1) O documento apresenta subsídios para formação de base nas comunidades da Prelazia de São Félix do Araguaia sobre temas como a Bíblia, o Natal, a Quaresma e a Páscoa.
2) Inclui um roteiro para reflexão sobre o documento do Concílio Vaticano II "Gaudium et Spes" e como viver os ensinamentos da Igreja.
3) Tem como objetivo ajudar na evangelização e no aprofundamento da fé nas comunidades através da oração, partil
3. Querida irmã, querido irmão,
Este livrinho quer nos ajudar a conhecer melhor um dos
documentos mais importantes do Concílio Vaticano II, a Gaudium et
Spes. Trata-se de um documento que quer orientar a vida da Igreja
no mundo atual.
Gaudium et Spes são as palavras com que começa o documento na
língua latina e significam: as alegrias e as esperanças. A Igreja
quer se aproximar de cada homem e de cada mulher com o desejo de
partilhar alegrias e esperanças, sofrimentos e dores. Sair para
encontrar, visitar, partilhar, conversar... é o compromisso da
Igreja depois do Concílio Vaticano II.
Com este subsídio queremos nos ajudar a sermos Igreja de Jesus:
uma Igreja que respira e vive o Evangelho, uma Igreja atenta aos
sinais dos tempos, uma Igreja respeitosa de todas as pessoas, uma
Igreja que tem muito a aprender, uma Igreja que acredita na família,
uma Igreja atenta ao bem comum, uma Igreja em diálogo, uma Igreja
que quer construir um mundo novo, uma Igreja chamada a construir
a paz universal, uma Igreja que faz a opção pelos excluídos.
Que Deus dê a nós e a toda a Igreja a coragem de escutar a voz do
Espírito Santo que nos impele à missão.
Boa missão!
A equipe da formação de base
OBS. Os textos da Gaudium et Spes foram adaptados com o desejo de
serem mais simples. Para quem quer aprofundar mais convidamos ler
na íntegra o documento.
3
4. Oração de abertura e acolhida
O dono da casa dá as boas vindas e acolhe com o maior carinho possível os participantes
do encontro. Canto n° 1 ou 2 na página 51.
A. – Estamos reunidos em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
O encontro continua nas páginas seguintes.
T. – Amem.
A. – Podemos começar o nosso encontro com muita simplicidade
fazendo a recordação da vida e colocando diante de Deus as nossas
alegrias e os nossos sofrimentos...
Continua nas páginas seguintes.
Oração final
A. – Antes de terminar colocamos diante de Deus as nossas preces.
Deus, escuta a nossa oração como uma mãe escuta e atende o pedido do
filho. Podemos repetir: Caminha com a Tua Igreja, Senhor!
(Intenções livres)
T. – Pai Nosso que estais nos céus.
A. – Concedei que nós, vossos filhos, construamos uma nova sociedade,
de paz e fraternidade e não de violência e morte.
T. – Santificado seja o vosso nome.
A. – Para que em vosso nome, Senhor, não haja abuso, opressão, mas
solidariedade e louvor.
T. – Venha a nós o vosso Reino.
A. – Não o reino do medo, do poder, do consumismo, mas aquele que o
teu Filho nos mostrou.
T. – Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.
A. – Que a terra seja dom de todos.
T. – O pão nosso de cada dia nos dai hoje.
A. – O pão da paz, do emprego, dos direitos básicos para qualquer ser
humano, o pão da justiça e da dignidade.
T. – Perdoai as nossas ofensas.
A. – Que os nossos interesses pessoais não sejam o que movem a
sociedade. Que sejam mudados nossos lamentos em cantos de alegria,
os punhos fechados em mãos abertas, os choros dos órfãos em sorrisos.
T. – Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.
A. – Transformai em nós os sentimentos de egoísmo, pela confiança do
perdão do Senhor que é muito maior que a nossa capacidade de
perdoar!
4
5. 5
T. – E não nos deixeis cair em tentação.
A. – A tentação do conformismo, do não fazer nada, a tentação da
recusa em trabalhar convosco na procura de justiça e paz.
T. – Mas livrai-nos do mal.
A. – De não sermos irmãos para nosso irmão e irmã.
T. – Amém!
A. – Que assim seja, Senhor, por vossa vontade, pois vosso é o Reino, o
poder e a glória!
A. – O Senhor nos abençoe e nos guarde! T. – Amém!
A. – O Senhor faça brilhar sobre nós a sua face e nos seja favorável!
T. – Amém!
A. – O Senhor dirija para nós o seu rosto e nos dê a paz! T. – Amém!
T. – Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
A. – Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.
T. – Para sempre seja louvado!
O encontro pode terminar com a Oração da família n° 3 na página 51.
Orientações para o uso do subsídio
1. É bom que cada paróquia ou comunidade faça uma reunião com os
animadores antes de iniciar o estudo deste subsídio. Esta reunião
servirá para estudar este subsídio e avaliar como foram feitos os
encontros do subsídio anterior.
2. É bom que cada comunidade escolha uma celebração para fazer a
apresentação e o envio dos animadores dos grupos. È também oportuno
escolher uma data para a celebração conclusiva que pode ser em nível de
comunidade. No final do subsídio tem uma sugestão de celebração.
3. É bom que o animador prepare cada encontro com antecedência,
prevendo o ambiente necessário a cada reunião. Se possível os leitores
sejam escalados com antecedência para treinar na leitura. Uma pequena
mesa com a Bíblia, água, velas e um crucifixo e outros sinais da nossa fé
podem ajudar no clima de oração. Não se esqueçam de escolher os
cantos para animar o encontro (no final deste subsídio encontram
algumas sugestões). No momento da reflexão o animador deve ajudar a
todos a darem sua opinião, participando.
4. É bom que alguém passe de casa em casa para convidar as pessoas
lembrando o dia, o horário e o local da reunião. É importante convidar
pessoas novas: não custa repetir o convite com simpatia às pessoas que
ainda não participam. A última página deste subsídio pode ajudar sendo
6. possível recortá-la e colá-la num lugar bem visível.
5. É bom convidar os participantes para trazerem a Bíblia. Evitem-se
conversas e comentários sobre assuntos inconvenientes. O encontro
deve ser algo esperado e desejado por todos.
O AMBIENTE dos encontros é o lugar onde vivemos: casa, oficina, firma,
comunidade, escola... É bom que o grupo se reúna num ambiente
anteriormente preparado, tendo no centro alguns sinais que possam
ajudar: flores, fotos da vida da comunidade, lembranças de momentos
de partilha, símbolos ...
ORAÇÃO DE ABERTURA E ACOLHIDA (página 4) A celebração começa
com as boas vindas, a acolhida carinhosa dos participantes e, se for
necessário, a apresentação dos participantes no encontro. Cuidar de
forma especial dos que participam pela primeira vez.
INTRODUÇÃO. Cada roteiro começa com uma introdução ao tema em
que são destacadas as ideias mais importantes do encontro. Aqui
encontramos o texto da Gaudium et Spes que anima o encontro.
TRES IDEIAS PARA ENTENDER E PENSAR. A cada encontro são
apresentadas três ideias tiradas do texto da Gaudium et Spes para focar
melhor o tema do encontro.
UMA PERGUNTA PARA CONVERSAR. É o momento da partilha e da
conversa em grupo.
SALMO. A nossa vida partilhada é colocada diante de Deus com as
palavras dos Salmos. Palavras que o mesmo Jesus usava para rezar.
Palavras que nos colocam numa longa história de oração em que
mulheres e homens de todos os tempos apresentam a Deus alegrias e
sofrimentos, esperanças e decepções.
UMA PALAVRA QUE QUER NOS INCOMODAR. É a alma da nossa
oração. A Palavra de Deus vai iluminar a realidade da vida, do dia-a-dia.
