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MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
     PROCURADORIA GERAL DO TRABALHO




Coordenadoria Nacional de Combate
à Exploração do Trabalho da Criança
          e do Adolescente
02

          Como é gostoso ser criança! Estudar, brincar, conviver com amigos e
     com a família, praticar esportes, tudo isso faz parte da infância. Isso é
     importante para crescermos saudáveis e felizes. Esse tempo é
     inesquecível!
03

     No entanto, muitos brasileirinhos e brasileirinhas não vivem
adequadamente essa importante fase da vida. Eles têm a sua infância
roubada pelo TRABALHO INFANTIL. São quase 5 milhões de crianças e
adolescentes no Brasil nessa triste situação de exploração.
04

           Para vencermos o trabalho infantil, vamos conhecer mais sobre os
     direitos da criança e do adolescente? Então, vamos embarcar nessa
     aventura com Clara e Rafael, crianças como você, e seus amigos:




                           Rafael
                                        Clara



                            Tia Ana
                                         Dudu


                                          Júlio
05




ESCOLA


              O
           ESC LA




Chega ao fim mais um dia de aula. Rafael e Clara, amigos inseparáveis,
saem em direção ao portão da escola que estava super movimentada
com a saída dos alunos.

Rafael: Tchau, Pedrinho! Até amanhã, Dani!

Clara encontra a Tia Ana, sua professora querida, e logo puxa assunto:

Clara: Oi, Tia Ana! Gostei tanto da aula hoje. Aprendi muitas coisas
legais.

Tia Ana: Que bom, Clarinha! Fico muito feliz ao ouvir isso.
06



     Rafael: Tia Ana, eu também gostei da aula, mas tem dias que dá uma
     preguiça... Às vezes queria fazer igual ao Dudu que não vem mais à
     escola.

     Tia Ana: Rafa, é uma pena o Dudu não vir mais a nossa escola. Ele está
     perdendo muito.

     Rafael: Que nada! Está ganhando. Vende um monte de doces na
     esquina. Ele faz isso porque o pai está desempregado.

     Tia Ana: Rafa, qual será o futuro do Dudu? O que ele vai ser quando
     crescer?

     Clara: Meu pai disse que trabalho infantil é proibido pela Constituição.
     Eu só não sei o que é esse negócio de Constituição.
07



A professora sorri e chama Clara e Rafael para conversar mais no pátio
da escola:

Tia Ana: Constituição é a principal lei do nosso país. Seu pai tem razão
Clara: o trabalho infantil é ilegal.

Clara : Mas, professora, a polícia não vê isso?

Rafael: Clara, você quer prender o Dudu ?!

Tia Ana: Calma, crianças... Para evitar casos como o do Dudu, as
crianças e adolescentes do Brasil têm um amigo: o Ministério Público do
Trabalho.

Clara e Rafael: Ministério Público do Trabalho? O que é isso?




                                               E SC O L A
                         IÇ         ÃO
                     ITU
                                          IL
                                       AS
                                     BR
              T                   DO

           NS
                              IVA
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                 AF     19
           B LIC
        PÚ
      RE
08




         ESCOLA




     Antes de a professora responder, uma pessoa que visitava a escola,
     interrompe:
     Júlio: Olá? Será que posso entrar nessa conversa também, Ana?

     Tia Ana: Olá, Júlio! Que feliz encontro! Crianças, esse é o meu amigo
     Júlio. Ele trabalha no Ministério Público do Trabalho.

     Clara: Oi! Eu sou a Clara e esse é o Rafa.

     Júlio: Muito prazer!

     Rafael: Senhor Júlio, o que faz o Ministério Público do Trabalho?

     Júlio: O Ministério Público do Trabalho defende os direitos das
     crianças e dos adultos. Ele combate especialmente o trabalho infantil,
     além de orientar a população sobre o seu mal.
09




                                                              CONS
                                                                   TITUIÇ
                                                                         ÃO
Rafael: Senhor Júlio, nosso amigo Dudu está vendendo balas na esquina
para ajudar a família. Isso é errado?

Júlio: Rafa, o seu amigo tem direitos assegurados pela Constituição e
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. O trabalho infantil tira
esses direitos do Dudu.

Clara: O que diz esse Estatuto? Aliás, o que é um Estatuto?

Tia Ana: É a lei que garante os direitos de todas as crianças e
adolescentes.

Júlio: O Estatuto da Criança e do Adolescente diz que todas as crianças
do Brasil têm direito a um saudável desenvolvimento físico, mental,
moral e espiritual.
10




     Rafael: Puxa, que legal esse Estatuto! Ele fala que o Dudu deveria ir
     para a escola em vez de vender doces?

     Júlio: Diz que ele tem direito à educação, ao lazer, a praticar esportes,
     à diversão, à cultura...

     Rafael: Puxa, o Dudu era o melhor em ciências e era o craque da sala.
     Agora, só fica lá naquela esquina.

     Tia Ana: Além de ilegal, o trabalho infantil é imoral, pois rouba a
     infância das crianças. Os prejuízos são irreparáveis e deixam marcas
     para sempre.

