O documento discute a importância do dízimo para os fiéis, ensinando a agradecer a Deus, devolver parte do que recebemos, e contribuir para a comunidade eclesiástica.
O Dízimo e suas dimensões religiosa, social e missionária
1. Pastoral do
Dízimo
“Todos os fiéis viviam unidos e tinham
tudo em comum. Vendiam as suas
propriedades e os seus bens e dividiam-
nos por todos, segundo a necessidade de
cada um” (At 2,44-45)
2. Nossas Reais Motivações
1. Com o Dízimo, aprendemos a
AGRADECER a Deus e ao próximo.
• Ao contribuir com o dízimo, saímos de
nós mesmos e reconhecemos que
pertencemos tanto à comunidade divina
quanto à humana.
3. 2. Com o DÍZIMO aprendemos a
DEVOLVER a DEUS um pouco do que
dele recebemos.
• Sem Ele nada seríamos, nem mesmo
existiríamos. Dependemos dele
porque, por Ele fomos feitos e para Ele
retornaremos.
• Ao contribuir com o Dízimo, expressamos
a nossa convicção de que tudo pertence
a Ele.
4. 3. Com o DÍZIMO aprendemos a CONTRIBUIR
para com a comunidade da qual fazemos
parte e pela qual somos co-responsáveis.
• O Dízimo confirma e aprofunda o senso de
pertença à Igreja, fazendo com que o dizimista
sinta-se realmente “Igreja” e não um estranho
ou convidado e desta forma contribui para
que a Igreja cumpra com a missão que Jesus a
ela confiou: a evangelização!
5. 4. Com o DÍZIMO aprendemos a CULTUAR a
DEUS em comunidade, adquirindo e
investindo em tudo o que nos leva à oração
em comum e à evangelização.
• Descobrimos que, como membros da
Igreja, somos responsáveis juntos pela
Igreja/construção, pelo material
litúrgico, pelas diversas salas e salões. Ao
contribuir com o dízimo nós assumimos, de
fato, a Igreja como um todo, inclusive na parte
material e participamos da missão de Jesus.
6. 5. Com o DÍZIMO aprendemos a PARTILHAR
com o próximo, especialmente o
empobrecido e o marginalizado, parte do que
temos
• Ao estender a mão a alguém, é a comunidade
toda que o faz. A soma das diversas
contribuições se misturam e igualmente
participam do socorro aos necessitados, pela
assistência e promoção aos necessitados e o
dizimista, alegra-se ao partilhar, por meio da
comunidade a sua oferta, com aqueles que
são mais pobres do que ele.
7. 6. Com o DÍZIMO aprendemos a EVANGELIZAR
em comunidade, tanto na própria como em
outras, além das nossas fronteiras.
• Porque somos discípulos missionários de
Jesus, temos de vencer o comodismo e ir ao
encontro do outro, repartindo com ele a
alegria de ser cristão. Ao contribuir com o
dízimo, estamos exercendo a nossa
missionariedade, inclusive quando auxiliamos
missionários que não conhecemos.
8. 7. Com o DÍZIMO aprendemos a INVESTIR na
ação evangelizadora da Igreja por meio das
dimensões religiosa, social e missionária.
• Ao contribuir com o dízimo, o dizimista prova
que acredita na Igreja e em sua missão e que
assume com os demais irmãos e irmãs na fé a
sustentação da obra de Deus.
9. 8. Com o DÍZIMO aprendemos a
CONFRATERNIZAR tomando consciência de
que todos, sem exceção, têm direito a uma
vida digna.
• Sendo a humanidade uma só família, e a Terra
a nossa casa comum, é necessário que
aprendamos a fazer do dízimo um meio
privilegiado de catequizar a todos quanto à
urgência de partilhar.
• Ser dizimista é ter consciência de que a fé é
caminho seguro para a construção de um
mundo justo e humano.
10. 9. Com o DÍZIMO aprendemos a ENTESOURAR
grandes riquezas diante de Deus. Com a
morte, o que é do mundo fica no mundo.
• Não levamos nada de material conosco. Ao
chegarmos junto de Deus, teremos
conosco, para entregar a Ele, o bem que
tivermos praticado, e só! Ao usar os bens
deste mundo, somos chamados a usá-los
sempre para promover uma sociedade justa e
fraterna.
11. 10. Com o DÍZIMO aprendemos a AMAR a DEUS
e ao outro!.
• A DEUS porque devolvemos a Ele um pouco do
muito que Ele nos dá e ao outro porque
partilhamos com a comunidade os bens que
possuímos. Ao contribuir com o
dízimo, descobrimos a alegria de servir !
• O dizimista fiel, consciente e generoso é feliz
porque aprendeu a amar de todo o
coração, inclusive repartindo o que possui.
Optar pelo dízimo, é entrar na escola do
amor, a escola de JESUS!
12. Fundamentos
• 1. O dízimo bíblico é apenas uma das formas
de uma realidade que aparece de outras
maneiras. O homem oferece à divindade parte
dos bens de que dispõe.
• Dízimo, Primícias, Tributos
religiosos, Sacrifícios, Votos e promessas.
• O que estas formas tem em comum é que o
homem religioso se desfaz de algum bem seu
para dá-lo à divindade.
13. • A atitude com que o homem pratica esse
gesto, pode ser bastante diferente, conforme
se trate dum homem mais primitivo ou mais
evoluído religiosamente.
• Amor, Temor, Esclarecida, Mágica, Supersticios
a.
