Rotinas de atendimento odontológico em pacientes especiais com deficiência intelectual
1. Rotinas de Atendimento
Odontológico em Pacientes
Especiais com Deficiência Intelectual
Orientador: Prof. Dr. Vitorio Bonacin
Marcelo Eidi Cho
Priscila Alves Teixeira
2. INTRODUÇÃO
• O paciente especial:
Gullikson (1973): não pode receber educação regular por
se desviarem intelectual, física, social ou emocional em
relação aos padrões.
Elias (1995): necessita de atenção particular e abordagens
específicas.
OMS (1996): pacientes com deficiência intelectual de
acordo com o grau de comprometimento requer ou não
atenção hospitalar.
Abreu (2009): aquele que apresenta uma condição que o
faça necessitar de atenção diferenciada.
3. INTRODUÇÃO
• O portador de deficiência intelectual:
– Dividido em 3 grupos: leve, moderada e profunda.
Leve: instabilidade emocional, mas pode ser condicionado
para ajustar os comportamentos.
Moderada: pode se tornar um semi dependente através de
uma estreita supervisão.
Profunda: capacidade mínima de funcionamento sensório-
motor, dependência de um ambiente totalmente
estruturado e supervisão contínua.
(Fourniol, 1998)
4. INTRODUÇÃO
• O portador de deficiência intelectual:
Fourniol (1998): perdem seus dentes precocemente por
apresentarem doenças não tratadas por negligência.
Glassman (2003): apresentam maior prevalência de
problemas dentais e dentes perdidos, devido a
precariedade da higiene e maior dificuldade em receber
tratamento.
5. TRATAMENTO
• Deve ser iniciado precocemente, assim que a
condição sistêmica for avaliada (Cançado Figueiredo,
2008)
• Tentar promover a participação do paciente através
da demonstração e educação. Se o paciente for
incapaz, envolver um cuidador para monitoramento
da saúde bucal. (Waldman, 2012)
6. TRATAMENTO
• O portador de deficiência intelectual na clínica:
Toledo (1986): podem apresentar algumas dificuldades no
manejo e no tratamento odontológico.
Dougherty (2009): muitos podem ser tratados com
acomodações especiais mínimas, alguns necessitam de
técnicas de gerenciamento como dessensibilização,
medicamentos, imobilização, sedação e anestesia geral.
CRO (2010): planejamento não se baseia somente no
aspecto odontológico, mas no comportamento e
colaboração do paciente.
7. TRATAMENTO
• Dificuldades:
Específicas: motoras, falta de comunicação, hiper ou
hipomotricidade muscular, sialorréia, macroglossia,
microdontia, microtomia.
Inespecíficas: falta de profissionais habilitados, barreiras
arquitetônicas, discriminação com o paciente, falta de
compreensão da família do paciente em relação a
importância do tratamento odontológico.
(Duailibi e Duailibi, 1998)
8. CONTENÇÃO FÍSICA
Tillis (1993): desde uso de abridores de boca até a
restrição de movimento
Contenção ativa: feita pelos pais, acompanhantes ou auxiliar.
Contenção passiva: bloco de mordida, pacote pediátrico ou
papoose board.
10. TRATAMENTO
• Contenção física:
Através de dispositivos apropriados para este
fim, impedindo a movimentação involuntária.
(HADDAD, 2009)
Indicado para pacientes com movimentos involuntários
constantes e desordens que impeçam seu posicionamento
na cadeira, e os não
colaboradores, agitados, agressivos, onde não há indicação
de anestesia geral. (Elias, 2007)
11. CONTENÇÃO FÍSICA
Marega (2005): formas de contenção física
Corpo – embrulho pediátrico com lençol, lençol e faixas
em napa e velcron, lençol e ataduras em crepe, kit
estabilizador, holding therapy (terapia do abraço), pais
e/ou auxiliar.
12. CONTENÇÃO FÍSICA
Marega (2005): formas de contenção física
Extremidades: lençol e ataduras, braceletes rígidos
envolvidos com espuma e velcron nos cotovelos e
joelhos, pais e/ou auxiliar.
