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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

Edição janeiro/2009



Gerência de Comunicação

     Ana Paula Costa

Transcrição:

     Else Albuquerque

Copidesque:

     Adriana Santos

Revisão:

     Ana Paula Costa e Marcelo Ferreira

Capa e Diagramação:

     Junio Amaro
Introdução

    O autor das cartas de João foi o próprio João,
o apóstolo. Ao lermos essas cartas e o Evangelho
que leva seu nome, percebemos algumas seme-
lhanças, pois é fácil identificá-las, já que o próprio
João as sinaliza.
    A Primeira Carta de João é o livro de número
62 da Bíblia. Ela tem cinco capítulos, 105 versí-
culos e 2.523 palavras. Encontramos nessa Carta
cinco interrogações e, praticamente, 100 versícu-
los que são a narração de fatos que aconteceram.
Temos cinco versículos que são profecias que ain-
da não foram cumpridas.
    A Primeira Epístola de João foi escrita na cida-
de de Éfeso, logo após Jerusalém ter sido destru-

                          5
ída (no ano 70 a.C.) e no período anterior à per-
seguição aos cristãos. O apóstolo tinha ido para
a cidade de Éfeso porque exercia o trabalho de
supervisão de algumas igrejas. Tanto fora assim
que no livro do Apocalipse há uma carta direta
de João, pelo Espírito Santo, endereçada a Igre-
ja de Éfeso. Quando começou a seguir o Senhor,
João era o mais jovem entre os apóstolos. Talvez
tivesse entre 17 e 18 anos. Ele viveu quase um sé-
culo e sabemos que ele morrera já bem idoso.
    Chegar aos 100 anos de idade não é algo co-
mum em nosso País. As estatísticas costumam re-
gistrar um número bem pequeno de idosos com
idade de 100 anos. Tanto que quando alguém
ultrapassa mais de cem anos de idade, chega a
ser um fato histórico. E chegar a essa idade, cheio
da graça de Deus, é melhor ainda, é uma bênção.
É uma bênção quando você pode viver muitos
anos, e viver como João que, mesmo na velhice,
dera frutos, cheio da graça e da vida do Senhor.
    Estudemos, pois, a Primeira Carta de João, e
que sua vida seja mais e mais abençoada. É a mi-
nha oração.




                        6
ApresentAndo
   A CArtA

    Na Primeira Carta de João encontramos algu-
mas coisas muito interessantes. O assunto princi-
pal desta epístola era o problema dos falsos ensi-
nos acerca da salvação e do processo da salvação
na vida dos crentes. João era pescador quando
Jesus o chamou para segui-lo. Porém, no mo-
mento em que se deu o chamado, ele não estava
pescando, mas fazendo o conserto das redes. E
ao estudarmos as cartas que ele escrevera, per-
cebemos que o seu ministério era exatamente o
de “fazer consertos”, de fazer voltar ao que era no
início.

                        7
No fim do primeiro século, duas heresias terrí-
veis circulavam entre o povo, que assolavam não
só a sociedade na época, mas também afetava
até mesmo a própria Igreja de Cristo. Estas eram
o gnosticismo e o docetismo. A tese principal do
docetismo era a de que o corpo era algo mau, e
o espírito, algo bom. Assim, priorizava-se o espíri-
to, em detrimento total do corpo. Os adeptos do
docetismo apregoavam, portanto, que seja lá o
que você fizesse com o seu corpo, nada afetaria o
seu espírito. Tal doutrina diabólica dera margem
a uma vida de licenciosidade, traduzida em adul-
tério, bebedice e toda sorte de males, já que os
que abraçavam esse ensino criam piamente que
nada que fizessem com o corpo afetaria o espí-
rito. João deixou isso registrado em suas cartas,
porque este era o problema da época.
    Já o gnosticismo afirmava que o corpo de Je-
sus não era humano, mas espiritual. Talvez seja
por isso que João tenha alertado acerca do “es-
pírito do anticristo”, aquele que nega o estado
humano de Jesus Cristo. João escrevera essa Car-
ta justamente para admoestar e alertar a Igreja,
uma vez que tal doutrina já tinha chegado aos
corações de alguns, a ponto desses terem aban-
donado a comunhão da igreja. João assim escre-
ve acerca dos “anticristos”: “Eles saíram do nosso

                         8
meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se
tivessem sido dos nossos, teriam permanecido co-
nosco; todavia, eles se foram para que ficasse mani-
festo que nenhum deles é dos nossos.” (1Jo 2.19).
    Meus irmãos, a espinha dorsal da Igreja é o
ensino, a doutrina no sentido dos princípios fir-
mados na Palavra de Deus que a regem. Partici-
par dos momentos de comunhão da igreja não
se restringe ao fato de a pessoa ir a ela, conversar,
orar, receber uma bênção e ir embora. Estar na
igreja implica receber de seus líderes o ensino
com base na Palavra de Deus. Quando a pessoa
não tem uma forte compreensão doutrinária,
torna-se mais fácil de ela ser levada de um lado
para o outro por ventos doutrinários, e ela acaba
se alimentando mal, espiritualmente falando.
    O resultado da proliferação dessas falsas e he-
réticas doutrinas é que esses ensinos daninhos
contribuíram por distorcer, numa escala conside-
rável, a verdade do Evangelho. Daí o fato de João
ter se levantado contra essas heresias. Uma delas,
dentre as inúmeras outras, era a que punha em
cheque a questão da vida eterna, da vida após a
morte. Basicamente, a afirmação que se fazia era
essa: “Ninguém pode saber se existe a vida eterna;
ninguém sabe se irá para o céu; ninguém pode ter
esta certeza”. João então se levanta e escreve

                         9
esta Carta porque, no final do primeiro século, a
heresia tinha corrido por todos os lados no que
tange à salvação. Meus irmãos, a heresia era que
eles negavam que Jesus era o Cristo, que Ele era a
propiciação pelos nossos pecados.
    No capítulo 1, verso 6, João escreve: “Se disser-
mos que mantemos comunhão com ele e andarmos
nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.”
Muitos, imbuídos de falsos ensinos e falsas here-
sias e já contaminados por tudo isso, afirmavam:
“Olha, você pode ser um cristão, mas você não pre-
cisa obedecer aos mandamentos”. Meus irmãos,
existe alguma coisa que é ligada à nossa nature-
za, que é a resistência em obedecer. Há até quem
afirme: “Se há governo, eu sou contra”.
    No capítulo 2, verso 2, está registrado: “E ele é
a propiciação pelos nossos pecados e não somente
pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo
inteiro.” Já no capítulo 5, verso 1, ele disse: “Todo
aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de
Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou tam-
bém ama ao que dele é nascido.” Ainda no verso 13
do mesmo capítulo (5), João afirmou porque es-
crevera sua Carta: “Estas coisas vos escrevi, a fim de
saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que
credes em o nome do Filho de Deus.” Esses homens
diziam que não havia necessidade de ter fé para

                         10
receber a salvação, que não era necessário ter a fé
que produz a salvação.
    A razão de João ter escrito sua primeira carta
era essa: a de alertar e conscientizar a Igreja quan-
to à realidade e aos perigos dos falsos ensinos e
falsos mestres.




                         11
12
IntelIgênCIA
  é obedIênCIA

    No capítulo 2, versos de 3 a 6, João trouxe,
de forma clara, a necessidade da obediência
aos mandamentos de Deus. “Ora, sabemos que
o temos conhecido por isto: se guardarmos os seus
mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço e não
guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele
não está a verdade. Aquele, entretanto, que guar-
da a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido
aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que
estamos nele; aquele que diz que permanece nele,
esse deve também andar assim como ele andou.”
    Outro ponto que João aborda sobre a obedi-

                       13
ência é que ela nos faz ter uma vida separada da-
quela que o mundo, enquanto sistema corrom-
pido e compactuado com o pedado e as trevas,
nos oferece. Ainda no capítulo 2 da sua Primeira
Carta, nos versos 15 a 17, João escreveu: “Não
ameis o mundo nem as coisas que há no mundo.
Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está
nele; porque tudo que há no mundo, a concupis-
cência da carne, a concupiscência dos olhos e a
soberba da vida, não procede do Pai, mas procede
do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua
concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade
de Deus permanece eternamente.” O mundo não é
apenas o espaço físico, aquilo que vemos, como
montanhas, árvores e rios. A palavra “mundo” a
que me refiro diz respeito ao ‘cosmos’, ou seja,
a este sistema que jaz nas mãos do maligno. O
mundo, com todo o seu glamour, com todo o seu
néon, que atrai tanto as pessoas. E é a esse mun-
do que João se refere quando disse: “Não ameis o
mundo”. O nosso coração deve amar inteiramen-
te ao Senhor. Ele tem de estar no centro da nossa
vida.
    João apresenta, agora no capítulo 3, versos 7
ao 10, uma separação do pecado: “Filhinhos, não
vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pra-
tica a justiça é justo, assim como ele é justo. Aquele

                         14
que pratica o pecado procede do Diabo, porque o
Diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se
manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras
do Diabo. Todo aquele que é nascido de Deus não
vive na prática do pecado; pois o que permane-
ce nele é a divina semente; ora, esse não pode vi-
ver pecando, porque é nascido de Deus. Nisto são
manifestos os filhos de Deus e os filhos do Diabo:
todo aquele que não pratica justiça não procede de
Deus, nem aquele que não ama seu irmão.”
    João, de uma forma direta, na sua epístola,
tratou destas duas realidades: a da fé e a da con-
duta. Essas duas realidades estão fortemente en-
trelaçadas nessa Carta, porque os falsos mestres,
aqueles que saíram e que deixaram a simplicida-
de do Evangelho, eram chamados por João de
“anticristos”.




