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CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE JI-PARANÁ – CEULJI
MAYCON DEL PIERO DA SILVA
ELABORAÇÃO DE UMA NOVA PROPOSTA PARA O SANTUÁRIO DE NOSSA
SENHORA APARECIDA DO MUNICÍPIO DE OURO PRETO DO OESTE/RO
Ji-Paraná – RO
2014
MAYCON DEL PIERO DA SILVA
ELABORAÇÃO DE UMA NOVA PROPOSTA PARA O SANTUÁRIO DE NOSSA
SENHORA APARECIDA DO MUNICÍPIO DE OURO PRETO DO OESTE/RO
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Centro Universitário
Luterano de Ji-Paraná CEULJI, para
obtenção de grau acadêmico em
Arquitetura e Urbanismo, sob orientação
da Professora Ms. Nadine Lessa
Figueredo Campos.
Ji-Paraná – RO
2014
MAYCON DEL PIERO DA SILVA
ELABORAÇÃO DE UMA NOVA PROPOSTA PARA O SANTUÁRIO DE NOSSA
SENHORA APARECIDA DO MUNICÍPIO DE OURO PRETO DO OESTE/RO
Trabalho apresentado ao Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná - CEULJI, em
29/11/2014, para obtenção de grau acadêmico de Arquiteto e Urbanista, sob
orientação da Professora Ms. Nadine Lessa Figueredo Campos.
AVALIADORES
________________________________________________ - _________
Nadine Lessa Figueredo Campos - CEULJI Nota
________________________________________________ - _________
Hariane Helena F. da Rocha Teles - CEULJI Nota
________________________________________________ - _________
Wiverson de Oliveira - Arquiteto e Urbanista Nota
________________________
Média
Ji-Paraná – RO
2014
Dedico à Deus e unicamente a Ele.
Sabendo que todo meu esforço e
dedicação para enfim concluir o presente
trabalho foi proveniente de pura graça
divina. Pois “até aqui o Senhor me
sustentou” e me ajudou a levantar nos
momentos de desânimo ao qual por várias
vezes eu pensei em desistir de tudo, mas
que sempre Ele veio até mim com sua
misericórdia infinita e me levantou.
Agradeço à minha mãe, que não
apenas foi motivo de inspiração e força
durante os momentos difíceis, mas
também limpou minha bunda quando eu
carecia das faculdades motoras para
realizar tal ato.
Ao meu pai que sempre me apoio
em minhas decisões e me deu carona as
vezes que eu perdia o ônibus.
À minha irmã preferida que eu amo
mais que todos os outros irmãos, afinal de
contas, só tenho ela, ficando desta forma
sem muitas opções.
E a todos os meus outros amigos
que eu sei que vão cobrar o nome deles
neste trabalho, mas quem me ajudou a
pagar as contas foi minha família, então
parem de reclamar.
“A arquitetura cria a possibilidade da
espiritualidade, porquanto não deixa
indiferente o fiel, mas o envolve,
suscitando-lhe profundas emoções
espirituais”
(Richard Meier)
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Imperador Constantino.............................................................................16
Figura 2 - Imperador Nero........................................................................................16
Figura 3 - Quadro Victor Meirelles – A primeira missa no Brasil, 1861.....................20
Figura 4 - Sede da Igreja Matriz - antes do incêndio ................................................22
Figura 5 - Basílica de São João Laterano, Roma. ....................................................24
Figura 6 - Igreja de Notre Dame la Grande, 1140 ....................................................25
Figura 7 - Catedral de Milão, vista frontal.................................................................25
Figura 8 - Catedral de Milão – detalhes 2.................................................................26
Figura 9 -Santuário de Las Lajas- Colômbia ............................................................26
Figura 10 - Capela Sistina........................................................................................27
Figura 11- Interior da Capela Sistina.......................................................................27
Figura 12 -Igreja São Francisco de Assis – Ouro Preto/MG.....................................29
Figura 13 - Catedral Helsinki - Islândia.....................................................................30
Figura 14 - Detalhamento de um templo neoclássico...............................................30
Figura 15 - Catedral São João Batista .....................................................................31
Figura 16 - Igreja Evangélica de Confissão Luterana de Santa Cruz do Sul ...........31
Figura 17 - Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores – São Paulo........................32
Figura 18 - Catedral Duomo de Milano.....................................................................32
Figura 19 - Igreja de São Francisco de Assis, Pampulha .........................................33
Figura 20 -Basílica de Santa Maria Maior, em Roma ...............................................34
Figura 21- Basílica de Santa Maria Maior - Roma7..................................................35
Figura 22- Cátedra da Catedral de Santana/BA .......................................................35
Figura 23 - Santuário de Guadalupe - México..........................................................36
Figura 24 - Igreja Matriz Nossa Senhora do Desterro ..............................................37
Figura 25 - Capela Sistina, Vaticano ........................................................................38
Figura 26 – Maquete Eletrônica da Basílica de São Pedro ......................................39
Figura 27 – Cúpula...................................................................................................40
Figura 28 – Pietá......................................................................................................41
Figura 29 - Igreja do Jubileu em Roma – Fachada Principal ....................................42
Figura 30 - Igreja do Jubileu em Roma – Fachada Posterior....................................43
Figura 31 - Fachada Frontal.....................................................................................43
Figura 32 – Vista Frontal..........................................................................................44
Figura 33 – Igreja Sagrada Família Terminada ........................................................45
Figura 34 - Vista interna...........................................................................................46
Figura 35 - Vista Frontal...........................................................................................47
Figura 36 - Planta do primeiro piso ..........................................................................47
Figura 37 - Corte Longitudinal..................................................................................47
Figura 38 - Vista a longa distância ...........................................................................48
Figura 39 - Detalhe do telhado.................................................................................49
Figura 40 - Estudo Volumétrico - Vista Noroeste - Bayeux - PB...............................50
Figura 41 - Estudo Volumétrico - Vista Sudoeste .....................................................51
Figura 42 - Vista Noroeste – Atual ...........................................................................52
Figura 43 - Vista Noroeste – Proposta .....................................................................52
Figura 44 - Antes e Depois.......................................................................................53
Figura 45 - Pia Batismal...........................................................................................54
Figura 46 – Ambão...................................................................................................54
Figura 47 - Vista Frontal...........................................................................................55
Figura 48 - Escada de acesso ao Santuário.............................................................56
Figura 49 – Interior...................................................................................................57
Figura 50 - Santuário Nacional de Aparecida...........................................................58
Figura 51 - Catedral de Nossa Senhora Aparecida ..................................................60
Figura 52 - Esboço da fachada ................................................................................61
Figura 53 – Interior...................................................................................................61
Figura 54 - Vista aérea do Santuário Nª Sª Aparecida .............................................70
Figura 55 - Fachada Frontal.....................................................................................71
Figura 56 - Planta Baixa...........................................................................................71
Figura 57 - Fachada com Vitrais ..............................................................................73
Figura 58 - Isotelha EPS ..........................................................................................75
Figura 59 - Extra Quartzo Brilhante..........................................................................75
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
CNBB – Confederação Nacional dos Bispos do Brasil
PNE – Portador de Necessidades Especiais
NBR – Norma Brasileira
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.........................................................................................................14
1 DESENVOLVIMENTO DA IGREJA CATÓLICA ...........................................15
1.1 A origem e a história do Catolicismo .........................................................15
1.1.1 Cisma do oriente e os concílios ecumênicos .............................................17
1.1.2 Concílio de Trento .....................................................................................18
1.1.3 Concílio do Vaticano II...............................................................................19
1.2 A origem da Igreja Católica no Brasil.........................................................20
1.3 A origem da Igreja Católica em Ouro Preto do Oeste ................................22
1.4 As Igrejas e seus estilos arquitetônicos.....................................................23
1.4.1 Românico ..................................................................................................24
1.4.2 Gótico........................................................................................................25
1.4.3 Renascentista............................................................................................26
1.4.4 Barroco......................................................................................................28
1.4.5 Neoclássico...............................................................................................29
1.4.6 Revivalismo...............................................................................................30
1.4.7 Modernismo...............................................................................................32
2 TIPOLOGIA DAS IGREJAS..........................................................................34
2.1 Basílica......................................................................................................34
2.2 Catedral.....................................................................................................35
2.3 Santuário...................................................................................................36
2.4 Igreja Paroquial (Matriz) ............................................................................37
2.5 Capela.......................................................................................................37
3 REFERÊNCIAS ARQUITETÔNICAS INTERNACIONAIS.............................39
3.1 Basílica de São Pedro – Vaticano .............................................................39
3.2 Igreja do Jubileu – Itália.............................................................................41
3.3 Igreja da Sagrada Família – Espanha .......................................................44
3.4 Igreja da Transfiguração – Nigéria.............................................................45
3.5 Igreja de Seed – China..............................................................................48
4 REFERÊNCIAS ARQUITETÔNICAS NACIONAIS .......................................50
4.1 Matriz da Sagrada Família – Bayeux- PB..................................................50
4.2 Intervenção Igreja Matriz da Santa Cruz – Areias, São José, Santa Catarina
53
4.3 Santuário de Santa Paulina – Nova Trento/SC..........................................56
4.4 Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida – Aparecida/SP............57
4.5 Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida – Brasília ...............59
5 OS ESPAÇOS QUE COMPÕEM O EDIFÍCIO IGREJA ................................62
5.1 Presbitério .................................................................................................62
5.1.1 Altar...........................................................................................................62
5.1.2 Ambão.......................................................................................................63
5.1.3 Sédia.........................................................................................................64
5.1.4 Cruz processional......................................................................................64
5.1.5 Credência..................................................................................................64
5.2 Capela da reconciliação ............................................................................65
5.3 Capela do santíssimo ................................................................................65
5.4 Tabernáculo (sacrário) ..............................................................................65
5.5 Batistério ...................................................................................................66
6 NORMAS E LEGISLAÇÃO...........................................................................67
6.1 Código de obras ........................................................................................67
6.2 NBR 9050..................................................................................................67
6.3 NBR 13434 - Sinalização de Segurança Contra Incêndio e Pânico ...........68
6.4 NBR 6492 - Representação de projetos de arquitetura .............................68
6.5 NBR 13.531 - Elaboração de projetos de edificações................................68
6.6 Estudos da CNBB Nº 106 – Orientações para projeto e Construção de Igrejas
e disposição do Espaço Celebrativo ........................................................................69
7 PROPOSTA ..................................................................................................70
7.1 Estudo de Caso.........................................................................................70
7.2 Partido Arquitetônico .................................................................................72
7.3 Fachada ....................................................................................................72
7.4 Esquadrias ................................................................................................73
7.4.1 Estrutura dos vitrais................................................................................73
7.4.2 Vedação dos vitrais.................................................................................74
7.4.3 Vitral tipo tradicional...............................................................................74
7.5 Cobertura ..................................................................................................74
7.6 Piso ...........................................................................................................75
7.7 Iluminação.................................................................................................75
7.8 Programa de necessidades .......................................................................76
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................77
APÊNDICE ..............................................................................................................82
RESUMO
Uma edificação necessita satisfazer as necessidades básicas de seus usuários, assim
como cumprir seu objetivo de existir. O mesmo acontecem com edifícios de caráter
religioso. Existem necessidades a serem cumpridas, tanto da parte da denominação
religiosa, como da parte do usuário. Porém a grande maioria das igrejas católicas
existentes, foram construídas por iniciativa dos leigos da comunidade, e assim,
deixando a desejar na parte de projeto. Assim como as demais construções públicas,
uma igreja precisa de cuidados especiais, como por exemplo, para com os portadores
de necessidades especiais, e para melhor acolher a todos, independentemente da
natureza do usuário. Para tal, é imprescindível estudar as necessidades do usuário
juntamente com as exigências da Igreja Católica quanto a liturgia, juntamente com as
questões climáticas locais, a acústica do ambiente, iluminação e demais
necessidades. Tais exigências só poderão serem atendidas se for realizado um
levantamento bibliográfico, para que assim seja observado as necessidades quanto a
liturgia da Igreja e outras igrejas já construídas, observando como foram aplicadas tais
situações.
Palavras-chave: Arquitetura. Catolicismo. Religioso.
ABSTRACT
A building needs to meet the basic needs of their users, as well as fulfilling its objective
to exist. The same happens with buildings of religious character. There needs to be
met by both the religious denomination, as part of the user. But the great majority of
Catholic churches were built on the initiative of the lay community, and thus falling
short in the project. Like other public buildings, a church needs special care, such as
for patients with special needs, and to better welcome everyone, regardless of the
nature of the user. For this it is essential to study user needs with the demands of the
Catholic Church as the liturgy along with local climate issues, room acoustics, lighting
and other needs. These requirements can only be met if a literature is performed, so
that the needs as the liturgy of the Church and other churches ever built is observed,
noting how such situations were applied.
Keywords: Architecture. Catholicism. Religious.
14
INTRODUÇÃO
Um Santuário necessita de infraestrutura adequada para que seus fiéis sintam-
se bem acomodados e acolhidos em um espaço de caráter religioso pois, ao contrário
do que acontece com os centros comerciais, por exemplo, onde são projetadas
estruturas para atrair pessoas, as comunidades religiosas já possuem tal demanda
que clama direta e indiretamente por uma infraestrutura adequada.
As igrejas de modo geral, por se tratarem de ambientes que devem acolher ao
próximo sem fazer distinção de sua classe econômica, social ou se são ou não um
Portador de Necessidades Especiais (PNE), devem ser acessíveis para melhor
receber a população.
Partindo deste princípio, foi observado que o Santuário de Nossa Senhora
Aparecida em Ouro Preto do Oeste/RO necessita passar por melhorias em suas
instalações físicas para oferecer um espaço agradável, aos seus fiéis e que obedeça
as exigências da Igreja com relação à liturgia, fazendo com que os espaços físicos
contribuam para o bem estar da população, tornando-os eficientes para as
celebrações de cada tempo do ano litúrgico, incluindo situações esporádicas, como
por exemplo, batizados e casamentos.
Desta forma, o objetivo geral deste trabalho é Elaborar um novo projeto para o
Santuário de Nossa Senhora Aparecida do município de Ouro Preto do Oeste/RO.
Para tanto, os objetivos específicos são: Implantar acessibilidade em toda a
edificação; Elaborar um projeto fundamentado na arquitetura contemporânea;
Proporcionar um ambiente interno adequado para o vários tipos de celebrações,
trabalhando o conforto térmico, lumínico e acústico; Criar uma fachada que seja
convidativa a população e ao mesmo tempo preservando as características da
arquitetura sacra.
Para que os resultados esperados sejam alcançados no presente trabalho, será
inicialmente realizada Revisão Bibliográfica, de forma, a aprofundar o conhecimento
do tema proposto, a fim de obter-se uma maior diversidade acerca de igrejas já
construídas, para analisar soluções que possam vir a ser utilizadas no projeto a ser
elaborado.
Será feito também um Estudo de Caso do local escolhido para implantação do
projeto, bem como do Santuário existente, de forma a observar os condicionantes e
particularidades locais.
15
1 DESENVOLVIMENTO DA IGREJA CATÓLICA
1.1 A origem e a história do Catolicismo
No contexto bíblico, o termo igreja pode designar reunião de pessoas, sem
estar necessariamente associado a uma edificação ou a uma doutrina específica. A
palavra vem do grego “EKKLESIA” (“Ek”, que significa “para fora” e “klesia” que
significa “chamados, ou seja “chamados para fora”), que tem origem em kaleo
("chamo ou convosco"). Na literatura secular, “ekklesia” referia-se a uma assembleia
de pessoas, mas no Novo Testamento1
a palavra tem sentido mais especializado à
reunião de crentes cristãos para adorar a Cristo. (GOT QUESTIONS, 2002)
A religião cristã, foi constituída por ensinamentos provenientes das ideias de
Jesus Cristo, fundador do cristianismo. Após a perseguição e morte de Jesus Cristo,
Pedro foi o principal apóstolo responsável por difundir o cristianismo. Posteriormente,
durante o auge da civilização romana, o apóstolo Paulo teve fundamental importância
para a expansão do cristianismo e da filosofia cristã. A partir da influência de Paulo, a
religião desenvolveu-se inicialmente entre os romanos, pois os cultos cristãos eram
proibidos em Roma e, nessa época, a grande maioria da população romana era pagã.
(DIAS, 2013)
Durante o governo do imperador romano Nero (Figura 1), os cristãos sofreram
uma das maiores perseguições em Roma, onde foram torturados, empalados e
hostilizados nas arenas em espetáculos públicos. No ano de 313 d.C., o imperador
Constantino2
(Figura 2) deu liberdade de culto aos cristãos e, a partir de então, o
cristianismo passou a agregar novos adeptos em Roma, tornando-se a religião oficial
do Império Romano em 390 d.C. (LIMA, 2002)
1
Novo Testamento é o nome dado à coleção de livros que compõe a segunda parte da Bíblia cristã,
cujo conteúdo foi escrito após a morte de Jesus Cristo e é dirigido explicitamente aos cristãos, embora
dentro da religião cristã tanto o Antigo Testamento (a primeira parte) quanto o Novo Testamento são
considerados, em conjunto, Escrituras Sagradas.
2
Flavius Valerius Aurelius Constantinus, conhecido como Constantino I, Constantino Magno ou
Constantino, o Grande, foi o primeiro imperador romano cristão da história.
16
Figura 1 - Imperador Constantino
Disponível em:
http://www.sohistoria.com.br/biografias/constant
ino/
Figura 2 - Imperador Nero
Disponível em:
http://tempodoshomens.blogspot.com.br/2010/11/o
s-senhores-de-roma-nero.html
Constantino imaginou o Cristianismo como uma religião que poderia unir o
Império Romano, que, naquela altura, começava a se fragmentar e se dividir. Mesmo
que isto aparentasse ser um desenvolvimento positivo para a igreja cristã, os
resultados foram negativos. (DIAS, 2013)
Ele pensou que por ser tão grande e vasto, nem todos do Império Romano
concordariam em abandonar seus credos religiosos e abraçar o cristianismo, então
ele promoveu a “cristianização” de crenças pagãs. Modificou então, os templos
pagãos, mantendo esculturas e imagens e se recusou a abraçar completamente a fé
cristã, continuando assim, com muitos de seus credos e práticas anteriores. (GOT
QUESTIONS, 2002)
Abandonando a religião pagã e aderindo ao Cristianismo, Constantino incorreu
em séria reprovação por parte do Senado Romano. Eles repudiaram ou, ao menos,
opuseram-se à sua resolução. Esta oposição resultou finalmente na mudança da sede
do Império de Roma para Bizâncio3
, uma velha cidade reedificada, que logo depois
teve o nome mudado para Constantinopla, em honra a Constantino. Como resultado
surgiram duas capitais para o Império Romano: Roma e Constantinopla. Essas duas
cidades, rivais por vários séculos, por fim se tomaram o centro da Igreja Católica
dividida: Romana e Grega. (LIMA, 2002)
3
Sua capital era Constantinopla (a atual Istambul) que foi convertida na capital do Império Romano do
Oriente no ano 330, depois que Constantino I, o Grande, fundou-a no lugar da antiga cidade de
Bizâncio, dando-lhe seu próprio nome.
17
Devido a essa atitude, foi prontamente contrariado pelos anabatistas4
,
Indignado, e aliando-se aos cristãos com atitudes pagãs, baniu e perseguiu os fiéis
que não concordaram com sua unificação das igrejas. Começaram as perseguições
das seitas cristãs oficiais - protegidas pelo imperador - contra os anabatistas, que se
mantiveram independentes do governo. Durou mais de mil e trezentos anos, vindo a
terminar após a Reforma Protestante5
no século XVII. (A IGREJA PRIMITIVA, 2014)
A hierarquia organizada sob a liderança de Constantino, rapidamente se
concretizou na Igreja Católica atual. E a nova Igreja se associou ao governo temporal,
não mais para ser simplesmente a entidade executiva das leis completas do Novo
Testamento, mas começou a ser legislativa, emendando e anulando leis primitivas,
bem como a criar regras completamente estranhas à letra e ao espírito do Novo
Testamento. (A IGREJA PRIMITIVA, 2014)
Uma das primeiras ações legislativas da Igreja, e uma das mais subversivas
quanto aos resultados foi o estabelecimento, por lei, do batismo infantil. Em virtude
desta lei o batismo infantil tornou-se compulsório. Ele já existia, em casos esparsos,
provavelmente, um século antes desde decreto. (SANTOS, 2002)
1.1.1 Cisma do oriente e os concílios ecumênicos
Entre os séculos I e XI, todos os cristãos estavam reunidos em uma mesma
crença, a católica. Durante essa época, as principais autoridades da Igreja eram os
bispos de Jerusalém, Antióquia, Alexandria, Constantinopla e Roma. Esses bispos
eram chamados de patriarcas. (HISTÓRIA ESPETACULAR, 2011)
Até o século IV, enquanto Roma ainda era a capital do Império, seu bispo
exercia maior influência sobre as decisões da Igreja. Ele acreditava que sua
autoridade provinha de São Pedro, que teria vivido em Roma e é considerado o
primeiro papa. Com o tempo, os bispos do Império Bizantino começaram a contestar
a supremacia do “Bispo de Roma”. (HISTÓRIA ESPETACULAR, 2011)
Os imperadores bizantinos reinventaram o poder de origem cristã. E, sobre
suas bases, reuniram o poder espiritual e o poder político nas mãos do imperador. É
4
Conhecidos como os “re-batizadores”, pois não acreditavam no batismo quando criança. Faziam parte
da chamada “ala radical da Reforma Protestante”.
5
A Reforma Protestante foi uma das inúmeras Reformas Religiosas ocorridas após a Idade Média
e que tinham como base, além do cunho religioso, a insatisfação com as atitudes da Igreja Católica e
seu distanciamento com relação aos princípios primordiais.
18
o chamado “Cesaropapismo” que foi de encontro ao poder do papa romano,
acentuando e cumulando nas divergências entre a cristandade ocidental e oriental.
