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7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre

        Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz

                   Estudo de Caso, Família Figueiredo



                      Licenciatura em Enfermagem




   Estudo de caso
      da Criança e
                 Família
        Figueiredo

                    Elaborado por Madalena Passeiro

                          Aluno nº 200791562

                               Carnaxide

                            Novembro 2008




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                             Licenciatura em Enfermagem

Objectivos:

- Estudar a família Figueiredo

-Prestar cuidados a RF

-Perceber a importância dos cuidados de enfermagem no serviço de cardiologia
pediátrica.




                           Elaborado por Madalena Passeiro

                                    Aluno nº 200791562

 Orientador:                     Enfª Angela          e        Professora Rita Kopke




                                        Carnaxide

                                      Novembro 2008




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Índice


0. Introdução _______________________________________________5
1. Desenvolvimento___________________________________________6
 1.1. Histórico Clínico de Enfermagem ________________________________________ 6
   1.1.1. Dados de Identificação ______________________________________________________   6
   1.1.2. Agregado Familiar _________________________________________________________     7
   1.1.3. Genograma _______________________________________________________________       8
   1.1.4. Ecomapa _________________________________________________________________       9

 1.2. História Familiar _____________________________________________________ 10
 1.3. Condições da Habitação _______________________________________________ 10
 1.4. Antecedentes familiares ________________________________________________ 11
 1.5. Vigilância de saúde Infantil ____________________________________________ 11
 1.6. História de Saúde e Historia Clínica Actual _______________________________ 11
 1.7. Internamento ________________________________________________________ 13
   1.7.1. Diário do Internamento ____________________________________________________ 13
   1.7.2. Notas gerais de Internamento _______________________________________________ 17

 1.8. Exame Físico_________________________________________________________ 20
   1.8.1. Aspecto geral ____________________________________________________________ 20
   1.8.2. Pele ____________________________________________________________________ 20
   1.8.3. Cabeça _________________________________________________________________ 20
   1.8.4. Cabelo _________________________________________________________________ 21
   1.8.5. Face ___________________________________________________________________ 21
   1.8.6. Olhos __________________________________________________________________ 21
   1.8.7. Nariz ___________________________________________________________________ 21
   1.8.8.Ouvidos _________________________________________________________________ 22
   1.8.9. Boca ___________________________________________________________________ 22
   1.8.10.Pescoço ________________________________________________________________ 22
   1.8.11. Tórax e abdómen ________________________________________________________ 22
   1.8.12. Órgãos genitais externos __________________________________________________ 23
   1.8.13. Membros superiores e inferiores ____________________________________________ 23
   1.8.14. Unhas _________________________________________________________________ 23
    1.8.15. Sinais Vitais ____________________________________________________________ 24

 1.9- Actividades de vida ___________________________________________________ 24
   1.9.1 – Manutenção de um ambiente seguro _________________________________________   24
   1.9.2 – Comunicação ___________________________________________________________      25
   1.9.3. Respiração ______________________________________________________________     26
   1.9.4. Alimentação _____________________________________________________________     27




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    1.9.5. Eliminação ______________________________________________________________       28
    1.9.6. Controlo da temperatura corporal ____________________________________________   28
    1.9.7- Mobilidade ______________________________________________________________       29
    1.9.8. Higiene e vestuário ________________________________________________________    29
    1.9.9. Expressão da sexualidade __________________________________________________     29
    1.9.10. Jogos e Brincadeiras _____________________________________________________     30
    1.9.11. Sono e Repouso _________________________________________________________       30
    1.9.12. Morte _________________________________________________________________        31

  1.10- Diagnósticos de Enfermagem __________________________________________ 32
2. Conclusão_______________________________________________38
3. Bibliografia ______________________________________________________ 39
4. APENDICE I ______________________________________________________ 40

5. APENDICE II ______________________________________________________53




Índice figuras

Figura 1 – Genograma família Figueiredo ______________________ Página 8


Figura 2 –Ecomapa família Figueiredo _________________________ Página 9




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0. Introdução

      No âmbito de Ensino Clínico II em Saúde Infantil e Pediatria, que está a decorrer
no Hospital de Santa Cruz, foi me pedida a realização do presente estudo de caso a uma
criança/família, internada neste Hospital.

     O Hospital encontra-se dividido em vários sectores, e o serviço em que está a
decorrer este Ensino Clínico é o Serviço de Internamento de cardiologia Pediatria.

      O serviço de Internamento Pediátrico tem por missão prestar cuidados de saúde
hospitalares de Pediatria no respeito pela dignidade da criança e adolescente/ pais e
utilizando de forma eficiente os recursos disponíveis.

      O Enfermeiro Pediatra deve ser capaz de fornecer uma assistência competente e
habilidosa para a criança, mantendo uma atitude carinhosa e holística. É por isso
importante salientar que nunca podemos ver a criança isolada, mas sim inserida numa
família.

      Este estudo foi realizado a uma adolescente de 17 anos. A adolescência é um
período de experimentação marcado por grandes mudanças a nível psicológico, é altura
em que o indivíduo transita de criança para adulto, desta forma considero que a
existência de uma patologia nesta fase bem como o período de internamento são
experiencias importantes, tentei assim promover o mínimo de impacto negativo do
internamento sobre esta criança.

      Para que este estudo de caso fosse possível, fez-se um acompanhamento diário ao
internamento do R.F., uma colheita de dados no processo clínico da criança e uma
entrevista à mãe e à adolescente para completar os dados recolhidos.

     Este estudo de caso teve como objectivos:

             Mobilizar conhecimentos teóricos e teórico-práticos inerentes às
             intervenções de Enfermagem Pediátrica;
    Observar a relação criança/família durante a hospitalização;
             Planear os cuidados segundo metodologia científica;
             Prestar cuidados de Enfermagem à criança/família hospitalizada;
             Realização do exame físico;
             Orientar e ajudar nas diferentes actividades de vida diárias.
      A metodologia utilizada para a realização deste estudo de caso foi baseada no
modelo de vida de Nancy Roper , sendo por isso o estudo de caso focalizado nas
actividades de vida e nos procedimentos inerentes às mesmas.




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1. Desenvolvimento


   1.1. Histórico Clínico de Enfermagem

           1.1.1. Dados de Identificação

       Identificação da Criança:

Dados pessoais:

Nome: RF

 Sexo: Feminino

 Data de Nascimento: 08/11/1991                               (17 anos)

Nacionalidade: Portuguesa

Local residência: Carnaxide

Vive com a Família, total de 4 pessoas ( pai, mãe, irmão e RF)

Profissão: Estudante

Escolaridade: Frequenta o 12º ano.

Grupo Sanguíneo: ARh+

Raça: Caucasiana

Serviço: Internamento de Pediatria cardio-torácica               Cama: 5

Data de internamento: 25/11/2008                              Data Alta: 26/11/2008

Procedência: Domicilio

Motivo de admissão: Cateterismo de intervenção

Diagnóstico médico: HTA secundária por estenose da artéria renal




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 Conhece o diagnóstico e o prognóstico

RF e a Família estiveram ansiosos face ao pré-cateterismo e pós-cateterismo.


1.1.2. Agregado Familiar
Dados família:

                      Pai                 Mãe             Irmão

Nome                  F.F.                M.T.F           M.F

Idade                 49 anos             44 anos         10 anos

Raça                  Caucasiana          Caucasiana      Caucasiana

Nacionalidade         Portuguesa          Portuguesa      Portuguesa

Profissão             Engenheiro          Analista        Estudante
                      técnico de          clíninca
                      segurança                           (5º Ano)




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1.1.3. Genograma

       O genograma é um diagrama que detalha a estrutura e o histórico familiar,
fornece informações sobre os vários papéis dos seus membros e das diferentes gerações.



                                               J. A.                  M.A

                                             67 Anos                66 Anos

                                            Reformado              Reformada




                   F.F.
                                                                   M.T.F
                 49 Anos
                                                                   44 Anos
              Engº técnico de
                segurança                                          Analista
                                                                   Clinica



                                M.F
                                                         R.F
                            10 Anos
                                                       17 Anos
                           Estudante.
                                                       Estudante




Figura 2 – Genograma família Figueiredo


Legenda Genograma:

   - Mulher                       - Morte

   - Homem                            - Casamento




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                1.1.4. Ecomapa

                   O Ecomapa é um diagrama das relações entre a família e a comunidade e ajuda a
                avaliar os apoios disponíveis e sua utilização pela família.




                                                     Trabalho
                                                                                            Escola

                           Centro
                                                                                                Igreja
                          comercial                                         F. F.
                                                             M.F.

                                                            44 Anos        47 Anos


                                                        Analista Clínica    Engº


                                                                                                     Ginásio
                                          M.F                                  R.F

                                          10 Anos                              17 Anos


          Família e                       Esudante                             Estudante

           amigos
                                                                                           Supermercado



                             Hospital de Santa
                             Maria e Santa Cruz

                                                              Figura 2 –Ecomapa família Figueiredo


                Legenda- Ecomapa:


                          Relação muito forte




                          Relação forte

-------------            Relação Fraca Intensidade



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     1.2. História Familiar

       A família de R.F. é uma família com uma estrutura do tipo nuclear, ou seja, é
uma unidade familiar que engloba o conjugue e filhos biológicos do casal, vivendo
todos juntos num domicílio comum.

       A adolescente relaciona-se adequadamente com a mãe, pai e os irmão.

       Podemos observar, através do ecomapa, que a família em estudo apenas
frequenta o supermercado onde realiza semanalmente as compras para a casa de
necessidade primária. Por outro lado, a família estabelece uma relação forte com o
Hospital de Santa Cruz e com a família, estando com ela frequentemente. Os pais de
R.F. trabalham e mantêm uma boa relação com o trabalho apresentando um rendimento
e emprego fixo

R.F. e o irmão M.F. estudam e têm uma boa relação com a escola, R.F. diz ser uma
aluna exemplar e M.F. também bom aluno mas por vezes com mau comportamento.




     1.3. Condições da Habitação

      A família F. habita num prédio no 8º andar com elevador, o apartamento possui 3
quartos, uma sala, uma cozinha, dois WC e uma despensa. A habitação tem água
canalizada, electricidade e está equipada com alguns sistemas de segurança.

     R.F. tem quarto próprio, com televisão e computador.

      A zona que rodeia a habitação é preenchida por alguns espaços verdes e também
por algum tráfego automóvel. Nas imediações existem várias lojas comerciais e
farmácia.




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     1.4. Antecedentes familiares

. Irmão 10 anos – Nasceu com sopro cardíaco e é seguido em cardiologia do Hospital
de Santa Cruz.

Pai – HTA (Hipertensão Arterial).

Avô Paterno - EAM (enfarte agudo do miocárdio).




     1.5. Vigilância de saúde Infantil


     Tendo em conta o seu desenvolvimento/ crescimento, o R.F. nasceu dia
08/11/1991. Durante a gestação a mãe foi a 8 consultas e teve uma gravidez normal até
às 40 semanas, altura pela qual a R.F. nasceu por parto eutócico no Hospital S.Francisco
de Xavier. À nascença pesava 3,700 Kg, tinha 50 cm de comprimento, 35 cm de
perímetro cefálico e apresentava um índice de Apgar de 10/10 (1º e ao 5º minuto). Fez
rastreio de doenças metabólicas dia 13-11-1991.




     1.6. História de Saúde e Historia Clínica Actual


     A família F. trata-se de uma família saudável, embora o irmão (M.F.) tenha
nascido com um sopro cardíaco e o pai F.F. tenha hipertensão arterial, ambas situações
as situações estão controladas e vigiadas.

     E como antecedentes pessoais têm:

     - 1994-1995- Teve otites serosas pelo que foi operada duas vezes, para colocação
de drenos com sucesso.




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                                                   nº200791562
7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre

                Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz

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      - Sinusite/ Rinite Recorrentes.

      - Dores menstruais

      -ACNE

      -Quistos nos ovários

      - 2008- Enxaquecas (devido à hipertensão artéria provocada pela estenose da
artéria renal direita)*1

      - 2008- HTA *1

      - 2008- Estenose da artéria renal direita.*1

      - 2008- HVE (Hipertrofia do ventrículo esquerdo, relacionada com a estenose da
artéria renal direita) *1

      - Nefropatia por IgA (ainda não confirmada à espera de biopsia). *1

      *1- Diagnostico   médico feito e 2008




        A HTA secundária foi diagnosticada acerca de 6 meses (Junho de 2008) por
procurar o médico ao apresentar com enxaquecas frequentemente. Após se avaliar a
T.A. detectou-se uma anomalia, pois surgiram valores elevados que davam indícios
HTA, através de outros exames complementares diagnosticou-se uma hipertensão
secundária a estenose da artéria renal direita. Dia 25 de Novembro de 2008 fez então
cateterismo de intervenção para dilatação da estenose da artéria renal direita, com
sucesso.

        A Rita desceu para a sala da hemodinâmica cerca das 18.30 e subiu as 20.45
para o serviço de Internamento pediátrico de cardiologia pediátrica – HSC




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    Após o procedimento registaram-se valores de T.A. mais controlados.

  1.7. Internamento

    1.7.1. Diário do Internamento

    Executou-se

    12:00 – Executou-se acolhimento.

    15:30 – Executou-se tratamento no local de inserção do cateter.

    Turno: 08h-16:30h

    22:30 – Executou-se tratamento à ferida cirúrgica.

    Dia/Turno: 26-11-2008 – 08h-16:30h




    Geriu-se

    11:54 – Geriu-se regime medicamentoso

    Turno: Sem horário

    15:29 – Optimizou-se cateter periférico

    Turno: Sem horário

    22:28 – Optimizou-se penso compressivo

    Turno: Sem horário




    Informou-se




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      12:04 – Explicou-se os procedimentos.

      Turno: Sem horário




      Observou-se

      11:53 – Vigiou-se dor

      Turno: Sem horário

      11.53 – Monotorizou-se temperatura, T.A, Pulso

      Turno: 01:00; 07:00; 15:00; 18:00; 22:00; 09:00.




Data de Inicio         Intervenções de        Horário               Avaliação
                           Enfermagem

25-11-2008          11:53 – Monitorizou-      07.00; 9:00; 15:00;
                    se temperatura            18:00; 22:00.
                                                                    ---------------------
                    corporal.

                    11:53 – Monitorizou-      07.00; 9:00; 15:00;
                    se frequência cardíaca.   18:00; 22:00;
                                                                    ---------------------

                    11:54 - Supervisionou- Turnos: 08h-16:30h       É independente
                    se auto-cuidado: com                            nesta tarefa e
                                              16:00h – 23:30h
                    o vestuário.                                    apresenta-se
                                                                    adequadamente
                                                                    vestida.




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               11:54 - Supervisionou- Sem Horário             É independente
               se auto-cuidado: com                           nesta tarefa.
               o uso do sanitário                             Usou o W.C.

               11:54 - Supervisionou- Turno: 08h-16:30h       É independente
               se auto-cuidado:                               nesta tarefa.
               Higiene

               11.54 - Supervisionou- Turnos: 08h-16:30h      Bebeu chá as 11,
               se a dieta                                     faz dieta ligeira
                                         16:00h – 23:30h
                                                              até a 13.00 e
                                                              depois da 13.00
                                                              jejum até ao
                                                              cateterismo.

               11:54 - Supervisionou- Turnos: 08h-16:30h      Independente e
               se a deambulação                               sem queixas.
                                         16:00h – 23:30h

               11:54 – Vigiar Bem-       Sem horário          Bem-estar
               Estar                                          alterado.

               12:45 - Supervisionou- Turnos: 08h-16:30h      Bebeu copo de
               se a dieta                                     leite ao 12:45 e
                                         16:00h – 23:30h
                                                              fica em jejum
                                                              após esta
                                                              refeição.

               15:29 – Vigiou-se         Turno: 08h-16:30h    Sem sinais
               sinais inflamatórios no                        inflamatórios no
               local de inserção do                           local de inserção




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                    cateter                                        do cateter.

                    15:29 – Vigiou-se        Sem Horário           Penso
                    Penso cateter                                  externamente
                                                                   limpo e seco.

25-11-2008          22:27 – Vigiou-se        26-11-2008: Turno     Ferida cirúrgica
                    ferida Cirúrgica         08h-16:30h            Presente na
                                                                   Inguinal direita.


                    22:27 – Vigiou-se        Sem Horário           Penso
                    penso da ferida                                externamente
                    cirúrgica.                                     limpo e seco,
                                                                   penso
                                                                   compressivo.

                    22:27- Vigiou-se Pulso Sem horário             Pulso periférico
                    periférico                                     forte.

                    22:27 – Vigiou-se        Sem horário           Perfusão dos
                    perfusão tecidular                             tecidos não
                    periférica                                     diminuída.