                       15
16
do outro
         lAdo

    No capítulo 2, verso 18, João afirmou: “Filhi-
nhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem
o anticristo, também, agora, muitos anticristos
têm surgido; pelo que conhecemos que é a última
hora.” No livro do Apocalipse, encontramos um
ser chamado “o anticristo”. Mas existe o “espírito
do anticristo”, e vamos encontrar “anticristos”, ou
seja, aqueles que vão contra a doutrina de Cris-
to, contra a pessoa do Senhor, contra os seus en-
sinamentos. Por isto, João diz: “[...] agora, muitos
anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que
é a última hora. Eles saíram do nosso meio; entre-

                        17
tanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem
sido dos nossos, teriam permanecido conosco;
todavia, eles se foram para que ficasse manifesto
que nenhum deles é dos nossos. E vós possuís un-
ção que vem do Santo e todos tendes conhecimen-
to. Não vos escrevi porque não saibais a verdade;
antes, porque a sabeis, e porque mentira alguma
jamais procede da verdade. Quem é o mentiroso,
senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este
é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho.” (1 João
2.18-22).
    “Jesus” significa “Salvador”. A palavra “Cristo”
significa “Messias” ou “Ungido”. Aquele que nega
que Jesus, o Salvador, é o Messias, o Ungido, nele
está agindo o “espírito do anticristo”. É interessan-
te que na sua Carta, João abordou estes pontos
de uma forma muito clara. E ele fez alguns con-
trastes. Ele falou sobre a luz e as trevas, a verdade
e a mentira, a justiça e o pecado, o amor e o ódio,
sobre amar o mundo e amar a Deus. E também
sobre os filhos de Deus e os filhos do diabo. Não
gostamos muito de dizer “filho do diabo”, mas é
preciso encarar a realidade: ou a pessoa é filha de
Deus ou é filha do diabo. Aquele que é filho do
diabo pode se converter em filho de Deus. É esta
a realidade da salvação, é isto que João escreveu
de uma forma tão clara.

                         18
o defensor

    A Primeira Carta de João é o único escrito no
Novo Testamento que fala de Jesus como nosso
Advogado. No capítulo 2, versos 1 e 2, ele diz: “Fi-
lhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não
pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advoga-
do junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.” Esta palavra
“advogado” é a palavra “paráclito”; é a mesma
palavra usada para o Espírito Santo, que é tam-
bém o nosso “paráclito”, ou seja, aquele que vai
ao nosso lado. Ele é o nosso Advogado de defesa.
O verso 2 diz: “E ele é a propiciação pelos nossos
pecados e não somente pelos nossos próprios, mas
ainda pelos do mundo inteiro.”
    Meus irmãos, onde Jesus está agora? Podemos

                         19
dizer que Ele está em todo lugar, por meio do seu
Espírito, da sua presença. Mas Ele está diante do
Pai, como nosso Advogado. Quando você “pisa
na bola” e peca, as consequências do pecado te-
riam de vir sobre a sua vida; então, por que será
que quando você ora e suplica pelo perdão, você
o recebe? Por causa do Advogado de defesa que
é Jesus Cristo. Jesus não traz argumentos diante
do Pai, dizendo: “Ah, ele não pecou, ele não errou”.
Normalmente, na justiça humana, os advogados
tentam provar a inocência, mas, diante do Se-
nhor, Jesus, como Advogado, Ele diz: “Ele fez isto,
ele pecou, não é inocente”. Mas ele também mos-
tra ao Pai as marcas dos cravos. Por isto João diz:
“Ele é a propiciação pelos nossos pecados.”
    No Velho Testamento, no livro de Levítico, é
citado o Tabernáculo, que era o lugar de visitação
de Deus. E no Tabernáculo, havia o propiciatório,
que era o local onde o sangue de um animal sa-
crificado era colocado. E aquele sangue era uma
figura do sangue do Senhor que seria derrama-
do na cruz em nosso lugar. Por isso, temos hoje a
graça de recebermos o perdão. Não encontramos
nenhuma referência do Antigo Testamento na
Carta de João. Não há também nenhuma referên-
cia à ressurreição de Jesus, mas sim, à realidade
de que Ele está vivo, totalmente, completamente.

                        20
Mas encontramos algumas palavras fortes cita-
das por João, como: luz, verdade, crer, permane-
cer, conhecer, amor, justiça, testemunho, nascido
de Deus, vida eterna, entre outras.
    Meus irmãos, vemos que a fé e a conduta de-
vem andar juntas e não podem se separar. Exis-
tem muitas pessoas que têm fé, mas quando as
observamos na sua conduta, não vemos nelas a
vida de Deus. No aspecto doutrinário, tem muita
gente correndo atrás de novidade. Não há nada
novo, não existe uma única revelação de Deus
que não esteja “presa” dentro da Bíblia. O após-
tolo Paulo disse: “Mas, ainda que nós ou mesmo
um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que
vá além do que vos temos pregado, seja anátema.”
(Gálatas 1.8).
    Anátema significa maldito. Porém, hoje é pos-
sível ver tanta gente correndo em busca de evan-
gelhos, os mais esquisitos possíveis. João expõe
a verdadeira característica da comunhão com o
Senhor e traz algumas evidências que os cren-
tes precisam saber e ter, como a certeza da vida
eterna. Há um momento muito forte, quando a fé
lança raízes em nossa própria vida.




                       21
22
AlgumAs
    evIdênCIAs
   dA pessoA de
       Jesus

    Nosso culto é centrado na pessoa de Jesus.
Mas se olharmos, não veremos nenhuma ima-
gem de Jesus, porque Ele mesmo proibiu e dis-
se que não deveríamos fazer isso, e que tudo o
mais é engodo, engano. Jesus não permitiu que
ficasse absolutamente nada, um único pontinho,
para que as pessoas pudessem dizer: “Isso aqui é
a prova palpável”.

                      23
Quando vamos a Israel, não vemos um só
lugar que possamos dizer: “Jesus pisou aqui”. Lá
tem o Mar da Galiléia, mas a água já é diferente.
Lá tem o monte das Oliveiras, mas afirmar que
fora ali não é prudente. Isto porque Ele conhecia
a tendência do coração do homem. Só na Idade
Média venderam inúmeros pedacinhos da cruz
‘verdadeira’ de Jesus. Ou seja, pedaço da cruz é
idolatria. Não existe isso. Você pode ir à Belém,
mas não pode especificar: “Este é o lugar onde Je-
sus nasceu”. Nada disso, porque a tendência do
coração do homem é a de fazer lugar de perdi-
ção, onde as pessoas estariam sendo desviadas.
A fé é espiritual. Eu sei que Jesus está presente no
nosso culto, pois o mesmo é centrado na pessoa
dele. Tenho a lucidez de saber que a imagem não
reflete a presença real e viva dele.




