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Semântica das categorias
da Enunciação
EM BUSCA DO SENTIDO – ESTUDOS DISCURSIVOS
José Luiz Fiorin
José Luiz Fiorin é um renomado
professor e linguista brasileiro.
Especialista em Pragmática,
Semiótica e Análise do
Discurso, com centenas de
publicações nessas áreas.
Enunciação
Benveniste (1995) mostra que a enunciação é a instância do ego, hic et nunc.
 O eu realiza o ato de dizer num determinado tempo e num dado espaço;
 Aqui é o espaço do eu, a partir do qual todos os espaços são ordenados (aí, lá
etc.);
 Agora é o momento em que o eu toma a palavra e, a partir dele, toda a
temporalidade linguística é organizada.
 A pessoa a quem o eu se dirige é estabelecida como tu.
 O eu e o tu são os actantes da enunciação, os participantes da ação
enunciativa.
Enunciação
 O mecanismo básico com que se instauram no texto pessoas, tempos e espaços é a
debreagem.
 A debreagem pode se de dois tipos: enunciativa e enunciva.
 Enunciativa: projeta no enunciado o eu-aqui-agora da enunciação, ou seja, instala no
interior do enunciado os actantes enunciativos (eu/tu), os espaços enunciativos (aqui, aí
etc.) e os tempos enunciativos (presente, pretérito perfeito, futuro do presente). Efeito
subjetividade.
 Enunciva: constrói-se com o ele, o alhures e o então, o que significa que, nesse caso,
ocultam-se os actantes, os espaços e os tempos da enunciação. O enunciado é então
construído com os actantes do enunciado (3ª pessoa), os espaços do enunciado (aque-
les que não estão relacionados ao aqui) e os tempos do enunciado. Efeito objetividade.
Enunciação
 Efeito de sentido: a objetividade é uma criação de mecanismos da linguagem.
Um soldado israelense foi capturado pelos militantes do Hamas.
Um soldado israelense foi sequestrado pelos terroristas do Hamas.
-
Um grupo de sem-teto ocupou um prédio abandonado.
Um grupo de sem-teto invadiu propriedade vazia.
Enunciação
 A enunciação é a instância linguística logicamente pressuposta pela existência do
enunciado.
 Se existe um dito é porque existe alguém que disse esse dito.
 Sempre haverá um eu pressuposto.
 Isso implica que é preciso distinguir duas instâncias: o eu pressuposto e o eu projetado no
interior do enunciado.
 Teoricamente, essas duas instâncias não se confundem: a do eu pressuposto é a do
enunciador e a do eu projetado no interior do enunciado é a do narrador.
 Autor diferente de Narrador
 3º nível...
Enunciação
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale
alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar
insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
Um Apólogo, Machado de Assis
Éthos do enunciador
 “É o éthos (caráter) que leva à persuasão, quando o discurso é organizado de tal maneira que o
orador inspira confiança. Confiamos sem dificuldade e mais prontamente nos homens de bem,
em todas as questões, mas confiamos neles, de maneira absoluta, nas questões confusas ou que
se prestam a equívocos. No entanto, é preciso que essa confiança seja resultado da força do
discurso e não de uma prevenção favorável a respeito do orador.” Aristóteles
 Não são o autor e o leitor reais, de carne e osso, mas o autor e o leitor implícitos. Ou seja, uma
imagem do autor e uma do leitor construídas pelo texto.
 A questão é ver como se constrói a imagem do enunciador, isto é, o ator da enunciação;
 Éthos não se explicita no enunciado, mas na enunciação.
 O éthos é uma imagem do autor, não é o autor real; é um ator discursivo, um autor implícito.
https://www.youtube.com/watch?v=JtHdqcrwnBY
Éthos do enunciador
 Um orador inspira confiança se seus argumentos são razoáveis, ponderados; se ele argumenta
com honestidade e sinceridade; se ele é solidário e amável com o auditório.
