O documento descreve a história da construção de Brasília, desde a decisão do presidente Juscelino Kubitschek em 1956 de construir uma nova capital até sua inauguração em 1960. Detalha os principais arquitetos e projetos, como Oscar Niemeyer, Lúcio Costa e os edifícios do Congresso Nacional, Palácio da Alvorada e Palácio do Itamaraty. Também menciona praças projetadas por Roberto Burle Marx e o reconhecimento de Brasília como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1987.
1. “No princípio era o
ermo...
Eram antigas solidões
sem mágoa,
O altiplano, o infinito
descampado...
No princípio era o
agreste:
O céu azul, a terra
vermelho-pungente
E o verde triste do
cerrado.”
Sinfonia da Alvorada,
Vinicius de Morais
2. A História
Em 1956 o então presidente Juscelino
Kubitschek começa o plano de construir
a nova capital brasileira.
Com o objetivo de planejar e executar
estavam Oscar Niemeyer, a mente que
daria as formas curvas e perfeitas dos
prédios oficiais, e Lúcio Costa, o homem
do plano urbanístico em forma de avião.
3. Em 15 de março de 1956 o presidente
criou a Companhia Urbanizadora da
Nova Capital (NOVACAP). O engenheiro
Israel Pinheiro foi indicado como
presidente da companhia e o arquiteto
Oscar Niemeyer imediatamente
começou a elaborar projetos para os
primeiros edifícios, como o Catetinho, o
Palácio da Alvorada e o Brasília Palace
Hotel.
4. Um dos primeiros
esboços para a
planta urbana de
Brasília, elaborado
pela Comissão
para Localização
da Capital Federal
em 1954, quando
havia a proposta
de chamá-la de
Vera Cruz.
5. O nome Plano Piloto não tem a ver com o
formato de um avião. Todos os projetos
apresentados no concurso público
chamavam-se Plano Piloto de Brasília.
Lúcio Costa defendeu a tese de que a
Capital Federal pudesse ser comparada a
uma borboleta, rejeitando a comparação
com um avião.
6. Niemeyer buscou a
criação de formas claras,
leves, simples, livres,
nobres e belas, sem
considerar apenas seu
aspecto funcional. Como
disse, ao se referir aos
palácios e edifícios
oficiais.
7. "Não há arquitetura sem tecnologia" é uma
das mais conhecidas definições de Oscar
Niemeyer, o mais dedicado defensor do uso
do concreto armado, um dos primeiros a
utilizá-lo em formas curvas.
CONGRESSO NACIONAL
Os dois edifícios anexos à
Câmara e ao Senado, com
28 andares cada um,
usaram aço importado dos
Estados Unidos.
8. Em meio ao cerrado
onde seria
construída Brasília.
A placa do
Eixo Monumental,
aquela que viria a
ser a mais larga
avenida do Brasil e
da nova capital, com
seis pistas em cada
mão.
O presidente Juscelino Kubitschek e o urbanista Lúcio Costa.
9. Esboço do Plano Piloto de Lúcio Costa
Estruturando o
desenho urbano em
torno de dois eixos
monumentais
dispostos em cruz,
seu projeto definiu
áreas específicas
para cada tipo de
uso: residencial,
administrativo,
comercial, industrial,
recreativo, cultural,
e assim por diante.
10. Brasília foi construída em três anos, pelo menos
seus principais prédios.
À medida que a cidade ia sendo erguida, já se
cuidava da construção de sua memória. O
governo publicou 11 livros – a Coleção Brasília –
que constituem a mais importante fonte
documental para a história dos antecedentes da
nova capital.
Construção
do
Palácio
da
Alvorada
11. Surgiu da ideia de construir uma residência
provisória para o presidente em Brasília.
Niemeyer esboçou o projeto na hora.
O
C
A
T
E
T
I
N
H
O
13. O Palácio da
Alvorada, outra
obra-prima de
Niemeyer, cujas
portas se abriram
em 1958, havia
sido projetado
antes mesmo da
escolha do Plano
Piloto.
14. Detalhe de uma coluna do
Palácio da Alvorada, revestida de
mármore.
Reproduzido da Revista Brasília,
janeiro de 1958.
As colunas do
Alvorada são
um dos
símbolos do
país, adotadas
até nas
fachadas de
casas simples
do interior.
15. Capela do Palácio da Alvorada, dedicada a
Nossa Senhora da Conceição, está à
esquerda do prédio principal.
Athos Bulcão assina o projeto decorativo.
17. Na frente do
Palácio, o
grupo
escultórico
d'As
banhistas de
Alfredo
Ceschiatti.
Foi o primeiro prédio construído
em alvenaria na nova capital.
18. Também conhecido como Palácio dos
Arcos, o Palácio Itamaraty e os anexos
foram projetados por Niemeyer,
depois do governo de Juscelino.
19. O Palácio possui o maior hall sem colunas
do mundo, com área de 2.800m².
20. Três edifícios
compõem a sede do
Ministério: o
Palácio, o Anexo I e o
Anexo II, conhecido
como “Bolo de
Noiva”.
21. Escada helicoidal, projeto de
Milton Ramos e Joaquim
Cardoso, unindo o térreo ao
segundo andar do Palácio.
A escadaria está entre as
mais belas do século XX.
O acabamento excepcional,
que associa o concreto
aparente aos materiais mais
requintados.
Palácio Itamaraty
22. Em frente ao Palácio do Itamaraty, sobre
o espelho d'água, encontra-se a escultura
Meteoro, desenhada por Bruno Giorgi.
23. Produzida com mármore branco de
Carrara, a obra de arte foi
esculpida, montada com cinco partes de
uma esfera estilizada, significando os laços
diplomáticos entre os cinco continentes.
24. Catedral Metropolitana de Nossa Senhora
Aparecida, conhecida como Catedral de
Brasília.
“Evitei as soluções usuais das
velhas catedrais escuras,
lembrando pecado.
Ao contrário, fiz escura a
galeria de acesso à nave, e
esta, toda iluminada, colorida,
voltada com seus belos vitrais
transparentes para os espaços
infinitos.” Oscar
Niemeyer
25. No interior da nave, estão as esculturas de
três anjos de Alfredo Ceschiatti, suspensos
por cabos de aço. Colaboração de Dante
Croce em 1970.
26. Praça dos Três Poderes : Palácio do
Planalto, Congresso Nacional e Supremo
Tribunal Federal.
27. O espaço foi pensado por Lúcio Costa e os
edifícios projetados pelo Niemeyer.
Esculturas: Os Guerreiros, de Bruno Giorgi
e A Justiça, de Alfredo Ceschiatti.
29. A Praça Cívica, conhecida como Praça dos
Cristais, foi projetada por Roberto Burle
Marx. É um jardim construído na forma de
um triângulo de 102 mil metros quadrados.
30. A consagração de Brasília, inaugurada em
21 de abril de 1960, veio em
1987, quando a UNESCO elevou a cidade
à categoria de Patrimônio da
Humanidade.
31. Onde era um deserto apenas cinco anos
antes de sua inauguração, hoje há prédios
inovadores e monumentos imaginativos,
desde a hiperbolóide Catedral de Brasília e
a paisagem lunar do Complexo Cultural da
República até a caixa de vidro do Palácio
da Alvorada.