O documento discute a conservação e armazenamento de vacinas. É fundamental manter as vacinas entre 2°C e 8°C desde a produção até o uso para garantir sua qualidade. Existem diferentes tipos de vacinas que requerem temperaturas específicas de armazenamento. A rede de frio é responsável por armazenar e transportar as vacinas nas condições adequadas de temperatura em todos os níveis do sistema de saúde.
1. Introdução
Conservação é fundamental para
garantir a qualidade da vacina
desde a produção até o momento
da utilização
2. • Inativadas:
Vacina tríplice bacteriana(contra difteria,tétano e coqueluche);
Vacina dupla bacteriana(contra difteria e tétano);
Vacina contra hepatite A;
Vacina contra hepatite B;
Vacina combinada contra hepatite A e B;
Vacina contra HAEMOPHILUS INFLUENZAE;
Vacina contra doença meningocócica;
Vacina contra a doença pneumocócica;
Vacina injetável contra poliomielite(elPV);
Vacina injetável contra a gripe contra HPV;
3. • Vivas atenuadas
Vacina oral contra poliomielite (Sabin);
Tríplice viral(contra sarampo/rubéola/caxumba);
Vacina contra varicela;
Vacina contra a febre amarela;
Vacina contra formas graves de tuberculose(BCG);
Vacina contra o rotavírus;
4. • Adjuvantes
Imunopotencializador adicionado á vacina para elevar a resposta
imunobiologica,exemplo, o alumínio.
• Conservantes
Antibióticos,exemplo,gentamicina e neomicina.
5. Apresentação
• Vacinas líquidas
Quando devidamente conservadas mantém sua potência até a data de
validade,independente do manuseio;
• Vacinas liofilizadas
Devem ser reconstituídas antes do uso.Estes produtos vem acompanhados de seu
respectivo diluente,não podendo ser trocado ou substituído por outro.
6. Termoestabilidade dos
imunobiologicos
A termoestabilidade dos imunobiologicos varia de acordo com as características de
cada produto.
• Vacina inativada:Tolerância á elevação de temperatura;
• Vacinas vivas:Sensíveis á elevação da temperatura;
Recomenda-se que no serviço de vacinação,os imunobiologicos
sejam mantidos em temperatura,entre +2°C e +8°C.
7. Conservação dos imunobiologicos
• Rede de Frio
Rede de frio é o sistema de conservação dos imunobiológicos, onde se inclui o armazenamento, o transporte
e a manipulação destes produtos em condições adequadas de refrigeração, desde o laboratório produtor até o
momento em que os mesmos são administrados.
O manuseio inadequado, um equipamento com defeito, ou a falta de energia elétrica, interrompem o processo
de refrigeração, comprometendo a potência dos imunobiológicos.
Na rede de frio identificam-se, basicamente, cinco instâncias: a nacional, a central-estadual, a regional, a
municipal e a local (figura II-6). Em cada uma das instâncias deve existir instalações e equipamentos adequados
para o armazenamento dos produtos, bem como para o transporte de uma esfera à outra.
Instância nacional e central estadual
Na instância nacional e central-estadual são instaladas câmaras frias com compartimentos separados para
conservar os imunobiológicos a -20ºC e entre +2ºC e +8ºC.
No compartimento a -20ºC ficam as vacinas que podem ser submetidas a congelamento. No compartimento
com temperatura entre +2ºC e +8ºC ficam os imunobiológicos que não podem ser submetidos a congelamento.
Na instância central-estadual, além das câmaras frias, usam-se, também, freezers para as vacinas que devem
ser congeladas (-20ºC) e geladeiras tipo comercial (modelo de 4, 6 ou 8 portas) para os produtos que são
conservados
entre +2ºC e +8ºC.
Instância regional e municipal
Nas instâncias regional e municipal, os imunobiológicos são conservados em câmaras frias ou em freezers (-
20ºC) e em refrigeradores (+2ºC a +8ºC), conforme a temperatura indicada para cada produto. Nessas
instâncias,
a instalação da câmara fria e a quantidade de freezers e refrigeradores comerciais e domésticos, dependem do
volume a ser estocado, do tempo de armazenamento e da rotatividade dos produtos.
Instância local
Na instância local, ou seja, nos centros e postos de saúde, nos hospitais e nos ambulatórios, todos os produtos são
conservados entre +2ºC e +8ºC, em refrigeradores do tipo doméstico ou em caixas térmicas.
9. Para que as condições de conservação das vacinas e soros sejam adequadas, organizar e utilizar o
refrigerador de acordo com o seguinte:
• colocar na prateleira central (de modo geral na segunda prateleira) o termômetro de máxima e mínima, de
pé,
para evitar quebra na coluna de mercúrio;
• arrumar os imunobiológicos em bandejas plásticas perfuradas ou em porta-talher de plástico adaptado;
• colocar as bandejas com imunobiológicos nas prateleiras, da seguinte maneira:
- na primeira prateleira as vacinas virais que podem ser congeladas;
- na segunda prateleira as vacinas bacterianas, os soros e as vacinas virais que não podem ser congeladas;
- na terceira prateleira os diluentes;
• colocar também nas prateleiras os produtos que permanecem na embalagem original, distribuindo-os
conforme
indicado no tópico anterior;
• retirar a gaveta plástica, caso exista e, em seu lugar, colocar garrafas com água;
• conservar no congelador gelo reciclável ou gelo em saco plástico ou em recipiente plástico tampado, para
manter por mais tempo a temperatura interna do refrigerador;
• manter as prateleiras limpas e organizadas, retirando os vidros e as caixas vazias;
• colocar na frente os produtos com prazo de validade mais próximo do vencimento, para que sejam
utilizados primeiro.
