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Pe. Leomar Brustolin
Maio de 2013






Aparecida e Santo Domingo : clara opção
pela paróquia e pela sua revitalização.
DGAE: papel fundamental das paróquias na
evangelização.
transformar a estrutura da paróquia numa
comunidade de comunidades.
Fidelidade ao Concílio Vaticano II e retorno à
raiz evangélica
1.
2.
3.

4.

Referência a vida e a prática de Jesus.
Tradição cristã : Teologia da paróquia.
Desafios da realidade atual
Propostas pastorais







DGAE (2011-2015)
Parte de Jesus Cristo
Diálogo com a realidade social e pastoral,
Acolhida das experiências da prática eclesial.
Suscitar reflexões, debates e revisões da
prática pastoral.
• 1.1 Recuperar a comunidade
 No antigo Israel, o clã, a comunidade, era a base da
convivência social. No tempo de Jesus, porém, devido à
política do Império Romano e ao sistema da religião
imperial, a vida comunitária estava se desintegrando.
• 1.2 A nova experiência de Deus: o Abbá: bondade,
ternura e acolhida de Jesus, reflexos do rosto do Pai
• 1.3 A missão do Messias: Boa Nova do Reino é para
todos - os pobres. Messias servo da humanidade

• 1.4 A novidade do Reino: todos são irmãos, igualdade

entre homem e mulher, poder é serviço, as relações são
de amizade; bases no perdão, oração e alegria
• 1.5 Um novo estilo de vida comunitária:
hospitalidade, partilha, comunhão de mesa e
acolhida dos excluídos.
• 1.6 O novo modo de ser pastor: acolhe a todos,
especialmente os pobres, recupera a dimensão
caseira da fé: visita as casas.
• 1.7 O ensinamento novo: ligado ao cotidiano da

vida, com interatividade ( parábolas) ; parte de sua
experiência com o Pai.
• 1.8 Nova Páscoa: manhã da ressurreição faz nascer
a nova comunidade de discípulos do Crucificadoressuscitado.
• 1.9 Pentecostes: o novo povo de Deus: O Espírito
Santo é derramado sobre os discípulos e cria os
carismas na comunidade, ilumina nas decisões, gera
a missão.
1.10. A nova comunidade : baseada em Atos
2,42: perseverantes no ensinamento dos
apóstolos, na comunhão ( partilha de bens) , na
fração do pão ( Eucaristia) e nas orações.
 1.11 A missão: nasce na Páscoa: a experiência do
encontro com o Ressuscita implica na missão de
anunciar a Boa Nova de Jesus
 1.12 A nova esperança: a comunidade eterna
 a caminho da Pátria Trinitária: comunidade
perfeita no amor.





A dimensão comunitária é fundamental na
Igreja - se inspira na própria Santíssima
Trindade - a perfeita comunidade de amor.
Sem comunidade, não há como viver
autenticamente a experiência cristã.
A dimensão comunitária da fé cristã
conheceu diferentes formas de se concretizar
historicamente, desde a Igreja Doméstica até
chegar à paróquia na acepção atual.





Paróquia: grego o substantivo paroikía,
significando “estrangeiro”, “migrante”,
o verbo paroikein, designando “viver junto a,
habitar nas proximidades”, “viver em casa
alheia”(cf. Rt 2,1ss) ou “em peregrinação”
O Novo Testamento permite identificar os
cristãos como peregrinos e, ao mesmo
tempo, os seguidores do caminho (cf. At
16,17).




A paróquia, assim, é uma “estação” onde se
vive de forma provisória, pois o cristão é
caminheiro. Ele segue o caminho da salvação
(cf. At 16,17).
São Paulo prefere usar a expressão Igreja
Doméstica (Domus Ecclesiae), indicando que
as comunidades se reuniam na casa dos
cristãos.






Paulo apóstolo funda comunidades nas cidades
mais importantes do Império.
Entra na nova organização social que emergia
Modificava o estilo predominantemente rural de
ser comunidade a partir da experiência da
Palestina.
Enquanto as comunidades do cristianismo
palestinense eram profundamente itinerantes, a
proposta de Paulo passa a um cristianismo que
se fixa de forma sedentária.






Roma, o cristianismo adquiriu a forma de uma
organização central, cresceu o número de
cristãos e as Igrejas Domésticas ficaram
abaladas. As assembleias cristãs tornam-se cada
vez mais massivas e anônimas.
Desaparecem as fronteiras entre comunidade
eclesial e sociedade civil e se identifica a
paróquia com a igreja paroquial, caracterizada
pelo local de reunião, ou o templo.
A diocese emerge como expansão das
comunidades eclesiais urbanas.
surgiram da expansão missionária da Igreja nos
pequenos povoados que rodeavam as cidades e
passará a ser essencialmente a Igreja instalada na
cidade.
 Concílio de Trento: não modifica o perfil estrutural da
paróquia. insistiu que o pároco resida na paróquia.
 Estabeleceu os critérios de territorialidade e propôs a
criação de novas paróquias para enfrentar o problema
do crescimento populacional.
 O Concílio de Trento delineou o modelo “moderno” de
paróquia que chegou até nossos dias.






Código de Direito Canônico de 1917, : menor
circunscrição local, pastoral e administrativa.
Código de Direito Canônico de 1983 : comunidade
de fiéis, constituída de maneira estável e confiada
aos cuidados pastorais de um pároco, como seu
pastor próprio.
O cânone 518, as paróquias são territoriais, ou
seja, abrangem todos os fiéis de determinado
território. Onde for conveniente, porém, podem
ser constituídas paróquias pessoais em razão de
rito, língua, etc.




