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MARGARIDA BARBOSA TEIXEIRA
A TERRA E OS SUBSISTEMAS
TERRESTRES
INTERVENÇÕES DO HOMEM
NOS SUBSISTEMAS TERRESTRES
Classificação dos sistemas
2
Classificação dos sistemas
 Um sistema é qualquer porção do Universo, com diferentes
componentes em interação, de um modo organizado.
 Sistema isolado é aquele em que não ocorre troca de energia
nem de matéria com o exterior.
 Sistema fechado é aquele em ocorre troca de energia com o
exterior, mas não ocorre troca de matéria.
 Sistema aberto é aquele em que ocorre troca de matéria e de
energia com o exterior.
3
Sistema Terra
4
Sistema Terra
 O sistema Terra é um sistema quase fechado.
 Ocorre troca de energia com o exterior:
 entra energia solar
 sai energia proveniente do interior da Terra .
 Ocorre troca de uma pequeníssima quantidade de energia, em
valores praticamente desprezíveis:
 entram meteoritos
 escapa algum hidrogénio e hélio (gases muito pouco densos)
da atmosfera.
5
Sistema Terra
6
Subsistemas terrestres
7
Os
subsistemas
terrestres
estão em
interação
Subsistemas terrestres - Atmosfera
 A Atmosfera é formada pela
camada gasosa que envolve os
outros subsistemas, ou seja, o
globo terrestre.
 É constituída por uma mistura de
gases integrando
fundamentalmente azoto,
oxigénio, dióxido de carbono e
vapor de água.
8
Subsistemas terrestres - Atmosfera
 A constituição da atmosfera tem variado ao longo do tempo geológico.
 A atmosfera primitiva tinha mais CO2 e não possuía O2.
 A redução do CO2 foi devida à reação com o cálcio, existente na
água, formando carbonato de cálcio (CaCO3), que ao precipitar
forma o mineral calcite, principal constituinte da rocha calcário.
O calcário não só permaneceu nos fundos marinhos como
constituiu as conchas dos animais marinhos, como as trilobites e as
amonites que povoaram os mares.
 A produção do O2 foi devida à fotossíntese, inicialmente realizada
pelas algas marinhas. Com o aumento de O2 nos mares, este saiu
para a atmosfera, tornando-a oxidante.
9
Subsistemas terrestres - Atmosfera
 A presença de O2 na atmosfera permitiu a formação de ozono.
 A acumulação do ozono na atmosfera gerou a camada de ozono,
capaz de filtrar os raios ultra violetas e consequentemente
permitiu que os seres vivos abandonassem os oceanos e
conquistassem as superfícies continentais.
10
Subsistemas terrestres - Geosfera
 A Geosfera é o subsistema de maiores dimensões.
 As suas propriedades físico-químicas variam muito desde as
camadas superficiais (da crusta) até às mais interiores (do
núcleo interno).
 A zona superficial da Geosfera serve de suporte a grande parte
da vida terrestre, favorecendo muitos dos materiais necessários
à sua manutenção.
11
Subsistemas terrestres - Biosfera
 A Biosfera inclui o conjunto de todos os seres vivos existentes
na terra.
 Os seres vivos interagem com os diferentes subsistemas
influenciando-se mutuamente dependendo do ambiente físico-
químico para a sua sobrevivência.
 Sem a existência dos seres vivos os outros subsistemas
não seriam como hoje os conhecemos.
12
Subsistemas terrestres - Hidrosfera
 A Hidrosfera é constituída pelos
reservatórios de água existentes
na terra, sob a forma de oceanos,
lagos, rios, glaciares, calotes de
gelo e água subterrânea.
 A totalidade da água existente é
dividida pelos diferentes
reservatórios em diferentes
quantidades.
13
Subsistemas terrestres
 Os subsistemas terrestres estão em interação.
 O sistema Terra depende das interações entre os subsistemas
terrestres.
 A alteração num subsistema terrestre afeta os outros
subsistemas, provocando alterações que levam ao
estabelecimento de um novo equilíbrio
14
Subsistemas terrestres
 Pelo facto de a Terra ser um sistema quase fechado,
praticamente não há troca de matéria com o exterior (universo).
 Consequências da Terra ser um sistema quase fechado:
 Como os recursos naturais são finitos, para que não esgotem,
é necessária uma gestão racional desses recursos;
 Como os resíduos (lixos) produzidos não podem sair da Terra,
é necessário reduzir a sua produção, fazer a sua
reutilização ou reciclagem (política dos 3 R’s).
15
16
INTERVENÇÕES DO HOMEM
NOS SUBSISTEMAS TERRESTRES
Evolução da população mundial
 O sistema Terra é altamente integrado e os diferentes
subsistemas interagem por acções contínuas que, em geral, são
lentas e graduais, mantendo o equilíbrio.
 Ao longo da sua evolução, o Homem foi descobrindo meios de
sobrevivência cada vez mais eficazes e novas formas de se
adaptar ao ambiente, modificando-o.
17
Evolução da população mundial
 No séc. XVII a população
mundial era de cerca de
500 milhões de indivíduos.
 Em 2006 já ascendia aos
6500 milhões.
 Prevê-se que em 2050
venha a ser de cerca de
9000 milhões.
18
Evolução da população mundial
 O crescimento
populacional é
heterogéneo.
 Os países
periféricos são os
que mais
contribuem para o
aumento
populacional.
19
Evolução da população mundial
Desenvolvimento sustentável
 O aumento crescente da população humana conduz à:
• procura de recursos naturais (como alimento, água e
energia),
• sobreexploração dos recursos naturais,
• produção de resíduos em grande escala,
• ocupação de áreas de risco geológico,
causando impacte no ambiente, conducente à degradação
ambiental.
O crescimento da população mundial associada ao consumo
massivo de recursos naturais é a principal causa da degradação
ambiental e da redução da biodiversidade.
20
Evolução da população mundial
Desenvolvimento sustentável
21
Desenvolvimento sustentável
Ordenamento do território• Recuperação de áreas degradadas
• Consciencialização das populações
• Conservação do património geológico
1. Sobreexploração dos recursos naturais
 Os recursos ambientais só devem ser utilizados de acordo
com a sua capacidade de regeneração.
