2. PARNASIANISMO
““O Realismo se tingirá deO Realismo se tingirá de
naturalismonaturalismo, no romance e, no romance e
no conto, sempre que fizerno conto, sempre que fizer
personagens e enredospersonagens e enredos
submeterem-se ao destinosubmeterem-se ao destino
cego das ‘leis naturais’ que acego das ‘leis naturais’ que a
ciência da época julgava terciência da época julgava ter
codificado;codificado; ou se diráou se dirá
parnasianoparnasiano, na, na poesiapoesia, à, à
medida que se esgotar nomedida que se esgotar no
lavor do verso tecnicamentelavor do verso tecnicamente
perfeitoperfeito.” (Alfredo Bosi).” (Alfredo Bosi)
3. PARNASIANISMO
OO ParnasianismoParnasianismo foi contemporâneo dofoi contemporâneo do
Realismo e do Naturalismo, estando, portanto,Realismo e do Naturalismo, estando, portanto,
marcado pelos ideais cientificistas emarcado pelos ideais cientificistas e
revolucionários do período.revolucionários do período.
Juntamente com as escolas referidas acima, oJuntamente com as escolas referidas acima, o
Parnasianismo constitui o grupo dos movimentosParnasianismo constitui o grupo dos movimentos
literários que reagiram diretamente contra osliterários que reagiram diretamente contra os
princípios do Romantismo:princípios do Romantismo:
REALISMO: ataca aREALISMO: ataca a subjetividadesubjetividade romântica.romântica.
NATURALISMO: ataca aNATURALISMO: ataca a idealizaçãoidealização romântica.romântica.
PARNASIANISMO: ataca oPARNASIANISMO: ataca o sentimentalismosentimentalismo..
4. PARNASIANISMO
O termo "parnasianismo" deriva de uma antologia,
Le Parnasse contemporain (O Parnaso
contemporâneo), publicada em fascículos, de
março a junho de 1860, com os versos de alguns
poetas franceses.
O Parnaso é um monte da Grécia central onde na
Antigüidade acreditava-se que habitariam o deus
Apolo e as musas.
6. PARNASIANISMO
Esses poetas eram Théophile Gautier, Laconte de
Lisle, entre outros. Eles defendiam a necessidade
de se tratar os temas poéticos de modo mais
objetivo, pondo fim às “lamúrias” do Romantismo.
Segundo esses poetas, a arte não existe para a
humanidade, para a sociedade ou para a moral,
mas para si mesma. Em outras palavras: a
finalidade da arte era, para ele, a própria arte.
Essa será a principal característica da estética
parnasiana.
8. PARNASIANISMO O Parnasianismo pode
ser associado à Belle
Époque - época dourada
das elites europeias, que
se divertem com os lucros
do espólio imperialista. O
cancan, os cabarés e ca-
fés parisienses, os jano-
tas que bebem licor e as
prostitutas de alta classe
formam a imagem frené-
tica de um mundo enri-
quecido e alegre.
10. PARNASIANISMO
Uma certeza inabalável
preside esse mundo: a de
que ele é eterno e supe-
rior. Assim, o Parnasianis-
mo será a tradução poé-
tica de um período de
euforia e de relativa tran-
qüilidade social, no qual a
forma se sobreporá às
idéias.
11. O MODELO PARNASIANO
Opção por uma poesia descritiva: uso de imagensOpção por uma poesia descritiva: uso de imagens
que representam de modo mais imparcialque representam de modo mais imparcial
fenômenos naturais, fatos históricos;fenômenos naturais, fatos históricos;
Preocupação com a técnica de composição: o metro,Preocupação com a técnica de composição: o metro,
o ritmo, a rima, a estrofação. Tudo precisava sero ritmo, a rima, a estrofação. Tudo precisava ser
harmonizado de modo que se obtivesse aharmonizado de modo que se obtivesse a
PERFEIÇÃO FORMAL.PERFEIÇÃO FORMAL.
Tentativa de se manter uma postura impassívelTentativa de se manter uma postura impassível
diante do objeto do poema, para evitar o excesso dediante do objeto do poema, para evitar o excesso de
sentimentalismo romântico.sentimentalismo romântico.
12. O MODELO PARNASIANO
Resgate de temas da Antiguidade clássica;Resgate de temas da Antiguidade clássica;
Defesa da “arte pela arte”: a poesia deveria serDefesa da “arte pela arte”: a poesia deveria ser
composta como um fim em si mesma;composta como um fim em si mesma;
Busca da palavra exata que, muitas vezes, beiravaBusca da palavra exata que, muitas vezes, beirava
o preciosismo.o preciosismo.
13. PARNASIANISMO
“Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor.
Com que ele, em ouro, o alto relevo.
Faz de uma flor”.
Olavo Bilac
15. VASO GREGO (Alberto Oliveira)
Esta de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.
Era o poeta de Teos que a suspendia
Então, e, ora repleta ora esvazada,
A taça amiga aos dedos seus tinia,
Toda de roxas pétalas colmada.
Depois... Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e do ouvido aproximando-a, às bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,
Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encantada música das cordas,
Qual se essa voz de Anacreonte fosse.