A Igreja de Cristo está presente na Igreja
Particular, “esta Igreja de Cristo está
verdadeiramente presente em todas as
legítimas comunidades locais de fiéis, que
unidas com seus pastores, são também elas, no
Novo Testamento, chamadas de igrejas”. LG 26
A paróquia, porém, não é a Igreja Particular no
sentido estrito, pois ela está em rede com as
demais paróquias que formam a diocese, que é a
Igreja Particular. Para o Concílio Vaticano II,
portanto, a paróquia só pode ser compreendida
a partir da Diocese.

1.
2.
3.

a passagem
do territorial para o comunitário;
do princípio único do pároco a uma
comunidade toda ministerial;
da dimensão cultual para a totalidade das
dimensões da comunhão e missão da Igreja
no mundo.


Puebla : paróquia lugar de encontro, de
fraterna comunicação de pessoas e de bens,
de articulação de uma rede de comunidades,
tornando-se responsável pelo elo dessas
comunidades entre si, com as demais
paróquias e com a diocese.




O Documento de Santo Domingo, afirma que
“a paróquia, comunidade de comunidades e
movimentos, acolhe as angústias e
esperanças dos homens, anima e orienta a
comunhão, participação e missão”. SD, n.58.
Aparecida destaca : a multiplicação das
comunidades eclesiais menores e a nova
pastoral urbana.



paróquias se transformem “cada vez mais em
comunidade de comunidades”.
Insiste que a “renovação das paróquias no
início do terceiro milênio exige a
reformulação de suas estruturas para que
seja uma rede de comunidades e grupos
capaz de se articular, conseguindo que os
participantes se sintam realmente discípulos
e missionários de Jesus Cristo em
comunhão”. DAp, ns. 99, 179 e 309.
“As paróquias têm um importante papel na vivência
da fé. Para a maioria de nossos fiéis, elas são o único
espaço de inserção na Igreja. Na maioria das vezes, a
relação se restringe aos chamados serviços
paroquiais, deixando insatisfeito um bom número de
pessoas que buscam formas mais comunitárias de
viver sua fé. Por isso, independente das inúmeras
dificuldades, é urgente que a paróquia se torne, cada
vez mais, comunidade de comunidades vivas e
dinâmicas de discípulos missionários de Jesus Cristo.”
 DGAE, n. 99.





No sentido teológico-pastoral, É a Igreja que
está onde as pessoas se encontram,
independentemente dos vínculos de
território, moradia ou pertença geográfica.
É a casa-comunidade onde as pessoas se
encontram. Isso nem sempre fará referência a
um espaço determinado. A paróquia pode
ser não territorial, ambiental ou de acordo
com a escolha da pessoa.









Casa da Palavra
comunidade atraída pela voz do seu Senhor, que
acolhe e vive a Palavra, sendo a liturgia o lugar
privilegiado para essa comunicação
Casa do pão
Na Eucaristia, se estabelecem as novas relações que o
Evangelho propõe a partir da filiação divina que o
cristão recebe do Pai em Cristo. A fraternidade é
expressão da comunhão com Deus que se estende na
comunhão com os irmãos e irmãs.
Casa da caridade (ágape)
O próprio Senhor disse que “não há maior amor do que
dar a vida pelos amigos” (Jo 15,13). A amizade torna-se,
então, expressão do ágape, o centro da charitas cristã.





DIFERENTES REALIDADES
Há paróquias que não assumiram a
renovação proposta pelo Concílio Vaticano II
e continuam a concentrar suas atividades
principais na liturgia sacramental e nas
devoções.
Por outro lado, há comunidades preocupadas
com a evangelização, mas falta ampliar a
ação evangelizadora fortalecendo pequenas
comunidades unidas à paróquia.





3.1 âmbito da pessoa: intimismo religioso;
mudanças na família
3.2 âmbito da comunidade: a nova
territorialidade: do físico ao ambiental;
estruturas obsoletas na pastoral; entre o
relativismo e o fundamentalismo
3.3 âmbito da sociedade: sociedade póscristã; pluralismo cultural;







As grandes cidades desafiam o atendimento
pastoral, especialmente nas periferias.
Aumentam as estatísticas daqueles que se
declaram sem-religião.
Os números revelam apenas a dimensão
externa de uma realidade muito mais grave
que reflete o esfriamento da fé.
Está em crise o sentimento de pertença à
comunidade e o engajamento na paróquia.
• 4.1 Recuperar as bases da comunidade cristã
• Há critérios para reconhecer uma comunidade

seguidora de Jesus Cristo :
1. a Palavra de Deus como fonte,
2. a unidade da Igreja em comunhão com os bispos,
3. os sacramentos,
4. compromisso evangelizador e missionário,
5. solidária com os mais pobres.
As novas gerações têm necessidade de ser
introduzidas na leitura e conhecimento da Palavra
de Deus . Evitar o risco de uma abordagem
individualista, tendo presente que a Palavra de
Deus
 Insistir na catequese centrada na Palavra de Deus,
expressão maior da animação bíblica da pastoral.
 A profundar a relação com a Palavra de Deus,
encontra-se nos passos da Leitura Orante da
Bíblia




A “Eucaristia é o lugar privilegiado do encontro
do discípulo com Jesus Cristo”.
Milhares de comunidades não têm
oportunidade de participar da Eucaristia todos
os domingos. Elas devem e podem viver o
Domingo com a celebração dominical da
Palavra, “que faz presente o Mistério Pascal, no
amor que congrega (cf. Jo 3,14), na Palavra
acolhida (cf. Jo 5,24-25) e na oração comunitária
(cf. Mt 18,20)”.




