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Engenharia semiótica e o 

Método de Inspeção
Semiótica
Marcello de Campos Cardoso

mcardoso@gmail.com
pesquisa
planejamento
desenvolvimento
validação
Questionários eentrevistas
personas
prototipação
Storymapping
Benchmarking
Card Sorting
Análise Heurística
Percurso
Cognitivo
MIS

Método de Inspeção Semiótica
Método de Inspeção Semiótica
Avaliando a comunicabilidade da interface
Método de Inspeção Semiótica (MIS)
Método da Engenharia Semiótica para inspeção de sistemas, com foco
para identificação de rupturas na comunicação dos elementos, ações e
respostas de uma interface.
Engenharia Semiótica (EngSem)
É uma teoria explicativa de IHC, ou seja uma teoria que nos permite
compreender fenômenos envolvidos no design, uso e compreensão de
um sistema interativo.
A EngSem trata com artefatos intelectuais e busca a comunicabilidade.
Engenharia Semiótica
foca na comunicabilidade (compreensão)
Diferenças entre EngUsa e EngSem
Engenharia de Usabilidade
busca avaliar a usabilidade (facilidade de uso)
Comunicabilidade (affordance!)
A comunicabilidade de um sistema se refere
à capacidade de o projetista conseguir
transmitir aos usuários, através da interface,
o design tal como concebido por ele.
Propriedade de um sistema transmitir ao usuário
de forma eficaz e eficiente as intenções e princípios
de interação que guiaram o seu design [Prates et
al. 2000]
Artefato intelectual
Possui uma codificação projetada que deve ser interpretada para a solução
das situações propostas pelo mesmo.
A codificação é linguística, ou seja, baseada em um sistema de símbolos
que possa ser interpretado por regras semânticas consistentes.
Artefato intelectual na EngSem
1. O artefato deve ser descrito em alguma linguagem artificial que seja
processada por um computador;
2. A linguagem de interface com a qual o usuário vai interagir é sempre
única e, logo, nova para o usuário;
3. o artefato se caracteriza como sendo de meta-comunicação. A interface
de um sistema é entendida como um caso de meta-comunicação, uma vez
que comunica ao usuário a visão do projetista sobre a quem ela se destina
Artefato intelectual na EngSem
Em outras palavras, a interface de um sistema é uma mensagem do
designer para o usuário cujo conteúdo é direcionado [de Souza 95:84]:
Artefato intelectual na EngSem
“Esta é a minha interpretação sobre quem você é, o que eu entendi que você quer ou
precisa fazer, de que formas prefere fazê-lo e por quê. Eis, portanto, o sistema que
conseqüentemente concebi para você, o qual você pode ou deve usar assim, a fim de
realizar uma série de objetivos associados com esta (minha) visão.
Baixa comunicabilidade na interface
Em cada momento que o usuário não entende a intenção do designer, há
uma ruptura na comunicação entre ambos.
Quanto mais frequente e severas estas rupturas, mais baixa é a
comunicabilidade na interface.
…e na equipe. Design é projeto, mas tb processo.
MIS: Pra que serve
No MIS, o avaliador examina a meta-comunicação do designer para o
usuário com o objetivo de identificar se existem rupturas de comunicação
para melhor reconstruir esta mensagem [de Souza et al. 2006].
MIS: O que avaliar
O inspetor avalia a interface através de seus SIGNOS, classificando-os em
3 diferentes níveis:
1) Estáticos - expressam o estado do sistema, podem ser percebidos
apenas de olhar para interface (ex. botões desabilitados)
2) Dinâmicos - expressam o comportamento do sistema e só podem
ser percebidos quando o usuário interage com o sistema (contador de
caracteres no twitter).
3) de meta-comunicação - Ajuda e documentação
MIS: Como aplicar
A aplicação do MIS acontece em 5 passos
MIS - 1º passo
Inspeção dos signos de meta-comunicação (ajuda), para determinar:
Quem é o usuário-alvo
Para que serve o sistema
O que o sistema oferece
MIS - 2º passo
Inspeção de signos estáticos: verificar se os elementos fundamentais e
visíveis da interface são compreensíveis e atentem ao perfil e objetivos
no passo 1.
MIS - 3º passo
Inspeção dos signos dinâmicos: observar os feedbacks das ações dos
usuários, se são compreensíveis e atentem ao perfil e objetivos no
passo 1.
MIS - 4º passo
Busca de inconsistência na linguagem dos signos (se deletar em um
lugar é remover em outro, se na documentação de ajuda há algo
desatualizado, se o feedback, formato e linguagem de botões, links,
navegações varia sem motivo)
MIS - 5º passo
Relatório - Identificar os principais elementos da interface (signos), os
possíveis ruídos que podem causar e recomendações de melhoria.
MIS - Considerações
Pela robustez da técnica, para sistemas grandes, designer deve escolher
uma parte crítica do sistema a avaliar, onde a interação seja mais
complexa.
O inspetor fala pelo usuário, portanto deve ser experiente no
comportamento do mesmo.
A técnica pode ser aplicada solo ou em grupo.
obrigado!

