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SER CRIANÇA EM ITUMBIARA
Celso Antunes (2014)
Atribui-se a genialidade de Albert Einstein a afirmação de que o engenho mais
extraordinário ainda não inventado pelo Homem seria uma “máquina de desinventar”.
Isto é, um aparelho capaz de apagar de maneira definitiva da memória humana
qualquer outra invenção que se provasse destrutiva e perversa. Com esse engenho se livraria
a humanidade para sempre desde a inutilidade do cigarro e o vício a que a ele escraviza, até
a bomba atômica, os mísseis balísticos, as guerras assim como as drogas entorpecentes e as
armas letais. Com o uso dessa eficiente máquina se apagaria das memórias humanas
inventos nocivos que tornam a paz uma utopia para sempre inalcançável. Creio que se esse
engenho chegasse um dia às minhas pobres mãos eu de imediato reformularia a geografia,
desinventando os países e assim apagando qualquer indício do doentio nacionalismo. Faria
da toda terra um imenso “Estado Mundial” e com onipresente Governo Único se promoveria
a paz e o amor integral, unindo pessoas de cores e tipos diferentes em sólida irmandade
onde ser desigual seria tal como a majestosa desigualdade das flores. Negros, brancos,
pardos, anões e gigantes teriam nessa singularidade sua beleza específica que surpreenderia
e encantaria a todos como a todos encanta flores brancas, amarelas, vermelhas ou azuis. O
Governo Único dividiria de maneira fraterna as fartas riqueza do planeta e assim não
haveria ricos ou pobres, feios ou bonitos, gente certa ou gente errada. Para animar a
uniformidade haveria, é claro, competições esportivas, mas a tristeza da derrota de alguns
seria amplamente superada ao perceber a alegria dos adversários, tal como em utópica
olimpíada onde primeiros e últimos se abraçam em gostosa confraternização final. Não seria
necessário ao Governo Mundial decretar paz e a felicidade, uma vez que a plena alegria de
se irmanar e viver compensaria antecipadamente a certeza de se saber quando era chegada a
hora de partir. As pessoas não seriam eternas, mas aprenderiam que toda bela viagem chega
ao final com as recordações felizes que se revive e se guarda para sempre.
Nesse Estado Mundial a plenitude gloriosa da vida se colocaria no desabrochar da
infância e na felicidade integral de se crescer aberto às fantasias, livre para curtir toda a
inocência e em amadurecer sem qualquer medo de viver. Seriam acolhidos em escolas
magníficas, verdadeiros palácios de sonhos, que em tempo integral inventariam jogos
animados, fazendo do encanto do aprender a surpresa do se transformar. Escolas ocupadas
por lindas professoras – pois para qualquer criança sua professora é sempre a criatura mais
linda do mundo – que ensinavam ciências nas hortas, matemática nos supermercados,
geografia e história nas ruas e nas praças e a linguagem universal na gostosa poesia de
descobrir palavras e inventar narrativas. Crianças que aprenderiam com sabor e bem
devagar o segredo do paladar, a sutileza do tato, o silêncio mágico do olfato e perceberiam
bem devagarzinho a diferença entre o ouvir e o escutar.
Ser criança nesse utópico e fantástico mundo sem fronteiras seria mais ou menos
como a felicidade de ser menino ou menina em Itumbiara e até imaginar que todos os outros
lugares desse país imenso seriam também emoldurados por escolas mágicas e milagrosas e
por algo tão infinito como o perene deslizar de um silencioso Paranaíba.
PERFIL/PAPEL DO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL
(Por Cintia Clemente, 2006)
O professor da Educação Integral deve apresentar postura de um educador inovador e
motivador, afinal, planeja sempre aulas práticas e lúdicas. O papel é de tutor, com formação
permanente, pois assume o papel de: pesquisador, gestor, formador, avaliador, motivador,
técnico, orientador, especialista em relações humanas.
Esse perfil facilita a interação com as famílias, pois com essa posição de orientador
de estudos e não de um fiscalizador ou corretor, é facilitada a comunicação global.
Paulo Freire, no livro Pedagogia da Autonomia – saberes necessários à prática educativa
destaca: “Quanto mais solidariedade exista entre o educador e educando no trato do espaço
pedagógico, mais possibilidades de aprendizagem democrática se abrem na escola”.