Devido a esses conflitos, o patriarca de Constantinopla acabou rompendo sua parceria
com o papa. Essa divisão, conhecida como “Grande Cisma” ou “Cisma do Oriente”,
ocorreu em 1054. Com ela, surgiram duas instituições religiosas totalmente
independentes: A Igreja Cristã Ortodoxa, que tem um patriarca com sua única função
de manter a ordem da igreja, e a Igreja Católica Apostólica Romana, submetida a
autoridade papal. (CETICISMO, 2009)
As Igrejas cristãs que se separaram aceitam somente os concílios ecumênicos
que se realizaram antes da sua ruptura. Portanto, a Igreja Ortodoxa não tem
reconhecido como “ecumênico” mais nenhum concílio, pois não há mais um
imperador. De qualquer forma, a Igreja Ortodoxa continua realizando concílios com a
mesma autoridade dos ecumênicos. A Igreja Católica continuou a convocar e realizar
concílios ecumênicos em comunhão plena com o Papa. (ORLANDIS, 1993)
Um concílio ecumênico é uma reunião de todos os bispos cristãos, convocada
para discutir assuntos relacionados a área da fé cristã e sua prática, seja ela Moral,
Pastoral, Espiritual ou Missionária. Dentre os vinte e um Concílios realizados em dois
mil anos de cristianismo, destacam-se alguns de grande importância para a Igreja
cristã, como por exemplo, o Concílio de Jerusalém (49 d.C.), de Niceia (325 d.C.), de
Constantinopla (381d.C.), de Trento (1545-1563 d.C.), Vaticano I (1846-1878 d.C.) e
Vaticano II (1961-1965 d.C.). (ORLANDIS, 1993)
1.1.2 Concílio de Trento
Convocado pelo Papa Paulo III, a fim de estreitar a união da Igreja e reprimir
os abusos. O concílio durou dezoito anos e foi finalizado em 1563, quando as decisões
foram promulgadas em sessão pública. (INFOESCOLA, 2014)
Algumas das suas decisões se baseavam no verdadeiro significado da missa,
os sacramentos da Igreja, o sacerdócio católico e a supremacia dos papas ficou
definitivamente estabelecida. Após esse concílio a Igreja passou mais de 300 anos
sem a necessidade de concílios gerais. (CLÉOFAS, 2014)
19
1.1.3 Concílio do Vaticano II
Uma série de conferências convocadas no dia 25 de Dezembro de 1961, pelo
Papa João XXIII contando com a presença de 2.540 padres conciliares, número este,
inédito para a história da Igreja. O Concílio, realizado em 4 sessões, só terminou no
dia 8 de dezembro de 1965, já sob o papado de Paulo VI. (SNPCULTURA, 2014)
Considerado o grande evento da Igreja Católica no século XX, mas visto como
um “Concílio Pastoral”, pois não definiu Dogmas ou novos pontos doutrinários, mas
propôs novas formas de evangelização. O próprio Papa João XXIII teve o cuidado de
mencionar a diferença e a especificidade deste Concílio:
"A Igreja sempre se opôs a [...] erros; muitas vezes até os condenou com a
maior severidade. Agora, porém, a esposa de Cristo prefere usar mais o
remédio da misericórdia do que o da severidade. Julga satisfazer melhor às
necessidades de hoje mostrando a validez da sua doutrina do que renovando
condenações". (JOÃO XIII, 1962)
Da pauta dessas discussões constavam temas como os rituais da missa, os
deveres de cada padre, a liberdade religiosa e a relação da Igreja com os fiéis e os
costumes da época. (MUNDO ESTRANHO, 2014)
Após três anos de encontros, as autoridades católicas promulgaram 16
documentos como resultado do Concílio. Entre várias decisões conciliares, destacam-
se as renovações na constituição e na pastoral da Igreja, que passou a ser mais
alicerçada na igual dignidade de todos os fiéis e a ser mais voltada e aberta para o
mundo. (LENNON, 2009)
O papa aceitou dividir parte de seu poder com outros cardeais. E as missas
passaram a ser rezadas na língua de cada país, visto que, até então eram celebradas
sempre em latim. (MUNDO ESTRANHO, 2014)
Impulsionada à liberdade religiosa, foi tomada uma nova abordagem ao mundo
moderno, o ecumenismo, aceitando a ideia de que, por meio de outras religiões,
também é possível conhecer Deus e a salvação. Na questão dos costumes, porém, o
encontro foi pouco liberal. A Igreja continuou não aprovando o sexo antes do
20
casamento, a uso de preservativos, o aborto e defendendo o celibato6
para os padres.
(MUNDO ESTRANHO, 2014)
1.2 A origem da Igreja Católica no Brasil
Na ocasião do descobrimento do Brasil, o Cristianismo religião dos portugueses
lança profundas raízes na população nativa, como pode ser visto na Figura 3. Os
membros do clero católico chegaram ao território brasileiro simultaneamente ao
processo de conquista das terras. (SANTOS, 2002)
Figura 3 - Quadro Victor Meirelles – A primeira missa no Brasil, 1861
Disponível em: http://cultura.culturamix.com/arte/pinturas-de-victor-meirelles
A presença da Igreja Católica começou a se intensificar a partir de 1549, com
a chegada dos jesuítas da “Companhia de Jesus”, que formaram vilas e cidades. As
sedes eram construídas em lugares altos, não só para evitar alagamentos e cheias,
mas pela maior facilidade de observação quanto a possíveis agressores ou invasores.
(PINTO 2014)
6
O celibato é, na sua definição literal, o estado de uma pessoa que se mantém solteira, sem obrigação
de manter a virgindade, podendo ter relações sexuais. No entanto, o termo é popularmente usado para
descrever uma pessoa que escolhe abster-se de atividades sexuais.
21
Vários outros grupos de clérigos católicos vieram também à colônia portuguesa
com a missão de evangelizar os indígenas, como as ordens dos franciscanos7
e dos
carmelitas8
, trazendo a doutrina cristã. Esse processo se interligou às próprias
necessidades dos interesses mercantis e políticos europeus no Brasil, como base
ideológica da conquista e colonização das novas terras. As consequências foram o
aperfeiçoamento da cultura das populações indígenas e os esforços no sentido de
disciplinar a população de acordo com os preceitos cristãos europeus (SANTOS,
2002).
Por volta do século XVIII, as relações entre Igreja Católica e Estado eram
estreitas, pois a igreja executava tarefas administrativas e garantia a disciplina social
dentro de certos limites, que hoje são atribuições do Estado, como registros de
nascimentos, óbitos e casamentos, manutenção de hospitais, se destacando as
Santas Casas. Porém, o Estado controlava a atividade eclesiástica na colônia, sendo
responsável pelo sustento da Igreja Católica, tendo o poder de nomear bispos e
párocos, além de conceder licenças referentes à construção de novos templos
(PINTO, 2014).
Com a nomeação do Marquês de Pombal, a influência da Igreja Católica na
administração do Estado diminuiu drasticamente. Em 1889 com a proclamação da
República, houve a separação formal entre Estado e Igreja Católica, garantindo a
liberdade religiosa. (PINTO, 2014)
Em 1930, Getúlio Vargas influencia a Igreja através do projeto
desenvolvimentista e nacionalista no sentido de valorização da identidade cultural
brasileira. Assim, a Igreja expande sua base social para além das elites, socializando-
se com camadas médias e populares. A Constituição de 1934 atende as
reivindicações católicas, como o ensino religioso facultativo na escola pública e a
presença do nome de Deus na Constituição. (PORTAL SÃO FRANCISCO, 2010)
A partir dos anos de 1980, com o papa João Paulo II, começa na Igreja o
processo da romanização. O Vaticano controla a atividade e o currículo de seminários,
e diminui o poder de algumas dioceses. (PORTAL BRASIL, 2014)
7
Os franciscanos são religiosos que realizam voto de pobreza, castidade e obediência. Vivem em
fraternidades, que se designam por conventos. Os seus membros nada devem possuir, estando
obrigados a viver o mais pobremente possível, adotando uma vida extremamente simples, em
pregação, dando exemplos de humildade e devoção.
8
Ordem Carmelita, tem como propósito viver em “Obséquio de Cristo”. Significa que são chamados
para viver da fé, esperança e amor baseados nos ensinamentos de Jesus.
22
Na hierarquia católica brasileira do século XXI, estão presentes três vertentes
principais: o clero tradicionalista, mais conservador e defensor dos dogmas
tradicionais; os remanescentes da Teologia da Libertação, desde os anos 70 tem
formado uma espécie de esquerda eclesiástica; e os adeptos da Renovação
Carismática ou de Comunidades Carismáticas, movimentos que tendem a ter uma
moral conservadora, como no uso dos dons do Espírito Santo e na adoção de posturas
que poderiam ser rotuladas como fundamentalistas.(SANTOS, 2002)
1.3 A origem da Igreja Católica em Ouro Preto do Oeste
Segundo informações colhidas com os participantes da comunidade, a
instalação da Paróquia Nossa Senhora Aparecida aconteceu em março de 1974. No
dia 06 de maio de 1974 foi celebrado a 1ª missa no barracão de madeira medindo
10x6 metros construídos no, até então, distrito de Ouro Preto do Oeste, sendo ele, a
primeira igreja construída pela paróquia.
Instituiu-se um Conselho Paroquial pelo Padre Camaioni para tratar de vários
pontos de interesse da Paróquia, especialmente a construção da Igreja Matriz
(Paróquia Nossa Senhora Aparecida). Em meados do mês de novembro do ano de
1974 foi iniciado o alicerce da Igreja Matriz, tendo sua inauguração em 12 de outubro
do ano seguinte. Ao final do ano de 1977 a Paróquia já contava com 110 comunidades.
Figura 4 - Sede da Igreja Matriz - antes do incêndio
Disponível em: http://www.paroquiansaparecidaopo.com.br/pnsa/index.php/paróquia/histórico.html
23
No dia 29 do mês de agosto de 1991, em um período de forte seca, ocorreu o
incêndio da sede da igreja Matriz. No ano de 1992 foi elaborado o projeto arquitetônico
de um novo templo para a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, porém a construção
da sede da igreja não foi datada. Consta no livro de anotações da paróquia que em
novembro do ano de 1995, a festa da padroeira arrecadou verba para finalizar a
implantação do templo e iniciar o projeto da nova secretaria paroquial, mas não há
informações anteriores sobre o início da edificação da Paróquia.
Ao percorrer dos anos, muitas coisas aconteceram na Paróquia Nossa Senhora
Aparecida, entre elas, a mesma recebeu romarias9
das Paróquias de Ji-Paraná, Jaru,
Mirante da Serra, Urupá e Alvorada do Oeste. Criou-se diversas Pastorais como a
Familiar, Juventude, Dízimo, Carcerária, Catequese, Criança, Mulher, Infância
Missionária, Litúrgica, Ministerial, Visitação e Saúde.
Atualmente a Paróquia conta com 75 comunidades, sendo 12 localizadas na
zona urbana e 63 na zona rural.
1.4 As Igrejas e seus estilos arquitetônicos
Até cerca de 200 anos d.C., não existiam igrejas no sentido em que hoje as
compreendemos. Um dos motivos que inibiu a construção de igrejas foi o fato do
cristianismo ter nascido e se desenvolvido num mundo em que a religião, o império e
o patriotismo eram muito ligados. Desenvolveu-se no âmago do paganismo imperial,
da religião estatal e da expressiva lealdade ao imperador. (ECCLESIA, 2013)
As primeiras igrejas católicas surgiram quando os cristãos começaram a se
reunir. No início, os cultos aconteciam em casas. Depois foram adotadas as Basílicas,
para oferecer condições melhores para seus cultos do que os templos pagãos.
Começaram então a adaptá-los de acordo com seus ensinamentos, dando origem às
primeiras Igrejas Cristãs. (ECCLESIA, 2013)
As primeiras Igrejas Cristãs (Figura 5) eram, compostas por uma ábside, parte
semicircular onde localiza o altar; um pórtico na frente da porta do tempo chamado
Nártex, onde ficavam as mulheres, os loucos e os pecadores, que não tinham o
9
Romaria é uma peregrinação religiosa feita por um grupo de pessoas a uma igreja ou local
considerado santo, seja para pagar promessas, agradecer ou pedir graças, ou simplesmente por
devoção, podendo ser feita a pé ou em veículos.
24
“direito” de entrar no templo; e a nave, de onde os fiéis assistiam as celebrações
(TURNBULL, 2012).
Figura 5 - Basílica de São João Laterano, Roma.
Disponível em: http://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2011/09/22/morfologia-da-igreja-barroca-no-
brasil-i/
1.4.1 Românico
Com o passar do tempo, começou a ser utilizado o estilo Românico entre os
séculos XI e XIII, (Figura 6), nas igrejas que esse estilo se desenvolveu em toda a sua
plenitude. Eram os próprios religiosos que comandavam as construções, a partir do
conhecimento monástico. Suas formas básicas são facilmente identificáveis: que
caracteriza-se por construções robustas, com paredes grossas e janelas minúsculas,
cuja principal função era resistir a ataques de exércitos inimigos, a fachada é formada
por um corpo cúbico central, com duas torres de vários pavimentos nas laterais,
finalizadas por tetos em coifa. Frisos de arcada de meio ponto estendem-se sobre a
parede, dividindo as plantas. (TURNBULL, 2012)
25
Figura 6 - Igreja de Notre Dame la Grande, 1140
Disponível em:
http://www.rotadoromanico.com/Mobile/Monumentos/Paginas/MosteirodoSalvadordePacodeSousa.as
px
1.4.2 Gótico
O estilo Gótico surgiu na França durante a Idade Média. Recebeu esse nome
durante o período renascentista, quando era considerado, pelos italianos, um "insulto
arquitetônico". As principais diferenças das igrejas góticas eram: (ROTA DO
ROMANICO, 2014)
 Alargamento das janelas e aumento da altura dos templos para dar ideia
de grandeza;
 Construção de grandes torres pontiagudas;
 Utilização de gárgulas e outras esculturas místicas;
 Iluminação especial (várias aberturas porém o ambiente continua
escuro);
 Fachadas detalhadas e esculpidas
Esse estilo foi utilizado para impressionar os fiéis (Figura 7, Figura 8 e Figura
9), assim eles teriam medo de desobedecer Deus e a Igreja.
Figura 7 - Catedral de Milão, vista frontal.
Disponível em: http://www.destinomundo.pt/2013/11/catedral-de-milao-italia/
26
Figura 8 - Catedral de Milão – detalhes 2
Disponível em: http://www.destinomundo.pt/2013/11/catedral-de-milao-italia/
Figura 9 -Santuário de Las Lajas- Colômbia
Disponível em: http://estudantesdearquitetura.com.br/as-8-igrejas-mais-belas-e-famosas-do-mundo/
1.4.3 Renascentista
A partir do século XIV, a arquitetura sofreu uma revolução. Adotou-se o estilo
Renascentista, inspirada na Antiguidade Clássica, ou seja, nos estilos Grego e
Romano, cujos valores clássicos não foram copiados, mas reinterpretados numa
concepção naturalista, racionalista e humanista. A utilização da imagem do homem
foi uma das principais características do estilo Renascentista, onde os artistas
buscavam a perfeição através da beleza e do humanismo de suas obras, pois
consideravam a natureza a maior e mais perfeita criação de Deus, e o homem faz
parte da natureza.(FREITAS, 2014)
O estilo Renascentista surgiu na Itália. O termo renascimento foi empregado
pela primeira vez em 1855, pelo historiador francês Jules Michelet, para referir-se ao
27
descobrimento do mundo e do homem no século XVI. O historiador suíço Jakob
Burckhardt ampliou este conceito, definindo essa época como o renascimento da
humanidade e da consciência moderna. (FREITAS, 2014)
As obras arquitetônicas eram baseadas na geometria. A maior parte das
construções desse período tem como base um quadrado, o que deixou as edificações
harmônicas e proporcionais. Outra diferença do estilo renascentista é a utilização de
colunas no lugar dos pilares medievais. (FREITAS, 2014)
Figura 10 - Capela Sistina
Disponível em: http://sumoeeterno.blogspot.com.br/2010/05/visita-virtual-capela-sistina-vaticano.html
Figura 11- Interior da Capela Sistina
28
Fonte: http://sumoeeterno.blogspot.com.br/2010/05/visita-virtual-capela-sistina-vaticano.html
1.4.4 Barroco
No século XVII, o estilo Renascentista evoluiu para o estilo Barroco. Assim
como no estilo anterior, a arquitetura Barroca era inspirada nas construções Gregas e
Romanas. Porém, enquanto o estilo Renascentista buscava maior perfeição e
harmonia, o estilo Barroco apresentava maior dinamismo, dramaticidade, contrastes
mais fortes, exuberância e realismo. Era um estilo mais “livre”, que não precisava ser
perfeito como o anterior. (CHRISTINE, 2012)
A palavra barroco vem do português e significa “pérola imperfeita”. Foi adotada
no fim do período em questão por críticos que consideravam que o estilo apresentava
muitas irregularidades e imperfeições. O estilo Barroco logo se espalhou pela Europa.
Porém, foi predominantemente Católico, então, países protestantes, como a
Inglaterra, não apresentam nenhuma construção barroca.
O estilo barroco chega ao Brasil pelas mãos dos colonizadores. Seu
desenvolvimento pleno se dá no século XVIII, cem anos após o surgimento do
“Barroco” na Europa, estendendo-se até as duas primeiras décadas do século XIX.
(CHRISTINE, 2012)
O barroco acaba se proliferando sobretudo no nordeste e no sudeste do país,
e os primeiros edifícios foram erguidos a partir da segunda metade do século XVI, a
população mais simples empregou a técnica de pau-a-pique, sendo coberto com
folhas de palmeiras, mas foram obrigados a usar a taipa de pilão. Nesse período não
havia preocupação com ornamentos, pois a fachada elementar implantava um frontão
triangular sobre uma base retangular. Com a chegada do frei e arquiteto Francisco
Dias, em Salvador, houve uma grande mudança nos traços de bom gosto, porque ele
tinha a missão de dar um refinamento estético nas igrejas da colônia. (CHRISTINE,
2012)
29
Figura 12 -Igreja São Francisco de Assis – Ouro Preto/MG
Disponível em: http://www.ouropreto.org.br/port/igrejas.asp
1.4.5 Neoclássico
Aconteceu no período iluminista, no ano de 1808, final do século XIX. Nessa
época as pessoas buscavam a intelectualidade, logo, esse estilo apresenta
construções mais complexas e avançadas. (MONTEZUMA, 2002)
Algumas características:
 Utilização de materiais “nobres”, como mármore, granito, etc;
 Aplicação de técnicas mais avançadas como a utilização de guarda-
corpo, platibanda e frontão triangular;
 Construções geométricas, regulares e simértricas;
 Interiores mais organizados e decorados de maneira mais formal e
geométrica.
30
Figura 13 - Catedral Helsinki - Islândia
Disponível em: http://www.picoalucinante.com/?p=13
Figura 14 - Detalhamento de um templo neoclássico
Disponível em: http://arquibrasil.wordpress.com/arquitetura-neoclassica/
1.4.6 Revivalismo
O século XIX foi o auge da arquitetura Revivalista10
, que buscava trazer de volta
os estilos do passado. Foram criados estilos como o Neogótico (Figura 15), o
Neorromânico (Figura 16), o Neorrenascentista (Figura 17) e o Neobarroco (Figura
18). “Neo” significa novo, desta forma, esses estilos eram novas versões das
arquiteturas antigas e muitas vezes difundidos em uma única construção. (SANTA
CRUZ, 2014)
10
Arquitetura historicista ou revivalista é o nome dado a um conjunto de estilos arquitetônicos que
centrava seus esforços em recuperar e recriar a arquitetura dos tempos passados.
31
Figura 15 - Catedral São João Batista
Disponível em: http://cidadesinteressemilitar.blogspot.com.br/2012/11/rio-grande-do-sul-santa-cruz-
do-sul-rs.html
Figura 16 - Igreja Evangélica de Confissão Luterana de Santa Cruz do Sul
Disponível em: http://www.santacruz.rs.gov.br/municipio/igreja-evangelica
32
Figura 17 - Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores – São Paulo
Disponível em: http://www.casabranca.sp.gov.br/index1.asp?ed=0&c=60
Figura 18 - Catedral Duomo de Milano
Disponível em: http://estudantesdearquitetura.com.br/as-8-igrejas-mais-belas-e-famosas-do-mundo/
1.4.7 Modernismo
O Modernismo foi um movimento artístico e cultural, teve seu na Europa e
começou a se conquistar o Brasil a partir da primeira década do século XX, através
de manifestos de vanguarda, sobretudo em São Paulo, e da Semana da Arte Moderna,
realizada em 1922. O movimento deu início a uma nova fase estética na qual ocorreu
a integração de tendências que já vinham surgindo, baseadas na valorização da
realidade nacional, abandonando as tradições que vinham sendo seguidas, tanto na
33
literatura quanto nas artes. Apesar da ampla repercussão que a arquitetura e Arte
Moderna obtiveram, vale ressaltar que o Movimento Moderno não se limitou a essas
duas áreas. Foi um movimento cultural global que envolvia vários aspectos, entre eles
sociais, tecnológicos, econômicos e artísticos. (PINTO,2014)
O Modernismo foi introduzido no Brasil através da atuação e influência de
arquitetos estrangeiros adeptos do movimento, embora tenham sido arquitetos
brasileiros, como Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, que mais tarde tornaram este estilo
conhecido e aceito. Foi o arquiteto russo Gregori Warchavchik quem projetou a “Casa
Modernista” (1929-1930), a primeira casa em estilo Moderno construída em São
Paulo. (PINTO,2014)
Os arquitetos Modernistas buscavam o racionalismo e funcionalismo em seus
projetos, sendo que as obras deste estilo apresentavam como características comuns
formas geométricas definidas, sem ornamentos; separação entre estrutura e vedação;
uso de pilotis a fim de liberar o espaço sob o edifício; panos de vidro contínuos nas
fachadas ao invés de janelas tradicionais; integração da arquitetura com o entorno
pelo paisagismo, e com as outras artes plásticas através do emprego de painéis de
azulejo decorado.(PINTO,2014)
Figura 19 - Igreja de São Francisco de Assis, Pampulha
Fonte: http://emplastrocubas.files.wordpress.com/2009/02/igreja-da-pampulha.jpg
34
2 TIPOLOGIA DAS IGREJAS
Há vários tipos de igrejas católicas, cada uma tem uma destinação, uma
posição ou uma finalidade (SCHUBERT, 1978). Sendo que uma mesma igreja pode
ter mais de uma terminologia.
2.1 Basílica
Termo com que antigamente se indicava um edifício público destinado a ser
lugar de reuniões e com o qual se indica hoje o templo cristão dedicado ao culto. No
direito canônico, é considerado como basílica o edifício destinado ao culto e ao qual,
independe de sua qualidade de catedral, a autoridade eclesiástica conferiu o referido
título, com os privilégios que lhe são inerentes. Essa atribuição acontece por
concessão apostólica, mas o título de basílica pode também provir de um costume
imemoriável. Em geral, é dado o título de basílica às igrejas que, por sua antiguidade,
sua beleza e sua importância, atraem grande número de peregrinos ou são objeto de
particular veneração. Também são chamadas de Basílica Maior as mais importantes
igrejas de Roma, uma delas é a de São Pedro no Vaticano. E sob a forma de Basílica
Menor as igrejas fora de Roma, dado a sua importância histórica, artística ou pela
notável veneração dada pelos fiéis. (SCHUBERT, 1978, p. 9-11).
Figura 20 -Basílica de Santa Maria Maior, em Roma
Disponível em: http://www.snpcultura.org/basilica_santa_maria_maior_roma.html
35
Figura 21- Basílica de Santa Maria Maior - Roma7
Disponível em: http://www.snpcultura.org/basilica_santa_maria_maior_roma.html
2.2 Catedral
O nome catedral vem de cátedra, cadeira do bispo, símbolo de magistério .É a
igreja episcopal, cujo dirigente maior é o Bispo que exerce sobre os Párocos das
igrejas de sua diocese, repassando, com sua autoridade eclesiástica, as diretrizes
firmadas pelo Papa. Nas catedrais é que são sepultados os bispos de uma
determinada Diocese e esta é a condição para que uma igreja seja designada
"Catedral" e também pode se denominar de duomo11
.Na catedral realizam-se
cerimônias preferencialmente executadas pelo bispo, as funções de ordenação de
sacerdote, as funções pontificais, sagração dos santos óleos e da crisma.
(SCHUBERT, 1978)
Figura 22- Cátedra da Catedral de Santana/BA
Disponível em: http://www.catedraldesantana.com.br/catedral.htm
11
Significa "casa (de Deus)"
36
2.3 Santuário
Refere-se a uma igreja que é centro de peregrinações por causa de uma
devoção a Deus ou aos Santos. No Santuário considera-se um maior número de
pessoas, o movimento de entrada e saída de fiéis é muito grande, e todos querem ver
a imagem a ser venerada. Normalmente as pessoas formam fila para ver ou rezarem
junto à imagem, outras, distribuídas na igreja, buscam o silêncio para suas orações
particulares. (SCHUBERT, 1978)
Conforme o código de direito canônico:
“Cân. 1230 — Pelo nome de santuário entende-se a igreja ou outro lugar
sagrado aonde os fiéis, por motivo de piedade, em grande número acorrem
em peregrinação, com a aprovação do Ordinário do lugar.