 Podemos, então, ter três espécies de éthe (Aristóteles):
a) phrónesis, que significa o bom senso, a prudência, a ponderação, ou seja, que indica se o
orador exprime opiniões competentes e razoáveis;
b) areté, que significa a virtude, mas virtude tomada no seu sentido primeiro de “qualidades
distintivas do homem”, portanto, a coragem, a justiça, a sinceridade; nesse caso, o orador
apresenta-se como alguém simples e sincero, franco ao expor seus pontos de vista;
c) eúnoia, que significa a benevolência e a solidariedade; nesse caso, o orador dá uma imagem
agradável de si, porque mostra simpatia pelo auditório.
https://www.youtube.com/watch?v=fz_7luovxPc
Éthos do enunciador
 Dominique Maingueneau diz que o ethos compreende três componentes:
1. caráter, que é o conjunto de características psíquicas reveladas pelo enunciador (é
que chamaríamos o ethos propriamente dito),
2. corpo, que é o feixe de características físicas que o enunciador apresenta;
3. tom, a dimensão vocal do enunciador, desvelada pelo discurso.
Éthos do enunciador
 Éthos do enunciador
 Éthos do narrador
 Éthos do interlocutor
 O enunciador tomado como ator da enunciação define-se pela totalidade de sua obra.
 Num jornal, a imagem do enunciador se
mostra até mesmo no tamanho das letras
utilizadas, no número de colunas ocupadas
pela manchete e assim por diante.
O Páthos do enunciatário
O Eu sempre se dirige a um tu;
 O enunciatário é também uma construção do discurso;
 É preciso considerar que o enunciatário não é um ser passivo, que apenas recebe as
informações produzidas pelo enunciador, mas é um produtor do discurso que constrói,
interpreta, avalia, compartilha ou rejeita significações.
 Os argumentos válidos para certos auditórios deixam de sê-lo para outros; os argumentos
válidos em certos momentos não o são em outros; os argumentos válidos em
determinados lugares não atingem o resultado esperado em outros.
O Páthos do enunciatário
 O orador, portanto, para construir seu discurso, precisa conhecer seu auditório.
 Mas conhecer o quê? O páthos ou o estado de espírito do auditório.
 O páthos é a disposição do sujeito para ser isto ou aquilo.
 Por conseguinte, bem argumentar implica conhecer o que move ou comove o
auditório a que o orador se destina.
https://www.youtube.com/watch?v=tnfga7tbMYI
O Páthos do enunciatário
O páthos não é a disposição real do auditório, mas a de uma imagem que o enunciador
tem do enunciatário.
 É diferente falar para um auditório de leigos ou de especialistas, para um adulto ou
uma criança.
 O orador precisa saber o que pensam, sentem, opinam e esperam aqueles a quem se
deseja persuadir.
 A eficácia do discurso ocorre quando o enunciatário incorpora o éthos do enunciador.
https://www.youtube.com/watch?v=or-LDiB5Ww4
O Páthos do enunciatário
 A eficácia discursiva está diretamente ligada à questão da adesão do enunciatário ao
discurso.
 O enunciatário não adere ao discurso apenas porque ele é apresentado como um
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tom.
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constrói os sujeitos da enunciação.
 O discurso, ao construir um enunciador, constrói também seu correlato, o enunciatário.
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enunciatário reconhece neles seu discurso, já que eles foram criados a partir de uma imagem sua
muito bem feita.
Adere a um enunciador, em que se vê. Isso explica a longevidade e a audiência desses programas.
A construção dos espaços
e atores do Novo Mundo
 Traz uma análise da carta de Caminha e outros documentos da época como
concretizações de uma construção de espaço que toma como modelo o locus amoenus.
 A história está marcada pela temporalidade, espacialidade e pela actorialidade.
 Propõe uma análise de O Guarani, mostrando que o espaço é construção cultural e
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A construção dos espaços
e atores do Novo Mundo
A Pátria - Olavo Bilac
Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!
Criança! não verás nenhum país como este!
Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!
A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,
É um seio de mãe a transbordar carinhos.
Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos,
Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!
Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!
Vê que grande extensão de matas, onde impera
Fecunda e luminosa, a eterna primavera!
Boatos e Silêncios
OS TRAJETOS DOS SENTIDOS, PERCURSOS DO DIZER
Eni Orlandi
Eni Orlandi é uma
pesquisadora brasileira,
introdutora da Análise do
Discurso no Brasil, no
final dos anos 70.
Os silêncios
 O silêncio tem pelo menos duas formas:
1. Silêncio fundador: aquele que é necessário aos sentidos: sem silêncio não há sentido (haveria o
muito cheio de linguagem);
2. Política do silêncio:
a) Silêncio constitutivo: que indica que para dizer é preciso não dizer, em outras palavras, todo
dizer apaga necessariamente outras palavras produzindo um silêncio sobre os outros sentidos.
b) Silêncio local ou censura: que remete propriamente à interdição: apagamento de sentidos
possíveis mas proibidos, aquilo que é proibido dizer em uma certa conjuntura.