                                                                   Coloração das
                                                                   extremidades:
                                                                   Rosadas

                                                                   Temperatura das
                                                                   Extremidades:
                                                                   quentes.

                                                                   Sensibilidade:




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                                                                        Não alterada

                      22:44 - Supervisionou- Sem horário                Não se observou,
                      se a deambulação                                  faz levante às
                                                                        2:30

                      22:45 - Supervisionou- Sem horário                Urinou na
                      se auto-cuidado: com                              arrastadeira,
                      o uso do sanitário                                actividade de
                                                                        vida eliminação
                                                                        alterada.




           1.7.2. Notas gerais de Internamento

   Turno da manha (8.00h – 16.30h): R.F tem cateterismo programado para 3º tempo
   para dilatação da artéria renal direita. Fica colocado cateter periférico no membro
   superior esquerdo heparinizado, Está em jejum desde as 12.45h, em que bebeu um
   copo de leite. Está acompanhada pela mãe. Aguarda chamada para a hemodinâmica.

           T.A                Frequência Cardíaca                   Temperatura

15:00h    112/66                           56                      36,4 Timpânica




   Turno da tarde (16.30h – 23.30h): R.F. desceu para a sala hemodinâmica cerca das
   18.30 e subiu cerca das 20.45 onde foi submetida a dilatação da estenose da artéria
   renal direita por cateterismo de intervenção. O acesso foi feito pela inguinal direita e
   dado ter ficado com um hematoma trazia saco de areia que manteve. O
   procedimento decorreu sem intercorrências. À chegada mostrou-se ansiosa e




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   chorosa que ficou mais calma ao longo do turno. Esteve um pouco queixosa ao nível
   da inguinal direita, por isso fez analgesia que surtiu algum efeito às 20:45. Esteve
   com hipertensão à chegada e passado uma hora ficou normotensa sendo comunicado
   aos médicos. Encontra-se na companhia da mãe ficando um pouco ansiosa no final
   do turno.

   Hemodinâmica

Dilatação percutânea da estenose da artéria renal com balão powerflex p3 7/20 mm até
10 atms. No final estenose residual menor que 10%

Sucesso primário angiografia com balão da artéria renal direita

Duração – 57 m            tempo Rx- 14 min

Total contraste – 100 ml ( visipaque)




   Fármacos utilizados na sala hemodinâmica

   Midazolan       3+1 mg               EV   17.45

   Rapifen         0,2 + 0,1 mg     EV       17.20

   AAS              250 mg              EV   20.15




                  Hora                               T.A./ Frequência cardiaca

20:45 (chegada da sala hemodinâmica)                         135-83/72

                  21:00                                      136-80/86




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                          Estudo de Caso, Família Figueiredo

                 21:15                                     151-99/73

                 21:45                                     115-74/64

                 22:00                                     110-60/70




  22:00 – Temperatura: 36,8 Timpânica

  Turno da noite e manhã (23.30h – 16.30): Durante a noite dormiu longos períodos
  com um sono tranquilo na companhia da mãe, já no turno da manhã a R.F. esteve
  um pouco ansiosa devido aos procedimentos. Feito levante na manhã de dia 26 de
  Novembro de 2008 sem intercorrências às 9:30h. Alimentou-se com apetite e
  tolerou. Retirou o cateter periférico e o penso compressivo tendo sido dada
  indicação médica para alta clínica. Feito ensino para alta relativamente ao penso,
  cuidados a ter e sinais de alerta. Têm alta clínica.




                Posição                                        T.A

        Pré-levante      (9:30h)                               97/57

        Sentada          (9:32h)                               88/48

         Em pé           (9:34h)                               84/42




             Não foi possível colher mais dados por só ter acompanhado o caso até ao
  turno da tarde de 25 de Novembro de 2008 e a R.F. ter tido alta na manhã seguinte,
  de dia 26 de Novembro de 2008.




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      1.8. Exame Físico
        O exame físico foi realizado no decorrer da entrevista, no dia 25 de Novembro
de 2008.

            1.8.1. Aspecto geral

A R.F. apresenta-se bem nutrida e hidratada. Demonstra uma boa postura e
comportamento adequado para o estádio de desenvolvimento. (adolescente). Tem um
aspecto cuidado e limpo.



            1.8.2. Pele

       A pele foi avaliada quanto à sua coloração, textura, turgor tecidual/elasticidade,
através da palpação, hidratação e temperatura.

       Quanto à coloração, R.F. apresentava uma pele rosada. Relativamente à textura
esta apresentava-se com um aspecto liso e suave, firme, integra e com um pouco de
oleosidade natural da pele do adolescente. Em relação à elasticidade, puxando a pele do
abdómen de R.F. o tecido elástico rapidamente voltou ao seu estado normal. Apresenta
também pele e mucosas coradas e hidratadas. Em relação à sua temperatura corporal é
de 36,4º C no turno da manhã.




        1.8.3. Cabeça

       Na avaliação da cabeça, foram observados o formato e simetria, postura e
simetria facial.

       Em relação ao formato e simetria da cabeça, verifiquei que esta tem um formato
normocefálico, aparentando ser simétrica e forma oval. Não apresenta nenhuma cicatriz.

        Relativamente à simetria facial, R.F. apresenta movimentos simétricos.




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            1.8.4. Cabelo

       Em relação ao cabelo analisamo-lo quanto à cor, textura, qualidade, e
       distribuição.

       R.F. tem cabelo de cor loiro escuro, fino, liso, brilhante e comprido. Apresenta-
se distribuído homogeneamente por toda a cabeça. O couro cabeludo apresentava-se
limpo e sem qualquer sinal de lesões, descamação, infecções e cicatrizes.

            1.8.5. Face

   A avaliação da face foi feita através da observação da sua simetria. R.F. apresenta
simetria facial e não tem anormalidades.

            1.8.6. Olhos

       A avaliação dos olhos é feita em relação à cor, inspecção das pálpebras, das
fendas palpebrais, da conjuntiva palpebral, das pupilas (redondas, claras e iguais), da
simetria e tamanho, da distância.

R.F. tem olhos castanhos brilhantes, simétricos e grandes. As pálpebras bem como as
pestanas que lhe estão associadas encontram-se bem posicionadas.

       As fendas palpebrais situam-se horizontalmente entre as duas pálpebras. O saco
conjuntival da pálpebra encontra-se rosado e hidratado. Os olhos bem distanciados.

       R.F. apresenta boa acuidade visual.




       1.8.7. Nariz

       Observou-se o nariz quanto ao seu posicionamento, alinhamento e septo nasal.




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       O nariz encontrava-se bem posicionado e alinhado. Narinas íntegras e septo
nasal dividindo igualmente os dois vestíbulos.




           1.8.8.Ouvidos

Avaliaram-se os ouvidos quanto ao alinhamento, superfície cutânea e higiene.

       Os ouvidos encontram-se alinhados e simétricos.

       A superfície cutânea do ouvido não aparenta qualquer anomalia.

       Em relação a higiene esta é adequada não estando presente cerúmen no canal
auditivo externo. Apresenta boa acuidade auditiva.

           1.8.9. Boca

       Apresenta uma boa higiene oral e não tem dentes cariados. Possui 32 dentes. O
palato, de cor rosado, não apresenta quaisquer lesões ou malformações. A língua
apresentava-se rosada e hidratada.




       1.8.10.Pescoço

       Relativamente ao pescoço, observamos o seu tamanho, forma e mobilidade, os
quais se apresentaram dentro dos padrões normais.




           1.8.11. Tórax e abdómen

Observei o tórax em relação à sua forma e simetria, bem como das glândulas mamárias.




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          Tórax simétrico e sem deformações ósseas, ausência de pêlos, abaulamentos e de
cicatrizes Os mamilos são bem formados e simétricos. A expansão torácica é
igualmente simétrica. O seu perímetro torácico é de 70 cm.

          No abdómen avaliamos a sua forma, formato, simetria, movimentos, ruídos e
massas. Pudemos observar uma pele lisa sem pêlos. O umbigo apresenta um tamanho e
posicionamento adequado, sem evidência de qualquer anomalia. A distensão abdominal
é normal e simétrica. O seu perímetro Abdominal é de 62 cm.




              1.8.12. Órgãos genitais externos

Não foram observados.




              1.8.13. Membros superiores e inferiores

Para a avaliação dos membros superiores e inferiores, observamos o tamanho,
comprimento, simetria e número de dedos.

          Tanto os membros superiores como os inferiores apresentam um tamanho,
simetria e comprimento normais para a idade de R.F., bem como o número normal de
dedos (cinco em cada extremidade).




              1.8.14. Unhas

          R.F. apresenta unhas aparadas, fortes e lisas, com uma coloração rosada e
limpas.




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           8.1.15. Sinais vitais

     Frequência cardíaca: 56 batimentos/minuto – Acordada (valor padrão: 60 a 80
      batimentos/minuto)
     Frequência Respiratória: 16 ciclos/minuto (valor padrão: 12-20 ciclos/minuto)
     Tensão arterial: 112/66 mmHg
     Temperatura: 36.4ºC
      Dor: 0. R.F. não tem queixas álgicas. Avaliado pela escala numérica
      Avaliado no turno da manhã
      Já no turno da tarde referiu ter dor 6 no local do cateterismo (zona inguinal
      direita) e dores lombares devido à posição em que se encontrava deitada.




   1.9- Actividades de vida

           1.9.1 – Manutenção de um ambiente seguro

       Como já foi referido, a R.F. apresenta antecedentes pessoais relevantes como a
HTA secundária, episódios de enxaquecas, rinite/sinusite.

       R.F. refere ter dores menstruais e para estas dores faz Clonix, Buscopan ou
Brufen por indicação médica.

       Como terapêutica habitual fazia:

       Atenolol 100mg comp.        50 mg +25mg          PO       12h/12h ( 9.00/21.00)

       Amlodipina                  2,5 mg               PO       19h

       E pós-cateterismo passou a fazer:

       Atenolol 100mg comp.         25 mg                   PO     1x dia




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        AAS                           100mg                 PO      Almoço

        A R.F. têm o boletim de vacinas em dia conforme o plano nacional de
vacinação.

        Durante   o   internamento,    houve   risco   de   infecção   bem    como    do
comprometimento da circulação devido aos procedimentos invasivos efectuados, devido
à colocação do cateter periférico e cateterismo de intervenção.

        Contudo e apesar os riscos evidenciados não houve alteração nesta actividade de
vida.




             1.9.2 – Comunicação

        Os pais e R.F. no início mostraram-se receptivos à avaliação inicial, sendo parte
essencial deste estudo de caso.

        Verbal

Audição- Boa

Visão- Boa

Compreensão- Boa

Sabe ler e escrever. Frequenta o 12º ano

        Não verbal

        Expressão facial – R.F. encontrou-se um pouco nervosa antes do cateterismo
mas receptiva e colaborante (durante o turno da manhã) , embora tenha estado ansiosa e
com medo, após o cateterismo, já no turno da tarde chegou ao internamento de cirurgia




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pediátrica do Hospital de Santa Maria muito chorosa e ansiosa. Na manhã do dia 26
teve alta e já estava mais animada quanto aos resultados do procedimento.

       Avaliação da dor

Verbalização da dor - após o cateterismo por volta das 20.45 até as 24.00 verbalizou
sentir dor na zona lombar devido á posição em que se encontrava, dor na zona do cateter
periférico que se encontrava no membro superior esquerdo e na zona inguinal direita
onde foi feito o cateterismo,tinha o penso compressivo e saco de areia devido a um
possível hematoma, mais tarde verificado. Foi dada analgesia (paracetamol 1000mg) às
20.45 via endovenosa que surtiu algum efeito. Dor 6 avaliada escala numérica.




           1.9.3. Respiração

       Apresenta uma respiração, predominantemente toraco-abdominal, simétrica,
normal, com uma frequência respiratória regular, tendo em conta a idade da criança e o
seu desenvolvimento e que, compreende o intervalo de frequência respiratória entre os
12/20 ciclos por minuto.

       Durante o internamento, inicialmente foi avaliada a saturação de oxigénio que
foi de 100%. Houve alteração da respiração e mesmo posteriormente houve o risco de
compromisso das trocas gasosas.

       Avaliação FC: 56- 70bmp variou (durante o turno da manhã e tarde de dia 25de
Novembro de 2008), com um pulso forte e rítmico (sem alterações), constatou-se que
quando R.F. ficava mais nervosa a frequência cardíaca aumentava.

       TA: No turno da manhã durante a avaliação inicial registou-se 112-68, embora
quando chegou do cateterismo tenha estado hipertensa tendo tensões de 151-99 às
21:15H que normalizou no final do turno.




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Constatou-se, que a Actividade de Vida Respiração ficou alterada durante o
internamento.




             1.9.4. Alimentação

Peso - 56,6 kg

Percentil peso – 90-75

Altura - 1,69

Percentil altura – 90-75

IMC – 19,8                 Aprox. 20 = Estado nutricional normal

Percentil IMC – 50-25

        A mãe da criança referiu que R.F fez alergia ao leite de transição pelo que fez
leite de soja.

        A alimentação da V.R encontra-se adequada à sua idade, faz 6 refeições diárias,
neste momento não tem restrições alimentares, fazendo uma dieta equilibrada e variada.

Aprecia - peixe grelhado, chá e torradas            Não aprecia – Peixe cozido

        Durante a hospitalização, a R.F fez em jejum cerca de 6 horas (cerca do 12.45h)
antes de ser submetida ao cateterismo e após a intervenção teve de fazer uma pausa
alimentar devido ao efeito dos anestésicos que poderiam fazer com que ficasse
nauseada.

Posteriormente iniciou com dieta líquida (chá às 23:00h) que tolerou.




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Esta pausa alimentar fez com que se verificasse uma alteração nesta actividade de vida
diária.




          1.9.5. Eliminação

A criança urina cerca de 5 vezes por dia e faz cerca de 1 dejecção por dia
autonomamente.

R.F. refere a sua urina é amarela clara e sem cheiro fétido e que as fezes são moldadas e
com cheiro sui generis.

Devido a imobilização a que esteve submetida no pós-cateterismo esta actividade de
vida encontrou-se alterada pelo que teve que urinar duas vezes na arrastadeira.




              1.9.6. Controlo da temperatura corporal

          A temperatura corporal normal da criança é de 36,4-36,8ºC (temperatura
timpânica). Não se verificam alterações ao nível da temperatura corporal da criança.

          As extremidades mantiveram-se sempre quentes, rosadas e com pulso palpável.

          Não houve alteração desta actividade de vida, embora existisse o risco de má
perfusão periférica devido ao cateterismo que causaria uma diferença de temperatura
nas extremidades dos membros inferiores, com a possibilidade de se encontrarem frios.




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         1.9.7- Mobilidade

         No que se refere à mobilidade a R.F. é independente e a sua actividade motora
está de acordo com a idade.

         Normalmente desloca-se a pé até à escola ou transportes publicos, pois está
próxima de casa e por vezes de carro com a mãe.

         No pós-cateterismo teve que ficar deitada em decúbito dorsal e com a perna
direita imobilizada para prevenção de hematomas e hemorragias na zona inguinal, a que
foi sujeita ao cateterismo. Fez levante às 9.30 que tolerou. Habitualmente o levante é
feito passado 6 horas da cirurgia, mas visto que se encontrava a dormir só foi feito de
manhã.

         Actividade de vida alterada durante o internamento.




             1.9.8. Higiene e vestuário

         A R.F. toma banho diariamente e é independente nesta actividade de vida.

         Apresenta uma pele hidratada e, realiza higiene oral duas vezes por dia e as suas
unhas estavam limpas e cortadas.

       Tanto a mãe como a criança apresentam um aspecto cuidado e limpo. A nível do
vestuário apresentam vestuário adequado, utilizando roupas limpas, e adequadas à
estação ano.

         Conclui-se assim, que esta actividade de vida diária não se encontra alterada.




             1.9.9. Expressão da sexualidade

Adolescência (12-18 Anos)




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        Teve a menarca aos 11 anos. Não teve comportamentos de risco e ainda não
iniciou vida sexual.

        Neste momento não a está a tomar a pílula devido à HTA causada pela estenose
da artéria renal.

        Espera recomeçar a tomar a pílula em breve pois diz sentir uma melhoria ao
nível das dores menstruais. Foi prescrita a pílula a R.F. pois teve ACNE e tem quistos
nos ovários .

        Já tomou a Diane 35 com a que não tolerou, pois passou o mês inteiro
menorreica. Visto não ter tolerado a Diane 35 optou por tomar Yasmin, que se deu bem.