     Júlio: Ao ser obrigado a trabalhar, outro direito é tomado da criança: a
     liberdade.
11




Clara: E quando a criança é um bebezinho na barriga da sua mamãe, ela
tem esses direitos do Estatuto?

Júlio: Sim, Clara. A vida é o nosso primeiro direito. Então, a futura
mamãe tem direitos como saúde e alimentação para o cuidado do seu
bebê que ainda nem nasceu.

Tia Ana: Depois, tanto os bebês quanto as crianças e adolescentes têm
o direito à alimentação e à saúde, como médico, dentista, vacinas...

Rafael: E eu achava que essa idéia de vacina era coisa da minha mãe...

Clara: Puxa, conte mais sobre esse Estatuto.
12




     Júlio: Crianças, o Estatuto da
     Criança e do Adolescente
     assegura o direito de opinião e de
     expressão, ou seja, falar o que
     pensa, assim como escolher a sua
     religião.

     Clara: Legal! Agora vou falar com
     a Laura o que realmente penso
     daquele penteado novo dela!




                                          Tia Ana: Clarinha, Clarinha... É
                                          preciso ter respeito que, aliás,
                                          é outro direito da criança,
                                          assim como convivência
                                          comunitária e familiar sem
                                          discriminação.

                                          Rafael: Tia Ana, a Pati disse que
                                          foi adotada. Como ela vai ter
                                          convivência familiar?
13




Júlio: O Estatuto diz que toda criança tem o direito a ser criada e
educada pela sua família, seja rica ou pobre. No caso da sua amiga Pati,
que não tinha uma família, a Justiça achou uma que a recebeu como
filha, para amar e cuidar dela.

Clara: A mãe adotiva da Pati é realmente demais! Os doces do
aniversário dela são os melhores...

Rafael: Puxa, ainda bem que tem a Justiça no Brasil para olhar pelas
crianças e cumprir o nosso Estatuto.

Ana e Júlio ficam felizes ao verem o interesse de Clara e Rafael, pois é
muito importante conhecer e lutar pelos direitos assegurados pela lei
desde criança.
14




     Tia Ana: Tem mais: qualquer tipo de violência, crueldade, opressão e
     exploração é proibida, garante o Estatuto.

     Júlio: É direito da criança e do adolescente a preservação da sua
     integridade física e moral.

     Clara: O que é integridade física e moral?

     Júlio: É não deixar ninguém lhe machucar por dentro ou por fora,
     como por exemplo mostrar imagens ruins da criança.

     Rafael: Clara, ainda bem que não mostrei aquela sua foto acordando.

     Clara: Por quê?

     Rafael: Iria acabar com a sua imagem pública...

     Clara: Ah, ah, ah... muito engraçadinho Rafael.
15



Clara: Senhor Júlio, o que acontece com o Dudu é exploração?

Júlio: Todo trabalho infantil é uma exploração.

Rafael: Meu primo tem 14 anos e trabalha. Isso pode?

Tia Ana: Rafa, a lei diz que é proibido o trabalho para menores de 16
anos, exceto na condição de aprendiz a partir de 14 anos.

Júlio: A profissionalização é outro direito que está no Estatuto. A
aprendizagem é uma forma disso acontecer.

Rafael: O que é aprendizagem?

Júlio: É um trabalho para aprender, além de trabalhar na empresa e
frequentar a escola, ainda estuda aquela profissão.




  ESCOLA
16




                            o
                            estagiári




     Clara: Pode ser aprendiz em qualquer trabalho?

     Júlio: Não. Tem que ser um trabalho que dê a formação profissional ao
     estudante. Por exemplo: não pode ser aprendiz de trabalho doméstico
     ou em trabalhos de rua, como flanelinha.

     Tia Ana: O trabalho não pode trazer nenhum prejuízo ao adolescente e
     seus direitos trabalhistas devem ser garantidos também.

     Clara: Pode trabalhar em qualquer horário?

     Júlio: Clarinha, se for noturno, no máximo até às 22h, e tem uma
     quantidade de horas limitada, para não atrapalhar os estudos. Também
     não pode ser um trabalho perigoso ou que coloque a saúde do
     adolescente em risco.
17




Rafael: Senhor Júlio, o Dudu é um aprendiz ?

Júlio: Não, Rafa. O Dudu é uma criança. A aprendizagem é só para
adolescentes a partir de 14 anos. O que o Dudu faz é uma das piores
formas de trabalho infantil.

Rafael: Mas isso acontece em todo o Brasil? E onde não tem esquinas
movimentadas para vender as coisas?

Júlio: Infelizmente, isso ocorre em todo o país de diferentes formas.

Tia Ana: Nas zonas rurais, acontecem muitos casos de trabalho infantil.
Crianças bem pequenas já trabalham em plantações e na criação de
animais. Por conta disso, abandonam a escola.
18



     Clara: Esse trabalho no campo não é perigoso?