10. Procedimentos básicos na utilização de termômetros
Em todas as instâncias da rede de frio, o controle da temperatura é feito mediante a verificação de termômetros.
Na sala de vacinação, nos postos de vacinação fixos e volantes, por ocasião de campanhas, intensificações e
bloqueios,
bem como no transporte, os imunobiológicos devem ficar entre +2ºC e +8ºC, que é a temperatura a ser mantida no
interior do refrigerador e de caixas térmicas. Para verificar e controlar a temperatura utilizam-se os seguintes
termômetros:
• de máxima e mínima;
• linear; e
• de cabo extensor.
A temperatura dos equipamentos é verificada, pelo menos, duas vezes: no início e no final do dia de trabalho. Em
cada verificação, a temperatura lida no termômetro é registrada no formulário de Controle de Temperatura
ou em outro impresso específico.
Termômetro de máxima e mínima
O termômetro de máxima e mínima (figura II-8) permite verificar as variações de temperatura, num período de
tempo preestabelecido, oferecendo três tipos de informação: a temperatura mínima (mais fria), a temperatura
máxima
(mais quente) e a temperatura do momento:
• a temperatura mínima está indicada no nível inferior do filete azul na coluna da esquerda;
• a temperatura máxima está indicada no nível inferior do filete azul na coluna da direita;
11. Termômetro de máxima e mínima
Observações:
• Ao verificar qualquer alteração, como, por exemplo, temperatura máxima acima do limite ou temperatura mínima
abaixo da
recomendada, registrar no formulário para Controle de Temperatura, no espaço “falha”, a hora da ocorrência, a
temperatura atingida e os
dias que o equipamento ficou parado. No espaço “observações” registrar outras informações sobre o fato.
• Comunicar o fato, o mais rápido possível, à instância imediatamente superior da rede de frio.
Após a leitura e registro das temperaturas, preparar o termômetro para reiniciar o processo de medição no
próximo período. Para isso, pressionar o botão central, ou passar o ímã, a fim de anular as temperaturas máxima e
mínima. Os dois filetes azuis devem ficar encostados nas colunas de mercúrio.
Muitas vezes, durante o transporte, ou devido ao uso inadequado ou forçado, a coluna de mercúrio pode ficar
interrompida, sendo necessário, em primeiro lugar, afastar os filetes azuis de mercúrio para restabelecer a continuidade
da coluna. Em seguida, “sacudir” o termômetro da mesma forma como se faz com o termômetro clínico.
O termômetro de máxima e mínima é mantido sempre na posição vertical:
• no transporte, quando ainda na embalagem original, envolvido em palha ou papel picado;
• no estoque, quando ainda na embalagem; e
• dentro do refrigerador, pendurado na prateleira central, afixado com barbante, arame ou outro material.
12. Termômetro Linear
Observação:
• O termômetro linear não deve ser usado no refrigerador pois registra somente a
temperatura do momento, o que impede a detecção
de variações na conservação dos imunobiológicos.
13. Termômetro de cabo extensor
O termômetro de cabo extensor é utilizado para verificar a temperatura da caixa térmica:
• usada na conservação dos imunobiológicos previstos para o dia de trabalho na sala de
vacinação;
• utilizada para conservar vacinas e soros por ocasião da limpeza do refrigerador;
• utilizada para a conservação dos imunobiológicos durante o transporte.
O termômetro de cabo extensor é formado por um termômetro tipo linear ligado a um fio
metálico, em cuja
extremidade encontra-se um cilindro, também de metal, chamado sensor. O sensor é introduzido
entre as vacinas e a
outra parte, com o visor do termômetro, é afixada sobre a tampa da caixa.
Para verificar a temperatura, observar a coluna de mercúrio, de forma semelhante à leitura feita
no termômetro
clínico. No visor do termômetro a coluna de mercúrio indica a variação da temperatura em graus
centígrados.
14. Procedimentos básicos na utilização de caixas térmicas
A caixa térmica é utilizada para conservação dos imunobiológicos em diversas
atividades:
• na sala de vacinação para conservar os imunobiológicos previstos para o dia
de trabalho;
• em situações de emergência, quando o corte de energia elétrica ultrapassa o
prazo de quatro a seis horas;
• no transporte de imunobiológicos de uma instância da rede de frio para outro,
ou para remanejamento entre
um serviço e outro;
na vacinação extramuros em campanhas, intensificações e bloqueios.
Ao utilizar a caixa térmica é importante:
• escolher o tamanho adequado de acordo com a finalidade para a qual será utilizada;
• dispor de gelo reciclável ou gelo em sacos plásticos em quantidade suficiente;
• acondicionar em caixas térmicas independentes os imunobiológicos que podem ser
congelados e os que não podem.
15. Organização da caixa térmica
• Colocar gelo reciclável no fundo da caixa
térmica