        1.9.10. Jogos e Brincadeiras

        A R.F. é uma adolescente e como tal gosta de sair à noite, estar com os amigos,
ver filmes, estar no computador, ler, ver televisão.
        Vai 2 a 3 vezes ao ginásio por semana.
        Existe alteração nesta actividade de vida por não puder frequentar o ginásio as
próximas semanas.

        1.9.11. Sono e Repouso

        A RF costuma dormir cerca de 8,5 horas/ noite, tem um sono calmo e tranquilo,
demora cerca de 5 a 10 minutos para adormecer.

        Os factores que interferem com a qualidade do sono são a dor, barulho,
ansiedade, local.

        Durante o internamento devido à agitação do serviço, bem como as dores que
tinha ao adormecer alterarão esta actividade de vida.




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            1.9.11. Morte

RF é católica não praticante, acha que a morte é inevitável, universal e irreversível.

       Sabe o prognóstico da sua patologia e a sua família também, mas devido a fase
em que se encontra tem algum receio mostrando medo da morte.

       Encara mal o processo da morte, pois já morreram os seus dois avós paternos e a
sua bisavó materna que era muito próxima e gostava muito.

       Quando a sua bisavó morreu passou por processos de culpa, negação, choque até
que acabou por aceitar e compreender embora ainda não esteja completamente
ultrapassada.

       Esta actividade de vida está alterada durante o internamento devido ao medo e
receio que mostrou ter da morte relacionado com o cateterismo.




Novembro 2008                                   Madalena Passeiro                 Página 31
                                                     nº200791562
7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre

             Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz

                          Estudo de Caso, Família Figueiredo




   1.10- Diagnósticos de Enfermagem


        Diagnósticos de                Objectivos          Intervenções     Data
       enfermagem


Medo/Ansiedade pré e pós       Reduzir ansiedade     Deu-se apoio          25/11/08
cateterismo (individual e
familiar) relacionado com      Promover segurança     Explicou-se          A Rita
procedimento de                e confiança.          procedimentos          esteve
angioplastia e resultado                                                    sempre
                               Incluir a família     Proporcionou-se       bastante
manifestado por choro e por
                               neste processo.       o apoio da família     ansiosa,
comunicação verbal.
                                                                            mas ao
                                                      Promoveu-se
                                                                            longo
                                                     conforto
                                                                            dos
                                                     Permitiu-se que       turnos a
                                                     expressasse as suas    equipa e
                                                     emoções                a família
                                                                            foram
                                                     Deu-se livro do       capazes
                                                     serviço onde a         de a
                                                     família e a criança    auxiliar
                                                     tem acesso a           neste
                                                     informações uteis      processo.
                                                     sobre a sua
                                                     patologia e
                                                     contactos e horários




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Diagnósticos        Objectivos                     Intervenções                 Data/
     de
enfermagem                                                                    Avalição


Dor Aguda         Descobrir        Fez-se Avaliação da dor                 25/11/08
relacionada à      proveniência
lesão do           da dor.           Administrou-se Analgesia               Ao longo
tecido e à                                                                   dos turnos
                    Reduzir a        Proporcionou-se conforto
imobilização
                   dor.                                                      Ao longo
prescrita                            Observou-se pensos e locais de         dos turnos
após o                              inserção de cateterismo e cateter
                    Despistar                                                R.F.
procedimento                        periférico.
                   complicações                                              apresentou
manifestada
                   do pos-                                                   dores, mas
pela                                Avaliou-se Sinais Vitais
                   cateterismo                                               rapidamente
expressão
                                                                             se
facial, choro,
                                                                             conseguiu
comunicação
                                                                             minimizar a
verbal.
                                                                             dor.




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Diagnósticos       Objectivos                   Intervenções             Data/Avaliação
de
enfermagem


Risco de           Reduzir o        Usou-se assepsia                    25/11/08
infecção           risco de
relacionado        infecção        Manipulou-se o menor número          Não houve
com as vias                        de vezes possível o material,         infecção
invasivas.                         feridas e cateteres.                  durante o
                                                                         período de
                                   Procedeu-se sempre à lavagem         internamento.
                                   das mãos

                                   Usou-se luvas esterilizadas

                                    Retirou-se o penso compressivo
                                   no dia seguinte à cateterização

                                   Cobriu-se o cateter periférico e
                                   local de cateterismo com penso
                                   simples protector. ( no local do
                                   cateterismo após se retirar o penso
                                   compressivo)

                                   Avaliou-se SV

                                   Vigiou-se possíveis sinais de
                                   infecção, localizados

                                   Optimizou-se catéter;

                                   Vigiou-se penso do cateter

                                                   Ensinos

                                   Fez-se ensino da manutenção do
                                   penso do local da cateterização
                                   nos dias subsquentes.




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Diagnósticos           de    Objectivos       Intervenções              Data/
enfermagem
                                                                        Avaliação


 Risco perfusão              Identificar    Manteve-se a             25/11/08
tecidular ineficaz           factores que     extremidade do
                                                                        A perfusão foi
relacionada com              melhoram a       membro aquecida.
                                                                        eficaz pois nem
traumatismo ou à             circulação
                                              Foi-se verificando       a cor,
compressão dos vasos         periférica.
                                              frequentemente a          temperatura,
sanguíneos devido ao
                              Identificar    temperatura do            sensibilidade e
cateterismo no membro
                             factores         membro,
inferior direito.                                                       pulso pedial
                             inibidores da    sensibilidade a cor e o
                                                                        estiveram
                             circulação       pulso pedial.
                                                                        alterados.
                             periférica.
                                              Mobilizou o
                              Prevenir a     membro que foi
                             má perfusão      sujeito a cateterismo.
                             tecidular.
                                              Ensinos

                                              Pediu-se para que
                                              comunica-se caso
                                              sentisse dor na perna
                                              ou virilha




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Diagnósticos de          Objectivos   Intervenções               Data/Avalição
enfermagem


Risco de                Evitar      Vigiou-se os sinais       25/11/08
hemorragia               que ocorra   vitais: TA, Pulso,
relacionado com          hemorragia   temperatura dos            Não houve
presença de catéter                   membros, e cor             hemorragia, embora
venoso periférico no                                             R.F. tenha
membro superior                       Vigiou-se o local de      apresentado uma
esquerdo ,                            inserção do cateter        ligeira equimose na
heparinização e                       /ferida do cateterismo     zona inguinal
traumatismo arterial e                para despiste de           esquerda (local do
ferida do cateterismo                 hemorragia e               cateterismo)
no menbro inferior                    hematoma;
direito.
                                      Esteve-se atento a
                                      sinais de hemorragia;

                                      - Vigiou-se o penso
                                      compressivo de 15 /15
                                      minutos durante a 1ªH,
                                      colocar penso simples
                                      no dia seguinte. Vigiar
                                      pensos e fazer marcação
                                      caso apresentem
                                      sangue.

                                      Ensinos

                                      Obter a sua
                                      colaboração da familia
                                      na observação do penso,
                                      mobilização do membro
                                      puncionado,
                                      proporcionar conforto à
                                      criança e alertar o
                                      enfermeiro de qualquer
                                      alteração. Ensinou-se




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                                que deveria colocar gelo
                                em casa caso tenha
                                ficado com equimose




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           2. Conclusão

      Com este estudo de caso foi possível verificar os vários aspectos holísticos da
criança e da família. Foi possível organizar uma metodologia de cuidados a serem
prestados à família da R.F. para que de uma forma óptima o seu internamento pudesse
ocorrer sem grandes alterações ao nível das actividades de vida diárias.

      A importância da utilização do genograma, e ecomapa ficou bem assente, e
através destes instrumentos, do exame físico, e da aplicação do modelo de Nancy Roper
à família estudada posso concluir que esta família tinha grandes potencialidades que
foram desenvolvidas no período de internamento, onde predominam relações saudáveis
e satisfatórias. R.F. encontra-se nos parâmetros de normalidade relativamente às
actividades de vida.

    É com grande satisfação que posso dizer que cumpri os objectivos a que me propus
e mais do que isso consegui fazer com que uma criança tivesse um internamento pouco
traumatizante e conseguisse mesmo evoluir física e psicologicamente durante o mesmo.

    Os cateterismos estão em internamento 48 horas apenas, o que dificultou o
acompanhamento de R.F. ,visto que só tive oportunidade de falar com R.F. no turno da
tarde de dia 25 de Novembro de 2008.

    Senti-me à vontade em termos comunicacionais, pois R.F. e a familia mostram-se
bastante receptivos.




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3. Bibliografia

   CARPENITO, Lynda Juall; Manual de Diagnósticos de Enfermagem; Artmed
   Editora S.A. 9ª edição; Porto Alegre; 2003; ISBN: 85-363-0188-0.



   LOGAN, Winifred W., ROPER, Nancy, TIERNEY, Alison J.; Modelo de
   Enfermagem; McGraw Hill Portugal, Lda. 3ª edição; Alfragide; 1995; ISBN: 972-
   9241-98-8.



   WONG, Donna L.; Enfermagem Pediátrica, Elementos Essenciais à Intervenção
   Efectiva; Guanabara Koogan; 5ªedição; Rio de Janeiro; 1999; ISBN: 85-277-0506-
   0.




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APENDICE I
                          Fármacos:
AAS

Atenolol

Amlodipina

 paracetamol




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             Ácido acetilsalicílico (Aspirina®)
        Grupo Fármaco – Terapêutico: anticoagulante, antitrombótico, analgésico
não-opiáceo, anti-inflamatório não-esteróide e antipirético.

        Acção: - Produz analgesia e reduz a inflamação e a febre inibindo a
produção de prostaglandinas.

- Diminui a agregação plaquetária.

        Indicações Terapêuticas: Inibição da agregação plaquetária nas seguintes
situações:

- Na angina de peito instável;

- No enfarte agudo do miocárdio;

- Na profilaxia do reenfarte;

- Após cirurgia vascular ou intervenções cirúrgicas;

- Para prevenção de acidentes isquémicos transitórios e trombose cerebral após
manifestação de estádios precursores;

- Para prevenção de trombose venosa e embolia pulmonar;

- Profilaxia prolongada da enxaqueca.

       Via de Administração e Posologia: Per-os

       Analgésico e Antipirético: - Adulto: 325-500 mg de 3/3 h ou 325-650 mg de 4/4
h ou 600-1000 mg de 6/6 h (não exceder as 4 g/dia).

- Crianças dos 2-11 anos: 65 mg/kg/dia repartidos em 4/6 doses.




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          Anti-inflamatório: - Adulto: 2,4 g/dia inicialmente; aumentar para a dose de
manutenção de 3,6-5,4 g/dia dividido em doses.

- Crianças: 80-100 mg/kg/dia dividido em doses.

          Prevenção de crises isquémicas transitórias: - Adulto: 1-1,3 g/dia divididos em
2-4 doses.

          Prevenção de enfarte do miocárdio: Adulto: 300-325 mg/dia.

          Contra Indicações:

- Hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico ou a outros salicilatos.

- Úlceras gástricas.

- No último trimestre de gravidez.

          Reacções Adversas e Efeitos Secundários:

          Perturbações gastrointestinais: náuseas, diarreia, vómitos, pirose e ligeiras
perdas sanguíneas gastro-intestinais. Úlceras gastrointestinais, com risco de perfuração
e hemorragia.

- Hepatoxicidade.

- Anemia.

- Tonturas e zumbidos – sintomas de sobredosagem, especialmente em crianças e
idosos.




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        Interacções Medicamentosas:

       São intensificados:

- A acção de anticoagulantes

- O risco de hemorragia gastrointestinal em caso de tratamento concomitante com
corticosteróides

- Os efeitos dos anti-inflamatórios não esteróides

- A acção das sulfonilureias

- Os efeitos do metotrexato

- As concentrações plasmáticas da digoxina, barbitúricos e lítio

- Os efeitos das sulfonamidas

- Os efeitos do ácido valpróico.

São reduzidos os efeitos de:

- Antagonistas da aldosterona e diuréticos da ansa

- Anti-hipetensores.

    Cuidados de Enfermagem: Os comprimidos são ingeridos com líquidos e de
   preferência após as refeições ou com alimentos. É aconselhável beber seguidamente
   uma quantidade apreciável de líquido (meio copo a um copo de água).




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                                    Atenolol

      Grupo Fármaco – Terapêutico: Antianginoso, antihipertensor

        Acção:

  - Bloqueia a estimulação dos receptores adrenérgicos beta1 (miocárdio);

  - Diminui a pressão arterial e a frequência cardíaca;

  - Diminui a frequência de crises de angina de peito;

        Indicações Terapêuticas:

  - Tratamento da hipertensão;

  - Prevenção do enfarte do miocárdio;

        Via de Administração e Posologia (Adultos):

  - Dose média diária por via Oral: 25 a 50 mg/dia que pode ser aumentada após duas
semanas para 50 a 100 mg/dia.

        Contra – Indicações:

  - Insuficiência cardíaca não compensada;

  - Edema pulmonar;

  - Choque cardiogénico;

  - Bradicardia ou bloqueio cardíaco;




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   Precauções:

- Disfunção renal;

- Insuficiência hepática;

- Doentes geriátricos;

- Doença pulmonar;

- Diabetes mellitus (pode mascarar os sinais de hipoglicemia);

- Tirotoxicose (pode mascarar sintomas);

- Doentes com história de reacções alérgicas severas;

- Gravidez, lactação ou crianças;

        Reacções Adversas e Efeitos Secundários:

- fadiga, fraqueza, ansiedade, depressão, tonturas, sonolência, insónias, perda de
memória, alterações do estado mental, nervosismo, pesadelos;

- Visão turva, congestão nasal;

- Broncoespasmo, crepitações;

- Bradicardia, insuficiência cardíaca congestiva, edema pulmonar, hipotensão,
vasoconstrição periférica;

- Obstipação, diarreia, anomalias da função hepática, náuseas e vómitos;

- Impotência, diminuição da libido, aumento da frequência urinária;

- Erupções cutâneas;

- Hiperglicemia, hipoglicemia;




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- Artralgias, dor nas costas, dor articulares;

- Lúpus induzido por fármacos.

        Interacções Medicamentosas:

- Anestesia geral, fenitoína IV e verapamil podem provocar depressão aditiva do
miocárdio;

- Pode ocorrer bradicardia aditiva com glicosídeos digitálicos;

- Pode ocorrer hipotensão aditiva com outros fármacos anti-hipertensores, ingestão
aguda de álcool ou nitratos;

- O uso simultâneo com anfetamina, cocaína, efedrina, adrenalina, noradrenalina,
fenilefrina ou pseudoefedrina pode resultar em estimulação adrenérgica alfa sem
oposição (hipertensão excessiva, bradicardia);

- A administração de hormonas da tiróide pode diminui a eficácia;

- Pode alterar a eficácia das insulinas ou de fármacos hipoglicemiantes orais;

- Pode diminuir a eficácia da teofilina;

- Pode diminuir o efeito cardiovascular beta1 benéfico da dopamina ou da dobutamina;

- Usar com precaução durante o período de 14 dias depois da terapêutica com inibidores
da MAO, da qual pode resultar hipertensão.

       Cuidados de Enfermagem:                  Avaliação da tensão arterial, frequência
cardíaca e glicémia capilar antes da administração da terapêutica;

Despistar sinais e sintomas de insuficiência cardíaca congestiva:

- dispneia;




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- crepitações;

- ganho de peso;

- edema periférico;

- distensão da veia jugular.

Despiste de sinais de sobredosagem:

- bradicardia;

- tonturas severas ou desmaios;

- sonolência severa;

- dispneia;

- unhas e palmas das mãos azuladas;

- convulsões.

Validar e reforçar as medidas para o controlo da hipertensão:

- perda de peso;

- restrição de sódio;

- redução do stress;

- exercício regular;

- moderação do consumo de álcool;

- parar de fumar.




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                                     Amlodipina

       Grupo Fármaco - Terapêutico: Antianginoso; Anti-hipertensor (bloqueador
dos canais de cálcio)

        Acção: Inibe o transporte de cálcio para o miocárdio e para as células do
músculo liso vascular, resultando na inibição do acoplamento e excitação – contracção e
subsequente contracção – vasodilatção sistémica resultando na diminuição da pressão
arterial; vasodilatação coronária resultando na diminuição da frequência e severidade
das crises de angina.

        Indicações terapêuticas: Isoladamente ou com outros fármacos no
tratamento da hipertensão, angina de peito, angina vasoespástica.

        Via de administração e Posologia: Per-os.

       Per-os:

- Adultos: 5-10 mg/dia; Anti-hipertensor em doentes frágeis ou de pequena estatura ou
doentes com outra terapêutica anti-hipertensora – começar em 2,5 mg/dia, aumentar
conforme for necessário e tolerado (até 10 mg/dia) como na terapêutica anti-
hipertensora em doentes com insuficiência hepática.