                        24
CInCo
      evIdênCIAs
       que João
       levAntA

    Em sua Carta, falando acerca da pessoa de Je-
sus, João apresenta cinco evidências de sua real
existência e autoridade:
    - A primeira evidência: Jesus existe antes de
todas as coisas. João, em sua Carta, apresenta a
verdade apostólica acerca de Jesus. No capítulo
1, versos 1 a 3, ele disse: “O que era desde o prin-
cípio, o que temos ouvido, o que temos visto com

                        25
os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e
as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo
da vida (e a vida se manifestou, e nós a temos visto,
e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a
vida eterna, a qual estava no Pai e nos foi manifes-
tada), o que temos visto e ouvido anunciamos tam-
bém a vós outros, para que vós, igualmente, mante-
nhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão
é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.” Aqui João
volta ao prólogo do Evangelho. “No princípio era
o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era
Deus.” Jesus não se parece com Deus; Jesus Cristo
é Deus.
    Agora no capítulo 2, versos 21 e 22, João dis-
se: “Não vos escrevi porque não saibais a verdade;
antes, porque a sabeis, e porque mentira alguma
jamais procede da verdade. Quem é o mentiroso,
senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o
anticristo, o que nega o Pai e o Filho.” Os apóstolos
anunciavam essa verdade: que Jesus é o Cristo.
O espírito do anticristo é aquele que nega que
Jesus é o Cristo. Alguns religiosos afirmam que
Jesus é um espírito evoluído. A verdade das Es-
crituras não mostra isso. A Palavra diz que Jesus
é o Cristo.
    No capítulo 4, versos 2 e 3, lemos: “Nisto reco-
nheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confes-

                         26
sa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo
espírito que não confessa a Jesus não procede de
Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo,
a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presen-
temente, já está no mundo.” Agora veja o verso 15:
“Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus,
Deus permanece nele, e ele, em Deus.” Já no capí-
tulo 5, verso 1, é dito: “Todo aquele que crê que
Jesus é o Cristo é nascido de Deus; e todo aquele
que ama ao que o gerou também ama ao que dele
é nascido.” Agora veja o verso 5 (do capítulo 5):
“Quem é o que vence o mundo, senão aquele que
crê ser Jesus o Filho de Deus?” No verso 10, João
afirma: “Aquele que crê no Filho de Deus tem, em si,
o testemunho. Aquele que não dá crédito a Deus o
faz mentiroso, porque não crê no testemunho que
Deus dá acerca do seu Filho.”
    Encontramos duas vezes aqui e duas vezes no
Evangelho de Marcos a narração do fato de quan-
do o céu se abrira e o próprio Deus, o Pai, dera
testemunho de seu Filho. O primeiro episódio foi
durante o batismo de Jesus por João. A outra foi
na transfiguração. Na transfiguração, o Pai diz:
“Este é o meu Filho, a ele ouvi.” No batismo, Ele afir-
mara: “Este é o meu Filho, em quem me comprazo.”
    Este é o testemunho de Deus: “Este é o meu
Filho, a Ele ouvi”. Tem tanta gente ouvindo tanta

                          27
bobagem por aí. Deixe a simplicidade do Evange-
lho e a realidade do testemunho do Senhor inun-
dar o seu coração. Assim está escrito no verso 20:
“Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e
nos tem dado entendimento para reconhecermos
o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Fi-
lho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida
eterna.”
    De uma forma clara, os apóstolos anunciaram
a realidade da pessoa do Senhor. Mas a nossa fé
em Jesus só se transforma em realidade quando
entramos pelo caminho da obediência. Em Peda-
gogia, há uma expressão que diz, mais ou menos,
assim: “Só há aprendizado quando há mudança
de comportamento”. Se não existir mudança de
comportamento, não houve aprendizado. Apren-
dizado provoca mudança de comportamento.
Por isto Jesus dizia assim: “Por que me chamais
Senhor, Senhor e não fazeis o que eu vos mando?”
(Lucas 6.46).
    Novamente, nos versos 3 a 11 do capítulo 2 de
João, vemos a evidência de quem é obediente e
guarda os mandamentos do Senhor. “Ora, sabe-
mos que o temos conhecido por isto: se guardamos
os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço
e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e
nele não há verdade. Aquele, entretanto, que guar-

                        28
da a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido
aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que
estamos nele: aquele que diz que permanece nele,
esse deve também andar assim como ele andou.
Amados, não vos escrevo mandamento novo, se-
não mandamento antigo, o qual, desde o princípio,
tivestes. Esse mandamento antigo é a palavra que
ouvistes. Todavia, vos escrevo novo mandamento,
aquilo que é verdadeiro nele e em vós, porque as
trevas se vão dissipando, e verdadeira luz já brilha.
Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até
agora, está nas trevas. Aquele que ama a seu irmão
permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço.
Aquele, porém, que odeia a seu irmão está nas tre-
vas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai,
porque as trevas lhe cegaram os olhos.”
    Reparem nos versos acima que a expressão
“sabemos” é citada várias vezes. Nossa fé é uma fé
de conhecimento, e por isto você precisa saber.
Tem gente que não gosta de aprender, e por falta
de conhecimento, uma pessoa pode ser levada
de um lado a outro, sendo enganada, manipula-
da, como um fantoche. No capítulo 5 de 1 João,
versos 3 e 4, vemos João contra aqueles que es-
tavam se desviando. E desviar não é só ir para o
adultério, para a farra, para o jogo, não. Muitas
vezes, a pessoa pode estar desviada e continuar

                         29
frequentando normalmente os cultos. Contudo,
sua mente se encontra repleta de confusão. Veja
o que está escrito no texto: “Porque este é o amor
de Deus: que guardemos os seus mandamentos;
ora, os seus mandamentos não são penosos, por-
que todo o que é nascido de Deus vence o mundo;
e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.
Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê
ser Jesus o Filho de Deus?” Os mandamentos do
Senhor não foram dados para nos trazer fardos,
mas proteção.
    - A segunda evidência: um viver santo: este
viver santo significa afastar-se do pecado para
estar em comunhão com Deus. Se não existir o
desejo de afastar-se do pecado, algo está ainda
muito confuso. Assim lemos no capítulo 1, verso
6: “Se dissermos que mantemos comunhão com
ele e andarmos nas trevas, mentimos e não prati-
camos a verdade.” Deus é luz. É por isto que no
verso 5, João disse: “Ora, a mensagem que, da par-
te dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que
Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.” Por isto
somos “cheios de luz”. As coisas ocultas não pro-
vêm de Deus. Onde há a presença do Eterno, há
luz, transparência. É o desejo de Deus. Na nossa
fé, tudo precisa ser limpo, às claras. Deus é luz, e
nele não há nenhuma treva. Deus não é glorifica-

                        30
do em tijolo e cimento; o que glorifica o Senhor é
a Igreja, o Corpo vivo de Cristo.
    - A terceira evidência: ódio e repúdio ao pe-
cado. Isso também é evidência clara da salvação.
É você não querer absolutamente nada com o
pecado. Olhe o verso 6: “Se dissermos que man-
temos comunhão com ele e andarmos nas trevas,
mentimos e não praticamos a verdade.” A pior
mentira é aquela que você fala para você mesmo.
O verso 7 também revela: “Se, porém, andarmos
na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão
uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho,
nos purifica de todo pecado.” E o efeito da purifi-
cação do sangue de Cristo só acontece quando
estamos na luz e na comunhão do Senhor. É o
que está escrito no texto: “Se, porém, andarmos
na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão
uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho,
nos purifica de todo pecado.” Se a pessoa está com
ódio no coração, vivendo uma vida dupla, e ora:
“Jesus, lave o meu coração com teu sangue”, mas
vive sempre atormentado pela culpa é porque
não resolveu o problema. Aqui, a Palavra, de uma
forma clara, revela que é preciso andar na luz.
Você precisa ter transparência, ter comunhão.
    Existem pessoas que têm ódio no coração. E
João fala muito sobre isto. Você precisa ser resol-

                        31
vido para que o sangue de Jesus e a obra da cruz
seja efetiva na sua vida. A obra da cruz traz sor-
riso, paz, satisfação plena, e vida. É por isto que
João afirma nos versos 8 a 10: “Se dissermos que
não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos en-
ganamos, e a verdade não está em nós. Se confes-
sarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos
perdoar os pecados e nos purificar de toda a injus-
tiça. Se dissermos que não temos cometido pecado,
fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em
nós.”
    Na Carta aos Romanos é mencionada a pala-
vra pecado, no singular, e a palavra pecados, no
plural. Já em João a palavra pecado está mencio-
nada no singular. “Se dissermos que não temos pe-
cado”, ou seja, a natureza pecaminosa. Fazendo
uma analogia: o limoeiro (singular) vai produzir
limões (plural). Pecados (plural) sempre é fruto,
mas a Escritura fala do pecado (singular), que é a
natureza pecaminosa. Um bebezinho tem a natu-
reza chamada pecado e, no tempo certo, quando
alcançar a idade da razão, ele vai manifestar os
frutos. O que Jesus faz na nossa vida não é ficar
arrancando os “limões”, ou seja, os pecados, mas
ele muda a nossa natureza. Por isto cantamos:
“Recebi um novo coração do Pai, coração regenera-
do”. É isso que Ele nos dá. É isso que Ele faz.