     Tia Ana: É sim, Clara. As crianças usam ferramentas cortantes,
     máquinas perigosas e utilizam agrotóxico. Elas precisam levantar
     muito cedo e trabalhar como adultos, expostos ao sol e a chuva.

     Júlio: Além disso, correm perigo em meios de transporte inadequados,
     como caminhões improvisados.




     Tia Ana: Alguns se machucam para sempre, mas todos ficam com os
     corações machucados, por não vivenciarem a infância como deveriam.

     Rafael: E eu que reclamava de levantar cedo para ir à escola...
19




Júlio: O trabalho pesado no campo, assim como outros tipos de
trabalho infantil, tiram as crianças da escola, pois elas ficam muito
cansadas, não só fisicamente, mas mentalmente também.

Clara: Eu, depois do almoço, sempre durmo um pouquinho e, mesmo
assim, às vezes fico cansada. Imaginem as crianças que trabalham...

Tia Ana: Já vi muitos casos assim em sala. As crianças cochilam durante
a aula, tiram notas baixas, e acabam por repetir a série ou desistir da
escola. O seu futuro é vendido a um preço muito baixo.

Rafael: Parece que o meu amigo Dudu virou um adulto antes do
tempo...
20


     Júlio: Temos ainda casos de crianças e adolescentes que trabalham em
     serviços domésticos. Elas recebem muito pouco ou nada. Muitas apenas
     teto e comida.

     Clara: Que absurdo! Como isso acontece?

     Tia Ana: São crianças muito pobres que acabam por realizar trabalhos
     em casas de família, que supostamente fazem aquilo para “ajudar”
     aquela criança. Um trabalho escravo na maioria das vezes!




     Rafael: Ajudar?! E ainda passam por bonzinhos!

     Júlio: Nesse tipo de trabalho infantil, elas não têm chance de ir para a
     escola, nem dia de folga ou qualquer direito garantido. E o pior é que
     muitas vezes ninguém sabe que isso acontece, ou quando sabem acham
     normal e não denunciam.
21




Tia Ana: O trabalho infantil doméstico pode acontecer dentro do
próprio lar da criança explorada. Crianças que são obrigadas a
trabalhar no lugar dos adultos, cuidando da casa e dos irmãos mais
novos.

Júlio: Ajudar nos afazeres domésticos, colaborando com a família, é
importante para ensinar responsabilidade às crianças e aos
adolescentes, mas não pode impedir seus direitos, em especial à
educação e à diversão, condições essenciais para o seu pleno
desenvolvimento.

Clara: Minha mãe não deixa eu pegar em produtos de limpeza. Ela diz
que é perigoso e que alguns são tóxicos.

Tia Ana: Infelizmente, essas crianças estão expostas a esse risco.

Júlio: Essa é uma cultura muito comum que lutamos para acabar.
22




     Tia Ana: Existem ainda crianças e adolescentes que trabalham como
     catadores de materiais recicláveis, como latinhas e papelões.

     Júlio: Eles caminham horas e horas levando muito peso. Também ficam
     expostos ao contato direto com lixo e a muitas doenças.

     Clara: Eu achava que eles catavam as latinhas para brincar...

     Júlio: Brincar é um verbo que eles não conhecem, Clara! Os materiais
     recicláveis são vendidos por quilo.

     Tia Ana: Por trabalharem com o lixo, além de abandonarem a escola, as
     crianças são discriminadas.
23




Júlio: Uma outra forma de trabalho infantil muito triste é aquela onde
crianças são exploradas sexualmente para fins comerciais.

Tia Ana: O caso é tão sério que muitos turistas mal intencionados
viajam em busca dessa cruel forma de exploração.

Júlio: Muitas vezes essa exploração é feita com a aprovação dos pais,
que vendem suas crianças e sua dignidade.

Clara: Minha mãe sempre diz para não aceitarmos presentes de
estranhos e muito menos entrar em carros de desconhecidos.

Tia Ana: Isso mesmo, inclusive é preciso ter muito cuidado ao falar com
desconhecidos na internet, dizer onde mora ou marcar encontros.




                                                clar
                                                              ?
                                         Quer te ?
                                               o
                                         comig
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                                    PREJUÍZO       PREJUÍZ
                             O
                     PREJUÍZ         MORAL          FÍSICO
                                                           O
                      SOCIAL




     Rafael: Após ouvir tudo isso, consigo entender o prejuízo que o Dudu
     está vivendo. Não tem venda de doce que pague isso!

     Tia Ana: No geral, o prejuízo para quem sofre com o trabalho infantil é:
     físico, social e emocional.

     Clara: Como assim?

     Júlio: Clarinha, o prejuízo é físico, pois as crianças podem se
     machucar, pegar doenças, entre outros riscos...

     Tia Ana: ...é moral, pois as crianças sofrem maus-tratos, agressões,
     humilhações e a exploração por si só marcam suas vidas para sempre...

     Júlio: ...é social, pois tiram as crianças e adolescentes do convívio de
     amigos de sua idade, do lazer, do esporte, impedem o devido
     aproveitamento escolar, prejudicando todo o seu futuro.
25




Rafael: Acho que eu entendi...

