto,da TOTALIDADE SOCIAL
14. Pós-Modernismo:dimensão política
No estado – nação a política se fortalecia e ampliava com o estado moderno;
Seus pilares fundamentais centravam – se nos ajustes econômicos, materializados na
privatização e na supremacia do mercado, na cultura anti- estado, no papel
equivocado atribuído a sociedade civil, na desqualificação da política e da
democracia;
Produz-se uma cultura de passividade e de conformismo, que incide diretamente no
cotidiano das classes subalternas, reforçando a alienação, o corporativismo e as ações
particularistas .
As
lutas
das
minorias,
do
acesso
a
terra,moradia,saúde,educação,emprego, hipertrofiam num turbilhão de demandas
segmentadas ,facilmente despolitizadas e burocratizadas pelo próprio estado;
O esmaecimento dos processos de lutas globais é meta prioritária das elites, onde
primeiramente teria que reduzias questões meramente particulares, desligadas da
totalidade social.
Assim, a prioridade do público sobre o privado e o fortalecimento de uma cultura
pública aparecem, neste momento de crise,como referências fundamentais a serem
resgatadas,na medida em que se reatualizam elementos diversos da tradição
autoritária , conservadora e excludente ,signos de atraso da modernidade;
15. Pós-Modernismo:dimensão cultural
Reestruturação do capital;
Organização do sistema produtivo ;
Transição do modo produção ;
Capitalismo globalizado;
O capital invade a vida íntima dos indivíduos, sob forma acentuada de mercantilização e
burocratização de necessidades...
Novas formas de organização social e expressões culturais;
Os avanços tecnológicos;
O acelerado processo de intercambio,mundialização de produção e comercialização de
mercadorias;
Aumento da alienação;
O esvaziamento das ações histórico-sociais;
A neutralização
Banalização do agir político;
16. Características principais
Falências das metanarrativas emancipadoras como aquelas propostas pela Revolução
Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade.
“Novos paradgmas”assumem:“trabalhar não a realidade,mas as suas representações”;
“não o universal e sim o singular, o micro, o pontual;não as questões macro, de
estrutura, mas o cotidiano ,os fragmentos; não o futuro, e sim o presente; não o
público,mas a intimidade( CARVALHO,1995,P.19)
[...] “o mundo social” se materializa, passa a ser signo, simulacro, hiper-realidade
(ROUANET. 1989,P233).
[...] detêm-se na visão distorcida do real,apenas em sua manifestação imediata.[...]
resurge os postulados da “razão fenomênica”katiana (TONET,2006).
[...]ou da “razão instrumental”positivista quando categorias como “essência e
totalidade” são abandonadas em nome da aparência e da imediaticidade.
Dicotomia entre objetividade e subjetividade, economicismo e politicismo.
Propensão a se deixar dominar pela imaginação das mídias eletrônicas;
predomínio do instantâneo, da perda de fronteiras, gerando a idéia de que o mundo
está cada vez menor através do avanço da tecnologia. Estamos diante de um mundo
virtual, imagem, som e texto em uma velocidade instantânea.
17. Modernidade e pós modernidade
e suas refrações no Serviço
Social
Situar
o Serviço Social nos marcos da modernidade e da
pós‐modernidade implica resgatar, ainda que de forma breve, o conjunto
de saberes presentes na sua trajetória histórica, especialmente na
realidade brasileira. Os estudos já realizados e a ampla bibliografia sobre
o tema (IAMAMOTO, 1992; NETTO, 1991; MARTINELLI, 1989;
GUERRA, 1995) permitem identificar que o Serviço Social, em suas
origens, teve como suportes teóricos os pressupostos conservadores da
Doutrina Social da Igreja.
18. O conservadorismo católico, ao defender um projeto político e social
contrário tanto ao liberalismo quanto ao socialismo, apresenta‐se
como proposta antimoderna, refratária aos valores e avanços
alcançados com o advento da modernidade. Mesmo considerando‐ se
a forte presença do pensamento católico conservador, pode‐se dizer
que o Serviço Social, em seu processo de profissionalização e
desenvolvimento sócio‐histórico, aparece vinculado a duas grandes
matrizes do racionalismo contemporâneo: o racionalismo
“formal‐abstrato”, que está na base da matriz positivista, e seus
desdobramentos
nas
abordagens
funcionalistas, estrutural‐funcionalistas e sistêmicas, e o racionalismo
“crítico‐dialético”, expresso na teoria social de Marx.
19. O Serviço Social defronta‐se, portanto, com duas grandes
tendências teóricas:
uma vinculada ao fortalecimento do neoconservadorismo inspirado nas
tendências pós ‐ modernas, que compreende a ação profissional como
um campo de fragmentos, restrita às demandas do mercado de
trabalho, cuja apreensão requer a mobilização de um corpo de
conhecimentos e técnicas que não permite extrapolar a aparência dos
fenômenos sociais;
e outra relacionada à tradição marxista, que compreende o exercício
profissional a partir de uma perspectiva de totalidade, de caráter histórico
‐ ontológico, remetendo o particular ao universal e incluindo as
determinações objetivas e subjetivas dos processos sociais.
O fortalecimento de uma ou outra dessas perspectivas depende, entre
outros fatores, da qualificação teórico ‐ metodológica e prático ‐
operativa dos profissionais e de suas opções ético ‐ políticas para
compreender o significado e as implicações dessas propostas para a
profissão.
20. A prática profissional, se reduzida,
portanto, à mera identificação das
demandas e a seu atendimento
focalizado, mobiliza um suporte teórico
bastante elementar, cuja análise não
ultrapassa o nível da aparência e
escamoteia o real significado das
mesmas no contexto antagônico das
relações sociais.
Esse campo da imediaticidade
cotidiana em que se movem as
ações do Serviço Social, quando
reduzido à mera aparência, constitui
um foco aberto para o fortalecimento
do empirismo, do pragmatismo, do
voluntarismo
e
do
conservadorismo, da fragmentação
entre teoria e prática.
21. Referêncial Teórico
Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais,-
Brasilia: CEFESS/ABEPSS,2009.706 p.(publicação:Conselho
Federal de serviço Social-CFESS,Associação Brasileira de Ensino
e Pesquisa em Serviço Social-ABEPSS.v.1)
http://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/?p=4107
http://meuartigo.brasilescola.com/geografia/o-conceitoposmodernidade-na-sociedade-atual.htm
http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/otimismopos-moderno2.html
http://meuartigo.brasilescola.com/geografia/o-conceitoposmodernidade-na-sociedade-atual.htm