A Igreja, expressão do amor da Trindade, é a
comunidade da caridade. O amor ao próximo,
radicado no amor de Deus, é um dever de toda a
comunidade eclesial
“A caridade cristã é, em primeiro lugar,
simplesmente a resposta àquilo que, numa
determinada situação, constitui a necessidade
imediata: os famintos devem ser saciados, os
nus vestidos, os doentes tratados para se
curarem, os presos visitados, etc.” DCE, n. 31.
O reconhecimento da necessidade de formação
de comunidades menores é uma tarefa
importante no processo de renovação paroquial.
 A) A setorização da paróquia
 A grande comunidade, praticamente
impossibilitada de manter os vínculos humanos
e sociais entre todos, pode ser setorizada em
grupos menores que favoreçam uma nova forma
de partilhar a vida cristã.







A setorização é um meio. Não basta uma
demarcação de territórios, é preciso
identificar quem vai pastorear, animar e
coordenar esses setores, pequenas
comunidades.
A formação das lideranças e o apoio da
paróquia a essas comunidades são
imprescindíveis.
Nessa instância, podem ser desenvolvidos
muitos serviços e ministérios



“num mundo plural, não se pode querer um
único modo de ser comunidade”.
São as comunidades ambientais e afetivas
que independem do território. São diferentes
experiências cristãs que se unem em pontos
comuns e, integradas à paróquia, podem
constituir uma rede de comunidades.




“Mantendo-se em comunhão com seu bispo,
e inserindo-se no projeto da pastoral
diocesana, as CEBs se convertem em sinal de
vitalidade na Igreja Particular. Atuando dessa
forma, juntamente com os grupos paroquiais,
associações e movimentos eclesiais, podem
contribuir para revitalizar as paróquias,
fazendo delas uma comunidade de
comunidades.”
DAp, n. 179.




São formadas por grupos de moradores de
rua, universitários, empresários ou artistas,
por exemplo. Os hospitais e as escolas
também podem ser comunidades dentro das
paróquias.
As universidades; consideradas um grande
areópago na busca do diálogo entre fé e
razão.





reúnem casais, jovens e outras pessoas para
propor um caminho para seguir Jesus. Muitos
são engajados em comunidades.
Outros fazem um caminho mais autônomo.
Integrá-los é uma missão para tornar a
paróquia mais rica em serviços, ministérios e
testemunho.






Geralmente, estão ligadas ao bispo
diocesano e precisam estar vinculadas à
diocese e ao seu plano de pastoral.
É importante integrá-las à paróquia e
oferecer oportunidades para crescer na
comunhão e missão de toda a Igreja.
estejam atentas ao perigo do fechamento e
de caminhar de forma paralela com a
paróquia e à diocese.





estabelecer relações interpessoais que vençam o
anonimato e a solidão.
abertura para que outras pessoas se agreguem à
comunidade e vivam a experiência de um
autêntico encontro com Jesus Cristo
Evitar que a comunidade se estruture como uma
microparóquia com cadastros, burocracias e
serviços que podem ser importantes para a
paróquia, mas que não precisam ser repetidos na
pequena comunidade.







O centro de toda conversão é Jesus Cristo.
Não haverá mudanças no agir se não houver
um profundo encontro com Jesus capaz de
renovar a pessoa.
Somos desafiados a “oferecer a todos os
nossos fiéis um encontro pessoal com Jesus
Cristo, uma experiência religiosa profunda e
intensa”.
DAp, n. 226.


Jesus se apresentava como o Bom Pastor que
acolhia o povo, sobretudo os pobres. Seu agir
revela um novo jeito de cuidar das pessoas.
Esse é o desafio de todo aquele que é
colocado diante de uma comunidade,
principalmente os bispos, párocos e demais
presbíteros que atuam na comunidade.





serão os primeiros a fomentar, em toda
Diocese, essa revitalização das comunidades
que contribui para a renovação paroquial.
chamados a estimular e apoiar a revitalização
das comunidades de suas Dioceses.
os primeiros responsáveis para desencadear
o processo da renovação das paróquias,
especialmente na missão em direção aos
afastados.







O padre não é um mero delegado ou um
representante, mas um dom para a comunidade
à qual serve. I
o padre seja formado para ser o servidor do seu
povo;
acolher bem as pessoas, exercer sua paternidade
espiritual sem distinções, renovando sua
espiritualidade para ajudar tantos irmãos e irmãs
que buscam a paróquia.
Mais disponível para ir ao encontro de tantos
sofredores que nem sempre são bem- acolhidos
na sociedade.


requer uma vivência mais comunitária do
ministério, garantindo a continuidade da
ação evangelizadora, especialmente quando
o padre é substituído, evitando
personalismos e isolamentos em relação à
Diocese






se ocupar com a evangelização, a formação dos
discípulos missionários, a celebração dos
sacramentos que lhe competem e,
especialmente, com as obras de caridade da
paróquia.
Eles atualizarão sua missão visitando os
enfermos, acompanhando os migrantes, os
excluídos, as vítimas de violência e os
encarcerados.
Dessa forma, as paróquias não verão a função do
diácono reduzida às tarefas litúrgicas, o que
seria enfraquecer a riqueza do seu ministério.






reconhecer novas lideranças e multiplicar o
número de pessoas que realizam os
diferentes ministérios nas comunidades.
Não raras vezes, quando ocorre a
transferência do pároco, tudo é mudado na
comunidade.
A caminhada é desrespeitada, e os leigos não
se sentem mais membros da comunidade,
mas apenas executores de tarefas sobre as
quais não podem interferir.


desenvolvem seu apostolado nas paróquias,
comprometidos diretamente na ação
pastoral, de acordo com seus carismas. Eles
também colaboram em obras voltadas para a
saúde, a educação e o cuidado das pessoas
necessitadas.





“a sua ação dentro das comunidades eclesiais é
tão necessária que, sem ela, o próprio
apostolado dos pastores não pode conseguir, na
maior parte das vezes, todo o seu efeito”.
AA, n. 10.
reconhecer a diversidade de carismas, serviços e
ministérios dos leigos. Até mesmo confiandolhes a administração de uma paróquia, em casos
excepcionais, como prevê o Código de Direito
Canônico.