Recursos naturais
não renováveis
energéticos
(combustíveis fósseis…)
rochas e minerais
renováveis cuja capacidade de
renovação é seriamente
afectada pela sobreexploração
águas subterrâneas
florestas
…
renováveis
energéticos
(sol, vento)
…
22
1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recurso natural – qualquer bem com utilidade para o
desenvolvimento, sobrevivência e bem-estar da sociedade.
Recurso natural renovável – recurso natural cujo ciclo de
reposição ocorre num curto intervalo de tempo, desde que
utilizado de uma forma racional. É ciclicamente reposto no meio
num intervalo de tempo compatível com a vida humana.
Recurso natural não renovável - recurso natural cujo processo
de reposição no meio natural demora milhares ou milhões de anos.
23
1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos renováveis
 Ex: sol, vento, calor interno da
terra, ondas e marés,
biomassa,...
24
1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos renováveis cuja capacidade de renovação é
seriamente afectada pela sobreexploração
 A utilização dos recursos renováveis a uma taxa superior à da sua
reposição pela natureza pode transformá-los em recursos não
renováveis.
(ex.: desflorestação, redução das reservas de água potável ,
redução da biodiversidade…)
25
1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos não renováveis
 Ex: combustíveis fósseis (carvão,
petróleo e gás natural) e algumas
rochas e minerais.
26
1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos não renováveis – combustíveis fósseis
 Combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural)
 Cerca de 75% da energia consumida a nível mundial provem dos
combustíveis fósseis.
 O uso intensivo provocou a drástica diminuição das reservas e
consequentemente prevê-se o esgotamento destes recursos
energéticos a curto prazo.
 A utilização dos combustíveis fósseis tem graves consequências
ambientais.
27
1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos não renováveis – combustíveis fósseis
 Consequências ambientais do uso de combustíveis fósseis
28
1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos não renováveis – Recursos minerais
 Rochas e minerais
 As diversas etapas da História da Humanidade podem ser designadas em
função do recurso mineral dominante em cada época.
 Idade da Pedra, do Cobre, do Bronze e do Ferro (até 2000 a.C.)
 Idade do Carvão, do Petróleo (séc. XVIII ao séc. XX)
 Idade do Urânio ou do Nuclear (meados do séc. XX)
 Idade do Silício (o silício domina as novas tecnologias - electrónica e
informática)
29
1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos não renováveis – Recursos minerais
metálicos
Recursos minerais
não metálicos (utilizados na construção e ornamentação)
30
1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos não renováveis – Recursos minerais
Minério - mineral ou agregado de minerais que ocorre na natureza numa
concentração com interesse económico.
Jazigo mineral – quando, num determinado local, a concentração média
de um determinado elemento químico é muito superior ao seu clarke
(concentração média de um elemento químico na crosta terrestre).
Ganga - parte não aproveitável que acompanha o minério extraído dos
jazigos.
Escombreira - acumulação de ganga, formando grandes depósitos
superficiais, junto às explorações mineiras.
31
1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos não renováveis – Recursos minerais
 Consequências ambientais da exploração de recursos minerais
A extracção do minério e a remoção da ganga
32
1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos não renováveis – Recursos minerais
 Medidas que minimizam os impactes ambientais da exploração mineira
 Utilização de tecnologias de extracção e de tratamento do minério que causem
menos perturbações ambientais;
 Armazenamento da ganga em locais devidamente preparados para o efeito (ex. no
interior da própria exploração ou de outra, previamente impermeabilizada);
 Estabilização das escombreiras;
 Criação de sistemas de drenagem de águas pluviais;
 Tratamento das águas lixiviadas (a exploração deve ter estação de tratamento de
efluentes);
 Aproveitamento dos subprodutos (resíduos) da exploração;
 Reflorestação;
 Valorização turística.
33
1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos não renováveis – Recursos minerais
 Isótopos radioactivos (urânio)
O bombardeamento do U235 por neutrões
Fissão do urânio
Resíduos do urânio Calor Neutrões libertados
(usados para bombardear mais
átomos de urânio)
Usado na vaporização da água
reacções de fissão de urânio em
cadeia
O vapor é usado para produzir
energia
34
1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos não renováveis – Recursos minerais
 Consequências ambientais da produção de energia nuclear
35
2. Ocupação de áreas de risco geológico
 Risco geológico – sistema de processos geológicos (sismos, vulcões,
movimentos em massa…) cujas alterações são susceptíveis de acarretar
prejuízos directos ou indirectos a uma dada população.
 Ocupação de zonas de elevado risco:
 zonas costeiras – risco de derrocada
 leitos de cheias dos rios – risco de cheias
 vertentes com forte inclinação – risco de movimentos em massa
36
2. Ocupação de áreas de risco geológico
Funchal – Fevereiro 2010
Apúlia
Ofir
Sacavém – Fevereiro 2008
37
38
 Fatores de risco geológico associados a bacias
hidrográficas
 Cheias
 Barragens
 Extração de
sedimentos
2. Ocupação de áreas de risco geológico
Bacias hidrográficas
Mondego - 1948 Douro - 2010
Barragem da Agueira
Provoca a retenção da água.
Ponte Hintze Ribeiro
(Março de 2001)
Queda devida à extração
de areias.
39
 Evolução do litoral
 As áreas litorais são as mais densamente habitadas, albergando cerca de
80% da população mundial em apenas 500 000 km de comprimento.
 Portugal possui cerca de 1450 km de costa e mais de metade da população
portuguesa vive em concelhos do litoral.
 Neste espaço de inter-relação entre as áreas terrestre e marinha, a
influência humana tem hoje um importante papel.
 As zonas litorais são um recurso insubstituível e não renovável do qual o
Homem obtém alimentos, recursos minerais, lazer e turismo.