                         32
Observe que os versos 7, 8, 9 e 10 apresen-
tam uma condicional para cada um dos con-
textos que menciona esses versos. A condicio-
nal é “SE”. O verso 9, por exemplo, registra: “Se
confessarmos”. E este confessar não é uma con-
fissão sob pressão. Confessar para Deus é dife-
rente. Significa contar para Ele aquilo que Ele já
sabe, pois para Ele não é surpresa nenhuma os
nossos pecados – até aqueles que estão bem
escondidos, que “só nós sabemos”. Ele conhe-
ce, pois Ele sabe de todas as coisas. Quando
você rasga a sua alma diante do Senhor, ten-
do a consciência de que errou, que entristeceu
o coração do Pai, você demonstra humildade,
submissão, quebrantamento. Saiba que o pe-
cado deve ser consertado uma única vez. Se
eu chegar diante do Senhor e pedir a lista dos
meus pecados da semana passada, ele vai di-
zer: “Márcio, está tudo limpo, não me lembro do
seu passado!” O que Ele faz com os nossos pe-
cados? Quando Ele perdoa, Ele esquece. Ago-
ra, se Deus esquece, por que vamos lembrar?
É o diabo que fica desenterrando os erros na
sua mente. Algumas vezes, ele traz situações,
as mais terríveis. Aquilo que foi resolvido, está
resolvido. Algumas pessoas entram por um ca-
minho que as destroem.

                       33
O verso 10 registra: “Se dissermos que não te-
mos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a
sua palavra não está em nós.” E João vai mais lon-
ge: “Estas coisas vos escrevo para que não pequeis.
Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto
ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.” E ainda, no verso 29,
ele afirma: “Se sabeis que ele é justo, reconhecei
também que todo aquele que pratica a justiça é
nascido dele.”
    Já no capítulo 3, versos 1 a 10, João escreveu:
“Vede que grande amor nos tem concedido o Pai,
a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de
fato, somos filhos de Deus. Por essa razão o mun-
do não nos conhece, porquanto não o conheceu a
ele mesmo. Amados, agora, somos filhos de Deus,
e ainda não se manifestou o que haveremos de ser.
Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos
semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como
ele é. E a si mesmo se purifica todo o que nele tem
esta esperança, assim como ele é puro. Todo aquele
que pratica o pecado também transgride a lei, por-
que o pecado é a transgressão da lei. Sabeis tam-
bém que ele se manifestou para tirar os pecados, e
nele não existe pecado. Todo aquele que permanece
nele não vive pecando; todo aquele que vive pecan-
do não o viu, nem o conheceu. Filhinhos, não vos
deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a

                         34
justiça é justo, assim como ele é justo. Aquele que
pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo
vive pecando desde o princípio. Para isto se mani-
festou o Filho de Deus: para destruir as obras do
diabo. Todo aquele que é nascido de Deus não vive
na prática do pecado; pois o que permanece nele é
a divina semente; ora, esse não pode viver pecan-
do, porque é nascido de Deus. Nisto são manifestos
os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele
que não pratica justiça não procede de Deus, nem
aquele que não ama a seu irmão”. Meus irmãos,
são evidências e estas evidências fluem também
por meio da manifestação do nosso amor de uns
para com os outros.
    - A quarta evidência: o amor aos irmãos. No
capítulo 2, nos versos 9 a 11, João disse: “Aquele
que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até ago-
ra, está nas trevas. Aquele que ama a seu irmão
permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço.
Aquele, porém, que odeia a seu irmão está nas tre-
vas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai,
porque as trevas lhe cegaram os olhos.” E ainda no
capítulo 3, verso 10: “Nisto são manifestos os filhos
de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não
pratica a justiça não procede de Deus, nem aquele
que não ama a seu irmão.” Veja o verso 11: “Por-
que a mensagem que ouvistes desde o princípio é

                         35
esta: que nos amemos uns aos outros.” E o verso
14: “Nós sabemos que já passamos da morte para
a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não
ama permanece na morte.”
          Você tem que amar o seu irmão. Comece
a marcar nas Escrituras a palavra ‘saber’. O gos-
toso de participarmos da igreja é, também, para
vermos os irmãos. Eu gosto muito do templo da
Lagoinha porque cada um pode ver o rosto do
outro. O templo no formato retangular não per-
mite que os rostos sejam vistos lado a lado. Nele,
um irmão só vê a nuca do outro. Mas na nossa
igreja, sempre alguém vai olhar para você.
    Olhe agora o verso 16: “Nisto conhecemos o
amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos
dar nossa vida pelos irmãos.” Normalmente, sa-
bemos de cor João 3.16: “Porque Deus amou ao
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigê-
nito, para que todo o que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna.” Mas, e o outro verso, o de
1 João 3.16? O que está escrito? “Nisto conhece-
mos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e
devemos dar nossa vida pelos irmãos.” Isso é para
ser colocado em prática. Aliás, toda a Palavra de
Deus é para ser praticada. Muitos colocam ade-
sivos nos carros com versículos bíblicos, estam-
pam camisetas, pintam quadros, porém não co-

                       36
locam em prática o conteúdo dos textos bíblicos.
A Palavra de Deus não é e não pode servir como
objeto de decoração, e sim como alimento que
nos sustenta, que nos dá vida, que nos dá força,
e também como alimento que deve ser repartido
com os que necessitam. Se precisar, doaremos o
alimento, a vida em favor de um irmão.
    Meus irmãos, Igreja é isto. O sonho de Deus e
o qual temos buscado é o da qualidade. Quanti-
dade com qualidade, ou seja, irmãos que tenham
a graça de doarem a vida; é você interceder pelo
seu irmão, orar por ele. Se ele precisar de um rim,
você estará disposto a doar um de seus rins a
ele, não porque é seu parente, mas porque é seu
irmão em Cristo. Nos versículos 17 e 18, lemos:
“Ora, aquele que possui recursos deste mundo, e vir
a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu
coração, como pode permanecer nele o amor de
Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de
língua, mas de fato e de verdade.” Não diga a fra-
se “eu o amo” apenas, mas ame de fato. Quantas
vezes você tirou dinheiro do bolso e abençoou
um irmão que estava precisando? Quantas vezes
você deu carona (de boa vontade) para um irmão
que mora do lado da cidade? Quantas vezes você
hospedou irmãos de outras cidades que vieram
participar de uma reunião da igreja e que não ti-

                        37
nham como pagar diárias em um hotel? Quantas
vezes você dividiu o seu prato de comida com al-
guém que não tinha nada para comer? Quantas
vezes você doou o seu melhor para aquela pes-
soa que você nunca viu, mas que bateu no seu
portão pedindo apenas uma esmola?
    Certa vez, um irmão testemunhou numa rá-
dio que quando estava no mundo, sentira muita
fome. Um dia de domingo, ele bateu na porta de
uma pessoa pedindo comida, pois estava sem
comer por muitos dias. A mulher que o atendera
juntou os restos de comida dos pratos, colocou
em um saquinho de leite e entregou para ele. O
irmão contou que tinha até pedaços de ossos de
frango no meio da comida, mas ele comeu, pois
estava com muita fome. O tempo passou e ele foi
resgatado pelo Senhor e hoje se assenta na mesa
do Mestre para saborear do melhor banquete,
porém não se esquecera do gesto daquela se-
nhora. Ela não doou o melhor.
    Não irmãos, não é assim que devemos agir.
Se alguém lhe pedir comida, faça o prato como
se fosse para você. Doe amor! No capítulo 4, ver-
sos 7 a 21, está escrito: “Amados, amemos-nos
uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e
todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece
a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus,

                       38
pois Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de
Deus em nós; em haver Deus enviado o seu Filho
unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele.
Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos
amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou
o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.
Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos
nós também amar uns aos outros. Ninguém jamais
viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus per-
manece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiço-
ado. Nisto conhecemos que permanecemos nele, e
ele, em nós: em que nos deu do seu Espírito. E nós te-
mos visto e testemunhamos que o Pai enviou o seu
Filho como Salvador do mundo. Aquele que con-
fessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece
nele, e ele em Deus. E nós conhecemos e cremos no
amor de Deus por nós. Deus é amor, e aquele que
permanece no amor permanece em Deus, e Deus,
nele. Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que,
no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, se-
gundo ele é, também nós somos neste mundo. No
amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança
fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo,
aquele que teme não é aperfeiçoado no amor. Nós
amamos porque ele nos amou primeiro. Se alguém
disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão é mentiroso;
pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê,

                         39
não pode amar a Deus, a quem não vê. Ora, temos,
da parte dele, este mandamento: que aquele que
ama a Deus, ame também a seu irmão.”
   - A quinta evidência: a vida de Deus em nós.
É o testemunho do próprio Espírito. O próprio
Deus habita em nós. É por isto que podemos ser
uma comunidade em que todos têm um cora-
ção transformado. A Palavra revela no capítulo 2,
verso 20 da Primeira Carta de João: “E vós possuís
unção que vem do Santo e todos tendes conheci-
mento.” No verso 27, também lemos: “Quanto a
vós outros, a unção que dele recebestes permanece
em vós, e não tendes necessidade de que alguém
vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a res-
peito de todas as coisas, e é verdadeira, e não falsa,
permanecei nele, como também ela vos ensinou.”
No capítulo 4, verso 13, está escrito: “Nisto conhe-
cemos que permanecemos nele, e ele, em nós: em
que nos deu do seu Espírito.”
   A Palavra registra que o amor foi derramado
em nossos corações pelo Espírito que nos foi
dado. É a vida do Senhor. É esta a evidência do tes-
temunho do Espírito Santo no crente. João afirma
que nós podemos saber que temos a vida eterna
quando estas evidências vão sendo manifestadas
em nossa vida: a evidência do amor de Deus, do
amor de uns para com os outros, do Espírito San-

                         40
to na nossa vida, da verdade apostólica a respeito
de Jesus, de uma fé obediente aos mandamentos
do Senhor, de um viver santo, afastado do peca-
do, para a comunhão com o Senhor.




