O documento descreve o Método de Inspeção Semiótica (MIS), um método da Engenharia Semiótica para avaliar a comunicabilidade de interfaces identificando rupturas na comunicação entre elementos. O MIS avalia os signos estáticos, dinâmicos e de meta-comunicação de uma interface em 5 passos para identificar possíveis problemas e recomendar melhorias.
4. Método de Inspeção Semiótica (MIS)
Método da Engenharia Semiótica para inspeção de sistemas, com foco
para identificação de rupturas na comunicação dos elementos, ações e
respostas de uma interface.
5. Engenharia Semiótica (EngSem)
É uma teoria explicativa de IHC, ou seja uma teoria que nos permite
compreender fenômenos envolvidos no design, uso e compreensão de
um sistema interativo.
A EngSem trata com artefatos intelectuais e busca a comunicabilidade.
6. Engenharia Semiótica
foca na comunicabilidade (compreensão)
Diferenças entre EngUsa e EngSem
Engenharia de Usabilidade
busca avaliar a usabilidade (facilidade de uso)
7. Comunicabilidade (affordance!)
A comunicabilidade de um sistema se refere
à capacidade de o projetista conseguir
transmitir aos usuários, através da interface,
o design tal como concebido por ele.
Propriedade de um sistema transmitir ao usuário
de forma eficaz e eficiente as intenções e princípios
de interação que guiaram o seu design [Prates et
al. 2000]
8. Artefato intelectual
Possui uma codificação projetada que deve ser interpretada para a solução
das situações propostas pelo mesmo.
A codificação é linguística, ou seja, baseada em um sistema de símbolos
que possa ser interpretado por regras semânticas consistentes.
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16. Artefato intelectual na EngSem
1. O artefato deve ser descrito em alguma linguagem artificial que seja
processada por um computador;
2. A linguagem de interface com a qual o usuário vai interagir é sempre
única e, logo, nova para o usuário;
3. o artefato se caracteriza como sendo de meta-comunicação. A interface
de um sistema é entendida como um caso de meta-comunicação, uma vez
que comunica ao usuário a visão do projetista sobre a quem ela se destina
17. Artefato intelectual na EngSem
Em outras palavras, a interface de um sistema é uma mensagem do
designer para o usuário cujo conteúdo é direcionado [de Souza 95:84]:
18. Artefato intelectual na EngSem
“Esta é a minha interpretação sobre quem você é, o que eu entendi que você quer ou
precisa fazer, de que formas prefere fazê-lo e por quê. Eis, portanto, o sistema que
conseqüentemente concebi para você, o qual você pode ou deve usar assim, a fim de
realizar uma série de objetivos associados com esta (minha) visão.
19. Baixa comunicabilidade na interface
Em cada momento que o usuário não entende a intenção do designer, há
uma ruptura na comunicação entre ambos.
Quanto mais frequente e severas estas rupturas, mais baixa é a
comunicabilidade na interface.
21. MIS: Pra que serve
No MIS, o avaliador examina a meta-comunicação do designer para o
usuário com o objetivo de identificar se existem rupturas de comunicação
para melhor reconstruir esta mensagem [de Souza et al. 2006].
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23. MIS: O que avaliar
O inspetor avalia a interface através de seus SIGNOS, classificando-os em
3 diferentes níveis:
1) Estáticos - expressam o estado do sistema, podem ser percebidos
apenas de olhar para interface (ex. botões desabilitados)
2) Dinâmicos - expressam o comportamento do sistema e só podem
ser percebidos quando o usuário interage com o sistema (contador de
caracteres no twitter).
3) de meta-comunicação - Ajuda e documentação
25. MIS - 1º passo
Inspeção dos signos de meta-comunicação (ajuda), para determinar:
Quem é o usuário-alvo
Para que serve o sistema
O que o sistema oferece
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30. MIS - 2º passo
Inspeção de signos estáticos: verificar se os elementos fundamentais e
visíveis da interface são compreensíveis e atentem ao perfil e objetivos
no passo 1.
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32. MIS - 3º passo
Inspeção dos signos dinâmicos: observar os feedbacks das ações dos
usuários, se são compreensíveis e atentem ao perfil e objetivos no
passo 1.
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34. MIS - 4º passo
Busca de inconsistência na linguagem dos signos (se deletar em um
lugar é remover em outro, se na documentação de ajuda há algo
desatualizado, se o feedback, formato e linguagem de botões, links,
navegações varia sem motivo)
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39. MIS - 5º passo
Relatório - Identificar os principais elementos da interface (signos), os
possíveis ruídos que podem causar e recomendações de melhoria.
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42. MIS - Considerações
Pela robustez da técnica, para sistemas grandes, designer deve escolher
uma parte crítica do sistema a avaliar, onde a interação seja mais
complexa.
O inspetor fala pelo usuário, portanto deve ser experiente no
comportamento do mesmo.
A técnica pode ser aplicada solo ou em grupo.