- Doentes geriátricos: Anti-hipertensor – iniciar a terapêutica com 2,5 mg/dia, aumentar
conforme for necessário e tolerado (até 10 mg/dia); Ant-anginoso – iniciar a terapêutica
com 5 mg/dia, aumentar conforme for necessário e tolerado (até 10 mg/dia).

-Insuficiência hepática (Adultos): Anti-hipertensor – iniciar terapêutica com 2,5 mg/dia,
aumentar conforme for necessário e tolerado (até 10 mg/dia); Antianginoso – iniciar
terapêutica com 5 mg/dia, aumentar conforme for necessário/tolerado (até 10 mg/dia)




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       Contra-indicações:

- Hipersensibilidade.

- Pressão arterial < 90 mmHg.




        Precauções:

- Insuficiência hepática severa (recomenda-se redução da dose).

- Doentes geriátricos (recomenda-se redução da dose; risco de hipotensão aumentado).

-Estenose aórtica.

- História de insuficiência cardíaca congestiva.

- Gravidez, lactação, ou crianças (segurança ainda não estabelecida)




    Reacções Adversas e Efeitos Secundários:

- Cefaleias, tonturas, fadiga.

- Edema periférico, angina, bradicardia, hipotensão, palpitações.

- Hiperplasia gengival, náuseas.

- Rubor.

 Interacções medicamentosas:         Pode ocorrer hipotensão aditiva quando usada
concomitantemente com fentanil, outros fármacos anti-hipertensores, nitratos, ingestão
aguda de álcool, ou quinidina.




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Os efeitos anti-hipertensores podem ser diminuídos pelo uso concomitante com anti-
inflamatórios não esteróides.

       Pode aumentar o risco de neurotoxicidade com lítio.




       Cuidados de Enfermagem:

       Monitorizar a pressão arterial e o pulso antes da terapêutica, durante a
determinação laboratorial da dose e periodicamente durante a terapêutica. Monitorizar o
ECG periodicamente durante terapêutica prolongada.

       Monitorizar a ingestão e as taxas de excreção e os pesos diários. Avaliar sinais
de insuficiência cardíaca congestiva (edema periférico, crepitações pulmonares,
dispneia, ganho de peso, distensão jugular venosa).

       Angina: Avaliar a localização, duração, intensidade e factores de precipitação
da angina do doente.




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                                   PARACETAMOL

        Grupo Fármaco - Terapêutico: Analgésico não opiáceo e Antipirético

Acção: Inibe a síntese de prostaglandinas que podem servir como mediadores da dor e
da febre, no SNC. Não possui propriedades anti-inflamatórias ou toxicidade
gastrointestinal significativa.

Indicações Terapêuticas:

- Dores ligeiras ou moderadas.

- Febre.

Via de administração e Posologia: Per-os, rectal e endovenosa.

       Nos adultos a dose varia entre 0,5 a 1g em cada 3 a 4 vezes por dia (nunca
exceder os 4g/dia). A via é per-os.

    Nas crianças a dose vai depender muito da idade, sendo as vias utilizadas, a via
rectal (supositórios) ou per-os.

Contra-indicações: Hipersensibilidade conhecida.

        Precauções/Advertências:

- Doença hepática grave.

- Doença renal.

- Abuso crónico de álcool.

- Mal-nutrição.




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          Reacções adversas e efeitos Secundários:

- Insuficiência hepática e hepatotoxicidade (sobredosagem).

- Insuficiência renal (altas doses ou uso crónico).

- Erupções cutâneas e urticária.

   Interacções medicamentosas:

   O uso combinado com salicilatos ou AINE’s aumenta o risco de efeitos adversos
renais.

   O risco de hepatotoxicidade pode ser aumentado se se usar outras substâncias
hepatotoxicas, incluindo o álcool. E também o uso concomitante de Isoniazida,
rifampicina, fenitoína, barbitúricos, carbamazepina, diflusinal, rifabutina.

   Varfarina e o uso crónico de doses elevadas de paracetamol podem aumentar o risco
de perda de sangue.

Cuidados de Enfermagem:

          Se for utilizado como analgésico há que avaliar o tipo, localização e intensidade
da dor antes e após 30 a 60 minutos da administração;

          Se for utilizado com antipirético, avaliar a temperatura e a presença de sinais
associados (diaforese, taquicardia, mal-estar);

          Ter em atenção que os utentes mal-nutridos ou casos de alcoolismo crónico
possuem um risco mais elevado de desenvolverem hepatotoxicidade com as doses
normais deste fármaco;

          Avaliar a dose, frequência e tipo de fármaco habitualmente tomado pelos utentes
por auto-medicação, pois o uso prolongado de acetominofeno, salicilatos ou AINE’s
aumentam o risco de efeitos renais adversos.




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APENDICE Ii
                           Patologia



Hipertensão Arterial

Hipertensão secundária

Estenose da artéria renal




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                          Estudo de Caso, Família Figueiredo

Hipertensão arterial



 A hipertensão arterial é, geralmente, uma afecção sem sintomas na qual a elevação
anormal da pressão dentro das artérias aumenta o risco de perturbações como o AVC,
a ruptura de um aneurisma, uma insuficiência cardíaca, um enfarte do miocárdio e
lesões do rim.

A palavra «hipertensão» sugere uma tensão excessiva, nervosismo ou stress. No
entanto, em termos médicos, a hipertensão refere-se a um quadro de pressão arterial
elevada, independentemente da causa. Chama-se-lhe «o assassino silencioso» porque,
geralmente não causa sintomas durante muitos anos (até que lesiona um órgão vital).

A hipertensão arterial afecta muitos milhões de pessoas com uma diferença notória
conforme a origem étnica. Por exemplo, nos Estados Unidos, onde afecta mais de 50
milhões de pessoas, 38 % dos adultos negros sofrem de hipertensão, em comparação
com 29 % de brancos. Perante um nível determinado de pressão arterial, as
consequências da hipertensão são mais graves nas pessoas de raça negra.

Nos países desenvolvidos, calcula-se que só se diagnostica esta perturbação em dois de
cada três indivíduos que dela sofrem, e só 75 % deles recebem tratamento
farmacológico, e este só é adequado em 45 % dos casos.

Quando se mede a pressão arterial, registam-se dois valores. O mais elevado produz-se
quando o coração se contrai (sístole); o mais baixo corresponde à relaxação entre um
batimento e outro (diástole). A pressão arterial transcreve-se como a pressão sistólica
seguida de uma barra e, em seguida, a pressão diastólica [por exemplo, 120/80 mmHg
(milímetros de mercúrio)]. Esta medição seria lida como «cento e vinte, oitenta».

A pressão arterial elevada define-se como uma pressão sistólica em repouso superior ou
igual a 140 mm Hg, uma pressão diastólica em repouso superior ou igual a 90 mmHg,
ou a combinação de ambas. Na hipertensão, geralmente, tanto a pressão sistólica como a
diastólica estão elevadas.

Na hipertensão sistólica isolada, a pressão sistólica é superior ou igual a 140 mmHg,
mas a diastólica é menor que 90 mmHg (isto é, esta última mantém-se normal).

A hipertensão sistólica isolada é sempre mais frequente na idade avançada. Quase em
todas as pessoas a pressão arterial aumenta com a idade, com uma pressão sistólica que
aumenta até os 80 anos pelo menos e uma pressão diastólica que aumenta até aos 55 a
60 anos, para depois estabilizar-se e inclusive descer.

A hipertensão maligna é uma pressão arterial muito elevada que, se não for tratada,




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costuma provocar a morte num período de 3 a 6 meses. É bastante rara e produz-se
somente em cerca de uma em cada 200 pessoas com hipertensão arterial, embora os
índices de frequência mostrem variações em função de diferenças étnicas (maior
frequência em doentes de raça negra), de sexo (sendo mais frequente nos homens) e de
condição socioeconómica (com maior incidência em doentes de classe baixa). A
hipertensão maligna é uma urgência médica.

Controlo da pressão arterial

A elevação da pressão nas artérias pode dever-se a vários mecanismos. Por exemplo, o
coração pode bombear com mais força e aumentar o volume de sangue que expulsa em
cada batimento. Outra possibilidade é que as grandes artérias percam a sua flexibilidade
normal e se tornem rígidas, de modo a não poderem expandir-se quando o coração
bombeia sangue através delas. Por esta razão, o sangue proveniente de cada batimento
vê-se forçado a passar por um espaço menor do que o normal e a pressão aumenta. Isto
é o que acontece aos idosos cujas paredes arteriais se tornaram grossas e rígidas devido
à arteriosclerose. A pressão arterial aumenta de forma similar na vasoconstrição
[quando as artérias minúsculas (arteríolas) se contraem temporariamente pela
estimulação dos nervos ou das hormonas circulantes]. Por último, a pressão arterial
pode aumentar se se incrementar o afluxo de líquido ao sistema circulatório. Esta
situação verifica-se quando os rins funcionam mal e não são capazes de eliminar sal e
água em quantidade suficiente. O resultado é que o volume de sangue aumenta e, como
consequência, aumenta a pressão arterial.

Pelo contrário, se a função de bombeamento do coração diminui, se as artérias estão
dilatadas ou se se perde líquido do sistema, a pressão desce. As modificações destes
factores são regidas por alterações no funcionamento renal e no sistema nervoso
autónomo (a parte do sistema nervoso que regula várias funções do organismo de forma
automática).

O sistema nervoso simpático, que faz parte do sistema nervoso autónomo, é responsável
pelo aumento temporário da pressão arterial quando o organismo reage diante de uma
ameaça. O sistema nervoso simpático incrementa a frequência e a força dos batimentos
cardíacos. Produz também uma contracção da maioria das arteríolas, mas, em
contrapartida, dilata as de certas zonas, como as dos músculos, onde é necessário um
maior fornecimento de sangue. Além disso, o sistema nervoso simpático diminui a
eliminação de sal e de água pelo rim e, como consequência, aumenta o volume de
sangue. Deste modo, produz a libertação das hormonas adrenalina (epinefrina) e
noradrenalina (norepinefrina), que estimulam o coração e os vasos sanguíneos.
Por outro lado, os rins controlam a pressão arterial de vários modos. Se a pressão
arterial se eleva, aumenta a eliminação de sal e de água, o que faz descer o volume de
sangue e normaliza a pressão arterial. Ao contrário, se a pressão arterial diminui, os rins
reduzem a eliminação de sal e de água; em consequência, o volume sanguíneo aumenta
e a pressão arterial volta aos seus valores normais. Os rins também podem aumentar a




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pressão arterial, segregando um enzima denominado renina, que estimula a secreção de
uma hormona chamada angiotensina, a qual, por sua vez, desencadeia a libertação de
aldosterona.

Dado que os rins são importantes para controlar a pressão arterial, muitas doenças e
anomalias renais elevam a pressão arterial. Por exemplo, um estreitamento da artéria
que alimenta um dos rins (estenose da artéria renal) pode causar hipertensão. De igual
modo, inflamações renais de vários tipos e a lesão de um ou de ambos os rins também
causam efeitos similares.

Sempre que, por qualquer causa, se verifique um aumento da pressão arterial,
desencadeia-se um mecanismo de compensação que neutraliza e mantém a pressão a
níveis normais. Portanto, um aumento do volume de sangue bombeado pelo coração que
tende a aumentar a pressão arterial faz com que os vasos sanguíneos se dilatem e que os
rins aumentem a eliminação de sal e de água, o que tende a reduzir a pressão arterial.
No entanto, em caso de arteriosclerose, as artérias tornam-se rígidas e não podem
dilatar-se, e por isso a pressão arterial não desce aos seus níveis normais. As alterações
arterioscleróticas nos rins podem alterar a sua capacidade para eliminar sal e água, o que
tende a aumentar a pressão arterial.

Causas

Para cerca de 90 % das pessoas com pressão arterial elevada, a causa é desconhecida.
Essa situação denomina-se hipertensão essencial ou primária. A hipertensão essencial
pode ter mais de uma causa. Provavelmente, uma combinação de diversas alterações no
coração e nos vasos sanguíneos produz a subida da pressão arterial.

Quando a causa é conhecida, a afecção denomina-se hipertensão secundária. Entre 5 %
e 10 % dos casos de hipertensão arterial têm como causa uma doença renal. Entre 1 % e
2 % têm a sua origem numa perturbação hormonal ou no uso de certos fármacos, como
os anticoncepcionais orais (pílulas para o controlo da natalidade). Uma causa pouco
frequente de hipertensão arterial é o feocromocitoma, um tumor das glândulas supra-
renais que segrega as hormonas adrenalina e noradrenalina.

A obesidade, um hábito de vida sedentária, o stress e o consumo excessivo de álcool ou
de sal são, provavelmente, factores de risco no aparecimento da hipertensão arterial em
pessoas que possuem uma sensibilidade hereditária. O stress tende a fazer com que a
pressão arterial aumente temporariamente, mas, de um modo geral, regressa à
normalidade uma vez que ele tenha desaparecido. Isto explica a «hipertensão da bata
branca», na qual o stress causado por uma ida ao consultório do médico faz com que a
pressão arterial suba o suficiente para que se faça o diagnóstico da hipertensão em
alguém que, noutros momentos, teria uma pressão arterial normal. Julga-se que, nas
pessoas com esta tendência, estes breves aumentos da pressão causam lesões que,
finalmente, provocam uma hipertensão arterial permanente, inclusive quando o stress




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desaparece. No entanto, esta teoria segundo a qual os aumentos transitórios da pressão
arterial podem dar lugar a uma pressão elevada de forma permanente não foi
demonstrada.

                                   Regulação da pressão arterial: o sistema renina-
                                   angiotensina-aldosterona

                                   Quando a pressão arterial diminui (1) liberta-se
                                   renina (um enzima renal). A renina (2), por seu
                                   lado, activa a angiotensina (3), uma hormona que
                                   contrai as paredes musculares das artérias pequenas
                                   (arteríolas) e, como consequência, aumenta a
                                   pressão arterial. A angiotensina também estimula a
                                   secreção da hormona aldosterona da glândula
                                   supra-renal (4), provoca a retenção de sal (sódio)
                                   nos rins e a eliminação de potássio. Como o sódio
                                   retém água, expande-se o volume de sangue e
                                   aumenta a pressão arterial.


Sintomas

Habitualmente, a hipertensão arterial é assintomática, apesar da coincidência no
aparecimento de certos sintomas que muita gente considera (erradamente) associados à
mesma: cefaleias, hemorragias nasais, vertigem, ruborização facial e cansaço.
Embora as pessoas com uma pressão arterial elevada possam ter estes sintomas, eles
também podem aparecer com a mesma frequência em indivíduos com uma pressão
arterial normal.

No caso de uma hipertensão arterial grave ou de longa duração que não receba
tratamento, os sintomas como cefaleias, fadiga, náuseas, vómitos, dispneia,
desassossego e visão esfumada verificam-se devido a lesões no cérebro, nos olhos, no
coração e nos rins. Às vezes, as pessoas com hipertensão arterial grave desenvolvem
sonolência e inclusive coma por edema cerebral (acumulação anormal de líquido no
cérebro). Este quadro, chamado encefalopatia hipertensiva, requer um tratamento
urgente.

Diagnóstico

A pressão arterial determina-se depois de a pessoa ter estado sentada ou deitada durante
5 minutos. Uma leitura de 140/90 mmHg ou mais é considerada alta, mas o diagnóstico
não pode basear-se numa só medição. Às vezes, inclusive várias determinações elevadas
não são suficientes para efectuar o diagnóstico. Quando se regista uma medição inicial




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elevada, deve determinar-se de novo e depois mais duas vezes em dias diferentes, para
se assegurar de que a hipertensão persiste. As leituras não só indicam a presença de
hipertensão arterial, como também permitem classificar a sua gravidade.

Quando se tiver estabelecido o diagnóstico de hipertensão arterial, habitualmente
avaliam-se os seus efeitos sobre os órgãos principais, sobretudo os vasos sanguíneos, o
coração, o cérebro e os rins. A retina (a membrana sensível à luz que reveste a
superfície interna da parte posterior do olho) é o único lugar onde se podem observar
directamente os efeitos da hipertensão arterial sobre as arteríolas. Julga-se que as
alterações na retina são semelhantes às dos vasos sanguíneos de qualquer outra parte do
organismo, como os rins. Para examinar a retina, utiliza-se um oftalmoscópio (um
instrumento que permite visualizar o interior do olho). O grau de deterioração da retina
(retinopatia) permite classificar a gravidade da hipertensão arterial.