                       41
42
ConClusão

    Meus irmãos, a maior evidência de que so-
mos do Senhor é quando testemunhamos de
sua Palavra em nós aos muitos perdidos e cegos
por falsos ensinos. Amamos o Senhor e conhe-
cemos sua Palavra, para, também, não sermos
enganados por falsos mestres e pelo espírito do
anticristo. E também porque amamos o Senhor,
já que Ele nos amou primeiro, devemos amar aos
nossos irmãos e até mesmo aqueles que nos per-
seguem.
    Não apenas saber sobre a Primeira Carta do
apóstolo João, mas que possamos cumprir com
o que ela nos ensina, a fim de que sejamos uma
carta viva em Cristo àqueles que estão próximos

                      43
ou distantes de nós: sejam nossos irmãos em
Cristo ou os milhares e milhares de perdidos. Essa
é minha oração.

   Com amor, em fé.

   Pr. Márcio Valadão.




                         44
Jesus te
  AmA e quer
    voCê!

    1º PASSO: Deus o ama e tem um plano
maravilhoso para sua vida. “Porque Deus
amou o mundo de tal maneira que deu o seu Fi-
lho unigênito, para que todo o que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16).

   2º PASSO: O Homem é pecador e está
separado de Deus. “Pois todos pecaram e
carecem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b).


                      45
3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus,
para o conflito do homem. “Respondeu-
lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a
vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.“
(Jo 14.6).

    4º PASSO: É preciso receber a Jesus
em nosso coração. “Mas, a todos quan-
tos o receberam, deu-lhes o poder de serem
feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem
no seu nome.“ (Jo 1.12a). “Se, com tua boca,
confessares Jesus como Senhor e, em teu co-
ração, creres que Deus o ressuscitou dentre
os mortos, será salvo. Porque com o coração
se crê para justiça e com a boca se confessa a
respeito da salvação.” (Rm 10.9-10).

    5º PASSO: Você gostaria de receber a
Cristo em seu coração? Faça essa oração
de decisão em voz alta:
    “Senhor Jesus eu preciso de Ti, confesso-
te o meu pecado de estar longe dos teus ca-
minhos. Abro a porta do meu coração e te re-
cebo como meu único Salvador e Senhor. Te
agradeço porque me aceita assim como eu



                     46
sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo estar
sempre dentro dos teus planos para minha
vida, amém”.

   6º PASSO: Procure uma igreja evan-
gélica próxima à sua casa.
   Nós estamos reunidos na Igreja Batista
da Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360,
bairro São Cristóvão, Belo Horizonte, MG.
   Nossa igreja está pronta para lhe acom-
panhar neste momento tão importante da
sua vida.
   Nossos principais cultos são realizados
aos domingos, nos horários de 10h, 15h e
18h horas.

   Ficaremos felizes com sua visita!




                   47
Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

         Gerência de Comunicação



 Rua Manoel Macedo, 360 - São Cristóvão

   CEP 31110-440 - Belo Horizonte - MG

             www.lagoinha.com




                    48

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A mensagem de João contra as heresias gnósticas e docéticas