Cân. 1231 — Para que um santuário possa dizer-se nacional, deve ter a
aprovação da Conferência episcopal; para que possa dizer-se internacional,
requer-se a aprovação da Santa Sé.
Cân. 1232 — § l. Para aprovar os estatutos de um santuário diocesano, é
competente o Ordinário do lugar; para os estatutos dum santuário nacional, a
Conferência episcopal; para os estatutos de um santuário internacional,
somente a Santa Sé.
§ 2. Nos estatutos determinem-se principalmente o fim, a autoridade do reitor,
a propriedade e a administração dos bens.
Cân. 1233 — Poderão ser concedidos alguns privilégios aos santuários,
quando as circunstâncias dos lugares, a afluência dos peregrinos e sobretudo
o bem dos fiéis pareçam aconselhá-los.
Cân. 1234 — Nos santuários ponham-se à disposição dos fiéis meios de
salvação mais abundantes, com o anúncio cuidadoso da palavra de Deus, o
fomento da vida litúrgica, principalmente por meio da celebração da Eucaristia
e da penitência, e ainda com o cultivo de formas aprovadas de piedade
popular. ”
Figura 23 - Santuário de Guadalupe - México
Disponível em: http://blog.cancaonova.com/peregrinacoes/2009/03/06/santuario-de-guadalupe/
37
2.4 Igreja Paroquial (Matriz)
É um templo católico, normalmente, com qualidade de Paróquia, onde o Vigário
ou Pároco, confirma e repassa as instruções episcopais aos religiosos ou fiéis que
estão sob sua jurisdição eclesiástica.
Conforme o código de direito canônico:
“Cân. 1214 — Pelo nome de igreja entende-se o edifício sagrado destinado
ao culto divino, ao qual os fiéis têm o direito de acesso para exercerem,
sobretudo publicamente, o culto divino.”
Segundo Mons. Guilherme Schubert (1978, p. 10): "[...] é a célula-mater da vida
comunitário-religiosa [...]", ainda comenta que o arquiteto que souber projetar uma
paróquia saberá também projetar outras igrejas porque todas partem do conhecimento
do funcionamento da igreja Matriz.
Figura 24 - Igreja Matriz Nossa Senhora do Desterro
Disponível em: http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/igreja-matriz-nossa-senhora-do-desterro
2.5 Capela
É um templo com dimensões reduzidas, atende a poucas pessoas. Pode ser
reservada para uma pessoa, para uma família, ou aberta ao público. Onde acontece
a celebração da missa, pode ou não seguir o calendário litúrgico. Sua destinação
normalmente é específica, localizadas anexas a algumas instituições, como por
exemplo: colégios, quartéis de militares, cemitério e hospitais. Pode ter ou não acesso
38
para a rua. Normalmente, só um altar, caracterizada pela sua modesta estrutura física,
onde o padre exerce suas funções, normalmente de forma itinerante, estando
subordinada e pertencendo a determinada paróquia. (SCHUBERT, 1978)
Conforme o código de direito canônico a capela particular é local de culto
autorizado pelo bispo, e já não é mais necessário que se tenha autorização da Santa
Sé.
Figura 25 - Capela Sistina, Vaticano
Disponível em: http://lounge.obviousmag.org/arquitetura_do_sagrado/2013/07/o-que-e-basilica-
catedral-santuario-capela.html
39
3 REFERÊNCIAS ARQUITETÔNICAS INTERNACIONAIS
3.1 Basílica de São Pedro – Vaticano
De acordo com LINDENBERG (2002),
“A Basílica de São Pedro, na qual são celebradas as mais importantes
cerimônias da Igreja Católica, foi erguida pelo imperador Constantino, entre
os anos 324 e 349, uma pequena basílica com o objetivo de honrar o túmulo
do primeiro Papa, o apóstolo Pedro.”
E que Inicialmente foi projetada por Donato Bramante, a basílica seria erguida
sob a forma de uma cruz grega, porém após sua morte em 1514 teve seu projeto
modificado, o projeto ocupa uma área de 23 mil metros quadrados e pode abrigar até
60 mil fiéis. Uma comissão, formada por Rafael, Fra Giocondo e Giuliano da Sangallo,
reprojetou a basílica como uma cruz latina sendo que no cruzeiro existiria uma cúpula
que, localizada sobre o altar, se alinharia com a sepultura do apóstolo São Pedro.
(LINDENBERG, 2002)
Figura 26 – Maquete Eletrônica da Basílica de São Pedro
Disponível em: www.pastoralis.com.br
Em 1527, Paulo III confiou a Antônio da Sangallo o controle total da obra. Este,
por sua vez, retomou algumas ideias do plano de Bramante, erguendo uma parede
divisória entre a nova Basílica e a antiga, ainda em uso. Em 1546, com a morte de
Sangallo, Paulo III confiou a Michelangelo a chefia da arquitetura. Responsável pela
40
abside, pelo transepto e pela cúpula, Michelangelo deixou em 1564, ano de sua morte,
o trabalho todo praticamente completo. (LINDENBERG, 2002)
A sucessão no cargo de chefe da catedral foi desempenhada por Pirro Ligorio
e Giacomo da Vignola, os quais finalmente completaram a construção da cúpula
(Figura 26) durante o papado de Sexto V. Mais tarde, sobre a cúpula, a qual possuía
um diâmetro de 41,9 metros, Domenico Fontana construiu o lanternim e a cruz,
finalmente construída em 1593, com aproximadamente 138 metros de altura.
(LINDENBERG.2002)
Figura 27 – Cúpula
Disponível em: www.pastoralis.com.br
O interior da basílica foi preenchido com muitas obras-primas do Renascimento
e do Barroco. Entre elas, a mais famosa, a escultura denominada "Pietá", de
Michelangelo (Figura 27). O interior da cúpula foi decorado com composições de
mosaicos formando uma figura que ilustra os círculos angelicais do céu, com Deus
Pai em seu cume. (PASTORALIS, 2014)
Desta forma a construção da Basílica foi completada por Carlo Maderna em
1612, com duração de mais de um século, originando uma monumental construção,
sendo sua principal nave aproximadamente 187 metros de comprimento.
(PASTORALIS, 2014)
41
Figura 28 – Pietá
Disponível em: www.pastoralis.com.br
3.2 Igreja do Jubileu – Itália
A Igreja do Jubileu, localiza em Roma – Itália, é um projeto do arquiteto Richard
Meier. Esta obra com cerca de 2. 501 m², obteve um andamento tardio na sua
execução, pois seu início está datado em 1996 e sua conclusão no ano de 2003. Está
implantada num terreno triangular e apresenta seu acesso principal na porção leste,
já em sua porção norte estão os jardins e áreas livres destinadas ao lazer.
(SERAPIÃO, 2004)
Construído juntamente com um complexo habitacional. A igreja e o centro
comunitário estão conectadas por um átrio de quatro andares. Nesse projeto
destacam-se o concreto, o estuco, travertino e o vidro. (SERAPIÃO, 2004)
42
Figura 29 - Igreja do Jubileu em Roma – Fachada Principal
Fonte: Richard Meier(2003)
Os três grandes arcos de concreto em forma de concha lembram nas
inspirações de meier três velas em movimento. A cobertura de vidro e claraboias na
igreja abarcam toda a extensão do edifício o enchendo de luz e o ambiente lembrando
seus traços mais marcantes. Durante a noite a luz sai do interior da obra. (AROSIO,
2005).
Três curvas evidenciam a Santíssima Trindade e quadrados sagrados. A ala de
aspecto profano é formada por sucessivas sobreposições de quadrados e retângulos,
bem característicos das obras do arquiteto. (AROSIO, 2005)
43
Figura 30 - Igreja do Jubileu em Roma – Fachada Posterior
Fonte: Richard Meier(2003)
A Igreja do Jubileu foi uma obra onde ele buscava o branco puro como retrato
dela. Em suas pesquisas, ele encontrou uma formula de Pier Luigi Marathi onde o
concreto era completamente constituído de materiais branco e assim denominado de
“cimento todo branco”. (SERAPIÃO, 2004)
Figura 31 - Fachada Frontal
Fonte: Richard Meier
44
3.3 Igreja da Sagrada Família – Espanha
Sua construção começou com um estilo neogótico. No entanto, quando o
arquiteto Antoni Gaudí, com somente 31 anos, assumiu o projeto no ano de 1883, o
reconfigurou completamente. (GUERRERO, 2014)
Uma das ideias trazidas por seu projeto foram as elevadas torres cônicas
circulares que se sobrepõem aos portais, e que vão afinando com a altura. Gaudí as
projetou com uma torsão parabólica, o que deu uma tendência ascendente a toda a
fachada, favorecida por muitas janelas que perfuram as torres seguindo as suas
formas espirais. (GUERRERO, 2014)
A Sagrada Família é uma igreja de cinco naves, com cruzeiro de três naves,
que formam uma cruz latina. Suas dimensões interiores são: nave e abside, 90 metros;
cruzeiro, 60 metros; largura da nave central, 15 metros; naves laterais, 7,5 metros
cada uma (a nave principal tem no total 45 metros); largura do cruzeiro, 30 metros.
(GUERRERO, 2014)
Figura 32 – Vista Frontal
Fonte: www.blogdaanace.com.br
45
Figura 33 – Igreja Sagrada Família Terminada
Fonte:http://www.hypeness.com.br/2013/10/video-mostra-como-sera-a-catedral-da-sagrada-
familia-quando-terminada/
O templo pode ser lido com a seguinte divisão de espaços: a Fachada da
Natividade, a Fachada da Paixão, a Fachada da Glória com o Batistério, e a Capela
de Sacramento, a Cripta, a Abside, as Cúpulas e Obeliscos, os Claustros, as
Sacristias, a Capela da Assunção, o Cruzeiro e o Transepto, as Naves e os Coros, e
o Altar. Cada janela, coluna e elemento faz referência a santos, instituições ou
mistérios da fé católica. (GUERRERO, 2014)
Em 1926, quando Gaudí faleceu, só havia sido construída uma torre. Do projeto
do edifício só se tinham os planos e um modelo em gesso que foi seriamente
danificado durante a Guerra Civil espanhola. Hoje, 129 anos depois, a construção do
templo segue a ideia original do arquiteto.
De Acordo com GUERRERO (2014)
“Quando estiver terminada, a igreja terá 18 torres; quatro em cada um dos
três acessos e, como um arranjo de cúpula, estarão outras seis torres, com a
torre central dedicada a Jesus, de 170 metros de altura, coroada com uma
cruz de quatro braços, símbolo de Jesus Cristo, e outras quatro ao redor de
esta, dedicadas aos evangelistas, e uma segunda cúpula dedicada à Virgem.”
3.4 Igreja da Transfiguração – Nigéria
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O escritório londrino DOS Architects foi recentemente selecionado para
desenhar a Igreja Católica da Transfiguração, em Lagos, capital da Nigéria. O teto
ondulante é um dos aspectos que mais chama a atenção no projeto da construção.
(NIGERIA ARCHITECTURE, 2014)
Os arquitetos usaram arcos de aço em diferentes alturas, espaçados entre si
numa distância de quatro metros, para dar sustentação, rigidez e leveza ao teto da
igreja. A construção, que possui mais de 3 mil metros quadrados, conta com um salão
de congregação de dois andares, todo espelhado na entrada e no final, para dar
relevância à altura do salão. (NIGERIA ARCHITECTURE, 2014)
Figura 34 - Vista interna
Fonte: www.nigerianarchitecture.blogspot.com.br
O projeto demonstra que não havia a intenção de produzir qualquer coisa
relacionado com a cultura ou as tradições dos povos que vivem em Lekki. Assim, este
edifício se torna um ícone ou marco sim para a igreja e as marcas da igreja. (NIGERIA
ARCHITECTURE, 2014)
47
Figura 35 - Vista Frontal
Fonte: www.nigerianarchitecture.blogspot.com.br
Foi colocada a cruz latina no ponto mais alto da estrutura da igreja, que se
tornará um ícone para a cidade de Lekki e lagos como um todo. O acesso principal é
colocado na parte mais estreita e mais baixo do edifício e leva a um vestíbulo do qual
o visitante tem vistas e acesso claro para ambos os pisos da igreja. O vestíbulo de
entrada, a escadaria principal da igreja se divide em duas metades que são
visualmente ligadas pelo grande átrio na entrada no prédio. (NIGERIA
ARCHITECTURE, 2014)
O conceito de arquitetura e forma estrutural são partes integradas com uma
série de arcos de diferentes alturas, produzindo a forma escultural do edifício como
um todo. Arcos são uma das formas mais antigas e mais eficientes da estrutura,
utilizando a altura total do edifício para fornecer a rigidez, resultando em uma estrutura
relativamente delgada. (NIGERIA ARCHITECTURE, 2014)
Figura 36 - Planta do primeiro piso Figura 37 - Corte Longitudinal
Fonte: www.nigerianarchitecture.blogspot.com.br
48
Fonte:
www.nigerianarchitecture.blogspot.com.br
3.5 Igreja de Seed – China
A Igreja se encontra em uma das sete montanhas taoistas da China. Embora
existam vários tipos de templos taoistas e budistas no distrito, o elemento religioso
ocidental não foi descoberto ainda. Além de desenvolver habitações privadas, o
cliente tentou criar uma pequena igreja para os habitantes do povoado, a fim de
ampliar o espectro religioso e cultural. A mensagem cultural e religiosa é comunicada
através do jogo de luz e sombra na arquitetura. (MONTEIRO,2013)
Localizada na Montanha Kuofu, a Igreja tem uma área de 280m² e pode
acomodar 60 pessoas. O conceito de projeto vem da forma de uma semente, um
elemento metafórico nas histórias do Evangelho. A linha curva segue o contorno de
uma semente que delimita os espaços, como um elemento de contenção. A curva é
dividida em 3 partes que formam três acessos: a sudeste a fachada possuí uma
abertura em forma de cruz que permite a entrada de luz na parte da manhã, a oeste
a fachada é sólida e bloqueia a luz da tarde, e ao norte a fachada é mais espessa para
acomodar as instalações sanitárias. Os visitantes podem subir pelo terraço da
cobertura chegando até um mirante. (MONTEIRO,2013)
A estrutura principal é feita de concreto moldado in loco com uma estrutura de
bambu. A textura que o bambu deixa no concreto é absorvido com as árvores e com
o verde da paisagem. (MONTEIRO,2013)
Figura 38 - Vista a longa distância
Fonte: Iwan Baan (2013)
49
Figura 39 - Detalhe do telhado
Fonte: Iwan Baan (2013)
50
4 REFERÊNCIAS ARQUITETÔNICAS NACIONAIS
4.1 Matriz da Sagrada Família – Bayeux- PB
Figura 40 - Estudo Volumétrico - Vista Noroeste - Bayeux - PB
Disponível em: www.ricardo-vidal.blogspot.com.br
Este projeto de reforma e ampliação da Matriz da Sagrada Família em Bayeux
- PB feito pelo Arquiteto Ricardo Vidal, surgiu da necessidade de ampliar a capacidade
da Igreja e criar um espaço mais confortável e agradável aos fiéis. (VIDAL,2013)
Remetendo à tradição da arquitetura Católica, a entrada situa-se sob o volume
do coro para logo após se abrir a nave com um pé-direito de 8,10m. À esquerda da
entrada, está localizado o Batistério, abaixo da torre (Campanário). Mais à frente, junto
ao Presbitério encontra-se o espaço reservado para confessionário bem como o
Sacrário. (VIDAL,2013)
À direita da entrada principal com acesso também pela nave, está o salão
paroquial, já existente e utilizado para eventos da comunidade. Seu pé-direito também
será alterado e ele ganhará um mezanino, ao tempo em que cederá área para uma
nova bateria de sanitários e a Sacristia. (VIDAL,2013)
51
Será através do mezanino do salão que poderá se acessar o coro da igreja, e
a partir deste, os demais pavimentos da torre (áreas técnicas). (VIDAL,2013)
No fundo do lote encontra-se a casa paroquial, que não será alterada, com
exceção de uma ampliação da garagem, hoje subdimensionada. (VIDAL,2013)
O partido volumétrico, de linhas contemporâneas, surgiu da ideia de dar mais
monumentalidade à Igreja. (VIDAL,2013)
Figura 41 - Estudo Volumétrico - Vista Sudoeste
Disponível em: www.ricardo-vidal.blogspot.com.br
As aberturas para ventilação e iluminação foram resolvidas de forma a não
haver a visualização do espaço exterior a partir da nave, para que os fiéis possam
usufruir do espaço como um campo sagrado e dedicado exclusivamente à reflexão
sem interferências externas. (VIDAL,2013)
52
Figura 42 - Vista Noroeste – Atual
Disponível em: www.ricardo-vidal.blogspot.com.br
Figura 43 - Vista Noroeste – Proposta
Disponível em: www.ricardo-vidal.blogspot.com.br
53
4.2 Intervenção Igreja Matriz da Santa Cruz – Areias, São José, Santa Catarina
A Igreja católica tem Cristo como a única absoluta verdade. Sendo assim, o
granito maciço e de acabamento bruto (levigado) foi o material empregado nas peças.
(HELM,2013)
O altar é o centro da Liturgia, ele no projeto ganha o destaque que as
celebrações pedem. Seu desenho possui linhas elegantes, estruturadas na proporção
áurea; nos remetendo ao cenáculo; à mesa da santa ceia. (HELM,2013)
A palavra Ambão vem de do grego Anabaino que significa “subir, elevar-se”, a
Palavra que vem do reino dos céus. As linhas verticais e a forma que apontam para
cima, ilustram tal conceito. Nas celebrações o povo Deus está sob a presidência do
ministro ordenado, que celebra “in Persona Christi”. Ele é o Cristo cabeça que tem na
assembleia o seu corpo eclesial. Este conceito é materializado na Sedia ou Cadeira
da Presidência, aqui desenhada com simplicidade formal, porém, com a escala
necessária para que se alcance os conceitos citados. (HELM,2013)
Figura 44 - Antes e Depois
Fonte: Eduardo Faust
54
Figura 45 - Pia Batismal
Fonte: Eduardo Faust
Figura 46 – Ambão
Fonte: Eduardo Faust
O batistério foi desenhado em forma octogonal, fazendo referência ao oitavo
dia, dia da ressurreição; é a nova criação do mundo em Cristo, o novo Adão; todos
nascemos como Adão e é no batismo que somos resgatados. Este octógono está
inscrito numa Vésica Piscis, um antigo símbolo presente em várias religiões que
simboliza a criação, a origem. (HELM,2013)
55
Os patamares do presbitério focam na hierarquia dos elementos litúrgicos. O
batistério encontra-se junto à assembleia, a capela do santíssimo e os santos, a dois
degraus de altura. No terceiro degrau, que busca o número 3, número do Deus trino
– da santíssima trindade – temos altar e ambão. E, finalmente, no patamar mais
elevado, a Sedia. (HELM,2013)
O projeto passou por uma reformulação do layout das salas anexas a nave.
Foram criadas nas laterais do presbitério: Sacristia, capela do santíssimo e sala de
controle de som e luz. Aos fundos: Capela da reconciliação (o antigo confessionário),
sala de dízimo, Sacristia e sala de imagens. (HELM,2013)
A igreja antes da reforma tinha capacidade para 600 pessoas, foi construído
um mezanino ao redor da nave com estrutura metálica, forros acústicos e
detalhamentos de steel frame – dry wall e vidro laminado. Com o mezanino o edifício
hoje conta 1000 pessoas sentadas. (HELM,2013)
Figura 47 - Vista Frontal
Fonte: Eduardo Faust
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4.3 Santuário de Santa Paulina – Nova Trento/SC
Figura 48 - Escada de acesso ao Santuário
Fonte: HS Arquitetos
Ícone da edificação religiosa, a cobertura de linhas ascendentes estimula a
meditação e a busca da espiritualidade, como se fosse um manto que, singelamente
lançado sobre a construção, abriga a nave principal, capelas e área de apoio, além de
definir os acessos ao santuário. (HS ARQUITETOS, 2014)
Cobertura modulada a cada 7,5 metros, de caimento em duas águas, com
desenho que remete visualmente às tradicionais vestimentas de algumas ordens
religiosas. São três setores distintos - nave principal, capelas e área de apoio -, além
de circulações e acessos. (HS ARQUITETOS, 2014)
57
Figura 49 – Interior
Fonte: HS Arquitetos (2012)
Para evitar variações bruscas de temperatura e minimizar o ruído externo, a
cobertura termo isolante foi construída com sistema de telha zipada, que oferece duplo
isolamento termo acústico com lã mineral. Na parte inferior da cobertura, chapas de
alumínio perfuradas funcionam como forro e também colaboram com a acústica do
ambiente. (HS ARQUITETOS, 2014)
4.4 Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida – Aparecida/SP
A Basílica de Nossa Senhora Aparecida, também conhecido como Santuário
Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, está localizada na cidade de
Aparecida, no interior do Estado de São Paulo. Foi solenemente sagrada em 4 de
julho de 1980, por João Paulo II quando ele visitou o Brasil pela primeira vez. Em outra
de suas visitas, passando por Aparecida, abençoou o Santuário e, em 1984, a
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, elevou a Nova Basílica a Santuário
Nacional. Localiza-se no centro da cidade, tendo como acesso a "Passarela da Fé",
que liga a basílica atual com a antiga, ambas visitadas por romeiros. (A12, 2014)
58
Em meados da década de 1940, os missionários da Congregação do
Santíssimo Redentor, conhecidos por redentoristas, perceberam a necessidade de se
erigir um novo templo para veneração e devoção do povo para com Nossa Senhora
da Conceição Aparecida: era preciso um espaço mais amplo, que comportasse mais
pessoas. Dessa necessidade, surgiu a ideia de se construir não uma qualquer igreja
maior, mas uma basílica. (A12, 2014)
Figura 50 - Santuário Nacional de Aparecida
Fonte: www.a12.com
Também conhecida por "Basílica Nova", está construída sobre o Morro das
Pitas, Começou a ser construída em 11 de novembro de 1955. A torre da basílica
mede 100 metros de altura, possuindo 18 andares e seu projeto foi elaborado por
Benedito Calixto de Jesus Neto. O Santuário Nacional de Nossa Senhora da
Conceição Aparecida é visitado anualmente por aproximadamente dez milhões de
romeiros de todas as partes do Brasil. (A12, 2014)
Para favorecer as mães com crianças pequenas, a Basílica oferece dois
fraldários. Um deles se encontra no subsolo e contém 10 berços e 16 trocadores,
59
atendendo cerca de 300 crianças por dia. O outro está localizado no Centro de Apoio,
na asa sul, e possui microondas, duchas higiências, trocadores, aquecedores de
mamadeiras entre outros serviços gratuitos. (A12, 2014)
No subsolo da Basílica, encontra-se a Sala das Promessas, o fraldário,
banheiros, água potável, Capela dos Batizados, Salão dos Romeiros (espaço para
refeições) e marcação de missas. Na Torre Brasília, o mirante (100m de altura), o
Museu Nossa Senhora Aparecida e a central de informações. No Centro de Apoio, o
ponto de encontro e central de informações. No setor externo, a Sala de Imprensa, a
sala dos motoristas, a segurança patrimonial e o ambulatório. (A12, 2014)
4.5 Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida – Brasília
A Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida, popularmente
conhecida como Catedral de Brasília foi projetada por Oscar Niemeyer e construída
entre 1959 e 1970, e faz parte do conjunto inicial de edifícios que compõem o Eixo
Monumental da capital brasileira. (FRACALOSSI,2013)
O edifício é definido pelos seus dezesseis pilares de concreto em forma de
bumerangue, que partem de uma planta circular de setenta metros de diâmetro,
rodeada por um espelho d’água, e sobem inclinadamente até tocar uns aos outros. O
cálculo estrutural desse e dos demais edifícios projetados por Oscar Niemeyer para o
conjunto original de Brasília foi feito por Joaquim Cardozo. (FRACALOSSI,2013)
A catedral em si está um nível abaixo do plano de acesso; o edifício é, assim,
meramente sua coberta. Seu acesso dá-se por um caminho criado por quatro
esculturas, representando os evangelistas, que levam a uma rampa descendente,
estreita e escura. (FRACALOSSI,2013)
O contraste entre o que foi visto externamente e o interior que se faz presente
é surpreendente. Os vitrais que fazem os fechamentos entre os pilares dotam a nave
da catedral de abundante luz (figura 52). (FRACALOSSI,2013)
Ao lado do edifício da Catedral está o campanário, cuja solução estrutural é
novamente inusitada. Uma barra linear, que apoia sobre ela quatro sinos, sustentada
por um único ponto central, que descem formando quatro pilares em suaves curvas
(figura 50). (FRACALOSSI,2013)
Do lado oposto está o batistério, finalizando a estrutura tripartida do conjunto.
