3. •O romance A moreninha, tem origem
folhetinesca.
De origem francesa: “Feuilleton”, veio a ser
conhecido no Brasil como uma categoria
literária presente nos jornais da época.
A obra era publicada de forma parcial e
sequenciada, fazendo com que o final de
cada parte deixasse um mistério no ar, para
que o leitor tivesse a vontade de adquirir o
jornal seguinte.
4. O Romantismo
•A obra, sob o caráter romântico, evidencia a
importância da utilização dos valores morais
genuínos, presentes na alma humana.
• Foi considerada a primeira obra expressiva
deste movimento literário no Brasil.
• Apresenta o sentimentalismo ,próprio desse
movimento e, idealização de um lugar perfeito,
propício a concretização do amor.
• Individualismo, emoção, heroísmo.
5. Cenário
•Ilha de Paquetá, não mencionada pelo
autor, mas sabe-se através de pesquisas e
estudos que foi esta ilha ,localizada na Baía
de Guanabara, na cidade de Rio de Janeiro,
o cenário do Romance, A moreninha.
•A descrição do cenário da cidade grande
com sua festividades e costumes sugerem
um romance urbano.
9. Narrador
•O narrador presente na narrativa é observador,
pois não participa da história.
•Há citações da descrição esférica dos
personagens(psicologicamente) e também da
descrição plana(ação dos personagens).
•
•É narrado em 3ª pessoa.O narrador está em
toda parte em todos os momentos , portanto é
um narrador onisciente.
10. Linguagem
• A linguagem usada pelo autor é simples e
objetiva, porém com várias aplicações
rebuscadas. A narrativa é ágil em seus
desdobramentos e prende a atenção do
leitor segundo o direcionamento do
narrador.
• Apresenta alguns estrangeirismos:’C’est
trop fort!’ expressão de origem francesa que
significa :É demais!
‘ robe de chambre ‘, que significa roupão, de
origem também francesa.
11. Tempo
• O tempo cronológico em que toda a história
ocorre é de três semanas e meia,
aproximadamente.
• É mais ou menos linear, ou seja, obedece até
certo ponto a cronologia natural dos fatos,
incorporando em alguns momentos a técnica
do flashback.
14. • Recebe esse apelido por possuir um tom de pele que
contrasta com o tom pálido das européias, significando a
nacionalidade imposta pelo autor.
• É uma menina inquieta, gosta de estar em toda a parte,
astuta, engraçada.
• Tem aproximadamente 16 anos,mora com sua avó, D.
Ana
É irmã de Filipe, amigo de Augusto. Pertence à classe alta
da sociedade na época.
• Possui o corpo esbelto, cabelos longos e negros, olhos e
sorriso chamativos.
16. • Augusto é um estudante do quinto ano de
medicina, com aproximadamente 22 anos de
idade.
• Um rapaz romântico, namorador, alegre, jovial.
A princípio se considera inconstante com as
moças, mas que acaba revelando que guarda
um amor verdadeiro por uma menina que
conhecera a 8 anos.
• Amigo de Filipe, Leopoldo e Fabrício, também
estudantes de medicina.
17. Personagens secundários
Compõem o quadro da sociedade burguesa do séc. XIX, tendo como pano de
fundo os escravos.
• D. Ana:
Avó de Filipe e de Carolina, por quem tem uma afeição imensa. Tem sessenta anos,
cheia de bondade.
• Rafael:
Escravo, criado de Augusto, espécie de pajem ou moleque de recados. É quem lhe
prepara os chás e quem lhe atura o mau humor, levando castigos corporais (bolos)
por quase nada.
• Tobias:
Escravo, criado de D. Joana, prima de Filipe. O negro tem dezesseis anos, é bemapessoado, falante, muito vivo quanto à questão de dinheiro.
19. • Paula:
Ama-de-leite de Carolina; incentivada por Keblerc, bebeu vinho e
ficou bêbada.
• Keblerc:
Alemão que, diante das garrafas de vinho, prefere ficar com elas
a tomar parte na festa que se desenrola na ilha. Embriaga-se,
mas não perturba o clima de harmonia em que se desenvolve
a história.
• Os estudantes amigos de Augusto:
Fabrício, Felipe e Leopoldo.