Clara: Eu também, Rafa. O
Dudu disse que quase foi
atropelado uma vez e já foi até
assaltado vendendo doces. Isso
é... prejuízo físico!

Rafael: O Dudu me disse que vai
trabalhar muito triste, pois é
forçado pela sua mãe. Isso é...
prejuízo moral!

Clara: Ele não brinca mais com
a gente, não vai à escola, não
joga mais bola e está perdendo
o seu futuro. Isso é ... prejuízo
social!

Tia Ana: Muito bem, crianças!
Estou orgulhosa do interesse de
vocês em entender os seus
direitos e querer ajudar o
Dudu.
26




                                              LIXO




     Júlio: Só mais uma coisa, crianças: faltou falar dos seus deveres.

     Rafael: Deveres?! No Estatuto da Criança e do Adolescente tem
     deveres? Lá vem bomba...

     Tia Ana: Esses deveres são para o bem de todos, a começar por você
     mesmo. As crianças têm o dever de ir à escola, cumprir regras,
     obedecer aos pais, respeitar as pessoas, preservar os espaços
     públicos, praticar bons costumes...

     Clara: Isso tudo é fácil pra mim. O Rafa é que ainda joga lixo na rua e
     vive pintando com corretivo o ponto de ônibus.

     Rafael: Se eu quero os direitos, também irei cumprir todos os meus
     deveres. Pode deixar que vou mudar. Até para ajudar o Dudu.
27




Clara e Rafael estavam tão ligados na conversa que não perceberam
que uma outra pessoa havia se aproximado deles. De repente, são
surpreendidos por uma voz amiga.

Dudu: Será que eu ouvi o meu nome?

Clara e Rafael: Dudu!

Após um grande abraço em Dudu, Clara e Rafael começam a falar do
que haviam aprendido. Estavam tão alegres que falavam ao mesmo
tempo.

Dudu: Calma, pessoal... Hoje recebemos uma visita lá em casa que
falou todas essas coisas que vocês estão me dizendo.

Rafael: Sério! Como foi isso?
28




     Dudu: Ligaram para um tal de Conselho Tutelar. Eles trabalham com a
     proteção das crianças e adolescentes. Eles explicaram aos meus pais os
     meus direitos e o mal que o trabalho infantil fará ao meu futuro.
     Também ofereceram ajuda social. Amanhã mesmo volto para a escola!

     Clara e Rafael: Oba! Que legal!

     Dudu: Aposto que alguém aqui tem a ver com essa visita, não é, TiaAna?

     Tia Ana: Dudu, você faz muita falta. O nosso amigo Júlio me orientou
     como proceder. Que bom que deu tudo certo!

     Júlio: Agora que estamos vivendo esse final tão feliz, quero saber o que
     vocês irão fazer com essa experiência?
29



Rafael: Senhor Júlio, acho que tive uma grande idéia.

Clara: Rafael, adoro essas suas idéias mirabolantes!

Dudu: Eu já conheço esse olhar...

Rafael: Mas iremos precisar da ajuda do Senhor Júlio.

Júlio: Pode contar comigo, Rafa!

Todos ouviram atentamente a idéia de Rafael numa empolgação só.
Foram embora e por dias trabalharam no projeto. Dudu voltou no dia
seguinte para a escola e foi parte fundamental da idéia de Rafael, que
em poucas semanas, concretizou-se.




    ESCOLA




             ESCOLA
30




            ESTATUTO
           DA CRIANÇA
              E DO
          ADOLESCENTE




     Com ajuda da Tia Ana e da direção da escola, um grande evento
     movimentou a escola: um teatro sobre os direitos das crianças e dos
     adolescentes e o combate ao trabalho infantil, feito pelos próprios
     alunos.

     Todos do bairro foram convidados. Ao final da apresentação, o Senhor
     Júlio deu uma breve palestra sobre o assunto, como Procurador do
     Ministério Público do Trabalho. Até hoje as crianças da escola
     comentam em casa sobre o que aprenderam.

     E você? Que tal ter uma grande idéia também para combater o trabalho
     infantil na sua comunidade? Se quiser, use a idéia de Rafael e seus
     amigos, ou até mesmo a estória dessa cartilha. Boa sorte!



                                                                   FIM
31


      Vamos exercitar
      os direitos das crianças
      e dos adolescentes?
CAÇA-PALAVRAS



                Vamos relembrar alguns dos direitos garantidos no Estatuto da
                Criança e do Adolescente? Para isso, é preciso encontrar no
                diagrama as seguintes palavras:

                ?   Educação
                ?   Saúde
                ?   Vida
                ?   Liberdade
                ?   Dignidade
                ?   Lazer
                ?   Cultura
                ?   Esporte
                ?   Alimentação
                ?   Profissionalização
32

                                                            ESCOLA


          LABIRINTO




          Ajude o
          Dudu
          a chegar
          à escola.



                                                  1) Lei maior do país.