Nos roteiros colocamos somente uma frase da Palavra de Deus. O grupo,
porém, está convidado a ler o trecho completo na Bíblia. Quem vai
proclamar a Palavra de Deus se prepare com um carinho todo especial: o
que vai proclamar é Palavra de Deus! Depois da leitura é bom deixar um
tempo de silêncio para a meditação. A Palavra de Deus sugere sempre
um compromisso. É bom em grupo nos ajudar a traduzir em gestos
concretos as nossas reflexões.
ORAÇÃO FINAL (página 4). É o momento em que recolhemos os frutos
do encontro para levá-los às nossas casas. Acolhendo a bênção de Deus,
nos tornamos também uma bênção para as pessoas que encontraremos
no nosso dia-a-dia. Antes da bênção, pode ser bom mais um momento de
partilha para gravar no coração uma frase, um gesto, uma experiência
que marcou o encontro.
6
7. 7
Nestes nossos encontros queremos nos deixar conduzir por
algumas páginas do documento Gaudium et Spes do Concílio
Vaticano II. Com estas palavras (na língua latina) começa o
documento mais voluminoso que o Concílio nos deixou para
orientar a Igreja no mundo atual. Gaudium et Spes significa: “As
Alegrias e as esperanças”.
Ajudada por este documento, a Igreja, conseguiu perceber, de
forma bastante honesta, quais têm sido as alegrias e as esperanças
que o Espírito Santo animou na vida das comunidades e retomar a
caminhada com renovado entusiasmo.
Foi uma virada histórica e uma mudança de passo. Com o Concílio,
a Igreja assumiu a caminhada para o Reino como Povo de Deus. A
Igreja, sonhada pelo Concilio Vaticano II caminha partilhando as
alegrias e os sofrimentos da humanidade.
Algumas pessoas mais de idade lembram como era a Igreja antes do Concílio.
1. UMA IGREJA QUE RESPIRA
E VIVE O EVANGELHO
Introdução
10. 10
Uma Igreja que se entrega
Era uma vez um boneco de sal. Após perguntar por terras
candentes e áridas, chegou a descobrir o mar que jamais vira e, por
isso, não podia compreender. Perguntou o boneco de sal: “Quem és
tu?” E o mar respondeu: “Eu sou o mar”. Tornou o boneco de sal:
“Mas quem é o mar?” O mar respondeu: “Sou eu”. “Não entendo”,
disse o boneco de sal. “Como poderia compreendê-lo, porque
gostaria muito?” O mar respondeu: “Toque-me”. Então o boneco de
sal, timidamente, tocou o mar com as pontas dos dedos do pé.
Percebeu que aquilo começou a ser compreensível. Mas logo se
deu conta: “Veja só, desapareceram as pontas de meus pés. Que me
fizeste, ó mar?” O mar respondeu: “Você me deu alguma coisa para
que eu pudesse compreender”. E o boneco de sal começou a entrar
lentamente para o mar, solene e devagar como quem vai fazer o ato
mais importante de sua vida. Na medida em que entrava ia-se
diluindo. E nessa mesma medida tinha a impressão de conhecer
mais e mais o que é o mar. Até que uma onda tragou totalmente o
boneco de sal.
Pensamos que a Igreja respira e vive do Evangelho: as nossas
comunidades se deixam transformar pelo Evangelho?
Contos para pensar Canto: sugestões nas páginas 51 e seguintes
Leitura de Lc. 10,25-37
A. – Vamos repetir no nosso coração: “Vá e
faça a mesma coisa!”
Momento de silêncio e oração pessoal.
A. – O que Deus quer nos dizer com esta
Palavra?
Conversa em grupo.
A. – As palavras convencem, mas os
exemplos arrastam! A Palavra de Deus nos
convida a um gesto concreto: o que podemos
fazer?
Conversa em grupo.
Uma Palavra
que quer
nos incomodar:
Lc 10,25-37
11. 11
Continuamos a nossa caminhada procurando acolher a nova
imagem de Igreja que nos oferece o documento Gaudium et Spes. O
Concílio estabelece um critério fundamental para a caminhada da
Igreja: a atenção aos sinais dos tempos e sua interpretação à luz do
Evangelho junto com a humanidade.
‘Sinais dos tempos’ é uma expressão que quer destacar a ação
de Deus na nossa história: Deus continua trabalhando para que
este nosso mundo seja a cada dia um mundo melhor. Uma Igreja
atenta aos sinais dos tempos é uma Igreja que procura dia após dia
Deus presente no coração de cada pessoa e nos acontecimentos da
história.
“Para dar continuidade a missão de Jesus é dever da Igreja investigar
a todo o momento os sinais dos tempos e interpretá-los à luz do
Evangelho; para que assim possa responder, de modo adaptado em
cada geração, às eternas perguntas dos homens acerca do sentido da
vida presente e da futura, e da relação entre ambas. É, por isso,
2. UMA IGREJA ATENTA
AOS SINAIS DOS TEMPOS
Introdução
12. 12
É necessária muita sabedoria para saber ler os sinais
dos tempos e enxergar o bem que está brotando. Trata-se de
um olhar positivo sobre o mundo criado por Deus, apesar do mal: o
jeito da Igreja, mais acolhedor e aberto para escutar todas as
realidades humanas, a ajuda a enxergar primeiramente o positivo.
No mundo, o Espírito Santo trabalha, têm sinais da presença e da
ação de Deus.
Uma Igreja que ama não uma Igreja que julga: eis o
sonho do Concílio. A Igreja que ama aprende diariamente a ver e
valorizar o bem espalhado nas mais diferentes realidades. Quantas
coisas boas acontecem sem fazer barulho? São muitas! Uma Igreja
que ama sabe que tudo o que é bom vem de Deus: por isso valoriza
tudo o que é bom sem preconceitos.
A Igreja vive no mundo aberta às novidades que
acontecem porque sabe que todo acontecimento bom é animado
pelo Espírito Santo e conduz ao Pai. Deus continua cuidando da
vida e da história da humanidade e espalha sementes de bem em
cada cultura, povo, língua e nação. A Igreja aprende aos poucos a
descobrir e valorizar as pérolas preciosas que Deus colocou no
mundo.
Refrão 372
Três Ideias para entender e pensar
A nossa comunidade está atenta aos sinais dos
tempos? Conseguimos enxergar a ação do Espírito
Santo que trabalha para fazer deste mundo um
mundo melhor? O que estamos fazendo para nos
ajudar a fazer o bem?
Quais os maiores desafios de nossa comunidade?
Quais as coisas novas que tem nos ajudado a
caminhar segundo a vontade de Deus?
Uma
pergunta
para
conversar
necessário conhecer e compreender o mundo em que vivemos, as
suas esperanças e aspirações, e o seu caráter tantas vezes
dramático.” (GS4)
Podemos cantar o refrão:
Quando Tu, Senhor, teu Espírito envias,
Todo mundo renasce, é grande a alegria
15. 15
No Concílio Vaticano II a Igreja fez uma avaliação sobre si mesma e sobre
a sua missão. Com o documento Gaudium et Spes a Igreja faz uma súplica
a Deus para que possa ser testemunha do compromisso e da esperança
para com a vida de todas as pessoas e povos. A Igreja afirma
solenemente que não quer ter uma postura distanciada da vida concreta
dos seus fiéis, mas buscar uma compreensão e envolvimento com todas
as situações onde a dignidade humana era violada. O desejo da Igreja é
uma continuidade da vontade de Jesus, que foi e é estar sempre junto da
vida do povo, caminhando e lutando junto, libertando-se das angústias e
cuidando sempre da dignidade de cada pessoa.
A Igreja começou se interessar com as coisas do mundo e curar
aquela ferida que a separava das pessoas com que vivia. O Concílio
quer uma Igreja respeitosa com cada pessoa humana porque é para
salvar os homens e as mulheres que Jesus veio no mundo. E é para servir
a missão de Jesus que a Igreja foi criada e existe.