Cuidar demais das estruturas e da prática levou-nos a
muitas formas de ativismo estéril.
A primazia do fazer ofuscou o ser cristão. Há muita
energia desperdiçada em manter estruturas que não
respondem mais às inquietações atuais.
Para desencadear essa participação, é preciso
estimular o funcionamento dos conselhos
comunitários e os paroquiais, bem como a assembleia
paroquial.
Igualmente, o conselho de assuntos econômicos da
paróquia é determinante para o bom funcionamento
e planejamento financeiro da comunidade.
junto com toda a comunidade paroquial, trabalhará
para obter os recursos necessários, de maneira que a
missão avance e se faça realidade em todos os
ambientes.
 superar a mentalidade que prioriza construções e
obras materiais e abdica de investir na formação das
pessoas. DAp, n. 203.
 Paróquias são pessoas jurídicas que precisam prestar
contas a quem as sustenta e ao Estado brasileiro,
 Com gestão qualificada e transparente, de acordo
com as normas contábeis, a legislação vigente, civil e
canônica.






desenvolver fundos de solidariedade entre as
paróquias e comunidades da Diocese.
Paróquias mais antigas e estáveis
economicamente têm o dever missionário de
partilhar seus recursos, para que outras
comunidades possam crescer e se estabelecer.
distribuir melhor o atendimento do clero às
paróquias. Conhecer as demandas e propor uma
melhor proporcionalidade no atendimento
representam um passo decisivo na conversão
pastoral, que exigirá nova mentalidade e missão
dos presbíteros.






persistem linguagens pouco significativas
para a cultura atual, especialmente para os
jovens.
Não descuidar da mutação dos códigos de
comunicação existentes em nossa sociedade
com amplo pluralismo social e cultural.
Buscar novos meios de comunicação,
especialmente as redes sociais para cativar os
jovens é uma tarefa que depende muito da
presença da juventude nas comunidades.






Principalmente nas homilias alicerçadas na
Palavra de Deus e na vida.
cuidar do conteúdo e das técnicas de
comunicação. “
as reuniões de pastoral precisam de uma
linguagem menos prolixa e de uma
metodologia mais clara e envolvente.
Há encontros que se delongam pela falta de
objetividade e clareza.




Saber acolher cada pessoa na sua condição
religiosa e humana sem colocar, de imediato,
obstáculos doutrinais e morais para a sua
chegada.
atitude misericordiosa da Igreja para com
todos. Durante o caminho da fé, a pessoa
será orientada a uma conversão e conhecerá
a doutrina e a moral cristãs.


É no cotidiano da paróquia que aparecem as
dificuldades e as possibilidades para a relação
com as diferentes igrejas e religiões. Os fiéis
católicos participam de iniciativas
ecumênicas como a Semana de Oração pela
Unidade dos Cristãos. Nas celebrações de
batizados, casamentos e exéquias, muitas
vezes, se encontram membros de outras
igrejas e religiões.


A)Criatividade: Adaptar-se aos horários do
movimento urbano: missas ao meio dia,
atendimento do padre à noite, catequese de
crianças e adultos em horários alternativos,
especialmente nas grandes cidades.
B) Pequenas comunidades
favorece os valores do relacionamento interpessoal.
partir de grupos que se reúnem para viver a sua fé,
alimentar sua espiritualidade e crescer na convivência.
 C) Ministérios leigos
 a Igreja, sob inspiração do Espírito Santo, se organiza
com diferentes ministérios.
 D) Formação
 agentes de pastoral preparados para essa nova
mentalidade.
 itinerário que implica uma aprendizagem gradual e
requer caminhos diversificados que respeitem os
processos pessoais e os ritmos comunitários.








a catequese há de ser uma prioridade.
Um novo olhar permitirá uma nova prática.
A catequese, como iniciação à vida cristã,
ainda é desconhecida em muitas
comunidades.
passar da catequese como instrução e adotar
a metodologia catecumenal, conforme a
orientação do RICA e do Diretório Nacional
da Catequese.





abertura para a presença e a atuação dos
jovens na vida das comunidades.
fazer uma opção afetiva e efetiva pela
juventude, considerando suas
potencialidades.
garantir espaços adequados para ela nas
paróquias, com atividades, metodologias e
linguagens próprias, assegurando o
envolvimento e a participação dos jovens





A celebração eucarística seja compreendida
como um real encontro de Cristo com sua
comunidade reunida.
As celebrações litúrgicas favoreçam a
linguagem do Mistério.
Tal função mistagógica da liturgia haverá de
se dar pela escuta da Palavra de Deus.


Sem dispensar as muitas iniciativas já
existentes na prática da caridade, as
paróquias devem cuidar para acolher
fraternalmente todos, especialmente aqueles
que estão caídos na beira do caminho.
Dependentes químicos, migrantes,
desempregados, dementes, moradores de
rua, sem-terra, doentes e idosos etc.
Acolher melhor é uma tarefa urgente de todas as
comunidades paroquiais, especialmente nas
secretarias, superando a burocracia, a frieza, a
impessoalidade e estabelecendo relações mais
personalizadas.
 Oferecer, com maior frequência, o Sacramento da
Reconciliação aos fiéis. O atendimento
individualizado oportunizará um acompanhamento
espiritual e uma orientação para a vida em
comunidade. Daí a necessidade de ampliar os espaços
e tempos do padre para atender mais às pessoas que
buscam a comunidade. Essa missão depende da
urgente alteração da agenda do pároco que pode
delegar funções administrativas para leigos.








A paróquia precisa de uma renovação urgente.
uma nova organização, especialmente
articulada em pequenas comunidades, capazes
de estabelecer vínculos entre as pessoas que
convivem na mesma fé.
Mesmo setorizada, a paróquia depende de uma
nova evangelização, de uma ousadia missionária
capaz de fortalecer o testemunho e estimular o
anúncio.
Isso implica renovar o ministério do pároco,
pastor e animador do povo que lhe foi confiado.