O gerenciamento depende de autonomia, competência e uma ação reflexiva contínua.
Substituindo assim, a postura autoritária e investindo na atitude de pesquisa, produtividade
crítica e criativa.
Todos os professores da série, na Educação Integral reúnem-se, trocando ideias
acerca dos conteúdos a serem fixados, sobre os alunos com maiores dificuldades e procuram
juntos meios de resolvê-los. Pensam juntos atividades integradas, diversificadas para os
alunos, intercaladas às aulas do núcleo comum.
A correspondência entre professores é o elemento essencial para estimular o
equilíbrio, a comunicação, a afetividade, a pesquisa, os conhecimentos.
Para esses professores cada aluno não é mais um número na sala de aula, mas um ser
humano complexo, com diferenças a serem respeitadas e com necessidades próprias.
Um dos pontos culminantes no trabalho realizado pelos professores é o diálogo, onde os
mesmos educam a emoção contribuindo para desenvolver segurança, tolerância,
solidariedade, perseverança, autoestima, capacidade de contemplação do belo, de perdoar,
de fazer amigos, de socializar.
É importante o aluno se sentir seguro e autoconfiante no ambiente escolar e em
relacionamento com seus colegas e educadores. Crianças e adolescentes, geralmente,
acreditam e aprendem mais com o curso dos acontecimentos, com as práticas e vivências:
práticas educativas e experimentadas. As necessidades do educando são respeitadas e
atendidas. A relação educador/educando é baseada no respeito, na reciprocidade e na
sinceridade. O diálogo constante produz a atuação coletiva e concreta do aluno.
As aulas são leves e criativas, os alunos não reclamam que as mesmas foram chatas
ou cansativas. Cada aula parece um grande acontecimento. O clima humano do nosso
relacionamento deve ser motivo de preocupação de todos na comunidade educativa.
O professor acompanha passo a passo os alunos que manifestarem risco de fracasso,
indigitar as razões e providenciar estratégias direcionadas para inverter esse quadro. Essas
estratégias envolveriam uma atenção especial aos alunos que revelam dificuldade de
aprender, especialmente de aprender a aprender; organização de atividades alternativas, que
possam recuperar a defasagem e refazer o ritmo e enfim, melhorar o desempenho.

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Mensagem Celso Antunes Itumbiara Go 2015

  • 1. SER CRIANÇA EM ITUMBIARA Celso Antunes (2014) Atribui-se a genialidade de Albert Einstein a afirmação de que o engenho mais extraordinário ainda não inventado pelo Homem seria uma “máquina de desinventar”. Isto é, um aparelho capaz de apagar de maneira definitiva da memória humana qualquer outra invenção que se provasse destrutiva e perversa. Com esse engenho se livraria a humanidade para sempre desde a inutilidade do cigarro e o vício a que a ele escraviza, até a bomba atômica, os mísseis balísticos, as guerras assim como as drogas entorpecentes e as armas letais. Com o uso dessa eficiente máquina se apagaria das memórias humanas inventos nocivos que tornam a paz uma utopia para sempre inalcançável. Creio que se esse engenho chegasse um dia às minhas pobres mãos eu de imediato reformularia a geografia, desinventando os países e assim apagando qualquer indício do doentio nacionalismo. Faria da toda terra um imenso “Estado Mundial” e com onipresente Governo Único se promoveria a paz e o amor integral, unindo pessoas de cores e tipos diferentes em sólida irmandade onde ser desigual seria tal como a majestosa desigualdade das flores. Negros, brancos, pardos, anões e gigantes teriam nessa singularidade sua beleza específica que surpreenderia e encantaria a todos como a todos encanta flores brancas, amarelas, vermelhas ou azuis. O Governo Único dividiria de maneira fraterna as fartas riqueza do planeta e assim não haveria ricos ou pobres, feios ou bonitos, gente certa ou gente errada. Para animar a uniformidade haveria, é claro, competições esportivas, mas a tristeza da derrota de alguns seria amplamente superada ao perceber a alegria dos adversários, tal como em utópica olimpíada onde primeiros e últimos se abraçam em gostosa confraternização final. Não seria necessário ao Governo Mundial decretar paz e a felicidade, uma vez que a plena alegria de se irmanar e viver compensaria antecipadamente a certeza de se saber quando era chegada a hora de partir. As pessoas não seriam eternas, mas aprenderiam que toda bela viagem chega ao final