O documento discute a morfologia urbana e a forma da cidade. Apresenta a visão de José Lamas sobre a importância da leitura físico-espacial da cidade e discute como diferentes sistemas como visual, tátil e olfativo influenciam a percepção e compreensão da forma urbana.
1. A FORMA URBANA
MORFOLOGIA
URBANA E DESENHO
DA CIDADE
JOSÉ M. RESSANO GARCIA LAMAS
CAROLINE RIBEIRO | LAILA GUIMARÃES
MARÍLIA AMORIM | PATRÍCIA MONTEIRO
2. INTRODUÇÃO
Processo antigo de formação do desenho e processo
melhorado.
Interação entre campo arquitetônico e urbanístico.
Forma urbana como transformação em espaço
urbano humanizado.
Cidade
Cidade Antiga Cidade Moderna
Contemporânea.
3. INTRODUÇÃO
José diz: "Todavia um primeiro grau de leitura da cidade
é eminentemente físico-espacial e morfológico, portanto
específico da arquitetura, e o único que permite evidenciar
a diferença entre este e outro espaço, entre esta e aquela
forma, e explicar as características de cada parte da
cidade. A este se juntam outros níveis de leitura que
revelam diferentes conteúdos (históricos, econômicos,
sociais e outros). Mas esse conjunto de leituras só foi
possível porque a cidade existe como fato físico e material.
Todos os instrumentos de leitura lêem o mesmo objeto - o
espaço físico, a FORMA URBANA.”
4. INTRODUÇÃO
Esse parágrafo enfatiza interação entre vários
campos na elaboração e produção de uma cidade,
quebrando a idéia de uma simples composição de
prédios, vias e natureza em um determinado espaço.
5. A MORFOLOGIA URBANA
Estuda os aspectos exteriores do meio urbano e as
suas relações recíprocas, determinando e
interpretando a paisagem urbana e a sua estrutura.
Conhecer o meio urbano implica na existência de
instrumentos de leitura e uma relação objeto-
observador.
Só a leitura disciplinar não consegue explicar o
objeto. É necessário o cruzamento de diferentes
leituras e informações para explicar a cidade.
6. A MORFOLOGIA URBANA
Porém, é comum que na
produção das formas urbanas
exista uma característica que seja
determinante e tenha em
qualquer análise.
O arquiteto ao produzir o seu
espaço, poderá dar
maior ênfase a este ou àquele
aspecto, o qual se revelará mais
evidente em análise posterior.
7. A MORFOLOGIA URBANA
Nas cidades atuais, certas formas apenas revelam
uma total sujeição do urbanismo à rentabilidade do
solo e à especulação fundiária.
“A destruição da paisagem rural e urbana
portuguesa efetuada nos últimos trinta anos revela, e
bem, as condições culturais, políticas e sociais em que
se projeta e se deixa construir em Portugal”.
8. A MORFOLOGIA URBANA
A morfologia urbana é o estudo da forma do meio
urbano nas suas partes físicas exteriores, ou
elementos morfológicos e na sua produção e
transformação no tempo.
É necessário ressaltar que um estudo morfológico
não é feito do conjunto de elementos sociais,
econômicos e outros. Estes são utilizado para a
explicação da produção da forma e da cidade como
elemento físico e construído, mas não são objeto de
estudo.
9. A MORFOLOGIA URBANA
Meio urbano:
Elementos morfológicos:
Interação
- de acordo com a leitura ou análise do espaço, dos
elementos
- de acordo com sua compreensão ou produção. morfológi-
cos entre si
Lote Fachada e com o
Solo Traçado/ Mobiliário
(parcela (plano A árvore espaço
(pavimento) Rua Urbano
fundiária) marginal) urbano
Produção e
transforma-
Edifícios Quarteirão Logradouro Praça Vegetação Monumento
ção no
tempo
10. A MORFOLOGIA URBANA
Níveis
(momentos de produção do espaço urbano)
planificação e prog-
os projetos dos ramação das quan-
tidades, das utiliza-
composição urbana edifícios ou das
ções (organização
(desenho urbano) diferentes quantitativa e
construções funcional) e das
localizações
11. A FORMA URBANA
É um conjunto de objetos arquitetônicos correlacionados e
organizados espacialmente. Sendo a arquitetura, o principal
meio de entendimento da cidade como estrutura espacial.