As alterações no coração (particularmente uma dilatação devido ao aumento de trabalho
requerido para bombear sangue a uma pressão elevada) detectam-se com um
electrocardiograma e uma radiografia do tórax. Nas fases iniciais, é mais útil o
ecocardiograma (um exame que utiliza ulta-sons para obter uma imagem do coração).
Um ruído anómalo, denominado o quarto ruído cardíaco, que se ausculta com um
fonendoscópio, é uma das primeiras alterações cardíacas causadas pela hipertensão.

As lesões iniciais do rim detectam-se através de uma análise da urina. A presença de
células sanguíneas e albumina (um tipo de proteína) na urina, por exemplo, pode indicar
a presença de tal afecção.

É, igualmente, necessário procurar a causa da pressão arterial elevada, sobretudo se o
doente é jovem, mesmo quando a causa é identificada em menos de 10 % dos casos.
Quanto mais elevada for a pressão arterial e mais jovem for o doente, mais aprofundada
deve ser a pesquisa da causa. A avaliação inclui radiografias e estudos dos rins com
isótopos radioactivos, uma radiografia do tórax e determinações de certas hormonas no
sangue e na urina.

Para detectar um problema real, toma-se como ponto de partida a história clínica,
insistindo em problemas renais prévios. Durante o exame físico, explora-se a zona do
abdómen por cima dos rins para detectar a presença de dor. Com um fonendoscópio
sobre o abdómen, tenta-se localizar a presença de um ruído anormal (som que o sangue
produz ao atravessar um estreitamento da artéria que alimenta o rim). Por último, envia-
se uma amostra de urina para o laboratório para a sua análise e, se for necessário,
efectuam-se radiografias ou ecografias com o fim de conhecer o grau de fornecimento
de sangue ao rim, assim como outras provas renais.

Quando a causa é um feocromocitoma, aparecem na urina os produtos de decomposição
das hormonas adrenalina e noradrenalina. Habitualmente, estas hormonas também
produzem várias combinações de sintomas, como cefaleias intensas, ansiedade,




