SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 19
OS MAIAS Caraterísticas trágicas da
intriga
ÁRVORE GENEALÓGICA DA FAMÍLIA
MAIA
ESTATUTO SOCIAL DAS
PERSONAGENS
A família Maia:
“Os Maias eram uma antiga família da Beira, sempre pouco numerosa,
sem linhas colaterais, sem parentelas - e agora reduzida a dois
varões, o senhor da casa, Afonso da Maia, um velho já, quasi um
antepassado, mais idoso que o século, e seu neto Carlos que
estudava medicina em Coimbra. Quando Afonso se retirara
definitivamente para Santa Olavia, o rendimento da casa excedia já
cinquenta mil cruzados: mas desde então tinham-se acumulado as
economias de vinte anos de aldeia; viera também a herança dum
último parente, Sebastião da Maia, que desde 1830 vivia em Nápoles,
só, ocupando-se de numismática; - e o procurador podia certamente
sorrir com segurança quando falava dos Maias e da sua fatia de pão.”
– Capítulo I
ESTATUTO MORAL DAS
PERSONAGENS
AFONSO DA MAIA
‘’Afonso era um pouco baixo, maciço, de ombros quadrados e fortes:
e com a sua face larga de nariz aquilino, a pele corada, quasi
vermelha, o cabelo branco todo cortado à escovinha, e a barba de
neve aguda e longa - lembrava, como dizia Carlos, um varão
esforçado das idades heroicas, um D. Duarte de Menezes ou um
Afonso de Albuquerque. ’’ Capítulo I
‘’Ele mesmo costumava dizer, que era simplesmente um egoísta: -
mas nunca, como agora a velhice, as generosidades do seu coração
tinham sido tão profundas e largas. Parte do seu rendimento ia-se-
lhe por entre os dedos, esparsamente, numa caridade enternecida.
Cada vez amava mais o que é pobre e o que é fraco. Em Santa Olávia,
as crianças corriam para ele, dos portais, sentindo-o acariciador e
paciente. Tudo o que vive lhe merecia amor: - e era dos que não
pisam um formigueiro, e se compadece da sede duma planta.’’
ESTATUTO MORAL DAS
PERSONAGENS
CARLOS DA MAIA
’’Alto, bem feito, de ombros largos, com uma testa de mármore sob
os anéis dos cabelos pretos, e os olhos dos Maias, aqueles
irresistíveis olhos do pai, de um negro líquido, ternos como os dele, e
mais graves. Trazia a barba toda, castanha-escura, rente na face,
aguçada no queixo - o que lhe dava, com o bonito bigode arqueado
aos cantos da boca, uma fisionomia de belo cavaleiro da
Renascença".’’
ESTATUTO MORAL DAS
PERSONAGENS
MARIA EDUARDA
“uma senhora alta, loira… com a sua carnação ebúrnea… com um passo soberano de
Deusa, maravilhosamente bem feita…’’
‘’com um passo soberano de deusa".
"divinamente bela, quase sempre de escuro, com um curto decote onde resplandecia
o incomparável esplendor do seu colo’’
ESTATUTO MORAL DAS
PERSONAGENS
• Pedro da Maia
"melancolia negra que o traziam dias e dias, murcho, amarelo, com as olheiras fundas
e já velho".
"assemelhavam-no a um belo árabe’’
• Maria Monforte
‘’testa curta e clássica, o colo ebúrneo“
• João da Ega
‘’ Um amigo de Carlos (um certo João da Ega)’’
‘’ Era considerado não só em Celorico, mas também na Academia, que ele espantava
pela audácia e pelos ditos, como o maior ateu, o maior demagogo, que jamais
aparecera nas sociedades humanas’’
O INCESTO
 Início da relação – pág. 408-409, destino – 417 – cap. XII
‘’ Ela lançou-lhe os braços ao pescoço; e os seus lábios uniram-se num beijo profundo,
infinito, quase imaterial pelo seu êxtase’’
Ega percebe que Carlos está a viver um ‘’ grande amor […], absorvente, eterno, e para
bem e para mal, tornando-se daí por diante, e para sempre, o seu irreparável destino’’
 Informações de Guimarães – pág. 614-615-616; 620-622, 623-625 – cap. XVI
 Informação dada a Carlos – pág. 642-644 – cap. XVII
 Incesto consciente – pág. 652-653, 658 – cap. XVII
 Ega apercebe-se do incesto consciente – pág. 661-662 – cap. XVII
 Afonso apercebe-se do incesto consciente – pág. 663 – cap. XVII
 Maria Eduarda sabe do incesto – pág. 683-684 – cap. XVII
O DESAFIO ( HYBRIS)
•Pedro quando casa com Maria Monforte contra a vontade do pai;
• Carlos que desafia os valores morais da sociedade, quando
concretiza a relação amorosa (incestuosa) com Maria Eduarda pois
julgava-a casada;
SOFRIMENTO
• Sofrimento de Carlos
‘’ Carlos ergueu-se arrebatadamente, uma revolta de todo o ser: - e tu acreditas que
isso seja possível? Acreditas que suceda a um homem como eu, como tu, numa rua de
Lisboa? Encontro uma mulher, olho para ela, conheço-a, durmo com ela e, entre todas
as mulheres do mundo, essa justamente há-de ser minha irmã! É impossível… Não há
Guimarães, não há documentos que me convençam! E como Ega permanecia mudo, a
um canto do sofá, com os olhos no chão: - Dize alguma coisa, gritou-lhe Carlos.
Duvida também, homem, duvida comigo!... É extraordinário! Todos vocês acreditam,
como se isto fosse a coisa mais natural do mundo, e não houvesse por essa cidade
fora senão irmãos a dormir juntos!’’
‘’Ele tenteava, procurando na brancura da roupa: encontrou um joelho a que percebia a
forma e o calor suave, através da seda leve: e ali esqueceu a mão, aberta e frouxa, como
morta, num entorpecimento onde toda a vontade e toda a consciência se lhe fundiam,
deixando-lhe apenas a sensação daquela pele quente e macia onde a sua palma pousava.
Um suspiro, um pequenino suspiro de criança, fugiu dos lábios de Maria, morreu na
sombra. Carlos sentiu a quentura do desejo que vinha dela, que o entontecia, terrível como