Assim como a Catedral, ele também é um espaço enterrado, mas, ao contrário
60
daquela, sua coberta é uma casca ovoide opaca, levemente iluminada por aberturas
laterais. (FRACALOSSI,2013)
Figura 51 - Catedral de Nossa Senhora Aparecida
Disponível em: www.archdaily.com.br
61
Figura 52 - Esboço da fachada
Fonte: www.archdaily.com.br
Figura 53 – Interior
Fonte: www.archdaily.com.br
62
5 OS ESPAÇOS QUE COMPÕEM O EDIFÍCIO IGREJA
Para bom êxito do programa iconográfico é preciso ter bem claro que toda ação
que desenvolve nesse espaço é um Mistério (sagrado) e, portanto, não é um lugar
simplesmente humano. Depois, a razão desse edifício é a liturgia eucarística e tudo o
mais que decorre dessa ação. A noção de sagrado (Mistério) é fundamental, assim
como a de sacrifício. No espaço sagrado, não vamos ao encontro de nós mesmos,
mas ao encontro de Deus, que dá sentido à vida comum do Povo de Deus. (PASTRO,
2012)
“O programa iconográfico deve ser considerado desde o início do projeto
arquitetônico, de acordo com as exigências litúrgicas e a cultura local. Deve
ser resultado de um trabalho multidisciplinar que envolva arquitetos,
liturgistas, artistas e a comunidade.” (CNBB. 2013, p.43)
5.1 Presbitério
Segundo PASTRO (2012), este espaço precisa o mais amplo possível. Nele
ficam dispostos o altar, o altar, a sédia, a cruz processional e a credência. Tendo como
centro do presbitério o altar, é preciso deixar em todas as direções um espaço em
torno dele de, no mínimo, 2,50 m. Já prevendo os vários tipos de celebrações que
poderão acontecer no decorrer do ano litúrgico: ordenações, casamentos, funerais,
etc.
É normal as pessoas chamarem o presbitério de altar, quando na verdade o
presbitério é o local que recebe o altar, mesa da celebração. (PASTRO, 2012)
5.1.1 Altar
O altar é a mesa do sacrifício de Cristo, e deve-se o respeito necessário para
tal. Iniciando com o material a ser utilizado. Deve ser um material legítimo e sólido.
Normalmente são utilizadas pedras para a confecção do mesmo. (PASTRO 2007)
Por ser um local de tal significado, não deve se parecer com mesa de buffet de
festas. Precisa ser simples, uma extensão do mistério da cruz. (PASTRO, 2007)
“Nenhum objeto simbólico é mais importante que o altar, por isso não se deve
depositar objetos alheios à ação ritual ou escondê-lo (com toalhas, flores ou
63
cadeiras colocadas à sua frente) e nem impedir aos fiéis de verem o que se
realiza sobre ele.” (CNBB, 2013. p. 31)
Segundo PASTRO (2012) o altar deve ter dimensões sóbrias. Altura: 95
centímetros, e poderá ser quadrado com 1,00 m x 1,00 m ou 1,30 m x 1,30 m. No caso
do mesmo ser retangular, não necessita ter mais do que 1,50m x 0,80 m ou 1,70 m x
0,80 m, independentemente do tamanho do edifício.
5.1.2 Ambão
Seguindo os mesmos princípios do altar, nas celebrações, o Ambão é o lugar
que precede a liturgia eucarística. Tornando então o centro (não físico) da primeira
parte da liturgia. (PASTRO 2012)
Por se tratar de um local de anúncio da palavra, o material a ser utilizado deve
ser, preferencialmente, o mesmo utilizado no altar e na sédia, seguindo o mesmo
padrão. Em si, desnudo, é peça alta que anuncia e testemunho o Cristo. Não devem
haver mais que um ambão, pois a palavra de Deus é única. Não é local para
comentários e/ou recados. (PASTRO 2012)
“32. No recinto da igreja, deve existir um lugar elevado, fixo, adequadamente
disposto e com a devida nobreza, que ao mesmo tempo corresponda à
dignidade da Palavra de Deus e recorde aos fiéis que na missa se prepara a
mesa da Palavra de Deus e do Corpo de Cristo, e que ajude da melhor
maneira possível a que os fiéis ouçam bem e estejam atentos durante a
liturgia da palavra. Por isso se deve procurar, segundo a estrutura de cada
igreja, que haja uma íntima proporção e harmonia entre o ambão e o altar.
33. Convém que o ambão, de acordo com a sua estrutura, seja adornado com
sobriedade, ou de maneira permanente ou, ao menos ocasionalmente, nos
dias mais solenes.
Dado que o ambão é o lugar de onde os ministros proclamam a Palavra de
Deus, reserva-se por sua natureza às leituras, ao salmo responsorial e ao
sermão pascal. A homilia e a oração dos fiéis podem ser pronunciadas do
ambão, já que estão intimamente ligadas a toda a liturgia da palavra. Mas não
é conveniente que subam ao ambão outras pessoas, como o comentarista, o
cantor, o dirigente do coro.
34. Para que o ambão ajude, da melhor maneira possível, nas celebrações,
deve ser amplo, porque em algumas ocasiões têm de estar nele vários
ministros. Além disso, é preciso procurar que os leitores que estão no ambão
tenham suficiente luz para ler o texto e, na medida do possível, bons
microfones para que os fiéis possam escutá-los facilmente.” (IELM p. 8)
64
5.1.3 Sédia
A sédia do presidente ou a cátedra do bispo fecha o conjunto principal do
edifício, juntamente com o altar e o ambão. Todos eles são sacramentais, partes de
um único mistério a ser celebrado, o Mistério Pascal. (CNBB, 2013)
“A sédia é, assim como a mesa da Eucaristia e a mesa da Palavra, um dos
pólos constitutivos do espaço da celebração. A utilização dos mesmos
materiais e estilo nessas peças, ajuda a perceber a unidade entre eles, como
sinais do único Cristo.” (CNBB. 2013. p.27)
5.1.4 Cruz processional
O Missal Romano orienta sobre o uso da cruz processional em vez de grandes
crucifixos pendurados nas paredes, para simbolizar que a cruz acompanha o cristão
em sua caminhada, mas a meta é a ressurreição, a glória, a vida. (MILANI, 2006)
A cruz processional deve apresentar a imagem do crucificado; ser pequena (30
a 50 cm), feita de material e forma que estejam em harmonia com as demais peças
do presbitério. Após carregada em procissão como sinal do Cristo morto e
ressuscitado, ela permanece junto ao altar. (MILANI, 2006)
Segundo a Instrução Geral sobre o Missal Romano:
“308. Haja também sobre o altar ou perto dele uma cruz com a imagem de
Cristo crucificado que seja bem visível para o povo reunido. Convém que tal
cruz, que serve para recordar aos fiéis a paixão salutar do Senhor,
permaneça junto ao altar também fora das celebrações litúrgicas.”
O documento da CNBB (2013) número 106 afirma:
“A cruz com crucificado colocada perto do altar serve para recordar aos fiéis
a paixão salutar do Senhor também fora das celebrações litúrgicas. Essa
pode ser a cruz processional. Em harmonia com a cruz estão também
dispostos os castiçais com as velas.”
5.1.5 Credência
De acordo com a Comissão Arquidiocesana de Arte Sacra da Arquidiocese de
Porto Alegre, a credência:
“É uma espécie de pequena mesa colocada discretamente no presbitério para
apoiar os objetos necessários para a missa: o cálice, a patena, as galhetas,
65
os livros ou o que mais for necessário, dependendo da celebração. Não deve
sobressair com rendas ou outros ornamentos. É bom que sua altura seja
inferior à do altar. A credência pode ser colocada encostada na parede lateral
do presbitério ou como um console na parede, fazer parte da própria parede.
A credência pode ser fixa ou móvel. Na entrada da igreja, podem ser previstas
uma ou mais credências para as ofertas ou folhetos. O material usado deve
ser simples e nobre e estar em harmonia com as demais peças do
presbitério.”
5.2 Capela da reconciliação
Conhecido antigamente como confessionário. Local destinado ao diálogo entre
os fiéis e o padre para a confissão, sendo que hoje este local pode estar em uma
capela ou mesmo em um espaço reservado na assembleia. (CNBB, 2013)
5.3 Capela do santíssimo
Segundo PASTRO (2012) é um local dentro da igreja destinado ao tabernáculo.
Sendo que a mesma deve estar preparada para receber a oração individual e coletiva
(comunitária). É um espaço retirado da nave principal, porém ligada à igreja e visível
aos fiéis.
Compõem esse espaço tão somente o tabernáculo, genuflexórios e cadeiras.
Nunca deverá conter o Crucificado ou qualquer outra imagem, pois é um local com a
presença real do Cristo vivo e ressuscitado. (PASTRO, 2012)
5.4 Tabernáculo (sacrário)
Segundo MILANI (2006), o tabernáculo, ou também chamado de sacrário, se
parece com um cofre para que se possam guardar as reservas eucarísticas. Segundo
a tradição é necessário manter uma lâmpada sempre acessa ao lado do sacrário,
indicando a presença de Cristo.
De acordo com PASTRO (2012) esse é o local onde se depositam as sagradas
espécies, o Santíssimo. E que o material a ser confeccionado pode ser metal, madeira,
ou outro material. Depende do local e da segurança para evitar a violão proveniente
de vandalismo. É importante que o tabernáculo preserve o padrão empregado
inicialmente pelos itens que compõem o presbitério.
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Recomenda-se que o tabernáculo possua um local apropriado, de preferência
em uma capela. Se colocado no presbitério que seja fora do altar de celebração.
5.5 Batistério
Ambiente específico para a realização do batismo, onde fica a pia batismal.
Pode ser incorporada com o corpo da igreja. (CNBB, 2013)
“A celebração do batismo é uma celebração comunitária, porta de entrada
para a vida eclesial. Portanto em cada igreja paroquial terá uma fonte
batismal, cujo significado ultrapassa a celebração do sacramento: é memória
permanente do batismo. O cuidado com a forma e a disposição da fonte
batismal no espaço da igreja exprimem seu significado” (CNBB. 2013. p.35)
De acordo com PASTRO (2012, p. 108):
“O batistério será um espaço à parte, uma bela capela ou sala junto ao adro
ou na entrada da nave principal. Jamais no presbitério. Por conveniências e
para que se tenha uma “plateia”, tem sido colocado junto ao presbitério.
Assim, perde-se a grande celebração mística desse sacramento de entrada
do neocatecúmeno no Corpo Místico. O batistério poderá ser feito de duas
formas conjuntas numa só peça, permitindo aspersão ou imersão. Será uma
piscina com uma fonte e um longo banco fixo nas quatro paredes para que
todos envolvam o Mistério da Iniciação Cristã. Quando estiver na entrada da
nave, permitirá que todos os fiéis se persignem ao entrar nesse espaço
sagrado. À volta interna do batistério, nas paredes, no teto ou na peça em si,
poderá existir a catequese catecumenal (os evangelhos quaresmais e até o
Antigo Testamento) em pinturas, baixos-relevos etc.”
67
6 NORMAS E LEGISLAÇÃO
6.1 Código de obras
Como o projeto propõe a ampliação o seguinte projeto será que seguir leis
regulamentadoras municipais como o código de obras e o plano diretor do município.
Conforme o Código de Obras do município de Ouro Preto do Oeste- RO:
“Art. 2º - Qualquer tipo de obra, ampliação ou reforma na área urbana ou
rural de iniciativa pública ou privada, somente poderá ser executada após
exame, aprovação do projeto, a concessão de Licença de Obras pela
Prefeitura Municipal, de acordo com as exigências contidas neste código ou
análises dos projetos quando se tratar de obra específica (exigências não
contidas neste código) e mediante responsabilidade do profissional
legalmente habilitado.”
Que reformas serão especificadas conforme Código de Obras do município de
Ouro Preto do Oeste- RO
Art. 13 - No caso de reforma ou ampliação deverá ser indicado no projeto o
que será demolido, construído, ou conservado, de acordo com as seguintes
convenções de cores:
I- Cor natural da cópia heliográfica para as partes existentes e a conservar.
II-Cor amarela, para as partes a serem demolidas.
III-Cor vermelha para as partes novas acrescidas.
6.2 NBR 9050
A NBR 9050 (2004) que estabelece os preceitos e proporções que devem ter
os banheiros, portas, circulação, e ergonomia para que os ambientes sejam
considerados acessíveis.
Conforme a NBR 9050 (2004) no item 1.3.1 e 1.3.2:
“Todos os espaços, edificações, mobiliários e equipamentos urbanos que
vierem a ser projetados, construídos, montados ou implantados, bem como
as reformas e ampliações de edificações e equipamentos urbanos, devem
atender ao disposto nesta Norma para serem considerados acessíveis.
Edificações e equipamentos urbanos que venham a ser reformados devem
ser tornados acessíveis. Em reformas parciais, a parte reformada deve ser
tornada acessível.”
68
6.3 NBR 13434 - Sinalização de Segurança Contra Incêndio e Pânico
Como o santuário tem por nomeação por causa da quantidade de pessoas que
passam todos os dias o perigo de acidentes é muito grande, a implantação de
sinalização para segurança contra incêndio e pânico é muito necessária.
Conforme a NBR 13434 (2004):
“A sinalização de segurança contra incêndio e pânico tem como objetivo
reduzir o risco de ocorrência de incêndio, alertando para os riscos existentes,
e garantir que sejam adotadas ações adequadas à situação de risco, que
orientem as ações de combate e facilitem a localização dos equipamentos e
das rotas de saída para abandono seguro da edificação em caso de incêndio.”
6.4 NBR 6492 - Representação de projetos de arquitetura
Designadamente, a NBR 6492 (1985) trata de "Representação de Projetos de
Arquitetura". Esta norma fixa as condições para representação gráfica de projetos
arquitetônicos, para que haja compreensão dos mesmos. É o que se espera
apresentar nesta monografia para uma melhor compreensão do projeto em que se
almeja realizar.
Ela não abrange critérios de projeto, que são objeto de outras normas ou de
legislação específicas de municípios ou estados.
6.5 NBR 13.531 - Elaboração de projetos de edificações
Esta Norma fixa as condições exigíveis para a elaboração de projetos de
arquitetura para a construção de edificações.
“1.2 Esta Norma é aplicável a todas as classes (ou categorias) tipológicas
funcionais das edificações (ou de quaisquer ambientes construídos ou
artificiais). Exemplos: habitacional, educacional, cultural, religiosa, comercial,
industrial, administrativa, esportiva, de saúde, de lazer, de comunicação, de
transporte, de abastecimento e de segurança.
1.3 Esta Norma é aplicável a todas as classes (ou categorias) tipológicas
formais das edificações (ou de quaisquer ambientes construídos ou
artificiais). Exemplos: isoladas, geminadas, superpostas, torres, pavilhões,
cobertas e descobertas.
1.4 Esta Norma é aplicável aos serviços técnicos de obras, conforme as
classes (ou categorias) de intervenções correntes para:
...
69
b) edificações existentes; ampliação; redução; modificação: remanejamento;
revitalização; reciclagem; reconversão; recuperação: reforma; preservação;
conservação; reparação; restauração.”
6.6 Estudos da CNBB Nº 106 – Orientações para projeto e Construção de
Igrejas e disposição do Espaço Celebrativo
Este documento escrito pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil)
e tem por finalidade conscientizar as comunidades da necessidade de templos
projetados.
“104. Quando a comunidade propõe-se a construir o seu espaço celebrativo,
é necessário contratar profissionais habilitados para a elaboração do projeto
e execução da obra, preferencialmente com formação na área de concepção
do espaço litúrgico.
105. Esses profissionais devem ter como ponto de partida as questões
litúrgicas-funcionais já apresentadas nos capítulos anteriores e que se
fundamentam nos documentos da Igreja. Devem também estar atentos à
legislação civil vigente, tais como: Código de Obras e Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano (PDDU) Municipais, Plano de Prevenção e
Proteção contra Incêndio (PPCI), Acessibilidade – NBR 9050, entre outros.
Em vista da sustentabilidade, o projeto deve visar ao melhor aproveitamento
dos recursos naturais, como por exemplo, ventilação, iluminação e captação
de águas pluviais. Além disso, respeitar as características próprias de cada
comunidade.”
70
7 PROPOSTA
7.1 Estudo de Caso
Figura 54 - Vista aérea do Santuário Nª Sª Aparecida
Disponível em: www.paroquiansaparecidaopo.com.br
Concebido em seu formato de cruz grega, o Santuário de Nossa Senhora de
Aparecida do município de Ouro Preto do Oeste, Rondônia, conta com uma estrutura
para aproximadamente 500 pessoas. O formato supracitado tem a finalidade de fazer
menção ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, localizado em Aparecida
do Norte, São Paulo, porém com dimensões mais reduzidas.
O Santuário está localizado na principal avenida da Cidade, a Avenida Daniel
Comboni. Logo à frente da edificação existe uma praça administrada pela própria
Igreja, atraindo pessoas da cidade inteira.
Apesar de ser uma igreja consideravelmente grande, não possui a estrutura
necessária para ser a Matriz da cidade. O local não dispõe de sanitários para os
usuários, nem para o celebrante, é notável também a ausência de água potável para
o consumo. A igreja não possui acessibilidade, o que impossibilita os usuários
portadores de necessidades especiais e mobilidade reduzida de ter acesso ao interior
71
da igreja, pois a entrada é composta por escadas, sendo que não possui local
prioritário para participar das celebrações.
No presbitério não existe um local logo à frente do altar a fim de que o
celebrante possa fazer sua homilia, ou para demais ocasiões que se façam
necessário, como por exemplo a celebração de um casamento.
Figura 55 - Fachada Frontal
Disponível em: www.paroquiansaparecidaopo.com.br
Portanto, propõe-se a execução de uma nova edificação, para que dessa forma
atenda a todas as necessidades dos fiéis, e da população em geral, oferecendo um
maior conforto e agregando na paisagem da cidade.
Figura 56 - Planta Baixa
Fonte: Imagem digitalizada pelo autor
72
7.2 Partido Arquitetônico
Baseando-se nos dados levantados e observações realizados no entorno do
Santuário, foram observados questões pertinentes a localização geográfica do terreno
na cidade, a topografia, o clima, a orientação solar, os sentido dos ventos, entre
outros, foi possível concluir o projeto, tendo como partido arquitetônico o
aproveitamento do desnível do terreno, onde o mesmo será aproveitado para a
colocação dos bancos, evitando assim a grande quantidade de deslocamento de terra
para realizar tal obra.
A volumetria da edificação teve como inspiração uma concha, gerando uma
espécie de “meia-lua” onde irá proporcionar que os bancos fiquem dispostos no
entorno do presbitério, passando a sensação de viver em comunidade, onde todos
estão em volta do centro da celebração eucarística que é o próprio Cristo.
7.3 Fachada
A concepção da fachada teve como inspiração a padroeira do Santuário (Nossa
Senhora Aparecida), sendo utilizado linhas retas em formato triangular, as mesmas
presentes na imagem da santa, preservando as características principais, como a cruz
presente no topo da coroa, e a próprio coroa que traz a ideia de santidade, que fora
representada com uma rosácea, trazendo um elemento do passado das edificações
para uma obra atual. Utilizando ainda de vitrais para formar um grande mosaico de
cores em um vão da edificação, onde proporcionará a entrada de luz pela parte da
manhã, por estar localizada a sudoeste.
As entradas principais são disponibilizadas pela fachada principal, sendo
dispostas de uma forma que o acesso ao santuário não atrapalhe o fluxo de seiscentas
pessoas, capacidade total da construção. Além disso, direcionou-se uma nova entrada
aos fundos da edificação, esta pensando em cerimônias que possam exigir o acesso
de maneira tradicional.
73
Figura 57 - Fachada com Vitrais
Fonte: Autor
7.4 Esquadrias
Para preservar as características históricas da Igreja Católica e agregar valor à
estética da edificação, propõe-se a utilização de janelas constituídas por vitrais
coloridos, decorar o ambiente tem como um de seus principais objetos o de
evangelizar aquele que o observa. Os pedaços de vidro coloridos vão proporcionar
uma redução na incidência de luz dentro do ambiente interno do Santuário, levando
em consideração que boa parte da fachada é constituída por um vitral, formando um
mosaico gigante.
Para parte interna do ambiente propõe-se a utilização de portas em MDF.
7.4.1 Estrutura dos vitrais
7.4.1.1 Alumínio:
A estrutura dos vitrais será feita de alumínio que é mais durável e se bem
fabricada proporciona vários benefícios, dentre eles, por ter um peso próprio baixo, é
um ótimo material para estruturas, obtendo vantagem na fabricação, transporte a
74
montagem. O uso do alumínio em perfis estruturais pode trazer uma estrutura metálica
mais econômica, além da grande resistência a corrosão ambiental.
7.4.2 Vedação dos vitrais
Deve-se tomar cuidado ao instalar os vitrais, pois uma vedação adequada irá
permitir-lhes uma grande durabilidade aos vitrais, a melhor opção é o silicone.
É importante também não fixar os vitrais com Massa de Vidro, pois a mesma
com o tempo se resseca e no futuro caso os vitrais precisem de manutenção, a massa
irá dificultar a remoção e até mesmo facilitar a danificação dos mesmos.
7.4.3 Vitral tipo tradicional
Vitrais executados com vidro colorido importado e liga de estanho e chumbo.
Os vitrais serão feitos de modo tradicional com perfis de chumbo tipo canaleta H e U,
este perfil já vem pronto e é usado a séculos. Nesse caso os perfis também são
importados pois não há fabricação desse perfil com qualidade aqui no Brasil.
7.5 Cobertura
Para a cobertura do Santuário propõe-se a utilização de isotelha EPS
(Poliestireno Expandido), devido seu poder de atuar como isolante térmico,
proporcionando uma economia no sistema de climatização economizando também
nos gastos com energia elétrica, ela ainda oferece uma maior durabilidade, não
necessita de forro (a telha possui seu próprio forro “embutido”), e ainda, uma maior
economia com a estrutura de sustentação do telhado. A cobertura da Santa será feita
em estrutura metálica e revestida em Placas de ACM, composto de duas chapas
constituídas por alumínio e unidas por uma camada de polietileno.