          PALAVRAS CRUZADAS                       2) Sigla do Estatuto da Criança e
                                                  do Adolescente.
                                                  3) Nosso primeiro direito.
                                            6     4) As crianças tem direitos e
                              4                   __________.

                      8                           5) Trabalho é para adulto.

     3                                            Criança quer ser __________.

                                        2         6) __________: resposta certa
                                   9
                                                  contra o trabalho infantil.
                                                  7) Os prejuízos do trabalho
           5
                                                  infantil são: físico, social e
         1 C O N S T              I T U I Ç Ã O   _____________.
                                                  8) Entre 14 e 16 anos o
                                                  adolescente só pode trabalhar
                                                  na condição de __________.

                          7                       9) O Conselho __________
                                                  trabalha em parceria com o
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Cartilha sobre os Direitos e Deveres da Criança...

  • 1.
  • 2. MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROCURADORIA GERAL DO TRABALHO Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente
  • 3. 02 Como é gostoso ser criança! Estudar, brincar, conviver com amigos e com a família, praticar esportes, tudo isso faz parte da infância. Isso é importante para crescermos saudáveis e felizes. Esse tempo é inesquecível!
  • 4. 03 No entanto, muitos brasileirinhos e brasileirinhas não vivem adequadamente essa importante fase da vida. Eles têm a sua infância roubada pelo TRABALHO INFANTIL. São quase 5 milhões de crianças e adolescentes no Brasil nessa triste situação de exploração.
  • 5. 04 Para vencermos o trabalho infantil, vamos conhecer mais sobre os direitos da criança e do adolescente? Então, vamos embarcar nessa aventura com Clara e Rafael, crianças como você, e seus amigos: Rafael Clara Tia Ana Dudu Júlio
  • 6. 05 ESCOLA O ESC LA Chega ao fim mais um dia de aula. Rafael e Clara, amigos inseparáveis, saem em direção ao portão da escola que estava super movimentada com a saída dos alunos. Rafael: Tchau, Pedrinho! Até amanhã, Dani! Clara encontra a Tia Ana, sua professora querida, e logo puxa assunto: Clara: Oi, Tia Ana! Gostei tanto da aula hoje. Aprendi muitas coisas legais. Tia Ana: Que bom, Clarinha! Fico muito feliz ao ouvir isso.
  • 7. 06 Rafael: Tia Ana, eu também gostei da aula, mas tem dias que dá uma preguiça... Às vezes queria fazer igual ao Dudu que não vem mais à escola. Tia Ana: Rafa, é uma pena o Dudu não vir mais a nossa escola. Ele está perdendo muito. Rafael: Que nada! Está ganhando. Vende um monte de doces na esquina. Ele faz isso porque o pai está desempregado. Tia Ana: Rafa, qual será o futuro do Dudu? O que ele vai ser quando crescer? Clara: Meu pai disse que trabalho infantil é proibido pela Constituição. Eu só não sei o que é esse negócio de Constituição.
  • 8. 07 A professora sorri e chama Clara e Rafael para conversar mais no pátio da escola: Tia Ana: Constituição é a principal lei do nosso país. Seu pai tem razão Clara: o trabalho infantil é ilegal. Clara : Mas, professora, a polícia não vê isso? Rafael: Clara, você quer prender o Dudu ?! Tia Ana: Calma, crianças... Para evitar casos como o do Dudu, as crianças e adolescentes do Brasil têm um amigo: o Ministério Público do Trabalho. Clara e Rafael: Ministério Público do Trabalho? O que é isso? E SC O L A IÇ ÃO ITU IL AS BR T DO NS IVA AT ER CO ED 8 8 AF 19 B LIC PÚ RE
  • 9. 08 ESCOLA Antes de a professora responder, uma pessoa que visitava a escola, interrompe: Júlio: Olá? Será que posso entrar nessa conversa também, Ana? Tia Ana: Olá, Júlio! Que feliz encontro! Crianças, esse é o meu amigo Júlio. Ele trabalha no Ministério Público do Trabalho. Clara: Oi! Eu sou a Clara e esse é o Rafa. Júlio: Muito prazer! Rafael: Senhor Júlio, o que faz o Ministério Público do Trabalho? Júlio: O Ministério Público do Trabalho defende os direitos das crianças e dos adultos. Ele combate especialmente o trabalho infantil, além de orientar a população sobre o seu mal.