o bafo ardente dum abismo, escancarado na terra a seus pés. Ainda balbuciou: «não,
não…». Mas ela estendeu os braços, envolveu-lhe o pescoço, puxando-o para si, num
murmúrio que era como a continuação do suspiro, e em que o nome de querido sussurrava
e tremia. Sem resistência, como um corpo morto que um sopro impele, ele caiu-lhe sobre o
seio. Os seus lábios secos acharam-se colados num beijo aberto que os humedecia. E de
repente, Carlos enlaçou-a furiosamente, esmagando-a e sugando-a, numa paixão e num
desespero que fez tremer todo o leito.” Cap. XVII
“Era, surgindo do fundo do seu ser, ainda ténue mas já
percetível, uma saciedade, uma repugnância por ela desde que a
sabia do seu sangue!... Uma repugnância material, carnal, à flor
da pele, que passava como um arrepio. (…) E desgraçadamente
agora já não duvidava... Se partisse com ela, seria para bem
cedo se debater no indizível horror de um nojo físico. E que lhe
restaria então, morta a paixão que fora a desculpa do crime,
ligado para sempre a uma mulher que o enojava - e que era... Só
lhe restava matar-se!”
SOFRIMENTO
• Sofrimento de Afonso
“Afonso da Maia, que um tremor tomara, agarrou-se um momento
com força à bengala, caiu por fim pesadamente numa poltrona, junto
do reposteiro. E ficou devorando o neto, o Ega com um olhar
esgazeado e mudo.” (Cap. XVII)
Mais tarde:
“E afastou-se, todo dobrado sobre a bengala, vencido enfim por
aquele implacável destino que depois de o ter ferido na idade de
força com a desgraça do filho - o esmagava ao fim de velhice com a
desgraça do neto”. (Cap. XVII)
SOFRIMENTO
• Sofrimento de Maria Eduarda
“E Ega pousara apenas sobre o sofá a velha caixa de charutos da
Monforte - quando Maria Eduarda entrou, pálida, toda coberta de
negro, estendendo-lhe as mãos ambas.” Cap. XVII
ANAGNORISE
Feito por :
• Guimarães;
• Ega;
• Vilaça;
• Carlos;
• Afonso;
• Maria;
“- Muito agradecido a V. Exa! Eu junto-lhe então um bilhete e V-
Exa entrega-o da minha parte ao Carlos da Maia, ou à irmã.
Ega teve um movimento de espanto:
_ À irmã… A que irmã?
(…) – A que irmã!? A irmã dele, à única que tem, à Maria!” Cap.
XVI
‘’Parecia ter conservado um ânimo viril e firme: apenas os olhos
lhe rebrilhavam, com um fulgor seco, ansiosos e mais largos na
palidez que o cobria”
CATÁSTROFE
• Intriga principal:
• A morte física de Afonso da Maia;
• A quebra dos laços de paixão;
• O nojo, a vergonha;
• A separação dos irmãos;
PAPEL DO DESTINO
Semelhança dos nomes
 Semelhança dos nomes de Carlos Eduardo e de Maria Eduarda
“Maria Eduarda, Carlos Eduardo... Havia uma similitude nos seus nomes. Quem sabe
se não pressagiava a concordância dos seus destinos” Cap. XI. pág. 346
‘’um tal nome parecia-lhe conter todo um destino de amores e façanhas’’ Cap. II
pág. 38
 Semelhança dos nomes das três personagens femininas
Maria Eduarda Runa, Maria Monforte e Maria Eduarda.
PAPEL DO DESTINO
Destino Implacável
Após descobrir a identidade de Maria Eduarda, Afonso ‘’ afastou-se todo
dobrado sobre a bengala, vencido enfim por aquele implacável destino que,
depois de o ter ferido na idade da força com a desgraça do filho - o esmagava o
fim da velhice com a desgraça do neto.’’ Capítulo XVII, pág. 646
Inevitabilidade do destino
Ega refere-se ao destino quando diz que Carlos e a mulher que há-de ser sua
estão ‘’ ambos insensivelmente, irresistivelmente, fatalmente marchando um
para o outro’’ (Cap. VI, pág.152)
INDÍCIOS DO DESENLACE TRÁGICO
• Alusão por parte de Vilaça à fatalidade dos Maias
‘’ uma lenda, segundo a qual eram sempre fatais aos Maias as paredes do
Ramalhete…’’ Capítulo I
‘’- Há três anos, quando o Sr. Afonso me encomendou aqui as primeiras
obras, lembrei-lhe eu que, segundo uma antiga lenda, eram sempre fatais aos
Maias as paredes do Ramalhete. O Sr. Afonso riu de agouros e lendas… Pois
fatais foram!’’ Capítulo XVII
‘’ Os olhos de Maria perdiam-se outra vez na escuridão – como recebendo
dela o presságio de um futuro onde tudo seria confuso e escuro também’’
Capítulo XIV
INDÍCIOS DO DESENLACE TRÁGICO
• A semelhança fisionómica de Carlos com a mãe, reconhecida por
Maria Eduarda
‘’ Pareces-te com a minha mãe! […] – Tens razão – disse ela – que a mamã
era formosa… Pois é verdade, há um não sei quê na testa, no nariz… Mas
sobretudo certos jeitos, uma maneira de sorrir… Outra maneira que tu tens
de ficar assim um pouco vago, esquecido… Tenho pensado nisto muitas
vezes…’’ Capítulo XIV
A semelhança temperamental de Maria Eduarda e Afonso da Maia,
reconhecida por Carlos.
‘’ e nestas piedades Carlos achava-lhe semelhanças com o avô’’
INDÍCIOS DO DESENLACE TRÁGICO
• A advertência a Carlos, por parte de Ega, de que a sua volubilidade
sentimental terá consequências trágicas
‘’ hás de vir a acabar[…] numa tragédia infernal’’ Capítulo VI
•O sonho de Carlos, após a primeira visão de Maria Eduarda em frente
ao Hotel central, evocando-a como uma deusa;
• Decoração da Toca e da casa de Maria Eduarda: “os amores de Vénus e
Marte”, “a cabeça degolada”, “uma enorme coruja” presentes na Toca. “os olhos de
Maria Eduarda pendiam-se outra vez na escuridão – como recebendo dela o
presságio de um futuro onde tudo seria confuso e escuro também” Capítulo XI
‘’um vaso do Japão onde murchavam três belos lírios brancos” Capítulo XI, pág. 347