 São sistemas dinâmicos, condicionados por fatores naturais e antrópicos.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas costeiras
40
 Evolução do litoral
Causas naturais
 Alternância entre regressões (descida do nível médio da água do mar)
e transgressões marinhas (subida do nível médio da água do mar);
 Alternância entre períodos de glaciação (formação de calotes
glaciares) e interglaciação (fusão das calotes e consequente
transgressão marinha);
 Movimentos tectónicos originam a deformação das margens dos
continentes, provocando a elevação ou afundamento das zonas litorais.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas costeiras
41
 Evolução do litoral
Causas antrópicas
 Agravamento do efeito de estufa provocado pelo excesso de
produção de CO2 e consequente transgressão marinha;
 Diminuição da quantidade de sedimentos que chegam ao litoral devido
quer à sua extração quer à construção de barragens;
 Ocupação da faixa litoral e consequente:
 construção de estruturas de lazer,
 construção desordenada,
 arranque da cobertura vegetal,
 pisoteio das dunas…
2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas costeiras
42
 Evolução do litoral
Causas antrópicas Consequências
 Extração de sedimentos para a
construção civil e retenção de
sedimentos devido a barragens.
• Falta de sedimentos no litoral.
 Pisoteio das dunas, quer pelos
banhistas, quer pelas viaturas
todo-o-terreno.
• Destruição das dunas e das plantas
fixadoras das areias.
 Construção de estruturas fixas
sobre dunas e praias (pressão
urbanística).
• Obstáculo à movimentação constante
das areias interrompendo-se um ciclo
natural de deposição e transporte de
areias pelo vento e pelo mar.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas costeiras
43
 Evolução do litoral
 Ação do avanço do mar
2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas costeiras
44
 Causas da alteração das vertentes
 Erosão hídrica
 desgaste mais ou menos lento e
gradual dos solos devido ao impacto
da chuva e escoamento das águas ao
longo das vertentes.
 Movimentos em massa
 deslizamento, geralmente brusco e
repentino, de uma grande massa de
materiais sólidos ao longo de uma
vertente.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas de vertente
45
 Movimentos em massa
 Madeira – Fevereiro 2010
2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas de vertente
46
 Causas dos movimentos em massa
 Naturais,
 Antrópicos.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas de vertente
47
 Causas dos movimentos em massa
 Antrópicas
 Destruição da cobertura vegetal dos terrenos, com consequente
aumento da erosão do solo;
 Remoção, não controlada, de terrenos para urbanização ou
abertura de estradas;
 Saturação dos terrenos por excesso de irrigação.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas de vertente
3. Produção de resíduos
 Poluição – é qualquer alteração indesejável nas características
físicas, químicas ou biológicas do ar, água, solo ou alimentos que
afecta negativamente a sobrevivência, saúde ou actividades dos
seres humanos ou de outros organismos.
48
 Aquífero - Formação geológica com capacidade para armazenar água
e com características que permitam a sua extracção de forma
economicamente rentável.
 Principais fontes de poluição
 Efluentes industriais
 Esgotos domésticos
 Esgotos hospitalares
 Explorações agrícolas
 Explorações mineiras
 Centrais energéticas
3. Produção de resíduos
Poluição da água
49
3. Produção de resíduos
Poluição da água
 Principais poluentes
 Agentes infecciosos
 Matéria orgânica
 Produtos químicos
orgânicos e
inorgânicos
 Nutrientes vegetais
 Materiais
radioactivos
 calor
50
 Eutrofização
 Excesso de nitratos e fosfatos (fertilizantes) na
água
 Proliferação de cianobactérias , algas e jacintos
de água.
 Diminuição da luminosidade
 Morte da vegetação aquática submersa
 A morte e decomposição destes seres reduz a
concentração de oxigénio dissolvido na água
 Peixes e moluscos morrem por asfixia
 Proliferam bactérias anaeróbias
 Produção de tóxicos com mau cheiro
3. Produção de resíduos
Poluição da água
51
3. Produção de resíduos
Poluição da água
 Poluição dos aquíferos
52
3. Produção de resíduos
Poluição da água
Poluição dos aquíferos
 Por introdução de substâncias nos aquíferos
 Por sobreexploração dos aquíferos
Diminuição excessiva do aquífero
- Alteração da qualidade química e microbiológica da água.
- Contaminação do aquífero com água salgada, em zonas costeiras.
 Por impermeabilização da superfície e eliminação da cobertura vegetal
Diminuição das taxas de infiltração.
53
3. Produção de resíduos
Poluição atmosférica
As actividades humanas e
os fenómenos naturais
originam poluentes
atmosféricos
54
3. Produção de resíduos
Poluição atmosférica
 A circulação do ar faz com que a poluição atmosférica atinja
facilmente uma dimensão regional ou global.
 As chuvas ácidas, o efeito de estufa e a rarefação do ozono são
consequências da poluição atmosférica com impacto global
55
3. Produção de resíduos
Síntese
56
Desenvolvimento sustentável
 Face ao crescimento
exponencial da população
humana os subsistemas
terrestres têm sido
fortemente afectados.
 O actual modelo de
desenvolvimento das
sociedades humanas, assente
no pressuposto do
crescimento contínuo da
economia, não é viável, não é
sustentável.
 O aumento da população humana contribui para o esgotamento e
a degradação dos recursos do planeta e compromete a
satisfação das necessidades básicas presentes e futuras.
57
Desenvolvimento sustentável
 Os países centrais comportam apenas 20% da população
mundial, mas utilizam cerca de 88% dos recursos naturais e
produzem 75% dos resíduos.
 É necessário implementar um novo modelo de desenvolvimento
baseado na gestão racional dos recursos disponíveis no nosso
planeta, no equilíbrio entre factores económicos, sociais e
ambientais, para que seja permitida a sua sustentabilidade.
 O desenvolvimento sustentável é um modelo de
desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades das
sociedades humanas sem comprometer as necessidades das
gerações futuras (no que respeita à utilização de recursos
naturais e à preservação das espécies e dos seus habitats).