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  • 2.     Aparecida e Santo Domingo : clara opção pela paróquia e pela sua revitalização. DGAE: papel fundamental das paróquias na evangelização. transformar a estrutura da paróquia numa comunidade de comunidades. Fidelidade ao Concílio Vaticano II e retorno à raiz evangélica
  • 3. 1. 2. 3. 4. Referência a vida e a prática de Jesus. Tradição cristã : Teologia da paróquia. Desafios da realidade atual Propostas pastorais
  • 4.      DGAE (2011-2015) Parte de Jesus Cristo Diálogo com a realidade social e pastoral, Acolhida das experiências da prática eclesial. Suscitar reflexões, debates e revisões da prática pastoral.
  • 5. • 1.1 Recuperar a comunidade  No antigo Israel, o clã, a comunidade, era a base da convivência social. No tempo de Jesus, porém, devido à política do Império Romano e ao sistema da religião imperial, a vida comunitária estava se desintegrando. • 1.2 A nova experiência de Deus: o Abbá: bondade, ternura e acolhida de Jesus, reflexos do rosto do Pai • 1.3 A missão do Messias: Boa Nova do Reino é para todos - os pobres. Messias servo da humanidade 
  • 6. • 1.4 A novidade do Reino: todos são irmãos, igualdade entre homem e mulher, poder é serviço, as relações são de amizade; bases no perdão, oração e alegria • 1.5 Um novo estilo de vida comunitária: hospitalidade, partilha, comunhão de mesa e acolhida dos excluídos. • 1.6 O novo modo de ser pastor: acolhe a todos, especialmente os pobres, recupera a dimensão caseira da fé: visita as casas.
  • 7. • 1.7 O ensinamento novo: ligado ao cotidiano da vida, com interatividade ( parábolas) ; parte de sua experiência com o Pai. • 1.8 Nova Páscoa: manhã da ressurreição faz nascer a nova comunidade de discípulos do Crucificadoressuscitado. • 1.9 Pentecostes: o novo povo de Deus: O Espírito Santo é derramado sobre os discípulos e cria os carismas na comunidade, ilumina nas decisões, gera a missão.
  • 8. 1.10. A nova comunidade : baseada em Atos 2,42: perseverantes no ensinamento dos apóstolos, na comunhão ( partilha de bens) , na fração do pão ( Eucaristia) e nas orações.  1.11 A missão: nasce na Páscoa: a experiência do encontro com o Ressuscita implica na missão de anunciar a Boa Nova de Jesus  1.12 A nova esperança: a comunidade eterna  a caminho da Pátria Trinitária: comunidade perfeita no amor. 
  • 9.   A dimensão comunitária é fundamental na Igreja - se inspira na própria Santíssima Trindade - a perfeita comunidade de amor. Sem comunidade, não há como viver autenticamente a experiência cristã. A dimensão comunitária da fé cristã conheceu diferentes formas de se concretizar historicamente, desde a Igreja Doméstica até chegar à paróquia na acepção atual.
  • 10.    Paróquia: grego o substantivo paroikía, significando “estrangeiro”, “migrante”, o verbo paroikein, designando “viver junto a, habitar nas proximidades”, “viver em casa alheia”(cf. Rt 2,1ss) ou “em peregrinação” O Novo Testamento permite identificar os cristãos como peregrinos e, ao mesmo tempo, os seguidores do caminho (cf. At 16,17).
  • 11.   A paróquia, assim, é uma “estação” onde se vive de forma provisória, pois o cristão é caminheiro. Ele segue o caminho da salvação (cf. At 16,17). São Paulo prefere usar a expressão Igreja Doméstica (Domus Ecclesiae), indicando que as comunidades se reuniam na casa dos cristãos.
  • 12.     Paulo apóstolo funda comunidades nas cidades mais importantes do Império. Entra na nova organização social que emergia Modificava o estilo predominantemente rural de ser comunidade a partir da experiência da Palestina. Enquanto as comunidades do cristianismo palestinense eram profundamente itinerantes, a proposta de Paulo passa a um cristianismo que se fixa de forma sedentária.
  • 13.    Roma, o cristianismo adquiriu a forma de uma organização central, cresceu o número de cristãos e as Igrejas Domésticas ficaram abaladas. As assembleias cristãs tornam-se cada vez mais massivas e anônimas. Desaparecem as fronteiras entre comunidade eclesial e sociedade civil e se identifica a paróquia com a igreja paroquial, caracterizada pelo local de reunião, ou o templo. A diocese emerge como expansão das comunidades eclesiais urbanas.
  • 14. surgiram da expansão missionária da Igreja nos pequenos povoados que rodeavam as cidades e passará a ser essencialmente a Igreja instalada na cidade.  Concílio de Trento: não modifica o perfil estrutural da paróquia. insistiu que o pároco resida na paróquia.  Estabeleceu os critérios de territorialidade e propôs a criação de novas paróquias para enfrentar o problema do crescimento populacional.  O Concílio de Trento delineou o modelo “moderno” de paróquia que chegou até nossos dias. 
  • 15.    Código de Direito Canônico de 1917, : menor circunscrição local, pastoral e administrativa. Código de Direito Canônico de 1983 : comunidade de fiéis, constituída de maneira estável e confiada aos cuidados pastorais de um pároco, como seu pastor próprio. O cânone 518, as paróquias são territoriais, ou seja, abrangem todos os fiéis de determinado território. Onde for conveniente, porém, podem ser constituídas paróquias pessoais em razão de rito, língua, etc.
  • 16.   A Igreja de Cristo está presente na Igreja Particular, “esta Igreja de Cristo está verdadeiramente presente em todas as legítimas comunidades locais de fiéis, que unidas com seus pastores, são também elas, no Novo Testamento, chamadas de igrejas”. LG 26 A paróquia, porém, não é a Igreja Particular no sentido estrito, pois ela está em rede com as demais paróquias que formam a diocese, que é a Igreja Particular. Para o Concílio Vaticano II, portanto, a paróquia só pode ser compreendida a partir da Diocese.