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Design de Interação - Método de Inspeção Semiótica

  • 1. Engenharia semiótica e o 
 Método de Inspeção Semiótica Marcello de Campos Cardoso
 mcardoso@gmail.com
  • 3. Método de Inspeção Semiótica Avaliando a comunicabilidade da interface
  • 4. Método de Inspeção Semiótica (MIS) Método da Engenharia Semiótica para inspeção de sistemas, com foco para identificação de rupturas na comunicação dos elementos, ações e respostas de uma interface.
  • 5. Engenharia Semiótica (EngSem) É uma teoria explicativa de IHC, ou seja uma teoria que nos permite compreender fenômenos envolvidos no design, uso e compreensão de um sistema interativo. A EngSem trata com artefatos intelectuais e busca a comunicabilidade.
  • 6. Engenharia Semiótica foca na comunicabilidade (compreensão) Diferenças entre EngUsa e EngSem Engenharia de Usabilidade busca avaliar a usabilidade (facilidade de uso)
  • 7. Comunicabilidade (affordance!) A comunicabilidade de um sistema se refere à capacidade de o projetista conseguir transmitir aos usuários, através da interface, o design tal como concebido por ele. Propriedade de um sistema transmitir ao usuário de forma eficaz e eficiente as intenções e princípios de interação que guiaram o seu design [Prates et al. 2000]
  • 8. Artefato intelectual Possui uma codificação projetada que deve ser interpretada para a solução das situações propostas pelo mesmo. A codificação é linguística, ou seja, baseada em um sistema de símbolos que possa ser interpretado por regras semânticas consistentes.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16. Artefato intelectual na EngSem 1. O artefato deve ser descrito em alguma linguagem artificial que seja processada por um computador; 2. A linguagem de interface com a qual o usuário vai interagir é sempre única e, logo, nova para o usuário; 3. o artefato se caracteriza como sendo de meta-comunicação. A interface de um sistema é entendida como um caso de meta-comunicação, uma vez que comunica ao usuário a visão do projetista sobre a quem ela se destina
  • 17. Artefato intelectual na EngSem Em outras palavras, a interface de um sistema é uma mensagem do designer para o usuário cujo conteúdo é direcionado [de Souza 95:84]:
  • 18. Artefato intelectual na EngSem “Esta é a minha interpretação sobre quem você é, o que eu entendi que você quer ou precisa fazer, de que formas prefere fazê-lo e por quê. Eis, portanto, o sistema que conseqüentemente concebi para você, o qual você pode ou deve usar assim, a fim de realizar uma série de objetivos associados com esta (minha) visão.
  • 19. Baixa comunicabilidade na interface Em cada momento que o usuário não entende a intenção do designer, há uma ruptura na comunicação entre ambos. Quanto mais frequente e severas estas rupturas, mais baixa é a comunicabilidade na interface.
  • 20. …e na equipe. Design é projeto, mas tb processo.
  • 21. MIS: Pra que serve No MIS, o avaliador examina a meta-comunicação do designer para o usuário com o objetivo de identificar se existem rupturas de comunicação para melhor reconstruir esta mensagem [de Souza et al. 2006].
  • 22.
  • 23. MIS: O que avaliar O inspetor avalia a interface através de seus SIGNOS, classificando-os em 3 diferentes níveis: 1) Estáticos - expressam o estado do sistema, podem ser percebidos apenas de olhar para interface (ex. botões desabilitados) 2) Dinâmicos - expressam o comportamento do sistema e só podem ser percebidos quando o usuário interage com o sistema (contador de caracteres no twitter). 3) de meta-comunicação - Ajuda e documentação
  • 24. MIS: Como aplicar A aplicação do MIS acontece em 5 passos
  • 25. MIS - 1º passo Inspeção dos signos de meta-comunicação (ajuda), para determinar: Quem é o usuário-alvo Para que serve o sistema O que o sistema oferece
  • 26.
  • 27.
  • 28.
  • 29.
  • 30. MIS - 2º passo Inspeção de signos estáticos: verificar se os elementos fundamentais e visíveis da interface são compreensíveis e atentem ao perfil e objetivos no passo 1.
  • 31.
  • 32. MIS - 3º passo Inspeção dos signos dinâmicos: observar os feedbacks das ações dos usuários, se são compreensíveis e atentem ao perfil e objetivos no passo 1.
  • 33.
  • 34. MIS - 4º passo Busca de inconsistência na linguagem dos signos (se deletar em um lugar é remover em outro, se na documentação de ajuda há algo desatualizado, se o feedback, formato e linguagem de botões, links, navegações varia sem motivo)
  • 35.
  • 36.
  • 37.
  • 38.
  • 39. MIS - 5º passo Relatório - Identificar os principais elementos da interface (signos), os possíveis ruídos que podem causar e recomendações de melhoria.
  • 40.
  • 41.
  • 42. MIS - Considerações Pela robustez da técnica, para sistemas grandes, designer deve escolher uma parte crítica do sistema a avaliar, onde a interação seja mais complexa. O inspetor fala pelo usuário, portanto deve ser experiente no comportamento do mesmo. A técnica pode ser aplicada solo ou em grupo.