58
Desenvolvimento sustentável
O desenvolvimento sustentável exige a adopção das
seguintes medidas:
 Utilização dos recursos renováveis a uma taxa inferior à da sua
reposição pela natureza;
 Utilização mais eficiente dos recursos não renováveis;
 Reduzir o desperdício da energia e da matéria;
 Prevenção da poluição;
 Limpeza das zonas poluídas;
 Redução da produção de resíduos;
 Tratamento dos resíduos produzidos;
 Promoção da reciclagem e da reutilização dos materiais;
 Protecção das espécies e dos seus habitats;
 Recuperação ambiental;
 Controlo do crescimento populacional tendo em vista a estabilização
da população;
 Ordenamento do território.
59
Desenvolvimento sustentável
60
- redução da exploração dos recursos
naturais,
- redução de impactes ambientais
negativos,
- redução da produção de resíduos,
- tratamento de resíduos,
- recuperação de áreas degradadas,
- conservação do património geológico
- ordenamento do território,
- adopção de normas internacionais,
- acção legislativa dos governos,
- acção individual de cada cidadão.
O desenvolvimento sustentável pressupõe
Desenvolvimento sustentável
Ordenamento do território
Ordenamento do território
Consiste na gestão da ocupação e utilização dos espaços
naturais, tendo como objectivo a sua ocupação, utilização e
transformação de acordo com as capacidades do referido
espaço, potenciando o aproveitamento das infra-estruturas
existentes e assegurando a preservação de recursos limitados.
61
Desenvolvimento sustentável
Ordenamento do território
 Pegada Ecológica
 Área de espaço biologicamente produtivo
necessária para sustentar o actual estilo
de vida, contabilizados os recursos
utilizados para a produção dos bens de
consumo e serviços prestados , bem como
os resíduos que lhe estão associados.
 A Pegada Ecológica não procura ser uma
medida exacta mas sim uma estimativa
do impacto que o nosso estilo de vida tem
sobre o Planeta, permitindo avaliar até
que ponto a nossa forma de viver está de
acordo com a sua capacidade de
disponibilizar e renovar os seus recursos
naturais, assim como absorver os
resíduos e os poluentes que geramos ao
longo dos anos.
62
Desenvolvimento sustentável
Tratamento de resíduos
 Aterros sanitários
 Os aterros sanitários são instalações onde são depositados os
resíduos compactados.
 Devem, ser construídos em locais com características geológicas
adequadas.
 São revestidos com materiais impermeáveis, como plásticos e
argilas, que previnem a infiltração no solo de substâncias
lixiviadas.
 As substâncias lixiviadas são recolhidas e enviadas para uma
estação de tratamento (ETAR) e os gases produzidos pelas
bactérias decompositoras (biogás) podem ser utilizados na obtenção
de energia.
 Quando o aterro está cheio é selado.
63
Desenvolvimento sustentável
Tratamento de resíduos
Lixeira
Aterro sanitário
64
Estação de tratamento
65
Desenvolvimento sustentável
Tratamento de resíduos
Tratamento de resíduos
Desenvolvimento sustentável
66
 Política dos 3R´s
 Reduzir - diminuir a produção de RSU’s, através de
medidas simples, mas têm uma grande importância
globalmente.
(por ex.: fechar a torneira enquanto se lava os dentes).
 Reutilizar - processo que procura dar um novo uso para
materiais pré-existentes, em vez deitar no lixo comum.
(por ex.: dar um novo uso aos sacos de plástico).
 Reciclar - transformação de resíduos sem utilidade num
novo produto apto para uma nova utilização.
(por ex.: unidades de processamento de RSU’s como os
ecopontos).
67
Desenvolvimento sustentável
Tratamento de resíduos
Política dos 3R´s
 É uma política de defesa do ambiente, um importante
contributo para o desenvolvimento sustentável.
 Tem limitações porque:
 não é possível reciclar todo o lixo produzido
 é necessário que as populações respondam
convenientemente às campanhas de reciclagem.
68
Desenvolvimento sustentável
Tratamento de resíduos
 Reciclagem
69
Desenvolvimento sustentável
Tratamento de resíduos
 Incineração
 Combustão de resíduos, a altas
temperaturas , que, assim, se
reduzem a cinzas e gases,
permitindo a redução do volume
do lixo
 A grande desvantagem consiste
na libertação de poluentes
atmosféricos.
70
Desenvolvimento sustentável
Tratamento de resíduos
 Compostagem
 Consiste na decomposição, em
condições controladas, de
resíduos orgânicos por
bactérias aeróbias.
 O produto obtido pode ser
utilizado para melhoramento
dos solos.
71
Desenvolvimento sustentável
Tratamento de resíduos
Desenvolvimento sustentável
Conservação do património geológico
A geoconservação tem como objectivo a utilização e gestão
sustentável de toda a geodiversidade.
 Afloramento granítico do Picoto (Briteiros) - situa-se junto à
estrada que liga Briteiros ao Santuário do Sameiro a cerca de 2 Km a
SE deste local. Corresponde a uma extensa mancha (75m por 100m) de
um graníto biotítico porfiróide de grão médio, designado
regionalmente por granito do Sameiro.
 Morro granítico da Srª. do Pilar (Póvoa do Lanhoso) - corresponde
a um enorme monolito granítico que se destaca da plataforma
envolvente da Póvoa de Lanhoso.
72
Desenvolvimento sustentável
Conservação do património geológico
 Afloramento da Pedra Parideira (Serra da
Freita) - lages graníticas com encraves
biotíticos; os nódulos biotíticos de núcleo
quartzo feldspático, de forma discóide,
biconvexa, com diâmetro de 1 a 15 cm,
destacam-se com facilidade da rocha pela
meteorização.
 Lapiás do Cabo Carvoeiro - Constitui uma
paisagem cársica de grande singularidade,
caracterizada por um conjunto de formas
típicas de relevo, designadamente galerias,
grutas, algares, pias, pináculos, entre outras.
73
Desenvolvimento sustentável
Conservação do património geológico
Geodiversidade – variedade de ambientes, fenómenos e processos
geológicos que originaram paisagens, rochas, minerais, solos e outros
depósitos superficiais que são o suporte da vida.