• As moças e senhoras da comemoração do dia de Sant’Ana:
D. Quinquinha, D. Gabriela, D.Violante, D. Clementina.
23. O papel social da mulher
Esses romances tinham como público-alvo as mulheres burguesas.
Porque tinha-se o costume ,na época, de as mães de família os lerem
em voz alta em torno da mesa de jantar.
25. A aposta
• A narrativa se inicia, relatando o episódio
em que os quatro estudantes ,
principalmente Filipe, apostam que
Augusto iria ficar apaixonado por mais de
quinze dias por uma mesma moça, sem
se cansar dela.
• Se Augusto ficasse apaixonado e,
perdesse a aposta, deveria, como
prêmio, escrever um romance sobre a
experiência que ele vivera.
26. Infância
• Carolina e Augusto já se conheciam.
• Quando crianças, eles selaram uma promessa, na
qual juraram que iriam se casar no futuro.
• Nenhum dos dois esqueceu disso, no entanto,
eles não se reconhecem quando se reencontram
na festa de Sant’Ana.
28. • O dia de Sant’ Ana foi o início da concretização
do romance de Carolina e Augusto. É uma
comemoração , na qual, os quatro estudantes
vão para uma ilha, que é a Ilha de Paquetá,
festejar na casa de D. Ana. Lá começa uma
trama, onde ocorrem muitos acontecimentos
corriqueiros da sociedade burguesa.Evidencia
o ócio dessa classe.
30. • A gruta, que fica sob a Pedra da Moreninha, é
a parte mítica da história. Os enigmas e
também suas resoluções, estão vinculados à
essa região da Ilha. Circula pela gruta uma
lenda indígena, que é uma expressão
nacionalista.
32. • Para resgatar os sentimentos de fidelidade e honra, o
autor lançou mão do artifício de uma promessa que
não poderia ser quebrada.
• Isso ao mesmo tempo foi o obstáculo para o amor de
Augusto e Carolina, mas também foi o ponto essencial
para dar emoção à história. Fazendo com que eles
vencessem os empecilhos e tornando-os heróis.
• A promessa feita na infância, foi selada com a troca de
presentes entre os dois.
• Carolina entregou-lhe um botão de esmeralda e
Augusto entregou a ela uma espécie de broche de
camafeu, ambos colocados em breves.
34. Clímax
• O clímax do romance, ocorre quando Carolina
fala que Augusto deve procurar a menina que
ele jurou se casar na infância, porém ele diz
que ama Carolina e não a outra menina. Ele se
desespera, mas depois ela lhe revela na gruta,
que é a mulher a quem ele tinha prometido se
casar na infância.
35. Desfecho
Como todo bom romance
romântico, o desfecho dá-se
no final da história quando
Augusto e Carolina já estão
de casamento marcado e
Augusto perde a aposta que
havia feito com Filipe, tendo
que escrever um romance.
Essa situação de um
romance, que tem como
tema um romance, constitui
uma metalinguagem.
36. O autor
Joaquim Manuel de
Macedo (Itaboraí, 24
de junho de 1820 —
Rio de Janeiro, 11 de
abril de 1882) foi um
médico e escritor
brasileiro: romancista,
poeta, cronista
literário, dramaturgo e,
segundo José de
Alencar: ‘um mestre’.
37. • Em 1844, Joaquim Manuel de Macedo, formou-se em
Medicina no Rio de Janeiro, e no mesmo ano estreou na
literatura com a publicação daquele que viria a ser seu
romance mais conhecido, “A Moreninha“, que lhe deu fama e
fortuna imediatas.
• Abandonou a medicina e criou uma forte ligação com Dom
Pedro II e com a Família Imperial Brasileira, chegando a ser
preceptor e professor dos filhos da Princesa Isabel.
• Macedo também atuou decisivamente na política, tendo
militado no Partido Liberal, servindo-o com lealdade e firmeza
de princípios, como o provam seus discursos parlamentares,
conforme relatos da época. Nos últimos anos de vida padeceu
de problemas mentais, morrendo pouco antes de completar 62
anos.
38. A Moreninha da vida real
• E A Moreninha existiu? Supõe-se que a
verdadeira identidade da moreninha é Maria
Catarina de Abreu Sodré, com quem Joaquim
Manuel de Macedo se casou depois de 10
anos de namoro. D. Maria Catarina era primairmã do poeta Álvares de Azevedo (18321879). Ela era filha única.