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  • 2.
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  • 4. Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha Edição janeiro/2009 Gerência de Comunicação Ana Paula Costa Transcrição: Else Albuquerque Copidesque: Adriana Santos Revisão: Ana Paula Costa e Marcelo Ferreira Capa e Diagramação: Junio Amaro
  • 5. Introdução O autor das cartas de João foi o próprio João, o apóstolo. Ao lermos essas cartas e o Evangelho que leva seu nome, percebemos algumas seme- lhanças, pois é fácil identificá-las, já que o próprio João as sinaliza. A Primeira Carta de João é o livro de número 62 da Bíblia. Ela tem cinco capítulos, 105 versí- culos e 2.523 palavras. Encontramos nessa Carta cinco interrogações e, praticamente, 100 versícu- los que são a narração de fatos que aconteceram. Temos cinco versículos que são profecias que ain- da não foram cumpridas. A Primeira Epístola de João foi escrita na cida- de de Éfeso, logo após Jerusalém ter sido destru- 5
  • 6. ída (no ano 70 a.C.) e no período anterior à per- seguição aos cristãos. O apóstolo tinha ido para a cidade de Éfeso porque exercia o trabalho de supervisão de algumas igrejas. Tanto fora assim que no livro do Apocalipse há uma carta direta de João, pelo Espírito Santo, endereçada a Igre- ja de Éfeso. Quando começou a seguir o Senhor, João era o mais jovem entre os apóstolos. Talvez tivesse entre 17 e 18 anos. Ele viveu quase um sé- culo e sabemos que ele morrera já bem idoso. Chegar aos 100 anos de idade não é algo co- mum em nosso País. As estatísticas costumam re- gistrar um número bem pequeno de idosos com idade de 100 anos. Tanto que quando alguém ultrapassa mais de cem anos de idade, chega a ser um fato histórico. E chegar a essa idade, cheio da graça de Deus, é melhor ainda, é uma bênção. É uma bênção quando você pode viver muitos anos, e viver como João que, mesmo na velhice, dera frutos, cheio da graça e da vida do Senhor. Estudemos, pois, a Primeira Carta de João, e que sua vida seja mais e mais abençoada. É a mi- nha oração. 6
  • 7. ApresentAndo A CArtA Na Primeira Carta de João encontramos algu- mas coisas muito interessantes. O assunto princi- pal desta epístola era o problema dos falsos ensi- nos acerca da salvação e do processo da salvação na vida dos crentes. João era pescador quando Jesus o chamou para segui-lo. Porém, no mo- mento em que se deu o chamado, ele não estava pescando, mas fazendo o conserto das redes. E ao estudarmos as cartas que ele escrevera, per- cebemos que o seu ministério era exatamente o de “fazer consertos”, de fazer voltar ao que era no início. 7
  • 8. No fim do primeiro século, duas heresias terrí- veis circulavam entre o povo, que assolavam não só a sociedade na época, mas também afetava até mesmo a própria Igreja de Cristo. Estas eram o gnosticismo e o docetismo. A tese principal do docetismo era a de que o corpo era algo mau, e o espírito, algo bom. Assim, priorizava-se o espíri- to, em detrimento total do corpo. Os adeptos do docetismo apregoavam, portanto, que seja lá o que você fizesse com o seu corpo, nada afetaria o seu espírito. Tal doutrina diabólica dera margem a uma vida de licenciosidade, traduzida em adul- tério, bebedice e toda sorte de males, já que os que abraçavam esse ensino criam piamente que nada que fizessem com o corpo afetaria o espí- rito. João deixou isso registrado em suas cartas, porque este era o problema da época. Já o gnosticismo afirmava que o corpo de Je- sus não era humano, mas espiritual. Talvez seja por isso que João tenha alertado acerca do “es- pírito do anticristo”, aquele que nega o estado humano de Jesus Cristo. João escrevera essa Car- ta justamente para admoestar e alertar a Igreja, uma vez que tal doutrina já tinha chegado aos corações de alguns, a ponto desses terem aban- donado a comunhão da igreja. João assim escre- ve acerca dos “anticristos”: “Eles saíram do nosso 8
  • 9. meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido co- nosco; todavia, eles se foram para que ficasse mani- festo que nenhum deles é dos nossos.” (1Jo 2.19). Meus irmãos, a espinha dorsal da Igreja é o ensino, a doutrina no sentido dos princípios fir- mados na Palavra de Deus que a regem. Partici- par dos momentos de comunhão da igreja não se restringe ao fato de a pessoa ir a ela, conversar, orar, receber uma bênção e ir embora. Estar na igreja implica receber de seus líderes o ensino com base na Palavra de Deus. Quando a pessoa não tem uma forte compreensão doutrinária, torna-se mais fácil de ela ser levada de um lado para o outro por ventos doutrinários, e ela acaba se alimentando mal, espiritualmente falando. O resultado da proliferação dessas falsas e he- réticas doutrinas é que esses ensinos daninhos contribuíram por distorcer, numa escala conside- rável, a verdade do Evangelho. Daí o fato de João ter se levantado contra essas heresias. Uma delas, dentre as inúmeras outras, era a que punha em cheque a questão da vida eterna, da vida após a morte. Basicamente, a afirmação que se fazia era essa: “Ninguém pode saber se existe a vida eterna; ninguém sabe se irá para o céu; ninguém pode ter esta certeza”. João então se levanta e escreve 9
  • 10. esta Carta porque, no final do primeiro século, a heresia tinha corrido por todos os lados no que tange à salvação. Meus irmãos, a heresia era que eles negavam que Jesus era o Cristo, que Ele era a propiciação pelos nossos pecados. No capítulo 1, verso 6, João escreve: “Se disser- mos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.” Muitos, imbuídos de falsos ensinos e falsas here- sias e já contaminados por tudo isso, afirmavam: “Olha, você pode ser um cristão, mas você não pre- cisa obedecer aos mandamentos”. Meus irmãos, existe alguma coisa que é ligada à nossa nature- za, que é a resistência em obedecer. Há até quem afirme: “Se há governo, eu sou contra”. No capítulo 2, verso 2, está registrado: “E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.” Já no capítulo 5, verso 1, ele disse: “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou tam- bém ama ao que dele é nascido.” Ainda no verso 13 do mesmo capítulo (5), João afirmou porque es- crevera sua Carta: “Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus.” Esses homens diziam que não havia necessidade de ter fé para 10
  • 11. receber a salvação, que não era necessário ter a fé que produz a salvação. A razão de João ter escrito sua primeira carta era essa: a de alertar e conscientizar a Igreja quan- to à realidade e aos perigos dos falsos ensinos e falsos mestres. 11
  • 12. 12
  • 13. IntelIgênCIA é obedIênCIA No capítulo 2, versos de 3 a 6, João trouxe, de forma clara, a necessidade da obediência aos mandamentos de Deus. “Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. Aquele, entretanto, que guar- da a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele; aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.” Outro ponto que João aborda sobre a obedi- 13
  • 14. ência é que ela nos faz ter uma vida separada da- quela que o mundo, enquanto sistema corrom- pido e compactuado com o pedado e as trevas, nos oferece. Ainda no capítulo 2 da sua Primeira Carta, nos versos 15 a 17, João escreveu: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupis- cência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.” O mundo não é apenas o espaço físico, aquilo que vemos, como montanhas, árvores e rios. A palavra “mundo” a que me refiro diz respeito ao ‘cosmos’, ou seja, a este sistema que jaz nas mãos do maligno. O mundo, com todo o seu glamour, com todo o seu néon, que atrai tanto as pessoas. E é a esse mun- do que João se refere quando disse: “Não ameis o mundo”. O nosso coração deve amar inteiramen- te ao Senhor. Ele tem de estar no centro da nossa vida. João apresenta, agora no capítulo 3, versos 7 ao 10, uma separação do pecado: “Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pra- tica a justiça é justo, assim como ele é justo. Aquele 14
  • 15. que pratica o pecado procede do Diabo, porque o Diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do Diabo. Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado; pois o que permane- ce nele é a divina semente; ora, esse não pode vi- ver pecando, porque é nascido de Deus. Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do Diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama seu irmão.” João, de uma forma direta, na sua epístola, tratou destas duas realidades: a da fé e a da con- duta. Essas duas realidades estão fortemente en- trelaçadas nessa Carta, porque os falsos mestres, aqueles que saíram e que deixaram a simplicida- de do Evangelho, eram chamados por João de “anticristos”. 15
  • 16. 16
  • 17. do outro lAdo No capítulo 2, verso 18, João afirmou: “Filhi- nhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também, agora, muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora.” No livro do Apocalipse, encontramos um ser chamado “o anticristo”. Mas existe o “espírito do anticristo”, e vamos encontrar “anticristos”, ou seja, aqueles que vão contra a doutrina de Cris- to, contra a pessoa do Senhor, contra os seus en- sinamentos. Por isto, João diz: “[...] agora, muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora. Eles saíram do nosso meio; entre- 17
  • 18. tanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos. E vós possuís un- ção que vem do Santo e todos tendes conhecimen- to. Não vos escrevi porque não saibais a verdade; antes, porque a sabeis, e porque mentira alguma jamais procede da verdade. Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho.” (1 João 2.18-22). “Jesus” significa “Salvador”. A palavra “Cristo” significa “Messias” ou “Ungido”. Aquele que nega que Jesus, o Salvador, é o Messias, o Ungido, nele está agindo o “espírito do anticristo”. É interessan- te que na sua Carta, João abordou estes pontos de uma forma muito clara. E ele fez alguns con- trastes. Ele falou sobre a luz e as trevas, a verdade e a mentira, a justiça e o pecado, o amor e o ódio, sobre amar o mundo e amar a Deus. E também sobre os filhos de Deus e os filhos do diabo. Não gostamos muito de dizer “filho do diabo”, mas é preciso encarar a realidade: ou a pessoa é filha de Deus ou é filha do diabo. Aquele que é filho do diabo pode se converter em filho de Deus. É esta a realidade da salvação, é isto que João escreveu de uma forma tão clara. 18
  • 19. o defensor A Primeira Carta de João é o único escrito no Novo Testamento que fala de Jesus como nosso Advogado. No capítulo 2, versos 1 e 2, ele diz: “Fi- lhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advoga- do junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.” Esta palavra “advogado” é a palavra “paráclito”; é a mesma palavra usada para o Espírito Santo, que é tam- bém o nosso “paráclito”, ou seja, aquele que vai ao nosso lado. Ele é o nosso Advogado de defesa. O verso 2 diz: “E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.” Meus irmãos, onde Jesus está agora? Podemos 19