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  • 1. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo Licenciatura em Enfermagem Estudo de caso da Criança e Família Figueiredo Elaborado por Madalena Passeiro Aluno nº 200791562 Carnaxide Novembro 2008 Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 1 nº200791562
  • 2. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo Licenciatura em Enfermagem Objectivos: - Estudar a família Figueiredo -Prestar cuidados a RF -Perceber a importância dos cuidados de enfermagem no serviço de cardiologia pediátrica. Elaborado por Madalena Passeiro Aluno nº 200791562 Orientador: Enfª Angela e Professora Rita Kopke Carnaxide Novembro 2008 Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 2 nº200791562
  • 3. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo Índice 0. Introdução _______________________________________________5 1. Desenvolvimento___________________________________________6 1.1. Histórico Clínico de Enfermagem ________________________________________ 6 1.1.1. Dados de Identificação ______________________________________________________ 6 1.1.2. Agregado Familiar _________________________________________________________ 7 1.1.3. Genograma _______________________________________________________________ 8 1.1.4. Ecomapa _________________________________________________________________ 9 1.2. História Familiar _____________________________________________________ 10 1.3. Condições da Habitação _______________________________________________ 10 1.4. Antecedentes familiares ________________________________________________ 11 1.5. Vigilância de saúde Infantil ____________________________________________ 11 1.6. História de Saúde e Historia Clínica Actual _______________________________ 11 1.7. Internamento ________________________________________________________ 13 1.7.1. Diário do Internamento ____________________________________________________ 13 1.7.2. Notas gerais de Internamento _______________________________________________ 17 1.8. Exame Físico_________________________________________________________ 20 1.8.1. Aspecto geral ____________________________________________________________ 20 1.8.2. Pele ____________________________________________________________________ 20 1.8.3. Cabeça _________________________________________________________________ 20 1.8.4. Cabelo _________________________________________________________________ 21 1.8.5. Face ___________________________________________________________________ 21 1.8.6. Olhos __________________________________________________________________ 21 1.8.7. Nariz ___________________________________________________________________ 21 1.8.8.Ouvidos _________________________________________________________________ 22 1.8.9. Boca ___________________________________________________________________ 22 1.8.10.Pescoço ________________________________________________________________ 22 1.8.11. Tórax e abdómen ________________________________________________________ 22 1.8.12. Órgãos genitais externos __________________________________________________ 23 1.8.13. Membros superiores e inferiores ____________________________________________ 23 1.8.14. Unhas _________________________________________________________________ 23 1.8.15. Sinais Vitais ____________________________________________________________ 24 1.9- Actividades de vida ___________________________________________________ 24 1.9.1 – Manutenção de um ambiente seguro _________________________________________ 24 1.9.2 – Comunicação ___________________________________________________________ 25 1.9.3. Respiração ______________________________________________________________ 26 1.9.4. Alimentação _____________________________________________________________ 27 Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 3 nº200791562
  • 4. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo 1.9.5. Eliminação ______________________________________________________________ 28 1.9.6. Controlo da temperatura corporal ____________________________________________ 28 1.9.7- Mobilidade ______________________________________________________________ 29 1.9.8. Higiene e vestuário ________________________________________________________ 29 1.9.9. Expressão da sexualidade __________________________________________________ 29 1.9.10. Jogos e Brincadeiras _____________________________________________________ 30 1.9.11. Sono e Repouso _________________________________________________________ 30 1.9.12. Morte _________________________________________________________________ 31 1.10- Diagnósticos de Enfermagem __________________________________________ 32 2. Conclusão_______________________________________________38 3. Bibliografia ______________________________________________________ 39 4. APENDICE I ______________________________________________________ 40 5. APENDICE II ______________________________________________________53 Índice figuras Figura 1 – Genograma família Figueiredo ______________________ Página 8 Figura 2 –Ecomapa família Figueiredo _________________________ Página 9 Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 4 nº200791562
  • 5. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo 0. Introdução No âmbito de Ensino Clínico II em Saúde Infantil e Pediatria, que está a decorrer no Hospital de Santa Cruz, foi me pedida a realização do presente estudo de caso a uma criança/família, internada neste Hospital. O Hospital encontra-se dividido em vários sectores, e o serviço em que está a decorrer este Ensino Clínico é o Serviço de Internamento de cardiologia Pediatria. O serviço de Internamento Pediátrico tem por missão prestar cuidados de saúde hospitalares de Pediatria no respeito pela dignidade da criança e adolescente/ pais e utilizando de forma eficiente os recursos disponíveis. O Enfermeiro Pediatra deve ser capaz de fornecer uma assistência competente e habilidosa para a criança, mantendo uma atitude carinhosa e holística. É por isso importante salientar que nunca podemos ver a criança isolada, mas sim inserida numa família. Este estudo foi realizado a uma adolescente de 17 anos. A adolescência é um período de experimentação marcado por grandes mudanças a nível psicológico, é altura em que o indivíduo transita de criança para adulto, desta forma considero que a existência de uma patologia nesta fase bem como o período de internamento são experiencias importantes, tentei assim promover o mínimo de impacto negativo do internamento sobre esta criança. Para que este estudo de caso fosse possível, fez-se um acompanhamento diário ao internamento do R.F., uma colheita de dados no processo clínico da criança e uma entrevista à mãe e à adolescente para completar os dados recolhidos. Este estudo de caso teve como objectivos: Mobilizar conhecimentos teóricos e teórico-práticos inerentes às intervenções de Enfermagem Pediátrica; Observar a relação criança/família durante a hospitalização; Planear os cuidados segundo metodologia científica; Prestar cuidados de Enfermagem à criança/família hospitalizada; Realização do exame físico; Orientar e ajudar nas diferentes actividades de vida diárias. A metodologia utilizada para a realização deste estudo de caso foi baseada no modelo de vida de Nancy Roper , sendo por isso o estudo de caso focalizado nas actividades de vida e nos procedimentos inerentes às mesmas. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 5 nº200791562
  • 6. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo 1. Desenvolvimento 1.1. Histórico Clínico de Enfermagem 1.1.1. Dados de Identificação  Identificação da Criança: Dados pessoais: Nome: RF Sexo: Feminino Data de Nascimento: 08/11/1991 (17 anos) Nacionalidade: Portuguesa Local residência: Carnaxide Vive com a Família, total de 4 pessoas ( pai, mãe, irmão e RF) Profissão: Estudante Escolaridade: Frequenta o 12º ano. Grupo Sanguíneo: ARh+ Raça: Caucasiana Serviço: Internamento de Pediatria cardio-torácica Cama: 5 Data de internamento: 25/11/2008 Data Alta: 26/11/2008 Procedência: Domicilio Motivo de admissão: Cateterismo de intervenção Diagnóstico médico: HTA secundária por estenose da artéria renal Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 6 nº200791562
  • 7. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo  Conhece o diagnóstico e o prognóstico RF e a Família estiveram ansiosos face ao pré-cateterismo e pós-cateterismo. 1.1.2. Agregado Familiar Dados família: Pai Mãe Irmão Nome F.F. M.T.F M.F Idade 49 anos 44 anos 10 anos Raça Caucasiana Caucasiana Caucasiana Nacionalidade Portuguesa Portuguesa Portuguesa Profissão Engenheiro Analista Estudante técnico de clíninca segurança (5º Ano) Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 7 nº200791562
  • 8. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo 1.1.3. Genograma O genograma é um diagrama que detalha a estrutura e o histórico familiar, fornece informações sobre os vários papéis dos seus membros e das diferentes gerações. J. A. M.A 67 Anos 66 Anos Reformado Reformada F.F. M.T.F 49 Anos 44 Anos Engº técnico de segurança Analista Clinica M.F R.F 10 Anos 17 Anos Estudante. Estudante Figura 2 – Genograma família Figueiredo Legenda Genograma: - Mulher - Morte - Homem - Casamento Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 8 nº200791562
  • 9. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo 1.1.4. Ecomapa O Ecomapa é um diagrama das relações entre a família e a comunidade e ajuda a avaliar os apoios disponíveis e sua utilização pela família. Trabalho Escola Centro Igreja comercial F. F. M.F. 44 Anos 47 Anos Analista Clínica Engº Ginásio M.F R.F 10 Anos 17 Anos Família e Esudante Estudante amigos Supermercado Hospital de Santa Maria e Santa Cruz Figura 2 –Ecomapa família Figueiredo Legenda- Ecomapa: Relação muito forte Relação forte ------------- Relação Fraca Intensidade Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 9 nº200791562
  • 10. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo 1.2. História Familiar A família de R.F. é uma família com uma estrutura do tipo nuclear, ou seja, é uma unidade familiar que engloba o conjugue e filhos biológicos do casal, vivendo todos juntos num domicílio comum. A adolescente relaciona-se adequadamente com a mãe, pai e os irmão. Podemos observar, através do ecomapa, que a família em estudo apenas frequenta o supermercado onde realiza semanalmente as compras para a casa de necessidade primária. Por outro lado, a família estabelece uma relação forte com o Hospital de Santa Cruz e com a família, estando com ela frequentemente. Os pais de R.F. trabalham e mantêm uma boa relação com o trabalho apresentando um rendimento e emprego fixo R.F. e o irmão M.F. estudam e têm uma boa relação com a escola, R.F. diz ser uma aluna exemplar e M.F. também bom aluno mas por vezes com mau comportamento. 1.3. Condições da Habitação A família F. habita num prédio no 8º andar com elevador, o apartamento possui 3 quartos, uma sala, uma cozinha, dois WC e uma despensa. A habitação tem água canalizada, electricidade e está equipada com alguns sistemas de segurança. R.F. tem quarto próprio, com televisão e computador. A zona que rodeia a habitação é preenchida por alguns espaços verdes e também por algum tráfego automóvel. Nas imediações existem várias lojas comerciais e farmácia. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 10 nº200791562
  • 11. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo 1.4. Antecedentes familiares . Irmão 10 anos – Nasceu com sopro cardíaco e é seguido em cardiologia do Hospital de Santa Cruz. Pai – HTA (Hipertensão Arterial). Avô Paterno - EAM (enfarte agudo do miocárdio). 1.5. Vigilância de saúde Infantil Tendo em conta o seu desenvolvimento/ crescimento, o R.F. nasceu dia 08/11/1991. Durante a gestação a mãe foi a 8 consultas e teve uma gravidez normal até às 40 semanas, altura pela qual a R.F. nasceu por parto eutócico no Hospital S.Francisco de Xavier. À nascença pesava 3,700 Kg, tinha 50 cm de comprimento, 35 cm de perímetro cefálico e apresentava um índice de Apgar de 10/10 (1º e ao 5º minuto). Fez rastreio de doenças metabólicas dia 13-11-1991. 1.6. História de Saúde e Historia Clínica Actual A família F. trata-se de uma família saudável, embora o irmão (M.F.) tenha nascido com um sopro cardíaco e o pai F.F. tenha hipertensão arterial, ambas situações as situações estão controladas e vigiadas. E como antecedentes pessoais têm: - 1994-1995- Teve otites serosas pelo que foi operada duas vezes, para colocação de drenos com sucesso. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 11 nº200791562
  • 12. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo - Sinusite/ Rinite Recorrentes. - Dores menstruais -ACNE -Quistos nos ovários - 2008- Enxaquecas (devido à hipertensão artéria provocada pela estenose da artéria renal direita)*1 - 2008- HTA *1 - 2008- Estenose da artéria renal direita.*1 - 2008- HVE (Hipertrofia do ventrículo esquerdo, relacionada com a estenose da artéria renal direita) *1 - Nefropatia por IgA (ainda não confirmada à espera de biopsia). *1 *1- Diagnostico médico feito e 2008 A HTA secundária foi diagnosticada acerca de 6 meses (Junho de 2008) por procurar o médico ao apresentar com enxaquecas frequentemente. Após se avaliar a T.A. detectou-se uma anomalia, pois surgiram valores elevados que davam indícios HTA, através de outros exames complementares diagnosticou-se uma hipertensão secundária a estenose da artéria renal direita. Dia 25 de Novembro de 2008 fez então cateterismo de intervenção para dilatação da estenose da artéria renal direita, com sucesso. A Rita desceu para a sala da hemodinâmica cerca das 18.30 e subiu as 20.45 para o serviço de Internamento pediátrico de cardiologia pediátrica – HSC Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 12 nº200791562
  • 13. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo Após o procedimento registaram-se valores de T.A. mais controlados. 1.7. Internamento 1.7.1. Diário do Internamento Executou-se 12:00 – Executou-se acolhimento. 15:30 – Executou-se tratamento no local de inserção do cateter. Turno: 08h-16:30h 22:30 – Executou-se tratamento à ferida cirúrgica. Dia/Turno: 26-11-2008 – 08h-16:30h Geriu-se 11:54 – Geriu-se regime medicamentoso Turno: Sem horário 15:29 – Optimizou-se cateter periférico Turno: Sem horário 22:28 – Optimizou-se penso compressivo Turno: Sem horário Informou-se Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 13 nº200791562
  • 14. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo 12:04 – Explicou-se os procedimentos. Turno: Sem horário Observou-se 11:53 – Vigiou-se dor Turno: Sem horário 11.53 – Monotorizou-se temperatura, T.A, Pulso Turno: 01:00; 07:00; 15:00; 18:00; 22:00; 09:00. Data de Inicio Intervenções de Horário Avaliação Enfermagem 25-11-2008 11:53 – Monitorizou- 07.00; 9:00; 15:00; se temperatura 18:00; 22:00. --------------------- corporal. 11:53 – Monitorizou- 07.00; 9:00; 15:00; se frequência cardíaca. 18:00; 22:00; --------------------- 11:54 - Supervisionou- Turnos: 08h-16:30h É independente se auto-cuidado: com nesta tarefa e 16:00h – 23:30h o vestuário. apresenta-se adequadamente vestida. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 14 nº200791562
  • 15. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo 11:54 - Supervisionou- Sem Horário É independente se auto-cuidado: com nesta tarefa. o uso do sanitário Usou o W.C. 11:54 - Supervisionou- Turno: 08h-16:30h É independente se auto-cuidado: nesta tarefa. Higiene 11.54 - Supervisionou- Turnos: 08h-16:30h Bebeu chá as 11, se a dieta faz dieta ligeira 16:00h – 23:30h até a 13.00 e depois da 13.00 jejum até ao cateterismo. 11:54 - Supervisionou- Turnos: 08h-16:30h Independente e se a deambulação sem queixas. 16:00h – 23:30h 11:54 – Vigiar Bem- Sem horário Bem-estar Estar alterado. 12:45 - Supervisionou- Turnos: 08h-16:30h Bebeu copo de se a dieta leite ao 12:45 e 16:00h – 23:30h fica em jejum após esta refeição. 15:29 – Vigiou-se Turno: 08h-16:30h Sem sinais sinais inflamatórios no inflamatórios no local de inserção do local de inserção Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 15 nº200791562
  • 16. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo cateter do cateter. 15:29 – Vigiou-se Sem Horário Penso Penso cateter externamente limpo e seco. 25-11-2008 22:27 – Vigiou-se 26-11-2008: Turno Ferida cirúrgica ferida Cirúrgica 08h-16:30h Presente na Inguinal direita. 22:27 – Vigiou-se Sem Horário Penso penso da ferida externamente cirúrgica. limpo e seco, penso compressivo. 22:27- Vigiou-se Pulso Sem horário Pulso periférico periférico forte. 22:27 – Vigiou-se Sem horário Perfusão dos perfusão tecidular tecidos não periférica diminuída. Coloração das extremidades: Rosadas Temperatura das Extremidades: quentes. Sensibilidade: Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 16 nº200791562
  • 17. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo Não alterada 22:44 - Supervisionou- Sem horário Não se observou, se a deambulação faz levante às 2:30 22:45 - Supervisionou- Sem horário Urinou na se auto-cuidado: com arrastadeira, o uso do sanitário actividade de vida eliminação alterada. 1.7.2. Notas gerais de Internamento Turno da manha (8.00h – 16.30h): R.F tem cateterismo programado para 3º tempo para dilatação da artéria renal direita. Fica colocado cateter periférico no membro superior esquerdo heparinizado, Está em jejum desde as 12.45h, em que bebeu um copo de leite. Está acompanhada pela mãe. Aguarda chamada para a hemodinâmica. T.A Frequência Cardíaca Temperatura 15:00h 112/66 56 36,4 Timpânica Turno da tarde (16.30h – 23.30h): R.F. desceu para a sala hemodinâmica cerca das 18.30 e subiu cerca das 20.45 onde foi submetida a dilatação da estenose da artéria renal direita por cateterismo de intervenção. O acesso foi feito pela inguinal direita e dado ter ficado com um hematoma trazia saco de areia que manteve. O procedimento decorreu sem intercorrências. À chegada mostrou-se ansiosa e Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 17 nº200791562
  • 18. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo chorosa que ficou mais calma ao longo do turno. Esteve um pouco queixosa ao nível da inguinal direita, por isso fez analgesia que surtiu algum efeito às 20:45. Esteve com hipertensão à chegada e passado uma hora ficou normotensa sendo comunicado aos médicos. Encontra-se na companhia da mãe ficando um pouco ansiosa no final do turno. Hemodinâmica Dilatação percutânea da estenose da artéria renal com balão powerflex p3 7/20 mm até 10 atms. No final estenose residual menor que 10% Sucesso primário angiografia com balão da artéria renal direita Duração – 57 m tempo Rx- 14 min Total contraste – 100 ml ( visipaque) Fármacos utilizados na sala hemodinâmica Midazolan 3+1 mg EV 17.45 Rapifen 0,2 + 0,1 mg EV 17.20 AAS 250 mg EV 20.15 Hora T.A./ Frequência cardiaca 20:45 (chegada da sala hemodinâmica) 135-83/72 21:00 136-80/86 Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 18 nº200791562
  • 19. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo 21:15 151-99/73 21:45 115-74/64 22:00 110-60/70 22:00 – Temperatura: 36,8 Timpânica Turno da noite e manhã (23.30h – 16.30): Durante a noite dormiu longos períodos com um sono tranquilo na companhia da mãe, já no turno da manhã a R.F. esteve um pouco ansiosa devido aos procedimentos. Feito levante na manhã de dia 26 de Novembro de 2008 sem intercorrências às 9:30h. Alimentou-se com apetite e tolerou. Retirou o cateter periférico e o penso compressivo tendo sido dada indicação médica para alta clínica. Feito ensino para alta relativamente ao penso, cuidados a ter e sinais de alerta. Têm alta clínica. Posição T.A Pré-levante (9:30h) 97/57 Sentada (9:32h) 88/48 Em pé (9:34h) 84/42 Não foi possível colher mais dados por só ter acompanhado o caso até ao turno da tarde de 25 de Novembro de 2008 e a R.F. ter tido alta na manhã seguinte, de dia 26 de Novembro de 2008. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 19 nº200791562
  • 20. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo 1.8. Exame Físico O exame físico foi realizado no decorrer da entrevista, no dia 25 de Novembro de 2008. 1.8.1. Aspecto geral A R.F. apresenta-se bem nutrida e hidratada. Demonstra uma boa postura e comportamento adequado para o estádio de desenvolvimento. (adolescente). Tem um aspecto cuidado e limpo. 1.8.2. Pele A pele foi avaliada quanto à sua coloração, textura, turgor tecidual/elasticidade, através da palpação, hidratação e temperatura. Quanto à coloração, R.F. apresentava uma pele rosada. Relativamente à textura esta apresentava-se com um aspecto liso e suave, firme, integra e com um pouco de oleosidade natural da pele do adolescente. Em relação à elasticidade, puxando a pele do abdómen de R.F. o tecido elástico rapidamente voltou ao seu estado normal. Apresenta também pele e mucosas coradas e hidratadas. Em relação à sua temperatura corporal é de 36,4º C no turno da manhã. 1.8.3. Cabeça Na avaliação da cabeça, foram observados o formato e simetria, postura e simetria facial. Em relação ao formato e simetria da cabeça, verifiquei que esta tem um formato normocefálico, aparentando ser simétrica e forma oval. Não apresenta nenhuma cicatriz. Relativamente à simetria facial, R.F. apresenta movimentos simétricos. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 20 nº200791562
  • 21. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo 1.8.4. Cabelo Em relação ao cabelo analisamo-lo quanto à cor, textura, qualidade, e distribuição. R.F. tem cabelo de cor loiro escuro, fino, liso, brilhante e comprido. Apresenta- se distribuído homogeneamente por toda a cabeça. O couro cabeludo apresentava-se limpo e sem qualquer sinal de lesões, descamação, infecções e cicatrizes. 1.8.5. Face A avaliação da face foi feita através da observação da sua simetria. R.F. apresenta simetria facial e não tem anormalidades. 1.8.6. Olhos A avaliação dos olhos é feita em relação à cor, inspecção das pálpebras, das fendas palpebrais, da conjuntiva palpebral, das pupilas (redondas, claras e iguais), da simetria e tamanho, da distância. R.F. tem olhos castanhos brilhantes, simétricos e grandes. As pálpebras bem como as pestanas que lhe estão associadas encontram-se bem posicionadas. As fendas palpebrais situam-se horizontalmente entre as duas pálpebras. O saco conjuntival da pálpebra encontra-se rosado e hidratado. Os olhos bem distanciados. R.F. apresenta boa acuidade visual. 1.8.7. Nariz Observou-se o nariz quanto ao seu posicionamento, alinhamento e septo nasal. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 21 nº200791562