“É a sociedade humana que deve ser renovada. É, portanto, a pessoa
considerada em sua unidade e totalidade, corpo e alma, coração e
consciência, inteligência e vontade, que será o eixo de toda
explanação deste documento. A Igreja, certa de que em cada pessoa
3. UMA IGREJA RESPEITOSA
DE CADA PESSOA HUMANA
Introdução
16. 16
A Igreja coloca a pessoa no centro da própria ação e
missão. É a dignidade humana vivida na história o eixo norteador
do diálogo que a Igreja quer estabelecer com o mundo. A Igreja
está a serviço de uma vida melhor para que todo ser humano tenha
vida e vida em abundância.
O homem e a mulher foram criados à imagem e
semelhança de Deus. Através de Jesus tornam-se irmãos uns
dos outros. Jesus viveu a nossa mesma vida trabalhou com mãos
humanas, pensou com inteligência humana, agiu com vontade
humana. A humanidade, obra de Deus, mas escravizada pelo
pecado, precisa ser libertada do mal que a oprime. Por isso a Igreja,
atenta a cada mulher e a cada homem, não pode ter medo de
chamar a atenção às situações de pecado que atentam a dignidade
humana.
Respeitar as pessoas significa respeitar a consciência
de cada homem e cada mulher porque a pessoa não pode se
voltar ao bem a não ser livremente. Nunca o anúncio do Evangelho
deve violar a consciência! Ao mesmo tempo que respeita a
liberdade, a Igreja chama a atenção para a igualdade e a
responsabilidade que cada ser criado tem em deixar este mundo
melhor de como o achou.
Três Ideias para entender e pensar
A nossa comunidade se sente responsável pela vida
de cada pessoa? Conseguimos respeitar todas as
pessoas, também aquelas que vivenciam o
Evangelho de forma diferente da nossa? O que
estamos fazendo para as pessoas terem mais
dignidade e uma vida melhor?
Uma
pergunta
para
conversar
está presente Deus, se coloca a disposição da humanidade para
cooperar ao fim de instaurar a fraternidade universal. É a pessoa
humana que deve ser salva.” (GS 3)
Podem cantar:
Seu nome é Jesus Cristo e passa fome e grita pela boca dos famintos e a
gente quando o vê, aperta o passo, as vezes pra chegar depressa à igreja.
Seu nome é Jesus Cristo e está sem casa e dorme pelas beiras das
calçadas, e a gente quando o vê, passa adiante, e diz que ele durmiu
embriagado
Entre nós está e não o conhecemos,
entre nós está, e nós o desprezamos.
18. 18
tropeçou em uma pedra e caiu. Ao cair chorou, e ao chorar teve
socorro.
Um senhor que estava ali, vendo a criança em desespero,
aproximou-se e sentou-se carinhosamente ao seu lado.
- Você está bem?- disse o homem.
- Eu caí quando tentava chegar ao jardim. Caí e estou triste, acho
que vou desistir de ir para lá. – disse a criança chorando.
O homem olhou penalizado e com doçura disse:
- Meu bem, um dia, há muito tempo, eu também caí ao buscar o
jardim. Caí, e não mais me levantei, eu desisti. Desisti do motivo
maior que me impulsionava. A chama que havia em meu peito
gritava: “Vá, acredite!”
Mas eu não fui. Caí e desisti. Abandonei o que minha alma tanto
buscava. Sofri e aprendi. Ouça: Ali na frente, você vê um jardim.
Você sente que é lá que você prefere estar. Uma voz dentro de você
diz: “Seja, vá, acredite!” Mas, lembre-se filho, sempre haverá pedras
em seu caminho.
A criança, mais calma, olhou para o homem e perguntou:
- Porque as pedras? O caminho não poderia estar livre?
O homem olhou nos olhos da criança, um olhar tão sincero e
sereno que a criança sentiu-se amparada e protegida, então o
homem falou:
- Todos podem chegar ao jardim… Todos. Mas as flores são
sensíveis e delicadas. Por isso precisam ser protegidas de pessoas
despreparadas que poderiam destruí-las.
A natureza colocou pedras no caminho para permitir que só
aqueles que tiverem a sensibilidade de entender que as pedras não
foram feitas para impedir a chegada, mas para serem contornadas,
cheguem até lá!
A criança enxugou as lágrimas, levantou-se e continuou em busca
do jardim.
Você não vai desistir de ir ao encontro do seu jardim, só porque
algumas pedras estão aí no seu caminho. Retire-as e vá em frente.
Todos podem chegar…depende só de você.
Quando encontrar o jardim, não esqueça de dar uma flor para
quem você ama.
Pensamos: a Igreja é para todos, depende de nós chegar e ficar
a vontade nela!
Contos para pensar
19. 19
A Gaudium et Spes foi o último documento promulgado antes do
encerramento do Concílio Vaticano II. Uma porta se abriu para que
a Igreja pudesse sair e percorrer as estradas do mundo. Com os
padres conciliares (aqueles que participaram diretamente do
Concilio) a Igreja saiu para alcançar as pessoas mais distantes
e anunciar o Evangelho do Reino. Saiu com o desejo de
encontrar homens e mulheres, conversar, entender, aprender,
trabalhar e servir.
“A Igreja não ignora quanto recebeu da história e da evolução do
gênero humano. A experiência dos séculos passados, os progressos
científicos, os tesouros encerrados nas várias formas de cultura
humana, os quais manifestam mais plenamente a natureza do
homem e abrem novos caminhos para a verdade, aproveitam
igualmente à Igreja. Ela aprendeu, desde os começos da sua história,
a formular a mensagem de Cristo por meio dos conceitos e línguas
dos diversos povos.”
“Para aumentar este intercâmbio a Igreja necessita da ajuda
daqueles que, vivendo no mundo, conhecem bem o espírito e
conteúdo das várias instituições e disciplinas, sejam eles crentes ou
não. É dever de todo o Povo de Deus e, sobretudo dos pastores e
4. UMA IGREJA QUE
TEM MUITO A APRENDER
Introdução
20. 20
Ao longo da história a Igreja aprendeu muito! O encontro
com novas culturas enriqueceu e enriquece a missão da
Igreja. Acolhendo povos diferentes e dialogando com eles a Igreja
não perde nada e a sua missão evangelizadora ganha muito. O
progresso cientifico ofereceu novos instrumentos para entender e
viver o Evangelho.
A Igreja está ciente de que não sabe tudo, mas tem
muito a aprender. Por isso convida cada cristão e se compromete
ela mesma a escutar, ouvir e entender melhor o que acontece. Para
anunciar o Evangelho faz-se necessário conhecer a cultura em que
as pessoas vivem, a língua que falam, os costumes e as tradições
que as animam. Com jeito humilde a Igreja quer aprender!
A Igreja quer aprender a trabalhar em conjunto, juntar
forças, para que a ação evangelizadora alcance o seu objetivo: que
Jesus seja conhecido, seguido e amado por todos os povos. A Igreja
pode aprender também das pessoas que a hostilizam e perseguem.
Três Ideias para entender e pensar
A nossa comunidade tem consciência que tem ainda
muito a aprender? Aceitamos quem tem ideias
diferentes e não pensa como nós? O que estamos
fazendo para entender o que está acontecendo e
acolher as novidades da sociedade em que vivemos?
Uma
pergunta
para
conversar
teólogos, com a ajuda do Espírito Santo, saber ouvir, discernir e
interpretar as várias linguagens do nosso tempo, e julgá-las à luz da
palavra de Deus, de modo que o Evangelho possa ser cada vez mais
intimamente percebido, melhor compreendido e apresentado de um
modo conveniente.” (GS 44).
Podem cantar:
Eu quero ver, eu quero ver acontecer
o sonho bom, sonho de muitos, acontecer.
A. - Conforme a promessa deste salmo “o Messias não foi abandonado no
túmulo, e seu corpo não chegou à corrupção” (At. 2,31). Os levitas antigos
não recebiam propriedade. O Senhor Deus devia ser a porção que eles
herdavam. Hoje, retomando o canto deles, peçamos ao Senhor que ele
22. 22
Temos muito que aprender
Conta-se de um próspero fazendeiro, dono de muitas
propriedades, que estava enfermo. Algo que lhe preocupava muito
era o clima de desarmonia que reinava entre seus filhos.