  • 20. dizer que Ele está em todo lugar, por meio do seu Espírito, da sua presença. Mas Ele está diante do Pai, como nosso Advogado. Quando você “pisa na bola” e peca, as consequências do pecado te- riam de vir sobre a sua vida; então, por que será que quando você ora e suplica pelo perdão, você o recebe? Por causa do Advogado de defesa que é Jesus Cristo. Jesus não traz argumentos diante do Pai, dizendo: “Ah, ele não pecou, ele não errou”. Normalmente, na justiça humana, os advogados tentam provar a inocência, mas, diante do Se- nhor, Jesus, como Advogado, Ele diz: “Ele fez isto, ele pecou, não é inocente”. Mas ele também mos- tra ao Pai as marcas dos cravos. Por isto João diz: “Ele é a propiciação pelos nossos pecados.” No Velho Testamento, no livro de Levítico, é citado o Tabernáculo, que era o lugar de visitação de Deus. E no Tabernáculo, havia o propiciatório, que era o local onde o sangue de um animal sa- crificado era colocado. E aquele sangue era uma figura do sangue do Senhor que seria derrama- do na cruz em nosso lugar. Por isso, temos hoje a graça de recebermos o perdão. Não encontramos nenhuma referência do Antigo Testamento na Carta de João. Não há também nenhuma referên- cia à ressurreição de Jesus, mas sim, à realidade de que Ele está vivo, totalmente, completamente. 20
  • 21. Mas encontramos algumas palavras fortes cita- das por João, como: luz, verdade, crer, permane- cer, conhecer, amor, justiça, testemunho, nascido de Deus, vida eterna, entre outras. Meus irmãos, vemos que a fé e a conduta de- vem andar juntas e não podem se separar. Exis- tem muitas pessoas que têm fé, mas quando as observamos na sua conduta, não vemos nelas a vida de Deus. No aspecto doutrinário, tem muita gente correndo atrás de novidade. Não há nada novo, não existe uma única revelação de Deus que não esteja “presa” dentro da Bíblia. O após- tolo Paulo disse: “Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema.” (Gálatas 1.8). Anátema significa maldito. Porém, hoje é pos- sível ver tanta gente correndo em busca de evan- gelhos, os mais esquisitos possíveis. João expõe a verdadeira característica da comunhão com o Senhor e traz algumas evidências que os cren- tes precisam saber e ter, como a certeza da vida eterna. Há um momento muito forte, quando a fé lança raízes em nossa própria vida. 21
  • 22. 22
  • 23. AlgumAs evIdênCIAs dA pessoA de Jesus Nosso culto é centrado na pessoa de Jesus. Mas se olharmos, não veremos nenhuma ima- gem de Jesus, porque Ele mesmo proibiu e dis- se que não deveríamos fazer isso, e que tudo o mais é engodo, engano. Jesus não permitiu que ficasse absolutamente nada, um único pontinho, para que as pessoas pudessem dizer: “Isso aqui é a prova palpável”. 23
  • 24. Quando vamos a Israel, não vemos um só lugar que possamos dizer: “Jesus pisou aqui”. Lá tem o Mar da Galiléia, mas a água já é diferente. Lá tem o monte das Oliveiras, mas afirmar que fora ali não é prudente. Isto porque Ele conhecia a tendência do coração do homem. Só na Idade Média venderam inúmeros pedacinhos da cruz ‘verdadeira’ de Jesus. Ou seja, pedaço da cruz é idolatria. Não existe isso. Você pode ir à Belém, mas não pode especificar: “Este é o lugar onde Je- sus nasceu”. Nada disso, porque a tendência do coração do homem é a de fazer lugar de perdi- ção, onde as pessoas estariam sendo desviadas. A fé é espiritual. Eu sei que Jesus está presente no nosso culto, pois o mesmo é centrado na pessoa dele. Tenho a lucidez de saber que a imagem não reflete a presença real e viva dele. 24
  • 25. CInCo evIdênCIAs que João levAntA Em sua Carta, falando acerca da pessoa de Je- sus, João apresenta cinco evidências de sua real existência e autoridade: - A primeira evidência: Jesus existe antes de todas as coisas. João, em sua Carta, apresenta a verdade apostólica acerca de Jesus. No capítulo 1, versos 1 a 3, ele disse: “O que era desde o prin- cípio, o que temos ouvido, o que temos visto com 25
  • 26. os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida (e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava no Pai e nos foi manifes- tada), o que temos visto e ouvido anunciamos tam- bém a vós outros, para que vós, igualmente, mante- nhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.” Aqui João volta ao prólogo do Evangelho. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus.” Jesus não se parece com Deus; Jesus Cristo é Deus. Agora no capítulo 2, versos 21 e 22, João dis- se: “Não vos escrevi porque não saibais a verdade; antes, porque a sabeis, e porque mentira alguma jamais procede da verdade. Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho.” Os apóstolos anunciavam essa verdade: que Jesus é o Cristo. O espírito do anticristo é aquele que nega que Jesus é o Cristo. Alguns religiosos afirmam que Jesus é um espírito evoluído. A verdade das Es- crituras não mostra isso. A Palavra diz que Jesus é o Cristo. No capítulo 4, versos 2 e 3, lemos: “Nisto reco- nheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confes- 26
  • 27. sa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presen- temente, já está no mundo.” Agora veja o verso 15: “Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele, em Deus.” Já no capí- tulo 5, verso 1, é dito: “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido.” Agora veja o verso 5 (do capítulo 5): “Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?” No verso 10, João afirma: “Aquele que crê no Filho de Deus tem, em si, o testemunho. Aquele que não dá crédito a Deus o faz mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus dá acerca do seu Filho.” Encontramos duas vezes aqui e duas vezes no Evangelho de Marcos a narração do fato de quan- do o céu se abrira e o próprio Deus, o Pai, dera testemunho de seu Filho. O primeiro episódio foi durante o batismo de Jesus por João. A outra foi na transfiguração. Na transfiguração, o Pai diz: “Este é o meu Filho, a ele ouvi.” No batismo, Ele afir- mara: “Este é o meu Filho, em quem me comprazo.” Este é o testemunho de Deus: “Este é o meu Filho, a Ele ouvi”. Tem tanta gente ouvindo tanta 27
  • 28. bobagem por aí. Deixe a simplicidade do Evange- lho e a realidade do testemunho do Senhor inun- dar o seu coração. Assim está escrito no verso 20: “Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Fi- lho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.” De uma forma clara, os apóstolos anunciaram a realidade da pessoa do Senhor. Mas a nossa fé em Jesus só se transforma em realidade quando entramos pelo caminho da obediência. Em Peda- gogia, há uma expressão que diz, mais ou menos, assim: “Só há aprendizado quando há mudança de comportamento”. Se não existir mudança de comportamento, não houve aprendizado. Apren- dizado provoca mudança de comportamento. Por isto Jesus dizia assim: “Por que me chamais Senhor, Senhor e não fazeis o que eu vos mando?” (Lucas 6.46). Novamente, nos versos 3 a 11 do capítulo 2 de João, vemos a evidência de quem é obediente e guarda os mandamentos do Senhor. “Ora, sabe- mos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não há verdade. Aquele, entretanto, que guar- 28
  • 29. da a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou. Amados, não vos escrevo mandamento novo, se- não mandamento antigo, o qual, desde o princípio, tivestes. Esse mandamento antigo é a palavra que ouvistes. Todavia, vos escrevo novo mandamento, aquilo que é verdadeiro nele e em vós, porque as trevas se vão dissipando, e verdadeira luz já brilha. Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora, está nas trevas. Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço. Aquele, porém, que odeia a seu irmão está nas tre- vas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos.” Reparem nos versos acima que a expressão “sabemos” é citada várias vezes. Nossa fé é uma fé de conhecimento, e por isto você precisa saber. Tem gente que não gosta de aprender, e por falta de conhecimento, uma pessoa pode ser levada de um lado a outro, sendo enganada, manipula- da, como um fantoche. No capítulo 5 de 1 João, versos 3 e 4, vemos João contra aqueles que es- tavam se desviando. E desviar não é só ir para o adultério, para a farra, para o jogo, não. Muitas vezes, a pessoa pode estar desviada e continuar 29
  • 30. frequentando normalmente os cultos. Contudo, sua mente se encontra repleta de confusão. Veja o que está escrito no texto: “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos, por- que todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?” Os mandamentos do Senhor não foram dados para nos trazer fardos, mas proteção. - A segunda evidência: um viver santo: este viver santo significa afastar-se do pecado para estar em comunhão com Deus. Se não existir o desejo de afastar-se do pecado, algo está ainda muito confuso. Assim lemos no capítulo 1, verso 6: “Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não prati- camos a verdade.” Deus é luz. É por isto que no verso 5, João disse: “Ora, a mensagem que, da par- te dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.” Por isto somos “cheios de luz”. As coisas ocultas não pro- vêm de Deus. Onde há a presença do Eterno, há luz, transparência. É o desejo de Deus. Na nossa fé, tudo precisa ser limpo, às claras. Deus é luz, e nele não há nenhuma treva. Deus não é glorifica- 30
  • 31. do em tijolo e cimento; o que glorifica o Senhor é a Igreja, o Corpo vivo de Cristo. - A terceira evidência: ódio e repúdio ao pe- cado. Isso também é evidência clara da salvação. É você não querer absolutamente nada com o pecado. Olhe o verso 6: “Se dissermos que man- temos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.” A pior mentira é aquela que você fala para você mesmo. O verso 7 também revela: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” E o efeito da purifi- cação do sangue de Cristo só acontece quando estamos na luz e na comunhão do Senhor. É o que está escrito no texto: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” Se a pessoa está com ódio no coração, vivendo uma vida dupla, e ora: “Jesus, lave o meu coração com teu sangue”, mas vive sempre atormentado pela culpa é porque não resolveu o problema. Aqui, a Palavra, de uma forma clara, revela que é preciso andar na luz. Você precisa ter transparência, ter comunhão. Existem pessoas que têm ódio no coração. E João fala muito sobre isto. Você precisa ser resol- 31
  • 32. vido para que o sangue de Jesus e a obra da cruz seja efetiva na sua vida. A obra da cruz traz sor- riso, paz, satisfação plena, e vida. É por isto que João afirma nos versos 8 a 10: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos en- ganamos, e a verdade não está em nós. Se confes- sarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injus- tiça. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.” Na Carta aos Romanos é mencionada a pala- vra pecado, no singular, e a palavra pecados, no plural. Já em João a palavra pecado está mencio- nada no singular. “Se dissermos que não temos pe- cado”, ou seja, a natureza pecaminosa. Fazendo uma analogia: o limoeiro (singular) vai produzir limões (plural). Pecados (plural) sempre é fruto, mas a Escritura fala do pecado (singular), que é a natureza pecaminosa. Um bebezinho tem a natu- reza chamada pecado e, no tempo certo, quando alcançar a idade da razão, ele vai manifestar os frutos. O que Jesus faz na nossa vida não é ficar arrancando os “limões”, ou seja, os pecados, mas ele muda a nossa natureza. Por isto cantamos: “Recebi um novo coração do Pai, coração regenera- do”. É isso que Ele nos dá. É isso que Ele faz. 32