  • 22. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo O nariz encontrava-se bem posicionado e alinhado. Narinas íntegras e septo nasal dividindo igualmente os dois vestíbulos. 1.8.8.Ouvidos Avaliaram-se os ouvidos quanto ao alinhamento, superfície cutânea e higiene. Os ouvidos encontram-se alinhados e simétricos. A superfície cutânea do ouvido não aparenta qualquer anomalia. Em relação a higiene esta é adequada não estando presente cerúmen no canal auditivo externo. Apresenta boa acuidade auditiva. 1.8.9. Boca Apresenta uma boa higiene oral e não tem dentes cariados. Possui 32 dentes. O palato, de cor rosado, não apresenta quaisquer lesões ou malformações. A língua apresentava-se rosada e hidratada. 1.8.10.Pescoço Relativamente ao pescoço, observamos o seu tamanho, forma e mobilidade, os quais se apresentaram dentro dos padrões normais. 1.8.11. Tórax e abdómen Observei o tórax em relação à sua forma e simetria, bem como das glândulas mamárias. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 22 nº200791562
  • 23. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo Tórax simétrico e sem deformações ósseas, ausência de pêlos, abaulamentos e de cicatrizes Os mamilos são bem formados e simétricos. A expansão torácica é igualmente simétrica. O seu perímetro torácico é de 70 cm. No abdómen avaliamos a sua forma, formato, simetria, movimentos, ruídos e massas. Pudemos observar uma pele lisa sem pêlos. O umbigo apresenta um tamanho e posicionamento adequado, sem evidência de qualquer anomalia. A distensão abdominal é normal e simétrica. O seu perímetro Abdominal é de 62 cm. 1.8.12. Órgãos genitais externos Não foram observados. 1.8.13. Membros superiores e inferiores Para a avaliação dos membros superiores e inferiores, observamos o tamanho, comprimento, simetria e número de dedos. Tanto os membros superiores como os inferiores apresentam um tamanho, simetria e comprimento normais para a idade de R.F., bem como o número normal de dedos (cinco em cada extremidade). 1.8.14. Unhas R.F. apresenta unhas aparadas, fortes e lisas, com uma coloração rosada e limpas. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 23 nº200791562
  • 24. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo 8.1.15. Sinais vitais Frequência cardíaca: 56 batimentos/minuto – Acordada (valor padrão: 60 a 80 batimentos/minuto) Frequência Respiratória: 16 ciclos/minuto (valor padrão: 12-20 ciclos/minuto) Tensão arterial: 112/66 mmHg Temperatura: 36.4ºC Dor: 0. R.F. não tem queixas álgicas. Avaliado pela escala numérica Avaliado no turno da manhã Já no turno da tarde referiu ter dor 6 no local do cateterismo (zona inguinal direita) e dores lombares devido à posição em que se encontrava deitada. 1.9- Actividades de vida 1.9.1 – Manutenção de um ambiente seguro Como já foi referido, a R.F. apresenta antecedentes pessoais relevantes como a HTA secundária, episódios de enxaquecas, rinite/sinusite. R.F. refere ter dores menstruais e para estas dores faz Clonix, Buscopan ou Brufen por indicação médica. Como terapêutica habitual fazia: Atenolol 100mg comp. 50 mg +25mg PO 12h/12h ( 9.00/21.00) Amlodipina 2,5 mg PO 19h E pós-cateterismo passou a fazer: Atenolol 100mg comp. 25 mg PO 1x dia Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 24 nº200791562
  • 25. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo AAS 100mg PO Almoço A R.F. têm o boletim de vacinas em dia conforme o plano nacional de vacinação. Durante o internamento, houve risco de infecção bem como do comprometimento da circulação devido aos procedimentos invasivos efectuados, devido à colocação do cateter periférico e cateterismo de intervenção. Contudo e apesar os riscos evidenciados não houve alteração nesta actividade de vida. 1.9.2 – Comunicação Os pais e R.F. no início mostraram-se receptivos à avaliação inicial, sendo parte essencial deste estudo de caso. Verbal Audição- Boa Visão- Boa Compreensão- Boa Sabe ler e escrever. Frequenta o 12º ano Não verbal Expressão facial – R.F. encontrou-se um pouco nervosa antes do cateterismo mas receptiva e colaborante (durante o turno da manhã) , embora tenha estado ansiosa e com medo, após o cateterismo, já no turno da tarde chegou ao internamento de cirurgia Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 25 nº200791562
  • 26. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo pediátrica do Hospital de Santa Maria muito chorosa e ansiosa. Na manhã do dia 26 teve alta e já estava mais animada quanto aos resultados do procedimento. Avaliação da dor Verbalização da dor - após o cateterismo por volta das 20.45 até as 24.00 verbalizou sentir dor na zona lombar devido á posição em que se encontrava, dor na zona do cateter periférico que se encontrava no membro superior esquerdo e na zona inguinal direita onde foi feito o cateterismo,tinha o penso compressivo e saco de areia devido a um possível hematoma, mais tarde verificado. Foi dada analgesia (paracetamol 1000mg) às 20.45 via endovenosa que surtiu algum efeito. Dor 6 avaliada escala numérica. 1.9.3. Respiração Apresenta uma respiração, predominantemente toraco-abdominal, simétrica, normal, com uma frequência respiratória regular, tendo em conta a idade da criança e o seu desenvolvimento e que, compreende o intervalo de frequência respiratória entre os 12/20 ciclos por minuto. Durante o internamento, inicialmente foi avaliada a saturação de oxigénio que foi de 100%. Houve alteração da respiração e mesmo posteriormente houve o risco de compromisso das trocas gasosas. Avaliação FC: 56- 70bmp variou (durante o turno da manhã e tarde de dia 25de Novembro de 2008), com um pulso forte e rítmico (sem alterações), constatou-se que quando R.F. ficava mais nervosa a frequência cardíaca aumentava. TA: No turno da manhã durante a avaliação inicial registou-se 112-68, embora quando chegou do cateterismo tenha estado hipertensa tendo tensões de 151-99 às 21:15H que normalizou no final do turno. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 26 nº200791562
  • 27. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo Constatou-se, que a Actividade de Vida Respiração ficou alterada durante o internamento. 1.9.4. Alimentação Peso - 56,6 kg Percentil peso – 90-75 Altura - 1,69 Percentil altura – 90-75 IMC – 19,8 Aprox. 20 = Estado nutricional normal Percentil IMC – 50-25 A mãe da criança referiu que R.F fez alergia ao leite de transição pelo que fez leite de soja. A alimentação da V.R encontra-se adequada à sua idade, faz 6 refeições diárias, neste momento não tem restrições alimentares, fazendo uma dieta equilibrada e variada. Aprecia - peixe grelhado, chá e torradas Não aprecia – Peixe cozido Durante a hospitalização, a R.F fez em jejum cerca de 6 horas (cerca do 12.45h) antes de ser submetida ao cateterismo e após a intervenção teve de fazer uma pausa alimentar devido ao efeito dos anestésicos que poderiam fazer com que ficasse nauseada. Posteriormente iniciou com dieta líquida (chá às 23:00h) que tolerou. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 27 nº200791562
  • 28. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo Esta pausa alimentar fez com que se verificasse uma alteração nesta actividade de vida diária. 1.9.5. Eliminação A criança urina cerca de 5 vezes por dia e faz cerca de 1 dejecção por dia autonomamente. R.F. refere a sua urina é amarela clara e sem cheiro fétido e que as fezes são moldadas e com cheiro sui generis. Devido a imobilização a que esteve submetida no pós-cateterismo esta actividade de vida encontrou-se alterada pelo que teve que urinar duas vezes na arrastadeira. 1.9.6. Controlo da temperatura corporal A temperatura corporal normal da criança é de 36,4-36,8ºC (temperatura timpânica). Não se verificam alterações ao nível da temperatura corporal da criança. As extremidades mantiveram-se sempre quentes, rosadas e com pulso palpável. Não houve alteração desta actividade de vida, embora existisse o risco de má perfusão periférica devido ao cateterismo que causaria uma diferença de temperatura nas extremidades dos membros inferiores, com a possibilidade de se encontrarem frios. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 28 nº200791562
  • 29. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo 1.9.7- Mobilidade No que se refere à mobilidade a R.F. é independente e a sua actividade motora está de acordo com a idade. Normalmente desloca-se a pé até à escola ou transportes publicos, pois está próxima de casa e por vezes de carro com a mãe. No pós-cateterismo teve que ficar deitada em decúbito dorsal e com a perna direita imobilizada para prevenção de hematomas e hemorragias na zona inguinal, a que foi sujeita ao cateterismo. Fez levante às 9.30 que tolerou. Habitualmente o levante é feito passado 6 horas da cirurgia, mas visto que se encontrava a dormir só foi feito de manhã. Actividade de vida alterada durante o internamento. 1.9.8. Higiene e vestuário A R.F. toma banho diariamente e é independente nesta actividade de vida. Apresenta uma pele hidratada e, realiza higiene oral duas vezes por dia e as suas unhas estavam limpas e cortadas. Tanto a mãe como a criança apresentam um aspecto cuidado e limpo. A nível do vestuário apresentam vestuário adequado, utilizando roupas limpas, e adequadas à estação ano. Conclui-se assim, que esta actividade de vida diária não se encontra alterada. 1.9.9. Expressão da sexualidade Adolescência (12-18 Anos) Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 29 nº200791562
  • 30. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo Teve a menarca aos 11 anos. Não teve comportamentos de risco e ainda não iniciou vida sexual. Neste momento não a está a tomar a pílula devido à HTA causada pela estenose da artéria renal. Espera recomeçar a tomar a pílula em breve pois diz sentir uma melhoria ao nível das dores menstruais. Foi prescrita a pílula a R.F. pois teve ACNE e tem quistos nos ovários . Já tomou a Diane 35 com a que não tolerou, pois passou o mês inteiro menorreica. Visto não ter tolerado a Diane 35 optou por tomar Yasmin, que se deu bem. 1.9.10. Jogos e Brincadeiras A R.F. é uma adolescente e como tal gosta de sair à noite, estar com os amigos, ver filmes, estar no computador, ler, ver televisão. Vai 2 a 3 vezes ao ginásio por semana. Existe alteração nesta actividade de vida por não puder frequentar o ginásio as próximas semanas. 1.9.11. Sono e Repouso A RF costuma dormir cerca de 8,5 horas/ noite, tem um sono calmo e tranquilo, demora cerca de 5 a 10 minutos para adormecer. Os factores que interferem com a qualidade do sono são a dor, barulho, ansiedade, local. Durante o internamento devido à agitação do serviço, bem como as dores que tinha ao adormecer alterarão esta actividade de vida. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 30 nº200791562
  • 31. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo 1.9.11. Morte RF é católica não praticante, acha que a morte é inevitável, universal e irreversível. Sabe o prognóstico da sua patologia e a sua família também, mas devido a fase em que se encontra tem algum receio mostrando medo da morte. Encara mal o processo da morte, pois já morreram os seus dois avós paternos e a sua bisavó materna que era muito próxima e gostava muito. Quando a sua bisavó morreu passou por processos de culpa, negação, choque até que acabou por aceitar e compreender embora ainda não esteja completamente ultrapassada. Esta actividade de vida está alterada durante o internamento devido ao medo e receio que mostrou ter da morte relacionado com o cateterismo. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 31 nº200791562
  • 32. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo 1.10- Diagnósticos de Enfermagem Diagnósticos de Objectivos Intervenções Data enfermagem Medo/Ansiedade pré e pós Reduzir ansiedade Deu-se apoio 25/11/08 cateterismo (individual e familiar) relacionado com Promover segurança Explicou-se A Rita procedimento de e confiança. procedimentos esteve angioplastia e resultado sempre Incluir a família Proporcionou-se bastante manifestado por choro e por neste processo. o apoio da família ansiosa, comunicação verbal. mas ao  Promoveu-se longo conforto dos Permitiu-se que turnos a expressasse as suas equipa e emoções a família foram Deu-se livro do capazes serviço onde a de a família e a criança auxiliar tem acesso a neste informações uteis processo. sobre a sua patologia e contactos e horários Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 32 nº200791562
  • 33. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo Diagnósticos Objectivos Intervenções Data/ de enfermagem Avalição Dor Aguda Descobrir Fez-se Avaliação da dor 25/11/08 relacionada à proveniência lesão do da dor.  Administrou-se Analgesia Ao longo tecido e à dos turnos Reduzir a  Proporcionou-se conforto imobilização dor. Ao longo prescrita  Observou-se pensos e locais de dos turnos após o inserção de cateterismo e cateter Despistar R.F. procedimento periférico. complicações apresentou manifestada do pos- dores, mas pela Avaliou-se Sinais Vitais cateterismo rapidamente expressão se facial, choro, conseguiu comunicação minimizar a verbal. dor. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 33 nº200791562
  • 34. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo Diagnósticos Objectivos Intervenções Data/Avaliação de enfermagem Risco de Reduzir o  Usou-se assepsia 25/11/08 infecção risco de relacionado infecção Manipulou-se o menor número Não houve com as vias de vezes possível o material, infecção invasivas. feridas e cateteres. durante o período de Procedeu-se sempre à lavagem internamento. das mãos Usou-se luvas esterilizadas  Retirou-se o penso compressivo no dia seguinte à cateterização Cobriu-se o cateter periférico e local de cateterismo com penso simples protector. ( no local do cateterismo após se retirar o penso compressivo) Avaliou-se SV Vigiou-se possíveis sinais de infecção, localizados Optimizou-se catéter; Vigiou-se penso do cateter Ensinos Fez-se ensino da manutenção do penso do local da cateterização nos dias subsquentes. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 34 nº200791562
  • 35. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo Diagnósticos de Objectivos Intervenções Data/ enfermagem Avaliação  Risco perfusão  Identificar Manteve-se a 25/11/08 tecidular ineficaz factores que extremidade do A perfusão foi relacionada com melhoram a membro aquecida. eficaz pois nem traumatismo ou à circulação Foi-se verificando a cor, compressão dos vasos periférica. frequentemente a temperatura, sanguíneos devido ao  Identificar temperatura do sensibilidade e cateterismo no membro factores membro, inferior direito. pulso pedial inibidores da sensibilidade a cor e o estiveram circulação pulso pedial. alterados. periférica. Mobilizou o  Prevenir a membro que foi má perfusão sujeito a cateterismo. tecidular. Ensinos Pediu-se para que comunica-se caso sentisse dor na perna ou virilha Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 35 nº200791562
  • 36. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo Diagnósticos de Objectivos Intervenções Data/Avalição enfermagem Risco de Evitar Vigiou-se os sinais 25/11/08 hemorragia que ocorra vitais: TA, Pulso, relacionado com hemorragia temperatura dos Não houve presença de catéter membros, e cor hemorragia, embora venoso periférico no R.F. tenha membro superior Vigiou-se o local de apresentado uma esquerdo , inserção do cateter ligeira equimose na heparinização e /ferida do cateterismo zona inguinal traumatismo arterial e para despiste de esquerda (local do ferida do cateterismo hemorragia e cateterismo) no menbro inferior hematoma; direito. Esteve-se atento a sinais de hemorragia; - Vigiou-se o penso compressivo de 15 /15 minutos durante a 1ªH, colocar penso simples no dia seguinte. Vigiar pensos e fazer marcação caso apresentem sangue. Ensinos Obter a sua colaboração da familia na observação do penso, mobilização do membro puncionado, proporcionar conforto à criança e alertar o enfermeiro de qualquer alteração. Ensinou-se Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 36 nº200791562
  • 37. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo que deveria colocar gelo em casa caso tenha ficado com equimose Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 37 nº200791562
  • 38. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo 2. Conclusão Com este estudo de caso foi possível verificar os vários aspectos holísticos da criança e da família. Foi possível organizar uma metodologia de cuidados a serem prestados à família da R.F. para que de uma forma óptima o seu internamento pudesse ocorrer sem grandes alterações ao nível das actividades de vida diárias. A importância da utilização do genograma, e ecomapa ficou bem assente, e através destes instrumentos, do exame físico, e da aplicação do modelo de Nancy Roper à família estudada posso concluir que esta família tinha grandes potencialidades que foram desenvolvidas no período de internamento, onde predominam relações saudáveis e satisfatórias. R.F. encontra-se nos parâmetros de normalidade relativamente às actividades de vida. É com grande satisfação que posso dizer que cumpri os objectivos a que me propus e mais do que isso consegui fazer com que uma criança tivesse um internamento pouco traumatizante e conseguisse mesmo evoluir física e psicologicamente durante o mesmo. Os cateterismos estão em internamento 48 horas apenas, o que dificultou o acompanhamento de R.F. ,visto que só tive oportunidade de falar com R.F. no turno da tarde de dia 25 de Novembro de 2008. Senti-me à vontade em termos comunicacionais, pois R.F. e a familia mostram-se bastante receptivos. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 38 nº200791562
  • 39. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo 3. Bibliografia CARPENITO, Lynda Juall; Manual de Diagnósticos de Enfermagem; Artmed Editora S.A. 9ª edição; Porto Alegre; 2003; ISBN: 85-363-0188-0. LOGAN, Winifred W., ROPER, Nancy, TIERNEY, Alison J.; Modelo de Enfermagem; McGraw Hill Portugal, Lda. 3ª edição; Alfragide; 1995; ISBN: 972- 9241-98-8. WONG, Donna L.; Enfermagem Pediátrica, Elementos Essenciais à Intervenção Efectiva; Guanabara Koogan; 5ªedição; Rio de Janeiro; 1999; ISBN: 85-277-0506- 0. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 39 nº200791562
  • 40. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo APENDICE I Fármacos: AAS Atenolol Amlodipina  paracetamol Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 40 nº200791562
  • 41. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo Ácido acetilsalicílico (Aspirina®)  Grupo Fármaco – Terapêutico: anticoagulante, antitrombótico, analgésico não-opiáceo, anti-inflamatório não-esteróide e antipirético.  Acção: - Produz analgesia e reduz a inflamação e a febre inibindo a produção de prostaglandinas. - Diminui a agregação plaquetária.  Indicações Terapêuticas: Inibição da agregação plaquetária nas seguintes situações: - Na angina de peito instável; - No enfarte agudo do miocárdio; - Na profilaxia do reenfarte; - Após cirurgia vascular ou intervenções cirúrgicas; - Para prevenção de acidentes isquémicos transitórios e trombose cerebral após manifestação de estádios precursores; - Para prevenção de trombose venosa e embolia pulmonar; - Profilaxia prolongada da enxaqueca. Via de Administração e Posologia: Per-os Analgésico e Antipirético: - Adulto: 325-500 mg de 3/3 h ou 325-650 mg de 4/4 h ou 600-1000 mg de 6/6 h (não exceder as 4 g/dia). - Crianças dos 2-11 anos: 65 mg/kg/dia repartidos em 4/6 doses. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 41 nº200791562
  • 42. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo Anti-inflamatório: - Adulto: 2,4 g/dia inicialmente; aumentar para a dose de manutenção de 3,6-5,4 g/dia dividido em doses. - Crianças: 80-100 mg/kg/dia dividido em doses. Prevenção de crises isquémicas transitórias: - Adulto: 1-1,3 g/dia divididos em 2-4 doses. Prevenção de enfarte do miocárdio: Adulto: 300-325 mg/dia. Contra Indicações: - Hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico ou a outros salicilatos. - Úlceras gástricas. - No último trimestre de gravidez. Reacções Adversas e Efeitos Secundários: Perturbações gastrointestinais: náuseas, diarreia, vómitos, pirose e ligeiras perdas sanguíneas gastro-intestinais. Úlceras gastrointestinais, com risco de perfuração e hemorragia. - Hepatoxicidade. - Anemia. - Tonturas e zumbidos – sintomas de sobredosagem, especialmente em crianças e idosos. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 42 nº200791562
  • 43. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo  Interacções Medicamentosas: São intensificados: - A acção de anticoagulantes - O risco de hemorragia gastrointestinal em caso de tratamento concomitante com corticosteróides - Os efeitos dos anti-inflamatórios não esteróides - A acção das sulfonilureias - Os efeitos do metotrexato - As concentrações plasmáticas da digoxina, barbitúricos e lítio - Os efeitos das sulfonamidas - Os efeitos do ácido valpróico. São reduzidos os efeitos de: - Antagonistas da aldosterona e diuréticos da ansa - Anti-hipetensores.  Cuidados de Enfermagem: Os comprimidos são ingeridos com líquidos e de preferência após as refeições ou com alimentos. É aconselhável beber seguidamente uma quantidade apreciável de líquido (meio copo a um copo de água). Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 43 nº200791562
  • 44. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo Atenolol Grupo Fármaco – Terapêutico: Antianginoso, antihipertensor  Acção: - Bloqueia a estimulação dos receptores adrenérgicos beta1 (miocárdio); - Diminui a pressão arterial e a frequência cardíaca; - Diminui a frequência de crises de angina de peito;  Indicações Terapêuticas: - Tratamento da hipertensão; - Prevenção do enfarte do miocárdio;  Via de Administração e Posologia (Adultos): - Dose média diária por via Oral: 25 a 50 mg/dia que pode ser aumentada após duas semanas para 50 a 100 mg/dia.  Contra – Indicações: - Insuficiência cardíaca não compensada; - Edema pulmonar; - Choque cardiogénico; - Bradicardia ou bloqueio cardíaco; Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 44 nº200791562