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Os Maias - Jantar no Hotel Central
Os Maias - Jantar no Hotel CentralOs Maias - Jantar no Hotel Central
Os Maias - Jantar no Hotel CentralDina Baptista
 
Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI.
Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI. Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI.
Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI. Rita Magalhães
 
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António VieiraCapítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António VieiraAlexandra Madail
 
Maria de Noronha-Frei Luis de Sousa
Maria de Noronha-Frei Luis de SousaMaria de Noronha-Frei Luis de Sousa
Maria de Noronha-Frei Luis de Sousananasimao
 
Corrida De Cavalos - Os Maias
Corrida De Cavalos - Os MaiasCorrida De Cavalos - Os Maias
Corrida De Cavalos - Os Maiasmauro dinis
 
Resumos de Português: Os Maias
Resumos de Português: Os MaiasResumos de Português: Os Maias
Resumos de Português: Os MaiasRaffaella Ergün
 
Estruturas externa-e-interna de "Frei Luís de Sousa"
Estruturas externa-e-interna de "Frei Luís de Sousa"Estruturas externa-e-interna de "Frei Luís de Sousa"
Estruturas externa-e-interna de "Frei Luís de Sousa"Maria Góis
 
Apresentação do Simbolismo N`Os Maias
Apresentação do Simbolismo N`Os MaiasApresentação do Simbolismo N`Os Maias
Apresentação do Simbolismo N`Os MaiasNeizy Mandinga
 
Os Maias estrutura
Os Maias estruturaOs Maias estrutura
Os Maias estruturaCostaIdalina
 
Romantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de SousaRomantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de SousaLurdes Augusto
 
Maias Episódio Corrida no Hipódromo
Maias Episódio Corrida no HipódromoMaias Episódio Corrida no Hipódromo
Maias Episódio Corrida no HipódromoPedro Oliveira
 
Sermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadores
Sermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadoresSermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadores
Sermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadoresRenata Antunes
 

Mais procurados (20)

Os Maias - Jantar no Hotel Central
Os Maias - Jantar no Hotel CentralOs Maias - Jantar no Hotel Central
Os Maias - Jantar no Hotel Central
 
Os Maias - análise
Os Maias - análiseOs Maias - análise
Os Maias - análise
 
Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI.
Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI. Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI.
Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI.
 