  • 10. 09 CONS TITUIÇ ÃO Rafael: Senhor Júlio, nosso amigo Dudu está vendendo balas na esquina para ajudar a família. Isso é errado? Júlio: Rafa, o seu amigo tem direitos assegurados pela Constituição e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. O trabalho infantil tira esses direitos do Dudu. Clara: O que diz esse Estatuto? Aliás, o que é um Estatuto? Tia Ana: É a lei que garante os direitos de todas as crianças e adolescentes. Júlio: O Estatuto da Criança e do Adolescente diz que todas as crianças do Brasil têm direito a um saudável desenvolvimento físico, mental, moral e espiritual.
  • 11. 10 Rafael: Puxa, que legal esse Estatuto! Ele fala que o Dudu deveria ir para a escola em vez de vender doces? Júlio: Diz que ele tem direito à educação, ao lazer, a praticar esportes, à diversão, à cultura... Rafael: Puxa, o Dudu era o melhor em ciências e era o craque da sala. Agora, só fica lá naquela esquina. Tia Ana: Além de ilegal, o trabalho infantil é imoral, pois rouba a infância das crianças. Os prejuízos são irreparáveis e deixam marcas para sempre. Júlio: Ao ser obrigado a trabalhar, outro direito é tomado da criança: a liberdade.
  • 12. 11 Clara: E quando a criança é um bebezinho na barriga da sua mamãe, ela tem esses direitos do Estatuto? Júlio: Sim, Clara. A vida é o nosso primeiro direito. Então, a futura mamãe tem direitos como saúde e alimentação para o cuidado do seu bebê que ainda nem nasceu. Tia Ana: Depois, tanto os bebês quanto as crianças e adolescentes têm o direito à alimentação e à saúde, como médico, dentista, vacinas... Rafael: E eu achava que essa idéia de vacina era coisa da minha mãe... Clara: Puxa, conte mais sobre esse Estatuto.
  • 13. 12 Júlio: Crianças, o Estatuto da Criança e do Adolescente assegura o direito de opinião e de expressão, ou seja, falar o que pensa, assim como escolher a sua religião. Clara: Legal! Agora vou falar com a Laura o que realmente penso daquele penteado novo dela! Tia Ana: Clarinha, Clarinha... É preciso ter respeito que, aliás, é outro direito da criança, assim como convivência comunitária e familiar sem discriminação. Rafael: Tia Ana, a Pati disse que foi adotada. Como ela vai ter convivência familiar?
  • 14. 13 Júlio: O Estatuto diz que toda criança tem o direito a ser criada e educada pela sua família, seja rica ou pobre. No caso da sua amiga Pati, que não tinha uma família, a Justiça achou uma que a recebeu como filha, para amar e cuidar dela. Clara: A mãe adotiva da Pati é realmente demais! Os doces do aniversário dela são os melhores... Rafael: Puxa, ainda bem que tem a Justiça no Brasil para olhar pelas crianças e cumprir o nosso Estatuto. Ana e Júlio ficam felizes ao verem o interesse de Clara e Rafael, pois é muito importante conhecer e lutar pelos direitos assegurados pela lei desde criança.
  • 15. 14 Tia Ana: Tem mais: qualquer tipo de violência, crueldade, opressão e exploração é proibida, garante o Estatuto. Júlio: É direito da criança e do adolescente a preservação da sua integridade física e moral. Clara: O que é integridade física e moral? Júlio: É não deixar ninguém lhe machucar por dentro ou por fora, como por exemplo mostrar imagens ruins da criança. Rafael: Clara, ainda bem que não mostrei aquela sua foto acordando. Clara: Por quê? Rafael: Iria acabar com a sua imagem pública... Clara: Ah, ah, ah... muito engraçadinho Rafael.
  • 16. 15 Clara: Senhor Júlio, o que acontece com o Dudu é exploração? Júlio: Todo trabalho infantil é uma exploração. Rafael: Meu primo tem 14 anos e trabalha. Isso pode? Tia Ana: Rafa, a lei diz que é proibido o trabalho para menores de 16 anos, exceto na condição de aprendiz a partir de 14 anos. Júlio: A profissionalização é outro direito que está no Estatuto. A aprendizagem é uma forma disso acontecer. Rafael: O que é aprendizagem? Júlio: É um trabalho para aprender, além de trabalhar na empresa e frequentar a escola, ainda estuda aquela profissão. ESCOLA
  • 17. 16 o estagiári Clara: Pode ser aprendiz em qualquer trabalho? Júlio: Não. Tem que ser um trabalho que dê a formação profissional ao estudante. Por exemplo: não pode ser aprendiz de trabalho doméstico ou em trabalhos de rua, como flanelinha. Tia Ana: O trabalho não pode trazer nenhum prejuízo ao adolescente e seus direitos trabalhistas devem ser garantidos também. Clara: Pode trabalhar em qualquer horário? Júlio: Clarinha, se for noturno, no máximo até às 22h, e tem uma quantidade de horas limitada, para não atrapalhar os estudos. Também não pode ser um trabalho perigoso ou que coloque a saúde do adolescente em risco.