  • 33. Observe que os versos 7, 8, 9 e 10 apresen- tam uma condicional para cada um dos con- textos que menciona esses versos. A condicio- nal é “SE”. O verso 9, por exemplo, registra: “Se confessarmos”. E este confessar não é uma con- fissão sob pressão. Confessar para Deus é dife- rente. Significa contar para Ele aquilo que Ele já sabe, pois para Ele não é surpresa nenhuma os nossos pecados – até aqueles que estão bem escondidos, que “só nós sabemos”. Ele conhe- ce, pois Ele sabe de todas as coisas. Quando você rasga a sua alma diante do Senhor, ten- do a consciência de que errou, que entristeceu o coração do Pai, você demonstra humildade, submissão, quebrantamento. Saiba que o pe- cado deve ser consertado uma única vez. Se eu chegar diante do Senhor e pedir a lista dos meus pecados da semana passada, ele vai di- zer: “Márcio, está tudo limpo, não me lembro do seu passado!” O que Ele faz com os nossos pe- cados? Quando Ele perdoa, Ele esquece. Ago- ra, se Deus esquece, por que vamos lembrar? É o diabo que fica desenterrando os erros na sua mente. Algumas vezes, ele traz situações, as mais terríveis. Aquilo que foi resolvido, está resolvido. Algumas pessoas entram por um ca- minho que as destroem. 33
  • 34. O verso 10 registra: “Se dissermos que não te- mos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.” E João vai mais lon- ge: “Estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.” E ainda, no verso 29, ele afirma: “Se sabeis que ele é justo, reconhecei também que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele.” Já no capítulo 3, versos 1 a 10, João escreveu: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão o mun- do não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro. Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, por- que o pecado é a transgressão da lei. Sabeis tam- bém que ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado. Todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecan- do não o viu, nem o conheceu. Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a 34
  • 35. justiça é justo, assim como ele é justo. Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se mani- festou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo. Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecan- do, porque é nascido de Deus. Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão”. Meus irmãos, são evidências e estas evidências fluem também por meio da manifestação do nosso amor de uns para com os outros. - A quarta evidência: o amor aos irmãos. No capítulo 2, nos versos 9 a 11, João disse: “Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até ago- ra, está nas trevas. Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço. Aquele, porém, que odeia a seu irmão está nas tre- vas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos.” E ainda no capítulo 3, verso 10: “Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica a justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão.” Veja o verso 11: “Por- que a mensagem que ouvistes desde o princípio é 35
  • 36. esta: que nos amemos uns aos outros.” E o verso 14: “Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte.” Você tem que amar o seu irmão. Comece a marcar nas Escrituras a palavra ‘saber’. O gos- toso de participarmos da igreja é, também, para vermos os irmãos. Eu gosto muito do templo da Lagoinha porque cada um pode ver o rosto do outro. O templo no formato retangular não per- mite que os rostos sejam vistos lado a lado. Nele, um irmão só vê a nuca do outro. Mas na nossa igreja, sempre alguém vai olhar para você. Olhe agora o verso 16: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos.” Normalmente, sa- bemos de cor João 3.16: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigê- nito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Mas, e o outro verso, o de 1 João 3.16? O que está escrito? “Nisto conhece- mos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos.” Isso é para ser colocado em prática. Aliás, toda a Palavra de Deus é para ser praticada. Muitos colocam ade- sivos nos carros com versículos bíblicos, estam- pam camisetas, pintam quadros, porém não co- 36
  • 37. locam em prática o conteúdo dos textos bíblicos. A Palavra de Deus não é e não pode servir como objeto de decoração, e sim como alimento que nos sustenta, que nos dá vida, que nos dá força, e também como alimento que deve ser repartido com os que necessitam. Se precisar, doaremos o alimento, a vida em favor de um irmão. Meus irmãos, Igreja é isto. O sonho de Deus e o qual temos buscado é o da qualidade. Quanti- dade com qualidade, ou seja, irmãos que tenham a graça de doarem a vida; é você interceder pelo seu irmão, orar por ele. Se ele precisar de um rim, você estará disposto a doar um de seus rins a ele, não porque é seu parente, mas porque é seu irmão em Cristo. Nos versículos 17 e 18, lemos: “Ora, aquele que possui recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade.” Não diga a fra- se “eu o amo” apenas, mas ame de fato. Quantas vezes você tirou dinheiro do bolso e abençoou um irmão que estava precisando? Quantas vezes você deu carona (de boa vontade) para um irmão que mora do lado da cidade? Quantas vezes você hospedou irmãos de outras cidades que vieram participar de uma reunião da igreja e que não ti- 37
  • 38. nham como pagar diárias em um hotel? Quantas vezes você dividiu o seu prato de comida com al- guém que não tinha nada para comer? Quantas vezes você doou o seu melhor para aquela pes- soa que você nunca viu, mas que bateu no seu portão pedindo apenas uma esmola? Certa vez, um irmão testemunhou numa rá- dio que quando estava no mundo, sentira muita fome. Um dia de domingo, ele bateu na porta de uma pessoa pedindo comida, pois estava sem comer por muitos dias. A mulher que o atendera juntou os restos de comida dos pratos, colocou em um saquinho de leite e entregou para ele. O irmão contou que tinha até pedaços de ossos de frango no meio da comida, mas ele comeu, pois estava com muita fome. O tempo passou e ele foi resgatado pelo Senhor e hoje se assenta na mesa do Mestre para saborear do melhor banquete, porém não se esquecera do gesto daquela se- nhora. Ela não doou o melhor. Não irmãos, não é assim que devemos agir. Se alguém lhe pedir comida, faça o prato como se fosse para você. Doe amor! No capítulo 4, ver- sos 7 a 21, está escrito: “Amados, amemos-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, 38
  • 39. pois Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus em nós; em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus per- manece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiço- ado. Nisto conhecemos que permanecemos nele, e ele, em nós: em que nos deu do seu Espírito. E nós te- mos visto e testemunhamos que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. Aquele que con- fessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus. E nós conhecemos e cremos no amor de Deus por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele. Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, se- gundo ele é, também nós somos neste mundo. No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor. Nós amamos porque ele nos amou primeiro. Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, 39
  • 40. não pode amar a Deus, a quem não vê. Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus, ame também a seu irmão.” - A quinta evidência: a vida de Deus em nós. É o testemunho do próprio Espírito. O próprio Deus habita em nós. É por isto que podemos ser uma comunidade em que todos têm um cora- ção transformado. A Palavra revela no capítulo 2, verso 20 da Primeira Carta de João: “E vós possuís unção que vem do Santo e todos tendes conheci- mento.” No verso 27, também lemos: “Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a res- peito de todas as coisas, e é verdadeira, e não falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou.” No capítulo 4, verso 13, está escrito: “Nisto conhe- cemos que permanecemos nele, e ele, em nós: em que nos deu do seu Espírito.” A Palavra registra que o amor foi derramado em nossos corações pelo Espírito que nos foi dado. É a vida do Senhor. É esta a evidência do tes- temunho do Espírito Santo no crente. João afirma que nós podemos saber que temos a vida eterna quando estas evidências vão sendo manifestadas em nossa vida: a evidência do amor de Deus, do amor de uns para com os outros, do Espírito San- 40
  • 41. to na nossa vida, da verdade apostólica a respeito de Jesus, de uma fé obediente aos mandamentos do Senhor, de um viver santo, afastado do peca- do, para a comunhão com o Senhor. 41
  • 42. 42
  • 43. ConClusão Meus irmãos, a maior evidência de que so- mos do Senhor é quando testemunhamos de sua Palavra em nós aos muitos perdidos e cegos por falsos ensinos. Amamos o Senhor e conhe- cemos sua Palavra, para, também, não sermos enganados por falsos mestres e pelo espírito do anticristo. E também porque amamos o Senhor, já que Ele nos amou primeiro, devemos amar aos nossos irmãos e até mesmo aqueles que nos per- seguem. Não apenas saber sobre a Primeira Carta do apóstolo João, mas que possamos cumprir com o que ela nos ensina, a fim de que sejamos uma carta viva em Cristo àqueles que estão próximos 43
  • 44. ou distantes de nós: sejam nossos irmãos em Cristo ou os milhares e milhares de perdidos. Essa é minha oração. Com amor, em fé. Pr. Márcio Valadão. 44
  • 45. Jesus te AmA e quer voCê! 1º PASSO: Deus o ama e tem um plano maravilhoso para sua vida. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Fi- lho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16). 2º PASSO: O Homem é pecador e está separado de Deus. “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b). 45
  • 46. 3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus, para o conflito do homem. “Respondeu- lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6). 4º PASSO: É preciso receber a Jesus em nosso coração. “Mas, a todos quan- tos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.“ (Jo 1.12a). “Se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu co- ração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação.” (Rm 10.9-10). 5º PASSO: Você gostaria de receber a Cristo em seu coração? Faça essa oração de decisão em voz alta: “Senhor Jesus eu preciso de Ti, confesso- te o meu pecado de estar longe dos teus ca- minhos. Abro a porta do meu coração e te re- cebo como meu único Salvador e Senhor. Te agradeço porque me aceita assim como eu 46
  • 47. sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo estar sempre dentro dos teus planos para minha vida, amém”. 6º PASSO: Procure uma igreja evan- gélica próxima à sua casa. Nós estamos reunidos na Igreja Batista da Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairro São Cristóvão, Belo Horizonte, MG. Nossa igreja está pronta para lhe acom- panhar neste momento tão importante da sua vida. Nossos principais cultos são realizados aos domingos, nos horários de 10h, 15h e 18h horas. Ficaremos felizes com sua visita! 47
  • 48. Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha Gerência de Comunicação Rua Manoel Macedo, 360 - São Cristóvão CEP 31110-440 - Belo Horizonte - MG www.lagoinha.com 48