Geomonumentos – locais com interesse geológico devido à presença
de aspectos geomorfológicos, tectónicos ou paisagísticos
importantes; vão desde pegadas de dinossauros a fósseis, passando
por formações rochosas, grutas ou paisagens particulares.
Geosítios – estruturas geológicas que possuem inigualável valor
científico, pedagógico, cultural, turístico ou outro.
Património geológico – conjunto de todos os geossítios inventariados
e caracterizados numa dada área ou região.
74
Desenvolvimento sustentável
75

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Intervenções do homem e recursos naturais

  • 1. MARGARIDA BARBOSA TEIXEIRA A TERRA E OS SUBSISTEMAS TERRESTRES INTERVENÇÕES DO HOMEM NOS SUBSISTEMAS TERRESTRES
  • 3. Classificação dos sistemas  Um sistema é qualquer porção do Universo, com diferentes componentes em interação, de um modo organizado.  Sistema isolado é aquele em que não ocorre troca de energia nem de matéria com o exterior.  Sistema fechado é aquele em ocorre troca de energia com o exterior, mas não ocorre troca de matéria.  Sistema aberto é aquele em que ocorre troca de matéria e de energia com o exterior. 3
  • 5. Sistema Terra  O sistema Terra é um sistema quase fechado.  Ocorre troca de energia com o exterior:  entra energia solar  sai energia proveniente do interior da Terra .  Ocorre troca de uma pequeníssima quantidade de energia, em valores praticamente desprezíveis:  entram meteoritos  escapa algum hidrogénio e hélio (gases muito pouco densos) da atmosfera. 5
  • 8. Subsistemas terrestres - Atmosfera  A Atmosfera é formada pela camada gasosa que envolve os outros subsistemas, ou seja, o globo terrestre.  É constituída por uma mistura de gases integrando fundamentalmente azoto, oxigénio, dióxido de carbono e vapor de água. 8
  • 9. Subsistemas terrestres - Atmosfera  A constituição da atmosfera tem variado ao longo do tempo geológico.  A atmosfera primitiva tinha mais CO2 e não possuía O2.  A redução do CO2 foi devida à reação com o cálcio, existente na água, formando carbonato de cálcio (CaCO3), que ao precipitar forma o mineral calcite, principal constituinte da rocha calcário. O calcário não só permaneceu nos fundos marinhos como constituiu as conchas dos animais marinhos, como as trilobites e as amonites que povoaram os mares.  A produção do O2 foi devida à fotossíntese, inicialmente realizada pelas algas marinhas. Com o aumento de O2 nos mares, este saiu para a atmosfera, tornando-a oxidante. 9
  • 10. Subsistemas terrestres - Atmosfera  A presença de O2 na atmosfera permitiu a formação de ozono.  A acumulação do ozono na atmosfera gerou a camada de ozono, capaz de filtrar os raios ultra violetas e consequentemente permitiu que os seres vivos abandonassem os oceanos e conquistassem as superfícies continentais. 10
  • 11. Subsistemas terrestres - Geosfera  A Geosfera é o subsistema de maiores dimensões.  As suas propriedades físico-químicas variam muito desde as camadas superficiais (da crusta) até às mais interiores (do núcleo interno).  A zona superficial da Geosfera serve de suporte a grande parte da vida terrestre, favorecendo muitos dos materiais necessários à sua manutenção. 11
  • 12. Subsistemas terrestres - Biosfera  A Biosfera inclui o conjunto de todos os seres vivos existentes na terra.  Os seres vivos interagem com os diferentes subsistemas influenciando-se mutuamente dependendo do ambiente físico- químico para a sua sobrevivência.  Sem a existência dos seres vivos os outros subsistemas não seriam como hoje os conhecemos. 12
  • 13. Subsistemas terrestres - Hidrosfera  A Hidrosfera é constituída pelos reservatórios de água existentes na terra, sob a forma de oceanos, lagos, rios, glaciares, calotes de gelo e água subterrânea.  A totalidade da água existente é dividida pelos diferentes reservatórios em diferentes quantidades. 13
  • 14. Subsistemas terrestres  Os subsistemas terrestres estão em interação.  O sistema Terra depende das interações entre os subsistemas terrestres.  A alteração num subsistema terrestre afeta os outros subsistemas, provocando alterações que levam ao estabelecimento de um novo equilíbrio 14
  • 15. Subsistemas terrestres  Pelo facto de a Terra ser um sistema quase fechado, praticamente não há troca de matéria com o exterior (universo).  Consequências da Terra ser um sistema quase fechado:  Como os recursos naturais são finitos, para que não esgotem, é necessária uma gestão racional desses recursos;  Como os resíduos (lixos) produzidos não podem sair da Terra, é necessário reduzir a sua produção, fazer a sua reutilização ou reciclagem (política dos 3 R’s). 15
  • 16. 16 INTERVENÇÕES DO HOMEM NOS SUBSISTEMAS TERRESTRES
  • 17. Evolução da população mundial  O sistema Terra é altamente integrado e os diferentes subsistemas interagem por acções contínuas que, em geral, são lentas e graduais, mantendo o equilíbrio.  Ao longo da sua evolução, o Homem foi descobrindo meios de sobrevivência cada vez mais eficazes e novas formas de se adaptar ao ambiente, modificando-o. 17
  • 18. Evolução da população mundial  No séc. XVII a população mundial era de cerca de 500 milhões de indivíduos.  Em 2006 já ascendia aos 6500 milhões.  Prevê-se que em 2050 venha a ser de cerca de 9000 milhões. 18
  • 19. Evolução da população mundial  O crescimento populacional é heterogéneo.  Os países periféricos são os que mais contribuem para o aumento populacional. 19
  • 20. Evolução da população mundial Desenvolvimento sustentável  O aumento crescente da população humana conduz à: • procura de recursos naturais (como alimento, água e energia), • sobreexploração dos recursos naturais, • produção de resíduos em grande escala, • ocupação de áreas de risco geológico, causando impacte no ambiente, conducente à degradação ambiental. O crescimento da população mundial associada ao consumo massivo de recursos naturais é a principal causa da degradação ambiental e da redução da biodiversidade. 20