• O homem religioso sempre deseja ter um
intercâmbio com a divindade, e entre vários
gestos com que exprime seu desejo temos
também sempre este de oferecer à divindade
algum bem material.
14. Expressões Bíblicas
• O sentimento de que o homem depende
materialmente de Deus está presente desde a
primeira página da bíblia.
• O homem é criado fora do paraíso e
transportado para dentro dele por Deus, para
o cultivar e guardar (1,8-15);
• Podia usar de tudo, mas uma parte era
reservada para Deus (1,16s; cf.3,5.22);
• O homem cultiva e zela dos bens de
Deus, porém, deve deixar uma parte desses
bens reservada para Deus.
15. Novo Testamento
• No NT, de modo geral podemos notar:
a) Uma certa polêmica contra os exageros de
praxe do dízimo mosaico como então
concebido;
b) Consciência de que todos os cristãos devem
dar uma contribuição material.
16. • Jesus não desautoriza o dízimo da lei
mosaica, em si; exige que se cumpram os
postulados básicos:
Justiça, Misericórdia, Amor.
• Também do dízimo mosaico os cristãos estão
desobrigados pois já não estão sob o regime
disciplinar da Antiga Lei. De fato a Igreja
primitiva não praticou antigo dízimo.
• Mas temos no NT mais que suficientes
testemunhos de atitudes de que o cristão
deve dar a sua contribuição material para as
necessidades da comunidade religiosa e do
ministério da Igreja.
17. • Lc 10,7 – ao enviar os discípulos em atividade
apostólica Jesus diz que eles têm o direito de
serem sustentados por aqueles a quem
anunciam o Reino;
• At 5,1ss – retratam uma comunidade
primitiva, vivendo em comunidade de
bens, livremente;
• 2Cor 8,1-9.15 – Paulo organiza uma grande
coleta em favor da comunidade-mãe de
Jerusalém;
18. • Gl 6,6 – o catecúmeno reparta todos os seus
bens com aquele que o catequiza;
• Fl 4,10-18 – dá pessoalmente luminoso
exemplo mas, conforme as
circunstâncias, aceita auxílios e sempre
claramente afirma o princípio deixado pelo
Senhor, de que viva do Evangelho quem se
dedica ao mesmo.
19. Um pouco de História
• No Brasil o Estado cobrava o dízimo como um
imposto e repassava parte para a Igreja. Isso
durou até a proclamação da República em
1889. Nessa ocasião a Igreja separou-se do
Estado e o Padroado, ou seja, o regime de
sustentação da Igreja e do clero pelo Estado
através do dízimo cobrado como imposto, foi
eliminado.
20. • Com o fim do Padroado, a Igreja improvisou logo
uma maneira para sobreviver: cobrar taxas pelos
serviços religiosos, que perdura até hoje. O que
foi criado para resolver uma emergência já dura
mais de 100 anos.
• É tempo de voltarmos à prática do dízimo, como
forma de fidelidade a Deus e à sua Igreja.
• A opção pelo dízimo, deve ser a principal fonte de
receita de cada paróquia
21. Diferença entre Dízimo e Ofertas
• Dízimo é a contribuição voluntária, regular e
proporcional aos ganhos de cada um com a
qual o cristão participa das responsabilidades
de manter as atividades de sua comunidade
de Fé. Reflete no gesto concreto de partilha, o
vínculo que o fiel tem com a sua comunidade.
22. Dimensões do Dízimo
• Dimensão religiosa: despesas com o
culto, com o sacerdote, com o templo;
• Dimensão social: ajuda aos mais necessitados;
• Dimensão missionária: despesas com a
Evangelização fora dos limites da comunidade.
Ajuda a outras paróquias e
comunidades, obras missionárias.
23. Ofertas
• São os donativos entregues durante o
ofertório da missa. Está vinculado à liturgia.
No ofertório apresentamos os dons do pão e
do vinho que serão consagrados e tornados
Corpo e Sangue do Senhor. Mesmo quando
não temos nenhum valor para ofertar, ainda
assim devíamos nos aproximar do altar e fazer
a oferta da nossa vida a Deus.
24. Qual o tamanho da nossa
generosidade?
• Os Bispos do Brasil orientam para uma
contribuição segundo a generosidade de cada
pessoa. Ou seja, a pessoa é conscientizada e
convidada a ser generosa. Não há um valor
fixo. A quantia depende exclusivamente da
opção de cada católico, de cada um. A opção é
individual.
• Nem é o muito que nos deixe pobres, nem é o
pouco que nos torne mesquinhos.
25. A nota de 2 Reais
• Lá estava a nota de 100 reais ao lado uma
nota de 2 reais, em um cofre do Banco do
Brasil.
26. • Enquanto estavam lá, a nota de 2 reais falou
para a nota de 100 reais:
- Ei! cara, por onde tu tens andado? Faz
tempo que eu não te vejo
A nota de 100 reais respondeu:
- Cara, eu tenho aproveitado bastante! Viajei
para países distantes, indo aos restaurantes
mais finos, aos maiores e melhores
cassinos, numerosas butiques, e em todos os
grandes shoppings do país.
27. • Após descrever as suas andanças, a nota de
100 reais perguntou para a nota de 2 R$:
- E quanto a você? Por onde tem andado?
A nota de 2 reais respondeu:
- Ah! Tu nem sabe, agora eu me converti; só
vivo na Igreja.
Espantada a nota de 100 reais perguntou:
- E o que é uma Igreja?