Certo dia chamou os filhos para lhes comunicar as suas decisões:
“Como vocês sabem eu estou velho e cansado e creio que não me
resta muito tempo de vida. por isso vos chamei aqui para avisá-los
que vou deixar todos os meus bens para apenas um de vocês”
Os filhos, surpresos, se entreolharam. O pai continuou: “Vocês
estão vendo aquele feixe de gravetos ali, encostados naquela
porta? Aquele que conseguir partir o feixe ao meio, apenas com as
mãos, este será o meu herdeiro!”
Cada um dos filhos teve a sua chance de tentar quebrar o feixe, mas
nenhum, por mais esforço que fizesse, foi bem sucedido na sua
tentativa. Indignados com o pai começaram a reclamar. O velho
fazendeiro pediu o feixe e foi retirando um a um os gravetos,
quebrando-os, separadamente, até não mais restar um único
graveto inteiro. E depois concluiu: “Eu não tenho o menor interesse
em deixar os meus bens para um só de vocês. Eu quero que vocês
juntos sejam os sucessores do meu trabalho, com garra, dedicação
e acima de tudo repletos de amor. Enquanto vocês estiverem
unidos, nada poderá por em risco tudo o que consegui para vocês.
Nada, nem ninguém os quebrará. Mas separadamente vocês são
frágeis quanto cada um destes gravetos.
Pensamos: Temos muito a aprender! Juntamo-nos em volta de
Jesus!
Contos para pensar
“AQUELE QUE, PELA VIRTUDE QUE OPERA EM NÓS,
PODE FAZER INFINITAMENTE MAIS
DO QUE TUDO QUANTO PEDIMOS OU ENTENDEMOS,
A ELE SEJA DADA GLÓRIA NA IGREJA E EM CRISTO JESUS,
POR TODAS AS GERAÇÕES DA ETERNIDADE”.
(EF. 3, 20-21).
23. 23
O Concílio nos diz que a Igreja acredita na família como célula da
sociedade. A família é o berço da vida e do amor, onde o ser
humano nasce e cresce. O bem estar da pessoa e da sociedade
depende muito do bem estar das famílias. A Igreja se alegra com
tudo o que fortalece a família e apóia todas as ações que
favorecem a valorização desta instituição fundamental da
sociedade.
Na família as novas gerações fazem a primeira experiência de
Igreja e aprendem a conviver juntos em comunidade. A Família é
escola de humanidade e escola de fé. O futuro da humanidade
passa pela família.
“A família é uma escola de valorização humana. Para que esteja em
condições de alcançar a plenitude da sua vida e missão, exige, porém,
a comunhão de almas, o comum acordo dos esposos e a diligente
cooperação dos pais na educação dos filhos. A presença ativa do pai
5. UMA IGREJA QUE
ACREDITA NA FAMÍLIA
Introdução
24. 24
A família é escola de humanidade e escola de fé. Nela as
novas gerações conhecem os valores que constroem a sociedade,
aprendem a ser homem e mulher, a se relacionar, a viver as alegrias
e a enfrentar as dificuldades. Na família as pessoas fazem a
primeira experiência de Igreja, conhecem e amam a Deus criador
que em Jesus vem para nos salvar e com o dom do Espírito Santo
nos dá a força necessária para construir a sociedade do amor.
A família é o berço da vida e do amor. A Igreja quer
defender o bem supremo do ser humano que é a vida,
especialmente quando é frágil e vulnerável. Na família o ser
humano é acolhido, respeitado, amado em todos os momentos da
sua existência. A Igreja convida com força todas as pessoas e todas
as instituições a tomar a sério a família e fazer o possível para que
tenha o necessário para desenvolver a sua missão.
A família é o caminho da Igreja, porque é o lugar onde
nascem e crescem o homem e a mulher. A família é o lugar onde o
Filho de Deus entrou na história e aprendeu a viver como todos
nós. A família é o lugar onde nascem e crescem as vocações para o
bem da sociedade e do povo de Deus.
O papa Francisco exclama “Mãe é mãe, não existe mãe solteira!” Nesse
sentido, somos convidados a olhar com carinho e igualdade para as
famílias que tiveram que encontrar uma outra forma senão a tradicional
par viver, são mulheres batalhadoras que assuem o papel de pai também.
Três Ideias para entender e pensar
A nossa comunidade dá importância às famílias?
Acreditamos que a família é célula da sociedade onde
fazemos a primeira experiência de comunidade? O
que estamos fazendo para acompanhar as famílias
que estão em dificuldades?
Uma
pergunta
para
conversar
contribui poderosamente para a formação dos filhos, mas é
necessária também assegurar a presença da mãe, da qual os filhos,
sobretudo os mais pequenos, têm tanta necessidade, sem esquecer a
legítima promoção social da mulher. Os filhos sejam educados, em
condições morais, sociais e econômicas favoráveis, de tal modo que,
chegados à idade adulta, sejam capazes de seguir com inteira
responsabilidade a sua vocação, seja ela a vida consagrada e
religiosa ou a constituir uma família própria.” (GS 52)
Podem cantar o refrão do canto n° 3 na página 51.
27. 27
Com o Concílio a Igreja tomou consciência que devia sair das
sacristias para estabelecer um diálogo com a cultura e a sociedade
em que vivia. Fazia-se necessário percorrer novos caminhos para
ir além do medo das novidades. A Igreja devia juntar forças com
todas as realidades que trabalhavam em prol do bem comum
dando mais confiança e liberdade aos leigos.
O bem comum nos diz o Concílio é “O conjunto das condições de
vida social que permitem, tanto aos grupos, como a cada membro,
alcançar mais plenamente e mais facilmente a própria realização”.
Hoje são muitas as instituições que trabalham para a promoção
humana e cuidam de forma especial dos pobres, das necessidades
da família, dos excluídos, das mais diferentes realidades que
necessitam de atenção e oferecem exemplos de proximidade à
humanidade sofredora.
Promover o bem comum, numa sociedade onda cada um olha para
as suas necessidades significa renunciar a uma vida egoística para
6. UMA IGREJA
ATENTA AO BEM COMUM
Introdução
28. 28
Os bens da terra são destinados por Deus a todas as
pessoas. Deus criou o homem e a mulher e lhe entregou o mundo
para que cuidasse dele e para que nada lhe faltasse do que é
importante para a vida. Tudo o que possuímos, recebemos de Deus
para ter uma vida boa e feliz para nós, para a nossa família e para
que aprendamos a partilhr com os que precisam. Nada é meu, mas
tudo é nosso!
Os cristãos têm o dever de colaborar com todos os
homens e mulheres de boa vontade na construção de um
mundo mais humano. Trabalhando a terra, para que a
humanidade tenha alimentos, participando conscientemente da
vida social, para que haja mais justiça, dedicando-se as várias
disciplinas e tarefas que ajudam a ter mais dignidade, o homem e a
mulher estão cumprindo a vontade de Deus.
Para garantir o bem comum homens e mulheres se reunem
numa comunidade maior que é a sociedade civil. A sociedade, a
economia, a política existem a serviço do bem comum. Todos nós
somos responsáveis do bem comum. O bem de todos é mais
importante do que as necessidades individuais.
Três Ideias para entender e pensar
A nossa comunidade é atenta a todas as pessoas que
moram no município? Acreditamos que o bem de
todos é mais importante das nossas necessidades? O
que estamos fazendo para que os nossos
administradores estejam atentos ao bem de todos?
Uma
pergunta
para
conversar
procurar o bem de todos. O Espírito Santo está trabalhando para
construir o Reino de Deus.
“É necessário tornar acessíveis ao homem todas as coisas de que
necessita para levar uma vida verdadeiramente humana: alimento,
vestuário, casa, direito de escolher livremente o próprio futuro, de
constituir uma família, direito a educação e ao trabalho, a boa fama
e ao respeito, à conveniente informação, direito de agir segundo as
normas da própria consciência e a liberdade. A sociedade e o seu
progresso devem procurar sempre o bem das pessoas.” (GS 26)
Podem cantar o n° 16 na página 54.