 As duas formas de silêncio acompanham qualquer discurso, qualquer processo de produção de
sentidos.
Os silêncios
 Palavra e Silêncio: a palavra se imprime no contínuo significante do silêncio e ela o marca, o
segmenta, e o divide em sentidos discretos, construindo um tempo no movimento contínuo
dos sentidos em silêncio.
 Ritmo marcado: os sentidos têm uma relação necessária com o silêncio, onde o silêncio não é
falta de palavras (há palavras cheias de sentidos a não se dizer, logo cheias de silêncio) e onde o
branco não é ausência de sentidos.
 Em princípio o silêncio não fala, ele significa.
 Sendo o discurso definido como efeito de sentidos entre locutores (M. Pêcheux, 1969), a
materialidade da forma discursiva implica o funcionamento ideológico da palavra.
 Não há transparência na linguagem – “algo fala antes, em outro lugar, independentemente”
(Pêcheux)
Dispositivo teórico e
analítico da Interpretação
 O analista do discurso trabalha contra a evidência dos sentidos: os sentidos
podem sempre ser outros.
 O silêncio significante também está submetido aos mecanismos discursivos de
produção e funcionamento. O silêncio é discurso.
 Mas ele tem sua materialidade própria, suas formas próprias de significar,
fazendo significar de seu modo particular a interpretação, logo, a ideologia,
através de mecanismos diferentes dos das palavras.
Definição discursiva do boato
 O boato é um estado pleno de silêncios que significam
entremeios de sentidos, em que aquilo que não está
dito vale mais do que o dito.
 Onde há boato há disputa pelo sentido.
 O boato é um fato público da linguagem.
 Não há opinião sem dúvida, não há saber sem dúvida,
não há informação sem margem de exploração (gera
especulação de sentidos).
 O boato é o grau zero do político. Quem pode mais...
Definição discursiva do boato
 Na colonização, os boatos foram uma forma de estabelecer o poder – no esforço de
estabelecimento de uma sociedade ao lado do Novo Mundo.
 Na colonização do Novo Mundo, a fala é marcada pela retórica dos missionários que
encontram na prática dos boatos uma forma de difundir suas ideias.
 O boato faz parte da organização da sociedade, da instalação da vida urbana, espaço
público, lugar comum.
 Até o século XVIII no Brasil – história escrita x memória oral.
O boato é uma arma tanto para a dominação como para a resistência.
Notícias falsas satíricas:
 http://www.g17.com.br/
 http://obairrista.com/
 http://www.diariopernambucano.com.br/
Notícias faltas – humor crítico
 http://revistapiaui.estadao.com.br/blogs/herald
 http://sensacionalista.uol.com.br/
Definição discursiva do boato
 No caso do boato, a relação entre o já-dito e o não-dito se apresenta sob a forma do
“diz-se-que”.
 A formulação deve produzir o efeito de separação entre o verdadeiro e o não
verdadeiro (burburinho).
 O boato produz um efeito de verdade a partir de palavras não confirmadas.
 No boato, já texto, mas a função do autor permanece no anonimato.
 O boato é um estado pleno de silêncios.
http://noticiafalsa.com/ -
gera post para facebook
http://noticiasfake.com.br/
- gera notícias falsas
Rumor, não-dito
 Rumor: é indício de um acontecimento não-significado e de sujeitos que não são
bastante visíveis enquanto autores do dizer.
 Não-dito: cercado pelo “diz-se-que”, presença ausente (imaginária) de um já dito
ratificando uma relação plausível entre causas e consequências.
 Efeitos sobre os sujeitos:
1. Sabor de dizer e produzir o efeito de verdadeiro acentua o desejo de mantê-lo
funcionando.
2. O impulso de passa-lo à frente. A “coceira na língua”.
O falso mapa de livro didático que circula desde o ano
2000 com boato sobre internacionalização da
Amazônia.
 Na relação entre poder e o vento, as palavras
assopradas que falam mais são aquelas que o
poder sopra. E, como sabemos, o vento não se
segura com as mãos.
 Algumas iniciativas monitoram os boatos e os desmentem na web:
 http://www.boatos.org/
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Obrigado

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Em busca do sentido – estudos discursivos

  • 1. Semântica das categorias da Enunciação EM BUSCA DO SENTIDO – ESTUDOS DISCURSIVOS
  • 2. José Luiz Fiorin José Luiz Fiorin é um renomado professor e linguista brasileiro. Especialista em Pragmática, Semiótica e Análise do Discurso, com centenas de publicações nessas áreas.