75
Figura 58 - Isotelha EPS
Fonte:http://www.aecweb.com.br/cls/anuncios/pes_18820/isotelha-EPS-1-gran.jpg
7.6 Piso
Propõe-se o uso de porcelanato 54x54 Extra Quartzo Brilhante Retificado em
toda sua extensão interna. PEI 4, são indicados para pisos de áreas internas de alto
trafego.
Figura 59 - Extra Quartzo Brilhante
Fonte: http://www.casashow.com.br/
7.7 Iluminação
O interior do hall de entrada é inundado pela luz natural que atravessa os
painéis de vidro entremeados pelo vigamento de concreto, se espalha em todo o
espaço, o que provoca um deslumbramento iluminando seu interior.
Também serão aplicadas na nave da igreja: focos de luz direta associada com
luz difusa nos pontos de atenção; nível recomendado de luz e uniformidade no plano
de trabalho, tetos e elementos arquitetônicos como complemento na iluminação geral.
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Monografia - TCC - Arquitetura Sacra

  • 1. CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE JI-PARANÁ – CEULJI MAYCON DEL PIERO DA SILVA ELABORAÇÃO DE UMA NOVA PROPOSTA PARA O SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA APARECIDA DO MUNICÍPIO DE OURO PRETO DO OESTE/RO Ji-Paraná – RO 2014
  • 2. MAYCON DEL PIERO DA SILVA ELABORAÇÃO DE UMA NOVA PROPOSTA PARA O SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA APARECIDA DO MUNICÍPIO DE OURO PRETO DO OESTE/RO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI, para obtenção de grau acadêmico em Arquitetura e Urbanismo, sob orientação da Professora Ms. Nadine Lessa Figueredo Campos. Ji-Paraná – RO 2014
  • 3. MAYCON DEL PIERO DA SILVA ELABORAÇÃO DE UMA NOVA PROPOSTA PARA O SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA APARECIDA DO MUNICÍPIO DE OURO PRETO DO OESTE/RO Trabalho apresentado ao Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná - CEULJI, em 29/11/2014, para obtenção de grau acadêmico de Arquiteto e Urbanista, sob orientação da Professora Ms. Nadine Lessa Figueredo Campos. AVALIADORES ________________________________________________ - _________ Nadine Lessa Figueredo Campos - CEULJI Nota ________________________________________________ - _________ Hariane Helena F. da Rocha Teles - CEULJI Nota ________________________________________________ - _________ Wiverson de Oliveira - Arquiteto e Urbanista Nota ________________________ Média Ji-Paraná – RO 2014
  • 4. Dedico à Deus e unicamente a Ele. Sabendo que todo meu esforço e dedicação para enfim concluir o presente trabalho foi proveniente de pura graça divina. Pois “até aqui o Senhor me sustentou” e me ajudou a levantar nos momentos de desânimo ao qual por várias vezes eu pensei em desistir de tudo, mas que sempre Ele veio até mim com sua misericórdia infinita e me levantou.
  • 5. Agradeço à minha mãe, que não apenas foi motivo de inspiração e força durante os momentos difíceis, mas também limpou minha bunda quando eu carecia das faculdades motoras para realizar tal ato. Ao meu pai que sempre me apoio em minhas decisões e me deu carona as vezes que eu perdia o ônibus. À minha irmã preferida que eu amo mais que todos os outros irmãos, afinal de contas, só tenho ela, ficando desta forma sem muitas opções. E a todos os meus outros amigos que eu sei que vão cobrar o nome deles neste trabalho, mas quem me ajudou a pagar as contas foi minha família, então parem de reclamar.
  • 6. “A arquitetura cria a possibilidade da espiritualidade, porquanto não deixa indiferente o fiel, mas o envolve, suscitando-lhe profundas emoções espirituais” (Richard Meier)
  • 7. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Imperador Constantino.............................................................................16 Figura 2 - Imperador Nero........................................................................................16 Figura 3 - Quadro Victor Meirelles – A primeira missa no Brasil, 1861.....................20 Figura 4 - Sede da Igreja Matriz - antes do incêndio ................................................22 Figura 5 - Basílica de São João Laterano, Roma. ....................................................24 Figura 6 - Igreja de Notre Dame la Grande, 1140 ....................................................25 Figura 7 - Catedral de Milão, vista frontal.................................................................25 Figura 8 - Catedral de Milão – detalhes 2.................................................................26 Figura 9 -Santuário de Las Lajas- Colômbia ............................................................26 Figura 10 - Capela Sistina........................................................................................27 Figura 11- Interior da Capela Sistina.......................................................................27 Figura 12 -Igreja São Francisco de Assis – Ouro Preto/MG.....................................29 Figura 13 - Catedral Helsinki - Islândia.....................................................................30 Figura 14 - Detalhamento de um templo neoclássico...............................................30 Figura 15 - Catedral São João Batista .....................................................................31 Figura 16 - Igreja Evangélica de Confissão Luterana de Santa Cruz do Sul ...........31 Figura 17 - Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores – São Paulo........................32 Figura 18 - Catedral Duomo de Milano.....................................................................32 Figura 19 - Igreja de São Francisco de Assis, Pampulha .........................................33 Figura 20 -Basílica de Santa Maria Maior, em Roma ...............................................34 Figura 21- Basílica de Santa Maria Maior - Roma7..................................................35 Figura 22- Cátedra da Catedral de Santana/BA .......................................................35 Figura 23 - Santuário de Guadalupe - México..........................................................36 Figura 24 - Igreja Matriz Nossa Senhora do Desterro ..............................................37 Figura 25 - Capela Sistina, Vaticano ........................................................................38 Figura 26 – Maquete Eletrônica da Basílica de São Pedro ......................................39 Figura 27 – Cúpula...................................................................................................40 Figura 28 – Pietá......................................................................................................41 Figura 29 - Igreja do Jubileu em Roma – Fachada Principal ....................................42 Figura 30 - Igreja do Jubileu em Roma – Fachada Posterior....................................43 Figura 31 - Fachada Frontal.....................................................................................43 Figura 32 – Vista Frontal..........................................................................................44
  • 8. Figura 33 – Igreja Sagrada Família Terminada ........................................................45 Figura 34 - Vista interna...........................................................................................46 Figura 35 - Vista Frontal...........................................................................................47 Figura 36 - Planta do primeiro piso ..........................................................................47 Figura 37 - Corte Longitudinal..................................................................................47 Figura 38 - Vista a longa distância ...........................................................................48 Figura 39 - Detalhe do telhado.................................................................................49 Figura 40 - Estudo Volumétrico - Vista Noroeste - Bayeux - PB...............................50 Figura 41 - Estudo Volumétrico - Vista Sudoeste .....................................................51 Figura 42 - Vista Noroeste – Atual ...........................................................................52 Figura 43 - Vista Noroeste – Proposta .....................................................................52 Figura 44 - Antes e Depois.......................................................................................53 Figura 45 - Pia Batismal...........................................................................................54 Figura 46 – Ambão...................................................................................................54 Figura 47 - Vista Frontal...........................................................................................55 Figura 48 - Escada de acesso ao Santuário.............................................................56 Figura 49 – Interior...................................................................................................57 Figura 50 - Santuário Nacional de Aparecida...........................................................58 Figura 51 - Catedral de Nossa Senhora Aparecida ..................................................60 Figura 52 - Esboço da fachada ................................................................................61 Figura 53 – Interior...................................................................................................61 Figura 54 - Vista aérea do Santuário Nª Sª Aparecida .............................................70 Figura 55 - Fachada Frontal.....................................................................................71 Figura 56 - Planta Baixa...........................................................................................71 Figura 57 - Fachada com Vitrais ..............................................................................73 Figura 58 - Isotelha EPS ..........................................................................................75 Figura 59 - Extra Quartzo Brilhante..........................................................................75
  • 9. LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS CNBB – Confederação Nacional dos Bispos do Brasil PNE – Portador de Necessidades Especiais NBR – Norma Brasileira ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
  • 10. SUMÁRIO INTRODUÇÃO.........................................................................................................14 1 DESENVOLVIMENTO DA IGREJA CATÓLICA ...........................................15 1.1 A origem e a história do Catolicismo .........................................................15 1.1.1 Cisma do oriente e os concílios ecumênicos .............................................17 1.1.2 Concílio de Trento .....................................................................................18 1.1.3 Concílio do Vaticano II...............................................................................19 1.2 A origem da Igreja Católica no Brasil.........................................................20 1.3 A origem da Igreja Católica em Ouro Preto do Oeste ................................22 1.4 As Igrejas e seus estilos arquitetônicos.....................................................23 1.4.1 Românico ..................................................................................................24 1.4.2 Gótico........................................................................................................25 1.4.3 Renascentista............................................................................................26 1.4.4 Barroco......................................................................................................28 1.4.5 Neoclássico...............................................................................................29 1.4.6 Revivalismo...............................................................................................30 1.4.7 Modernismo...............................................................................................32 2 TIPOLOGIA DAS IGREJAS..........................................................................34 2.1 Basílica......................................................................................................34 2.2 Catedral.....................................................................................................35 2.3 Santuário...................................................................................................36 2.4 Igreja Paroquial (Matriz) ............................................................................37 2.5 Capela.......................................................................................................37 3 REFERÊNCIAS ARQUITETÔNICAS INTERNACIONAIS.............................39 3.1 Basílica de São Pedro – Vaticano .............................................................39 3.2 Igreja do Jubileu – Itália.............................................................................41 3.3 Igreja da Sagrada Família – Espanha .......................................................44 3.4 Igreja da Transfiguração – Nigéria.............................................................45 3.5 Igreja de Seed – China..............................................................................48 4 REFERÊNCIAS ARQUITETÔNICAS NACIONAIS .......................................50 4.1 Matriz da Sagrada Família – Bayeux- PB..................................................50
  • 11. 4.2 Intervenção Igreja Matriz da Santa Cruz – Areias, São José, Santa Catarina 53 4.3 Santuário de Santa Paulina – Nova Trento/SC..........................................56 4.4 Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida – Aparecida/SP............57 4.5 Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida – Brasília ...............59 5 OS ESPAÇOS QUE COMPÕEM O EDIFÍCIO IGREJA ................................62 5.1 Presbitério .................................................................................................62 5.1.1 Altar...........................................................................................................62 5.1.2 Ambão.......................................................................................................63 5.1.3 Sédia.........................................................................................................64 5.1.4 Cruz processional......................................................................................64 5.1.5 Credência..................................................................................................64 5.2 Capela da reconciliação ............................................................................65 5.3 Capela do santíssimo ................................................................................65 5.4 Tabernáculo (sacrário) ..............................................................................65 5.5 Batistério ...................................................................................................66 6 NORMAS E LEGISLAÇÃO...........................................................................67 6.1 Código de obras ........................................................................................67 6.2 NBR 9050..................................................................................................67 6.3 NBR 13434 - Sinalização de Segurança Contra Incêndio e Pânico ...........68 6.4 NBR 6492 - Representação de projetos de arquitetura .............................68 6.5 NBR 13.531 - Elaboração de projetos de edificações................................68 6.6 Estudos da CNBB Nº 106 – Orientações para projeto e Construção de Igrejas e disposição do Espaço Celebrativo ........................................................................69 7 PROPOSTA ..................................................................................................70 7.1 Estudo de Caso.........................................................................................70 7.2 Partido Arquitetônico .................................................................................72 7.3 Fachada ....................................................................................................72 7.4 Esquadrias ................................................................................................73 7.4.1 Estrutura dos vitrais................................................................................73 7.4.2 Vedação dos vitrais.................................................................................74 7.4.3 Vitral tipo tradicional...............................................................................74 7.5 Cobertura ..................................................................................................74
  • 12. 7.6 Piso ...........................................................................................................75 7.7 Iluminação.................................................................................................75 7.8 Programa de necessidades .......................................................................76 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................77 APÊNDICE ..............................................................................................................82
  • 13. RESUMO Uma edificação necessita satisfazer as necessidades básicas de seus usuários, assim como cumprir seu objetivo de existir. O mesmo acontecem com edifícios de caráter religioso. Existem necessidades a serem cumpridas, tanto da parte da denominação religiosa, como da parte do usuário. Porém a grande maioria das igrejas católicas existentes, foram construídas por iniciativa dos leigos da comunidade, e assim, deixando a desejar na parte de projeto. Assim como as demais construções públicas, uma igreja precisa de cuidados especiais, como por exemplo, para com os portadores de necessidades especiais, e para melhor acolher a todos, independentemente da natureza do usuário. Para tal, é imprescindível estudar as necessidades do usuário juntamente com as exigências da Igreja Católica quanto a liturgia, juntamente com as questões climáticas locais, a acústica do ambiente, iluminação e demais necessidades. Tais exigências só poderão serem atendidas se for realizado um levantamento bibliográfico, para que assim seja observado as necessidades quanto a liturgia da Igreja e outras igrejas já construídas, observando como foram aplicadas tais situações. Palavras-chave: Arquitetura. Catolicismo. Religioso.
  • 14. ABSTRACT A building needs to meet the basic needs of their users, as well as fulfilling its objective to exist. The same happens with buildings of religious character. There needs to be met by both the religious denomination, as part of the user. But the great majority of Catholic churches were built on the initiative of the lay community, and thus falling short in the project. Like other public buildings, a church needs special care, such as for patients with special needs, and to better welcome everyone, regardless of the nature of the user. For this it is essential to study user needs with the demands of the Catholic Church as the liturgy along with local climate issues, room acoustics, lighting and other needs. These requirements can only be met if a literature is performed, so that the needs as the liturgy of the Church and other churches ever built is observed, noting how such situations were applied. Keywords: Architecture. Catholicism. Religious.
  • 15. 14 INTRODUÇÃO Um Santuário necessita de infraestrutura adequada para que seus fiéis sintam- se bem acomodados e acolhidos em um espaço de caráter religioso pois, ao contrário do que acontece com os centros comerciais, por exemplo, onde são projetadas estruturas para atrair pessoas, as comunidades religiosas já possuem tal demanda que clama direta e indiretamente por uma infraestrutura adequada. As igrejas de modo geral, por se tratarem de ambientes que devem acolher ao próximo sem fazer distinção de sua classe econômica, social ou se são ou não um Portador de Necessidades Especiais (PNE), devem ser acessíveis para melhor receber a população. Partindo deste princípio, foi observado que o Santuário de Nossa Senhora Aparecida em Ouro Preto do Oeste/RO necessita passar por melhorias em suas instalações físicas para oferecer um espaço agradável, aos seus fiéis e que obedeça as exigências da Igreja com relação à liturgia, fazendo com que os espaços físicos contribuam para o bem estar da população, tornando-os eficientes para as celebrações de cada tempo do ano litúrgico, incluindo situações esporádicas, como por exemplo, batizados e casamentos. Desta forma, o objetivo geral deste trabalho é Elaborar um novo projeto para o Santuário de Nossa Senhora Aparecida do município de Ouro Preto do Oeste/RO. Para tanto, os objetivos específicos são: Implantar acessibilidade em toda a edificação; Elaborar um projeto fundamentado na arquitetura contemporânea; Proporcionar um ambiente interno adequado para o vários tipos de celebrações, trabalhando o conforto térmico, lumínico e acústico; Criar uma fachada que seja convidativa a população e ao mesmo tempo preservando as características da arquitetura sacra. Para que os resultados esperados sejam alcançados no presente trabalho, será inicialmente realizada Revisão Bibliográfica, de forma, a aprofundar o conhecimento do tema proposto, a fim de obter-se uma maior diversidade acerca de igrejas já construídas, para analisar soluções que possam vir a ser utilizadas no projeto a ser elaborado. Será feito também um Estudo de Caso do local escolhido para implantação do projeto, bem como do Santuário existente, de forma a observar os condicionantes e particularidades locais.
  • 16. 15 1 DESENVOLVIMENTO DA IGREJA CATÓLICA 1.1 A origem e a história do Catolicismo No contexto bíblico, o termo igreja pode designar reunião de pessoas, sem estar necessariamente associado a uma edificação ou a uma doutrina específica. A palavra vem do grego “EKKLESIA” (“Ek”, que significa “para fora” e “klesia” que significa “chamados, ou seja “chamados para fora”), que tem origem em kaleo ("chamo ou convosco"). Na literatura secular, “ekklesia” referia-se a uma assembleia de pessoas, mas no Novo Testamento1 a palavra tem sentido mais especializado à reunião de crentes cristãos para adorar a Cristo. (GOT QUESTIONS, 2002) A religião cristã, foi constituída por ensinamentos provenientes das ideias de Jesus Cristo, fundador do cristianismo. Após a perseguição e morte de Jesus Cristo, Pedro foi o principal apóstolo responsável por difundir o cristianismo. Posteriormente, durante o auge da civilização romana, o apóstolo Paulo teve fundamental importância para a expansão do cristianismo e da filosofia cristã. A partir da influência de Paulo, a religião desenvolveu-se inicialmente entre os romanos, pois os cultos cristãos eram proibidos em Roma e, nessa época, a grande maioria da população romana era pagã. (DIAS, 2013) Durante o governo do imperador romano Nero (Figura 1), os cristãos sofreram uma das maiores perseguições em Roma, onde foram torturados, empalados e hostilizados nas arenas em espetáculos públicos. No ano de 313 d.C., o imperador Constantino2 (Figura 2) deu liberdade de culto aos cristãos e, a partir de então, o cristianismo passou a agregar novos adeptos em Roma, tornando-se a religião oficial do Império Romano em 390 d.C. (LIMA, 2002) 1 Novo Testamento é o nome dado à coleção de livros que compõe a segunda parte da Bíblia cristã, cujo conteúdo foi escrito após a morte de Jesus Cristo e é dirigido explicitamente aos cristãos, embora dentro da religião cristã tanto o Antigo Testamento (a primeira parte) quanto o Novo Testamento são considerados, em conjunto, Escrituras Sagradas. 2 Flavius Valerius Aurelius Constantinus, conhecido como Constantino I, Constantino Magno ou Constantino, o Grande, foi o primeiro imperador romano cristão da história.
  • 17. 16 Figura 1 - Imperador Constantino Disponível em: http://www.sohistoria.com.br/biografias/constant ino/ Figura 2 - Imperador Nero Disponível em: http://tempodoshomens.blogspot.com.br/2010/11/o s-senhores-de-roma-nero.html Constantino imaginou o Cristianismo como uma religião que poderia unir o Império Romano, que, naquela altura, começava a se fragmentar e se dividir. Mesmo que isto aparentasse ser um desenvolvimento positivo para a igreja cristã, os resultados foram negativos. (DIAS, 2013) Ele pensou que por ser tão grande e vasto, nem todos do Império Romano concordariam em abandonar seus credos religiosos e abraçar o cristianismo, então ele promoveu a “cristianização” de crenças pagãs. Modificou então, os templos pagãos, mantendo esculturas e imagens e se recusou a abraçar completamente a fé cristã, continuando assim, com muitos de seus credos e práticas anteriores. (GOT QUESTIONS, 2002) Abandonando a religião pagã e aderindo ao Cristianismo, Constantino incorreu em séria reprovação por parte do Senado Romano. Eles repudiaram ou, ao menos, opuseram-se à sua resolução. Esta oposição resultou finalmente na mudança da sede do Império de Roma para Bizâncio3 , uma velha cidade reedificada, que logo depois teve o nome mudado para Constantinopla, em honra a Constantino. Como resultado surgiram duas capitais para o Império Romano: Roma e Constantinopla. Essas duas cidades, rivais por vários séculos, por fim se tomaram o centro da Igreja Católica dividida: Romana e Grega. (LIMA, 2002) 3 Sua capital era Constantinopla (a atual Istambul) que foi convertida na capital do Império Romano do Oriente no ano 330, depois que Constantino I, o Grande, fundou-a no lugar da antiga cidade de Bizâncio, dando-lhe seu próprio nome.
  • 18. 17 Devido a essa atitude, foi prontamente contrariado pelos anabatistas4 , Indignado, e aliando-se aos cristãos com atitudes pagãs, baniu e perseguiu os fiéis que não concordaram com sua unificação das igrejas. Começaram as perseguições das seitas cristãs oficiais - protegidas pelo imperador - contra os anabatistas, que se mantiveram independentes do governo. Durou mais de mil e trezentos anos, vindo a terminar após a Reforma Protestante5 no século XVII. (A IGREJA PRIMITIVA, 2014) A hierarquia organizada sob a liderança de Constantino, rapidamente se concretizou na Igreja Católica atual. E a nova Igreja se associou ao governo temporal, não mais para ser simplesmente a entidade executiva das leis completas do Novo Testamento, mas começou a ser legislativa, emendando e anulando leis primitivas, bem como a criar regras completamente estranhas à letra e ao espírito do Novo Testamento. (A IGREJA PRIMITIVA, 2014) Uma das primeiras ações legislativas da Igreja, e uma das mais subversivas quanto aos resultados foi o estabelecimento, por lei, do batismo infantil. Em virtude desta lei o batismo infantil tornou-se compulsório. Ele já existia, em casos esparsos, provavelmente, um século antes desde decreto. (SANTOS, 2002) 1.1.1 Cisma do oriente e os concílios ecumênicos Entre os séculos I e XI, todos os cristãos estavam reunidos em uma mesma crença, a católica. Durante essa época, as principais autoridades da Igreja eram os bispos de Jerusalém, Antióquia, Alexandria, Constantinopla e Roma. Esses bispos eram chamados de patriarcas. (HISTÓRIA ESPETACULAR, 2011) Até o século IV, enquanto Roma ainda era a capital do Império, seu bispo exercia maior influência sobre as decisões da Igreja. Ele acreditava que sua autoridade provinha de São Pedro, que teria vivido em Roma e é considerado o primeiro papa. Com o tempo, os bispos do Império Bizantino começaram a contestar a supremacia do “Bispo de Roma”. (HISTÓRIA ESPETACULAR, 2011) Os imperadores bizantinos reinventaram o poder de origem cristã. E, sobre suas bases, reuniram o poder espiritual e o poder político nas mãos do imperador. É 4 Conhecidos como os “re-batizadores”, pois não acreditavam no batismo quando criança. Faziam parte da chamada “ala radical da Reforma Protestante”. 5 A Reforma Protestante foi uma das inúmeras Reformas Religiosas ocorridas após a Idade Média e que tinham como base, além do cunho religioso, a insatisfação com as atitudes da Igreja Católica e seu distanciamento com relação aos princípios primordiais.