  • 21. Evolução da população mundial Desenvolvimento sustentável 21 Desenvolvimento sustentável Ordenamento do território• Recuperação de áreas degradadas • Consciencialização das populações • Conservação do património geológico
  • 22. 1. Sobreexploração dos recursos naturais  Os recursos ambientais só devem ser utilizados de acordo com a sua capacidade de regeneração. Recursos naturais não renováveis energéticos (combustíveis fósseis…) rochas e minerais renováveis cuja capacidade de renovação é seriamente afectada pela sobreexploração águas subterrâneas florestas … renováveis energéticos (sol, vento) … 22
  • 23. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recurso natural – qualquer bem com utilidade para o desenvolvimento, sobrevivência e bem-estar da sociedade. Recurso natural renovável – recurso natural cujo ciclo de reposição ocorre num curto intervalo de tempo, desde que utilizado de uma forma racional. É ciclicamente reposto no meio num intervalo de tempo compatível com a vida humana. Recurso natural não renovável - recurso natural cujo processo de reposição no meio natural demora milhares ou milhões de anos. 23
  • 24. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos renováveis  Ex: sol, vento, calor interno da terra, ondas e marés, biomassa,... 24
  • 25. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos renováveis cuja capacidade de renovação é seriamente afectada pela sobreexploração  A utilização dos recursos renováveis a uma taxa superior à da sua reposição pela natureza pode transformá-los em recursos não renováveis. (ex.: desflorestação, redução das reservas de água potável , redução da biodiversidade…) 25
  • 26. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos não renováveis  Ex: combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) e algumas rochas e minerais. 26
  • 27. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos não renováveis – combustíveis fósseis  Combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural)  Cerca de 75% da energia consumida a nível mundial provem dos combustíveis fósseis.  O uso intensivo provocou a drástica diminuição das reservas e consequentemente prevê-se o esgotamento destes recursos energéticos a curto prazo.  A utilização dos combustíveis fósseis tem graves consequências ambientais. 27
  • 28. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos não renováveis – combustíveis fósseis  Consequências ambientais do uso de combustíveis fósseis 28
  • 29. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos não renováveis – Recursos minerais  Rochas e minerais  As diversas etapas da História da Humanidade podem ser designadas em função do recurso mineral dominante em cada época.  Idade da Pedra, do Cobre, do Bronze e do Ferro (até 2000 a.C.)  Idade do Carvão, do Petróleo (séc. XVIII ao séc. XX)  Idade do Urânio ou do Nuclear (meados do séc. XX)  Idade do Silício (o silício domina as novas tecnologias - electrónica e informática) 29
  • 30. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos não renováveis – Recursos minerais metálicos Recursos minerais não metálicos (utilizados na construção e ornamentação) 30
  • 31. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos não renováveis – Recursos minerais Minério - mineral ou agregado de minerais que ocorre na natureza numa concentração com interesse económico. Jazigo mineral – quando, num determinado local, a concentração média de um determinado elemento químico é muito superior ao seu clarke (concentração média de um elemento químico na crosta terrestre). Ganga - parte não aproveitável que acompanha o minério extraído dos jazigos. Escombreira - acumulação de ganga, formando grandes depósitos superficiais, junto às explorações mineiras. 31
  • 32. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos não renováveis – Recursos minerais  Consequências ambientais da exploração de recursos minerais A extracção do minério e a remoção da ganga 32
  • 33. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos não renováveis – Recursos minerais  Medidas que minimizam os impactes ambientais da exploração mineira  Utilização de tecnologias de extracção e de tratamento do minério que causem menos perturbações ambientais;  Armazenamento da ganga em locais devidamente preparados para o efeito (ex. no interior da própria exploração ou de outra, previamente impermeabilizada);  Estabilização das escombreiras;  Criação de sistemas de drenagem de águas pluviais;  Tratamento das águas lixiviadas (a exploração deve ter estação de tratamento de efluentes);  Aproveitamento dos subprodutos (resíduos) da exploração;  Reflorestação;  Valorização turística. 33
  • 34. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos não renováveis – Recursos minerais  Isótopos radioactivos (urânio) O bombardeamento do U235 por neutrões Fissão do urânio Resíduos do urânio Calor Neutrões libertados (usados para bombardear mais átomos de urânio) Usado na vaporização da água reacções de fissão de urânio em cadeia O vapor é usado para produzir energia 34
  • 35. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos não renováveis – Recursos minerais  Consequências ambientais da produção de energia nuclear 35
  • 36. 2. Ocupação de áreas de risco geológico  Risco geológico – sistema de processos geológicos (sismos, vulcões, movimentos em massa…) cujas alterações são susceptíveis de acarretar prejuízos directos ou indirectos a uma dada população.  Ocupação de zonas de elevado risco:  zonas costeiras – risco de derrocada  leitos de cheias dos rios – risco de cheias  vertentes com forte inclinação – risco de movimentos em massa 36
  • 37. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Funchal – Fevereiro 2010 Apúlia Ofir Sacavém – Fevereiro 2008 37
  • 38. 38  Fatores de risco geológico associados a bacias hidrográficas  Cheias  Barragens  Extração de sedimentos 2. Ocupação de áreas de risco geológico Bacias hidrográficas Mondego - 1948 Douro - 2010 Barragem da Agueira Provoca a retenção da água. Ponte Hintze Ribeiro (Março de 2001) Queda devida à extração de areias.