  • 3. Enunciação Benveniste (1995) mostra que a enunciação é a instância do ego, hic et nunc.  O eu realiza o ato de dizer num determinado tempo e num dado espaço;  Aqui é o espaço do eu, a partir do qual todos os espaços são ordenados (aí, lá etc.);  Agora é o momento em que o eu toma a palavra e, a partir dele, toda a temporalidade linguística é organizada.  A pessoa a quem o eu se dirige é estabelecida como tu.  O eu e o tu são os actantes da enunciação, os participantes da ação enunciativa.
  • 4. Enunciação  O mecanismo básico com que se instauram no texto pessoas, tempos e espaços é a debreagem.  A debreagem pode se de dois tipos: enunciativa e enunciva.  Enunciativa: projeta no enunciado o eu-aqui-agora da enunciação, ou seja, instala no interior do enunciado os actantes enunciativos (eu/tu), os espaços enunciativos (aqui, aí etc.) e os tempos enunciativos (presente, pretérito perfeito, futuro do presente). Efeito subjetividade.  Enunciva: constrói-se com o ele, o alhures e o então, o que significa que, nesse caso, ocultam-se os actantes, os espaços e os tempos da enunciação. O enunciado é então construído com os actantes do enunciado (3ª pessoa), os espaços do enunciado (aque- les que não estão relacionados ao aqui) e os tempos do enunciado. Efeito objetividade.
  • 5. Enunciação  Efeito de sentido: a objetividade é uma criação de mecanismos da linguagem. Um soldado israelense foi capturado pelos militantes do Hamas. Um soldado israelense foi sequestrado pelos terroristas do Hamas. - Um grupo de sem-teto ocupou um prédio abandonado. Um grupo de sem-teto invadiu propriedade vazia.
  • 6. Enunciação  A enunciação é a instância linguística logicamente pressuposta pela existência do enunciado.  Se existe um dito é porque existe alguém que disse esse dito.  Sempre haverá um eu pressuposto.  Isso implica que é preciso distinguir duas instâncias: o eu pressuposto e o eu projetado no interior do enunciado.  Teoricamente, essas duas instâncias não se confundem: a do eu pressuposto é a do enunciador e a do eu projetado no interior do enunciado é a do narrador.  Autor diferente de Narrador  3º nível...
  • 7. Enunciação Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha: — Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo? — Deixe-me, senhora. — Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça. Um Apólogo, Machado de Assis
  • 8. Éthos do enunciador  “É o éthos (caráter) que leva à persuasão, quando o discurso é organizado de tal maneira que o orador inspira confiança. Confiamos sem dificuldade e mais prontamente nos homens de bem, em todas as questões, mas confiamos neles, de maneira absoluta, nas questões confusas ou que se prestam a equívocos. No entanto, é preciso que essa confiança seja resultado da força do discurso e não de uma prevenção favorável a respeito do orador.” Aristóteles  Não são o autor e o leitor reais, de carne e osso, mas o autor e o leitor implícitos. Ou seja, uma imagem do autor e uma do leitor construídas pelo texto.  A questão é ver como se constrói a imagem do enunciador, isto é, o ator da enunciação;  Éthos não se explicita no enunciado, mas na enunciação.  O éthos é uma imagem do autor, não é o autor real; é um ator discursivo, um autor implícito.
  • 10.
  • 11. Éthos do enunciador  Um orador inspira confiança se seus argumentos são razoáveis, ponderados; se ele argumenta com honestidade e sinceridade; se ele é solidário e amável com o auditório.  Podemos, então, ter três espécies de éthe (Aristóteles): a) phrónesis, que significa o bom senso, a prudência, a ponderação, ou seja, que indica se o orador exprime opiniões competentes e razoáveis; b) areté, que significa a virtude, mas virtude tomada no seu sentido primeiro de “qualidades distintivas do homem”, portanto, a coragem, a justiça, a sinceridade; nesse caso, o orador apresenta-se como alguém simples e sincero, franco ao expor seus pontos de vista; c) eúnoia, que significa a benevolência e a solidariedade; nesse caso, o orador dá uma imagem agradável de si, porque mostra simpatia pelo auditório.