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António VieiraCapítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
 
Deíticos
DeíticosDeíticos
Deíticos
 
Os maias personagens
Os maias personagensOs maias personagens
Os maias personagens
 
Os Maias - Capítulo XI
Os Maias - Capítulo XIOs Maias - Capítulo XI
Os Maias - Capítulo XI
 
Maria de Noronha-Frei Luis de Sousa
Maria de Noronha-Frei Luis de SousaMaria de Noronha-Frei Luis de Sousa
Maria de Noronha-Frei Luis de Sousa
 
Corrida De Cavalos - Os Maias
Corrida De Cavalos - Os MaiasCorrida De Cavalos - Os Maias
Corrida De Cavalos - Os Maias
 
Resumos de Português: Os Maias
Resumos de Português: Os MaiasResumos de Português: Os Maias
Resumos de Português: Os Maias
 
Estruturas externa-e-interna de "Frei Luís de Sousa"
Estruturas externa-e-interna de "Frei Luís de Sousa"Estruturas externa-e-interna de "Frei Luís de Sousa"
Estruturas externa-e-interna de "Frei Luís de Sousa"
 
Frei luís de sousa
Frei luís de sousaFrei luís de sousa
Frei luís de sousa
 
Os Maias
Os MaiasOs Maias
Os Maias
 
Apresentação do Simbolismo N`Os Maias
Apresentação do Simbolismo N`Os MaiasApresentação do Simbolismo N`Os Maias
Apresentação do Simbolismo N`Os Maias
 
O resumo de Os Maias
O resumo de Os MaiasO resumo de Os Maias
O resumo de Os Maias
 
Os Maias estrutura
Os Maias estruturaOs Maias estrutura
Os Maias estrutura
 
Romantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de SousaRomantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de Sousa
 
Amor de perdição
Amor de perdiçãoAmor de perdição
Amor de perdição
 
Maias Episódio Corrida no Hipódromo
Maias Episódio Corrida no HipódromoMaias Episódio Corrida no Hipódromo
Maias Episódio Corrida no Hipódromo
 
Sermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadores
Sermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadoresSermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadores
Sermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadores
 

Destaque

Frei Luís de Sousa - Características trágicas
Frei Luís de Sousa - Características trágicasFrei Luís de Sousa - Características trágicas
Frei Luís de Sousa - Características trágicasMaria Rodrigues
 
Os Maias - a ação & titulo e subtítulo
Os Maias - a ação & titulo e subtítuloOs Maias - a ação & titulo e subtítulo
Os Maias - a ação & titulo e subtítuloDaniela Filipa Sousa
 
Corridas do hipodromo (Cap. X - Os Maias)
Corridas do hipodromo (Cap. X - Os Maias)Corridas do hipodromo (Cap. X - Os Maias)
Corridas do hipodromo (Cap. X - Os Maias)Alexandra Soares
 
Os Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacaoOs Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacaoDina Baptista
 
Os maias análise
Os maias análiseOs maias análise
Os maias análiseluiza1973
 
Princípio da materialidade ou relevância
Princípio da materialidade ou relevânciaPrincípio da materialidade ou relevância
Princípio da materialidade ou relevânciaDiego G. Bassi .´.
 
Teatro da trindade
Teatro da trindadeTeatro da trindade
Teatro da trindadeAnaFPinto
 
Os Maias Apresentação
Os Maias   Apresentação Os Maias   Apresentação
Os Maias Apresentação joanana
 

Destaque (12)

Frei Luís de Sousa - Características trágicas
Frei Luís de Sousa - Características trágicasFrei Luís de Sousa - Características trágicas
Frei Luís de Sousa - Características trágicas
 
Os Maias - a ação & titulo e subtítulo
Os Maias - a ação & titulo e subtítuloOs Maias - a ação & titulo e subtítulo
Os Maias - a ação & titulo e subtítulo
 
Corridas do hipodromo (Cap. X - Os Maias)
Corridas do hipodromo (Cap. X - Os Maias)Corridas do hipodromo (Cap. X - Os Maias)
Corridas do hipodromo (Cap. X - Os Maias)
 
Os Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacaoOs Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacao
 