13. CONTENÇÃO FÍSICA
Marega (2005): formas de contenção física
Cabeça: apoio de cabeça, travesseiro centralizador, pais
e/ou auxiliar
14. CONTENÇÃO FÍSICA
Marega (2005): formas de contenção física
Abertura bucal: dedal em PVC, abridores de boca de
madeira, metal ou borracha, abridor de boca metálico
MOLT, abridor de boca whitehead, blocos de mordida em
borracha colocados entre as arcadas.
15. CONTENÇÃO FÍSICA
• A equipe deve ser treinada para a realização de uma
contenção coordenada, calma e segura.
• O paciente deve ser observado continuamente pela
equipe durante o tratamento
• O objetivo deve ser de provocar um relaxamento do
paciente.
(CRO – DF 2010)
16. TRATAMENTO
• Contenção química:
Deve ser feito quando são esgotadas as possibilidades não
farmacológicas
Possibilidade de uso de drogas, sedação consciente.
Mantem o paciente em um estado mínimo de depressão
Aumenta o limiar da dor, melhorando a tolerância
Pacientes que apresentam medo, ansiedade, imaturidade
e hiperatividade, com reflexo de ânsia, e que não foi
possível condicionamento ou contenção física.
Silva (2009)
17. CONTENÇÃO QUÍMICA
o Sedação consciente:
• Foi possibilitada ao cirurgião dentista a partir da
Resolução CFO 51/04. (CFO 2004)
• A sedação consciente é o procedimento de escolha
na maioria dos tratamentos.
• Pode ser utilizado vários tipos de drogas, entre eles o
óxido nitroso, hidrato de cloral e os
benzodiazepínicos. (Menezes, 2010)
18. CONTENÇÃO QUÍMICA
o Sedação consciente:
• Via inalatória com mistura de óxido nitroso e
oxigênio.
• A concentração máxima não pode passar 70% de
óxido nitroso para 30% de oxigênio.
• A utilização de óxido nitroso com outro sedativo
pode causar uma mudança de sedação consciente
para sedação profunda de difícil controle.
19. CONTENÇÃO QUÍMICA
o Sedação consciente:
• Benzodiazepínicos são as drogas mais utilizadas.
• Os mais empregados na odontologia são:
diazepam, lorazepam, alprazolam, midazolam e
triazolam.
• A sedação consciente via endovenosa não é
permitida no consultório odontológico.
(Silva, 2009)
20. CONTENÇÃO QUÍMICA
o Anestesia geral:
• Pode ser realizada apenas por médicos anestesistas em
ambiente hospitalar. (CFM, 1978)
• Indicado para tratamento de pacientes especiais com severas
restrições físicas e mentais, necessidades de tratamentos
acumulados em portadores de doenças sistêmicas. (American
Academy of Pediatric Dentistry, 2004)
• A realização do tratamento sob anestesia geral, quando bem
indicada apresenta resultados bastante satisfatórios.
(Modesto, 1991)
21. CONCLUSÃO
• O paciente especial requer um atendimento
diferenciado, com muita atenção e preparo do
profissional.
• Além das limitações dos pacientes, existem
dificuldades como a discriminação, falta de
profissionais habilitados e acessibilidade que devem
ser solucionados.
• É preciso saber identificar os graus de deficiência, as
necessidades especiais e estar preparado para as
possíveis complicações que podem ocorrem.
Editor's Notes
Elias.... Por um período de tempo ou indefinidamente
Haddad…. Não deve ser interpretado como punição e sim como medida auxiliar para o tratamento ser realizado com segurançaElias... Exemplo de paciente... Paralisia cerebral...
sedação consciente é o termo empregado para descrever o estado controlado de diminuição da consciência que permitam a manutenção de reflexos protetores, deglutição e tosse.Hidrato de cloral – sedativo e hipnótico
Sedação via endovenosa devem ser administradas em hospitais.
Sedação via endovenosa devem ser administradas em hospitais.