Explicação do Tríptico do Tríptico de Cristo da Missão (Capelinha Missionária) símbolos da Grande missão Continental.
1. Capelinha Missionária
Explicação do Tríptico
O Tríptico de Cristo da Missão ou
Capelinha Missionária é um dos
símbolos da Grande missão
Continental. Obra de Eduardo
Velásquez, artista peruano, o
Tríptico foi um presente do Papa
Bento XVI à Conferência de
Aparecida. (cf. DA, pág, 284).
Nele estão contidos a
espiritualidade e o programa
pastoral característicos que
propõe o lema da V Conferência:
“Discípulos missionários de Jesus
Cristo, para que nossos povos
Nele tenham vida”. “Eu sou o
Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo
14,6). O Tríptico flui da tradição
da arte cuzquenha (de Cusco,
cidade peruana). Com ele se
encontra simbolicamente, em
Aparecida, a cultura andina que
partilham os países do Oceano
Pacífico com o mundo de língua
portuguesa das costas do
Atlântico, ao qual pertence o Santuário Nacional mariano do Brasil.
Bento XVI deixou aos países da América Latina e Caribe um presente de
sua presença, de sua oração, de suas palavras vivificantes e fortes. Junto a
isso está a doação deste tríptico que representa o “Cristo do envio”. O
povo crente o irá recebendo, não somente como uma ilustração de
verdades. Talvez o fará seu e o transformará, pela oração, em um ícone
de sua férvida e confiante devoção, em uma parábola pictórica na
qual se unem o Credo da fé com a pessoa do Sucessor de Pedro.
A Igreja Latino Americana e Caribenha considera como marco inicial
de sua evangelização um ícone: a figura mestiça de Maria de
Guadalupe, representada no manto de São Juan Diego.
Agora Bento XVI retomou essa tradição e entregou aos Bispos participantes
do Encontro em Aparecida, um tríptico evangelizador e devocional.
Nele está contido a espiritualidade e o programa pastoral característico que
propõe o lema da V Conferência: “Discípulos e missionários de Jesus
Cristo, para que nossos povos nEle tenham vida. “Eu sou o Caminho,
a Verdade e a Vida” (Jo 14, 6).
O tríptico flue da tradição da arte cusquenha. Com esse tríptico do Papa se
encontram simbolicamente em Aparecida, a cultura andina que partilha os
países do Oceano Pacífico com o mundo lusófono das costas do Atlântico, ao
qual pertencer o Santuário Nacional Mariano do Brasil. O programa
iconográfico se desenvolve interiormente em oito quadros e em outras
imagens menores.
1. A figura central ocupa uma
representação de Cristo
Ressuscitado, na hora do envio
missionário dos discípulos. A
figura radiante de Jesus preside a
totalidade do tríptico com a auréula
de um sereno triunfo.
E nos rostos dos enviados se
manifesta a plural riqueza do Povo
de Deus.
Há homens e mulheres. Alguns teem
a pele branca. Outros rostos são
mulatos, de indígenas, ou de
mestiços. Ao fundo se vê a cena do
Calvário e dos anjos. E na legenda se
reproduz a autodefinição do Messias,
as palavras do envio discipular: “ide e fazei discípulos a todos os povos” (Mt
28,19) e a solene entrega à Mãe do Senhor a sua Igreja.
2. À luz do milagre de Caná se assinala,
catequeticamente, o imperativo pastoral de mobilizar
o amor a Maria por parte dos fiéis chamados a uma
obediência irrestrita à vontade de Jesus: “fazei tudo
o que ele vos disser”. A figura dos esposos, destaca
a grandeza do sacramento do matrimônio. As jarras
de vinho expressam a alegria dos discípulos que,
“pela manifestação da glória..., Creram nEle”.
3. Vocação dos primeiros. Pedro, André, Tiago e
João são chamados.
As palavras de escolha de Jesus recebem uma
resposta humilde de Pedro que se sente indigno para
seguir a vocação de Apóstolo. A partir de então
serão pescadores de homens. Os quatro escolhidos
aceitam remar mar adentro e lançar as redes
somente “no teu nome”. O resultado é uma
abundância milagrosa. Deixam tudo. Começam o
caminho de seguimento discipular.
4. A multiplicação dos pães. O verde da relva
recorda o que aconteceu na primavera. Cristo
estende o poder de sua misericórdia, fazendo
abundante o alimento escasso alimento inicial.
Porém não é Ele quem entrega o pão à multidão –
“dai-lhes vós mesmos de comer”. Os discípulos
possuem a tarefa de atender aos necessitados.
Ressoa aqui uma urgência inadiável. É o imperativo da Igreja Latino
Americana e do Caribe atender aos pobres e marginalizados, “seja no
socorro de suas necessidades mais urgentes, como também na defesa de
seus direitos” (Homilia dos Bispos em 11 de maio).
2. 5. Encontro com os discípulos de Emaús.
Essa cena mostra como Jesus mesmo entra
no dinamismo peregrinante da Igreja.
Durante o caminho, Ele explica as Escrituras.
E na mesa de Emaús, o Ressuscitado parte e
compartilha o pão. Iconograficamente a
atenção se focaliza na centralidade da Palavra
e da Eucaristia. O texto da legenda registra a
intensidade do encontro do discípulo com seu
Mestre. É um ardor contemplativo que levará
a um novo trajeto missionário na direção de
Jerusalém.
6. A vinda do Espírito Santo. É o
nascimento da Igreja. Os Apóstolos se
congregam em torno de Maria Mãe. Pedro tem
as chaves, como símbolo do seu encargo
específico no Colégio Apostólico. “Todos
ficaram cheios do Espírito Santo”. Aparecem
as mulheres, delas fala o Livro dos Atos.
Unidade na comunhão do Espírito Santo.
Variedade de carismas. Somente pela força
divina que o Paráclito lhes concede, poderão
assumir a missão confiada.
7. Os discípulos de Jesus evangelizam.
Acontece agora. Os discípulos entram na vida
de ‘nossos povos”. A evangelização acontece
no diálogo cotidiano. Os discípulos e os
missionários do século XXI prolongam o amor
e o compromisso de São Juan Diego de
Guadalupe, com a Bíblia na mão. Em seu
manto vai, impressa pelo céu, a imagem da Virgem
8. O Pai Eterno e o Espírito Santo.
Coroa o tríptico uma imagem do Pai de
Jesus Cristo. É mostrado unido ao
Espírito, ao Senhor Ressuscitado. Com
esse arremate, todo o tríptico alcança
um evidente caráter trinitário, tal como
era usado nos retábulos da primeira
evangelização. Se indica assim qual é a
fonte e o destino da história humana.
Assim o Deus Uno e Trino é proposto
como a suprema realidade de amor, na
qual se sustentam e inspiram todas as
formas de comunhão e solidariedade
que brotam do Evangelho.
9. Nas bordas laterais superiores dos painéis abertos, aparecem dois
santos emblemáticos do primeiro século do cristianismo na América (sem
dúvida, deve-se por isso!). Um é o grande missionário vindo de Espanha,
São Turíbio de Mongrovejo. O Bispo místico realizou uma gigantesca
obra evangelizadora partindo de sua Sede em Lima.
A outra figura é Rosa de Lima. Representa a recepção do Evangelho por
parte dos crioulos americanos. Essa leiga nascida em uma família de origem
dominicana, chegou a alto cume de intimidade esponsal com Cristo e de
heróica caridade com os pobres.