  • 19. 18 o chamado “Cesaropapismo” que foi de encontro ao poder do papa romano, acentuando e cumulando nas divergências entre a cristandade ocidental e oriental. Devido a esses conflitos, o patriarca de Constantinopla acabou rompendo sua parceria com o papa. Essa divisão, conhecida como “Grande Cisma” ou “Cisma do Oriente”, ocorreu em 1054. Com ela, surgiram duas instituições religiosas totalmente independentes: A Igreja Cristã Ortodoxa, que tem um patriarca com sua única função de manter a ordem da igreja, e a Igreja Católica Apostólica Romana, submetida a autoridade papal. (CETICISMO, 2009) As Igrejas cristãs que se separaram aceitam somente os concílios ecumênicos que se realizaram antes da sua ruptura. Portanto, a Igreja Ortodoxa não tem reconhecido como “ecumênico” mais nenhum concílio, pois não há mais um imperador. De qualquer forma, a Igreja Ortodoxa continua realizando concílios com a mesma autoridade dos ecumênicos. A Igreja Católica continuou a convocar e realizar concílios ecumênicos em comunhão plena com o Papa. (ORLANDIS, 1993) Um concílio ecumênico é uma reunião de todos os bispos cristãos, convocada para discutir assuntos relacionados a área da fé cristã e sua prática, seja ela Moral, Pastoral, Espiritual ou Missionária. Dentre os vinte e um Concílios realizados em dois mil anos de cristianismo, destacam-se alguns de grande importância para a Igreja cristã, como por exemplo, o Concílio de Jerusalém (49 d.C.), de Niceia (325 d.C.), de Constantinopla (381d.C.), de Trento (1545-1563 d.C.), Vaticano I (1846-1878 d.C.) e Vaticano II (1961-1965 d.C.). (ORLANDIS, 1993) 1.1.2 Concílio de Trento Convocado pelo Papa Paulo III, a fim de estreitar a união da Igreja e reprimir os abusos. O concílio durou dezoito anos e foi finalizado em 1563, quando as decisões foram promulgadas em sessão pública. (INFOESCOLA, 2014) Algumas das suas decisões se baseavam no verdadeiro significado da missa, os sacramentos da Igreja, o sacerdócio católico e a supremacia dos papas ficou definitivamente estabelecida. Após esse concílio a Igreja passou mais de 300 anos sem a necessidade de concílios gerais. (CLÉOFAS, 2014)
  • 20. 19 1.1.3 Concílio do Vaticano II Uma série de conferências convocadas no dia 25 de Dezembro de 1961, pelo Papa João XXIII contando com a presença de 2.540 padres conciliares, número este, inédito para a história da Igreja. O Concílio, realizado em 4 sessões, só terminou no dia 8 de dezembro de 1965, já sob o papado de Paulo VI. (SNPCULTURA, 2014) Considerado o grande evento da Igreja Católica no século XX, mas visto como um “Concílio Pastoral”, pois não definiu Dogmas ou novos pontos doutrinários, mas propôs novas formas de evangelização. O próprio Papa João XXIII teve o cuidado de mencionar a diferença e a especificidade deste Concílio: "A Igreja sempre se opôs a [...] erros; muitas vezes até os condenou com a maior severidade. Agora, porém, a esposa de Cristo prefere usar mais o remédio da misericórdia do que o da severidade. Julga satisfazer melhor às necessidades de hoje mostrando a validez da sua doutrina do que renovando condenações". (JOÃO XIII, 1962) Da pauta dessas discussões constavam temas como os rituais da missa, os deveres de cada padre, a liberdade religiosa e a relação da Igreja com os fiéis e os costumes da época. (MUNDO ESTRANHO, 2014) Após três anos de encontros, as autoridades católicas promulgaram 16 documentos como resultado do Concílio. Entre várias decisões conciliares, destacam- se as renovações na constituição e na pastoral da Igreja, que passou a ser mais alicerçada na igual dignidade de todos os fiéis e a ser mais voltada e aberta para o mundo. (LENNON, 2009) O papa aceitou dividir parte de seu poder com outros cardeais. E as missas passaram a ser rezadas na língua de cada país, visto que, até então eram celebradas sempre em latim. (MUNDO ESTRANHO, 2014) Impulsionada à liberdade religiosa, foi tomada uma nova abordagem ao mundo moderno, o ecumenismo, aceitando a ideia de que, por meio de outras religiões, também é possível conhecer Deus e a salvação. Na questão dos costumes, porém, o encontro foi pouco liberal. A Igreja continuou não aprovando o sexo antes do
  • 21. 20 casamento, a uso de preservativos, o aborto e defendendo o celibato6 para os padres. (MUNDO ESTRANHO, 2014) 1.2 A origem da Igreja Católica no Brasil Na ocasião do descobrimento do Brasil, o Cristianismo religião dos portugueses lança profundas raízes na população nativa, como pode ser visto na Figura 3. Os membros do clero católico chegaram ao território brasileiro simultaneamente ao processo de conquista das terras. (SANTOS, 2002) Figura 3 - Quadro Victor Meirelles – A primeira missa no Brasil, 1861 Disponível em: http://cultura.culturamix.com/arte/pinturas-de-victor-meirelles A presença da Igreja Católica começou a se intensificar a partir de 1549, com a chegada dos jesuítas da “Companhia de Jesus”, que formaram vilas e cidades. As sedes eram construídas em lugares altos, não só para evitar alagamentos e cheias, mas pela maior facilidade de observação quanto a possíveis agressores ou invasores. (PINTO 2014) 6 O celibato é, na sua definição literal, o estado de uma pessoa que se mantém solteira, sem obrigação de manter a virgindade, podendo ter relações sexuais. No entanto, o termo é popularmente usado para descrever uma pessoa que escolhe abster-se de atividades sexuais.
  • 22. 21 Vários outros grupos de clérigos católicos vieram também à colônia portuguesa com a missão de evangelizar os indígenas, como as ordens dos franciscanos7 e dos carmelitas8 , trazendo a doutrina cristã. Esse processo se interligou às próprias necessidades dos interesses mercantis e políticos europeus no Brasil, como base ideológica da conquista e colonização das novas terras. As consequências foram o aperfeiçoamento da cultura das populações indígenas e os esforços no sentido de disciplinar a população de acordo com os preceitos cristãos europeus (SANTOS, 2002). Por volta do século XVIII, as relações entre Igreja Católica e Estado eram estreitas, pois a igreja executava tarefas administrativas e garantia a disciplina social dentro de certos limites, que hoje são atribuições do Estado, como registros de nascimentos, óbitos e casamentos, manutenção de hospitais, se destacando as Santas Casas. Porém, o Estado controlava a atividade eclesiástica na colônia, sendo responsável pelo sustento da Igreja Católica, tendo o poder de nomear bispos e párocos, além de conceder licenças referentes à construção de novos templos (PINTO, 2014). Com a nomeação do Marquês de Pombal, a influência da Igreja Católica na administração do Estado diminuiu drasticamente. Em 1889 com a proclamação da República, houve a separação formal entre Estado e Igreja Católica, garantindo a liberdade religiosa. (PINTO, 2014) Em 1930, Getúlio Vargas influencia a Igreja através do projeto desenvolvimentista e nacionalista no sentido de valorização da identidade cultural brasileira. Assim, a Igreja expande sua base social para além das elites, socializando- se com camadas médias e populares. A Constituição de 1934 atende as reivindicações católicas, como o ensino religioso facultativo na escola pública e a presença do nome de Deus na Constituição. (PORTAL SÃO FRANCISCO, 2010) A partir dos anos de 1980, com o papa João Paulo II, começa na Igreja o processo da romanização. O Vaticano controla a atividade e o currículo de seminários, e diminui o poder de algumas dioceses. (PORTAL BRASIL, 2014) 7 Os franciscanos são religiosos que realizam voto de pobreza, castidade e obediência. Vivem em fraternidades, que se designam por conventos. Os seus membros nada devem possuir, estando obrigados a viver o mais pobremente possível, adotando uma vida extremamente simples, em pregação, dando exemplos de humildade e devoção. 8 Ordem Carmelita, tem como propósito viver em “Obséquio de Cristo”. Significa que são chamados para viver da fé, esperança e amor baseados nos ensinamentos de Jesus.
  • 23. 22 Na hierarquia católica brasileira do século XXI, estão presentes três vertentes principais: o clero tradicionalista, mais conservador e defensor dos dogmas tradicionais; os remanescentes da Teologia da Libertação, desde os anos 70 tem formado uma espécie de esquerda eclesiástica; e os adeptos da Renovação Carismática ou de Comunidades Carismáticas, movimentos que tendem a ter uma moral conservadora, como no uso dos dons do Espírito Santo e na adoção de posturas que poderiam ser rotuladas como fundamentalistas.(SANTOS, 2002) 1.3 A origem da Igreja Católica em Ouro Preto do Oeste Segundo informações colhidas com os participantes da comunidade, a instalação da Paróquia Nossa Senhora Aparecida aconteceu em março de 1974. No dia 06 de maio de 1974 foi celebrado a 1ª missa no barracão de madeira medindo 10x6 metros construídos no, até então, distrito de Ouro Preto do Oeste, sendo ele, a primeira igreja construída pela paróquia. Instituiu-se um Conselho Paroquial pelo Padre Camaioni para tratar de vários pontos de interesse da Paróquia, especialmente a construção da Igreja Matriz (Paróquia Nossa Senhora Aparecida). Em meados do mês de novembro do ano de 1974 foi iniciado o alicerce da Igreja Matriz, tendo sua inauguração em 12 de outubro do ano seguinte. Ao final do ano de 1977 a Paróquia já contava com 110 comunidades. Figura 4 - Sede da Igreja Matriz - antes do incêndio Disponível em: http://www.paroquiansaparecidaopo.com.br/pnsa/index.php/paróquia/histórico.html
  • 24. 23 No dia 29 do mês de agosto de 1991, em um período de forte seca, ocorreu o incêndio da sede da igreja Matriz. No ano de 1992 foi elaborado o projeto arquitetônico de um novo templo para a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, porém a construção da sede da igreja não foi datada. Consta no livro de anotações da paróquia que em novembro do ano de 1995, a festa da padroeira arrecadou verba para finalizar a implantação do templo e iniciar o projeto da nova secretaria paroquial, mas não há informações anteriores sobre o início da edificação da Paróquia. Ao percorrer dos anos, muitas coisas aconteceram na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, entre elas, a mesma recebeu romarias9 das Paróquias de Ji-Paraná, Jaru, Mirante da Serra, Urupá e Alvorada do Oeste. Criou-se diversas Pastorais como a Familiar, Juventude, Dízimo, Carcerária, Catequese, Criança, Mulher, Infância Missionária, Litúrgica, Ministerial, Visitação e Saúde. Atualmente a Paróquia conta com 75 comunidades, sendo 12 localizadas na zona urbana e 63 na zona rural. 1.4 As Igrejas e seus estilos arquitetônicos Até cerca de 200 anos d.C., não existiam igrejas no sentido em que hoje as compreendemos. Um dos motivos que inibiu a construção de igrejas foi o fato do cristianismo ter nascido e se desenvolvido num mundo em que a religião, o império e o patriotismo eram muito ligados. Desenvolveu-se no âmago do paganismo imperial, da religião estatal e da expressiva lealdade ao imperador. (ECCLESIA, 2013) As primeiras igrejas católicas surgiram quando os cristãos começaram a se reunir. No início, os cultos aconteciam em casas. Depois foram adotadas as Basílicas, para oferecer condições melhores para seus cultos do que os templos pagãos. Começaram então a adaptá-los de acordo com seus ensinamentos, dando origem às primeiras Igrejas Cristãs. (ECCLESIA, 2013) As primeiras Igrejas Cristãs (Figura 5) eram, compostas por uma ábside, parte semicircular onde localiza o altar; um pórtico na frente da porta do tempo chamado Nártex, onde ficavam as mulheres, os loucos e os pecadores, que não tinham o 9 Romaria é uma peregrinação religiosa feita por um grupo de pessoas a uma igreja ou local considerado santo, seja para pagar promessas, agradecer ou pedir graças, ou simplesmente por devoção, podendo ser feita a pé ou em veículos.
  • 25. 24 “direito” de entrar no templo; e a nave, de onde os fiéis assistiam as celebrações (TURNBULL, 2012). Figura 5 - Basílica de São João Laterano, Roma. Disponível em: http://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2011/09/22/morfologia-da-igreja-barroca-no- brasil-i/ 1.4.1 Românico Com o passar do tempo, começou a ser utilizado o estilo Românico entre os séculos XI e XIII, (Figura 6), nas igrejas que esse estilo se desenvolveu em toda a sua plenitude. Eram os próprios religiosos que comandavam as construções, a partir do conhecimento monástico. Suas formas básicas são facilmente identificáveis: que caracteriza-se por construções robustas, com paredes grossas e janelas minúsculas, cuja principal função era resistir a ataques de exércitos inimigos, a fachada é formada por um corpo cúbico central, com duas torres de vários pavimentos nas laterais, finalizadas por tetos em coifa. Frisos de arcada de meio ponto estendem-se sobre a parede, dividindo as plantas. (TURNBULL, 2012)
  • 26. 25 Figura 6 - Igreja de Notre Dame la Grande, 1140 Disponível em: http://www.rotadoromanico.com/Mobile/Monumentos/Paginas/MosteirodoSalvadordePacodeSousa.as px 1.4.2 Gótico O estilo Gótico surgiu na França durante a Idade Média. Recebeu esse nome durante o período renascentista, quando era considerado, pelos italianos, um "insulto arquitetônico". As principais diferenças das igrejas góticas eram: (ROTA DO ROMANICO, 2014)  Alargamento das janelas e aumento da altura dos templos para dar ideia de grandeza;  Construção de grandes torres pontiagudas;  Utilização de gárgulas e outras esculturas místicas;  Iluminação especial (várias aberturas porém o ambiente continua escuro);  Fachadas detalhadas e esculpidas Esse estilo foi utilizado para impressionar os fiéis (Figura 7, Figura 8 e Figura 9), assim eles teriam medo de desobedecer Deus e a Igreja. Figura 7 - Catedral de Milão, vista frontal. Disponível em: http://www.destinomundo.pt/2013/11/catedral-de-milao-italia/
  • 27. 26 Figura 8 - Catedral de Milão – detalhes 2 Disponível em: http://www.destinomundo.pt/2013/11/catedral-de-milao-italia/ Figura 9 -Santuário de Las Lajas- Colômbia Disponível em: http://estudantesdearquitetura.com.br/as-8-igrejas-mais-belas-e-famosas-do-mundo/ 1.4.3 Renascentista A partir do século XIV, a arquitetura sofreu uma revolução. Adotou-se o estilo Renascentista, inspirada na Antiguidade Clássica, ou seja, nos estilos Grego e Romano, cujos valores clássicos não foram copiados, mas reinterpretados numa concepção naturalista, racionalista e humanista. A utilização da imagem do homem foi uma das principais características do estilo Renascentista, onde os artistas buscavam a perfeição através da beleza e do humanismo de suas obras, pois consideravam a natureza a maior e mais perfeita criação de Deus, e o homem faz parte da natureza.(FREITAS, 2014) O estilo Renascentista surgiu na Itália. O termo renascimento foi empregado pela primeira vez em 1855, pelo historiador francês Jules Michelet, para referir-se ao
  • 28. 27 descobrimento do mundo e do homem no século XVI. O historiador suíço Jakob Burckhardt ampliou este conceito, definindo essa época como o renascimento da humanidade e da consciência moderna. (FREITAS, 2014) As obras arquitetônicas eram baseadas na geometria. A maior parte das construções desse período tem como base um quadrado, o que deixou as edificações harmônicas e proporcionais. Outra diferença do estilo renascentista é a utilização de colunas no lugar dos pilares medievais. (FREITAS, 2014) Figura 10 - Capela Sistina Disponível em: http://sumoeeterno.blogspot.com.br/2010/05/visita-virtual-capela-sistina-vaticano.html Figura 11- Interior da Capela Sistina
  • 29. 28 Fonte: http://sumoeeterno.blogspot.com.br/2010/05/visita-virtual-capela-sistina-vaticano.html 1.4.4 Barroco No século XVII, o estilo Renascentista evoluiu para o estilo Barroco. Assim como no estilo anterior, a arquitetura Barroca era inspirada nas construções Gregas e Romanas. Porém, enquanto o estilo Renascentista buscava maior perfeição e harmonia, o estilo Barroco apresentava maior dinamismo, dramaticidade, contrastes mais fortes, exuberância e realismo. Era um estilo mais “livre”, que não precisava ser perfeito como o anterior. (CHRISTINE, 2012) A palavra barroco vem do português e significa “pérola imperfeita”. Foi adotada no fim do período em questão por críticos que consideravam que o estilo apresentava muitas irregularidades e imperfeições. O estilo Barroco logo se espalhou pela Europa. Porém, foi predominantemente Católico, então, países protestantes, como a Inglaterra, não apresentam nenhuma construção barroca. O estilo barroco chega ao Brasil pelas mãos dos colonizadores. Seu desenvolvimento pleno se dá no século XVIII, cem anos após o surgimento do “Barroco” na Europa, estendendo-se até as duas primeiras décadas do século XIX. (CHRISTINE, 2012) O barroco acaba se proliferando sobretudo no nordeste e no sudeste do país, e os primeiros edifícios foram erguidos a partir da segunda metade do século XVI, a população mais simples empregou a técnica de pau-a-pique, sendo coberto com folhas de palmeiras, mas foram obrigados a usar a taipa de pilão. Nesse período não havia preocupação com ornamentos, pois a fachada elementar implantava um frontão triangular sobre uma base retangular. Com a chegada do frei e arquiteto Francisco Dias, em Salvador, houve uma grande mudança nos traços de bom gosto, porque ele tinha a missão de dar um refinamento estético nas igrejas da colônia. (CHRISTINE, 2012)
  • 30. 29 Figura 12 -Igreja São Francisco de Assis – Ouro Preto/MG Disponível em: http://www.ouropreto.org.br/port/igrejas.asp 1.4.5 Neoclássico Aconteceu no período iluminista, no ano de 1808, final do século XIX. Nessa época as pessoas buscavam a intelectualidade, logo, esse estilo apresenta construções mais complexas e avançadas. (MONTEZUMA, 2002) Algumas características:  Utilização de materiais “nobres”, como mármore, granito, etc;  Aplicação de técnicas mais avançadas como a utilização de guarda- corpo, platibanda e frontão triangular;  Construções geométricas, regulares e simértricas;  Interiores mais organizados e decorados de maneira mais formal e geométrica.
  • 31. 30 Figura 13 - Catedral Helsinki - Islândia Disponível em: http://www.picoalucinante.com/?p=13 Figura 14 - Detalhamento de um templo neoclássico Disponível em: http://arquibrasil.wordpress.com/arquitetura-neoclassica/ 1.4.6 Revivalismo O século XIX foi o auge da arquitetura Revivalista10 , que buscava trazer de volta os estilos do passado. Foram criados estilos como o Neogótico (Figura 15), o Neorromânico (Figura 16), o Neorrenascentista (Figura 17) e o Neobarroco (Figura 18). “Neo” significa novo, desta forma, esses estilos eram novas versões das arquiteturas antigas e muitas vezes difundidos em uma única construção. (SANTA CRUZ, 2014) 10 Arquitetura historicista ou revivalista é o nome dado a um conjunto de estilos arquitetônicos que centrava seus esforços em recuperar e recriar a arquitetura dos tempos passados.