30. 30
todos.” “Pois é” disse seu Juvenal. “Às vezes a gente dá uma de filósofo…”
“Por que é que o senhor disse isso?” “Ah, porque é verdade. Vocês já
repararam o que vai acontecendo com as pessoas? No começo todo
mundo vai bem, quando é criança… assim mesmo alguns ficam doentes,
perdem o ano na escola, alguns vão crescendo e não conseguem acabar o
colégio; tem uns que arranjam emprego e vão se ajeitando… mas tem
uns que não acertam no emprego… tem uns que casam com quem nem
gostam, alguns vão desacertando no casamento… alguns nunca têm
amigos… e assim vão perdendo as cadeiras… No fim da vida, tem poucos
sentados… quer dizer… tem poucos que se sentem felizes.”
“Ai que coisa horrível, pensar que as pessoas ficam velhas e não são
felizes…” “Mas muitas não são mesmo. Sabem por quê? As pessoas
pensam que a vida é que nem peça de teatro: tem começo, meio e fim.
Mas não é assim. Na vida os personagens vão entrando, vão saindo,
ninguém acaba o papel. Só uns poucos, que até ficam desapontados, sem
saber o que fazer com o resto da vida, sem papel pra dizer.
“Mas o que é que as pessoas têm que fazer para não ficar assim?”
“Na minha opinião, as pessoas não podem nunca parar de trabalhar,
parar de ter amigos, parar de se preocupar com o que se passa no
mundo, com o que acontece com os outros… Eu, por exemplo, tenho 65
anos. Já me aposentei, que eu sou professor. Daí passei uns tempos em
casa, sem fazer nada, e fiquei chateado. Então eu peguei este trabalho de
tomar conta de crianças em acampamentos e me divirto bem. Assim eu
não tenho a impressão de que a minha vida acabou…”
“Mas, seu Juvenal” perguntou Marina, “afinal, pra que serve viver,
então?” Seu Juvenal ficou pensando, ficou pensando tanto tempo que
Marina teve a impressão que ele não tinha escutado. Então ele sorriu:
“Sabe, menina? Eu acho que a vida só serve mesmo é pra viver. Respire
fundo, veja como é bom… Leia um livro, ouça uma música, converse com
um amigo… Faça um trabalho bem-feito… Faça um favor… Na idade de
vocês, namorem bastante, é pra isso que a vida serve… Pra viver… Sinta o
calor do sol, tome um banho de mar… Não espere que aconteçam coisas
sensacionais. Geralmente não acontecem e quando acontecem passam
tão depressa… Mas as coisas de todo dia, todo dia tem. Cheiro de chuva,
flor, criança, essas coisas… E as coisas engraçadas que acontecem? Eu
faço coleção, desde que eu era professor. Um dia eu conto a vocês.
“Puxa, professor, que bacana… Nunca vi ninguém falar assim” disse
Pedro. “É mesmo!” Marina falou. “Vamos tirar uma foto?” Seu Juvenal
sorriu: “Eu é que quero tirar uma foto de vocês. Vocês é que são a vida…”
Contos para pensar
32. 32
Diálogo é saber escutar e respeitar. Diálogo não é
somente conversa entre pessoas, mas é, sobretudo, saber escutar e
saber falar, uma disposição interior desarmada de qualquer
preconceito, uma atividade positiva de acolhida do interlocutor.
Dialogo requer silencio para escutar não somente o que outro diz,
mas também o que as mesmas palavras não dizem, mas apostam.
O diálogo começa nas famílias e continua nas
comunidades, na Igreja alcançando aos poucos todos os homens e
mulheres de boa vontade. O Concílio nos convida a dialogar sem
cessar! No momento que somos filhos do mesmo Pai e irmãos em
Jesus podemos e devemos colaborar em paz, sem violência e
engano na edificação do mundo na paz verdadeira.
O diálogo deve permear o cristão chamado a viver como
pessoa entre pessoas. O diálogo deve buscar a verdade porque
não consiste em impor ao outro as próprias ideias, nem aceitar se,
questionar as ideias dos outros. O diálogo deve ser a porta pela
qual passam todos os relacionamentos da igreja e da sociedade. O
diálogo nasce do amor pela verdade e não exclui ninguém.
Três Ideias para entender e pensar
Tem diálogo na nossa comunidade, as decisões estão
sendo tomadas juntos? A nossa comunidade dá
importância aos momentos de reflexão e de partilha
das ideias? O que estamos fazendo para favorecer o
diálogo ente a nossa comunidade e a sociedade em
que vivemos?
Uma
pergunta
para
conversar
promovamos na própria Igreja a mútua estima, respeito e concórdia,
em ordem a estabelecer entre todos os que formam o Povo de Deus,
pastores ou fiéis, um diálogo cada vez mais fecundo. Porque o que
une entre si os fiéis é bem mais forte do que o que os divide: haja
unidade no necessário, liberdade no que é duvidoso, e em tudo
caridade” (GS 92).
Podem cantar:
Igreja é povo que se organiza, gente oprimida buscando a
libertação; em Jesus Cristo, a ressurreição.
34. 34
A nossa Igreja
Certa ocasião, um homem, que acabou de chegar na cidade,
abordou um velho jornaleiro e disse: “Bom dia, meu amigo.
Gostaria de saber como é o povo daqui. Já que o Senhor nasceu
nesta cidade, deve conhecê-la muito bem”. “É verdade” respondeu
o jornaleiro. “Mas, por favor, me fale entes da cidade de onde você
vêm. “Ah! É ótima , maravilhosa! Gente boa e fraterna... deixei
muitos amigos e só vou mudar por causa da minha transferência”.
“Pois bem” disse o jornaleiro, “esta cidade é exatamente igual. Você
vai gostar daqui.
Minutos depois, por coincidência apareceu outro homem e
perguntou ao mesmo jornaleiro: “Estou chegando para morar
aqui. O que me diz deste lugar. O jornaleiro lhe fez a mesma
pergunta: “Como é a cidade de onde você vem?” E o homem
respondeu: “Horrivel, muito chata, povo fofoqueiro, orgulhoso,
cheio de preconceitos, não fiz um único amigo naquele lugar”.
“Lamento, meu filho, mas aqui você encontrará a mesma coisa.
Pensamos na nossa Igreja: a Igreja é aquilo que nele fazemos.
Qual o compromisso nosso e das nossas comunidades na
transformação e na evangelização da sociedade?
Contos para pensar
36. 36
A Igreja quer que todas as pessoas se reconheçam e
vivam como irmãos e irmãs, filhos do mesmo Pai que está nos
céus. O Concilio convida a todos a promover a fraternidade, a
justiça e o amor com palavras e obras na esperança de um mundo
novo que Deus vai nos doar. Um mundo novo se espera e se
constrói somente vivendo juntos como povo de Deus no amor e no
respeito uns dos outros.
A Igreja tem obrigação de fazer todo esforço para educar os
povos a desistir do armamentismo e a abolir qualquer tipo de
guerra. É dever di cada cristão percorrer caminhos de paz e de
fraternidade e resolver os conflitos de comum acordo no respeito
da dignidade da pessoa humana. A Igreja quer juntar forças com
todos os que amam e querem a paz
O Concílio entrega a todos os cristãos uma tarefa da qual
deverão prestar contas a Deus: cumprir a vontade do Pai que
quer que amem a todos os homens e mulheres com palavras e
ações.
Três Ideias para entender e pensar
O que falta em nossa comunidade para que ela seja
um pequeno exemplo do Reino de Deus?A nossa
comunidade quer construir um mundo melhor?
Acreditamos que um mundo melhor é possível se nós
nos comprometemos por primeiros? O que estamos
fazendo para melhorar os relacionamentos entre
vizinhos?