Os maias análise
Os maias análiseOs maias análise
Os maias análise
 
Princípio da materialidade ou relevância
Princípio da materialidade ou relevânciaPrincípio da materialidade ou relevância
Princípio da materialidade ou relevância
 
Os maias
Os maiasOs maias
Os maias
 
Os Maias - presságios
Os Maias - presságiosOs Maias - presságios
Os Maias - presságios
 
Teatro da trindade
Teatro da trindadeTeatro da trindade
Teatro da trindade
 
Frei luís de sousa
Frei luís de sousaFrei luís de sousa
Frei luís de sousa
 
Os Maias - Análise
Os Maias - AnáliseOs Maias - Análise
Os Maias - Análise
 
Os Maias Apresentação
Os Maias   Apresentação Os Maias   Apresentação
Os Maias Apresentação
 

Semelhante a Os maias: Características trágicas da intriga

Caracteristicas_tragicas_das_personagens_Os_Maias.pptx
Caracteristicas_tragicas_das_personagens_Os_Maias.pptxCaracteristicas_tragicas_das_personagens_Os_Maias.pptx
Caracteristicas_tragicas_das_personagens_Os_Maias.pptx?
 
Afonso da maia
Afonso da maiaAfonso da maia
Afonso da maiaAnaGomes40
 
Iracema - José de Alencar
Iracema - José de AlencarIracema - José de Alencar
Iracema - José de Alencarvestibular
 
a-escrava-maria-firmina-dos-reis.pdf
a-escrava-maria-firmina-dos-reis.pdfa-escrava-maria-firmina-dos-reis.pdf
a-escrava-maria-firmina-dos-reis.pdfFrankyleneBarros
 
Angelica 23 angélica e as feiticeiras de salem
Angelica 23 angélica e as feiticeiras de salemAngelica 23 angélica e as feiticeiras de salem
Angelica 23 angélica e as feiticeiras de salemSilvana Barbedo
 
Maria Eduarda-Os Maias
Maria Eduarda-Os MaiasMaria Eduarda-Os Maias
Maria Eduarda-Os Maiasnanasimao
 
A cidade e as serras
A cidade e as serrasA cidade e as serras
A cidade e as serrasFlávio Mello
 
As Cidades & as Serras | Eça de Queiróz
As Cidades & as Serras | Eça de Queiróz As Cidades & as Serras | Eça de Queiróz
As Cidades & as Serras | Eça de Queiróz Leandro Montino
 
Dinah silveira de_queiroz_-_a_muralha
Dinah silveira de_queiroz_-_a_muralhaDinah silveira de_queiroz_-_a_muralha
Dinah silveira de_queiroz_-_a_muralhaVirginia Moreira
 
A cidade e as serras
A cidade e as serrasA cidade e as serras
A cidade e as serrasCaio Melo
 
A Cidade e as Serras
A Cidade e as SerrasA Cidade e as Serras
A Cidade e as SerrasMateus Lemos
 
A cidade e as serras, de eça de queirós
A cidade e as serras, de eça de queirósA cidade e as serras, de eça de queirós
A cidade e as serras, de eça de queirósLucas Freire
 
A Cidade e as Serras - Eça de Queirós
A Cidade e as Serras - Eça de Queirós A Cidade e as Serras - Eça de Queirós
A Cidade e as Serras - Eça de Queirós FabsVitti
 
A cidade e as serras
A cidade e as serrasA cidade e as serras
A cidade e as serrasJairo Valenti
 

Semelhante a Os maias: Características trágicas da intriga (20)

Caracteristicas_tragicas_das_personagens_Os_Maias.pptx
Caracteristicas_tragicas_das_personagens_Os_Maias.pptxCaracteristicas_tragicas_das_personagens_Os_Maias.pptx
Caracteristicas_tragicas_das_personagens_Os_Maias.pptx
 
Afonso da maia
Afonso da maiaAfonso da maia
Afonso da maia
 
Iracema - José de Alencar
Iracema - José de AlencarIracema - José de Alencar
Iracema - José de Alencar
 
a-escrava-maria-firmina-dos-reis.pdf
a-escrava-maria-firmina-dos-reis.pdfa-escrava-maria-firmina-dos-reis.pdf
a-escrava-maria-firmina-dos-reis.pdf
 
Angelica 23 angélica e as feiticeiras de salem
Angelica 23 angélica e as feiticeiras de salemAngelica 23 angélica e as feiticeiras de salem
Angelica 23 angélica e as feiticeiras de salem
 
Tomás de Alencar
Tomás de AlencarTomás de Alencar
Tomás de Alencar
 
Maria Eduarda-Os Maias
Maria Eduarda-Os MaiasMaria Eduarda-Os Maias
Maria Eduarda-Os Maias
 
Elogio a Don Quixote - Conferências literárias - Gabinete Português de Leitu...
Elogio a  Don Quixote - Conferências literárias - Gabinete Português de Leitu...Elogio a  Don Quixote - Conferências literárias - Gabinete Português de Leitu...
Elogio a Don Quixote - Conferências literárias - Gabinete Português de Leitu...
 