  • 17.  1. 2. 3. a passagem do territorial para o comunitário; do princípio único do pároco a uma comunidade toda ministerial; da dimensão cultual para a totalidade das dimensões da comunhão e missão da Igreja no mundo.
  • 18.  Puebla : paróquia lugar de encontro, de fraterna comunicação de pessoas e de bens, de articulação de uma rede de comunidades, tornando-se responsável pelo elo dessas comunidades entre si, com as demais paróquias e com a diocese.
  • 19.   O Documento de Santo Domingo, afirma que “a paróquia, comunidade de comunidades e movimentos, acolhe as angústias e esperanças dos homens, anima e orienta a comunhão, participação e missão”. SD, n.58. Aparecida destaca : a multiplicação das comunidades eclesiais menores e a nova pastoral urbana.
  • 20.   paróquias se transformem “cada vez mais em comunidade de comunidades”. Insiste que a “renovação das paróquias no início do terceiro milênio exige a reformulação de suas estruturas para que seja uma rede de comunidades e grupos capaz de se articular, conseguindo que os participantes se sintam realmente discípulos e missionários de Jesus Cristo em comunhão”. DAp, ns. 99, 179 e 309.
  • 21. “As paróquias têm um importante papel na vivência da fé. Para a maioria de nossos fiéis, elas são o único espaço de inserção na Igreja. Na maioria das vezes, a relação se restringe aos chamados serviços paroquiais, deixando insatisfeito um bom número de pessoas que buscam formas mais comunitárias de viver sua fé. Por isso, independente das inúmeras dificuldades, é urgente que a paróquia se torne, cada vez mais, comunidade de comunidades vivas e dinâmicas de discípulos missionários de Jesus Cristo.”  DGAE, n. 99. 
  • 22.   No sentido teológico-pastoral, É a Igreja que está onde as pessoas se encontram, independentemente dos vínculos de território, moradia ou pertença geográfica. É a casa-comunidade onde as pessoas se encontram. Isso nem sempre fará referência a um espaço determinado. A paróquia pode ser não territorial, ambiental ou de acordo com a escolha da pessoa.
  • 23.       Casa da Palavra comunidade atraída pela voz do seu Senhor, que acolhe e vive a Palavra, sendo a liturgia o lugar privilegiado para essa comunicação Casa do pão Na Eucaristia, se estabelecem as novas relações que o Evangelho propõe a partir da filiação divina que o cristão recebe do Pai em Cristo. A fraternidade é expressão da comunhão com Deus que se estende na comunhão com os irmãos e irmãs. Casa da caridade (ágape) O próprio Senhor disse que “não há maior amor do que dar a vida pelos amigos” (Jo 15,13). A amizade torna-se, então, expressão do ágape, o centro da charitas cristã.
  • 24.    DIFERENTES REALIDADES Há paróquias que não assumiram a renovação proposta pelo Concílio Vaticano II e continuam a concentrar suas atividades principais na liturgia sacramental e nas devoções. Por outro lado, há comunidades preocupadas com a evangelização, mas falta ampliar a ação evangelizadora fortalecendo pequenas comunidades unidas à paróquia.
  • 25.    3.1 âmbito da pessoa: intimismo religioso; mudanças na família 3.2 âmbito da comunidade: a nova territorialidade: do físico ao ambiental; estruturas obsoletas na pastoral; entre o relativismo e o fundamentalismo 3.3 âmbito da sociedade: sociedade póscristã; pluralismo cultural;
  • 26.     As grandes cidades desafiam o atendimento pastoral, especialmente nas periferias. Aumentam as estatísticas daqueles que se declaram sem-religião. Os números revelam apenas a dimensão externa de uma realidade muito mais grave que reflete o esfriamento da fé. Está em crise o sentimento de pertença à comunidade e o engajamento na paróquia.
  • 27. • 4.1 Recuperar as bases da comunidade cristã • Há critérios para reconhecer uma comunidade seguidora de Jesus Cristo : 1. a Palavra de Deus como fonte, 2. a unidade da Igreja em comunhão com os bispos, 3. os sacramentos, 4. compromisso evangelizador e missionário, 5. solidária com os mais pobres.
  • 28. As novas gerações têm necessidade de ser introduzidas na leitura e conhecimento da Palavra de Deus . Evitar o risco de uma abordagem individualista, tendo presente que a Palavra de Deus  Insistir na catequese centrada na Palavra de Deus, expressão maior da animação bíblica da pastoral.  A profundar a relação com a Palavra de Deus, encontra-se nos passos da Leitura Orante da Bíblia 
  • 29.   A “Eucaristia é o lugar privilegiado do encontro do discípulo com Jesus Cristo”. Milhares de comunidades não têm oportunidade de participar da Eucaristia todos os domingos. Elas devem e podem viver o Domingo com a celebração dominical da Palavra, “que faz presente o Mistério Pascal, no amor que congrega (cf. Jo 3,14), na Palavra acolhida (cf. Jo 5,24-25) e na oração comunitária (cf. Mt 18,20)”.
  • 30.   A Igreja, expressão do amor da Trindade, é a comunidade da caridade. O amor ao próximo, radicado no amor de Deus, é um dever de toda a comunidade eclesial “A caridade cristã é, em primeiro lugar, simplesmente a resposta àquilo que, numa determinada situação, constitui a necessidade imediata: os famintos devem ser saciados, os nus vestidos, os doentes tratados para se curarem, os presos visitados, etc.” DCE, n. 31.
  • 31. O reconhecimento da necessidade de formação de comunidades menores é uma tarefa importante no processo de renovação paroquial.  A) A setorização da paróquia  A grande comunidade, praticamente impossibilitada de manter os vínculos humanos e sociais entre todos, pode ser setorizada em grupos menores que favoreçam uma nova forma de partilhar a vida cristã. 