A forma física é um dado real, predominante em qualquer
descrição do meio urbano, é o resultado final dos problemas
postos ao urbanismo e à arquitetura.
12. FORMA E CONTEXTO
A forma deve atender às necessidades de um
contexto.
As formas arquitetônicas podem englobar tanto
critérios funcionais quanto de natureza estética,
devendo constituir uma solução para os problemas que
a analise urbanística pretende organizar e controlar.
13. FORMA E FUNÇÃO
A forma terá de se relacionar com a função de modo a
permitir o desenvolvimento eficaz das atividades que nela se
processam.
Princípios da arquitetura: a função, a construção e a arte.
Cada um assume um peso no processo criativo, podendo
variar em duas posições:
Funcionalista Antifuncionalismo
adequação da forma à função, “FORM
FOLLOWS FUNCTION”. defende a função se adaptando à forma,
Facilitou a realização de edificações, “FUNCTION FOLLOWS FORM”.
geralmente monofuncionais, repetitivas, fáceis
de projetar e executar, gerando monotonia nas
cidades.
14. FORMA E FIGURA
Encontramos na figura as motivações mais complexas e
profundas para a concepção da forma. Entende-se por
aspectos figurativos, os aspectos da forma que são
comunicáveis através dos sentidos. E figura, ao poder de
comunicação estética da forma. É através da mensagem
figurativa que a arquitetura e a arte urbana se revelam.
Toda a ação que humaniza a paisagem pode conter
objetivos e valores estéticos que se comunicam através dos
sentidos ou da percepção. Em suma os valores estéticos só
são comunicáveis através dos sentidos e , apesar de as
características da forma não se resumirem aos aspectos
sensoriais, estes são determinantes na sua compreensão.
15. SISTEMA DE ORIENTAÇÃO
É importante para o
conhecimento da cidade,
respeita o equilíbrio vertical e
permite que o homem possa
orientar-se na cidade.
Numa cidade dependerá
fundamentalmente de
sistemas de referência como
marcos, monumentos, bairros,
entre outros.
16. SISTEMA VISUAL
É através da visão que se constrói a parte mais
importante da imagem da cidade, no entanto, o sistema
de observação do espaço urbano, implica o movimento
e a captação do espaço em sequência visual.
17. SISTEMA TÁTIL
No sistema tátil se incluem
todas as percepções térmicas e de
fricção com a atmosfera, que
também são importantes na
vivência, compreensão e
caracterização da cidade.
18. SISTEMA OLFATIVO
Os cheiros e odores
caracterizam os lugares e
são parte do meio urbano. O
sistema olfativo pertence à
experiência da cidade,
embora seja um fator de
menor controle e incidência
no desenho da forma
urbana.
19. SISTEMAS
Cada sistema vai corresponder a uma característica da forma.
Contudo, as condições que se realiza a comunicação com o
ambiente, são essencialmente visuais.
A imagem da cidade é o meio de comunicar a sua forma física
e para que exista imagem é necessária uma relação entre objeto
e observador. No entanto, apesar de a imagem depende
primeiramente das características da forma.
A própria forma pode ser organizada com relativa
independência para atingir a comunicação visual; no fundo
trata-se de retomar os problemas da arte urbana e de
embelezamento da cidade com o objetivo de contribuir para um
ambiente mais estimulante.
20. REFERÊNCIAS
LAMAS, José. Morfologia Urbana E Desenho Da
Cidade. Ed. Fundação Calouste Gulbenkian. 2004. P. 19
– 62.
http://www.esteio.com.br/novoblog/blogs/index.ph
p/2008/02/21/morfologia_urbana
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/sao-
paulo/imagens/monumento-independencia-2.jpg
http://www.naturezabrasileira.com.br/fotos/watermar
k/wm_IMG12999.jpg
http://blogfut.zip.net/images/cidade_do_cabo.jpg
http://blogs.estadao.com.br/jt-
cidades/files/2011/10/CHEIRO_S1.jpg