  • 45. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo Precauções: - Disfunção renal; - Insuficiência hepática; - Doentes geriátricos; - Doença pulmonar; - Diabetes mellitus (pode mascarar os sinais de hipoglicemia); - Tirotoxicose (pode mascarar sintomas); - Doentes com história de reacções alérgicas severas; - Gravidez, lactação ou crianças;  Reacções Adversas e Efeitos Secundários: - fadiga, fraqueza, ansiedade, depressão, tonturas, sonolência, insónias, perda de memória, alterações do estado mental, nervosismo, pesadelos; - Visão turva, congestão nasal; - Broncoespasmo, crepitações; - Bradicardia, insuficiência cardíaca congestiva, edema pulmonar, hipotensão, vasoconstrição periférica; - Obstipação, diarreia, anomalias da função hepática, náuseas e vómitos; - Impotência, diminuição da libido, aumento da frequência urinária; - Erupções cutâneas; - Hiperglicemia, hipoglicemia; Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 45 nº200791562
  • 46. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo - Artralgias, dor nas costas, dor articulares; - Lúpus induzido por fármacos. Interacções Medicamentosas: - Anestesia geral, fenitoína IV e verapamil podem provocar depressão aditiva do miocárdio; - Pode ocorrer bradicardia aditiva com glicosídeos digitálicos; - Pode ocorrer hipotensão aditiva com outros fármacos anti-hipertensores, ingestão aguda de álcool ou nitratos; - O uso simultâneo com anfetamina, cocaína, efedrina, adrenalina, noradrenalina, fenilefrina ou pseudoefedrina pode resultar em estimulação adrenérgica alfa sem oposição (hipertensão excessiva, bradicardia); - A administração de hormonas da tiróide pode diminui a eficácia; - Pode alterar a eficácia das insulinas ou de fármacos hipoglicemiantes orais; - Pode diminuir a eficácia da teofilina; - Pode diminuir o efeito cardiovascular beta1 benéfico da dopamina ou da dobutamina; - Usar com precaução durante o período de 14 dias depois da terapêutica com inibidores da MAO, da qual pode resultar hipertensão. Cuidados de Enfermagem: Avaliação da tensão arterial, frequência cardíaca e glicémia capilar antes da administração da terapêutica; Despistar sinais e sintomas de insuficiência cardíaca congestiva: - dispneia; Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 46 nº200791562
  • 47. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo - crepitações; - ganho de peso; - edema periférico; - distensão da veia jugular. Despiste de sinais de sobredosagem: - bradicardia; - tonturas severas ou desmaios; - sonolência severa; - dispneia; - unhas e palmas das mãos azuladas; - convulsões. Validar e reforçar as medidas para o controlo da hipertensão: - perda de peso; - restrição de sódio; - redução do stress; - exercício regular; - moderação do consumo de álcool; - parar de fumar. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 47 nº200791562
  • 48. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo Amlodipina Grupo Fármaco - Terapêutico: Antianginoso; Anti-hipertensor (bloqueador dos canais de cálcio)  Acção: Inibe o transporte de cálcio para o miocárdio e para as células do músculo liso vascular, resultando na inibição do acoplamento e excitação – contracção e subsequente contracção – vasodilatção sistémica resultando na diminuição da pressão arterial; vasodilatação coronária resultando na diminuição da frequência e severidade das crises de angina.  Indicações terapêuticas: Isoladamente ou com outros fármacos no tratamento da hipertensão, angina de peito, angina vasoespástica.  Via de administração e Posologia: Per-os. Per-os: - Adultos: 5-10 mg/dia; Anti-hipertensor em doentes frágeis ou de pequena estatura ou doentes com outra terapêutica anti-hipertensora – começar em 2,5 mg/dia, aumentar conforme for necessário e tolerado (até 10 mg/dia) como na terapêutica anti- hipertensora em doentes com insuficiência hepática. - Doentes geriátricos: Anti-hipertensor – iniciar a terapêutica com 2,5 mg/dia, aumentar conforme for necessário e tolerado (até 10 mg/dia); Ant-anginoso – iniciar a terapêutica com 5 mg/dia, aumentar conforme for necessário e tolerado (até 10 mg/dia). -Insuficiência hepática (Adultos): Anti-hipertensor – iniciar terapêutica com 2,5 mg/dia, aumentar conforme for necessário e tolerado (até 10 mg/dia); Antianginoso – iniciar terapêutica com 5 mg/dia, aumentar conforme for necessário/tolerado (até 10 mg/dia) Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 48 nº200791562
  • 49. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo Contra-indicações: - Hipersensibilidade. - Pressão arterial < 90 mmHg.  Precauções: - Insuficiência hepática severa (recomenda-se redução da dose). - Doentes geriátricos (recomenda-se redução da dose; risco de hipotensão aumentado). -Estenose aórtica. - História de insuficiência cardíaca congestiva. - Gravidez, lactação, ou crianças (segurança ainda não estabelecida)  Reacções Adversas e Efeitos Secundários: - Cefaleias, tonturas, fadiga. - Edema periférico, angina, bradicardia, hipotensão, palpitações. - Hiperplasia gengival, náuseas. - Rubor.  Interacções medicamentosas: Pode ocorrer hipotensão aditiva quando usada concomitantemente com fentanil, outros fármacos anti-hipertensores, nitratos, ingestão aguda de álcool, ou quinidina. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 49 nº200791562
  • 50. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo Os efeitos anti-hipertensores podem ser diminuídos pelo uso concomitante com anti- inflamatórios não esteróides. Pode aumentar o risco de neurotoxicidade com lítio. Cuidados de Enfermagem: Monitorizar a pressão arterial e o pulso antes da terapêutica, durante a determinação laboratorial da dose e periodicamente durante a terapêutica. Monitorizar o ECG periodicamente durante terapêutica prolongada. Monitorizar a ingestão e as taxas de excreção e os pesos diários. Avaliar sinais de insuficiência cardíaca congestiva (edema periférico, crepitações pulmonares, dispneia, ganho de peso, distensão jugular venosa). Angina: Avaliar a localização, duração, intensidade e factores de precipitação da angina do doente. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 50 nº200791562
  • 51. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo PARACETAMOL Grupo Fármaco - Terapêutico: Analgésico não opiáceo e Antipirético Acção: Inibe a síntese de prostaglandinas que podem servir como mediadores da dor e da febre, no SNC. Não possui propriedades anti-inflamatórias ou toxicidade gastrointestinal significativa. Indicações Terapêuticas: - Dores ligeiras ou moderadas. - Febre. Via de administração e Posologia: Per-os, rectal e endovenosa. Nos adultos a dose varia entre 0,5 a 1g em cada 3 a 4 vezes por dia (nunca exceder os 4g/dia). A via é per-os. Nas crianças a dose vai depender muito da idade, sendo as vias utilizadas, a via rectal (supositórios) ou per-os. Contra-indicações: Hipersensibilidade conhecida. Precauções/Advertências: - Doença hepática grave. - Doença renal. - Abuso crónico de álcool. - Mal-nutrição. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 51 nº200791562
  • 52. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo Reacções adversas e efeitos Secundários: - Insuficiência hepática e hepatotoxicidade (sobredosagem). - Insuficiência renal (altas doses ou uso crónico). - Erupções cutâneas e urticária. Interacções medicamentosas: O uso combinado com salicilatos ou AINE’s aumenta o risco de efeitos adversos renais. O risco de hepatotoxicidade pode ser aumentado se se usar outras substâncias hepatotoxicas, incluindo o álcool. E também o uso concomitante de Isoniazida, rifampicina, fenitoína, barbitúricos, carbamazepina, diflusinal, rifabutina. Varfarina e o uso crónico de doses elevadas de paracetamol podem aumentar o risco de perda de sangue. Cuidados de Enfermagem: Se for utilizado como analgésico há que avaliar o tipo, localização e intensidade da dor antes e após 30 a 60 minutos da administração; Se for utilizado com antipirético, avaliar a temperatura e a presença de sinais associados (diaforese, taquicardia, mal-estar); Ter em atenção que os utentes mal-nutridos ou casos de alcoolismo crónico possuem um risco mais elevado de desenvolverem hepatotoxicidade com as doses normais deste fármaco; Avaliar a dose, frequência e tipo de fármaco habitualmente tomado pelos utentes por auto-medicação, pois o uso prolongado de acetominofeno, salicilatos ou AINE’s aumentam o risco de efeitos renais adversos. Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 52 nº200791562
  • 53. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo APENDICE Ii Patologia Hipertensão Arterial Hipertensão secundária Estenose da artéria renal Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 53 nº200791562
  • 54. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo Hipertensão arterial A hipertensão arterial é, geralmente, uma afecção sem sintomas na qual a elevação anormal da pressão dentro das artérias aumenta o risco de perturbações como o AVC, a ruptura de um aneurisma, uma insuficiência cardíaca, um enfarte do miocárdio e lesões do rim. A palavra «hipertensão» sugere uma tensão excessiva, nervosismo ou stress. No entanto, em termos médicos, a hipertensão refere-se a um quadro de pressão arterial elevada, independentemente da causa. Chama-se-lhe «o assassino silencioso» porque, geralmente não causa sintomas durante muitos anos (até que lesiona um órgão vital). A hipertensão arterial afecta muitos milhões de pessoas com uma diferença notória conforme a origem étnica. Por exemplo, nos Estados Unidos, onde afecta mais de 50 milhões de pessoas, 38 % dos adultos negros sofrem de hipertensão, em comparação com 29 % de brancos. Perante um nível determinado de pressão arterial, as consequências da hipertensão são mais graves nas pessoas de raça negra. Nos países desenvolvidos, calcula-se que só se diagnostica esta perturbação em dois de cada três indivíduos que dela sofrem, e só 75 % deles recebem tratamento farmacológico, e este só é adequado em 45 % dos casos. Quando se mede a pressão arterial, registam-se dois valores. O mais elevado produz-se quando o coração se contrai (sístole); o mais baixo corresponde à relaxação entre um batimento e outro (diástole). A pressão arterial transcreve-se como a pressão sistólica seguida de uma barra e, em seguida, a pressão diastólica [por exemplo, 120/80 mmHg (milímetros de mercúrio)]. Esta medição seria lida como «cento e vinte, oitenta». A pressão arterial elevada define-se como uma pressão sistólica em repouso superior ou igual a 140 mm Hg, uma pressão diastólica em repouso superior ou igual a 90 mmHg, ou a combinação de ambas. Na hipertensão, geralmente, tanto a pressão sistólica como a diastólica estão elevadas. Na hipertensão sistólica isolada, a pressão sistólica é superior ou igual a 140 mmHg, mas a diastólica é menor que 90 mmHg (isto é, esta última mantém-se normal). A hipertensão sistólica isolada é sempre mais frequente na idade avançada. Quase em todas as pessoas a pressão arterial aumenta com a idade, com uma pressão sistólica que aumenta até os 80 anos pelo menos e uma pressão diastólica que aumenta até aos 55 a 60 anos, para depois estabilizar-se e inclusive descer. A hipertensão maligna é uma pressão arterial muito elevada que, se não for tratada, Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 54 nº200791562
  • 55. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo costuma provocar a morte num período de 3 a 6 meses. É bastante rara e produz-se somente em cerca de uma em cada 200 pessoas com hipertensão arterial, embora os índices de frequência mostrem variações em função de diferenças étnicas (maior frequência em doentes de raça negra), de sexo (sendo mais frequente nos homens) e de condição socioeconómica (com maior incidência em doentes de classe baixa). A hipertensão maligna é uma urgência médica. Controlo da pressão arterial A elevação da pressão nas artérias pode dever-se a vários mecanismos. Por exemplo, o coração pode bombear com mais força e aumentar o volume de sangue que expulsa em cada batimento. Outra possibilidade é que as grandes artérias percam a sua flexibilidade normal e se tornem rígidas, de modo a não poderem expandir-se quando o coração bombeia sangue através delas. Por esta razão, o sangue proveniente de cada batimento vê-se forçado a passar por um espaço menor do que o normal e a pressão aumenta. Isto é o que acontece aos idosos cujas paredes arteriais se tornaram grossas e rígidas devido à arteriosclerose. A pressão arterial aumenta de forma similar na vasoconstrição [quando as artérias minúsculas (arteríolas) se contraem temporariamente pela estimulação dos nervos ou das hormonas circulantes]. Por último, a pressão arterial pode aumentar se se incrementar o afluxo de líquido ao sistema circulatório. Esta situação verifica-se quando os rins funcionam mal e não são capazes de eliminar sal e água em quantidade suficiente. O resultado é que o volume de sangue aumenta e, como consequência, aumenta a pressão arterial. Pelo contrário, se a função de bombeamento do coração diminui, se as artérias estão dilatadas ou se se perde líquido do sistema, a pressão desce. As modificações destes factores são regidas por alterações no funcionamento renal e no sistema nervoso autónomo (a parte do sistema nervoso que regula várias funções do organismo de forma automática). O sistema nervoso simpático, que faz parte do sistema nervoso autónomo, é responsável pelo aumento temporário da pressão arterial quando o organismo reage diante de uma ameaça. O sistema nervoso simpático incrementa a frequência e a força dos batimentos cardíacos. Produz também uma contracção da maioria das arteríolas, mas, em contrapartida, dilata as de certas zonas, como as dos músculos, onde é necessário um maior fornecimento de sangue. Além disso, o sistema nervoso simpático diminui a eliminação de sal e de água pelo rim e, como consequência, aumenta o volume de sangue. Deste modo, produz a libertação das hormonas adrenalina (epinefrina) e noradrenalina (norepinefrina), que estimulam o coração e os vasos sanguíneos. Por outro lado, os rins controlam a pressão arterial de vários modos. Se a pressão arterial se eleva, aumenta a eliminação de sal e de água, o que faz descer o volume de sangue e normaliza a pressão arterial. Ao contrário, se a pressão arterial diminui, os rins reduzem a eliminação de sal e de água; em consequência, o volume sanguíneo aumenta e a pressão arterial volta aos seus valores normais. Os rins também podem aumentar a Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 55 nº200791562
  • 56. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo pressão arterial, segregando um enzima denominado renina, que estimula a secreção de uma hormona chamada angiotensina, a qual, por sua vez, desencadeia a libertação de aldosterona. Dado que os rins são importantes para controlar a pressão arterial, muitas doenças e anomalias renais elevam a pressão arterial. Por exemplo, um estreitamento da artéria que alimenta um dos rins (estenose da artéria renal) pode causar hipertensão. De igual modo, inflamações renais de vários tipos e a lesão de um ou de ambos os rins também causam efeitos similares. Sempre que, por qualquer causa, se verifique um aumento da pressão arterial, desencadeia-se um mecanismo de compensação que neutraliza e mantém a pressão a níveis normais. Portanto, um aumento do volume de sangue bombeado pelo coração que tende a aumentar a pressão arterial faz com que os vasos sanguíneos se dilatem e que os rins aumentem a eliminação de sal e de água, o que tende a reduzir a pressão arterial. No entanto, em caso de arteriosclerose, as artérias tornam-se rígidas e não podem dilatar-se, e por isso a pressão arterial não desce aos seus níveis normais. As alterações arterioscleróticas nos rins podem alterar a sua capacidade para eliminar sal e água, o que tende a aumentar a pressão arterial. Causas Para cerca de 90 % das pessoas com pressão arterial elevada, a causa é desconhecida. Essa situação denomina-se hipertensão essencial ou primária. A hipertensão essencial pode ter mais de uma causa. Provavelmente, uma combinação de diversas alterações no coração e nos vasos sanguíneos produz a subida da pressão arterial. Quando a causa é conhecida, a afecção denomina-se hipertensão secundária. Entre 5 % e 10 % dos casos de hipertensão arterial têm como causa uma doença renal. Entre 1 % e 2 % têm a sua origem numa perturbação hormonal ou no uso de certos fármacos, como os anticoncepcionais orais (pílulas para o controlo da natalidade). Uma causa pouco frequente de hipertensão arterial é o feocromocitoma, um tumor das glândulas supra- renais que segrega as hormonas adrenalina e noradrenalina. A obesidade, um hábito de vida sedentária, o stress e o consumo excessivo de álcool ou de sal são, provavelmente, factores de risco no aparecimento da hipertensão arterial em pessoas que possuem uma sensibilidade hereditária. O stress tende a fazer com que a pressão arterial aumente temporariamente, mas, de um modo geral, regressa à normalidade uma vez que ele tenha desaparecido. Isto explica a «hipertensão da bata branca», na qual o stress causado por uma ida ao consultório do médico faz com que a pressão arterial suba o suficiente para que se faça o diagnóstico da hipertensão em alguém que, noutros momentos, teria uma pressão arterial normal. Julga-se que, nas pessoas com esta tendência, estes breves aumentos da pressão causam lesões que, finalmente, provocam uma hipertensão arterial permanente, inclusive quando o stress Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 56 nº200791562
  • 57. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo desaparece. No entanto, esta teoria segundo a qual os aumentos transitórios da pressão arterial podem dar lugar a uma pressão elevada de forma permanente não foi demonstrada. Regulação da pressão arterial: o sistema renina- angiotensina-aldosterona Quando a pressão arterial diminui (1) liberta-se renina (um enzima renal). A renina (2), por seu lado, activa a angiotensina (3), uma hormona que contrai as paredes musculares das artérias pequenas (arteríolas) e, como consequência, aumenta a pressão arterial. A angiotensina também estimula a secreção da hormona aldosterona da glândula supra-renal (4), provoca a retenção de sal (sódio) nos rins e a eliminação de potássio. Como o sódio retém água, expande-se o volume de sangue e aumenta a pressão arterial. Sintomas Habitualmente, a hipertensão arterial é assintomática, apesar da coincidência no aparecimento de certos sintomas que muita gente considera (erradamente) associados à mesma: cefaleias, hemorragias nasais, vertigem, ruborização facial e cansaço. Embora as pessoas com uma pressão arterial elevada possam ter estes sintomas, eles também podem aparecer com a mesma frequência em indivíduos com uma pressão arterial normal. No caso de uma hipertensão arterial grave ou de longa duração que não receba tratamento, os sintomas como cefaleias, fadiga, náuseas, vómitos, dispneia, desassossego e visão esfumada verificam-se devido a lesões no cérebro, nos olhos, no coração e nos rins. Às vezes, as pessoas com hipertensão arterial grave desenvolvem sonolência e inclusive coma por edema cerebral (acumulação anormal de líquido no cérebro). Este quadro, chamado encefalopatia hipertensiva, requer um tratamento urgente. Diagnóstico A pressão arterial determina-se depois de a pessoa ter estado sentada ou deitada durante 5 minutos. Uma leitura de 140/90 mmHg ou mais é considerada alta, mas o diagnóstico não pode basear-se numa só medição. Às vezes, inclusive várias determinações elevadas não são suficientes para efectuar o diagnóstico. Quando se regista uma medição inicial Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 57 nº200791562
  • 58. 7ºCLE – 2ºAno, 1ºSemestre Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica – H. Santa Cruz Estudo de Caso, Família Figueiredo elevada, deve determinar-se de novo e depois mais duas vezes em dias diferentes, para se assegurar de que a hipertensão persiste. As leituras não só indicam a presença de hipertensão arterial, como também permitem classificar a sua gravidade. Quando se tiver estabelecido o diagnóstico de hipertensão arterial, habitualmente avaliam-se os seus efeitos sobre os órgãos principais, sobretudo os vasos sanguíneos, o coração, o cérebro e os rins. A retina (a membrana sensível à luz que reveste a superfície interna da parte posterior do olho) é o único lugar onde se podem observar directamente os efeitos da hipertensão arterial sobre as arteríolas. Julga-se que as alterações na retina são semelhantes às dos vasos sanguíneos de qualquer outra parte do organismo, como os rins. Para examinar a retina, utiliza-se um oftalmoscópio (um instrumento que permite visualizar o interior do olho). O grau de deterioração da retina (retinopatia) permite classificar a gravidade da hipertensão arterial. As alterações no coração (particularmente uma dilatação devido ao aumento de trabalho requerido para bombear sangue a uma pressão elevada) detectam-se com um electrocardiograma e uma radiografia do tórax. Nas fases iniciais, é mais útil o ecocardiograma (um exame que utiliza ulta-sons para obter uma imagem do coração). Um ruído anómalo, denominado o quarto ruído cardíaco, que se ausculta com um fonendoscópio, é uma das primeiras alterações cardíacas causadas pela hipertensão. As lesões iniciais do rim detectam-se através de uma análise da urina. A presença de células sanguíneas e albumina (um tipo de proteína) na urina, por exemplo, pode indicar a presença de tal afecção. É, igualmente, necessário procurar a causa da pressão arterial elevada, sobretudo se o doente é jovem, mesmo quando a causa é identificada em menos de 10 % dos casos. Quanto mais elevada for a pressão arterial e mais jovem for o doente, mais aprofundada deve ser a pesquisa da causa. A avaliação inclui radiografias e estudos dos rins com isótopos radioactivos, uma radiografia do tórax e determinações de certas hormonas no sangue e na urina. Para detectar um problema real, toma-se como ponto de partida a história clínica, insistindo em problemas renais prévios. Durante o exame físico, explora-se a zona do abdómen por cima dos rins para detectar a presença de dor. Com um fonendoscópio sobre o abdómen, tenta-se localizar a presença de um ruído anormal (som que o sangue produz ao atravessar um estreitamento da artéria que alimenta o rim). Por último, envia- se uma amostra de urina para o laboratório para a sua análise e, se for necessário, efectuam-se radiografias ou ecografias com o fim de conhecer o grau de fornecimento de sangue ao rim, assim como outras provas renais. Quando a causa é um feocromocitoma, aparecem na urina os produtos de decomposição das hormonas adrenalina e noradrenalina. Habitualmente, estas hormonas também produzem várias combinações de sintomas, como cefaleias intensas, ansiedade, Novembro 2008 Madalena Passeiro Página 58 nº200791562