  • 32.    A setorização é um meio. Não basta uma demarcação de territórios, é preciso identificar quem vai pastorear, animar e coordenar esses setores, pequenas comunidades. A formação das lideranças e o apoio da paróquia a essas comunidades são imprescindíveis. Nessa instância, podem ser desenvolvidos muitos serviços e ministérios
  • 33.   “num mundo plural, não se pode querer um único modo de ser comunidade”. São as comunidades ambientais e afetivas que independem do território. São diferentes experiências cristãs que se unem em pontos comuns e, integradas à paróquia, podem constituir uma rede de comunidades.
  • 34.   “Mantendo-se em comunhão com seu bispo, e inserindo-se no projeto da pastoral diocesana, as CEBs se convertem em sinal de vitalidade na Igreja Particular. Atuando dessa forma, juntamente com os grupos paroquiais, associações e movimentos eclesiais, podem contribuir para revitalizar as paróquias, fazendo delas uma comunidade de comunidades.” DAp, n. 179.
  • 35.   São formadas por grupos de moradores de rua, universitários, empresários ou artistas, por exemplo. Os hospitais e as escolas também podem ser comunidades dentro das paróquias. As universidades; consideradas um grande areópago na busca do diálogo entre fé e razão.
  • 36.    reúnem casais, jovens e outras pessoas para propor um caminho para seguir Jesus. Muitos são engajados em comunidades. Outros fazem um caminho mais autônomo. Integrá-los é uma missão para tornar a paróquia mais rica em serviços, ministérios e testemunho.
  • 37.    Geralmente, estão ligadas ao bispo diocesano e precisam estar vinculadas à diocese e ao seu plano de pastoral. É importante integrá-las à paróquia e oferecer oportunidades para crescer na comunhão e missão de toda a Igreja. estejam atentas ao perigo do fechamento e de caminhar de forma paralela com a paróquia e à diocese.
  • 38.    estabelecer relações interpessoais que vençam o anonimato e a solidão. abertura para que outras pessoas se agreguem à comunidade e vivam a experiência de um autêntico encontro com Jesus Cristo Evitar que a comunidade se estruture como uma microparóquia com cadastros, burocracias e serviços que podem ser importantes para a paróquia, mas que não precisam ser repetidos na pequena comunidade.
  • 39.     O centro de toda conversão é Jesus Cristo. Não haverá mudanças no agir se não houver um profundo encontro com Jesus capaz de renovar a pessoa. Somos desafiados a “oferecer a todos os nossos fiéis um encontro pessoal com Jesus Cristo, uma experiência religiosa profunda e intensa”. DAp, n. 226.
  • 40.  Jesus se apresentava como o Bom Pastor que acolhia o povo, sobretudo os pobres. Seu agir revela um novo jeito de cuidar das pessoas. Esse é o desafio de todo aquele que é colocado diante de uma comunidade, principalmente os bispos, párocos e demais presbíteros que atuam na comunidade.
  • 41.    serão os primeiros a fomentar, em toda Diocese, essa revitalização das comunidades que contribui para a renovação paroquial. chamados a estimular e apoiar a revitalização das comunidades de suas Dioceses. os primeiros responsáveis para desencadear o processo da renovação das paróquias, especialmente na missão em direção aos afastados.
  • 42.     O padre não é um mero delegado ou um representante, mas um dom para a comunidade à qual serve. I o padre seja formado para ser o servidor do seu povo; acolher bem as pessoas, exercer sua paternidade espiritual sem distinções, renovando sua espiritualidade para ajudar tantos irmãos e irmãs que buscam a paróquia. Mais disponível para ir ao encontro de tantos sofredores que nem sempre são bem- acolhidos na sociedade.
  • 43.  requer uma vivência mais comunitária do ministério, garantindo a continuidade da ação evangelizadora, especialmente quando o padre é substituído, evitando personalismos e isolamentos em relação à Diocese
  • 44.    se ocupar com a evangelização, a formação dos discípulos missionários, a celebração dos sacramentos que lhe competem e, especialmente, com as obras de caridade da paróquia. Eles atualizarão sua missão visitando os enfermos, acompanhando os migrantes, os excluídos, as vítimas de violência e os encarcerados. Dessa forma, as paróquias não verão a função do diácono reduzida às tarefas litúrgicas, o que seria enfraquecer a riqueza do seu ministério.
  • 45.    reconhecer novas lideranças e multiplicar o número de pessoas que realizam os diferentes ministérios nas comunidades. Não raras vezes, quando ocorre a transferência do pároco, tudo é mudado na comunidade. A caminhada é desrespeitada, e os leigos não se sentem mais membros da comunidade, mas apenas executores de tarefas sobre as quais não podem interferir.
  • 46.  desenvolvem seu apostolado nas paróquias, comprometidos diretamente na ação pastoral, de acordo com seus carismas. Eles também colaboram em obras voltadas para a saúde, a educação e o cuidado das pessoas necessitadas.
  • 47.    “a sua ação dentro das comunidades eclesiais é tão necessária que, sem ela, o próprio apostolado dos pastores não pode conseguir, na maior parte das vezes, todo o seu efeito”. AA, n. 10. reconhecer a diversidade de carismas, serviços e ministérios dos leigos. Até mesmo confiandolhes a administração de uma paróquia, em casos excepcionais, como prevê o Código de Direito Canônico.
  • 48.     Cuidar demais das estruturas e da prática levou-nos a muitas formas de ativismo estéril. A primazia do fazer ofuscou o ser cristão. Há muita energia desperdiçada em manter estruturas que não respondem mais às inquietações atuais. Para desencadear essa participação, é preciso estimular o funcionamento dos conselhos comunitários e os paroquiais, bem como a assembleia paroquial. Igualmente, o conselho de assuntos econômicos da paróquia é determinante para o bom funcionamento e planejamento financeiro da comunidade.