  • 32. 31 Figura 15 - Catedral São João Batista Disponível em: http://cidadesinteressemilitar.blogspot.com.br/2012/11/rio-grande-do-sul-santa-cruz- do-sul-rs.html Figura 16 - Igreja Evangélica de Confissão Luterana de Santa Cruz do Sul Disponível em: http://www.santacruz.rs.gov.br/municipio/igreja-evangelica
  • 33. 32 Figura 17 - Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores – São Paulo Disponível em: http://www.casabranca.sp.gov.br/index1.asp?ed=0&c=60 Figura 18 - Catedral Duomo de Milano Disponível em: http://estudantesdearquitetura.com.br/as-8-igrejas-mais-belas-e-famosas-do-mundo/ 1.4.7 Modernismo O Modernismo foi um movimento artístico e cultural, teve seu na Europa e começou a se conquistar o Brasil a partir da primeira década do século XX, através de manifestos de vanguarda, sobretudo em São Paulo, e da Semana da Arte Moderna, realizada em 1922. O movimento deu início a uma nova fase estética na qual ocorreu a integração de tendências que já vinham surgindo, baseadas na valorização da realidade nacional, abandonando as tradições que vinham sendo seguidas, tanto na
  • 34. 33 literatura quanto nas artes. Apesar da ampla repercussão que a arquitetura e Arte Moderna obtiveram, vale ressaltar que o Movimento Moderno não se limitou a essas duas áreas. Foi um movimento cultural global que envolvia vários aspectos, entre eles sociais, tecnológicos, econômicos e artísticos. (PINTO,2014) O Modernismo foi introduzido no Brasil através da atuação e influência de arquitetos estrangeiros adeptos do movimento, embora tenham sido arquitetos brasileiros, como Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, que mais tarde tornaram este estilo conhecido e aceito. Foi o arquiteto russo Gregori Warchavchik quem projetou a “Casa Modernista” (1929-1930), a primeira casa em estilo Moderno construída em São Paulo. (PINTO,2014) Os arquitetos Modernistas buscavam o racionalismo e funcionalismo em seus projetos, sendo que as obras deste estilo apresentavam como características comuns formas geométricas definidas, sem ornamentos; separação entre estrutura e vedação; uso de pilotis a fim de liberar o espaço sob o edifício; panos de vidro contínuos nas fachadas ao invés de janelas tradicionais; integração da arquitetura com o entorno pelo paisagismo, e com as outras artes plásticas através do emprego de painéis de azulejo decorado.(PINTO,2014) Figura 19 - Igreja de São Francisco de Assis, Pampulha Fonte: http://emplastrocubas.files.wordpress.com/2009/02/igreja-da-pampulha.jpg
  • 35. 34 2 TIPOLOGIA DAS IGREJAS Há vários tipos de igrejas católicas, cada uma tem uma destinação, uma posição ou uma finalidade (SCHUBERT, 1978). Sendo que uma mesma igreja pode ter mais de uma terminologia. 2.1 Basílica Termo com que antigamente se indicava um edifício público destinado a ser lugar de reuniões e com o qual se indica hoje o templo cristão dedicado ao culto. No direito canônico, é considerado como basílica o edifício destinado ao culto e ao qual, independe de sua qualidade de catedral, a autoridade eclesiástica conferiu o referido título, com os privilégios que lhe são inerentes. Essa atribuição acontece por concessão apostólica, mas o título de basílica pode também provir de um costume imemoriável. Em geral, é dado o título de basílica às igrejas que, por sua antiguidade, sua beleza e sua importância, atraem grande número de peregrinos ou são objeto de particular veneração. Também são chamadas de Basílica Maior as mais importantes igrejas de Roma, uma delas é a de São Pedro no Vaticano. E sob a forma de Basílica Menor as igrejas fora de Roma, dado a sua importância histórica, artística ou pela notável veneração dada pelos fiéis. (SCHUBERT, 1978, p. 9-11). Figura 20 -Basílica de Santa Maria Maior, em Roma Disponível em: http://www.snpcultura.org/basilica_santa_maria_maior_roma.html
  • 36. 35 Figura 21- Basílica de Santa Maria Maior - Roma7 Disponível em: http://www.snpcultura.org/basilica_santa_maria_maior_roma.html 2.2 Catedral O nome catedral vem de cátedra, cadeira do bispo, símbolo de magistério .É a igreja episcopal, cujo dirigente maior é o Bispo que exerce sobre os Párocos das igrejas de sua diocese, repassando, com sua autoridade eclesiástica, as diretrizes firmadas pelo Papa. Nas catedrais é que são sepultados os bispos de uma determinada Diocese e esta é a condição para que uma igreja seja designada "Catedral" e também pode se denominar de duomo11 .Na catedral realizam-se cerimônias preferencialmente executadas pelo bispo, as funções de ordenação de sacerdote, as funções pontificais, sagração dos santos óleos e da crisma. (SCHUBERT, 1978) Figura 22- Cátedra da Catedral de Santana/BA Disponível em: http://www.catedraldesantana.com.br/catedral.htm 11 Significa "casa (de Deus)"
  • 37. 36 2.3 Santuário Refere-se a uma igreja que é centro de peregrinações por causa de uma devoção a Deus ou aos Santos. No Santuário considera-se um maior número de pessoas, o movimento de entrada e saída de fiéis é muito grande, e todos querem ver a imagem a ser venerada. Normalmente as pessoas formam fila para ver ou rezarem junto à imagem, outras, distribuídas na igreja, buscam o silêncio para suas orações particulares. (SCHUBERT, 1978) Conforme o código de direito canônico: “Cân. 1230 — Pelo nome de santuário entende-se a igreja ou outro lugar sagrado aonde os fiéis, por motivo de piedade, em grande número acorrem em peregrinação, com a aprovação do Ordinário do lugar. Cân. 1231 — Para que um santuário possa dizer-se nacional, deve ter a aprovação da Conferência episcopal; para que possa dizer-se internacional, requer-se a aprovação da Santa Sé. Cân. 1232 — § l. Para aprovar os estatutos de um santuário diocesano, é competente o Ordinário do lugar; para os estatutos dum santuário nacional, a Conferência episcopal; para os estatutos de um santuário internacional, somente a Santa Sé. § 2. Nos estatutos determinem-se principalmente o fim, a autoridade do reitor, a propriedade e a administração dos bens. Cân. 1233 — Poderão ser concedidos alguns privilégios aos santuários, quando as circunstâncias dos lugares, a afluência dos peregrinos e sobretudo o bem dos fiéis pareçam aconselhá-los. Cân. 1234 — Nos santuários ponham-se à disposição dos fiéis meios de salvação mais abundantes, com o anúncio cuidadoso da palavra de Deus, o fomento da vida litúrgica, principalmente por meio da celebração da Eucaristia e da penitência, e ainda com o cultivo de formas aprovadas de piedade popular. ” Figura 23 - Santuário de Guadalupe - México Disponível em: http://blog.cancaonova.com/peregrinacoes/2009/03/06/santuario-de-guadalupe/
  • 38. 37 2.4 Igreja Paroquial (Matriz) É um templo católico, normalmente, com qualidade de Paróquia, onde o Vigário ou Pároco, confirma e repassa as instruções episcopais aos religiosos ou fiéis que estão sob sua jurisdição eclesiástica. Conforme o código de direito canônico: “Cân. 1214 — Pelo nome de igreja entende-se o edifício sagrado destinado ao culto divino, ao qual os fiéis têm o direito de acesso para exercerem, sobretudo publicamente, o culto divino.” Segundo Mons. Guilherme Schubert (1978, p. 10): "[...] é a célula-mater da vida comunitário-religiosa [...]", ainda comenta que o arquiteto que souber projetar uma paróquia saberá também projetar outras igrejas porque todas partem do conhecimento do funcionamento da igreja Matriz. Figura 24 - Igreja Matriz Nossa Senhora do Desterro Disponível em: http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/igreja-matriz-nossa-senhora-do-desterro 2.5 Capela É um templo com dimensões reduzidas, atende a poucas pessoas. Pode ser reservada para uma pessoa, para uma família, ou aberta ao público. Onde acontece a celebração da missa, pode ou não seguir o calendário litúrgico. Sua destinação normalmente é específica, localizadas anexas a algumas instituições, como por exemplo: colégios, quartéis de militares, cemitério e hospitais. Pode ter ou não acesso
  • 39. 38 para a rua. Normalmente, só um altar, caracterizada pela sua modesta estrutura física, onde o padre exerce suas funções, normalmente de forma itinerante, estando subordinada e pertencendo a determinada paróquia. (SCHUBERT, 1978) Conforme o código de direito canônico a capela particular é local de culto autorizado pelo bispo, e já não é mais necessário que se tenha autorização da Santa Sé. Figura 25 - Capela Sistina, Vaticano Disponível em: http://lounge.obviousmag.org/arquitetura_do_sagrado/2013/07/o-que-e-basilica- catedral-santuario-capela.html
  • 40. 39 3 REFERÊNCIAS ARQUITETÔNICAS INTERNACIONAIS 3.1 Basílica de São Pedro – Vaticano De acordo com LINDENBERG (2002), “A Basílica de São Pedro, na qual são celebradas as mais importantes cerimônias da Igreja Católica, foi erguida pelo imperador Constantino, entre os anos 324 e 349, uma pequena basílica com o objetivo de honrar o túmulo do primeiro Papa, o apóstolo Pedro.” E que Inicialmente foi projetada por Donato Bramante, a basílica seria erguida sob a forma de uma cruz grega, porém após sua morte em 1514 teve seu projeto modificado, o projeto ocupa uma área de 23 mil metros quadrados e pode abrigar até 60 mil fiéis. Uma comissão, formada por Rafael, Fra Giocondo e Giuliano da Sangallo, reprojetou a basílica como uma cruz latina sendo que no cruzeiro existiria uma cúpula que, localizada sobre o altar, se alinharia com a sepultura do apóstolo São Pedro. (LINDENBERG, 2002) Figura 26 – Maquete Eletrônica da Basílica de São Pedro Disponível em: www.pastoralis.com.br Em 1527, Paulo III confiou a Antônio da Sangallo o controle total da obra. Este, por sua vez, retomou algumas ideias do plano de Bramante, erguendo uma parede divisória entre a nova Basílica e a antiga, ainda em uso. Em 1546, com a morte de Sangallo, Paulo III confiou a Michelangelo a chefia da arquitetura. Responsável pela
  • 41. 40 abside, pelo transepto e pela cúpula, Michelangelo deixou em 1564, ano de sua morte, o trabalho todo praticamente completo. (LINDENBERG, 2002) A sucessão no cargo de chefe da catedral foi desempenhada por Pirro Ligorio e Giacomo da Vignola, os quais finalmente completaram a construção da cúpula (Figura 26) durante o papado de Sexto V. Mais tarde, sobre a cúpula, a qual possuía um diâmetro de 41,9 metros, Domenico Fontana construiu o lanternim e a cruz, finalmente construída em 1593, com aproximadamente 138 metros de altura. (LINDENBERG.2002) Figura 27 – Cúpula Disponível em: www.pastoralis.com.br O interior da basílica foi preenchido com muitas obras-primas do Renascimento e do Barroco. Entre elas, a mais famosa, a escultura denominada "Pietá", de Michelangelo (Figura 27). O interior da cúpula foi decorado com composições de mosaicos formando uma figura que ilustra os círculos angelicais do céu, com Deus Pai em seu cume. (PASTORALIS, 2014) Desta forma a construção da Basílica foi completada por Carlo Maderna em 1612, com duração de mais de um século, originando uma monumental construção, sendo sua principal nave aproximadamente 187 metros de comprimento. (PASTORALIS, 2014)
  • 42. 41 Figura 28 – Pietá Disponível em: www.pastoralis.com.br 3.2 Igreja do Jubileu – Itália A Igreja do Jubileu, localiza em Roma – Itália, é um projeto do arquiteto Richard Meier. Esta obra com cerca de 2. 501 m², obteve um andamento tardio na sua execução, pois seu início está datado em 1996 e sua conclusão no ano de 2003. Está implantada num terreno triangular e apresenta seu acesso principal na porção leste, já em sua porção norte estão os jardins e áreas livres destinadas ao lazer. (SERAPIÃO, 2004) Construído juntamente com um complexo habitacional. A igreja e o centro comunitário estão conectadas por um átrio de quatro andares. Nesse projeto destacam-se o concreto, o estuco, travertino e o vidro. (SERAPIÃO, 2004)
  • 43. 42 Figura 29 - Igreja do Jubileu em Roma – Fachada Principal Fonte: Richard Meier(2003) Os três grandes arcos de concreto em forma de concha lembram nas inspirações de meier três velas em movimento. A cobertura de vidro e claraboias na igreja abarcam toda a extensão do edifício o enchendo de luz e o ambiente lembrando seus traços mais marcantes. Durante a noite a luz sai do interior da obra. (AROSIO, 2005). Três curvas evidenciam a Santíssima Trindade e quadrados sagrados. A ala de aspecto profano é formada por sucessivas sobreposições de quadrados e retângulos, bem característicos das obras do arquiteto. (AROSIO, 2005)
  • 44. 43 Figura 30 - Igreja do Jubileu em Roma – Fachada Posterior Fonte: Richard Meier(2003) A Igreja do Jubileu foi uma obra onde ele buscava o branco puro como retrato dela. Em suas pesquisas, ele encontrou uma formula de Pier Luigi Marathi onde o concreto era completamente constituído de materiais branco e assim denominado de “cimento todo branco”. (SERAPIÃO, 2004) Figura 31 - Fachada Frontal Fonte: Richard Meier
  • 45. 44 3.3 Igreja da Sagrada Família – Espanha Sua construção começou com um estilo neogótico. No entanto, quando o arquiteto Antoni Gaudí, com somente 31 anos, assumiu o projeto no ano de 1883, o reconfigurou completamente. (GUERRERO, 2014) Uma das ideias trazidas por seu projeto foram as elevadas torres cônicas circulares que se sobrepõem aos portais, e que vão afinando com a altura. Gaudí as projetou com uma torsão parabólica, o que deu uma tendência ascendente a toda a fachada, favorecida por muitas janelas que perfuram as torres seguindo as suas formas espirais. (GUERRERO, 2014) A Sagrada Família é uma igreja de cinco naves, com cruzeiro de três naves, que formam uma cruz latina. Suas dimensões interiores são: nave e abside, 90 metros; cruzeiro, 60 metros; largura da nave central, 15 metros; naves laterais, 7,5 metros cada uma (a nave principal tem no total 45 metros); largura do cruzeiro, 30 metros. (GUERRERO, 2014) Figura 32 – Vista Frontal Fonte: www.blogdaanace.com.br
  • 46. 45 Figura 33 – Igreja Sagrada Família Terminada Fonte:http://www.hypeness.com.br/2013/10/video-mostra-como-sera-a-catedral-da-sagrada- familia-quando-terminada/ O templo pode ser lido com a seguinte divisão de espaços: a Fachada da Natividade, a Fachada da Paixão, a Fachada da Glória com o Batistério, e a Capela de Sacramento, a Cripta, a Abside, as Cúpulas e Obeliscos, os Claustros, as Sacristias, a Capela da Assunção, o Cruzeiro e o Transepto, as Naves e os Coros, e o Altar. Cada janela, coluna e elemento faz referência a santos, instituições ou mistérios da fé católica. (GUERRERO, 2014) Em 1926, quando Gaudí faleceu, só havia sido construída uma torre. Do projeto do edifício só se tinham os planos e um modelo em gesso que foi seriamente danificado durante a Guerra Civil espanhola. Hoje, 129 anos depois, a construção do templo segue a ideia original do arquiteto. De Acordo com GUERRERO (2014) “Quando estiver terminada, a igreja terá 18 torres; quatro em cada um dos três acessos e, como um arranjo de cúpula, estarão outras seis torres, com a torre central dedicada a Jesus, de 170 metros de altura, coroada com uma cruz de quatro braços, símbolo de Jesus Cristo, e outras quatro ao redor de esta, dedicadas aos evangelistas, e uma segunda cúpula dedicada à Virgem.” 3.4 Igreja da Transfiguração – Nigéria
  • 47. 46 O escritório londrino DOS Architects foi recentemente selecionado para desenhar a Igreja Católica da Transfiguração, em Lagos, capital da Nigéria. O teto ondulante é um dos aspectos que mais chama a atenção no projeto da construção. (NIGERIA ARCHITECTURE, 2014) Os arquitetos usaram arcos de aço em diferentes alturas, espaçados entre si numa distância de quatro metros, para dar sustentação, rigidez e leveza ao teto da igreja. A construção, que possui mais de 3 mil metros quadrados, conta com um salão de congregação de dois andares, todo espelhado na entrada e no final, para dar relevância à altura do salão. (NIGERIA ARCHITECTURE, 2014) Figura 34 - Vista interna Fonte: www.nigerianarchitecture.blogspot.com.br O projeto demonstra que não havia a intenção de produzir qualquer coisa relacionado com a cultura ou as tradições dos povos que vivem em Lekki. Assim, este edifício se torna um ícone ou marco sim para a igreja e as marcas da igreja. (NIGERIA ARCHITECTURE, 2014)
  • 48. 47 Figura 35 - Vista Frontal Fonte: www.nigerianarchitecture.blogspot.com.br Foi colocada a cruz latina no ponto mais alto da estrutura da igreja, que se tornará um ícone para a cidade de Lekki e lagos como um todo. O acesso principal é colocado na parte mais estreita e mais baixo do edifício e leva a um vestíbulo do qual o visitante tem vistas e acesso claro para ambos os pisos da igreja. O vestíbulo de entrada, a escadaria principal da igreja se divide em duas metades que são visualmente ligadas pelo grande átrio na entrada no prédio. (NIGERIA ARCHITECTURE, 2014) O conceito de arquitetura e forma estrutural são partes integradas com uma série de arcos de diferentes alturas, produzindo a forma escultural do edifício como um todo. Arcos são uma das formas mais antigas e mais eficientes da estrutura, utilizando a altura total do edifício para fornecer a rigidez, resultando em uma estrutura relativamente delgada. (NIGERIA ARCHITECTURE, 2014) Figura 36 - Planta do primeiro piso Figura 37 - Corte Longitudinal Fonte: www.nigerianarchitecture.blogspot.com.br
  • 49. 48 Fonte: www.nigerianarchitecture.blogspot.com.br 3.5 Igreja de Seed – China A Igreja se encontra em uma das sete montanhas taoistas da China. Embora existam vários tipos de templos taoistas e budistas no distrito, o elemento religioso ocidental não foi descoberto ainda. Além de desenvolver habitações privadas, o cliente tentou criar uma pequena igreja para os habitantes do povoado, a fim de ampliar o espectro religioso e cultural. A mensagem cultural e religiosa é comunicada através do jogo de luz e sombra na arquitetura. (MONTEIRO,2013) Localizada na Montanha Kuofu, a Igreja tem uma área de 280m² e pode acomodar 60 pessoas. O conceito de projeto vem da forma de uma semente, um elemento metafórico nas histórias do Evangelho. A linha curva segue o contorno de uma semente que delimita os espaços, como um elemento de contenção. A curva é dividida em 3 partes que formam três acessos: a sudeste a fachada possuí uma abertura em forma de cruz que permite a entrada de luz na parte da manhã, a oeste a fachada é sólida e bloqueia a luz da tarde, e ao norte a fachada é mais espessa para acomodar as instalações sanitárias. Os visitantes podem subir pelo terraço da cobertura chegando até um mirante. (MONTEIRO,2013) A estrutura principal é feita de concreto moldado in loco com uma estrutura de bambu. A textura que o bambu deixa no concreto é absorvido com as árvores e com o verde da paisagem. (MONTEIRO,2013) Figura 38 - Vista a longa distância Fonte: Iwan Baan (2013)
  • 50. 49 Figura 39 - Detalhe do telhado Fonte: Iwan Baan (2013)
  • 51. 50 4 REFERÊNCIAS ARQUITETÔNICAS NACIONAIS 4.1 Matriz da Sagrada Família – Bayeux- PB Figura 40 - Estudo Volumétrico - Vista Noroeste - Bayeux - PB Disponível em: www.ricardo-vidal.blogspot.com.br Este projeto de reforma e ampliação da Matriz da Sagrada Família em Bayeux - PB feito pelo Arquiteto Ricardo Vidal, surgiu da necessidade de ampliar a capacidade da Igreja e criar um espaço mais confortável e agradável aos fiéis. (VIDAL,2013) Remetendo à tradição da arquitetura Católica, a entrada situa-se sob o volume do coro para logo após se abrir a nave com um pé-direito de 8,10m. À esquerda da entrada, está localizado o Batistério, abaixo da torre (Campanário). Mais à frente, junto ao Presbitério encontra-se o espaço reservado para confessionário bem como o Sacrário. (VIDAL,2013) À direita da entrada principal com acesso também pela nave, está o salão paroquial, já existente e utilizado para eventos da comunidade. Seu pé-direito também será alterado e ele ganhará um mezanino, ao tempo em que cederá área para uma nova bateria de sanitários e a Sacristia. (VIDAL,2013)
  • 52. 51 Será através do mezanino do salão que poderá se acessar o coro da igreja, e a partir deste, os demais pavimentos da torre (áreas técnicas). (VIDAL,2013) No fundo do lote encontra-se a casa paroquial, que não será alterada, com exceção de uma ampliação da garagem, hoje subdimensionada. (VIDAL,2013) O partido volumétrico, de linhas contemporâneas, surgiu da ideia de dar mais monumentalidade à Igreja. (VIDAL,2013) Figura 41 - Estudo Volumétrico - Vista Sudoeste Disponível em: www.ricardo-vidal.blogspot.com.br As aberturas para ventilação e iluminação foram resolvidas de forma a não haver a visualização do espaço exterior a partir da nave, para que os fiéis possam usufruir do espaço como um campo sagrado e dedicado exclusivamente à reflexão sem interferências externas. (VIDAL,2013)
  • 53. 52 Figura 42 - Vista Noroeste – Atual Disponível em: www.ricardo-vidal.blogspot.com.br Figura 43 - Vista Noroeste – Proposta Disponível em: www.ricardo-vidal.blogspot.com.br
  • 54. 53 4.2 Intervenção Igreja Matriz da Santa Cruz – Areias, São José, Santa Catarina A Igreja católica tem Cristo como a única absoluta verdade. Sendo assim, o granito maciço e de acabamento bruto (levigado) foi o material empregado nas peças. (HELM,2013) O altar é o centro da Liturgia, ele no projeto ganha o destaque que as celebrações pedem. Seu desenho possui linhas elegantes, estruturadas na proporção áurea; nos remetendo ao cenáculo; à mesa da santa ceia. (HELM,2013) A palavra Ambão vem de do grego Anabaino que significa “subir, elevar-se”, a Palavra que vem do reino dos céus. As linhas verticais e a forma que apontam para cima, ilustram tal conceito. Nas celebrações o povo Deus está sob a presidência do ministro ordenado, que celebra “in Persona Christi”. Ele é o Cristo cabeça que tem na assembleia o seu corpo eclesial. Este conceito é materializado na Sedia ou Cadeira da Presidência, aqui desenhada com simplicidade formal, porém, com a escala necessária para que se alcance os conceitos citados. (HELM,2013) Figura 44 - Antes e Depois Fonte: Eduardo Faust
  • 55. 54 Figura 45 - Pia Batismal Fonte: Eduardo Faust Figura 46 – Ambão Fonte: Eduardo Faust O batistério foi desenhado em forma octogonal, fazendo referência ao oitavo dia, dia da ressurreição; é a nova criação do mundo em Cristo, o novo Adão; todos nascemos como Adão e é no batismo que somos resgatados. Este octógono está inscrito numa Vésica Piscis, um antigo símbolo presente em várias religiões que simboliza a criação, a origem. (HELM,2013)
  • 56. 55 Os patamares do presbitério focam na hierarquia dos elementos litúrgicos. O batistério encontra-se junto à assembleia, a capela do santíssimo e os santos, a dois degraus de altura. No terceiro degrau, que busca o número 3, número do Deus trino – da santíssima trindade – temos altar e ambão. E, finalmente, no patamar mais elevado, a Sedia. (HELM,2013) O projeto passou por uma reformulação do layout das salas anexas a nave. Foram criadas nas laterais do presbitério: Sacristia, capela do santíssimo e sala de controle de som e luz. Aos fundos: Capela da reconciliação (o antigo confessionário), sala de dízimo, Sacristia e sala de imagens. (HELM,2013) A igreja antes da reforma tinha capacidade para 600 pessoas, foi construído um mezanino ao redor da nave com estrutura metálica, forros acústicos e detalhamentos de steel frame – dry wall e vidro laminado. Com o mezanino o edifício hoje conta 1000 pessoas sentadas. (HELM,2013) Figura 47 - Vista Frontal Fonte: Eduardo Faust
  • 57. 56 4.3 Santuário de Santa Paulina – Nova Trento/SC Figura 48 - Escada de acesso ao Santuário Fonte: HS Arquitetos Ícone da edificação religiosa, a cobertura de linhas ascendentes estimula a meditação e a busca da espiritualidade, como se fosse um manto que, singelamente lançado sobre a construção, abriga a nave principal, capelas e área de apoio, além de definir os acessos ao santuário. (HS ARQUITETOS, 2014) Cobertura modulada a cada 7,5 metros, de caimento em duas águas, com desenho que remete visualmente às tradicionais vestimentas de algumas ordens religiosas. São três setores distintos - nave principal, capelas e área de apoio -, além de circulações e acessos. (HS ARQUITETOS, 2014)
  • 58. 57 Figura 49 – Interior Fonte: HS Arquitetos (2012) Para evitar variações bruscas de temperatura e minimizar o ruído externo, a cobertura termo isolante foi construída com sistema de telha zipada, que oferece duplo isolamento termo acústico com lã mineral. Na parte inferior da cobertura, chapas de alumínio perfuradas funcionam como forro e também colaboram com a acústica do ambiente. (HS ARQUITETOS, 2014) 4.4 Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida – Aparecida/SP A Basílica de Nossa Senhora Aparecida, também conhecido como Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, está localizada na cidade de Aparecida, no interior do Estado de São Paulo. Foi solenemente sagrada em 4 de julho de 1980, por João Paulo II quando ele visitou o Brasil pela primeira vez. Em outra de suas visitas, passando por Aparecida, abençoou o Santuário e, em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, elevou a Nova Basílica a Santuário Nacional. Localiza-se no centro da cidade, tendo como acesso a "Passarela da Fé", que liga a basílica atual com a antiga, ambas visitadas por romeiros. (A12, 2014)