  • 18. 17 Rafael: Senhor Júlio, o Dudu é um aprendiz ? Júlio: Não, Rafa. O Dudu é uma criança. A aprendizagem é só para adolescentes a partir de 14 anos. O que o Dudu faz é uma das piores formas de trabalho infantil. Rafael: Mas isso acontece em todo o Brasil? E onde não tem esquinas movimentadas para vender as coisas? Júlio: Infelizmente, isso ocorre em todo o país de diferentes formas. Tia Ana: Nas zonas rurais, acontecem muitos casos de trabalho infantil. Crianças bem pequenas já trabalham em plantações e na criação de animais. Por conta disso, abandonam a escola.
  • 19. 18 Clara: Esse trabalho no campo não é perigoso? Tia Ana: É sim, Clara. As crianças usam ferramentas cortantes, máquinas perigosas e utilizam agrotóxico. Elas precisam levantar muito cedo e trabalhar como adultos, expostos ao sol e a chuva. Júlio: Além disso, correm perigo em meios de transporte inadequados, como caminhões improvisados. Tia Ana: Alguns se machucam para sempre, mas todos ficam com os corações machucados, por não vivenciarem a infância como deveriam. Rafael: E eu que reclamava de levantar cedo para ir à escola...
  • 20. 19 Júlio: O trabalho pesado no campo, assim como outros tipos de trabalho infantil, tiram as crianças da escola, pois elas ficam muito cansadas, não só fisicamente, mas mentalmente também. Clara: Eu, depois do almoço, sempre durmo um pouquinho e, mesmo assim, às vezes fico cansada. Imaginem as crianças que trabalham... Tia Ana: Já vi muitos casos assim em sala. As crianças cochilam durante a aula, tiram notas baixas, e acabam por repetir a série ou desistir da escola. O seu futuro é vendido a um preço muito baixo. Rafael: Parece que o meu amigo Dudu virou um adulto antes do tempo...
  • 21. 20 Júlio: Temos ainda casos de crianças e adolescentes que trabalham em serviços domésticos. Elas recebem muito pouco ou nada. Muitas apenas teto e comida. Clara: Que absurdo! Como isso acontece? Tia Ana: São crianças muito pobres que acabam por realizar trabalhos em casas de família, que supostamente fazem aquilo para “ajudar” aquela criança. Um trabalho escravo na maioria das vezes! Rafael: Ajudar?! E ainda passam por bonzinhos! Júlio: Nesse tipo de trabalho infantil, elas não têm chance de ir para a escola, nem dia de folga ou qualquer direito garantido. E o pior é que muitas vezes ninguém sabe que isso acontece, ou quando sabem acham normal e não denunciam.
  • 22. 21 Tia Ana: O trabalho infantil doméstico pode acontecer dentro do próprio lar da criança explorada. Crianças que são obrigadas a trabalhar no lugar dos adultos, cuidando da casa e dos irmãos mais novos. Júlio: Ajudar nos afazeres domésticos, colaborando com a família, é importante para ensinar responsabilidade às crianças e aos adolescentes, mas não pode impedir seus direitos, em especial à educação e à diversão, condições essenciais para o seu pleno desenvolvimento. Clara: Minha mãe não deixa eu pegar em produtos de limpeza. Ela diz que é perigoso e que alguns são tóxicos. Tia Ana: Infelizmente, essas crianças estão expostas a esse risco. Júlio: Essa é uma cultura muito comum que lutamos para acabar.
  • 23. 22 Tia Ana: Existem ainda crianças e adolescentes que trabalham como catadores de materiais recicláveis, como latinhas e papelões. Júlio: Eles caminham horas e horas levando muito peso. Também ficam expostos ao contato direto com lixo e a muitas doenças. Clara: Eu achava que eles catavam as latinhas para brincar... Júlio: Brincar é um verbo que eles não conhecem, Clara! Os materiais recicláveis são vendidos por quilo. Tia Ana: Por trabalharem com o lixo, além de abandonarem a escola, as crianças são discriminadas.
  • 24. 23 Júlio: Uma outra forma de trabalho infantil muito triste é aquela onde crianças são exploradas sexualmente para fins comerciais. Tia Ana: O caso é tão sério que muitos turistas mal intencionados viajam em busca dessa cruel forma de exploração. Júlio: Muitas vezes essa exploração é feita com a aprovação dos pais, que vendem suas crianças e sua dignidade. Clara: Minha mãe sempre diz para não aceitarmos presentes de estranhos e muito menos entrar em carros de desconhecidos. Tia Ana: Isso mesmo, inclusive é preciso ter muito cuidado ao falar com desconhecidos na internet, dizer onde mora ou marcar encontros. clar ? Quer te ? o comig
  • 25. 24 PREJUÍZO PREJUÍZ O PREJUÍZ MORAL FÍSICO O SOCIAL Rafael: Após ouvir tudo isso, consigo entender o prejuízo que o Dudu está vivendo. Não tem venda de doce que pague isso! Tia Ana: No geral, o prejuízo para quem sofre com o trabalho infantil é: físico, social e emocional. Clara: Como assim? Júlio: Clarinha, o prejuízo é físico, pois as crianças podem se machucar, pegar doenças, entre outros riscos... Tia Ana: ...é moral, pois as crianças sofrem maus-tratos, agressões, humilhações e a exploração por si só marcam suas vidas para sempre... Júlio: ...é social, pois tiram as crianças e adolescentes do convívio de amigos de sua idade, do lazer, do esporte, impedem o devido aproveitamento escolar, prejudicando todo o seu futuro.