  • 49. junto com toda a comunidade paroquial, trabalhará para obter os recursos necessários, de maneira que a missão avance e se faça realidade em todos os ambientes.  superar a mentalidade que prioriza construções e obras materiais e abdica de investir na formação das pessoas. DAp, n. 203.  Paróquias são pessoas jurídicas que precisam prestar contas a quem as sustenta e ao Estado brasileiro,  Com gestão qualificada e transparente, de acordo com as normas contábeis, a legislação vigente, civil e canônica. 
  • 50.    desenvolver fundos de solidariedade entre as paróquias e comunidades da Diocese. Paróquias mais antigas e estáveis economicamente têm o dever missionário de partilhar seus recursos, para que outras comunidades possam crescer e se estabelecer. distribuir melhor o atendimento do clero às paróquias. Conhecer as demandas e propor uma melhor proporcionalidade no atendimento representam um passo decisivo na conversão pastoral, que exigirá nova mentalidade e missão dos presbíteros.
  • 51.    persistem linguagens pouco significativas para a cultura atual, especialmente para os jovens. Não descuidar da mutação dos códigos de comunicação existentes em nossa sociedade com amplo pluralismo social e cultural. Buscar novos meios de comunicação, especialmente as redes sociais para cativar os jovens é uma tarefa que depende muito da presença da juventude nas comunidades.
  • 52.     Principalmente nas homilias alicerçadas na Palavra de Deus e na vida. cuidar do conteúdo e das técnicas de comunicação. “ as reuniões de pastoral precisam de uma linguagem menos prolixa e de uma metodologia mais clara e envolvente. Há encontros que se delongam pela falta de objetividade e clareza.
  • 53.   Saber acolher cada pessoa na sua condição religiosa e humana sem colocar, de imediato, obstáculos doutrinais e morais para a sua chegada. atitude misericordiosa da Igreja para com todos. Durante o caminho da fé, a pessoa será orientada a uma conversão e conhecerá a doutrina e a moral cristãs.
  • 54.  É no cotidiano da paróquia que aparecem as dificuldades e as possibilidades para a relação com as diferentes igrejas e religiões. Os fiéis católicos participam de iniciativas ecumênicas como a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Nas celebrações de batizados, casamentos e exéquias, muitas vezes, se encontram membros de outras igrejas e religiões.
  • 55.  A)Criatividade: Adaptar-se aos horários do movimento urbano: missas ao meio dia, atendimento do padre à noite, catequese de crianças e adultos em horários alternativos, especialmente nas grandes cidades.
  • 56. B) Pequenas comunidades favorece os valores do relacionamento interpessoal. partir de grupos que se reúnem para viver a sua fé, alimentar sua espiritualidade e crescer na convivência.  C) Ministérios leigos  a Igreja, sob inspiração do Espírito Santo, se organiza com diferentes ministérios.  D) Formação  agentes de pastoral preparados para essa nova mentalidade.  itinerário que implica uma aprendizagem gradual e requer caminhos diversificados que respeitem os processos pessoais e os ritmos comunitários.  
  • 57.     a catequese há de ser uma prioridade. Um novo olhar permitirá uma nova prática. A catequese, como iniciação à vida cristã, ainda é desconhecida em muitas comunidades. passar da catequese como instrução e adotar a metodologia catecumenal, conforme a orientação do RICA e do Diretório Nacional da Catequese.
  • 58.    abertura para a presença e a atuação dos jovens na vida das comunidades. fazer uma opção afetiva e efetiva pela juventude, considerando suas potencialidades. garantir espaços adequados para ela nas paróquias, com atividades, metodologias e linguagens próprias, assegurando o envolvimento e a participação dos jovens
  • 59.    A celebração eucarística seja compreendida como um real encontro de Cristo com sua comunidade reunida. As celebrações litúrgicas favoreçam a linguagem do Mistério. Tal função mistagógica da liturgia haverá de se dar pela escuta da Palavra de Deus.
  • 60.  Sem dispensar as muitas iniciativas já existentes na prática da caridade, as paróquias devem cuidar para acolher fraternalmente todos, especialmente aqueles que estão caídos na beira do caminho. Dependentes químicos, migrantes, desempregados, dementes, moradores de rua, sem-terra, doentes e idosos etc.
  • 61. Acolher melhor é uma tarefa urgente de todas as comunidades paroquiais, especialmente nas secretarias, superando a burocracia, a frieza, a impessoalidade e estabelecendo relações mais personalizadas.  Oferecer, com maior frequência, o Sacramento da Reconciliação aos fiéis. O atendimento individualizado oportunizará um acompanhamento espiritual e uma orientação para a vida em comunidade. Daí a necessidade de ampliar os espaços e tempos do padre para atender mais às pessoas que buscam a comunidade. Essa missão depende da urgente alteração da agenda do pároco que pode delegar funções administrativas para leigos. 
  • 62.     A paróquia precisa de uma renovação urgente. uma nova organização, especialmente articulada em pequenas comunidades, capazes de estabelecer vínculos entre as pessoas que convivem na mesma fé. Mesmo setorizada, a paróquia depende de uma nova evangelização, de uma ousadia missionária capaz de fortalecer o testemunho e estimular o anúncio. Isso implica renovar o ministério do pároco, pastor e animador do povo que lhe foi confiado.