3. Sophia de Mello Breyner Andresen
Vida
Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto em
1919 e faleceu em 2004 com 84 anos.
Mãe de 5 filhos, que a motivaram a escrever contos infantis,
foi agraciada com o Prémio Camões em 1999.Sophia de Mello
Breyner Andresen foi uma das mais importantes poetisas
portuguesas do século XX.
4. Obras
As principais obras da escritora são:
- “O Cavaleiro da Dinamarca”, ”Histórias da Terra e do Mar”,
“A Floresta” , “A Menina do Mar” , “O Rapaz de Bronze” e
“A Fada Oriana”.
5. Caraterização das obras literárias
Da sua infância e juventude, a autora recorda sobretudo a
obra, ao descrever as casas e os objetos dentro delas, dos
quais se lembra. Explica isso do seguinte modo: "Tenho
muita memória visual e lembro-me sempre das casas, quarto
por quarto, móvel por móvel e lembro-me de muitas casas
que desapareceram da minha vida (…). Eu tento
«representar», quer dizer, «voltar a tornar presentes» as
coisas de que gostei e é isso o que se passa com as casas:
quero que a memória delas não vá à deriva, não se
perca.”Está presente em Sofia também uma ideia da poesia
como valor transformador fundamental. A sua produção
corresponde a ciclos específicos, com a culminação da
atividade da escrita durante a noite:
6. "não consigo escrever de manhã, (…) preciso daquela
concentração especial que se vai criando pela noite fora." A
vivência noturna da autora é sublinhada em vários poemas
("Noite", "O luar", "O jardim e a noite", "Noite de Abril", "Ó
noite"). Aceitava a noção de poeta inspirado, afirmava que a
sua poesia lhe acontecia, como a Fernando Pessoa:
"Fernando Pessoa dizia: «Aconteceu-me um poema». A
minha maneira de escrever fundamental é muito próxima
deste «acontecer». A vivência noturna da autora é
sublinhada em vários poemas ("Noite", "O luar", "O jardim e
a noite", "Noite de Abril", "Ó noite").
7. Aceitava a noção de poeta inspirado, afirmava que a sua
poesia lhe acontecia, como a Fernando Pessoa: "Fernando
Pessoa dizia: «Aconteceu-me um poema». A minha maneira de
escrever fundamental é muito próxima deste «acontecer».
Encontrei a poesia antes de saber que havia literatura. Pensava
mesmo que os poemas não eram escritos por ninguém, que
existiam em si mesmos, por si mesmos, que eram como que um
elemento do natural, que estavam suspensos imanentes (…).
Encontrei a poesia antes de saber que havia literatura. Pensava
mesmo que os poemas não eram escritos por ninguém, que
existiam em si mesmos, por si mesmos, que eram como que um
elemento do natural, que estavam suspensos imanentes (…).
8. É difícil descrever o fazer de um poema. Há sempre uma parte
que não consigo distinguir, uma parte que se passa na zona
onde eu não vejo." A sua própria vida e as suas próprias
lembranças são uma inspiração para a Autora, pois, como refere
Dulce Maria Quintela (1981:112), ela "fala de si, através da sua
poesia".
Sofia de Melo fez-se poeta já na sua infância, quando, tendo
apenas três anos, foi ensinada "A Nau Catrineta" pela sua ama
Laura. Poemas da escritora:
- Assim o amor
- Terror de te amar
- A forma justa
- Os erros
- Liberdade
- Revolução
9. Alguns versos do poema “Liberdade”
O poema
A liberdade
Um poema não se programa
Porem a disciplina
Sílaba por sílaba
O acompanha
Sílaba por sílaba
O poema emerge
Como se os deuses o dessem
O fazemos.
10. A escritora também escreveu algumas obras literárias
sobre Teatro:
- O Bojador.
- O Colar.
- O Azeiteiro.
- Filho de Alma e Sangue.
- Não chores minha querida.
12. 1964 - Grande Prémio de Poesia da Sociedade
Portuguesa de Escritores, atribuído a Livro Sexto.
1977 - Prémio Teixeira de Pascoaes
1979 – Medalha de Verneil da Societé de
Encouragement au Progrés, de França
1980 – Ordem Militar de Sant’Iago de Espada
1983 - Prémio da Crítica, do Centro Português da
Associação Internacional de Críticos Literários, pelo
conjunto da sua obra
1989 - Prémio D. Dinis, da Fundação da Casa de Mateus
1990 - Grande Prémio de Poesia Inasset / Inapa
1992 - Grande Prémio Calouste Gulbenkian de
Literatura para Crianças
13. 1994 - Prémio cinquenta anos de Vida Literária, da
Associação Portuguesa de Escritores
1995 - Prémio Petrarca
1995 – Homenagem de Faculdade de Teologia da
Universidade Católica de Lisboa, pelo cinquentenário da
publicação do primeiro livro "Poesia"
1995 - Outubro – Placa de Honra do Prémio Fransesco
Petrarca, Pádua, Itália
1996 - Homenageada do "Carrefour des Littératures", na
IV Primavera Portuguesa de Bordéus e da Aquitânia
1998 - Prémio da Fundação Luís Miguel Nava
14. 1999 - Prémio Camões (primeira mulher portuguesa a
recebê-lo)
2000 - Prémio Rosalia de Castro, do Pen Clube Galego
2001 - Prémio Max Jacob Étranger
2003 - Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-americana.