  • 59. 58 Em meados da década de 1940, os missionários da Congregação do Santíssimo Redentor, conhecidos por redentoristas, perceberam a necessidade de se erigir um novo templo para veneração e devoção do povo para com Nossa Senhora da Conceição Aparecida: era preciso um espaço mais amplo, que comportasse mais pessoas. Dessa necessidade, surgiu a ideia de se construir não uma qualquer igreja maior, mas uma basílica. (A12, 2014) Figura 50 - Santuário Nacional de Aparecida Fonte: www.a12.com Também conhecida por "Basílica Nova", está construída sobre o Morro das Pitas, Começou a ser construída em 11 de novembro de 1955. A torre da basílica mede 100 metros de altura, possuindo 18 andares e seu projeto foi elaborado por Benedito Calixto de Jesus Neto. O Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida é visitado anualmente por aproximadamente dez milhões de romeiros de todas as partes do Brasil. (A12, 2014) Para favorecer as mães com crianças pequenas, a Basílica oferece dois fraldários. Um deles se encontra no subsolo e contém 10 berços e 16 trocadores,
  • 60. 59 atendendo cerca de 300 crianças por dia. O outro está localizado no Centro de Apoio, na asa sul, e possui microondas, duchas higiências, trocadores, aquecedores de mamadeiras entre outros serviços gratuitos. (A12, 2014) No subsolo da Basílica, encontra-se a Sala das Promessas, o fraldário, banheiros, água potável, Capela dos Batizados, Salão dos Romeiros (espaço para refeições) e marcação de missas. Na Torre Brasília, o mirante (100m de altura), o Museu Nossa Senhora Aparecida e a central de informações. No Centro de Apoio, o ponto de encontro e central de informações. No setor externo, a Sala de Imprensa, a sala dos motoristas, a segurança patrimonial e o ambulatório. (A12, 2014) 4.5 Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida – Brasília A Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida, popularmente conhecida como Catedral de Brasília foi projetada por Oscar Niemeyer e construída entre 1959 e 1970, e faz parte do conjunto inicial de edifícios que compõem o Eixo Monumental da capital brasileira. (FRACALOSSI,2013) O edifício é definido pelos seus dezesseis pilares de concreto em forma de bumerangue, que partem de uma planta circular de setenta metros de diâmetro, rodeada por um espelho d’água, e sobem inclinadamente até tocar uns aos outros. O cálculo estrutural desse e dos demais edifícios projetados por Oscar Niemeyer para o conjunto original de Brasília foi feito por Joaquim Cardozo. (FRACALOSSI,2013) A catedral em si está um nível abaixo do plano de acesso; o edifício é, assim, meramente sua coberta. Seu acesso dá-se por um caminho criado por quatro esculturas, representando os evangelistas, que levam a uma rampa descendente, estreita e escura. (FRACALOSSI,2013) O contraste entre o que foi visto externamente e o interior que se faz presente é surpreendente. Os vitrais que fazem os fechamentos entre os pilares dotam a nave da catedral de abundante luz (figura 52). (FRACALOSSI,2013) Ao lado do edifício da Catedral está o campanário, cuja solução estrutural é novamente inusitada. Uma barra linear, que apoia sobre ela quatro sinos, sustentada por um único ponto central, que descem formando quatro pilares em suaves curvas (figura 50). (FRACALOSSI,2013) Do lado oposto está o batistério, finalizando a estrutura tripartida do conjunto. Assim como a Catedral, ele também é um espaço enterrado, mas, ao contrário
  • 61. 60 daquela, sua coberta é uma casca ovoide opaca, levemente iluminada por aberturas laterais. (FRACALOSSI,2013) Figura 51 - Catedral de Nossa Senhora Aparecida Disponível em: www.archdaily.com.br
  • 62. 61 Figura 52 - Esboço da fachada Fonte: www.archdaily.com.br Figura 53 – Interior Fonte: www.archdaily.com.br
  • 63. 62 5 OS ESPAÇOS QUE COMPÕEM O EDIFÍCIO IGREJA Para bom êxito do programa iconográfico é preciso ter bem claro que toda ação que desenvolve nesse espaço é um Mistério (sagrado) e, portanto, não é um lugar simplesmente humano. Depois, a razão desse edifício é a liturgia eucarística e tudo o mais que decorre dessa ação. A noção de sagrado (Mistério) é fundamental, assim como a de sacrifício. No espaço sagrado, não vamos ao encontro de nós mesmos, mas ao encontro de Deus, que dá sentido à vida comum do Povo de Deus. (PASTRO, 2012) “O programa iconográfico deve ser considerado desde o início do projeto arquitetônico, de acordo com as exigências litúrgicas e a cultura local. Deve ser resultado de um trabalho multidisciplinar que envolva arquitetos, liturgistas, artistas e a comunidade.” (CNBB. 2013, p.43) 5.1 Presbitério Segundo PASTRO (2012), este espaço precisa o mais amplo possível. Nele ficam dispostos o altar, o altar, a sédia, a cruz processional e a credência. Tendo como centro do presbitério o altar, é preciso deixar em todas as direções um espaço em torno dele de, no mínimo, 2,50 m. Já prevendo os vários tipos de celebrações que poderão acontecer no decorrer do ano litúrgico: ordenações, casamentos, funerais, etc. É normal as pessoas chamarem o presbitério de altar, quando na verdade o presbitério é o local que recebe o altar, mesa da celebração. (PASTRO, 2012) 5.1.1 Altar O altar é a mesa do sacrifício de Cristo, e deve-se o respeito necessário para tal. Iniciando com o material a ser utilizado. Deve ser um material legítimo e sólido. Normalmente são utilizadas pedras para a confecção do mesmo. (PASTRO 2007) Por ser um local de tal significado, não deve se parecer com mesa de buffet de festas. Precisa ser simples, uma extensão do mistério da cruz. (PASTRO, 2007) “Nenhum objeto simbólico é mais importante que o altar, por isso não se deve depositar objetos alheios à ação ritual ou escondê-lo (com toalhas, flores ou
  • 64. 63 cadeiras colocadas à sua frente) e nem impedir aos fiéis de verem o que se realiza sobre ele.” (CNBB, 2013. p. 31) Segundo PASTRO (2012) o altar deve ter dimensões sóbrias. Altura: 95 centímetros, e poderá ser quadrado com 1,00 m x 1,00 m ou 1,30 m x 1,30 m. No caso do mesmo ser retangular, não necessita ter mais do que 1,50m x 0,80 m ou 1,70 m x 0,80 m, independentemente do tamanho do edifício. 5.1.2 Ambão Seguindo os mesmos princípios do altar, nas celebrações, o Ambão é o lugar que precede a liturgia eucarística. Tornando então o centro (não físico) da primeira parte da liturgia. (PASTRO 2012) Por se tratar de um local de anúncio da palavra, o material a ser utilizado deve ser, preferencialmente, o mesmo utilizado no altar e na sédia, seguindo o mesmo padrão. Em si, desnudo, é peça alta que anuncia e testemunho o Cristo. Não devem haver mais que um ambão, pois a palavra de Deus é única. Não é local para comentários e/ou recados. (PASTRO 2012) “32. No recinto da igreja, deve existir um lugar elevado, fixo, adequadamente disposto e com a devida nobreza, que ao mesmo tempo corresponda à dignidade da Palavra de Deus e recorde aos fiéis que na missa se prepara a mesa da Palavra de Deus e do Corpo de Cristo, e que ajude da melhor maneira possível a que os fiéis ouçam bem e estejam atentos durante a liturgia da palavra. Por isso se deve procurar, segundo a estrutura de cada igreja, que haja uma íntima proporção e harmonia entre o ambão e o altar. 33. Convém que o ambão, de acordo com a sua estrutura, seja adornado com sobriedade, ou de maneira permanente ou, ao menos ocasionalmente, nos dias mais solenes. Dado que o ambão é o lugar de onde os ministros proclamam a Palavra de Deus, reserva-se por sua natureza às leituras, ao salmo responsorial e ao sermão pascal. A homilia e a oração dos fiéis podem ser pronunciadas do ambão, já que estão intimamente ligadas a toda a liturgia da palavra. Mas não é conveniente que subam ao ambão outras pessoas, como o comentarista, o cantor, o dirigente do coro. 34. Para que o ambão ajude, da melhor maneira possível, nas celebrações, deve ser amplo, porque em algumas ocasiões têm de estar nele vários ministros. Além disso, é preciso procurar que os leitores que estão no ambão tenham suficiente luz para ler o texto e, na medida do possível, bons microfones para que os fiéis possam escutá-los facilmente.” (IELM p. 8)
  • 65. 64 5.1.3 Sédia A sédia do presidente ou a cátedra do bispo fecha o conjunto principal do edifício, juntamente com o altar e o ambão. Todos eles são sacramentais, partes de um único mistério a ser celebrado, o Mistério Pascal. (CNBB, 2013) “A sédia é, assim como a mesa da Eucaristia e a mesa da Palavra, um dos pólos constitutivos do espaço da celebração. A utilização dos mesmos materiais e estilo nessas peças, ajuda a perceber a unidade entre eles, como sinais do único Cristo.” (CNBB. 2013. p.27) 5.1.4 Cruz processional O Missal Romano orienta sobre o uso da cruz processional em vez de grandes crucifixos pendurados nas paredes, para simbolizar que a cruz acompanha o cristão em sua caminhada, mas a meta é a ressurreição, a glória, a vida. (MILANI, 2006) A cruz processional deve apresentar a imagem do crucificado; ser pequena (30 a 50 cm), feita de material e forma que estejam em harmonia com as demais peças do presbitério. Após carregada em procissão como sinal do Cristo morto e ressuscitado, ela permanece junto ao altar. (MILANI, 2006) Segundo a Instrução Geral sobre o Missal Romano: “308. Haja também sobre o altar ou perto dele uma cruz com a imagem de Cristo crucificado que seja bem visível para o povo reunido. Convém que tal cruz, que serve para recordar aos fiéis a paixão salutar do Senhor, permaneça junto ao altar também fora das celebrações litúrgicas.” O documento da CNBB (2013) número 106 afirma: “A cruz com crucificado colocada perto do altar serve para recordar aos fiéis a paixão salutar do Senhor também fora das celebrações litúrgicas. Essa pode ser a cruz processional. Em harmonia com a cruz estão também dispostos os castiçais com as velas.” 5.1.5 Credência De acordo com a Comissão Arquidiocesana de Arte Sacra da Arquidiocese de Porto Alegre, a credência: “É uma espécie de pequena mesa colocada discretamente no presbitério para apoiar os objetos necessários para a missa: o cálice, a patena, as galhetas,
  • 66. 65 os livros ou o que mais for necessário, dependendo da celebração. Não deve sobressair com rendas ou outros ornamentos. É bom que sua altura seja inferior à do altar. A credência pode ser colocada encostada na parede lateral do presbitério ou como um console na parede, fazer parte da própria parede. A credência pode ser fixa ou móvel. Na entrada da igreja, podem ser previstas uma ou mais credências para as ofertas ou folhetos. O material usado deve ser simples e nobre e estar em harmonia com as demais peças do presbitério.” 5.2 Capela da reconciliação Conhecido antigamente como confessionário. Local destinado ao diálogo entre os fiéis e o padre para a confissão, sendo que hoje este local pode estar em uma capela ou mesmo em um espaço reservado na assembleia. (CNBB, 2013) 5.3 Capela do santíssimo Segundo PASTRO (2012) é um local dentro da igreja destinado ao tabernáculo. Sendo que a mesma deve estar preparada para receber a oração individual e coletiva (comunitária). É um espaço retirado da nave principal, porém ligada à igreja e visível aos fiéis. Compõem esse espaço tão somente o tabernáculo, genuflexórios e cadeiras. Nunca deverá conter o Crucificado ou qualquer outra imagem, pois é um local com a presença real do Cristo vivo e ressuscitado. (PASTRO, 2012) 5.4 Tabernáculo (sacrário) Segundo MILANI (2006), o tabernáculo, ou também chamado de sacrário, se parece com um cofre para que se possam guardar as reservas eucarísticas. Segundo a tradição é necessário manter uma lâmpada sempre acessa ao lado do sacrário, indicando a presença de Cristo. De acordo com PASTRO (2012) esse é o local onde se depositam as sagradas espécies, o Santíssimo. E que o material a ser confeccionado pode ser metal, madeira, ou outro material. Depende do local e da segurança para evitar a violão proveniente de vandalismo. É importante que o tabernáculo preserve o padrão empregado inicialmente pelos itens que compõem o presbitério.
  • 67. 66 Recomenda-se que o tabernáculo possua um local apropriado, de preferência em uma capela. Se colocado no presbitério que seja fora do altar de celebração. 5.5 Batistério Ambiente específico para a realização do batismo, onde fica a pia batismal. Pode ser incorporada com o corpo da igreja. (CNBB, 2013) “A celebração do batismo é uma celebração comunitária, porta de entrada para a vida eclesial. Portanto em cada igreja paroquial terá uma fonte batismal, cujo significado ultrapassa a celebração do sacramento: é memória permanente do batismo. O cuidado com a forma e a disposição da fonte batismal no espaço da igreja exprimem seu significado” (CNBB. 2013. p.35) De acordo com PASTRO (2012, p. 108): “O batistério será um espaço à parte, uma bela capela ou sala junto ao adro ou na entrada da nave principal. Jamais no presbitério. Por conveniências e para que se tenha uma “plateia”, tem sido colocado junto ao presbitério. Assim, perde-se a grande celebração mística desse sacramento de entrada do neocatecúmeno no Corpo Místico. O batistério poderá ser feito de duas formas conjuntas numa só peça, permitindo aspersão ou imersão. Será uma piscina com uma fonte e um longo banco fixo nas quatro paredes para que todos envolvam o Mistério da Iniciação Cristã. Quando estiver na entrada da nave, permitirá que todos os fiéis se persignem ao entrar nesse espaço sagrado. À volta interna do batistério, nas paredes, no teto ou na peça em si, poderá existir a catequese catecumenal (os evangelhos quaresmais e até o Antigo Testamento) em pinturas, baixos-relevos etc.”
  • 68. 67 6 NORMAS E LEGISLAÇÃO 6.1 Código de obras Como o projeto propõe a ampliação o seguinte projeto será que seguir leis regulamentadoras municipais como o código de obras e o plano diretor do município. Conforme o Código de Obras do município de Ouro Preto do Oeste- RO: “Art. 2º - Qualquer tipo de obra, ampliação ou reforma na área urbana ou rural de iniciativa pública ou privada, somente poderá ser executada após exame, aprovação do projeto, a concessão de Licença de Obras pela Prefeitura Municipal, de acordo com as exigências contidas neste código ou análises dos projetos quando se tratar de obra específica (exigências não contidas neste código) e mediante responsabilidade do profissional legalmente habilitado.” Que reformas serão especificadas conforme Código de Obras do município de Ouro Preto do Oeste- RO Art. 13 - No caso de reforma ou ampliação deverá ser indicado no projeto o que será demolido, construído, ou conservado, de acordo com as seguintes convenções de cores: I- Cor natural da cópia heliográfica para as partes existentes e a conservar. II-Cor amarela, para as partes a serem demolidas. III-Cor vermelha para as partes novas acrescidas. 6.2 NBR 9050 A NBR 9050 (2004) que estabelece os preceitos e proporções que devem ter os banheiros, portas, circulação, e ergonomia para que os ambientes sejam considerados acessíveis. Conforme a NBR 9050 (2004) no item 1.3.1 e 1.3.2: “Todos os espaços, edificações, mobiliários e equipamentos urbanos que vierem a ser projetados, construídos, montados ou implantados, bem como as reformas e ampliações de edificações e equipamentos urbanos, devem atender ao disposto nesta Norma para serem considerados acessíveis. Edificações e equipamentos urbanos que venham a ser reformados devem ser tornados acessíveis. Em reformas parciais, a parte reformada deve ser tornada acessível.”
  • 69. 68 6.3 NBR 13434 - Sinalização de Segurança Contra Incêndio e Pânico Como o santuário tem por nomeação por causa da quantidade de pessoas que passam todos os dias o perigo de acidentes é muito grande, a implantação de sinalização para segurança contra incêndio e pânico é muito necessária. Conforme a NBR 13434 (2004): “A sinalização de segurança contra incêndio e pânico tem como objetivo reduzir o risco de ocorrência de incêndio, alertando para os riscos existentes, e garantir que sejam adotadas ações adequadas à situação de risco, que orientem as ações de combate e facilitem a localização dos equipamentos e das rotas de saída para abandono seguro da edificação em caso de incêndio.” 6.4 NBR 6492 - Representação de projetos de arquitetura Designadamente, a NBR 6492 (1985) trata de "Representação de Projetos de Arquitetura". Esta norma fixa as condições para representação gráfica de projetos arquitetônicos, para que haja compreensão dos mesmos. É o que se espera apresentar nesta monografia para uma melhor compreensão do projeto em que se almeja realizar. Ela não abrange critérios de projeto, que são objeto de outras normas ou de legislação específicas de municípios ou estados. 6.5 NBR 13.531 - Elaboração de projetos de edificações Esta Norma fixa as condições exigíveis para a elaboração de projetos de arquitetura para a construção de edificações. “1.2 Esta Norma é aplicável a todas as classes (ou categorias) tipológicas funcionais das edificações (ou de quaisquer ambientes construídos ou artificiais). Exemplos: habitacional, educacional, cultural, religiosa, comercial, industrial, administrativa, esportiva, de saúde, de lazer, de comunicação, de transporte, de abastecimento e de segurança. 1.3 Esta Norma é aplicável a todas as classes (ou categorias) tipológicas formais das edificações (ou de quaisquer ambientes construídos ou artificiais). Exemplos: isoladas, geminadas, superpostas, torres, pavilhões, cobertas e descobertas. 1.4 Esta Norma é aplicável aos serviços técnicos de obras, conforme as classes (ou categorias) de intervenções correntes para: ...
  • 70. 69 b) edificações existentes; ampliação; redução; modificação: remanejamento; revitalização; reciclagem; reconversão; recuperação: reforma; preservação; conservação; reparação; restauração.” 6.6 Estudos da CNBB Nº 106 – Orientações para projeto e Construção de Igrejas e disposição do Espaço Celebrativo Este documento escrito pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e tem por finalidade conscientizar as comunidades da necessidade de templos projetados. “104. Quando a comunidade propõe-se a construir o seu espaço celebrativo, é necessário contratar profissionais habilitados para a elaboração do projeto e execução da obra, preferencialmente com formação na área de concepção do espaço litúrgico. 105. Esses profissionais devem ter como ponto de partida as questões litúrgicas-funcionais já apresentadas nos capítulos anteriores e que se fundamentam nos documentos da Igreja. Devem também estar atentos à legislação civil vigente, tais como: Código de Obras e Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) Municipais, Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio (PPCI), Acessibilidade – NBR 9050, entre outros. Em vista da sustentabilidade, o projeto deve visar ao melhor aproveitamento dos recursos naturais, como por exemplo, ventilação, iluminação e captação de águas pluviais. Além disso, respeitar as características próprias de cada comunidade.”
  • 71. 70 7 PROPOSTA 7.1 Estudo de Caso Figura 54 - Vista aérea do Santuário Nª Sª Aparecida Disponível em: www.paroquiansaparecidaopo.com.br Concebido em seu formato de cruz grega, o Santuário de Nossa Senhora de Aparecida do município de Ouro Preto do Oeste, Rondônia, conta com uma estrutura para aproximadamente 500 pessoas. O formato supracitado tem a finalidade de fazer menção ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, localizado em Aparecida do Norte, São Paulo, porém com dimensões mais reduzidas. O Santuário está localizado na principal avenida da Cidade, a Avenida Daniel Comboni. Logo à frente da edificação existe uma praça administrada pela própria Igreja, atraindo pessoas da cidade inteira. Apesar de ser uma igreja consideravelmente grande, não possui a estrutura necessária para ser a Matriz da cidade. O local não dispõe de sanitários para os usuários, nem para o celebrante, é notável também a ausência de água potável para o consumo. A igreja não possui acessibilidade, o que impossibilita os usuários portadores de necessidades especiais e mobilidade reduzida de ter acesso ao interior
  • 72. 71 da igreja, pois a entrada é composta por escadas, sendo que não possui local prioritário para participar das celebrações. No presbitério não existe um local logo à frente do altar a fim de que o celebrante possa fazer sua homilia, ou para demais ocasiões que se façam necessário, como por exemplo a celebração de um casamento. Figura 55 - Fachada Frontal Disponível em: www.paroquiansaparecidaopo.com.br Portanto, propõe-se a execução de uma nova edificação, para que dessa forma atenda a todas as necessidades dos fiéis, e da população em geral, oferecendo um maior conforto e agregando na paisagem da cidade. Figura 56 - Planta Baixa Fonte: Imagem digitalizada pelo autor
  • 73. 72 7.2 Partido Arquitetônico Baseando-se nos dados levantados e observações realizados no entorno do Santuário, foram observados questões pertinentes a localização geográfica do terreno na cidade, a topografia, o clima, a orientação solar, os sentido dos ventos, entre outros, foi possível concluir o projeto, tendo como partido arquitetônico o aproveitamento do desnível do terreno, onde o mesmo será aproveitado para a colocação dos bancos, evitando assim a grande quantidade de deslocamento de terra para realizar tal obra. A volumetria da edificação teve como inspiração uma concha, gerando uma espécie de “meia-lua” onde irá proporcionar que os bancos fiquem dispostos no entorno do presbitério, passando a sensação de viver em comunidade, onde todos estão em volta do centro da celebração eucarística que é o próprio Cristo. 7.3 Fachada A concepção da fachada teve como inspiração a padroeira do Santuário (Nossa Senhora Aparecida), sendo utilizado linhas retas em formato triangular, as mesmas presentes na imagem da santa, preservando as características principais, como a cruz presente no topo da coroa, e a próprio coroa que traz a ideia de santidade, que fora representada com uma rosácea, trazendo um elemento do passado das edificações para uma obra atual. Utilizando ainda de vitrais para formar um grande mosaico de cores em um vão da edificação, onde proporcionará a entrada de luz pela parte da manhã, por estar localizada a sudoeste. As entradas principais são disponibilizadas pela fachada principal, sendo dispostas de uma forma que o acesso ao santuário não atrapalhe o fluxo de seiscentas pessoas, capacidade total da construção. Além disso, direcionou-se uma nova entrada aos fundos da edificação, esta pensando em cerimônias que possam exigir o acesso de maneira tradicional.
  • 74. 73 Figura 57 - Fachada com Vitrais Fonte: Autor 7.4 Esquadrias Para preservar as características históricas da Igreja Católica e agregar valor à estética da edificação, propõe-se a utilização de janelas constituídas por vitrais coloridos, decorar o ambiente tem como um de seus principais objetos o de evangelizar aquele que o observa. Os pedaços de vidro coloridos vão proporcionar uma redução na incidência de luz dentro do ambiente interno do Santuário, levando em consideração que boa parte da fachada é constituída por um vitral, formando um mosaico gigante. Para parte interna do ambiente propõe-se a utilização de portas em MDF. 7.4.1 Estrutura dos vitrais 7.4.1.1 Alumínio: A estrutura dos vitrais será feita de alumínio que é mais durável e se bem fabricada proporciona vários benefícios, dentre eles, por ter um peso próprio baixo, é um ótimo material para estruturas, obtendo vantagem na fabricação, transporte a
  • 75. 74 montagem. O uso do alumínio em perfis estruturais pode trazer uma estrutura metálica mais econômica, além da grande resistência a corrosão ambiental. 7.4.2 Vedação dos vitrais Deve-se tomar cuidado ao instalar os vitrais, pois uma vedação adequada irá permitir-lhes uma grande durabilidade aos vitrais, a melhor opção é o silicone. É importante também não fixar os vitrais com Massa de Vidro, pois a mesma com o tempo se resseca e no futuro caso os vitrais precisem de manutenção, a massa irá dificultar a remoção e até mesmo facilitar a danificação dos mesmos. 7.4.3 Vitral tipo tradicional Vitrais executados com vidro colorido importado e liga de estanho e chumbo. Os vitrais serão feitos de modo tradicional com perfis de chumbo tipo canaleta H e U, este perfil já vem pronto e é usado a séculos. Nesse caso os perfis também são importados pois não há fabricação desse perfil com qualidade aqui no Brasil. 7.5 Cobertura Para a cobertura do Santuário propõe-se a utilização de isotelha EPS (Poliestireno Expandido), devido seu poder de atuar como isolante térmico, proporcionando uma economia no sistema de climatização economizando também nos gastos com energia elétrica, ela ainda oferece uma maior durabilidade, não necessita de forro (a telha possui seu próprio forro “embutido”), e ainda, uma maior economia com a estrutura de sustentação do telhado. A cobertura da Santa será feita em estrutura metálica e revestida em Placas de ACM, composto de duas chapas constituídas por alumínio e unidas por uma camada de polietileno.
  • 76. 75 Figura 58 - Isotelha EPS Fonte:http://www.aecweb.com.br/cls/anuncios/pes_18820/isotelha-EPS-1-gran.jpg 7.6 Piso Propõe-se o uso de porcelanato 54x54 Extra Quartzo Brilhante Retificado em toda sua extensão interna. PEI 4, são indicados para pisos de áreas internas de alto trafego. Figura 59 - Extra Quartzo Brilhante Fonte: http://www.casashow.com.br/ 7.7 Iluminação O interior do hall de entrada é inundado pela luz natural que atravessa os painéis de vidro entremeados pelo vigamento de concreto, se espalha em todo o espaço, o que provoca um deslumbramento iluminando seu interior. Também serão aplicadas na nave da igreja: focos de luz direta associada com luz difusa nos pontos de atenção; nível recomendado de luz e uniformidade no plano de trabalho, tetos e elementos arquitetônicos como complemento na iluminação geral.