  • 39. 39  Evolução do litoral  As áreas litorais são as mais densamente habitadas, albergando cerca de 80% da população mundial em apenas 500 000 km de comprimento.  Portugal possui cerca de 1450 km de costa e mais de metade da população portuguesa vive em concelhos do litoral.  Neste espaço de inter-relação entre as áreas terrestre e marinha, a influência humana tem hoje um importante papel.  As zonas litorais são um recurso insubstituível e não renovável do qual o Homem obtém alimentos, recursos minerais, lazer e turismo.  São sistemas dinâmicos, condicionados por fatores naturais e antrópicos. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas costeiras
  • 40. 40  Evolução do litoral Causas naturais  Alternância entre regressões (descida do nível médio da água do mar) e transgressões marinhas (subida do nível médio da água do mar);  Alternância entre períodos de glaciação (formação de calotes glaciares) e interglaciação (fusão das calotes e consequente transgressão marinha);  Movimentos tectónicos originam a deformação das margens dos continentes, provocando a elevação ou afundamento das zonas litorais. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas costeiras
  • 41. 41  Evolução do litoral Causas antrópicas  Agravamento do efeito de estufa provocado pelo excesso de produção de CO2 e consequente transgressão marinha;  Diminuição da quantidade de sedimentos que chegam ao litoral devido quer à sua extração quer à construção de barragens;  Ocupação da faixa litoral e consequente:  construção de estruturas de lazer,  construção desordenada,  arranque da cobertura vegetal,  pisoteio das dunas… 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas costeiras
  • 42. 42  Evolução do litoral Causas antrópicas Consequências  Extração de sedimentos para a construção civil e retenção de sedimentos devido a barragens. • Falta de sedimentos no litoral.  Pisoteio das dunas, quer pelos banhistas, quer pelas viaturas todo-o-terreno. • Destruição das dunas e das plantas fixadoras das areias.  Construção de estruturas fixas sobre dunas e praias (pressão urbanística). • Obstáculo à movimentação constante das areias interrompendo-se um ciclo natural de deposição e transporte de areias pelo vento e pelo mar. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas costeiras
  • 43. 43  Evolução do litoral  Ação do avanço do mar 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas costeiras
  • 44. 44  Causas da alteração das vertentes  Erosão hídrica  desgaste mais ou menos lento e gradual dos solos devido ao impacto da chuva e escoamento das águas ao longo das vertentes.  Movimentos em massa  deslizamento, geralmente brusco e repentino, de uma grande massa de materiais sólidos ao longo de uma vertente. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas de vertente
  • 45. 45  Movimentos em massa  Madeira – Fevereiro 2010 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas de vertente
  • 46. 46  Causas dos movimentos em massa  Naturais,  Antrópicos. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas de vertente
  • 47. 47  Causas dos movimentos em massa  Antrópicas  Destruição da cobertura vegetal dos terrenos, com consequente aumento da erosão do solo;  Remoção, não controlada, de terrenos para urbanização ou abertura de estradas;  Saturação dos terrenos por excesso de irrigação. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas de vertente
  • 48. 3. Produção de resíduos  Poluição – é qualquer alteração indesejável nas características físicas, químicas ou biológicas do ar, água, solo ou alimentos que afecta negativamente a sobrevivência, saúde ou actividades dos seres humanos ou de outros organismos. 48
  • 49.  Aquífero - Formação geológica com capacidade para armazenar água e com características que permitam a sua extracção de forma economicamente rentável.  Principais fontes de poluição  Efluentes industriais  Esgotos domésticos  Esgotos hospitalares  Explorações agrícolas  Explorações mineiras  Centrais energéticas 3. Produção de resíduos Poluição da água 49
  • 50. 3. Produção de resíduos Poluição da água  Principais poluentes  Agentes infecciosos  Matéria orgânica  Produtos químicos orgânicos e inorgânicos  Nutrientes vegetais  Materiais radioactivos  calor 50
  • 51.  Eutrofização  Excesso de nitratos e fosfatos (fertilizantes) na água  Proliferação de cianobactérias , algas e jacintos de água.  Diminuição da luminosidade  Morte da vegetação aquática submersa  A morte e decomposição destes seres reduz a concentração de oxigénio dissolvido na água  Peixes e moluscos morrem por asfixia  Proliferam bactérias anaeróbias  Produção de tóxicos com mau cheiro 3. Produção de resíduos Poluição da água 51
  • 52. 3. Produção de resíduos Poluição da água  Poluição dos aquíferos 52
  • 53. 3. Produção de resíduos Poluição da água Poluição dos aquíferos  Por introdução de substâncias nos aquíferos  Por sobreexploração dos aquíferos Diminuição excessiva do aquífero - Alteração da qualidade química e microbiológica da água. - Contaminação do aquífero com água salgada, em zonas costeiras.  Por impermeabilização da superfície e eliminação da cobertura vegetal Diminuição das taxas de infiltração. 53
  • 54. 3. Produção de resíduos Poluição atmosférica As actividades humanas e os fenómenos naturais originam poluentes atmosféricos 54
  • 55. 3. Produção de resíduos Poluição atmosférica  A circulação do ar faz com que a poluição atmosférica atinja facilmente uma dimensão regional ou global.  As chuvas ácidas, o efeito de estufa e a rarefação do ozono são consequências da poluição atmosférica com impacto global 55
  • 56. 3. Produção de resíduos Síntese 56
  • 57. Desenvolvimento sustentável  Face ao crescimento exponencial da população humana os subsistemas terrestres têm sido fortemente afectados.  O actual modelo de desenvolvimento das sociedades humanas, assente no pressuposto do crescimento contínuo da economia, não é viável, não é sustentável.  O aumento da população humana contribui para o esgotamento e a degradação dos recursos do planeta e compromete a satisfação das necessidades básicas presentes e futuras. 57
  • 58. Desenvolvimento sustentável  Os países centrais comportam apenas 20% da população mundial, mas utilizam cerca de 88% dos recursos naturais e produzem 75% dos resíduos.  É necessário implementar um novo modelo de desenvolvimento baseado na gestão racional dos recursos disponíveis no nosso planeta, no equilíbrio entre factores económicos, sociais e ambientais, para que seja permitida a sua sustentabilidade.  O desenvolvimento sustentável é um modelo de desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades das sociedades humanas sem comprometer as necessidades das gerações futuras (no que respeita à utilização de recursos naturais e à preservação das espécies e dos seus habitats). 58
