O documento discute a ingratidão, especialmente entre amigos. Conta a história de um homem condenado à morte que gritou quando atingido por uma pequena pedra jogada por um ex-amigo, mas não gritou com as maiores jogadas por estranhos. Isso mostra como dói mais a traição de um amigo do que de desconhecidos. O texto também discute a importância de não sermos ingratos com aqueles que nos apoiaram no passado.
2. É comum se ouvir falar de ingratidão.
Amigos que depois de terem privado da
maior intimidade, se voltam violentos,
desejando destruir.
3. Basta uma pequena contrariedade, uma
questão política, um diverso ponto de
vista religioso. Eis formada a querela.
O distanciamento.
4. Esquece-se de todos os benefícios
recebidos. Dos abraços, das promessas,
das alegrias repartidas e vividas em
conjunto.
5. Esse tipo de comportamento demonstra
como o homem, embora se diga
humano, muito necessita crescer para se
considerar como verdadeiro
participante da Humanidade.
6. Recordamos de uma antiga lenda judia
que fala de um homem condenado à
morte e que ia ser apedrejado.
7. Os carrascos lhe jogaram grandes
pedras. O réu suportou o terrível castigo
em silêncio. Nenhum grito. Na sua
condição, compreendia que a desgraça
havia caído sobre ele e que seus gritos de
nada serviriam.
8. Passou por ali um homem que havia
sido seu amigo. Pegou uma pequena
pedra e atirou na direção do
condenado. Somente para demonstrar
que não era do seu partido.
9. O pobre condenado, atingido pela
diminuta pedra, deu um grito
estridente.
10. O rei, que a tudo assistia, ordenou que um de seus lacaios perguntasse ao
réu porque ele gritara quando atingido pela pequena pedra, depois de
haver suportado sem se perturbar as grandes.
11. O condenado respondeu: As pedras
grandes foram atiradas por homens que
não me conhecem, por isso me calei.
Mas o pequeno seixo foi jogado por um
homem que foi meu companheiro e
amigo. Por isso gritei.
12. Lembrei de sua amizade nos
tempos de minha felicidade.
E agora vi sua felicidade quando
me encontro na desgraça.
13. O rei compadeceu-se e ordenou que o
pusessem em liberdade, dizendo que
mais culpado do que ele era aquele que
abandonava o amigo na desgraça.
14. A lenda nos dá a nota de quanto dói a ingratidão de um amigo.
Naturalmente, quanto mais estimamos e confiamos em alguém,
mais nos atormentará a sua traição. A sua ingratidão.
15. É importante pois que examinemos nossas próprias
ações, observando se não somos ingratos. Em especial
com aqueles que estenderam a preciosidade da sua
amizade, por longos e longos anos.
16. Não sejam as notas distantes de
algumas rusgas que nos permitam
agredir, de forma cruel, os que ontem
nos sustentaram nas lutas.
17. Soubemos, há poucos dias, de uma
aluna que, depois de ter recebido do seu
mestre todo o apoio, em forma de
ensino, livros, oportunidades de estágio,
decidiu estabelecer uma questão
judicial.
18. Esquecida dos tantos benefícios,
das longas horas de dedicação do
antigo mestre, depois de um
desentendimento em que se
sentiu lesada, resolveu requerer
vultosa quantia como pagamento
pelas horas de trabalho ao
lado dele.
19. Olvidou o aprendizado, do quanto lhe devia por sua
própria formação profissional. E mais: de quantas
portas, graças à fama dele e experiência, se haviam
aberto para ela.
22. Se alguém te retribui com a ingratidão o bem que
doaste, não te entristeças.
É melhor receber a ingratidão do que exercê-la em
relação ao próximo.
FORMATAÇÃO: LUZIA GABRIELE
EMAIL: luziagabriele@hotmail.com
TEXTO: DO LIVRO REPOSITÓRIO DE SABEDORIA
V. II JOANNA DE ÂNGELIS PSICOGRAFIA DE
DIVALDO FRANCO
FOTOS: INTERNET
MÚSICA: ENRIQUE CHIA LA CUMPARSITA
DATA : 06 DE MARÇO DE 2015
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LuziaGabriele