com as recordações felizes que se revive e se guarda para sempre. Nesse Estado Mundial a plenitude gloriosa da vida se colocaria no desabrochar da infância e na felicidade integral de se crescer aberto às fantasias, livre para curtir toda a inocência e em amadurecer sem qualquer medo de viver. Seriam acolhidos em escolas magníficas, verdadeiros palácios de sonhos, que em tempo integral inventariam jogos animados, fazendo do encanto do aprender a surpresa do se transformar. Escolas ocupadas por lindas professoras – pois para qualquer criança sua professora é sempre a criatura mais linda do mundo – que ensinavam ciências nas hortas, matemática nos supermercados, geografia e história nas ruas e nas praças e a linguagem universal na gostosa poesia de descobrir palavras e inventar narrativas. Crianças que aprenderiam com sabor e bem devagar o segredo do paladar, a sutileza do tato, o silêncio mágico do olfato e perceberiam bem devagarzinho a diferença entre o ouvir e o escutar. Ser criança nesse utópico e fantástico mundo sem fronteiras seria mais ou menos como a felicidade de ser menino ou menina em Itumbiara e até imaginar que todos os outros lugares desse país imenso seriam também emoldurados por escolas mágicas e milagrosas e por algo tão infinito como o perene deslizar de um silencioso Paranaíba. PERFIL/PAPEL DO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL
  • 2. (Por Cintia Clemente, 2006) O professor da Educação Integral deve apresentar postura de um educador inovador e motivador, afinal, planeja sempre aulas práticas e lúdicas. O papel é de tutor, com formação permanente, pois assume o papel de: pesquisador, gestor, formador, avaliador, motivador, técnico, orientador, especialista em relações humanas. Esse perfil facilita a interação com as famílias, pois com essa posição de orientador de estudos e não de um fiscalizador ou corretor, é facilitada a comunicação global. Paulo Freire, no livro Pedagogia da Autonomia – saberes necessários à prática educativa destaca: “Quanto mais solidariedade exista entre o educador e educando no trato do espaço pedagógico, mais possibilidades de aprendizagem democrática se abrem na escola”. O gerenciamento depende de autonomia, competência e uma ação reflexiva contínua. Substituindo assim, a postura autoritária e investindo na atitude de pesquisa, produtividade crítica e criativa. Todos os professores da série, na Educação Integral reúnem-se, trocando ideias acerca dos conteúdos a serem fixados, sobre os alunos com maiores dificuldades e procuram juntos meios de resolvê-los. Pensam juntos atividades integradas, diversificadas para os alunos, intercaladas às aulas do núcleo comum. A correspondência entre professores é o elemento essencial para estimular o equilíbrio, a comunicação, a afetividade, a pesquisa, os conhecimentos. Para esses professores cada aluno não é mais um número na sala de aula, mas um ser humano complexo, com diferenças a serem respeitadas e com necessidades próprias. Um dos pontos culminantes no trabalho realizado pelos professores é o diálogo, onde os mesmos educam a emoção contribuindo para desenvolver segurança, tolerância, solidariedade, perseverança, autoestima, capacidade de contemplação do belo, de perdoar, de fazer amigos, de socializar. É importante o aluno se sentir seguro e autoconfiante no ambiente escolar e em relacionamento com seus colegas e educadores. Crianças e adolescentes, geralmente, acreditam e aprendem mais com o curso dos acontecimentos, com as práticas e vivências: práticas educativas e experimentadas. As necessidades do educando são respeitadas e atendidas. A relação educador/educando é baseada no respeito, na reciprocidade e na sinceridade. O diálogo constante produz a atuação coletiva e concreta do aluno. As aulas são leves e criativas, os alunos não reclamam que as mesmas foram chatas ou cansativas. Cada aula parece um grande acontecimento. O clima humano do nosso relacionamento deve ser motivo de preocupação de todos na comunidade educativa. O professor acompanha passo a passo os alunos que manifestarem risco de fracasso, indigitar as razões e providenciar estratégias direcionadas para inverter esse quadro. Essas estratégias envolveriam uma atenção especial aos alunos que revelam dificuldade de aprender, especialmente de aprender a aprender; organização de atividades alternativas, que possam recuperar a defasagem e refazer o ritmo e enfim, melhorar o desempenho.