  • 13. Éthos do enunciador  Dominique Maingueneau diz que o ethos compreende três componentes: 1. caráter, que é o conjunto de características psíquicas reveladas pelo enunciador (é que chamaríamos o ethos propriamente dito), 2. corpo, que é o feixe de características físicas que o enunciador apresenta; 3. tom, a dimensão vocal do enunciador, desvelada pelo discurso.
  • 14. Éthos do enunciador  Éthos do enunciador  Éthos do narrador  Éthos do interlocutor  O enunciador tomado como ator da enunciação define-se pela totalidade de sua obra.
  • 15.  Num jornal, a imagem do enunciador se mostra até mesmo no tamanho das letras utilizadas, no número de colunas ocupadas pela manchete e assim por diante.
  • 16. O Páthos do enunciatário O Eu sempre se dirige a um tu;  O enunciatário é também uma construção do discurso;  É preciso considerar que o enunciatário não é um ser passivo, que apenas recebe as informações produzidas pelo enunciador, mas é um produtor do discurso que constrói, interpreta, avalia, compartilha ou rejeita significações.  Os argumentos válidos para certos auditórios deixam de sê-lo para outros; os argumentos válidos em certos momentos não o são em outros; os argumentos válidos em determinados lugares não atingem o resultado esperado em outros.
  • 17. O Páthos do enunciatário  O orador, portanto, para construir seu discurso, precisa conhecer seu auditório.  Mas conhecer o quê? O páthos ou o estado de espírito do auditório.  O páthos é a disposição do sujeito para ser isto ou aquilo.  Por conseguinte, bem argumentar implica conhecer o que move ou comove o auditório a que o orador se destina.
  • 19. O Páthos do enunciatário O páthos não é a disposição real do auditório, mas a de uma imagem que o enunciador tem do enunciatário.  É diferente falar para um auditório de leigos ou de especialistas, para um adulto ou uma criança.  O orador precisa saber o que pensam, sentem, opinam e esperam aqueles a quem se deseja persuadir.  A eficácia do discurso ocorre quando o enunciatário incorpora o éthos do enunciador.
  • 21. O Páthos do enunciatário  A eficácia discursiva está diretamente ligada à questão da adesão do enunciatário ao discurso.  O enunciatário não adere ao discurso apenas porque ele é apresentado como um conjunto de ideias que expressam seus possíveis interesses, mas, sim, porque se identifica com um dado sujeito da enunciação, com um caráter, com um corpo, com um tom.  Assim, o discurso não é apenas um conteúdo, mas também um modo de dizer, que constrói os sujeitos da enunciação.  O discurso, ao construir um enunciador, constrói também seu correlato, o enunciatário.
  • 22.  Tanto o programa do Ratinho quanto o da Hebe Camargo são discursos eficazes, porque o enunciatário reconhece neles seu discurso, já que eles foram criados a partir de uma imagem sua muito bem feita. Adere a um enunciador, em que se vê. Isso explica a longevidade e a audiência desses programas.
  • 23. A construção dos espaços e atores do Novo Mundo  Traz uma análise da carta de Caminha e outros documentos da época como concretizações de uma construção de espaço que toma como modelo o locus amoenus.  A história está marcada pela temporalidade, espacialidade e pela actorialidade.  Propõe uma análise de O Guarani, mostrando que o espaço é construção cultural e elemento a ser considerado tanto no plano sintático quanto no figurativo, para auxiliar a contextualizar historicamente uma obra.
  • 24. A construção dos espaços e atores do Novo Mundo A Pátria - Olavo Bilac Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste! Criança! não verás nenhum país como este! Olha que céu! que mar! que rios! que floresta! A Natureza, aqui, perpetuamente em festa, É um seio de mãe a transbordar carinhos. Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos, Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos! Vê que luz, que calor, que multidão de insetos! Vê que grande extensão de matas, onde impera Fecunda e luminosa, a eterna primavera!
  • 25. Boatos e Silêncios OS TRAJETOS DOS SENTIDOS, PERCURSOS DO DIZER
  • 26. Eni Orlandi Eni Orlandi é uma pesquisadora brasileira, introdutora da Análise do Discurso no Brasil, no final dos anos 70.