A cidade e as serras
A cidade e as serrasA cidade e as serras
A cidade e as serras
 
As Cidades & as Serras | Eça de Queiróz
As Cidades & as Serras | Eça de Queiróz As Cidades & as Serras | Eça de Queiróz
As Cidades & as Serras | Eça de Queiróz
 
16
1616
16
 
esau.pdf
esau.pdfesau.pdf
esau.pdf
 
Dinah silveira de_queiroz_-_a_muralha
Dinah silveira de_queiroz_-_a_muralhaDinah silveira de_queiroz_-_a_muralha
Dinah silveira de_queiroz_-_a_muralha
 
Contos
ContosContos
Contos
 
A cidade e as serras
A cidade e as serrasA cidade e as serras
A cidade e as serras
 
A Cidade e as Serras
A Cidade e as SerrasA Cidade e as Serras
A Cidade e as Serras
 
A cidade e as serras, de eça de queirós
A cidade e as serras, de eça de queirósA cidade e as serras, de eça de queirós
A cidade e as serras, de eça de queirós
 
A Cidade e as Serras - Eça de Queirós
A Cidade e as Serras - Eça de Queirós A Cidade e as Serras - Eça de Queirós
A Cidade e as Serras - Eça de Queirós
 
A cidade e as serras
A cidade e as serrasA cidade e as serras
A cidade e as serras
 
A Lisboa de Eça e de Cesário
A Lisboa de Eça e de CesárioA Lisboa de Eça e de Cesário
A Lisboa de Eça e de Cesário
 

Último

ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfmirandadudu08
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfArthurRomanof1
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 

Último (20)

ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdf
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 