Uma
pergunta
para
conversar
generosidade sempre maior e mais eficaz. Os cristãos aderindo
fielmente ao Evangelho e alimentados com suas forças, unidos a
todos os que amam e praticam a justiça, têm uma importante tarefa
a ser desempenhada nesta terra e da qual devem prestar contas
Àquele que julgará todos os homens no último dia.” (GS 93)
Podem cantar:
Virá o dia em que todos, ao levantar a vista,
veremos nesta terra, reinar a liberdade
A. - "Olhem os pássaros do céu e os lírios do campo. O Pai do céu cuida deles
e os alimenta" (Mt 6,6). Como uma meditação sobre a história bíblica da
criação do mundo, cantemos ao criador este hino de louvor e peçamos a
força para restabelecer no mundo a justiça e a ordem do universo.
38. 38
A Igreja é chamada para ser luz
Chegou o dia em que o fósforo disse à vela: “Eu tenho a tarefa de
acender-te.” Assustada a vela respondeu: “Não, isto não! Se eu
estou acesa então os meus dias estão contados. Ninguém mais vai
admirar a minha beleza.”
O fósforo perguntou: “Tu preferes passar a vida inteira, inerte e
sozinha, sem ter experimentado a vida?” “Mas queimar , dói e
consome as minhas forças.” Sussurrou a vela insegura e apavorada.
“É verdade”, respondeu o fósforo, “mas, é este o segredo da nossa
vocação. Nós somos chamados para ser luz! O que eu posso fazr é
pouco. Se eu não te acender, eu perco o sentido da minha vida. Eu
existo para acender o fogo. Tu és uma vela, tu existes iluminar os
outros, para aquecer. Tudo o que tu ofereceres será transformado
em luz. Tu não te acabarás te consumindo pelos outros. Outros
passarão o teu fogo adiante. Só quando tu te recusares, então
morreras!”
A vela afinou seu pavio e disse cheia de expectativa: “Eu te peço,
acende-me”.
Pensamos na responsabilidade que temos em passar adiante o
fogo do amor de Deus que de geração em geração chegou até
nós. Nós (as pessoas da nossa comunidade) aceitamos nos
consumir pelos outros?
Contos para pensar Canto: sugestões nas páginas 51 e seguintes
Leitura de João 13,1-15
A. – Vamos repetir no nosso coração: “Eu vos
dei o exemplo para que vocês façam uns aos
outros o que eu vos fiz.”
Momento de silêncio e oração pessoal.
A. – O que Deus quer nos dizer com esta
Palavra?
Conversa em grupo.
A. – As palavras convencem, mas os
exemplos arrastam! A Palavra de Deus nos
convida a um gesto concreto: o que podemos
fazer?
Conversa em grupo.
Uma Palavra
que quer
nos incomodar:
Jo 13,1-15
40. 40
O Concílio denuncia que na
base dos problemas que ameaçam a
paz estão as injustiças praticadas por
quem é mais forte para com os que são
mais fracos. Injustiças entre povos e
nações, injustiças que parecem crescer
em vez de diminuir, injustiças que a
longo prazo acabam com a raça humana.
A Igreja, para fazer frente aos
desafios que parecem cada vez
maiores, convida a pensar num
governo comum para o planeta. O
planeta terra precisa de uma autoridade
que possa interditar as guerras e
promover a paz e a concórdia entre as
nações e os povos.
A Igreja se compromete e pede
a todas as pessoas de boa vontade o
compromisso com a paz mundial. É
um grande compromisso necessário
para progredir na construção de um
mundo mais justo e respeitoso de todas
as diferenças.
Três Ideias para entender e pensar
A nossa comunidade passa por momentos de
conflitos? Como os vivenciamos? O que fazemos para
expressar a nossa fé nas situações de conflitos?
Uma
pergunta
para
conversar
segurança, o cumprimento da justiça e o respeito dos direitos.
É necessário que os supremos organismos internacionais se
dediquem com toda a energia a buscar os meios mais aptos para
conseguir a segurança comum. Já que a paz deve antes nascer da
confiança mútua do que ser imposta pelo terror das armas, todos
devem trabalhar por que se ponha, finalmente, um termo à corrida
aos armamentos e por que se inicie progressivamente e com
garantias reais e eficazes, a redução dos mesmos armamentos, não
unilateralmente, mas simultaneamente e segundo o que for
decidido.” (GS 82)
Podem cantar:
1. Quando o dia da paz
renascer, quando o sol da
esperança brilhar, eu vou
cantar. Quando o povo
nas ruas sorrir, e a roseira
de novo florir, eu vou
cantar. Quando as cercas
caírem no chão, quando
as mesas se encherem de
pão, eu vou cantar.
Quando os muros que
cercam os jardins,
destruídos então os
jasmins, vão perfumar.
Vai ser tão bonito se
ouvir a canção, cantada,
de novo. No olhar do
homem a certeza do
irmão. Reinado, do
povo.
41. 41
A. - "Quem ama foi gerado por Deus, e quem não ama não conhece a
Deus" (1Jo 4,7). Antes de oferecer nosso louvor, façamos nosso este
exame de consciência e peçamos ao Senhor que nos converta
totalmente.
Senhor, quem entrará no santuário pra te louvar?
1. Quem sempre procede com sinceridade,
pratica a justiça e diz a verdade.
2. Quem não fala à toa do seu camarada,
quem não prejudica com falsas palavras.
3. Quem dá o desprezo ao vil malfeitor,
mas honra o justo que teme ao Senhor!
4. Quem jura e mantém o seu compromisso,
quem não volta atrás, nem com prejuízo.
5. Quem não tem usura com seu companheiro,
nem contra o inocente aceita dinheiro.
6. Quem assim procede, não fracassará,
Pai, Filho e Divino glorificará!
Salmo 15 (14)
Canto: sugestões nas páginas 51 e seguintes
Leitura de Mt 5,1-12
A. – Vamos repetir no nosso coração:
“Alegrai-vos, porque será grande a vossa
recompensa nos céus.”
Momento de silêncio e oração pessoal.
A. – O que Deus quer nos dizer com esta
Palavra?
Conversa em grupo.
A. – As palavras convencem, mas os
exemplos arrastam! A Palavra de Deus nos
convida a um gesto concreto: o que podemos
fazer?
Conversa em grupo.
Uma Palavra
que quer
nos incomodar:
Mt 5,1-12
42. O amor pede socorro
Era uma vez uma ilha onde moravam a alegria, a tristeza, a
sabedoria, o amor e todos os outros sentimentos.
Um dia foi avisado aos moradores que aquela ilha iria afundar.
Todos os sentimentos apresentaram-se para sair da ilha, pegaram
seus barcos e partiram, mas o amor ficou, pois queria ficar mais um
pouco com a ilha antes que ela afundasse. Quando, por fim, estava
afogando, o amor começou a pedir ajuda.
Nesse momento estava passando a riqueza, em um lindo barco. O
amor disse: “Riqueza, leve-me com você.” Lhe respondeu a riqueza:
“Não posso, há muito ouro e prata no meu barco. Não há lugar para
você”.
O amor pediu ajuda a vaidade, que também vinha passando:
“Vaidade, por favor, me ajude”. Respondeu a vaidade: “Não posso te
ajudar, amor. Você está todo molhado e poderia estragar o meu
barco novo”.
Então o amor pedia ajuda a tristeza que lhe respondeu: “Ah! Amor,
estou tão triste, que prefiro ir sozinha.
Também passou a alegria, mas ela estava tão alegre que nem ouviu
o amor chamá-la. Já desesperado, o amor começou a chorar. Foi
quando ouviu uma voz chamar: “Vem, amor, eu levo você!” Era um
velhinho. O amor ficou tão feliz que se esqueceu de perguntar o
nome do velhinho. Chegando do outro lado da praia, ele perguntou
a sabedoria: “Sabedoria, quem aquele velhinho que me trouxe?” A
sabedoria respondeu: “Era o tempo”. “O tempo? – Exclamou o
amor. – Mas , porque só o tempo me trouxe?” Disse a sabedoria:
“Porque só o tempo é capaz de entender o amor”.