  • 26. 25 Rafael: Acho que eu entendi... Clara: Eu também, Rafa. O Dudu disse que quase foi atropelado uma vez e já foi até assaltado vendendo doces. Isso é... prejuízo físico! Rafael: O Dudu me disse que vai trabalhar muito triste, pois é forçado pela sua mãe. Isso é... prejuízo moral! Clara: Ele não brinca mais com a gente, não vai à escola, não joga mais bola e está perdendo o seu futuro. Isso é ... prejuízo social! Tia Ana: Muito bem, crianças! Estou orgulhosa do interesse de vocês em entender os seus direitos e querer ajudar o Dudu.
  • 27. 26 LIXO Júlio: Só mais uma coisa, crianças: faltou falar dos seus deveres. Rafael: Deveres?! No Estatuto da Criança e do Adolescente tem deveres? Lá vem bomba... Tia Ana: Esses deveres são para o bem de todos, a começar por você mesmo. As crianças têm o dever de ir à escola, cumprir regras, obedecer aos pais, respeitar as pessoas, preservar os espaços públicos, praticar bons costumes... Clara: Isso tudo é fácil pra mim. O Rafa é que ainda joga lixo na rua e vive pintando com corretivo o ponto de ônibus. Rafael: Se eu quero os direitos, também irei cumprir todos os meus deveres. Pode deixar que vou mudar. Até para ajudar o Dudu.
  • 28. 27 Clara e Rafael estavam tão ligados na conversa que não perceberam que uma outra pessoa havia se aproximado deles. De repente, são surpreendidos por uma voz amiga. Dudu: Será que eu ouvi o meu nome? Clara e Rafael: Dudu! Após um grande abraço em Dudu, Clara e Rafael começam a falar do que haviam aprendido. Estavam tão alegres que falavam ao mesmo tempo. Dudu: Calma, pessoal... Hoje recebemos uma visita lá em casa que falou todas essas coisas que vocês estão me dizendo. Rafael: Sério! Como foi isso?
  • 29. 28 Dudu: Ligaram para um tal de Conselho Tutelar. Eles trabalham com a proteção das crianças e adolescentes. Eles explicaram aos meus pais os meus direitos e o mal que o trabalho infantil fará ao meu futuro. Também ofereceram ajuda social. Amanhã mesmo volto para a escola! Clara e Rafael: Oba! Que legal! Dudu: Aposto que alguém aqui tem a ver com essa visita, não é, TiaAna? Tia Ana: Dudu, você faz muita falta. O nosso amigo Júlio me orientou como proceder. Que bom que deu tudo certo! Júlio: Agora que estamos vivendo esse final tão feliz, quero saber o que vocês irão fazer com essa experiência?
  • 30. 29 Rafael: Senhor Júlio, acho que tive uma grande idéia. Clara: Rafael, adoro essas suas idéias mirabolantes! Dudu: Eu já conheço esse olhar... Rafael: Mas iremos precisar da ajuda do Senhor Júlio. Júlio: Pode contar comigo, Rafa! Todos ouviram atentamente a idéia de Rafael numa empolgação só. Foram embora e por dias trabalharam no projeto. Dudu voltou no dia seguinte para a escola e foi parte fundamental da idéia de Rafael, que em poucas semanas, concretizou-se. ESCOLA ESCOLA
  • 31. 30 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Com ajuda da Tia Ana e da direção da escola, um grande evento movimentou a escola: um teatro sobre os direitos das crianças e dos adolescentes e o combate ao trabalho infantil, feito pelos próprios alunos. Todos do bairro foram convidados. Ao final da apresentação, o Senhor Júlio deu uma breve palestra sobre o assunto, como Procurador do Ministério Público do Trabalho. Até hoje as crianças da escola comentam em casa sobre o que aprenderam. E você? Que tal ter uma grande idéia também para combater o trabalho infantil na sua comunidade? Se quiser, use a idéia de Rafael e seus amigos, ou até mesmo a estória dessa cartilha. Boa sorte! FIM
  • 32. 31 Vamos exercitar os direitos das crianças e dos adolescentes? CAÇA-PALAVRAS Vamos relembrar alguns dos direitos garantidos no Estatuto da Criança e do Adolescente? Para isso, é preciso encontrar no diagrama as seguintes palavras: ? Educação ? Saúde ? Vida ? Liberdade ? Dignidade ? Lazer ? Cultura ? Esporte ? Alimentação ? Profissionalização
  • 33. 32 ESCOLA LABIRINTO Ajude o Dudu a chegar à escola. 1) Lei maior do país. PALAVRAS CRUZADAS 2) Sigla do Estatuto da Criança e do Adolescente. 3) Nosso primeiro direito. 6 4) As crianças tem direitos e 4 __________. 8 5) Trabalho é para adulto. 3 Criança quer ser __________. 2 6) __________: resposta certa 9 contra o trabalho infantil. 7) Os prejuízos do trabalho 5 infantil são: físico, social e 1 C O N S T I T U I Ç Ã O _____________. 8) Entre 14 e 16 anos o adolescente só pode trabalhar na condição de __________. 7 9) O Conselho __________ trabalha em parceria com o Ministério Público do Trabalho.