  • 27. Os silêncios  O silêncio tem pelo menos duas formas: 1. Silêncio fundador: aquele que é necessário aos sentidos: sem silêncio não há sentido (haveria o muito cheio de linguagem); 2. Política do silêncio: a) Silêncio constitutivo: que indica que para dizer é preciso não dizer, em outras palavras, todo dizer apaga necessariamente outras palavras produzindo um silêncio sobre os outros sentidos. b) Silêncio local ou censura: que remete propriamente à interdição: apagamento de sentidos possíveis mas proibidos, aquilo que é proibido dizer em uma certa conjuntura.  As duas formas de silêncio acompanham qualquer discurso, qualquer processo de produção de sentidos.
  • 28. Os silêncios  Palavra e Silêncio: a palavra se imprime no contínuo significante do silêncio e ela o marca, o segmenta, e o divide em sentidos discretos, construindo um tempo no movimento contínuo dos sentidos em silêncio.  Ritmo marcado: os sentidos têm uma relação necessária com o silêncio, onde o silêncio não é falta de palavras (há palavras cheias de sentidos a não se dizer, logo cheias de silêncio) e onde o branco não é ausência de sentidos.  Em princípio o silêncio não fala, ele significa.  Sendo o discurso definido como efeito de sentidos entre locutores (M. Pêcheux, 1969), a materialidade da forma discursiva implica o funcionamento ideológico da palavra.  Não há transparência na linguagem – “algo fala antes, em outro lugar, independentemente” (Pêcheux)
  • 29. Dispositivo teórico e analítico da Interpretação  O analista do discurso trabalha contra a evidência dos sentidos: os sentidos podem sempre ser outros.  O silêncio significante também está submetido aos mecanismos discursivos de produção e funcionamento. O silêncio é discurso.  Mas ele tem sua materialidade própria, suas formas próprias de significar, fazendo significar de seu modo particular a interpretação, logo, a ideologia, através de mecanismos diferentes dos das palavras.
  • 30. Definição discursiva do boato  O boato é um estado pleno de silêncios que significam entremeios de sentidos, em que aquilo que não está dito vale mais do que o dito.  Onde há boato há disputa pelo sentido.  O boato é um fato público da linguagem.  Não há opinião sem dúvida, não há saber sem dúvida, não há informação sem margem de exploração (gera especulação de sentidos).  O boato é o grau zero do político. Quem pode mais...
  • 31. Definição discursiva do boato  Na colonização, os boatos foram uma forma de estabelecer o poder – no esforço de estabelecimento de uma sociedade ao lado do Novo Mundo.  Na colonização do Novo Mundo, a fala é marcada pela retórica dos missionários que encontram na prática dos boatos uma forma de difundir suas ideias.  O boato faz parte da organização da sociedade, da instalação da vida urbana, espaço público, lugar comum.  Até o século XVIII no Brasil – história escrita x memória oral. O boato é uma arma tanto para a dominação como para a resistência.
  • 32. Notícias falsas satíricas:  http://www.g17.com.br/  http://obairrista.com/  http://www.diariopernambucano.com.br/ Notícias faltas – humor crítico  http://revistapiaui.estadao.com.br/blogs/herald  http://sensacionalista.uol.com.br/
  • 33. Definição discursiva do boato  No caso do boato, a relação entre o já-dito e o não-dito se apresenta sob a forma do “diz-se-que”.  A formulação deve produzir o efeito de separação entre o verdadeiro e o não verdadeiro (burburinho).  O boato produz um efeito de verdade a partir de palavras não confirmadas.  No boato, já texto, mas a função do autor permanece no anonimato.  O boato é um estado pleno de silêncios.
  • 34. http://noticiafalsa.com/ - gera post para facebook http://noticiasfake.com.br/ - gera notícias falsas
  • 35. Rumor, não-dito  Rumor: é indício de um acontecimento não-significado e de sujeitos que não são bastante visíveis enquanto autores do dizer.  Não-dito: cercado pelo “diz-se-que”, presença ausente (imaginária) de um já dito ratificando uma relação plausível entre causas e consequências.  Efeitos sobre os sujeitos: 1. Sabor de dizer e produzir o efeito de verdadeiro acentua o desejo de mantê-lo funcionando. 2. O impulso de passa-lo à frente. A “coceira na língua”.
  • 36. O falso mapa de livro didático que circula desde o ano 2000 com boato sobre internacionalização da Amazônia.  Na relação entre poder e o vento, as palavras assopradas que falam mais são aquelas que o poder sopra. E, como sabemos, o vento não se segura com as mãos.
  • 37.  Algumas iniciativas monitoram os boatos e os desmentem na web:  http://www.boatos.org/  http://www.e-farsas.com/
  • 38.