Os maias: Características trágicas da intriga

  • 1. OS MAIAS Caraterísticas trágicas da intriga
  • 2. ÁRVORE GENEALÓGICA DA FAMÍLIA MAIA
  • 3. ESTATUTO SOCIAL DAS PERSONAGENS A família Maia: “Os Maias eram uma antiga família da Beira, sempre pouco numerosa, sem linhas colaterais, sem parentelas - e agora reduzida a dois varões, o senhor da casa, Afonso da Maia, um velho já, quasi um antepassado, mais idoso que o século, e seu neto Carlos que estudava medicina em Coimbra. Quando Afonso se retirara definitivamente para Santa Olavia, o rendimento da casa excedia já cinquenta mil cruzados: mas desde então tinham-se acumulado as economias de vinte anos de aldeia; viera também a herança dum último parente, Sebastião da Maia, que desde 1830 vivia em Nápoles, só, ocupando-se de numismática; - e o procurador podia certamente sorrir com segurança quando falava dos Maias e da sua fatia de pão.” – Capítulo I
  • 4. ESTATUTO MORAL DAS PERSONAGENS AFONSO DA MAIA ‘’Afonso era um pouco baixo, maciço, de ombros quadrados e fortes: e com a sua face larga de nariz aquilino, a pele corada, quasi vermelha, o cabelo branco todo cortado à escovinha, e a barba de neve aguda e longa - lembrava, como dizia Carlos, um varão esforçado das idades heroicas, um D. Duarte de Menezes ou um Afonso de Albuquerque. ’’ Capítulo I ‘’Ele mesmo costumava dizer, que era simplesmente um egoísta: - mas nunca, como agora a velhice, as generosidades do seu coração tinham sido tão profundas e largas. Parte do seu rendimento ia-se- lhe por entre os dedos, esparsamente, numa caridade enternecida. Cada vez amava mais o que é pobre e o que é fraco. Em Santa Olávia, as crianças corriam para ele, dos portais, sentindo-o acariciador e paciente. Tudo o que vive lhe merecia amor: - e era dos que não pisam um formigueiro, e se compadece da sede duma planta.’’
  • 5. ESTATUTO MORAL DAS PERSONAGENS CARLOS DA MAIA ’’Alto, bem feito, de ombros largos, com uma testa de mármore sob os anéis dos cabelos pretos, e os olhos dos Maias, aqueles irresistíveis olhos do pai, de um negro líquido, ternos como os dele, e mais graves. Trazia a barba toda, castanha-escura, rente na face, aguçada no queixo - o que lhe dava, com o bonito bigode arqueado aos cantos da boca, uma fisionomia de belo cavaleiro da Renascença".’’
  • 6. ESTATUTO MORAL DAS PERSONAGENS MARIA EDUARDA “uma senhora alta, loira… com a sua carnação ebúrnea… com um passo soberano de Deusa, maravilhosamente bem feita…’’ ‘’com um passo soberano de deusa". "divinamente bela, quase sempre de escuro, com um curto decote onde resplandecia o incomparável esplendor do seu colo’’
  • 7. ESTATUTO MORAL DAS PERSONAGENS • Pedro da Maia "melancolia negra que o traziam dias e dias, murcho, amarelo, com as olheiras fundas e já velho". "assemelhavam-no a um belo árabe’’ • Maria Monforte ‘’testa curta e clássica, o colo ebúrneo“ • João da Ega ‘’ Um amigo de Carlos (um certo João da Ega)’’ ‘’ Era considerado não só em Celorico, mas também na Academia, que ele espantava pela audácia e pelos ditos, como o maior ateu, o maior demagogo, que jamais aparecera nas sociedades humanas’’
  • 8. O INCESTO  Início da relação – pág. 408-409, destino – 417 – cap. XII ‘’ Ela lançou-lhe os braços ao pescoço; e os seus lábios uniram-se num beijo profundo, infinito, quase imaterial pelo seu êxtase’’ Ega percebe que Carlos está a viver um ‘’ grande amor […], absorvente, eterno, e para bem e para mal, tornando-se daí por diante, e para sempre, o seu irreparável destino’’  Informações de Guimarães – pág. 614-615-616; 620-622, 623-625 – cap. XVI  Informação dada a Carlos – pág. 642-644 – cap. XVII  Incesto consciente – pág. 652-653, 658 – cap. XVII  Ega apercebe-se do incesto consciente – pág. 661-662 – cap. XVII  Afonso apercebe-se do incesto consciente – pág. 663 – cap. XVII  Maria Eduarda sabe do incesto – pág. 683-684 – cap. XVII
  • 9. O DESAFIO ( HYBRIS) •Pedro quando casa com Maria Monforte contra a vontade do pai; • Carlos que desafia os valores morais da sociedade, quando concretiza a relação amorosa (incestuosa) com Maria Eduarda pois julgava-a casada;
  • 10. SOFRIMENTO • Sofrimento de Carlos ‘’ Carlos ergueu-se arrebatadamente, uma revolta de todo o ser: - e tu acreditas que isso seja possível? Acreditas que suceda a um homem como eu, como tu, numa rua de Lisboa? Encontro uma mulher, olho para ela, conheço-a, durmo com ela e, entre todas as mulheres do mundo, essa justamente há-de ser minha irmã! É impossível… Não há Guimarães, não há documentos que me convençam! E como Ega permanecia mudo, a um canto do sofá, com os olhos no chão: - Dize alguma coisa, gritou-lhe Carlos. Duvida também, homem, duvida comigo!... É extraordinário! Todos vocês acreditam, como se isto fosse a coisa mais natural do mundo, e não houvesse por essa cidade fora senão irmãos a dormir juntos!’’ ‘’Ele tenteava, procurando na brancura da roupa: encontrou um joelho a que percebia a forma e o calor suave, através da seda leve: e ali esqueceu a mão, aberta e frouxa, como morta, num entorpecimento onde toda a vontade e toda a consciência se lhe fundiam, deixando-lhe apenas a sensação daquela pele quente e macia onde a sua palma pousava. Um suspiro, um pequenino suspiro de criança, fugiu dos lábios de Maria, morreu na sombra. Carlos sentiu a quentura do desejo que vinha dela, que o entontecia, terrível como o bafo ardente dum abismo, escancarado na terra a seus pés. Ainda balbuciou: «não, não…». Mas ela estendeu os braços, envolveu-lhe o pescoço, puxando-o para si, num murmúrio que era como a continuação do suspiro, e em que o nome de querido sussurrava e tremia. Sem resistência, como um corpo morto que um sopro impele, ele caiu-lhe sobre o seio. Os seus lábios secos acharam-se colados num beijo aberto que os humedecia. E de repente, Carlos enlaçou-a furiosamente, esmagando-a e sugando-a, numa paixão e num desespero que fez tremer todo o leito.” Cap. XVII “Era, surgindo do fundo do seu ser, ainda ténue mas já percetível, uma saciedade, uma repugnância por ela desde que a sabia do seu sangue!... Uma repugnância material, carnal, à flor da pele, que passava como um arrepio. (…) E desgraçadamente agora já não duvidava... Se partisse com ela, seria para bem cedo se debater no indizível horror de um nojo físico. E que lhe restaria então, morta a paixão que fora a desculpa do crime, ligado para sempre a uma mulher que o enojava - e que era... Só lhe restava matar-se!”
  • 11. SOFRIMENTO • Sofrimento de Afonso “Afonso da Maia, que um tremor tomara, agarrou-se um momento com força à bengala, caiu por fim pesadamente numa poltrona, junto do reposteiro. E ficou devorando o neto, o Ega com um olhar esgazeado e mudo.” (Cap. XVII) Mais tarde: “E afastou-se, todo dobrado sobre a bengala, vencido enfim por aquele implacável destino que depois de o ter ferido na idade de força com a desgraça do filho - o esmagava ao fim de velhice com a desgraça do neto”. (Cap. XVII)
  • 12. SOFRIMENTO • Sofrimento de Maria Eduarda “E Ega pousara apenas sobre o sofá a velha caixa de charutos da Monforte - quando Maria Eduarda entrou, pálida, toda coberta de negro, estendendo-lhe as mãos ambas.” Cap. XVII
  • 13. ANAGNORISE Feito por : • Guimarães; • Ega; • Vilaça; • Carlos; • Afonso; • Maria; “- Muito agradecido a V. Exa! Eu junto-lhe então um bilhete e V- Exa entrega-o da minha parte ao Carlos da Maia, ou à irmã. Ega teve um movimento de espanto: _ À irmã… A que irmã? (…) – A que irmã!? A irmã dele, à única que tem, à Maria!” Cap. XVI ‘’Parecia ter conservado um ânimo viril e firme: apenas os olhos lhe rebrilhavam, com um fulgor seco, ansiosos e mais largos na palidez que o cobria”
  • 14. CATÁSTROFE • Intriga principal: • A morte física de Afonso da Maia; • A quebra dos laços de paixão; • O nojo, a vergonha; • A separação dos irmãos;
  • 15. PAPEL DO DESTINO Semelhança dos nomes  Semelhança dos nomes de Carlos Eduardo e de Maria Eduarda “Maria Eduarda, Carlos Eduardo... Havia uma similitude nos seus nomes. Quem sabe se não pressagiava a concordância dos seus destinos” Cap. XI. pág. 346 ‘’um tal nome parecia-lhe conter todo um destino de amores e façanhas’’ Cap. II pág. 38  Semelhança dos nomes das três personagens femininas Maria Eduarda Runa, Maria Monforte e Maria Eduarda.
  • 16. PAPEL DO DESTINO Destino Implacável Após descobrir a identidade de Maria Eduarda, Afonso ‘’ afastou-se todo dobrado sobre a bengala, vencido enfim por aquele implacável destino que, depois de o ter ferido na idade da força com a desgraça do filho - o esmagava o fim da velhice com a desgraça do neto.’’ Capítulo XVII, pág. 646 Inevitabilidade do destino Ega refere-se ao destino quando diz que Carlos e a mulher que há-de ser sua estão ‘’ ambos insensivelmente, irresistivelmente, fatalmente marchando um para o outro’’ (Cap. VI, pág.152)
  • 17. INDÍCIOS DO DESENLACE TRÁGICO • Alusão por parte de Vilaça à fatalidade dos Maias ‘’ uma lenda, segundo a qual eram sempre fatais aos Maias as paredes do Ramalhete…’’ Capítulo I ‘’- Há três anos, quando o Sr. Afonso me encomendou aqui as primeiras obras, lembrei-lhe eu que, segundo uma antiga lenda, eram sempre fatais aos Maias as paredes do Ramalhete. O Sr. Afonso riu de agouros e lendas… Pois fatais foram!’’ Capítulo XVII ‘’ Os olhos de Maria perdiam-se outra vez na escuridão – como recebendo dela o presságio de um futuro onde tudo seria confuso e escuro também’’ Capítulo XIV
  • 18. INDÍCIOS DO DESENLACE TRÁGICO • A semelhança fisionómica de Carlos com a mãe, reconhecida por Maria Eduarda ‘’ Pareces-te com a minha mãe! […] – Tens razão – disse ela – que a mamã era formosa… Pois é verdade, há um não sei quê na testa, no nariz… Mas sobretudo certos jeitos, uma maneira de sorrir… Outra maneira que tu tens de ficar assim um pouco vago, esquecido… Tenho pensado nisto muitas vezes…’’ Capítulo XIV A semelhança temperamental de Maria Eduarda e Afonso da Maia, reconhecida por Carlos. ‘’ e nestas piedades Carlos achava-lhe semelhanças com o avô’’
  • 19. INDÍCIOS DO DESENLACE TRÁGICO • A advertência a Carlos, por parte de Ega, de que a sua volubilidade sentimental terá consequências trágicas ‘’ hás de vir a acabar[…] numa tragédia infernal’’ Capítulo VI •O sonho de Carlos, após a primeira visão de Maria Eduarda em frente ao Hotel central, evocando-a como uma deusa; • Decoração da Toca e da casa de Maria Eduarda: “os amores de Vénus e Marte”, “a cabeça degolada”, “uma enorme coruja” presentes na Toca. “os olhos de Maria Eduarda pendiam-se outra vez na escuridão – como recebendo dela o presságio de um futuro onde tudo seria confuso e escuro também” Capítulo XI ‘’um vaso do Japão onde murchavam três belos lírios brancos” Capítulo XI, pág. 347