Pensamos no tempo que nos é dado como uma oportunidade
para construir um mundo justo e em paz: como a nossa
comunidade valoriza os pequenos gestos de amor?
Contos para pensar
42
43. 43
Na Igreja latino-americana a aplicação do Concílio tem inicio com a
preparação da II conferência Geral do CELAM que aconteceu em
Medellín (Colômbia). Estamos no ano de 1968. A recepção do
Concilio foi acolhida cheia de entusiasmo e otimismo se tornando
eco da experiência vivenciada pelos Bispos que participaram.
Toda a reflexão tem como base a Igreja dos pobres. O interlocutor
do Concílio se tornou o pobre. Em Puebla se fará a opção
preferencial pelos pobres (solidariedade). Nascem as CEB’s. O
pobre se torna o sujeito do Reino de Deus e a partir dele se começa
a construir uma nova sociedade.
A maior parte do mundo ainda sofre tanta necessidade, de maneira
que, nos pobres, o próprio Cristo apela em alta voz para a caridade
dos seus discípulos. Não se dê aos homens o escândalo de haver
algumas nações, geralmente de maioria cristã, na abundância,
enquanto outras não têm o necessário para viver e são
10. UMA IGREJA QUE FAZ
A OPÇÃO PELOS EXCLUÍDOS
Introdução
44. Servir os pobres é fazer acontecer o Reino de Deus. No
momento em que escolhemos de participar da Igreja Católica e nos
comprometemos em alguns serviços ao Reino de Deus assumimos
o compromisso de testemunhar o Evangelho de Jesus e nos
colocamos a serviços da fé. Servir a fé é servir os pobres!
Servir os pobres é acolher e abrir espaços de diálogo. O
cristão junta forças com as realidades que lutam para que todas as
pessoas tenham uma vida digna. Tem muitas pessoas que
procuram algo de bom, e fazem coisas muito boas, mas não querem
se comprometer na Igreja ou não aceitam a Igreja Católica. O nosso
compromisso é valorizar o bem que fazem.
Servir os pobres é saber que o que fazemos é sempre
pouco. Diante do Evangelho e do Reino de Deus estamos
inadequados. É algo maior do que nós e das nossas possibilidades.
Por graças de Deus fomos escolhidos para servir na Igreja: sempre
temos que reconhecer a nossa incapacidade e confessar que somos
pecadores.
Três Ideias para entender e pensar
44
A nossa comunidade dá preferência aos pobres e
necessitados? Acreditamos que a opção preferencial
pelos pobres é a força da nossa Igreja e da nossa
comunidade? O que estamos fazendo para incluir a
todos, sem preconceitos, na nossa comunidade?
Uma
pergunta
para
conversar
atormentadas pela fome, pela doença e por toda a espécie de
misérias. Pois o espírito de pobreza e de caridade são a glória e o
testemunho da Igreja de Cristo.
São, por isso, de louvar e devem ser ajudados os cristãos, sobretudo
jovens, que se oferecem espontaneamente para ir em ajuda dos
outros homens e povos. Mais ainda: cabe a todo o Povo de Deus,
precedido pela palavra e exemplo dos Bispos, aliviar, quanto lhe for
possível, as misérias deste tempo e, como era o antigo uso da Igreja,
ajudar não somente com o supérfluo, mas também com o necessário.
(GS 88)
46. Uma estação de salvamento
Numa certa costa do mar havia um trecho muito perigoso que causava muitos
naufrágios. Um grupo de marinheiros corajosos instalou um pequeno posto de socorro
marítimo com um farol para serviço de vigilância e um barco sempre pronto para o
salvamento. Muitas vidas foram poupadas e a casa se tornou conhecida.
Aconteceu que as pessoas socorridas se afeiçoaram com ela e começaram a melhorar a
casa. Compraram outros barcos e treinaram muita gente. A estação crescia e
prosperava.
Benfeitores queriam aumentar o prédio. Diziam que os socorridos mereciam mais
conforto. Compraram camas novas e todo o mobiliário novo. A estação começou a ser
procurada como lugar de lazer e virou um clube recreativo. Já não tinha mais
voluntários para o socorro marítimo e foi preciso contratar profissionais para isto.
Um dia aconteceu um grande naufrágio. Os barcos de socorro trouxeram muita gente
aflita. No clube houve um grande caos: este povo vai sujar a casa! Fizeram banheiros
improvisados lá fora para os estranhos não invadirem a casa elegante.
Logo veio a Assembleia geral e a maioria quis suspender de vez o serviço de
salvamento porque só dava dor de cabeça e perturbava a vida normal do clube. Um
grupo pequeno defendeu a ideia do começo: a estação é para salvar os náufragos! Mas
foi derrotado pela maioria que falou: “Se vocês de dão com este povo, façam uma nova
estação”.
Foi isso que o grupo fez. Tudo começou de novo. Mas com os anos a história se repetiu:
a alegria de salvar vidas, a gratidão dos socorridos e a chegada dos benfeitores. Assim
foi preciso fundar uma terceira casa que não foi diferente das outras. Hoje em dia
naquela costa tem dez clubes, cada qual mais elegante que o outro. Ainda hoje tem
navios que naufragam ali, só que a maioria não escapa da morte porque não tem mais
ninguém que se arrisca em alto mar!
Pensamos na Igreja como uma estação de salvamento: quantos pobres precisam
de nós! A nossa comunidade tem a coragem de continuar sendo um posto de
salvamento para os mais pobres e necessitados?
Contos para pensar Canto: sugestões nas páginas 51 e seguintes
Leitura de Lc 16,19-31
A. – Vamos repetir no nosso coração: “O
pobre morreu e os anjos o levaram par junto
de Deus.”
Momento de silêncio e oração pessoal.
A. – O que Deus quer nos dizer com esta
Palavra?
Conversa em grupo.
A. – As palavras convencem, mas os
exemplos arrastam! A Palavra de Deus nos
convida a um gesto concreto: o que podemos
fazer?
Conversa em grupo.
Uma Palavra
que quer
nos incomodar:
Lc 16,19-31
46
47. 47
Algumas ideias para a
Convidamos preparar com calma a
celebração final para que seja um
momento de encontro, partilha e fé.
Aqui em seguida têm somente algumas
sugestões para ajudar a fantasia dos
animadores dos grupos.
1. Introdução
O comentarista convida o povo a se
preparar para a celebração dando as boas
vindas.
No entanto em silencio, sem demorar
muito, entra uma pessoa com um cartaz
com escritas as primeiras palavras da
Gaudium et Spes: “As alegrias e as
esperanças, as tristezas e as angústias
dos homens de hoje, sobretudo dos
pobres e de todos aqueles que sofrem,
são também as alegrias e as esperanças,
as tristezas e as angústias dos discípulos
de Jesus”. Apresenta o cartaz ao povo e lê
em voz alta e solene o que está escrito.
Canto n° 17 na página 54 ou outro.
O ministro faz o sinal da cruz e introduz a
celebração lembrando a caminhada de
estudo da Gaudium et Spés e comentando
as primeiras palavras do documento.
Comentarista: No livro do Deutero-
nômio o povo hebreu, beneficiado
pela ação libertadora e salvadora
do Deus da vida, é colocado por
Moisés diante da grave alternati-
va: escolher a vida e um futuro
esperançoso para si e seus
descendentes, permanecendo fiel
aos mandamentos de Deus, ou
escolher a morte, andando por
caminhos de idolatria e servindo
a “deuses” fabricados para a
própria conveniência.
Muitos anos depois a Igreja,
reunida no Concílio Vaticano II,
pede a todos os cristãos de se
responsabilizar em promover
uma nova imagem de Igreja que se
coloca a serviço da vida compro-
metendo-se em juntar forças com
quem quer construir um mundo
melhor onde a justiça triunfa
sobre a injustiça.
Entra uma criança, ajudada pelos pais,
com uma jarra de água.
Comentarista: Acolhemos no nosso
meio a vida que vem da água que
bebemos cada dia.
Entram duas crianças brincando com um
grande balão cheio de ar.