  • 59. Desenvolvimento sustentável O desenvolvimento sustentável exige a adopção das seguintes medidas:  Utilização dos recursos renováveis a uma taxa inferior à da sua reposição pela natureza;  Utilização mais eficiente dos recursos não renováveis;  Reduzir o desperdício da energia e da matéria;  Prevenção da poluição;  Limpeza das zonas poluídas;  Redução da produção de resíduos;  Tratamento dos resíduos produzidos;  Promoção da reciclagem e da reutilização dos materiais;  Protecção das espécies e dos seus habitats;  Recuperação ambiental;  Controlo do crescimento populacional tendo em vista a estabilização da população;  Ordenamento do território. 59
  • 60. Desenvolvimento sustentável 60 - redução da exploração dos recursos naturais, - redução de impactes ambientais negativos, - redução da produção de resíduos, - tratamento de resíduos, - recuperação de áreas degradadas, - conservação do património geológico - ordenamento do território, - adopção de normas internacionais, - acção legislativa dos governos, - acção individual de cada cidadão. O desenvolvimento sustentável pressupõe
  • 61. Desenvolvimento sustentável Ordenamento do território Ordenamento do território Consiste na gestão da ocupação e utilização dos espaços naturais, tendo como objectivo a sua ocupação, utilização e transformação de acordo com as capacidades do referido espaço, potenciando o aproveitamento das infra-estruturas existentes e assegurando a preservação de recursos limitados. 61
  • 62. Desenvolvimento sustentável Ordenamento do território  Pegada Ecológica  Área de espaço biologicamente produtivo necessária para sustentar o actual estilo de vida, contabilizados os recursos utilizados para a produção dos bens de consumo e serviços prestados , bem como os resíduos que lhe estão associados.  A Pegada Ecológica não procura ser uma medida exacta mas sim uma estimativa do impacto que o nosso estilo de vida tem sobre o Planeta, permitindo avaliar até que ponto a nossa forma de viver está de acordo com a sua capacidade de disponibilizar e renovar os seus recursos naturais, assim como absorver os resíduos e os poluentes que geramos ao longo dos anos. 62
  • 63. Desenvolvimento sustentável Tratamento de resíduos  Aterros sanitários  Os aterros sanitários são instalações onde são depositados os resíduos compactados.  Devem, ser construídos em locais com características geológicas adequadas.  São revestidos com materiais impermeáveis, como plásticos e argilas, que previnem a infiltração no solo de substâncias lixiviadas.  As substâncias lixiviadas são recolhidas e enviadas para uma estação de tratamento (ETAR) e os gases produzidos pelas bactérias decompositoras (biogás) podem ser utilizados na obtenção de energia.  Quando o aterro está cheio é selado. 63
  • 64. Desenvolvimento sustentável Tratamento de resíduos Lixeira Aterro sanitário 64
  • 65. Estação de tratamento 65 Desenvolvimento sustentável Tratamento de resíduos
  • 67.  Política dos 3R´s  Reduzir - diminuir a produção de RSU’s, através de medidas simples, mas têm uma grande importância globalmente. (por ex.: fechar a torneira enquanto se lava os dentes).  Reutilizar - processo que procura dar um novo uso para materiais pré-existentes, em vez deitar no lixo comum. (por ex.: dar um novo uso aos sacos de plástico).  Reciclar - transformação de resíduos sem utilidade num novo produto apto para uma nova utilização. (por ex.: unidades de processamento de RSU’s como os ecopontos). 67 Desenvolvimento sustentável Tratamento de resíduos
  • 68. Política dos 3R´s  É uma política de defesa do ambiente, um importante contributo para o desenvolvimento sustentável.  Tem limitações porque:  não é possível reciclar todo o lixo produzido  é necessário que as populações respondam convenientemente às campanhas de reciclagem. 68 Desenvolvimento sustentável Tratamento de resíduos
  • 70.  Incineração  Combustão de resíduos, a altas temperaturas , que, assim, se reduzem a cinzas e gases, permitindo a redução do volume do lixo  A grande desvantagem consiste na libertação de poluentes atmosféricos. 70 Desenvolvimento sustentável Tratamento de resíduos
  • 71.  Compostagem  Consiste na decomposição, em condições controladas, de resíduos orgânicos por bactérias aeróbias.  O produto obtido pode ser utilizado para melhoramento dos solos. 71 Desenvolvimento sustentável Tratamento de resíduos
  • 72. Desenvolvimento sustentável Conservação do património geológico A geoconservação tem como objectivo a utilização e gestão sustentável de toda a geodiversidade.  Afloramento granítico do Picoto (Briteiros) - situa-se junto à estrada que liga Briteiros ao Santuário do Sameiro a cerca de 2 Km a SE deste local. Corresponde a uma extensa mancha (75m por 100m) de um graníto biotítico porfiróide de grão médio, designado regionalmente por granito do Sameiro.  Morro granítico da Srª. do Pilar (Póvoa do Lanhoso) - corresponde a um enorme monolito granítico que se destaca da plataforma envolvente da Póvoa de Lanhoso. 72
  • 73. Desenvolvimento sustentável Conservação do património geológico  Afloramento da Pedra Parideira (Serra da Freita) - lages graníticas com encraves biotíticos; os nódulos biotíticos de núcleo quartzo feldspático, de forma discóide, biconvexa, com diâmetro de 1 a 15 cm, destacam-se com facilidade da rocha pela meteorização.  Lapiás do Cabo Carvoeiro - Constitui uma paisagem cársica de grande singularidade, caracterizada por um conjunto de formas típicas de relevo, designadamente galerias, grutas, algares, pias, pináculos, entre outras. 73
  • 74. Desenvolvimento sustentável Conservação do património geológico Geodiversidade – variedade de ambientes, fenómenos e processos geológicos que originaram paisagens, rochas, minerais, solos e outros depósitos superficiais que são o suporte da vida. Geomonumentos – locais com interesse geológico devido à presença de aspectos geomorfológicos, tectónicos ou paisagísticos importantes; vão desde pegadas de dinossauros a fósseis, passando por formações rochosas, grutas ou paisagens particulares. Geosítios – estruturas geológicas que possuem inigualável valor científico, pedagógico, cultural, turístico ou outro. Património geológico – conjunto de todos os geossítios inventariados e caracterizados numa dada área ou região. 74