Comentarista: Acolhemos no nosso
meio a vida que vem do ar que
respiramos.
Entra um adolescente que leva um fogo
aceso.
Comentarista: Acolhemos no nosso
meio a vida que vem do fogo que
nos aqueça e ilumina cada dia.
Entra um jovem que leva um vaso cheio de
terra.
Comentarista: Acolhemos no nosso
meio a vida que vem da terra que
produz os alimentos do dia-dia.
As pessoas que entraram ficam com os
símbolos em mão no meio do povo.
Canto n° 15 na página 54 ou outro.
2. Ato penitencial
Comentarista: Desde que Caim
matou Abel, a vida passou a ser
constantemente ameaçada. Deus
se coloca como defensor da vida,
CELEBRAÇÃO FINAL
48. pois até mesmo o assassino não
pode ser assassinado. Deus quer
destruir a cadeia de morte que
entrou no mundo, mas o pecado,
ação livre e responsável das
pessoas humanas, como que
estendendo tentáculos, cria uma
rede de ódio que gera uma
mentalidade de morte, presente
no mundo até os nossos dias.
A família que levou a água diz: Perdoa
Senhor esta nossa humanidade, e
nós, que nem sempre cuidamos
da vida desde o começo. Colocam a
água num lugar bem ajeitado. No então o
povo canta o pedido de perdão.
As duas crianças que levaram o ar dizem:
Perdoa senhor esta nossa
humanidade, e nós, que poluímos
o ar e tornamos insustentável a
vida. Colocam o balão num lugar bem
ajeitado. No então o povo canta o pedido
de perdão.
O adolescente que levou o fogo diz:
Perdoa Senhor esta nossa
humanidade, e nós, que não
cuidamos da natureza e queima-
mos inutilmente recursos
necessários para a vida. Coloca o
fogo num lugar bem ajeitado. No então o
povo canta o pedido de perdão.
O jovem que levou o vaso de terra diz:
Perdoa Senhor esta nossa
h u m a n i d a d e , e n ó s , q u e
desrespeita-mos a terra que nos
acolhe e preferimos os bens
artificiais àqueles naturais. Coloca
a terra num lugar bem ajeitado. No então
o povo canta o pedido de perdão.
Ministro: O Deus da vida e do amor,
o Deus misericordioso tenha
compaixão de nós, perdoe os
nossos pecados contra a água, o
ar, o fogo e a terra e nos dê a paz.
Por Cristo nosso Senhor.
Podem cantar um hino de louvor.
3.Partilha da Palavra de Deus
Leitura de Dt 30,15-20
Salmo 1 Entre uma estrofe e a outra pode
ser cantado o refrão n° 12 na página 53 ou
outro.
Feliz quem não vai ao encontro dos
ímpios, feliz quem não para no
caminho dos maus, nem senta na
roda onde há zombadores, mas
busca a alegria de noite e de dia,
enquanto medita a lei do Senhor.
Qual árvore firme à beira do rio, que
mesmo em estio não ha de secar. No
tempo devido, seu fruto é colhido, é
bem sucedido em tudo o que faz. O
ímpio não chega a feitos iguais.
Os ímpios são palha que o vento
espalha, sua casa é falha perante o
juízo. Do meio dos justos acabam
expulsos, pois Deus o caminho dos
justos conhece, enquanto o caminho
dos ímpio se perde.
Cantemos louvores a Deus, nosso
guia. A sua palavra é nossa alegria. A
todos ensina seu justo caminho, de
modos diversos seu nome revela, seu
nome louvamos cantando este hino.
Leitura de Lc 4,31-44
O ministro introduz o momento da
partilha com a pergunta: o que quer nos
dizer esta Palavra?
O momento da partilha pode terminar
com o canto n° 6 na página 52 ou outro.
4. Partilha da vida
Entra uma criança com a lembrança do
Batismo, um casal de adolescentes com
pão e vinho, um adolescente com a vela da
Crisma, um casal de namorados, um casal
com alianças um estudante com livros e
cadernos, um adulto com instrumentos de
trabalho, uma pessoa experiente e sabia
oferece uma mochila.
Comentarista: A Igreja está a
48
49. serviço da humanidade e da vida
que é um dom de Deus. Foi ele
quem ordenou o surgimento da
vida vegetal, da vida animal em
todas as suas dimensões e
características e, por fim fez o ser
humano. Assim, por um dom
divino, a vida surgiu na terra e
evoluiu até os nossos dias. Mas a
vida humana mereceu um
destaque especial na obra da
criação. A vida humana surge e se
desenvolve a partir de uma ação
divina na qual o Criador se
envolve com a criatura e dá a ela o
seu próprio hálito como princípio
vital.
A criança com a lembrança do Batismo
diz: Aceita, Senhor, a lembrança do
meu Batismo, lembra o dia em que
foi acolhido na Igreja e me tornei
teu discípulo e missionário: na
Igreja quero servir a vida que
recebi de ti.
Os adolescentes com o pão e o vinho
dizem: Aceita Senhor o pão e o
vinho, significam o teu amor e o
nosso trabalho: na Igreja
queremos servir a vida acolhendo
todos os domingos o Pão da vida, a
Eucaristia.
O adolescente com a vela da Crisma diz:
Aceita Senhor a pureza desta vela
que recebi no dia da Crisma, é a fé
que de geração em geração
chegou até a gente: na Igreja
quero servir a vida respeitando o
meu corpo e o corpo dos outros
Os Dois namorados dizem: Aceita
Senhor a nos mesmos, somos uma
maravilha do teu amor: na Igreja
queremos servir a vida vivendo o
nosso namoro na castidade e no
respeito um do outro.
O casal com as alianças diz: Aceita
Senhor as nossas alianças,
significam o nosso compromisso
em amar-nos para sempre: na
Igreja queremos servir a vida
amando-nos, respeitando-nos e
acolhendo a vida que vem de ti.
O estudante com livros e cadernos diz:
Aceita Senhor estes meus anos de
estudo e os meus sonhos para
com o futuro, significam o
compromisso em preparar um
futuro melhor em que o respeito
da vida vence sobre a cultura de
morte.
O adulto com um instrumento de trabalho
diz: Aceita Senhor com o meu
serviço o trabalho da humanida-
de, significa o compromisso em
lutar em favor da vida.
A pessoa com a mochila diz: Aceita
Senhor esta mochila, significa as
experiência vivida e a vida que
recebi de ti: quero servir a vida
colocando a disposição dos mais
novos da comunidade a mia
experiência.
4. Partilha do pão e do vinho
Ministro: A Igreja quer que todas as
pessoas se reconheçam e vivam
como irmãos e irmãs, filhos do
mesmo Pai que está nos céus. O
Concílio convida a todos nós a
promover a fraternidade, a justiça
e o amor com palavras e obras, na
esperança de um mundo novo.
Animados por este sonho e
querendo que se torne realidade
rezemos com as palavras que
Jesus nos ensinou: Pai nosso...
O ministro abençoa o pão e o vinho e
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50. partilha com os presentes.
Canto n° 14 na página 53 ou outro.
5. Benção final
Comentarista: O Concílio entrega a
todos nós uma tarefa da qual
prestaremos contas a Deus: amar-
nos uns aos outros. Com este
compromisso acolhemos a
bênção. Deus nos abençoa para
que nós possamos tornar uma
bênção uns pelos outros.
Ministro: Deus, que é a nossa
salvação, nos abençoe, faça
brilhar sobre nós a sua paz, agora
e sempre. Amém.
Ministro: Deus, fonte de toda graça,
que nos chamou à comunhão por
Jesus Cristo, nos fortaleça em
nossas provações e nos firme na
fé, agora e para sempre. Amém.
Ministro: Deus, adorado por todas
as raças e povos, faça de nós
testemunhas do Seu Reino no
mundo. Amém.
Ave Maria ou canto a Nossa Senhora.
Despedida por conta do ministro.
Como lembrança da caminhada a
Comunidade pode preparar uma
mensagem que convida a respeitar a vida
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